a cassi é sua e depende de você...muito oportuna e esclarecedora a entrevista com o competente dr....
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Ano XII - nº 78 | setembro/outubro | 2011
A CASSI é sua e depende
de você
Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil
página 6
2 Jornal CASSI Associados
AN
S -
nº 3
4665
-9 Conselho DeliberativoRoosevelt Rui dos Santos (Presidente)Fernanda Duclos Carísio (Vice-presidente)Amauri Sebastião Niehues (Titular)Ana Lúcia Landin (Titular)Loreni Senger Correa (Titular)Marco Antonio Ascoli Mastroeni (Titular)Renato Donatello Ribeiro (Titular)Sergio Iunes Brito (Titular)Vagner Lacerda Ribeiro (Suplente)Claudio Alberto Barbirato Tavares (Suplente)Fernando Sabbi Melgarejo (Suplente)Gilberto Lourenço da Aparecida (Suplente)Íris Carvalho Silva (Suplente)José Roberto Mendes do Amaral (Suplente)Milton dos Santos Rezende (Suplente)Ubaldo Evangelista Neto (Suplente)
Conselho FiscalGilberto Antonio Vieira (Presidente)Eduardo Cesar Pasa (Titular)
Francisco Henrique Pinheiro Ellery (Titular)Frederico Guilherme F. de Queiroz Filho (Titular)Paulo Roberto Evangelista de Lima (Titular)Rodrigo Nunes Gurgel (Titular)Benilton Couto da Cunha (Suplente)Marcos José Ortolani Louzada (Suplente)Cesar Augusto Jacinto Teixeira (Suplente)Luiz Roberto Alarcão (Suplente)José Caetano de Andrade Minchillo (Suplente)Viviane Cristina Assôfra (Suplente)
Diretoria ExecutivaHayton Jurema da Rocha(Presidente)Denise Lopes Vianna(Diretora de Planos de Saúde e Relac. com Clientes)Maria das Graças C. Machado Costa(Diretora de Saúde e Rede de Atendimento)Geraldo A. B. Correia Júnior(Diretor de Administração e Finanças)
ExpedienteEdição e RedaçãoEditor: Sergio Freire (MTb-DF 7.630)
Jornalistas: Liziane Bitencourt Rodrigues (MTb-RS 8.058), Marcelo Delalibera (MTb-SP 43.896), Pollyana Gadêlha (MTb-DF 4.089) e Tatiane Cortiano (MTb-PR 6.834)
Edição de arteProjeto gráfico: Luís Carlos Pereira Aragão
Diagramação: Luís Carlos Pereira Aragão e Caroline Morais
Produção
Impressão: Fórmula Gráfica
Tiragem: 148.918 exemplares
Edição: setembro/outubro 2011
Imagens: Divisão de Marketing, Stockxchng e Dreamstime
Valor unitário impresso: R$ 0,26
Publicação da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil). “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”.
Matéria assinada pelo jornalista Andrew
Jack, publicada há alguns dias no Finan-
cial Times, garante que apenas no pri-
meiro semestre deste ano os principais
laboratórios já doaram mais de US$ 148
milhões a 165 mil médicos norte-america-
nos (entre eles US$ 48 milhões da Eli Lilly
e US$ 42 milhões da Pfizer) para gastos
com lazer, viagens, consultoria, educação
e apoio a pesquisas, num processo que a indústria farmacêutica afirma ser ético
e produzir resultados positivos para a saúde, mas que, argumentam os críticos,
cria o risco de influenciar quais medicações são receitados pelos médicos.
Embora algumas empresas de grande porte, como a Sanofi, não tenham divul-
gado nenhum dado, as companhias que já o fizeram registraram, juntas, paga-
mentos de US$ 437 milhões a 262 mil médicos em 2010. Isso acontece quando
se intensifica a fiscalização das práticas de marketing, já que as agências go-
vernamentais estão concluindo as diretrizes que tornarão obrigatória, a partir
do 2013, a publicação de dados sobre apoio financeiro ao setor, como parte das
reformas nessa área nos EUA. O objetivo da publicação dos dados é permitir
que as agências fiscalizadoras, as instituições médicas e os pacientes possam
enxergar melhor as relações entre médicos e empresas, mas a extensão da di-
vulgação e a forma como é apresentada variam muito, dificultando as análises.
Os resultados permanecem confusos. Entre as empresas que liberaram in-
formações, nenhuma forneceu dados comparáveis diretamente. Algumas
publicam números precisos, outras apenas faixas, algumas o fazem trimes-
tralmente, outras anualmente. Cada uma tem diferentes patamares mínimos,
e poucas facilitam o acesso aos dados divulgados. Nenhuma delas publica
informações sobre o custo substancial de “amostras”, o fornecimento gra-
tuito de medicamentos que induz os médicos a receitá-los, especialmente a
pacientes cobertos por seguro-saúde que cubra os gastos com medicação.
Boa parte dos médicos listados recebeu apoio muito modesto – na forma de
brindes, como canetas com logotipos de farmacêuticas ou “almoços sandu-
íches”, uma moeda de troca usual quando representantes visitam médicos
ocupados. No entanto, alguns estudos acadêmicos sugerem que esses itens
criam laços de amizade que podem induzir os médicos a receitar medicamen-
tos, mesmo aqueles para os quais as evidências científicas são frágeis.
Porém, bem acima desse tipo de prática, registram-se grandes pagamentos
a médicos palestrantes em conferências. Alguns beneficiários reconheceram
que o resultado subconsciente foi de transformá-los em advogados dos me-
dicamentos dos que os patrocinam. Christopher Loder, um porta-voz da Pfizer,
chegou a dizer que a empresa continua sustentando o mérito de suas rela-
ções com os profissionais de saúde: “Através de nossas interações, aprende-
mos valiosas informações que podem nos ajudar a servir melhor médicos e
pacientes, e compartilhamos conhecimentos que os profissionais de saúde
podem usar para tomar decisões mais bem fundamentadas nos tratamentos”.
Não se pode afirmar, com segurança, que tais práticas também acontecem
no Brasil, até porque não existe obrigatoriedade por aqui de dar transpa-
rência a esse tipo de estratégia de marketing.
Boa leitura.
Hayton Jurema da Rocha (presidente)
Quando transparência é fundamental
EDITORIAL
Jornal CASSI Associados
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20 de outubro de 2011. Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito.Mais do que uma data comemorativa, um convite: faça do Cooperativismo uma prática cotidiana, uma atitude. O seu estilo de vida.
Jornal CASSI Associados4
ssociadossociadofalafalaEnvie seu comentário sobre as matérias para [email protected].
Reclamações e solicitações sobre outros assuntos devem ser encami-
nhadas pelo Contato Eletrônico, disponível em www.cassi.com.br, link
Fale com a CASSI.
Muito oportuna e esclarecedora a entrevista com o competente dr. Gus-
tavo Gusso (Jornal CASSI Associados, nº 77). Suas orientações são por
demais convincentes, no sentido de consultarmos um médico genera-
lista. É o que farei daqui por diante, na CliniCASSI.
Francisco Feliciano da Silva – João Pessoa (PB)
CASSI responde: Francisco, o seu comentário
ajuda a confirmar o que se pretende com as ma-
térias de saúde do jornal da Caixa de Assistên-
cia: passar informações claras e qualificadas e
incentivar o cuidado com a própria saúde, com a
prevenção de doenças e a promoção da qualida-
de de vida. Esperamos, assim, contribuir para a
conscientização de nossos associados sobre os
cuidados com sua saúde.
Excelente a entrevista com o dr. Gustavo Gusso (Saúde em Risco). Na
linha de argumentação defendida pelo entrevistado, sugiro uma ação
mais forte e efetiva no âmbito das CliniCASSI, onde possamos dispor
de generalistas experientes e com estabilidade, evitando-se a alta
rotatividade de médicos de família. Falo da minha experiência que, ao
recorrer ao serviço, sempre constato mudança de profissional.
Raimundo Nonato Gomes – Fortaleza (CE)
CASSI responde: Raimundo, a CASSI reconhece que, em alguns ca-
sos, houve troca de médicos nas CliniCASSI. Em Fortaleza, a maioria
dos médicos de família atua no Serviço Próprio há muitos anos, com
exceção daqueles que compõem a equipe de saúde na qual o se-
nhor é cadastrado. Nessa equipe, houve rotatividade de profissionais,
causada por diversos motivos. No entanto, a
Caixa de Assistência esclarece que o acompa-
nhamento de saúde dos participantes é feito
por uma equipe multidisciplinar. A Instituição
também dispõe do Prontuário Eletrônico do
Paciente (PEP), onde estão registradas todas
as informações do histórico de saúde do par-
ticipante, o que facilita o acompanhamento
pela equipe de saúde. Neste semestre, com o
reajuste da remuneração dos médicos de fa-
mília que atuam nas CliniCASSI de todo o País,
a Caixa de Assistência espera uma maior per-
manência desses profissionais, fortalecendo
sua atuação junto aos participantes.
Li a entrevista do dr. Gustavo Gusso e acredito muito nas suas coloca-
ções, mas gostaria de acrescentar que os médicos generalistas devem
ser competentes, prestando provas (tipo OAB) para analisarem e enca-
minharem os pacientes com segurança.
Roberto Paulo Fracalossi – Bento Gonçalves (RS)
EMAILS
Entrevista com médico de família
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EMAILS
ssociadossociadoCASSI responde: Roberto, a especialidade Medicina de Família e Co-
munidade, assim como as demais, possui residência. Há, inclusive, uma
prova para os médicos se tornarem especialistas na área, recomenda-
da pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
(SBMFC). No entanto, não é obrigatória. De forma geral, o setor de
saúde tem atuado na educação dos profissionais para que sua prática
esteja, cada vez mais, sustentada por evidências científicas. Na CASSI,
todos os médicos de família fazem um curso sobre a especialidade,
para que estejam habilitados para atender os participantes.
Gostaria de abordar dois assuntos enfocados no Jornal CASSI nº 77.
1) Coparticipação dos associados: como bem disse a CASSI em sua res-
posta, trata-se de uma “participação inexpressiva”, quase simbólica,
com finalidade até educativa. 2) Saúde em Risco: da entrevista com o dr.
Gustavo Gusso, depreende-se que não há necessidade de fazer o exame
de PSA anualmente se o paciente não apresentar problemas urológicos.
Agradeceria se houvesse um esclarecimento sobre esse entendimento.
Raimundo Alberto Cordeiro Vinhas – Fortaleza (CE)
CASSI responde: Raimundo, a CASSI agradece a sua contribuição
com o debate sobre o tema copartipação. Quanto à entrevista, a Cai-
xa de Assistência esclarece que as declarações do médico estão ba-
seadas em evidências científicas e são direcionadas para a população
de um modo geral. Por isso, não devem ser individualizadas. Cada
pessoa deve ser avaliada por um profissional habilitado a fim de ter
suas necessidades de saúde determinadas. Para obter mais informa-
ções sobre a indicação para realização do seu exame laboratorial, é
importante consultar um médico.
Contribuição dos associados
A CASSI sempre foi modelo, padrão, nunca cópia! Lamento que a nossa
CASSI esteja sendo administrada como o Brasil, ou seja, sempre que
suas finanças se abalam, cria-se novo tipo de contribuição. Já houve
duas: primeiro, elevaram-se os valores das contribuições; segundo,
criou-se a contribuição sobre o 13º salário. Antes que venham com a
resposta de que tais fatos ocorreram mediante “votação”, devo dizer:
impossível passar pela cabeça de qualquer colega pagar por algo de
que não usufrui, pois não se adoece treze meses em um ano.
Pedro Rocha Matrícula – Guarapari (ES)
CASSI responde: Pedro, lembramos que, em 2010, a Caixa de Assis-
tência autorizou mais de 24 milhões de procedimentos médicos e hos-
pitalares, que totalizaram mais de R$ 1,8 bilhão em gastos com esse
tipo de serviço – quantia superior ao que foi gasto em 2009 e que
sobe constantemente. O mais importante é cada colega refletir sobre
se aquilo que está pagando é compatível com a cobertura dos riscos a
que estão sujeitos ele e seus depententes. Somos um plano solidário,
em que a contribuição de todos precisa ser suficiente para pagar as
despesas em saúde, que crescem ano a ano. A contribuição sobre o
13º salário se soma aos recursos da CASSI, que têm a finalidade de
sustentar a utilização do Plano de Associados pelos seus 400 mil parti-
cipantes, entre titulares e dependentes.
Gustavo GussoPresidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
Participe. Envie email para [email protected]
Jornal CASSI Associados
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recorrer aos serviços públicos quando neces-
sitasse de atendimento.
Essa situação começou a mudar há cerca de
quatro meses, quando Paulo
tomou posse como funcio-
nário do Banco do Brasil,
na agência Liberty Mall,
em Brasília. Ele quase não
acreditou quando recebeu
o primeiro demonstrativo
de pagamento: “Eu e minha
esposa tomamos um susto
quando vimos que foram descontados apenas
R$ 48 para a CASSI, com cobertura para toda
a minha família”.
Além do baixo valor de contribuição, Paulo disse
que se sente “seguro pela cobertura e qualida-
Mesmo trabalhando como corretor de imóveis
e sua esposa sendo servidora do Tribunal Re-
gional Eleitoral do Distrito Federal, Paulo Cé-
sar Araújo Rodrigues, 41 anos, precisava ficar
muito atento para que o
orçamento familiar não
saísse de controle.
Parte significativa da
renda mensal era com-
prometida com o pa-
gamento de planos de
saúde. O da esposa
Cristiane custava R$ 195 e o da filha Bruna, de
4 anos, chegava a R$ 105. Como tinha ainda
de gastar com a creche para Bruna em perío-
do integral, entre outras despesas familiares,
Paulo decidiu que não pagaria plano de saúde,
ficando sem assistência médica e tendo de
Baixo custo e ampla oferta de serviços dependem da conscientização dos associModelo de atuação requer intensa par
de dos serviços da CASSI”, já que no plano ante-
rior, além de pagar 525% a mais (com cobertura
apenas para a esposa e a filha), não confiava
na capacitação e experiência dos médicos cre-
denciados. “A CASSI oferece um leque maior
de serviços de saúde e permite escolher profis-
sionais mais preparados, vários deles inclusive
indicados por amigos”, constatou.
O novo funcionário do BB disse que o principal
motivo para prestar o concurso do Banco do
Brasil foi a possibilidade de ascensão profis-
sional e, como segundo estímulo, a certeza de
contar com um plano de saúde de qualidade. “A
CASSI teve um peso muito grande em minha de-
cisão de ingressar no Banco do Brasil”, afirmou.
Assim como Paulo, os brasileiros também va-
lorizam possuir plano de saúde. Pesquisa do
ados sobre o funcionamento da Caixa de Assistênciaticipação dos associados
CAPA
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A avaliação positiva quanto à qualidade dos
serviços da Caixa de Assistência não é refe-
rendada por 26,5% dos funcionários e por
21% dos aposentados do BB, que se dizem
muito insatisfeitos com o Plano, segundo
apurou pesquisa realizada, no final de 2010,
por instituto contratado pela CASSI.
A maioria de funcionários e aposentados
avalia positivamente a Caixa de Assistência.
Mas será que esses índices demonstram
que os associados à CASSI são compro-
metidos o suficiente com a Instituição para
protegê-la e fortalecê-la diante das mudan-
ças no setor de saúde? Hayton Jurema da
Rocha, presidente da CASSI, indica uma res-
posta para a questão: “Para os desafios que
a CASSI enfrentará, não basta apenas estar
satisfeito e ter uma atitude meio que passi-
va de receber os serviços e pensar que isso
é mais que obrigação da Caixa de Assistên-
cia. É preciso envolvimento”.
A história de Paulo, contada ao lado, per-
mite afirmar que, sim, existem funcionários
que são defensores entusiastas da CASSI;
são os chamados “promotores da marca”
(pessoas que indicam seu plano a um ami-
go, sem ressalvas ou qualquer crítica, e o
defendem nas mais diversas situações).
A pesquisa de satisfação contratada pela
CASSI identificou que apenas 48,8% dos
associados têm esse nível de engajamento
com a Caixa de Assistência; outros 19,4% re-
percutem negativamente sua relação com a
CASSI e o restante tem uma atitude neutra
em relação ao tema.
Baixo custo e ampla oferta de serviços dependem da conscientização dos associModelo de atuação requer intensa par
Datafolha, realizada de 24 de janeiro a 4 de fe-
vereiro deste ano, apontou que o segundo bem
mais desejado pelos brasileiros é o plano de
saúde, ficando atrás apenas da casa própria.
Essa é a opinião também de
Luciano José Barreto, de 36
anos, casado e pai de dois
meninos, de 10 e 11 anos.
Analista de telecomunica-
ções de um grande banco,
ele comprometia 32% do
salário para pagar plano de
saúde para ele, a mulher e os filhos. Desistiu e
passou a pagar um mais barato apenas para
si, porque estava com problema de saúde.
Nesse novo plano, gastava R$ 69 por mês
(50% a mais do que Paulo, funcionário do BB
desembolsa com a CASSI para toda sua famí-
lia) e não conseguia atendimento adequado,
precisando recorrer à rede pública. Agora,
nas oportunidades de trabalho que busca,
olha com mais atenção para aquelas que
incluem plano de saúde
para sua família.
Ele também está se pre-
parando para o concurso
do Banco do Brasil e já
se informou sobre a am-
pla cobertura da CASSI.
Luciano afirma que ter
plano de saúde “pesa 100%” em sua vida.
“Passei anos fugindo deles [planos de saú-
de], até que tive problemas no intestino e vi
o quanto é importante ter essa cobertura”.
Atualmente sem plano, é atendido no Hospital
Universitário de Brasília.
Contraponto
ados sobre o funcionamento da Caixa de Assistênciaticipação dos associados
Para Paulo César, a CASSI oferece uma ampla rede credenciada, com baixo custo
Hayton Jurema da RochaPresidente da CASSI
CAPA
Jornal CASSI Associados
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A abrangência da cobertura dos serviços médicos e hospitalares do Pla-
no de Associados da CASSI é reconhecidamente uma das maiores do
mercado. Nos últimos anos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) vem obrigando os planos de saúde a aumentarem o número de
serviços oferecidos, incluindo diversos procedimentos médicos e hos-
pitalares. Essa é uma forma de a agência reguladora proteger os con-
sumidores de operadoras que não garantam padrões adequados de
qualidade de assistência à saúde.
Em todas as ocasiões em que a ANS impôs novos procedimentos, o
Plano de Associados já os contemplava em sua cobertura (atualmente,
existem 45 procedimentos a mais que o determinado pela normatiza-
ção da agência reguladora).
O Programa de Assistência Farmacêutica da CASSI, que oferece abono
e descontos na aquisição de medicamentos, além de entregá-los na
residência do associado, é outro exemplo de benefício que os demais
planos não contemplam. A ANS somente agora começa a estudar como
obrigar os planos a oferecer esse tipo de cobertura.
E quanto se paga por tudo isso? Os relatos de Paulo e Luciano (página
anterior) demonstram como os valores das contribuições à CASSI estão
bem abaixo das mensalidades praticadas pelo mercado. Outra compro-
vação dos valores menores pagos pelos associados se refere à quase
inexistência de pedidos de desfiliação ao Plano de Associados. Em 2010,
de um total de 407.009 associados titulares, apenas 873 (0,2%) pediram
para sair do Plano. Outro dado que demonstra a fidelidade à CASSI se
refere ao tempo médio em que as pessoas permanecem associadas à
Caixa de Assistência. Aproximadamente 59% dos funcionários e aposen-
tados do BB têm mais de 20 anos como associado à CASSI. O modelo
de negócios da Caixa de Assistência presume, então, baixo custo para
o associado com ampla oferta de serviços.
“Para que uma equação desse tipo se susten-
te, é preciso amplo envolvimento dos maiores
interessados: os associados”, constata Graça
Machado, diretora de Saúde e Rede de Aten-
dimento da CASSI. A afirmação da gestora se
baseia na realidade praticada por qualquer
empresa, em que se estabelece seu posiciona-
mento de mercado em uma das frentes: preço ou amplitude de serviços.
Se a opção for por oferecer baixos preços, é claro que terá de haver
alguma restrição na oferta de serviço. Pense em uma companhia aérea,
por exemplo; aquela que oferece baixo preço restringe os serviços de
bordo, diminui o espaço entre os assentos e dificulta a remarcação de
passagens. Já a que opta por um serviço bastante qualificado ao con-
sumidor cobra mais por isso. A CASSI vivencia uma realidade que não
se enquadra em nenhum dos modelos dos manuais de estratégia de
marketing. Cobra pouco por uma das maiores coberturas em serviços
médicos e hospitalares do sistema de saúde suplementar.
Para o consultor sênior da Salutis Consultoria,
empresa especializada em assessoria junto à
ANS, Hélio Augusto Mazza, a CASSI vem de-
safiando a lógica do mercado, oferecendo a
seus beneficiários uma ampla e qualificada
rede de credenciados e ao mesmo tempo
buscando manter os custos assistenciais no
menor patamar possível. Mazza cita o exem-
plo de operadoras que oferecem diversos
tipos de planos, com maior ou menor facilidade de acesso aos servi-
ços, delegando aos beneficiários a escolha do plano de acordo com
suas conveniências, desde que eles paguem por isso. Ele menciona
os planos americanos em que se criam portas de entrada para os par-
ticipantes. “Aquelas pessoas que quiserem escolher qual médico vão
se consultar pagam um adicional por isso. Os planos mais baratos di-
recionam a demanda, indicando com qual profissional de saúde cada
paciente deve se tratar.”
Diante de tamanha complexidade em se
conciliar preço baixo e ampla oferta de
serviços, Geraldo A. B. Correa Júnior, di-
retor de Administração e Finanças da
CASSI, avalia que somente um envolvi-
mento pleno de cada associado pode fa-
vorecer a sustentabilidade da Instituição.
“Vemos associados que realizam exames e
não retiram o resultado e sabemos de soli-
citações de pessoas que querem credenciamento de profissionais
A CASSI precisa de promotores
CAPA
8
de saúde que cobram mais de R$ 200 a consulta, quando a média
de mercado paga pelos planos não chega a um quarto desse valor”,
relata Geraldo ABC.
O diretor afirma que, por outro lado, existem associados que são exem-
plos de comprometimento com o Plano. “Temos relatos de pessoas
que conferem todas as guias de exames, consultas e internações, para
se certificar de que os débitos à CASSI estão corretos. Conhecemos
associados que sempre procuram primeiramente um médico generalis-
ta quando precisam de atendimento, tendo assim um tratamento mais
adequado e alinhado com as políticas de saúde da CASSI.”
O presidente da CASSI, Hayton Jurema da Rocha, destaca a ne-
cessidade de os associados terem a consciência de que a Institui-
ção é o patrimônio de cada um. “Somos uma caixa de assistência
sustentada pela contribuição de todos. Nossos recursos são limi-
tados e com eles temos de buscar oferecer o melhor em saúde.
A valorização do patrimônio que temos é o que permitirá continuarmos usu-
fruindo de assistência à saúde, sem termos de ficar à mercê dos preços
praticados pelas operadoras de mercado”, avalia.
Mazza dá mais um exemplo de como a CASSI se diferencia: “Em 2010
a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil garan-
tiu cobertura a cinco associados que gastaram, cada um, mais de
R$ 1 milhão em tratamento médico e hospitalar. Dificilmente uma ope-
radora de mercado arcaria espontaneamente com tamanho gasto,
principalmente se levado em consideração o valor das contribuições
e mensalidades da CASSI”.
Mesmo com 39 mil prestadores de
serviços, a CASSI ainda recebe muitas
reclamações dos participantes com
relação à sua rede credenciada. “Além
da inexistência de profissionais de saú-
de das mais diversas áreas nas cidades
do interior, existe a dificuldade de cre-
denciar algumas especialidades médi-
cas que são vitais para uma cobertura
assistencial adequada”, afirma Denise
Lopes Vianna, diretora de Planos de
Saúde e Relacionamento com Clientes.
O Conselho Federal de Medicina divulgou, no início de setembro
deste ano, que, no País, existe um profissional de saúde para cada
578 habitantes, número bastante superior ao recomendado pela Or-
ganização Mundial da Saúde (OMS), que preconiza um médico para
cada mil pessoas. No entanto, a distribuição dos médicos esconde
distorções regionais significativas. À medida que se caminha da re-
gião Sul em direção à região Norte, a média de profissionais cai
significativamente, variando entre índices europeus, nas capitais, e
africanos, no interior do Norte e Nordeste, localidades em que se
vive um verdadeiro “apagão” de médicos.
Nas capitais, onde o índice de médicos por habitante é superior à mé-
dia recomendada pela OMS, a CASSI encontra dificuldade em credenciar
algumas especialidades, como pediatria, endocrinologia, reumatologia
e psiquiatria. Esses profissionais, em quase sua totalidade, deixaram de
atender pelos planos de saúde. “São médicos que têm seu faturamento
vinculado, exclusivamente, a consultas e querem ganhar honorários dife-
renciados das demais especialidades”, constata a diretora Denise Vianna.
Para diminuir ao máximo as dificuldades específicas de credenciamento
em todo o País, a diretoria da CASSI aprovou política de valorização de
consultas e de formação de redes diferenciadas, respeitando os recur-
sos existentes e as diferentes realidades que se apresentam pelo Bra-
sil. “Esse projeto facilitará a possibilidade de novos credenciamentos
e melhorará a qualidade da rede conveniada em um curto espaço de
tempo”, afirma a diretora.
Rede credenciada
Quando comparado o perfil etário dos participantes da Caixa de Assistên-
cia com o dos demais planos de saúde, percebemos uma das principais
características de empresas de autogestão, como a CASSI: o crescimento
do número de usuários acima de 60 anos. A Instituição tem atualmente
em torno de 17% de participantes nessa faixa etária.
O consultor Helio Mazza explica que, enquanto as autogestões pos-
suem 23,1% de seus usuários com idade acima de 60 anos, os demais
planos coletivos, conforme o Caderno de Informação da Saúde Suple-
mentar da ANS, hoje detêm 8,7% de usuários com essa faixa etária (da-
dos de setembro de 2011).
“Na CASSI, percebemos o alto nível de fidelização ao plano, com maio-
ria de beneficiários idosos. Nesse contexto, vemos os desafios que te-
rão seus gestores: conciliar a prática de ampla cobertura assistencial
(acima das práticas dos planos de mercado) por meio de uma excelente
rede credenciada; tudo isso para um público delimitado e que provavel-
mente terá a CASSI como seu plano de saúde até o fim da vida.”
Os desafios para o futuro
CAPA
9Jornal CASSI Associados
10 Jornal CASSI Associados1010
No final de 2010, a CASSI contabilizou R$ 1,3 bilhão em reservas, con-
siderando o Plano de Associados e o CASSI Família. É uma situação
de certa forma confortável, já que a Caixa de Assistência gastou, no
último ano, em torno de R$ 1,8 bilhão para pagar mais de 24 milhões
de serviços médicos e hospitalares. Em uma breve análise, as reser-
vas são suficientes para pagar em torno de nove meses de despesas
com assistência à saúde.
A reserva que a CASSI possui não pode acomodar os associados: “Com
preços baixos e muitos benefícios, não podemos descansar na nossa
tarefa de buscar, nos momentos em que precisamos da CASSI, a melhor
forma de utilizar o Plano”, diz o diretor Geraldo ABC. Ele afirma que pe-
quenas atitudes do dia a dia, como não assinar guias de consultas
e exames em branco, podem contribuir muito para controlar as
despesas em saúde.
Outra forma de contribuir para fortalecer a CASSI é indican-
do parentes até terceiro grau para serem participantes da
Caixa de Assistência. A diretora Denise Vianna comenta
que, geralmente, beneficiários do Plano de Associados
acreditam que o aumento do número de usuários do
CASSI Família pode dificultar a marcação de consultas.
Contudo, quanto maior o número de pessoas assis-
tidas pela Instituição, maior será a possibilidade de
obter ganhos de escala operacional. Também aumen-
ta o poder de negociação da CASSI com clínicas, hospitais e
profissionais de saúde, já que a população assistida será bem maior,
pois é o volume de beneficiários que justifica a ampliação da rede de
credenciados. “Temos uma grande possibilidade de crescimento no
plano CASSI Família, cuja população é inferior à do Plano de Asso-
ciados. Enquanto no primeiro possuímos 280 mil pessoas, no outro
temos 400 mil associados”, avalia Denise Vianna.
A diretora ainda ressalta a representatividade do plano CASSI Família
no mercado, considerado um dos melhores planos de saúde do Brasil.
“A relação entre custo e benefício proposta pelo CASSI Família torna-o
bastante atraente para quem quer ter cobertura nacional, com ampla
rede credenciada de estabelecimentos de saúde e mensalidades bas-
tante competitivas”, explica Denise Vianna.
Atitudes que protegem o patrimônio
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CAPA
A CASSI vem desafiando a lógica de mercado, oferecendo a seus beneficiários uma ampla e qualificada rede de credenciados e ao mesmo tempo buscando manter os custos assistenciais no menor patamar possível
“
”Hélio Mazza, consultor sênior da Salutis Consultoria
11Jornal CASSI Associados 1111
Os sinais do AVCPREVENÇÃO
“Só não morri porque não fumava e não bebia.” A declaração é do
participante Enzio Alan Martins, ao relembrar o dia em que sofreu um
acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, em 2004, aos 43 anos.
Hipertenso desde os 38, tudo aconteceu após um dia normal de
trabalho, quando ele foi se deitar. “Não senti nada. Apenas
perdi a consciência e vomitei. Minha esposa me encontrou
caído ao chão do quarto”, recorda.
Após o episódio, o lado esquerdo do corpo ficou parali-
sado. Desde então, ele usa medicamentos, faz sessões de
fisioterapia, hidroterapia, fonoaudiologia e aulas de pintura.
Hoje, com 50 anos, o associado movimenta-se com a ajuda de
bengala e conta com o apoio da família para realizar algumas
atividades diárias.
Fatores de risco podem desencadear o acidente vascular cerebral, doença que mata 100 mil pessoas por ano no Brasil
Enzio tem um dos principais fatores de risco para o acidente vascular cerebral, a
hipertensão. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, 40% das mortes
por AVC podem ser atribuídas à pressão alta – que atinge 24,4% da população adulta,
segundo dados do Ministério da Saúde. Mas outros fatores também contribuem para o
surgimento da doença, como diabetes, sobrepeso, tabagismo, consumo frequente de álcool
e drogas, colesterol alto, doenças cardiovasculares, sedentarismo, estresse, genética e idade
– pessoas com mais de 60 anos têm mais chances de ter um AVC. “Esses indicadores tornam a
doença previsível”, diz o neurocirurgião Luís Augusto Dias, credenciado à CASSI em Brasília (DF).
Estudos recentes têm mostrado que o AVC tornou-se um problema de saúde pública pelo alto ín-
dice de óbitos, aponta o neurocirurgião Henrique Almeida Barros, credenciado à CASSI em Belo
Horizonte (MG). Os dados comprovam essa afirmação. A cada cinco minutos um brasileiro morre
por doenças cerebrovasculares, sobretudo o acidente vascular cerebral. A informação é da Aca-
demia Brasileira de Neurologia (ABN), que ainda mostra que mais de 100 mil pessoas morrem
todos os anos no País em decorrência da doença. No ano passado, o Ministério da Saúde
registrou 174.189 internações por AVC, quase cinco mil a mais do que o verificado em 2009.
Enzio, com um dos dois filhos, em Araçatuba (SP) – 2009
Jornal CASSI Associados
PREVENÇÃO
O neurocirurgião Luís Augusto Dias (DF) explica que a doença é
considerada uma emergência médica e o tratamento inicia nessa
situação. E, quanto mais rápido for o atendimento, menor é a morta-
lidade, os danos cerebrais e as sequelas para o paciente. “O inter-
valo máximo de tempo entre os sintomas do AVC e o atendimento
médico deve ser de quatro horas e meia.”
Popularmente chamado de derrame, o AVC ocorre quando há inter-
rupção do fluxo sanguíneo em uma determinada área do cérebro, que
pode provocar lesão ou morte celular e danos nas funções neurológi-
cas. Há dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico.
AVC hemorrágico: é o tipo mais grave, com altos índices de mortalidade.
Ocorre com o rompimento de um vaso sanguíneo, provocando hemorra-
gia. A ruptura do vaso pode ocorrer por diversos fatores, como pico de
hipertensão, aneurisma cerebral ou problemas na coagulação do sangue.
AVC isquêmico: responsável por 80% dos casos, origina-se pela forma-
ção de placas de gordura ou coágulos em alguma artéria que irriga o
cérebro, causando falta de circulação em uma determinada área.
Atenção: O ataque isquêmico transitório (AIT) é considerado um prenún-
cio do acidente vascular cerebral. Neste caso, há uma obstrução tem-
porária da circulação sanguínea no cérebro, gerando sintomas breves e
transitórios, como fraqueza ou dormência em partes do corpo, que me-
lhoram dentro de 24 horas.
Identificar os sintomas ajuda a diminuir os riscos
Entenda o que é o AVC
Conhecer os sintomas é o primeiro passo para procurar atendimen-
to médico o mais rapidamente possível. No AVC isquêmico, que tem
início súbito e evolução rápida, os sinais variam conforme a área do
cérebro afetada, podendo ocorrer dificuldade para falar, comuni-
car-se ou enxergar, alteração da memória, fraqueza ou dormência,
geralmente afetando um dos lados do corpo, dificuldade ou incapa-
cidade de movimentação, tontura e crises convulsivas em pessoas
que não têm epilepsia.
“Os sintomas do acidente vascular cerebral hemorrágico são os
mesmos do isquêmico, incluindo ainda dor de cabeça forte e súbita,
muitas vezes associada a vômitos”, explica o neurocirurgião Henri-
que Almeida Barros.
“O pronto reconhecimento dos sinais que podem ser de um AVC
torna-se importante para diminuir a mortalidade dos pacientes, me-
lhorando seu prognóstico com um atendimento rápido e eficiente”,
afirma a médica de família da CliniCASSI Leste (SP), Marleide Corrêa
da Silva.
A pessoa que apresentar os sintomas ou observá-los em outra deve
procurar o serviço de emergência de um hospital. “Não se deve
perder tempo telefonando para outro familiar. Deve-se pedir ime-
diatamente o socorro e depois avisar as demais pessoas, inclusive
o médico de confiança”, orienta a médica.
No hospital, após o diagnóstico, obtido por meio do quadro clínico e
de exames como tomografia e ressonância magnética, o tratamento
inclui desobstrução das artérias, controle da pressão arterial, glice-
mia e sinais vitais e cirurgia para drenagem do coágulo formado no
cérebro, quando necessário.
12 Jornal CASSI Associados
Jornal CASSI Associados
PREVENÇÃO
“Muitos pacientes sobrevivem ao acidente vascular cerebral e podem
levar uma vida produtiva, mas 80% deles ficam com algum tipo de
sequela e passam a conviver com a rigidez dos músculos, conhecida
como espasticidade”, diz o neurocirurgião Luís Augusto Dias. Depen-
dendo do local do cérebro afetado, pode ocorrer também paralisia de
um lado do corpo, comprometimento psíquico, cognitivo e sensitivo,
dificuldade na fala e perda da visão.
O processo de reabilitação pode ser lento e exigir paciência e deter-
minação, atributos que não faltam à Paulo Cristovam Cabreira e à sua
mulher, Elisabete Souza dos Santos Cabreira. Após três derrames, o
aposentado do Banco do Brasil conta com os cuidados da esposa na
luta pela recuperação.
Pela dificuldade de fala do marido, Elisabete é quem conta a história
dele. Segundo ela, aos 30 anos ele já apresentava vários fatores de
risco para a doença. “O Paulo sempre foi muito estressado e nunca
cuidou direito da saúde. Era fumante, tinha pressão alta e diabetes,
doença que descobriu em um dos Exames Periódicos de Saúde que
fez no Banco.”
Em 2003, quando tinha 43 anos, Paulo teve um AVC isquêmico leve. A
esposa conta que a boca dele estava um pouco torta e que apenas um
dos olhos se fechava. Desse primeiro episódio, o associado se recupe-
rou rapidamente e logo voltou à rotina normal. Cinco anos mais tarde, um
AVC isquêmico, que evoluiu para o hemorrágico, mudaria a vida do casal.
O aposentado teve o lado direito do corpo paralisado e problemas na
fala. Quando já estava dando alguns passos com a ajuda de uma ben-
gala, um terceiro AVC, em fevereiro de 2011, fez regredir sua evolução
com o tratamento.
Hoje, aos 51 anos, Paulo faz sessões de fisioterapia, hidroterapia e fo-
noaudiologia toda semana e toma os medicamentos corretamente com
a ajuda da esposa, que ainda cuida da aparência do marido. “Faço a
barba dele, corto o cabelo e o levo para passear.”
Com dois filhos e cinco netos, o casal é motivado pela fé em Deus e
pela esperança. “Apesar das dificuldades, sou uma pessoa otimista.
Procuro ser realista, mas oferecer palavras de apoio e incentivo a
ele. Hoje, vivemos um dia de cada vez. É difícil, mas não impossí-
vel”, diz Elisabete.
O papel de cuidadora desempenhado por ela é fundamental para a
reabilitação, mas a médica de família da CliniCASSI Leste (SP) aler-
ta para que a pessoa não faça as atividades no lugar do paciente.
“O cuidador que muito ajuda às vezes limita a pessoa com sequela, tor-
nando sua recuperação ainda mais lenta”, diz Marleide Corrêa da Silva.
Após a alta do hospital, a médica explica que uma equipe multidiscipli-
nar, formada por fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, psicólogo
e enfermeiro, pode ajudar o cuidador. “Os profissionais podem orientar
sobre os cuidados a serem tomados e delimitar até onde o paciente
tem condições de realizar suas tarefas sem ajuda.”
AVC deixa sequelas na maioria dos casos
Combater os fatores de risco e manter hábitos
de vida saudáveis ajudam a prevenir o AVC.
“É preciso ter alimentação balanceada, evitar
a obesidade, diminuir o estresse, parar de fu-
mar e praticar exercícios físicos regularmente”,
exemplifica a médica de família Marleide. As
pessoas com doenças crônicas, como hiperten-
são, diabetes, obesidade, dislipidemia (coleste-
rol e triglicerídeos altos) e arritmias cardíacas
também devem fazer o tratamento adequado
para manter essas enfermidades sob controle.
“A prevenção só pode ser orientada por um
profissional de saúde, pois um leigo não con-
segue manter a atenção necessária aos fatores
de risco”, observa o neurocirurgião Luís Augus-
to Dias. Ele afirma que a informação é a princi-
pal arma contra o AVC.
Prevenção: mudança de hábitos
Paulo Cabreira comemora o ano novo de 2007 com a esposa em Itanhaém (SP), um ano antes de ter o segundo AVC
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14 Jornal CASSI Associados1414
NOTAS
Cuidado com as mamadeirasA partir de janeiro de 2012, estará proibida a venda de mamadei-
ras plásticas com a substância bisfenol A (BPA), segundo resolução
publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As
empresas e os estabelecimentos comerciais serão responsáveis
por retirar das prateleiras e estoques os produtos não vendidos.
A regra vale para mamadeiras nacionais e importadas. Quem
descumprir a norma pagará multa de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão e
poderá ter o estabelecimento interditado. O bisfenol A é usado
na fabricação da maioria dos produtos plásticos, como potes,
escovas de dente, copos, cadeiras e no revestimento interno de
latas. Quando o plástico é aquecido ou congelado, moléculas
do bisfenol podem se desprender e contaminar os alimentos.
Não há estudos conclusivos sobre a possibilidade de a substância
causar doenças em seres humanos. No entanto, especialistas alegam
que a exposição ao bisfenol pode provocar deficiências físicas e cân-
cer. Diante das suspeitas, a Anvisa decidiu, por precaução, proibir a
substância nas mamadeiras para proteger a saúde dos bebês.
Anvisa proíbe anfetaminaA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve o registro
da sibutramina no Brasil e determinou a proibição da venda de inibi-
dores de apetite derivados da anfetamina. A agência deu 60 dias a
partir de 4 de outubro para retirada dos medicamentos do mercado,
vendidos há mais de 30 anos. Mesmo com a liberação da sibutramina,
a Anvisa pretende aumentar o rigor do controle sobre a venda do pro-
duto. A decisão encerra uma discussão que se arrasta desde fevereiro,
quando a agência lançou a proposta de banir os inibidores de apetite,
com base em parecer da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme),
por causa dos riscos à saúde. Na época, o anúncio provocou forte re-
ação de entidades médicas, que alegavam a importância do uso dos
remédios para pacientes com dificuldades de emagrecimento.
O bem-estar dos mais velhosUma pesquisa recente sugere que, com as políticas certas, um país
em desenvolvimento pode melhorar o bem-estar de cidadãos mais
velhos, como acontece no Brasil e na África do Sul. Nos dois paí-
ses, o nível de satisfação melhorou entre 2002 e 2008 devido a uma
combinação de crescimento econômico e políticas sociais, segundo
estudo do New Dynamics of Ageing Programme, uma colaboração
única entre cinco institutos de pesquisa ingleses. O estudo avaliou
mil famílias e observou os fatores que influenciavam o bem-estar da
população mais velha. Satisfação com relacionamentos familiares, in-
fluência econômica, condições de mercado de trabalho e políticas so-
ciais desempenharam papéis importantes na pesquisa. Para famílias
de baixa renda, os rendimentos recebidos pelos idosos foram funda-
mentais para o sentimento de melhora de vida observado no estudo.
15Jornal CASSI Associados 15
Hepatite C é pouco conhecidaMais da metade da população brasileira (51%) não sabe o que é he-
patite C e 84% nunca fizeram teste para a detecção da doença. As
constatações foram obtidas por meio de uma pesquisa da Socieda-
de Brasileira de Hepatologia (SBH), realizada pelo Instituto Datafolha
com 1.137 pessoas em 11 regiões metropolitanas brasileiras. Segundo
o estudo, mesmo quem afirma conhecer a doença a confunde com
outras. Entre os entrevistados, por exemplo, 7% afirmaram já ter
tomado vacina contra hepatite C – quando não existe vacina para
combater a doença. Segundo a SBH, entre 3 e 4 milhões de pessoas
carregam o vírus da hepatite C no Brasil. Na maioria desses casos, as
pessoas não sabem que têm a doença.
Tranquilizantes em excesso podem aumentar risco de Alzheimer
Café é aliado contra a depressão femininaUma recente pesquisa realizada com mais de 50 mil enfermeiras indica que mulheres
que bebem duas ou mais xícaras de café por dia correm menos risco de sofrerem de
depressão. O estudo mostra ainda que café descafeinado não teria o mesmo efeito. Os
resultados da pesquisa foram divulgados na publicação especializada Archives of Inter-
nal Medicine e provêm de um estudo realizado por uma equipe de especialistas da Har-
vard Medical School. Entre as pesquisadas, apenas 2.600 deram sinais de depressão
ao longo dess e período. E, destas, a maior parte consumia pouco café ou não tomava
a bebida. Comparadas com as mulheres que bebiam apenas um copo de café
por semana ou até menos, aquelas que consumiam duas a três xícaras por
dia tinham 15% a menos de chance de sofrer depressão. Porém, segundo
os médicos, o excesso de cafeína pode ter efeito contrário e realçar sen-
sações de ansiedade.
NOTAS
Genéricos: aumenta venda em programa do governoOs medicamentos genéricos já respondem por 65% dos produ-
tos comercializados ou distribuídos pelo governo federal no pro-
grama Aqui Tem Farmácia Popular, que oferece medicamentos
gratuitamente para o controle de diabetes e hipertensão arterial.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medi-
camentos Genéricos, a Pró Genéricos, a participação desse tipo
de medicamento saltou de 51% em janeiro para os atuais 65%,
impactados pelo início da distribuição gratuita dos produtos para
diabetes e hipertensão, iniciada em fevereiro. De acordo com o
presidente da Pró Genéricos, Odnir Finotti, mais de 20 mil farmá-
cias estão cadastradas no programa, responsáveis por atender
cerca de 7 milhões de pessoas.
O uso abusivo de tranquilizantes e soníferos pode aumentar o risco
de uma pessoa sofrer de Alzheimer, conforme demonstra um estudo
francês divulgado na revista Sciences et Avenir. Atualmente, entre 16
mil e 31 mil casos de Alzheimer por ano seriam provocados na França
por tratamentos com benzodiazepinas ou similares e seus genéricos:
Valium, Temesta, Xanax, Lexomil, Stilnox, Mogadon, Tranxène, dentre
outros, segundo a revista. O estudo recomenda cautela na utilização
desses medicamentos.
16 Jornal CASSI Associados
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prestador, a partir da página principal do site e na
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to de consulta, pode acompanhar o andamento do
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