a cidade vazia

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E E M M B B U U S S C C A A D D A A M M I I N N H H A A E E S S S S Ê Ê N N C C I I A A Autor: Pe. Pedro de Almeida Cunha Baseado no Livro “Escritos de um Andarilho” Pe.Pedro de Almeida Cunha 1999. Edição Própria DIREITOS RESERVADOS.

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Terceiro escrito para o curso "Em busca de minha essência"

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Page 1: A Cidade Vazia

EEMM BBUUSSCCAA DDAA MMIINNHHAA EESSSSÊÊNNCCIIAA

                                                                      Autor: Pe. Pedro de Almeida Cunha                        

Baseado no Livro “Escritos de um Andarilho” Pe.Pedro de Almeida Cunha 

1999. Edição Própria DIREITOS RESERVADOS. 

Page 2: A Cidade Vazia

Querido(a) Andarilho(a), 

Este  é  o  nosso  terceiro  dia  de  Curso  e  hoje  quero 

compartilhar  com  você  uma  parte  de  um  dos 

escritos  que  recebi  do  nosso  amigo;  é  um  escrito 

que fala sobre um vilarejo sem habitantes. 

Leia‐o  com  atenção,  é  bem  curtinho,  mas  pode 

exer muito com você. m 

Cansei  de 

tanto  andar, 

estou  à  beira 

do  caminho 

rumo  a  um 

lugarejo  que 

me  indicaram 

e  que  lá  certamente  devem morar  aquelas  pessoas 

que  vão  me  indicar    o  remédio,  pois  dizem  que  o 

lugarejo  é  único  e  muito  belo  e  foi  criado  por  um 

artista  sem  igual,  dizem  também  não  ter  outro 

similar  em  todo  o  universo,  certamente  é  este  o 

lugar. 

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Page 3: A Cidade Vazia

Daqui  de  onde 

estou  já  é 

possível avistar a 

beleza  de  suas 

curvas,  suas 

montanhas,  sua 

terra.  

Realmente parece  a  obra prima de um artista. Vou 

chegar  até  lá,  este  lugar  parece  exercer  sobre mim 

uma grande atração, deve ser mesmo o lugarejo que 

procuro.  

Caminhei  até  o  lugarejo  e  ao  chegar...  que 

decepção!!!  O  tal  lugarejo  que  lhe  falei  era mesmo 

exuberante,  belo,  extraordinário,  mas  está  vazio, 

sem  ninguém.  Já  passei  por  todos  os  lugares,  já 

passei  por  todas  as  ruas,  nada,  ninguém...  só  há 

beleza por fora. 

Muitas  casas 

estão  fechadas; 

algumas  estão 

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Page 4: A Cidade Vazia

abertas  mas  estão  muito  feias,  pois    qualquer  um 

pode  entrar,  algumas  são  luxuosas  mas  vazias, 

outras  são  altas  como  arranha‐céu,  mas  nestas 

ninguém  consegue  chegar.  Olhei  pela  fechadura  de 

algumas    e  vi  que  são muito  ricas, mas  estão  bem 

trancadas, ninguém pode entrar.  

Tenho  me  perguntado  por  que  será  que  este 

lugar  está  assim,  mas  não  consigo  imaginar 

nenhuma resposta.  

Por um instante pensei que esta cidade é como 

um  reflexo  de  mim,  pois  de  certo  modo  me  vejo 

refletido   diante de cada uma destas  casas.  Se olho 

bem para aquela... prefiro não comentar, você sabe 

eu  já  lhe  falei  das  casas  daqui.  Será  que  meu 

problema  não  pode  ter  sido  originado  assim??? 

Parece  que  aquilo  que  sinto  é  exatamente  o  que 

sente  esta  cidade...  Será  que  é  de  gente  que  eu 

preciso? pois se esta cidade estivesse cheia de gente, 

estaria cheia de vida e certamente seria a mais bela 

cidade de todas...  

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Page 5: A Cidade Vazia

Se  olho  bem  para  estas 

casas posso me ver como 

muitas delas, se olho para 

aquela  linda  por  fora, 

vejo  que  por  dentro  está 

suja e depredada, se olho 

para aquela outra tão alta 

me  vejo  assim, 

inacessível aos outros, se olho para aquela outra tão 

luxuosa,  vejo  que  está  trancada,  como  eu.  O  mais 

interessante  nesta  cidade  é  que  todas  as  casas 

possuem  defeitos,  até  as mais  belas  e  luxuosas,  se 

olho  bem  vejo  que  há  falhas.  Esta  cidade 

definitivamente parece um mistério e cada vez mais 

ela  me  revela  coisas  de  minha  vida,  como  isso  é 

possível? É apenas uma cidade deserta... Não, calma 

aí,  eu  tenho  que  dar  atenção  a  isso,  esta  cidade 

parece  uma  projeção  de  minha  vida,  só  que  em 

forma de casas e não em forma de gente... Nossa!!!... 

é  isso,  esta  cidade  tem muito  a  ver  comigo,  eu me 

pareço muito com muitas destas casas...  

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Page 6: A Cidade Vazia

A  noite  está  chegando  e 

na  medida  que  a 

escuridão  chega  vejo  que 

esta  cidade  não  tem  luz, 

não  há  nada  que  a 

ilumine,  tudo  devagar  vai 

sumindo  na  escuridão...  e 

eu  como  vou  ficar  aqui?  

Não  quero  ficar  aqui  sem 

ninguém,  no  escuro,  está 

ficando frio, isto aqui é muito triste!  

O dia está para amanhecer, passei a noite iluminado 

pela  velha  tocha que pequei  do  anfitrião da  cidade 

perfeita, agora ela está quase se apagando e eu  aqui, 

ue fazer de minha vida.  com fome e sem saber o q

Acho  que  não  devia 

ter acreditado naquele 

eremita,  agora  nem 

sei  mais  onde  estou, 

que lugar é esse?  

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Page 7: A Cidade Vazia

Já  faz  tanto  tempo  que 

estou  indo  de  um  lugar 

para  outro  que  agora 

nem  sei  mais  onde 

estou,  não  sei  como 

voltar  e  nem  tenho  mais  forças  para  prosseguir, 

estou cada vez mais doente, cada um destes lugares 

por  onde  passei me  fizeram  pior  do  que  já  estava, 

temo por mim.   Eu buscava vida e estes lugares me 

sugaram  ainda  mais  e  me  enfraqueceram.  Sinto  o 

tempo  passar  e  eu  nada  fazer,  já  é  tarde  e  o  sol 

parece não querer nascer neste lugar, esta cidade é 

estranha  demais,  a  noite  parece  não  acabar,  o  sol 

não  vem,  nem  estrelas,  nem  a  lua  também  não 

avistei  no  céu;  estou  cansado  demais,  tenho  que 

dormir um pouco... preciso... 

 É isso ai querido(a) Andarilho(a)... diante deste escrito o que você 

sente ter a ver com você este episódio? Será que algo daquilo que 

o nosso amigo experimentou, você também sente? É hora de fazer 

as suas constatações. Vá até o nosso ambiente virtual e faça o seu 

terceiro escrito. 

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