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A Colonização portuguesa na América

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Page 1: A colonização portuguesa na américa

A Colonização portuguesa na

América

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Por volta de 1500 existiam cerca de cinco milhões de índios vivendo no Brasil, divididos em muitos povos, ou seja, sem uma unidade de governo. Eles eram divididos em muitos povos, separados culturalmente, economicamente (modo de trabalhar) e politicamente (organização familiar e social).

Pontos em comum entre os indígenas que habitavam o Brasil: A maioria vivia da caça e coleta de frutos e raízes, assim como

uma pequena agricultura. Os povos eram divididos por diversas aldeias O trabalho indígena servia apenas para sua sobrevivência

(subsistência), não para acumular riquezas, como na sociedade atual.

As guerras poderiam ser para dominar territórios, para demonstrar superioridade ou roubar as mulheres de uma tribo rival.

Quais eram os habitantes das terras brasileiras na época da

chegada dos portugueses?

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Cena de caçada retratada pelo viajante europeu Johann

Rugendas

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Os costumes dos povos indígenas eram incompreendidos e condenados pelos europeus. Um exemplo é a comparação destes habitantes do continente americano com demônios com hábitos bárbaros como a antropofagia e o costume de andar nu. Isto gerou a necessidade defendida pelos europeus de cristianizar estes povos.

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Representação do confronto entre indígenas e bandeirantes. A partir da segunda metade do século XVI, os bandeirantes buscavam escravizar indígenas para vender para as plantações de açúcar existentes no nordeste.

A população indígena, antes de cinco milhões de habitantes, atualmente conta com menos de meio milhão. As inúmeras guerras, doenças e a escravidão dos povos nativos são os maiores responsáveis pela diminuição desta população.

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Confronto entre ruralistas e indígenas no Mato grosso.

Atualmente as populações indígenas ainda sofrem com a invasão de suas terras e a perda do direito de exercer sua cultura não centrada em torno do dinheiro como defendida pelos ocidentais (europeus). Como exemplo podemos citar as lutas entre proprietários e indígenas no norte do Brasil.

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Durante as primeiras décadas após o descobrimento, os portugueses se interessavam apenas pela extração da madeira do Pau-Brasil, utilizada como tintura na Europa. As riquezas e especiarias do oriente interessavam mais a Coroa Portuguesa.

A partir de 1530, Portugal, temendo que outros países tomassem suas terras no Brasil, criou um sistema de capitanias hereditárias, espécies de “pequenos reinos” que eram doados para nobres ou militares interessados em colonizar as terras portuguesas na América.

A maioria das pessoas que receberam terras no Brasil não veio devido a distancia ou as dificuldades. Os que vieram, na maioria das vezes faliram ou foram mortos nos combates contra indígenas. Apenas a Capitania de São Vicente e Pernambuco progrediram.

Em Pernambuco foi desenvolvida a plantação da maior riqueza do Brasil até o fim do século XVII, as plantações de açúcar, produto que era exportado para a Europa.

Neste período(século XVI), os franceses, sem terras na América, invadiram a América Portuguesa buscando fundar uma colônia francesa no atual Rio de Janeiro.

Organização administrativa portuguesa no século XVI: Ciclo do Pau-brasil e Capitanias

Hereditárias

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Mapa do período e mapa atual representando a divisão do território

português na América dividido em capitanias hereditárias

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No Nordeste do Brasil, sobretudo na Capitania de Pernambuco, os representantes da Coroa portuguesa na região viram no tipo de clima e no solo uma possibilidade para atingir um lucro com a terra através do produto agrícola mais desejado na Europa nos primeiros anos do século XVI, o açúcar.

Portanto, a Coroa Portuguesa buscou o lucro através de uma atividade agrícola, o que era uma ação pioneira neste período, pois produtos agrícolas normalmente não suportavam largas viagens e acabavam estragando.

As Capitanias que deram certo: Pernambuco

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Para desenvolver as plantações de açúcar visando o mercado externo foi necessário criar uma estrutura que podemos perceber características tanto de um feudo, autossuficiente, quanto de uma indústria buscando produzir o máximo possível com os menores custos necessários, ou seja, visando o lucro.

Imagem representando um engenho de açúcar do nordeste brasileiro no

período colonial

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A Capitania de São Vicente teve sucesso devido a luta pela sobrevivência dos seus habitantes portugueses. O responsável pela Capitania, Martim Afonso voltou a Portugal e deixou ali muitos portugueses. A Capitania não tinha clima ideal para plantação de açúcar, portanto seus habitantes buscaram duas alternativas de riqueza da época: Primeiramente através do rapto e venda de indígenas para

trabalharem como escravos nos engenhos de açúcar. Como segunda alternativa, buscaram os metais preciosos tão

desejados pelos europeus que para cá vieram.

Tanto uma como outra atividade dependia de expedições para o interior, denominadas de bandeiras. Por este motivo os habitantes da capitania ficaram conhecidos como bandeirantes.

As Capitanias que deram certo: São Vicente (São Paulo)

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Mapa sobre apresentando as principais bandeiras e imagens

representativas de Bandeirantes.

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Para o desenvolvimento de uma produção lucrativa focada no açúcar, era necessária mão de obra. Como não era hábito da nobreza europeia exercer atividades laborais, optou-se pela via, em teoria, mais lucrativa, escravizar outros povos. Entre os povos explorados pela “indústria” do açúcar podemos destacar os indígenas e os negros africanos.

A escravidão: Entre indígenas e africanos

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A escravização de indígenas se mostrou complicada por diversos motivos. Entre eles podemos destacar:

A fuga para os indígenas se tornava mais fácil que para o africano por conhecerem bem a região.

Eram menos resistentes às doenças trazidas da Europa gerando uma grande mortandade e comprometendo o trabalho nos engenhos de açúcar

Não se adaptavam ao sistema de trabalho compulsivo europeu. Na cultura indígena o trabalho existe para suprir suas necessidades básicas como alimentação e moradia. Não produzem excedentes e, logo, não necessitam trabalhar muitas horas ao dia.

Escravidão Indígena

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Cenas representando índios capturados por mercadores de escravos.

Escravidão Indígena

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A escravização de negros africanos mostrou-se um negócio lucrativo devido ao comércio criado entre África e América, que multiplicava os custos do escravo devido à captura e transporte. Além destas razões podemos destacar os seguintes fatores:

Na África a escravidão era uma atividade que já ocorria naturalmente, sobretudo ocasionada por conflitos tribais. Os europeus aproveitaram-se deste sistema existentes e criaram um sistema de comercio e benefício às tribos aliadas que em troca deveriam capturar tribos inteiras para serem comercializadas como escravos na Europa e no continente americano

Os africanos desconheciam o território brasileiro e caso fugissem poderiam ser capturados ou mortos por povos indígenas, dificultando assim sua fuga.

Os africanos eram tão resistentes quanto os brancos para doenças e eram fortes fisicamente para executar o trabalho braçal durante horas.

Escravidão Africana

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Imagens sobre captura de africanos para serem vendidos como escravos na América

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Os chamados navios negreiros, eram abarrotados de pessoas, o maior numero possível, independente das condições de vida a bordo se tornarem muito difíceis. Um grande número de pessoas morriam na viagem, em caso de doenças ou de fim do estoque de comida, eram jogados no mar.

Condições de transporte dos africanos até o Continente americano

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Rotas de Comércio de Escravos africanos