a casa das minas - contribuição ao estudo das sobrevivências do culto dos voduns, do panteão...

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  • 8/7/2019 A casa das minas - contribuio ao estudo das sobrevivncias do culto dos voduns, do panteo daomeano, no esta

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    LIVROS & REVISTASPEREIRA, Nunes. A casa das mi-nas: contribuio ao estudo das so-brevivncias do culto dos voduns,do panteo daomeano, no estadoda Maranho. Brasil. 2 ed. Petr-polis, Vozes, 1979.

    Mais de trinta anos depois de abibliografia brasileira especializadater sido enriquecida pela publica-co do trabalho original sobre oculto dos voduns mina-jejes na ter-ra de Nina Rodrigues, seu autor,o extraordinrio Nunes Pereira,paga a promessa, feita as novas ge-races de estudiosos, de reedicoampliada daquela observaco anal -tica sobre as sobrevivncias religio-sas dos voduns do panteo dos ne-gros daomeanos no seu torro ma-ranhense.Tendo passado mais de meio s-culo de sua vida nonagenria eainda movimentada nas atividadesde pesquisador etnolgico, aproxi-mado de vultos da Cincia e da Li-teratura, em nosso Pais e no Exte-rior, amigo de poetas, autopsiado-res e mercadores de livros, antigopresidente do Instituto de Etnolo-gia e Sociologia e membro efetivodo Instituto Histrico e Geogrfi-co nas plagas amaznicas, ifiortalpelas Academias de Letras do Ma-ranho e Amazonas, trota-mundosdos esfuziantes solares parasiensesa semi-obscuridade das ocas nasmidas selvas tropicais, com respei-tvel obra escrita, abrangendo dodecamero m t ico dos autctonessubequatoriais a memria etnodie-tolgica, passando pelo melhordos estudos sobre o peixe-boi, -Nunes Pereira -, radicado no Alto

    de Santa Taresa, divisando de suabiblioteca o golfo guanabarino, fezaparecer a to esperada segundaedio de A Casa das Minas, pelaVozes, de Petrpolis.Filiado a Escala de Nina Radri-gues, preparou para a SociedadeBrasileira de Antropologia e Etno-logia essa contribuio, desde1942, tendo-a apresentado doisanos depois, sob o entusiasmo da-quele baiano das Alagoas que, assis-tente de seu conterrneo Estciode Lima na Faculdade de Medicinado Terreiro de Jesus, partira parao Rio de Janeiro onde tornou-seMestre da Antropologia Nacional,- Arthur Ramos -, que a consa-grou e promoveu sua impresso,sendo, hoje, um daqueles exempla-res, raridade entre os especialistas.

    Motivado pelas pesquisas af ro-americanas de Leo Frobenius, Mel-vile Herskovits e Alfred Metraux,o depoimento foi discutido porAfrnio Peixoto, dison Carneiroe Edmundo Correia Lopes, que lhereconheceram logo o mrito cient-fico, como o fizeram Roger Basti-de, Leopold Senghor, Gilbert Rou-get, Pierre Alexandre e Lvi-Strauss,e tambm teve a sua parcela de co-laboraco, confessada por JosuMontello, para Os Tambores deSo Lus, obra literria relaciona-da com os negros da velha ilha dabaa de So Marcos.A vetusta casa mina-jeje conti-nua ali, como antes; visitei-a hpouco tempo; mas, desde os pri-meiros registros, o escritor anotouprofusamente seu trabalho. Osinteressados, scholars ou no, quesolicitavam, de h muito, a repu-

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    blicaco foram atendidos atravsde trs centenas de pginas ondeesto, alm dos seis captulos daconferncia original e da comuni-caco acessria de Geraldo Pinhei-ro, as notas complementares, im-portant ssimas, ,o apndice, um ca-derno iconogrfico e os dados bi-bliogrficos.

    Aqueles que viam Nunes Pereirarecm-chegado de Rondnia, -com sua cabeleira branca e a ms-cara de velho morubixada, emuma das mesas do Restaurante La- -mas, no to carioca e quela pocaainda no descaracterizado Largodo Machado, tendo ao lado a lou-rssima Elke, e diante de ambosum cordeiro assado com alcaparrase uma garrafa de Beaujolais -, pro-fligando a aculturaco "sifi lizado-ra" do brasil ndio, perguntavam:por que teria sado de seus habi-tuais cuidados para com o homemtribal amaznico e a ecologia dahilia e tratar dos remanescentesculturais dos daomeanos naAtenas Brasileira?A resposta continua nas pginas

    do livro: menino ainda, muito an-tes de ser o grande etngrafo in-dianista em que se transformou,foi entregue por sua me, D. Feli-cidade, a proteco do vodum Ba-d, com suas contas azuis, na casamatriarcal das minas, e, acol, du-rante muito tempo, verificou a ri -tualstica jeje, motivo da obra,primeira a realmente tratar dosresqucios da cultura de africanosnaquela parte do Brasil.

    Nessa linha de seu interesse in-telecutal, ele, h alguns anos, este-ve na Bahia, por mais de uma vez,194

    documentando os candombls dao-meanos do Bogum, ainda com suaprovecta Me-de-Santo Runh, dequem se fez amigo, ede Cachoeira,estudado, atualmente pelo antro-plogo belga Bispo Dom JosCornelys, e verificando as cole-ces do Museu Estcio de Lima edo Centro de Estudos Afro-Orien-tais da Universidade Federal daBahia.Tambm aqui, de outra feita,no Clube Ingls, quando era noCampo Grande, com os amigosJorge Amado, Pierre Verger, Vival-do Costa Lima, Antnio Vieira emuitos outros, entre um pirarucue moqueado e goles de sapoh,lancou dois de seus livros.

    Quem sabe se, andarilho que ,voltar Boa Terra, mesmo de pas-sagem a t o Maranho, para oabraco nos amigos e aquela moque-ca de que tanto gosta, na praia,preparada enquanto recita Danteem voz alta, sentindo-se no para-so, e o lancamento local dessa no-va edico de A Casa das Minas?

    Lamartine de Andrade Lima

    FIGGE, Horst H. Beitragezur Kul-turgeschichte Brasiliens, unter be-sonderer Berucksichtigung der Um-banda-Religion und der west-afri-kanischen Ewe-Sprache. Berlim,.Dietrich Reimer Verlag, 1980 (Con-tribuices a histria cultural do

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    Brasil, levando-se em consideracoespecial a religio da umbanda e aIngua ewe, da Africa Ocidental;com 24 fotografias).A tese central do livro parece, primeira vista, bastante absurda:o autor sustenta ". . . que a Ln-gua Geral Brasileira, o Tupi, norepresenta uma Ingua que se de-senvolveu a partir de uma Inguaindgena, mas sim uma Ingua deorigem africana" (p. 87). "A des-coberta de t a i s ligaces, a t agora

    no s desconhecidas mas mesmo'inimaginveis" (ibidem), somada aum grande nmero de falhas bviase a sinais de falta de entrosamentodo autor em certos aspectos damatria por ele tratada (cf. p. ex. adesignaco da "Lngua Geral","L. G. Braslica" ou "L. G. Brasi-liana" como "Lngua Geral Brasi-leira" na citaco acima, ou a faltaquase total de literatura de Iinglis-tica tupi na bibliografia) poderiamfazer desistir de antemo da leitu-ra do livro de Figge e da presenteresenha.Figge, com efeito, argumentadetalhadamente no s no sentidoda Ingua ewe ter uma influnciaimportante e at agora desconhe-cida na formaco da lngua brasi-leira, mas que a "L ngua Geral Bra-sileira, originalmente, era um dia-leto ewe" (p. 9). Enquanto o No-vo Aurlio s menciona uma spalavra de origem ewe (dialeto fon),bob, o livro aqui resenhado con-tm centenas que, segundo o autor,penetraram do ewe para o portu-gus ou formaram elou influencia-ram palavras consideradas tupi.Alm da origem do tupi diretamen-

    te do ewe elou de vrios dialetosde lnguas da Africa Ocideiital,ele ainda considera a possibilidadedo tupi e as palavras ewe que cor-respondem ao tupi tenham comofonte comum uma terceira Ingua,ainda no determinada. "De qual-quer maneira, a grande semelhanaentre o tupi brasileiro e o ewe dooeste africano s pode significarque o tupi, originalmente, no erauma Ingua indgena e sim africa-na" (p. 108), e que a Ingua divul-gada pelos jesutas, no Brasil, era,desde o incio, um dialeto ewe(p. 1201.? primeira vista parece tratar-se,no caso considerado, de uma aber-raco gritante. J. Mattoso CmaraJr. cita uma semelhanca estruturalexistente, segundo Archibald Hill,entre o latim e o esquim, "capazde fazer ericarem-se os cabelos doslatinistas da velha guarda" (Intro-duco as Lnguas Indgenas Brasi-leiras, 2aed., 1965, p. 88). e mui-tas das semelhancas e etimologiasestipuladas por Figge parecem te-merreas, arbitrrias e absurdas.Assim mesmo, grande parte domaterial apresentado pelo autoralemo poderia ter chance de re-sistir a exames mais severos e deabrir novas perspectivas na tupino-logia, na lingstica e na histriacultural brasileiras. Vale dizer tam-bm que o prprio autor faz repe-tidas restrices ao grau de certezaque d a s semelhancas e derivacesestabelecidas que ele prprio mui-tas vezes chama de "possveis","supostas" etc.As argumentaces do autor sotanto de ordem histrica quanto195

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    histrico-linguistica. A primeiraparte do seu livro trata dos dife-rentes tipos de manifestaces de"religies africanas" (as aspas sode Figge) no Brasil, estabeleceuma tipologia e examina as origensde espritos e designaes dos cul-tos. Para grande nmero de nomese palavras, o mnimo que se temque admitir uma semelhancalingu i'stica extraordinria e mode-los de explicaco histrico-culturalsurpreendentes. Cito, entre os ml-tiplos exemplos, o caboclo comofigura de umbanda e/ou candom-bl. A origem etimolgica do tupikari'boka, "originrio do branco", contraposto s palavras ewe bo ="ser glavro", kl = "ser desco-berto", kak = "Vaticinar" eboko = "vate, feiticeiro, mdico";a origem do preto velho, figura decandombl, atribuida ao ewekple t vela = "com uma segundacabeca", significado esse correla-cionado com o Exu-de-duas-cabe-cas; a figura do Lgua Bogi cor-relacionada com o ewe legb ="uma divindade m, que faz malao homens"; seguem-se muitos ou-tros exemplos e uma lista de maisde uma centena de palavras brasi-leiras possivelmente originrias doewe (p.48-70) a expresso "Quempode mais (que Deus)" = eweke kpodma = "hostilidade res-peita o feitio de proteo; "asegurana da casa" proveniente doewe az-kraa-sa = "proteocontra todo feitio", etc.

    A influncia do ewe no Brasilcorresponderiam palavras ewe de-rivadas do portugues, como okoso= acaso, avent = avental, by =196

    bia, plasi = prazer, e muitasoutras (p. 83-86).

    A influncia e mesmo a identi-dade de origem do ewe e do tupiso argumentadas, pelo autor, poruma srie de comparaces de do-cumentos histricos e de conside-raes sobre as condies da cris-tianizaco dos ndios e da criaoda Lngua Geral. A Doctrina Chris-tiana, publicada em Madrid em1659, e as cartas jesusticas sobreas misses brasileiras oferecem aFigge material para defender a for-mao da Lngua Geral em basedo ewe. Serviram como intermedia-dores os "meninos rfos" portu-gueses, considerados por Figge, es-cudando-se em bons argumentos,como sendo filhos de escravos afri-canos e que serviram como intr-pretes aos padres missionrios dosndios, tendo assim tido grande in-fluncia na infiltraco ou mesmoadoo de dialetos ewe no proces-so de formao da Lngua Geral.Examinando as palavras e ex-presso tupi contidas nas cartasjesu sticas editadas por SerafimLeite, o autor chega a concluso"que no mnimo nada contradizque "a I ngua" falada pelos jesu -tas, ao lado do portugus e do la-tim, era um dialeto ewe . . . e quenenhum texto comprova, sem dei-xar margem a dvidas, que "a In-gua" tenha sido jamais falada porndios (no sentido atual) antes docontato com europeus ou africa-nos" (p. 111 ). Sem querer ir tolonge como Figge nas suas conclu-ses, no se pode deixar de admitirque a argumentaco lingu sticapor ele apresentada mostra uma

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    grande influncia e que at hojeparece desconhecida, das I nguasdo grupo ewe sobre a formacoda Li'ngua Geral e do Portugusdo Brasil.

    Johannes Augel

    BURCH ETT, Wilfred. Grasshop-pers & Elephants (Why VietnFi ll). New York. Ureizen Books,1977.265~.

    Poder-se-ia fazer uma razovelbiblioteca sobre a guerra do Viet-n, em suas fases, francesa eamericana. Desde livros clssicosque apresentam a gestao ea eclo-so do conflito, como o de Devil-lers ( 1 ), aos testemunhos de figu-rates principais nas primeiras eta-pas como Sainteny 2), passandopor uma apresentao cr tico-jor-nalista, como toda a obra de Ber-nard Fdll, o livro de Tournaire ( 3 )ou a obra de Halberstan, em suaprimeira parte (4 1, analisando,como jornalista, a crise final doregime de Ngo Din Dhiem, e ex-trapolando numa segunda fase(5) ara apresentar a mecnica doenvolvimento americano, visto dosEstados Unidos, a criao dos mi-tos, a escalada propagandstica, psi-colgica e militar e a intoxicaopor seus prprios criadores, dasciladas com que justificavam aprogresso da guerra, numa crticaacerba que revela os mecanismosda manipulao do poder do "Es-

    tabilishment" norteamericano pou-pando poucas pessoas desde a ad-ministrao de Eisenhower at ade Johnson.Burchett um jornalista austra-liano com claras simpatias pelosvietnamitas. Uma guerra que no

    podia ser vencida sem os riscos daguerra nuclear, o envolvimento daChina e o perigo de uma terceiraguerra mundial ou, ao menos ocompromisso claro de uma decla-rao formal de guerra e o enviode tropas numerosssimas para ter-ritrio asitico, sem excluir o riscoda escalada das armas a empregar;a recusa de reconhecer uma guerracivil e a tentativa de transform-lanuma guerra entre dois "pases";a no aceitao da herana de umaguerra colonial e a preteno demetamorfossear um estado invi-vel num estado real, lutando Porsua independncia contra uma"agresso externa", tudo isso con-denou a guerra a um sacrifciointil de vidas e recursos, desde oincio.

    Burchett escreveu vrios livrossobre as diversas fases da guerra doVietn. Este ltimo que Come-ca com uma cronologia dos fatosprincipais de 20 de janeiro de 1961a 14-20 de dezembro de 1976 etermina com um pequeno gloss-rio de nomes e organizaes envol-vidas no conflito, trata, em snte-se, dos ltimos 55 dias da guerra edo colpso do Viet Nam do Sul. Aprimeira parte, baseada no relat-rio das operaes do Vo NguyenGiap e Tien Van Dung que ideali-zaram e realizaram a parte finaldas operaes militares e relata

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    as razes tcnicas da derrocada.Na segunda parte, num retrospec-to que comea em 1967, explana eexplica o porque desta derrocadainevitvel. Como em todos os ou-tros livros sobre o Viet Nam, rela-ciona as ocasies perdidas, os com-promissos possveis que no muda-riam o ideal final da unificao,mas que teriam tornado menos len-to, menos sangrento e menos cri-minoso o processo. Em resumo, aguerra do Viet Nam, combatidacomo o foi, estava perdida desde oincio - e no faltaram pessoas aperceber isso - mas a absoro damitologia ideolgica por parte dosprprios grupos que a criaram nelatinham interesse tornaram-na, -sem dvida, uma das guerras maisinteis e, por isso mesmo, sem jus-tificativa e cruenta da histria. Acronologia resumida mas essen-cial, as duas partes do livro so cla-ras e sua complementao bemapresentada, aperis o glossriodeixando um pouco a desejar.Tambm no se pretende um livro"definitivo", apenas a apresenta-o e o balano do ltimo captu-lo de uma tragdia que duraralongo demais.

    Salvador, fevereiro de 1979Emmanuel Ribeiro Guimares

    Bibliografia:1. DEVILLERS, Plilippe. Histoirede Viet-Nam (1940-52). Pa-

    ris, Du Sueil, 1952, 480p.198

    2. HALBERSTAM, David. Thebest and the Brightest. NewYork, Fawcett Crest Book,1972.831 p.

    3. The Making of a Qagmire.New York, Random House,1965. 2. ed. 323p.

    4. SAINTENY, Jean. Histoired'une paix manque. Paris,Amiot Dumont, 1953.260~.5. TOURNAIRE, Hlne. Livrejaune du Viet-Nam. Paris,

    Librarie Acadmique Perrin,1966,350~.

    PEPETELA. Mayombe -Ed. Unio dos EscritoresAngolanos, 1979-286p.

    Pepetela o nome literrio deArtur Carlos Maurcio Pestana dosSantos, vice-ministro da Educacode Angola. Mayombe talvez conte-nha suas recordaces romanceadasde sua experincia de guerrilheirona frente de Cabinda se verdadeque num romance um autor sem-pre se coloca, ainda que diludo,entre os seus personagens.

    E um romance poltico, um ro-mance pujante, de conflitos. Con-flitos ideolgicos, do dogmatismocontra o pragmatismo, do subjeti-vo frente ao objetivo. Sem Medo,o Comissrio Poltico, Teoria,Mundo Novo, o Chefe das Opera-ces, so personagens que ficam,cada um representante de sua ver-dade conflitante, retrato de um

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    momento determinado de sua evo-luco poltica ou existencial. On-dina, o amor-desafio, o amor-due-10, elemento de ligaco e de dis-crdia entre os personagens, todoseles em luta, luta do homem con-tra o homem, do homem contra omeio, do homem contra si mesmo,dentro do Mayombe inconquist-vel.

    Retrato de um momento da his-tria de Angola, lutando'pela in-dependncia, revela, sem dvida,as possibilidade de seu Autor.

    Emmanuel Guimares

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    As E di s lai iamh esto lanando os anais d oEncontro de Naes de Candombl, em c o d i Z ocom o C entro de Estudos Afro-Orientais (CEA O)da Uiiiversidade Federal da Bahia. Tiragem lim itadas reservas e permutas.Garanta seu exemplar. enviando o cu pomB Caixa Postal 190 8- CEP 40000 - alvador. BA .O preo ser de Cr$3.500,00. No mande dinh eiroagora:voc pagar ao receber o livro.

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    P U B LIC A C O E S D O C E N T R O D E E S T U DO S A F R O - O R I E N T A I SSr ie Estudos/DocurnentosA IM P OR T N C IA A T U A L D O ATLANTICO S U L -Wa lgi r Freitas Ol ivei ra "(1961)o R I G I N R E V E L A T I O N A N D D E A T H O F A P R I M IT I VE S C U LP TO R - Clar ival do Prado Val la-dares *D E C L A R A O UNIVERSAL DOS D I R E I T O S DO HOMEM - CARTA DA ORGANIZACAOD A U N I D A D E A F R IC A N A " (1 9 6 3 )U SO S E C OS T UM E S A N G O L A N O S - Oscar Ribas *(I9641A C I V IL I Z A O A R A B E - A . S. A y a d *(19651C U L T U R A E C I VI LI Z A A O I N D I A N A - Ge rtru d Ernerson Sen *(1968)O F U M O D A B A H I A E O T R A F I C O D E E S C R AV O S D O G O L F O D E B E N IN - Pierre Verger '(1969)A SP EC TO S D A L I T E R A T U R A N O M U N D O N E GR O -Wil f r ied Feuser "(1969)Srie Ensasios/PesquisasU M A F E S T A P U BL IC A D E C A N D O M B L -Cl i rnr io Joa quim Fer re i ra '(1980)R O T E IR O D E N I N A R O D R I G U E S - Lam ar t ine L i m a "(1980)M A N U E L Q U E R I N O O J O R N A L I S R A E P O L IT I C O - Jo rg e C a lm o n *(1980)U M M E L O T I P O I O R U BA / NA G O P A R A OS C AN TIC OS R E L IG I O SO S D A D I A S P O R A N E G R A- Dav id Welch * (1980)P R O C I S S ~ E S C A R N A V A L N O B R AS IL - Pierre Verger (1980)S A MB A D E V I O L A E V I O L A D E S AM B A N O R E C 6 N C A V O B A I A N O - Ralph Waddey (1980)D ISO N C A R N E I R O E O F O L C L O R E B A I A N O - osbCalasans *(1980)A NA LIS E A N T R O P O L G I C A E C U L T U R A L D O S N O M E S D A S FAMILIASA B A H IA -Eliane. S. Azevedo (1981)N EG RO S D A M I N H A I N F A N C I A -M ar i o ou to M ar i o r (1981)A P R ES E N A C U L T U R A L N E G R O -A F R IC A N A N O B R A S I L : M I T O E R E A L I D A D E -Yeda A. Pessoa de Ca stro (1981B R E V E NOTICIA ACERCA D E UMA TABELA DE EX-ESCRAVOS NO ITAPICURU - Con-suelo Pond de Sena (1981)Srie Ar te IL i te ra h i raP O ET A S B A IA N O D A N E G R I TU D E - Ha mi l t on d e Jesus V ie i ra (ed.) (1982)C A P O E I R A N D O - Carlos Ed ua rdo R. de Jesus (ed . ) (1982)D A CO R D A N O I TE - Nivalda C osta e Jaime Sodr (1983)

    OUTRAS P U B L I C A ~ E Su R S A M A I O R - Edison Carne i ro (1980)T R S PO E T AS D A N E G R I T U D E - eda M. R. Santos & El iane B i t tenco ur t (1981A T L A S H IS T R IC O E R E G I O N A L D O M U N D O ARABEIA H I S T O R I C A L A N D R E G I O N A LA T L A S O F T H E A R A B I C W O R L D - Ro l f Re i c he rt (1969)MapasA N O V A A F R IC A - 1965A N O V A AS IA - 1966A F R I C A - 1972 S IA E O C E A N I A - 1972 F R I C A - 1982PeridicosAF R O - S I AI N F O R M A T I V O C E AOBOLETIM B I B L I O G R A F I C O" Esgotado