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A construção de saberes e valores em aulas inclusivas de Matemática: estratégias e práticas educativas REGINA CÉLIA AVILHA MENDONÇA

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A construção de saberes e valores em

aulas inclusivas de Matemática:

estratégias e práticas educativas

REGINA CÉLIA AVILHA MENDONÇA

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A CONSTRUÇÃO DE SABERES E

VALORES EM AULAS INCLUSIVAS

DE MATEMÁTICA: ESTRATÉGIAS E

PRÁTICAS EDUCATIVAS

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Regina Célia Avilha Mendonça

Maria Delourdes Maciel

A CONSTRUÇÃO DE SABERES E

VALORES EM AULAS INCLUSIVAS

DE MATEMÁTICA: ESTRATÉGIAS E

PRÁTICAS EDUCATIVAS

Universidade Cruzeiro Do Sul

2013

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© 2013

Universidade Cruzeiro do Sul

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática

Reitor da Universidade Cruzeiro do Sul – Profa. Dra. Sueli Cristina Marquesi

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

Pró-Reitor – Prof. Dr. Danilo Antonio Duarte

MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

Coordenação – Profa. Dra. Edda Curi

Banca examinadora

Profa. Dra. Edda Curi

Profa. Dra. Celi Aparecida Espasandin Lopes

Profa. Dra. Maria Tereza Carneiro Soares

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL DA

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

M497c

Mendonça, Regina Célia Avilha.

A construção de saberes e valores em aulas inclusivas de

matemática: estratégias e práticas educativas / Regina Célia Avilha Mendonça. -- São Paulo: Universidade Cruzeiro do Sul, 2013.

31 p. : il. Produto educacional (Mestrado em ensino de Ciências e

Matemática). 1. Matemática – Educação inclusiva. 2. Pessoas com deficiência

3. Inclusão escolar – Ensino fundamental 4. Estratégias de ensino. I. Título II. Série.

CDU: 51:376.2

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Sumário

1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 5

2 APORTE(S) TEÓRICO(S) ..................................................................................................... 7

3 O PRODUTO ........................................................................................................................... 8

3.1 ATIVIDADES REALIZADAS COM MARIA .................................................................... 10

3.2 ATIVIDADES REALIZADAS COM JOÃO ...................................................................... 16

4 ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR ................................................................................... 22

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 24

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 28

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Regina Célia Avilha Mendonça

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Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática

1 APRESENTAÇÃO

Este produto foi construído a partir da dissertação intitulada “A

construção de saberes e valores em aulas inclusivas de Matemática:

estratégias e práticas educativas”, defendida no ano de 2013, com o objetivo

de “investigar se as estratégias didáticas e práticas educativas desenvolvidas

pela equipe de professores e alunos-estagiários de uma escola municipal de

Vitória/ES possibilitam, de fato, que alunos com DI aprendam o conceito de

número e realizem operações matemáticas básicas (adição e subtração);

verificar se as estratégias didáticas e os instrumentos pedagógicos utilizados

em dois casos estudados podem servir de referência para a formação e a

prática docente de outros professores que trabalham com inclusão escolar”.

Regina Célia é docente de Matemática em dois municípios do Espírito Santo.

Em uma das escolas participou da elaboração coletiva do Projeto Político

Pedagógico (PPP, 2006) da Unidade Escolar numa perspectiva inclusiva, o que

a motivou para desenvolver sua dissertação com alunos com DI. Foram

sujeitos desta pesquisa dois estudantes com DI: Maria e João (nomes fictícios),

protagonistas dos dois casos analisados. Maria tem 10 anos e cursa o 5º ano

do ensino fundamental de 9 anos. É uma aluna com DI (Autismo e atraso de

linguagem, Déficit de atenção e Epilepsia). Em razão de sua deficiência,

necessita de acompanhamento de uma neuropediatra, um fonoaudiólogo, um

psicólogo e um terapeuta ocupacional. Tem episódios de convulsão. João tem

11 anos e cursa o 6º ano do ensino fundamental de 9 anos. Tem deficiências

múltiplas (disacusia neurosenssorial bilateralmente, irreversível e não existe

tratamento). Faz uso aparelho de amplificação sonora e apresenta dificuldade

na orientação espacial e temporal. Nesta pesquisa procurou-se analisar as

atividades desenvolvidas durante as sessões de atendimento aos dois

estudantes, ocorridas em três espaços distintos da escola: sala de aula regular

da aluna Maria durante as aulas da disciplina de Matemática, ministrada pela

professora Elza; sala de aula regular do aluno João durante as aulas de

Matemática ofertadas pela professora Tereza; sala de Atendimento

Educacional Especializada, frequentada por ambos os alunos, sob o

atendimento da professora Marcela. Essas atividades contaram com o auxílio

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de duas alunas-estagiárias: Edna e Eliane. Durante as atividades desenvolvias

com os dois alunos foram realizadas sessões de observação na sala de aula

regular, durante as aulas de Matemática e na sala de atendimento educacional

especializado.

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2 APORTE(S) TEÓRICO(S)

Como aportes teóricos para a realização da pesquisa, a autora recorreu

aos seguintes autores:

1. Deficiência e as Bases Pedagógicas da Inclusão: Vygotsky (1995);

Oliveira e Poker (2002); Sassaki (2002, 2004); Mittler (2003); Santana (2010),

Silva, Ribeiro e Mieto (2010).

2. A Formação de Professores para a Inclusão: Meireles (1979);

Salamanca (1994); Vygotsky (2001, 2003); Alves (2003); Padilha (2004);

Tunes, Tacca, Bartholo (2005); Martinez (2006); Serra (2008); Ramos (2010).

3. Ensino de Conceitos Matemáticos para Alunos com Deficiência

Intelectual (DI): Meljac (1988); Borkowski, Pressley (1987); Vygotsky (1987,

1989); Scharnorst e Buchel (1990); Bryant (1995); Kishimoto (1996); Morim

(1998), Nunes et. al. (2002); Stocco, Diniz e Milani (2006); Maciel e Raposo

(2010); Mendonça (2011).

4. Ensino de Matemática e os Conceitos de Número e Operações de

Adição e Subtração: Reyes (1980); Drachenberger (1973); Sidman (1986,

1994); Lúria (1988); Hiebert e Carpenter (1992); Vygotsky (1994, 1995, 2000);

Matos e Serrazina (1996); Oliveira, Carvalho e Figueiredo (2001); Monteiro e

Medeiros (2002); Magina e Campos (2004); Nacarato e Passos (2005); Ponte

(2006); Rosa, Caldeira e Damásio (2008).

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3 O PRODUTO

São produtos desta dissertação as atividades de ensino aprendizagem

realizadas com Maria e João, sujeitos desta pesquisa. Para ambos os alunos

(Maria e João) realizaram-se investigações iniciais dos interesses, habilidades

e conhecimentos científicos já adquiridos por meio da oralidade, ditado e

problemas de raciocínio lógico. A partir dessa sondagem, foi elaborado um

Plano de Atendimento Especializado ao Educando (AEE), específico para cada

aluno, descrevendo as estratégias que seriam utilizadas. O plano de AEE para

os alunos Maria e João ficou definido conforme Quadros 1 e 2 abaixo,

contendo os objetivos, a organização do atendimento, as atividades a serem

desenvolvidas e o material a ser produzido com os alunos Maria e João.

PLANO DE AEE MARIA

OBJETIVOS

Desenvolver a oralidade; Ampliar o vocabulário; Ampliar o registro gráfico com sentido; Dominar leitura de palavras; Incentivar leitura de textos; Desenvolver noção temporal e espacial; Desenvolver a lateralidade

ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO

A aluna será atendida em dois horários no contra turno. 2ª e 4ª feira das 8h às 9h30min

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Música: desenvolver a oralidade; Histórias: trabalhar concentração, atenção, sequenciação,

conhecimento em geral; Descrever localização, características e espaços internos de

diversos ambientes; Rotina: com seus horários de aula, disciplinas, nome dos

professores e dias da semana; Ficha de comportamento (com expressões alegre, triste,

sonolenta); Escrita espontânea de palavras já conhecidas; Atividades escritas: trabalhando leitura e escrita de palavras e

pequenos textos; Cálculos de adição com números de um algarismo utilizando

figuras e material concreto;

MATERIAL A SER PRODUZIDO COM O

ALUNO

Produção de cartazes; Caderneta para rotina (registro de aulas, professores, dias da

semana, etc.); Ficha de comportamento com expressões; Fichas de figuras;

Quadro 1: Plano de AEE elaborado para a aluna Maria Fonte: Elaboração da pesquisadora e profissionais AEE

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PLANO DE AEE JOÃO

OBJETIVOS

Responsabilidades, autonomia e independência; Resolver problemas por seus próprios meios; Despertar maior interesse pelos estudos; Leitura e escrita de diferentes tipos de textos; Desenvolver o raciocínio lógico-matemático;

ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO

O aluno será atendido em dois horários no contra turno -2ª e 4ª feira das 13h às 17h30min.

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Apresentar/trabalhar pequenos textos dissertativos (curiosidades);

Trabalhar textos instrucionais de revistas, jornais, panfletos e outros;

Realizar experiências, como parte de seu cotidiano – Trabalhar textos narrativos;

Desafios matemáticos: através de jogos; Produção de listas de materiais ou de compromissos a partir

de ditados; Utilizar o relógio para trabalhar início e término de cada

atividade: registro; Atividades diversas utilizando letras do alfabeto ( maiúscula,

minúscula, cursiva e bastão); Cálculos de adição com números de um algarismo utilizando

figuras e material concreto;

MATERIAL A SER PRODUZIDO COM O

ALUNO

Produção de fichas de textos dissertativos, instrucionais e narrativos;

Letras do alfabeto para colagem e manuseio;

Quadro 2: Plano de AEE elaborado para o aluno João Fonte: Elaboração da pesquisadora e profissionais AEE

As pedagogas estabeleceram pequenos horários diferenciados para

cada aluno. Eles eram atendidos no contra turno na sala de recursos do AEE

pela professora especialista. As atividades propostas visavam o incentivo e

desenvolvimento de habilidades necessárias ao processo de construção da

aprendizagem. Para a aluna Maria foram combinados atitudes e atendimentos

que perpassavam pelo tempo de realização, organização e cuidados. O

material a ser utilizado no dia era apresentado e disponibilizado sobre as

mesas da sala de AEE, na sequencia do planejamento. Havia a flexibilidade

para a aluna Maria trocar a ordem de realização das atividades, mas era

necessário realizar todas. Desta forma, Maria passou a respeitar as regras e

administrar o tempo, oportunizando um tempo maior para a atividade que mais

a interessava. Para o aluno João iniciou-se de imediato como estratégia,

atividades diferenciadas, as quais foram chamadas de recuperação paralela

para que o aluno realizasse em sala de aula quando sentisse dificuldade em

fazer as atividades propostas pela professora regente da turma. Depois de

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realizada, a atividade deveria ser apresentada à professora.

3.1 ATIVIDADES REALIZADAS COM MARIA

Cometem-se muitos erros quando se pede que a criança faça a

representação numérica através de desenhos de quantidades de peças. Faz-

se necessária a intervenção verbal do professor a fim de conduzir e estimular o

aluno.

As atividades foram realizadas com Maria na sala de ensino regular

sempre acompanhada da aluna-estagiária sendo que Maria tem grande

dificuldade na leitura de pequenos textos. Ela precisa sempre ter

direcionamento das atividades e possui um alto grau de dispersão. A aluna

consegue fazer a leitura dos enunciados dos exercícios que tem apenas uma

frase. Quando há enunciados com mais de duas linhas, Maria pula uma das

linhas ou pula até mesmo palavras o que acarreta na não compreensão do

texto. Para superar a dificuldade, a professora regente ou a aluna-estagiária

precisam auxiliá-la acompanhando a leitura passando o dedo corrido palavra

por palavra evitando assim que ela se perca em meio à leitura. É necessário

passar o dedo corrido palavra por palavra, do contrário ela se perde.

Apresentaremos a seguir 4 atividades (Figura 1, 2, 3 e 4) do caderno de

Maria, sendo a 1ª e 2ª atividades objetivando a compreensão de números,

quantidades e sequencias; a 3ª e a 4ª atividades envolvendo as operações

matemáticas. Em todas as atividades Maria contou com a assistência da

aluna-estagiária e fez uso do ábaco: quadro que permite representar e operar

os números por meio das configurações de argolas que deslizam em hastes

fixas (HOUAISS, 1794).

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1ª Atividade:

Figura 1: Atividade 1 proposta para a aluna Maria Fonte: Caderno de Maria

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2ª Atividade:

Figura 2: Atividade 2 proposta para a aluna Maria Fonte: Caderno de Maria

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3ª atividade:

Figura 3: Atividade 3 proposta para a aluna Maria Fonte: Caderno de Maria

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4ª Atividade:

Figura 4: Atividade 4 proposta para a aluna Maria Fonte: Caderno de Maria

Maria demonstrou interesse e curiosidade pelas atividades. Percebeu-se

que ela produz com facilidade e agilidade, o que demandou constantemente

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atividades extras, para além do que havia sido planejado. Ao final do trimestre

percebeu-se a necessidade de oportunizar a aluna situações de ensino

aprendizagem que propiciassem a realização de atividades em grupo. A

professora regente disponibilizava um grupo de cinco crianças que se

alternavam, sendo possível dar continuidade a sua socialização e inclusão.

O Quadro 3 apresenta a evolução da aluna Maria, os resultados e quais

pontos ainda precisam ser melhorados.

ATIVIDADES/ESTRATÉGIAS RESULTADOS PENDÊNCIAS . Utilização de recursos como música, contação de histórias, trabalhando a concentração, atenção, sequenciação, conhecimento em geral;

.Descrever localização, características e espaços internos de diversos ambientes;

. Rotina: com seus horários de aula, disciplinas, nome dos professores e dias da semana;

. Ficha de comportamento (com expressões alegre, triste, sonolenta);

. Escrita espontânea de palavras já conhecidas;

. Atividades escritas: trabalhando leitura e escrita de palavras e pequenos textos;

. Cálculos de adição com números de um algarismo utilizando figuras e material concreto;

.Linguagem portuguesa: ortografia, reprodução de textos, ditado, escrita;

. Interpretação texto/leitura;

. Desenvolvimento do raciocínio lógico matemático;

. Relações operações inversas;

. Associar multiplicação a ideia de adição de parcelas iguais e a ideia da contagem de elementos;

. Melhora no comportamento, com maior socialização com todos na escola;

. Melhora na leitura/interpretação;

. Aceitação e respeito as regras.

. Ainda está muito dependente da estagiária;

. Aprendizagem matemática.

Quadro 3: Resultados identificados no acompanhamento da aluna Maria Fonte: Elaboração da pesquisadora

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3.2 ATIVIDADES REALIZADAS COM JOÃO

As atividades foram realizadas com João na sala de ensino regular

sempre acompanhado da aluna-estagiária. João não demonstra interesse nem

se esforça em fazer a leitura de pequenos textos. A aluna-estagiária, a

professora da sala de aula regular e a professora especialista se empenham e

insistem no desenvolvimento da leitura. Há momentos que faltam somente 10

minutos para terminar a aula e o aluno ainda não terminou de ler a primeira

frase. O sentimento que se tem é de falta de vontade do aluno e não por

desconhecimento.

Destacamos quatro atividades do caderno de João (Figuras 5, 6, 7 e 8).

A 1ª objetivando a adição de 1 algarismo e o registro por extenso do resultado.

A 2ª atividade (exercício1) objetivando a percepção de sequência numérica

através da subtração de 1 unidade (antecessor) sem porém o registro dos

números por extenso e ainda na 2ª atividade (exercício 2) a operação de

adição com um algarismo. A 3ª atividade visando a resolução de problemas e a

4ª atividade envolvendo contagem por agrupamento.

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1ª Atividade:

Figura 5: Atividade 1 proposta para o aluno João

Fonte: Caderno de João

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2ª Atividade:

Figura 6: Atividade 2 proposta para o aluno João Fonte: Caderno de João

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3ª Atividade:

Figura 7: Atividade 3 proposta para o aluno João Fonte: Caderno de João

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4ª Atividade:

Figura 8: Atividade 4 proposta para o aluno João Fonte: Caderno de João

. João é um aluno com grande dificuldade em leitura e escrita. Por ter

consciência dessas dificuldades, apresenta baixa autoestima e falta de

motivação. Porém ao final do período pode-se perceber que o aluno já

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Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática

interagia melhor na turma, fazendo perguntas, participando das aulas usando

estratégias criativas, comunicando suas respostas com clareza, demonstrando

ser mais cuidadoso com material escolar, respeitando os professores,

funcionários e colegas da escola, participando oralmente das atividades

propostas em sala de aula e acatando as regras estabelecidas para boa

convivência em grupo. O aluno ainda necessita de material concreto para

realizar as operações de adição e realiza as de subtração com algumas

dúvidas ainda. Em algumas atividades, João se dispersa com brincadeiras ou

colocações que não dizem respeito à classe o que compromete a concentração

dos colegas. Foi possível perceber, também, uma pequena melhora em sua

autoestima, apesar de ainda precisar da contínua ajuda da mãe na organização

e realização de pesquisas e estudos para as avaliações escolares. João ainda

necessita fortalecer a rede social em que está inserido mantendo permanente

comunicação e ações articuladas com a família e especialistas que o atendem.

O Quadro 4 apresenta as atividades e estratégias, os resultados alcançados e

as pendências do aluno João.

ATIVIDADES/ESTRATÉGIAS RESULTADOS PENDÊNCIAS . Atividades escritas: trabalhando leitura e escrita de palavras e pequenos textos;

. Interpretação texto/leitura;

. Desenvolvimento do raciocínio lógico matemático;

. Relações operações inversas;

. Associar multiplicação a idéia de adição

. Associar multiplicação a idéia de adição de parcelas iguais e a idéia da contagem de elementos;

. Participação mais ativa nas aulas da sala de aula regular;

. Melhora no comportamento, com maior socialização com todos na escola;

. Melhora na leitura/interpretação;

. Precisa fortalecer as redes sociais;

. Aumentar a autonomia;

. Aumentar a auto-estima;

. Apresenta resistência em aceitar e compreender solicitações dos adultos;

Quadro 4: Resultados identificados no acompanhamento do aluno João Fonte: Elaboração da pesquisadora

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4 ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR

Ao lidar com uma criança DI, é preciso compreender como são

estabelecidas as conexões de sua memória e as relações numéricas e

alfabéticas. Como pontua Mantoan (2005, p. 1, 10-11), não se pode

despersonalizar quem ensina e quem aprende. O processo de inclusão requer

principalmente o reconhecimento e a compreensão do outro dentro de suas

perspectivas. Para tanto, estimular a criança com novas atividades que exijam

da mesma a construção do pensar, a elaboração de uma sequência intelectual.

A partir daí, o professor entra com o papel decisivo de mediador, onde deverá

compreender essa construção de sentidos da criança em questão, para assim,

estimulá-la com outras atividades, como estabelece Vygotsky (1995, p. 104).

Ao explorar o entendimento da criança sobre os números escritos, pode-

se descobrir suas simbolizações que a permitem comparar, e fazer a interação

e sustentação sobre essa simbolização. Falconi e Silva recomendam que,

É necessário que o professor ao planejar suas aulas tenha o conhecimento de qual prática está utilizando para atender as diferenças sem excluir a participação do aluno no conteúdo trabalhado em sala. Por muito tempo, preconizou a ideia que para atender a diferença na sala de aula eram necessárias atividades diferenciadas aos alunos com deficiência, realizando adaptações curriculares, não considerando o conteúdo trabalhado. (FALCONI; SILVA, 2002, p. 4).

Nesse sentido, não só se justificam como também se fazem pertinentes

e necessárias às transposições didáticas realizadas pelos professores

especialistas de AEE juntamente com o professor regente da sala de aula, nas

atividades dos alunos com DI.

Segundo Mirallha (2008, apud SILVA, 2002):

Tais adaptações seriam atividades de facilitadas, simplificadas, ou mesmo em atividades geralmente de ordem prática (atividades manuais, de percepção, memorização, etc) que definiam, a priori, o que o aluno seria capaz de fazer, limitando ainda sua possibilidade de lidar com atividades de caráter conceitual. (MIRALLHA apud SILVA, 2002, p. 4).

Destaque-se que tais transposições didáticas nas atividades dos alunos

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Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática

devem ser realizadas respeitando-se as características de cada um pois cada

aluno como ser único constrói sua aprendizagem de acordo com sua história,

com sua bagagem de experiências e percepções da vida.

O professor tem que ter sensibilidade para conhecer e compreender o

aluno, além de responsabilidade e compromisso para assumir sua missão de

organizador do ambiente social, permitindo que o aluno dirija o seu próprio

processo de aprendizagem. As atividades elaboradas pelos professores e

realizadas pelos alunos são muito importantes porque estimulam os mesmos

na formação de capacidades intelectuais. Além disso, contribuem na

estruturação do pensamento e desenvolvimento da memória, solicitando o

raciocínio e acionando a reflexão.

Enfim, há muito que se discutir e estudar, pois não bastam às políticas

de acesso, precisamos de uma verdadeira inclusão, de uma atitude

verdadeiramente política por parte dos gestores, aliada aos anseios dos

professores, bem como de projetos hábeis a oportunizarem capacitações e

formação do ponto de vista inclusivo.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em alguns momentos é necessário modificar o desenvolvimento das

atividades, o que evidencia que o trabalho docente deve ser dinâmico e

flexível, mas sempre com o intuito de contribuir com a aprendizagem dos

alunos.

Os alunos quando submetidos a um acompanhamento de mediação

pedagógica planejada e flexibilizada, a partir da realidade (emocional, social,

financeira, familiar, etc.) de cada um, conseguem se interessar mais pelos

conteúdos ministrados em sala de aula e, com isso, desenvolver sua

autoestima e aprimorar seus relacionamentos com os demais colegas e

professores, de tal modo que, aos poucos se tornam mais independentes e

estimulados a manifestarem suas opiniões críticas, agindo de forma

responsável e solidária.

Independente do rótulo que carregam de portadores de necessidades

educativas especiais, esses alunos conseguem quebrar alguns paradigmas

construídos ao longo da história da humanidade, relacionados à suposta

ausência de capacidade de desenvolvimento dessas pessoas. A realidade

exige adequação, e não discriminação.

Torna-se imprescindível que se faça revisão da postura pedagógica, de

modo a promover a cotidiana busca pelo aprimoramento teórico, em prol da

superação do senso comum. É importante atentar para a realidade prática de

cada aluno, pois, as mediações feitas através dos conteúdos matemáticos

adaptados aos interesses dos alunos, permitiram que estes, espontaneamente,

elaborassem e compreendessem conceitos científicos.

Diante do que foi observado no decorrer do presente trabalho, as

práticas pedagógicas utilizadas na construção da aprendizagem, do conceito

de número e operações matemáticas, para os alunos com necessidades

especiais, mostram-se eficazes e as aulas não se mostram cansativas em

função da vinculação entre conteúdo teórico e experiências cotidianas (uso de

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Regina Célia Avilha Mendonça

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Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática

ilustrações e vídeos). Em razão do dinamismo, os alunos se sentem mais

estimulados a participar, e com isso, interagem com os demais colegas e

professores.

O estudante especial é inserido na classe regular como qualquer outro

aluno e os conteúdos são ministrados aproximando os exemplos de sua

vivência social, com utilização de materiais que facilitam a ludicidade e o

aprendizado. A perspectiva de aprendizado da criança especial apesar de ser

mais lenta, normalmente é aprimorada pelos esforços dos professores em criar

novos meios de ensino, optando por materiais e instrumentos geométricos.

Algumas aulas de reforço podem ser ministradas no laboratório de

educação especial, sendo observada com maior atenção a dificuldade da

criança especial. Contudo ainda falta uma didática em torno do ensino para

crianças especiais, que deveriam ser promovidas através de formações para os

professores. Em alguns momentos em sala de aula, o estudante especial não

consegue assimilar o conteúdo e torna-se assim disperso. Por maior que sejam

os interesses e a dedicação da própria escola, dos professores, ainda faltam

recursos e pessoal especializado, para sanar tais dificuldades.

Outra prática importantíssima, observada durante a construção do saber,

diz respeito à aproximação dos conteúdos ministrados com temas que são

focos de interesse dos alunos, de modo que os mesmos aprendam

espontaneamente e de forma prazerosa. Nesse sentido, o professor deverá ter

total atenção em coordenar atividades que tenham uma conexão com o dia-a-

dia da criança, incentivando-a criar paralelos de comparação, oportunizando

assim uma melhor compreensão do sentido da disciplina e de mundo, além de

variadas maneiras da construção do conhecimento. Para que tal ato seja feito

com total destreza, o uso da linguagem torna-se um mecanismo imprescindível

para o papel de mediação entre professor e aluno. Esta promulgará o domínio

da criança sobre o conteúdo ensinado, facilitando sua assimilação.

Os conhecimentos trazidos pelos alunos facilitam o desenvolvimento da

aprendizagem e a construção dos conceitos de números pelos mesmos,

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através de atividades contextualizadas adaptadas a realidade de cada aluno.

Logo, para intervir expressivamente nas dificuldades de ensino aprendizagem

da disciplina de Matemática, o professor tem o papel de planejar atividades

ricas em significados, para que na escola, se construam conhecimentos

historicamente produzidos e a prática educativa esteja dirigida com objetivos

bem definidos.

Ao se contextualizar o ensino da aritmética, faz-se com que os alunos

percebam o significado de cada atividade que realizam relacionando os

significados particulares com o sentido geral da situação envolvida. Assim

sendo, as estratégias didáticas e práticas educativas desenvolvidas pela

equipe de professores e alunos-estagiários da escola municipal de Vitória/ES,

possibilitam, de fato, que alunos com DI aprendam o conceito de número e

realizem operações matemáticas básicas (adição e subtração).

Constatamos que as estratégias didáticas e os instrumentos

pedagógicos utilizados nos casos estudados podem servir de referência para a

formação e a prática docente de outros professores que trabalham com

inclusão escolar. Alguns desses instrumentos ainda são elaborados pelos

próprios professores, como cartilhas de leitura em alto-relevo, peças com

formatos geométricos e demais instrumentos. Constata-se o interesse e a boa

vontade em ensinar no cotidiano escolar de professores e alunos, que

ultrapassam as carências materiais presentes nas instituições.

Nesse contexto, constatamos que a universalização do ensino é o

princípio fundamental para obtermos a educação para todos, porém para

conseguirmos esta educação é fundamental que mudanças sejam realizadas.

Ao invés de se pensar que a criança com necessidades especiais será origem

de problema, exigindo-se desta criança um ajustamento aos padrões de

normalidade para aprender com os considerados “normais”, o ideal é buscar

nos sistemas de ensino e nas escolas o desafio de construir coletivamente as

condições para atender bem, com qualidade, a diversidade dos alunos.

Constatamos também, no decorrer deste estudo que, os professores, as

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comunidades, as direções das escolas, as famílias, devem interagir no

processo de Educação Inclusiva, para que possamos ter uma sociedade mais

justa, com menos desigualdades sociais e promotoras da socialização. No que

tange a questão da interação da família, a mesma deve agir com parcimônia,

devendo respeitar seu limite de influência sobre a criança e sobre a escola,

adequar-se as regras escolares, e em caso do acompanhamento direto da

criança, intervir apenas quando for solicitado. Adaptar-se a tais regras exigem

que os pais primeiramente aceitem a deficiência dos filhos perante a sociedade

e aceitem as diferenças entre o nível de desenvolvimento de uma criança

especial. A escola por sua vez precisa manter uma relação transparente com a

família, expondo a ela as ações realizadas no cotidiano escolar, extinguindo

qualquer receio sobre o bem estar da criança, afinal a autonomia social e

pessoal da criança está sendo construída nesse período, devendo ser

cuidadosamente amparada e orientada.

A inclusão escolar de uma criança com necessidade especial não deve

ser feita somente pela imposição da Lei, pois assim se retira da escola a sua

parcela de responsabilidade para o sucesso da inclusão. Ela precisa estar

implementada em suas ações e também na política educacional pela instituição

seguida.

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