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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
A CAPACITAÇÃO DOS DOCENTES
FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS
ADRIANA CHAVES TEIXEIRA DE BESSA
ORIENTADORA: PROF ª. MARIA ESTHER ARAÚJO DE OLIVEIRA
RIO DE JANEIRO JULHO / 2004
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista Docência do Ensino Superior.
RIO DE JANEIRO JULHO / 2004
A CAPACITAÇÃO DOS DOCENTES
FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS
ADRIANA CHAVES TEIXEIRA DE BESSA
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AGRADECIMENTO
Ao terminar este trabalho, gostaria de agradecer a algumas pessoas que tornaram possível a conclusão do mesmo. Agradeço a Deus que me criou e me capacita para as coisas, que até mesmo acho impossível. Ao meu pai Hilton (memorian), que sempre foi o meu grande incentivador para os estudos. A minha mãe Emilce, que sempre esteve presente nos momentos em que mais precisei, me dando o total apoio. Ao meu amado esposo, Marco, que soube entender todos os momentos de ausências e reclamações. As minhas lindas e queridas filhas, Alana e Rafaela, que tanto tiveram paciência, além de suportar minhas ausências durante a execução e pesquisas para este trabalho. As minhas amigas e companheiras de trabalho, Andréia, Cristiani, Edilma, Maria Isabel e Sueli, que em muitas vezes me ajudaram e incentivaram a continuar o curso. Aos meus queridos professores do curso de Pós-Graduação do Projeto “A Vez do Mestre”, que foram referências profissionais como: Carly Machado, Fabiane Muniz, Moema Quintanilha, Diva Maranhão, Leila Botelho, Carlos Leocádio e, principalmente, a professora Mary Sue Pereira, hoje não mais professora, mas uma grande amiga e incentivadora, que sempre tem uma palavra positiva e uma “dica” profissional de grande valia. A minha professora e orientadora Maria Esther, que me auxiliou e direcionou em todo processo de execução deste trabalho. Não poderia esquecer, de duas pessoas que estiveram verdadeiramente presentes em todos os sábados deste curso, sempre com um lindo e espontâneo sorriso nos lábios, prontos a atender a todas solicitações a elas feitas, e as quais aprendi a amar: Daiane e Edna. Enfim, agradeço a todos que direta e indiretamente contribuíram para realização deste trabalho.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a três pessoas super especiais para mim, minhas filhas: Alana e Rafaela, que são minha busca por um futuro melhor, não só para elas, mas para que a Educação Brasileira seja modificada possibilitando a elas e a outras crianças um futuro melhor. Também dedico a uma pessoinha que sempre tinha um sorriso nos lábios e um carinho para me fazer e dizer que me amava, minha linda estrelinha, que hoje brilha lá no céu, ao lado de Deus, minha eterna aluna, a quem tinha como filha: Gabriella Botelho de Souza Gonçalo, que hoje não está mais aqui, me faz muita falta, e fez parte de grandes inspirações e amadurecimento em minha vida profissional. Amo vocês!
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EPÍGRAFE
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades”.
(Luís Vaz de Camões)
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RESUMO
A história da educação registra ao longo dos tempos o insucesso de
diversas tecnologias, quando aplicadas à educação.
Os profissionais da educação, têm vivido grandes transformações nas
práticas de ensino e de pesquisa.
Professores e alunos vivem diariamente o desafio das mudanças nas
regras de convivência e nas formas de acesso às informações, participando todos
de um aprendizado, no sentido de romper as práticas rotineiras e os limites físicos
da sala de aula e ir além na busca de uma educação de mais qualidade.
Poucos professores estão preparados para integrar esses diferentes
domínios na sua prática pedagógica, sendo assim, todas as instituições,
principalmente as Universidades, devem criar condições para que o professor e
futuro professor saiba recontextualizar o aprendizado e a experiência vivida
durante a sua formação para a realidade de sua sala de aula, compatibilizando as
necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que dispõe a atingir.
Com as tecnologias de informatização, novos espaços do
conhecimento foram gerados.
Hoje, o conhecimento é o grande capital da humanidade, não devendo
ser vendido ou comprado, mas disponibilizado a todos, tornando a educação mais
democrática e menos excludente.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
VISÕES E CONCEITOS SOBRE TECNOLOGIA EDUCACIONAL 10
CAPÍTULO II
INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO 20
CAPÍTULO III
TECNOLOGIA X ENSINO 26
CONCLUSÃO 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 39
ÍNDICE 41
FOLHA DE AVALIAÇÃO 42
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INTRODUÇÃO
Este presente trabalho tem por objetivo, relatar sobre a necessidade de
orientação profissional dentro dos processos tecnológicos nos cursos de
graduação.
Nas últimas décadas, o desenvolvimento da informática nas diversas
áreas de ação humana. Possibilitou uma melhor interação das atividades
pedagógicas.
As novas tecnologias de informação e comunicação constituem uma
condição ao desenvolvimento profissional ao cidadão e já se pode constatar o
distanciamento entre os que conhecem e os que desconhecem o funcionamento
da linguagem dos computadores e outras novas tecnologias.
Os desafios estão relacionados aos avanços tecnológicos, e as novas
formas de aprendizagem, que devem proporcionar ao aluno maneiras de
enfrentarem mercados globalizados extremamente competitivos que faz surgirem
novas exigências em relação ao desempenho dos alunos, professores e
instituições de ensino.
Uma grande inquietação domina os meios educacionais gerando
reformas que preparem o homem às novas necessidades do trabalho.
De acordo com a nova legislação brasileira, a informática é um
componente curricular vinculado à área de linguagens, códigos e suas tecnologias
e devem preparar os alunos para o trabalho e para o exercício da cidadania. Não
mais a formação para o posto de trabalho que prepare o homem para ser o
“executor de tarefas”. Á nova educação para o Ensino Fundamental, Médio e
Superior deve formar o aluno pensante e flexível, no mundo das tecnologias
avançadas. Sendo assim, de suma importância à orientação dos graduados da
área de educação, que futuramente estarão frente a esses alunos. E se
utilizarmos as técnicas cognitivas individuais, portanto poderemos alcançar um
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entendimento de aprendizagem e não de confronto. Tendo como base um
procedimento metodológico uma pesquisa descritiva com observações de práticas
docentes, pesquisa bibliográfica e comparações entre as duas.
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1.1. EDUCAÇÃO E AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
A prática de ensino, sempre pressupõe uma concepção de
aprendizagem que determina a compreensão dos papéis de professor e aluno, da
metodologia, da função social da escola e dos conteúdos a serem trabalhados. As
discussões destas questões são importantes para que se explicitem os
pressupostos pedagógicos que subjazem à atividade de ensino, na busca de
coerência entre o que se pensa estar fazendo e o que realmente se faz. Tais
práticas se constituem a partir das concepções educativas e metodologias de
ensino que permearam a formação educacional e o percurso profissional do
aluno, incluídas experiências: escolares, de vida e a ideologia compartilhada com
o grupo social. A inserção dos recursos tecnológicos da informática na educação
escolar pode contribuir para a melhoria das condições de acesso à informação,
minimiza restrições relacionadas ao tempo e ao espaço e permite agilizar a
comunicação entre professores, alunos e instituições.
Especificamente, no ensino fundamental, a lei permite aos sistemas
seu desdobramento em ciclos. A possibilidade visa ao atendimento uma certa
diferenciação no conjunto dos oitos anos mínimos de duração dessa fase de
estudos, em princípio, o ensino fundamental será presencial. No ensino médio,
etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, visará ao
domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção
moderna, ao conhecimento de formas contemporâneas de linguagem e ao
domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da
cidadania.
A política da igualdade incorpora a igualdade formal, conquista do
período de constituição dos grandes estados nacionais. Seu ponto de partida é o
reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da
cidadania, como fundamento da preparação do educando para a vida civil. No
plano didático, o uso da informática traz também desafios de diferentes ordens,
envolvendo a necessidade de rever princípios, conteúdos, metodologias e
práticas compatíveis com a potência dos instrumentos digitais.
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A prática administrativa e pedagógica dos sistemas de ensino e de
suas escolas, as formas de convivência no ambiente escolar, os mecanismos de
formulação e implementação de políticas, os critérios de alocação de recursos, a
organização do currículo e das situações de aprendizagem, os procedimentos de
avaliação, deverão ser coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos que
inspiram a constituição e a LDB, organizados sob três consignas: sensibilidade,
igualdade e identidade.
· Estética da Sensibilidade: vem substituir a repetição e
padronização, hegemônica na era das revoluções industriais; ela
estimula a criatividade, o espírito inventivo, à curiosidade pelo
inusitado, a afetividade, para facilitar a constituição de identidades
capazes de suportar a inquietação, conviver com o incerto, o
imprevisível e o diferente.
· Política da Igualdade: seu ponto de partida é o reconhecimento
dos direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da cidadania,
como fundamento da preparação do educando para a vida civil
· Ética da Identidade: substitui a moralidade dos valores abstratos
da era industrialista e busca a finalidade ambiciosa de reconciliar no
coração humanos aquilo que o dividiu desde os primórdios da idade
moderna: o mundo da moral e o mundo da matéria, o privado e o
público, e fim a contradição expressa pela divisão entre a "igreja" e o
"estado", constitui a partir da estética e da política e não por negação
delas. Seu ideal é humanismo de um tempo de transição.
No ensino fundamental a tecnologia comparece como "alfabetização
científico-tecnológica", compreendida como a familiarização com o manuseio e
com a nomenclatura das tecnologias de uso universalizado, como por exemplo os
cartões magnéticos e no ensino médio a presença da tecnologia responde a
objetivos mais ambiciosos; ela comparece integrada as ciências da natureza uma
vez que uma compreensão contemporânea do universo físico, da vida planetária
e da vida humana não pode prescindir do entendimento dos instrumentos pelos
quais o ser humano maneja e investiga o mundo natural, onde remete
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diretamente as atividades relacionadas a aplicação dos conhecimentos e
habilidades constituídas ao longo da educação básica, dando expressão concreta
à preparação básica para o trabalho previsto na LDB.
As tendências pedagógicas que se firmam nas escolas brasileira,
públicas e privadas, na maioria dos casos não aparecem em forma pura, mas
com características particulares, muitas vezes mesclando aspectos de mais de
uma linha pedagógica.
A análise das tendências pedagógicas no Brasil deixa evidente a
influência dos grandes movimentos educacionais internacionais, da mesma forma
que expressam as especificidades da história política, social e cultural do Brasil, a
cada período em que são consideradas. Pode-se identificar, na tradição
pedagógica brasileira, a presença de quatro grandes tendências: a tradicional, a
renovada, a tecnicista e aquelas marcadas centralmente por preocupações
sociais e políticas. Este trabalho não ignora o risco de uma redução das
concepções tendo em vista a própria síntese e os limites desta apresentação.
· Pedagogia Tradicional: é uma proposta de educação centrada
no professor, cuja função se define a de vigiar e aconselhar os alunos,
corrigir e ensinar a matéria. Baseia-se na exposição oral dos
conteúdos, numa seqüência predeterminada e fixa, independente do
contexto escolar; enfatiza-se a necessidade de exercícios repetidos
para garantir a memorização dos conteúdos. A função da escola é
transmitir conhecimentos disciplinares para a formação geral do aluno,
formação esta que levará, ao inserir-se futuramente na sociedade, a
optar por uma profissão valorizada. Os conteúdos do ensino
correspondem aos conhecimentos e valores sociais acumulados pelas
gerações passadas como verdades acabadas, embora a escola vise à
preparação para a vida, não busca estabelecer relação entre o que se
ensinam e os interesses dos alunos, tampouco entre esses e os
problemas reais que afetam a sociedade. O professor é visto como
autoridade máxima e a escola como conservadora.
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· Pedagogia Renovada: inclui várias correntes, estão ligadas ao
movimento da Escola Nova ou Escola Ativa, assumem um mesmo
princípio norteador de valorização do indivíduo como ser livre, ativo e
social. O centro da atividade não é o professor nem os conteúdos
disciplinares, mas sim aluno, como ser ativo e curioso. O mais
importante não é o ensino, mas o processo de aprendizagem. Os
alunos aprendem pela experiência, pelo que descobrem por si
mesmos. O professor é o facilitador no processo de busca de
conhecimento que deve partir do aluno.
· Pedagogia Libertadora: tem suas origens nos movimentos de
educação popular que ocorreram no final dos anos 50 e início dos anos
60, quando foram interrompidos pelos militares de 1964; seu
desenvolvimento retomado no final dos anos 70 e início dos anos 80.
Nessa proposta, a atividade escolar pauta-se em discussões de temas
sociais e políticos e em ações sobre a realidade social imediata;
analisam-se os problemas, seus fatores determinantes e organiza-se
uma forma de atuação para que se possa transformar a realidade
social e política. O professor é um coordenador de atividades que
organiza e atua conjuntamente com os alunos.
As tendências pedagógicas que marcaram o sistema educacional do
Brasil, são descritas acima resumidamente, contribuíram para uma proposta que
busque recuperar aspectos positivos das práticas anteriores em relação ao
desenvolvimento e à aprendizagem. Para compreender o desafio da inserção da
informática, um dos filamentos é a identificação de condições em que
normalmente ocorrem as situações de aprendizagem.
“A expansão do uso da informática na educação reforça a importância
de considerar a função pedagógica da transdisciplinaridade”. (Pais, Luis Carlos,
2002, pág. 33)
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1.1.1. INFORMÁTICA E A EDUCAÇÃO
Rotineiramente traduzida como o domínio das técnicas, habilidades e
metodologias, visando a transmissão de um determinado conhecimento – o
educacional, a Pedagogia veio se consolidando na modernidade como "ciência da
educação" que realiza uma reflexão sistemática acerca da prática educacional.
Encontra-se integrada ao conjunto das chamadas "Ciências da Educação" tendo
aí a especificidade de instrumento para a ação pedagógica. Quando referida às
instituições escolares, a Pedagogia é conceituada como uma configuração de
práticas que visam à construção e à produção de conhecimentos e saberes. Em
linguagem contemporânea equivale dizer que a Pedagogia se refere à política da
prática em aula, significando a expressão política da prática, o solo de uma ação
que é intencional e que implica intervenção. Nesse sentido, a ciência pedagógica
trata de promover as condições didático-pedagógicas-profissionais atenta à
natureza histórica e socialmente construída daqueles conhecimentos e saberes,
em um mundo continuamente em mudança. Como instrumento teórico e prático
para a ação, se encontra, basicamente, constituída no entrelaçamento de duas
amplas áreas ou campos, a saber:
· Cultural, Científica e Ético-Filosófica: Abrangendo
conhecimentos e saberes capazes de contribuírem para a
contextualização social da ação pedagógica e das suas relações com
as complexas formas pelas quais as aprendizagens e as identidades
sociais são produzidas;
· Didático-Pedagóqica: Referindo-se a uma base de
conhecimentos e saberes teóricos e práticos que possibilitam a
compreensão da escola e sua configuração moderna; do ensino e seus
dispositivos pedagógicos (tecnologias, métodos e estratégias de
ensinar); do conhecimento escolar e sua organização curricular.
Engloba, igualmente, análise da cultura profissional da docência e das
políticas educacionais. Visa aplicar os conceitos básicos de pedagogia no ensino
de computação para o ensino fundamental, médio e profissionalizante. Ela
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responde a seguinte pergunta: Como ensinar computação no ensino básico e
profissionalizante. Não se conhece ainda a maneira correta de introduzir os
conhecimentos de computação. Os alunos aprendem a contar usando os dedos
da mão. Ensinar computação deve partir de um modelo de computação abstrato
ou de um modelo mais real ? Os métodos e técnicas de ensino de computação,
quer seja para fins de profissionalização de adolescentes em cursos técnicos,
quer seja para fins de preparação geral para o trabalho nas séries de 5a a 8a do
Ensino Fundamental, não poderão ser os mesmos utilizados para o ensino de
adultos e o Ensino Superior, mesmo porque, os laboratórios necessários para o
ensino deverão ter características próprias.
1.1.2. EXEMPLO DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
O ensino de computação deve considerar a existência de máquinas e
algoritmos. Realizar um "teatro" representando máquinas e mostrando as várias
partes funcionando com o auxílio dos alunos pode ser uma forma simples e
didática de apresentar o funcionamento de um computador. A unidade aritmética,
representada por uma calculadora, a memória representada por escaninhos, etc,
e usando uma linguagem simples, possam funcionar no teatro dos alunos. Um
deles busca uma instrução na memória, interpreta e passa ao seguinte que
executa a instrução. Um "teatro" montado desta forma mostra como uma tarefa
colocada na memória pode ser executada. Assim, pode ser introduzido o conceito
de máquina e algoritmo.
Em seguida, pode-se propor problemas ao alcance dos alunos que
deverão encontrar uma ou mais soluções (algoritmo) que funcione no "teatro"
representado pelos alunos, utilizando a linguagem simples da máquina. Em outro
momento, simuladores de computadores mais detalhados podem ser usados e o
processo de resolução de problemas nesses simuladores poderá ser repetido. E
em um terceiro momento pode ser introduzido uma linguagem de programação
real e noções de software básico e aplicativos.
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Nenhuma máquina deixa de ter algum efeito colateral negativo. Na
informática educacional deve-se falar sobre as influências negativas sociais e
individuais causadas pelos computadores (os benefícios já são largamente
divulgados). Sendo máquinas abstraías, e algorítmicas, o principal efeito sobre
seus usuários é o de forçar um pensamento abstrato, lógico-simbólico e
algorítmico. Secundariamente, por ser uma máquina que simula pensamentos
humanos, e portanto virtual, ela não produz desastres visíveis, como o fazem as
máquinas concretas. Um desses desastres é a indução de indisciplina mental,
típica dos programadores (origem básica do "bug" do ano 2.000 - se os
programas tivessem sido bem documentados, seriam facilmente alteráveis), mas
também de usuários que empregam por exemplo editores de texto. Nesse caso,
qualquer correção pode ser feita, não é mais necessário prestar atenção à
ortografia e à gramática, etc.
Um aspecto fundamental que deve ser discutido com os alunos é a
influência do computador sobre a mentalidade dos programadores e usuários. Por
apresentar um espaço lógico-simbólico determinista, o computador tende a
produzir pensamentos rígidos, no sentido de serem sempre baseados em lógica
rigorosa.
Do ponto de vista social abordar-se o problema do computador
substituir o trabalho humano, principalmente o que dignifica o homem, e não
somente aquele que o degrada (se bem que talvez seja importante dar trabalho,
mesmo se ele não for dignificante, em lugar de se criar desemprego pela
automação indiscriminada).
É importante que se faça uma discussão sobre os efeitos negativos da
Internet, como induzir a troca de correspondência telegráfica, a possibilidade de
se publicar algo sem que alguém assuma responsabilidade pela verificação da
qualidade, o aumento exponencial do lixo nela existente, o fato de crianças
poderem ter acesso às informações descontextualizadas, os efeitos sociais
negativos como o isolamento, etc.
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Finalmente, devem ser abordadas formas de contrabalançar as
influências perniciosas dos computadores sobre a mente dos seus usuários e
programadores. A prática de atividades artísticas é um exemplo de possível
antídoto para compensar o pensamento rígido imposto pelo computador. Neste, a
criatividade tende a ser mera combinação de instruções e comandos pré-
existentes e matematicamente bem definidos. Pelo contrário, na atividade artística
o espaço mental, sadiamente acompanhado pelo emocional, é aberto e mal-
definido.
1.1.3. O PROFESSOR E A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
Diante dos desafios colocados pelas inovações tecnológicas e
mudanças na organização do trabalho é exigido do professor do terceiro milênio o
conhecimento das tendências e concepções de organização do trabalho, das
mudanças no conteúdo do trabalho e das novas exigências de qualificações
impostas pelas novas tecnologias. Tais mudanças indicam os princípios básicos
que devem formar uma proposta de preparação profissional que leve em conta os
desafios das novas tecnologias e as necessidades das populações. A
especificidade do enfoque sociológico possibilita a formação do sujeito numa
perspectiva de politécnica, o que representa a síntese entre uma formação geral,
uma formação profissional e formação política, promovendo o espírito crítico no
sentido de uma qualificação baseada no desenvolvimento autêntico e integral do
sujeito como indivíduo e como ator social, postulando não só a sua inserção mas
também a compreensão e o questionamento do mundo tecnológico e do mundo
sociocultural que o circunda.
O enfoque sociológico não pode prescindir da análise das novas
competências necessárias aos professores diante das mudanças no mundo do
trabalho. Contudo, cabe ao professor garantir o desenvolvimento do aluno
socialmente competente: do aluno que busca a autonomia, a auto-realização e a
emancipação, colocando-se diante da realidade histórica, pensando esta
realidade e atuando nela.
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Intenção de ampliar a compreensão da realidade através da busca
incessante do conhecimento: a filosofia, no sentido de apreendê-la na totalidade,
e as Ciências (Computador) através de um conjunto organizado de
conhecimentos especialmente obtidos mediante a observação e a experiência.
A consideração de questões epistemológicas tais como a possibilidade
do conhecimento científico, as condições para revelação do conhecimento
verdadeiro e o relacionamento entre as teorias científicas e a experiência por elas
retratadas são pontos vitais na formação do aluno contemporâneo.
Desta forma o estudo integral da Computação transcende as questões
meramente técnicas, exigindo a priori a compreensão do processo de construção
do conhecimento.
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2.1. A INFORMÁTICA COMO FACILITADORA DA APRENDIZAGEM
Dinamizar nos alunos a importância das novas tecnologias na sua
vida diária e desenvolver competências de obtenção, seleção e utilização de
informações, por meio de computadores, são objetivos que se incorporam a
organização curricular da LDB, focando a aproximação da escola ao mundo
real.
Reduzir as desigualdades sociais e educacionais no tocante ao acesso
e à permanência, com sucesso, no uso da informática na educação. Segundo
Luiz Carlos Pais, o uso das tecnologias da comunicação pode contribuir para a
expansão da educação.
Preparar o aluno para uma nova formar de ver o mundo, contando para
isso com auxilio da informática. Sendo assim, a informática não deve ser pensada
como mais uma disciplina da tradicional grade curricular. Ela passa a constituir
um objeto de estudo e uma importante ferramenta transdisciplinar, que pode
apoiar e dinamizar a aprendizagem em todas as áreas e componentes
curriculares.
“A difusão social de uso de uma tecnologia depende de parâmetros econômicos, e uma de suas dificuldades são as relações mútuas entre ciência e tecnologia, quase sempre regidas por interesses financeiros”.
(Pais, Luiz Carlos, 2002, pág. 92)
Buscar soluções para os recursos financeiros que são limitados, é um
desafio a ser transposto, a escola deve ter a capacidade para responder ao
desafio de oferecer uma educação compatível, na extensão e na qualidade, à dos
países desenvolvidos, precisa ser construída constante e progressivamente, um
projeto de implementação da informática não como uma disciplina e sim como
uma ferramenta de aprendizagem e conhecimento para o entendimento do
mundo, para desenvolver no aluno três usos importantes da informática:
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· Adquirir informação – Alunos precisam interagir inteligente e
objetivamente com textos, soas, imagens, animações e vídeos através
de CDs curriculares, softwares, locais da Internet e materiais
produzidos pelos próprios alunos.
· Manipular mídias – Para ser produtores, além de consumidores
ativos de informação, alunos devem ter a habilidade de representar um
conceito ou idéia; utilizando gráficos, sons, textos e programas de
autoria; apresentando dados; explorando conceitos curriculares.
· Colaborar – O objetivo maior é preparar nossos alunos para usar
tecnologia para trabalhar com os colegas, experts e outros, para
resolver problemas, planejar, compartilhar habilidades e criar
documentos e apresentações.
“O destaque desse aspecto evolutivo é importante para a compreensão dos sinuosos caminhos da incorporação das novas tecnologias nas práticas educativas”.
(Pais, Luiz Carlos, 2002, pág. 93)
2.2. O COMPUTADOR NA EDUCAÇÃO
A inserção do computador na educação vem dando-se em três
abordagens.
A primeira (inclusive historicamente) é a conhecida como CAI
(Computer Assisted lnstruction) que significa Instrução Auxiliada por Computador,
nesta modalidade, podem ser agrupadas atividades como exercícios,
questionamentos, tutoriais, simulação, jogos e solução de problemas, na parte
referente a exercícios, tem sido confundida com a Instrução Programada de
Skinner, o que consideramos uma injustiça para com a teoria deste último, tendo
em vista que nenhum dos princípios considerados importantes por ele para o
sucesso da instrução, como por exemplo, dosagem de conteúdo ou favorecimento
de acerto, é ali considerado.
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Uma segunda modalidade de utilização do computador em educação é
o ensino de programação para o aluno, o principal proponente desta modalidade,
Seymour Papert defende a idéia de que a criança, ao programar, desenvolve o
raciocínio lógico demandado nesta tarefa, temos aqui, por um lado, o resgate de
uma idéia antiga em educação: a da disciplina mental. Em poucas palavras, esta
concepção tem como princípio que a aprendizagem de um dado conteúdo pode
beneficiar a mente como um todo, ou determinadas faculdades mentais. Por outro
lado, a identificação desta modalidade de uso do computador, com a pedagogia
renovada (ênfase na não-diretividade etc.) traz consigo superenfatização do
método em detrimento do conteúdo, esta supremacia pode, talvez, explicar
porque a modalidade não cumpre as promessas que propuseram seus
defensores – as pesquisas não encontram melhorias no raciocínio lógico das
crianças que aprenderam a programar em linguagem LOGO. Esta linguagem foi
desenvolvida especialmente para uso de crianças, pela simplicidade de seus
comandos, todos em linguagem natural que permitem a programação no
computador.
A terceira modalidade de uso do computador tem caráter instrumental.
Pretende habilitar o aluno a tirar proveitos deste recurso, utilizando programas
para escrever textos, elaborar tabelas e gráficos ou, ainda, armazenar
informações em banco de dados. Esta é uma modalidade de indiscutível utilidade
para o aluno nesta época de crescente informatização social e que, por esta
especificidade, não tem relação com o tema em discussão da adequação ao
conteúdo dos recursos e tecnologias empregados na instrução.
Consideramos que o computador, pelas suas características
audiovisuais è capacidade de interação, é ideal para ser usado nas seguintes
situações:
1) Simulação de situações reais que apresentam variação mediante
intervenção. Isto se aplica a fenômenos que não podem ser explorados
na vida real de modo seguro ou rápido ou, que até mesmo não
permitam manipulação. Um exemplo disto seriam ondas estacionárias
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em física, que podem ser simuladas no computador, variando-se pulso,
freqüência etc.
2) Ferramenta conceitual como sugere Carraher (1990). Por exemplo,
o computador se presta para conjugar representações diferentes do
mesmo fenômeno ao mesmo tempo: a representação concreta e a
representação formal. Um exemplo dado por Carraher (1990) seria o
preenchimento de garrafas de formatos diferentes e a representação
gráfica da função preenchimento – tempo em gráfico colocado ao lado.
Esta apresentação simultânea favorece a compreensão do aluno
acerca da relação tempo – formato do recipiente que é expressa no
gráfico.
Enfim, como coloca Carraher (1990), o computador pode servir como
uma "lupa conceitual" enfatizando, ampliando, destacando certas características
de um fenômeno, favorecendo assim, a sua compreensão pelo aluno. Em
resumo, acreditamos que a grande contribuição do computador tem sido a de
explicitar inequivocamente que um recurso tecnológico tem uma especificidade e
que, portanto, se adequa somente a alguns tipos de conteúdos, que por sua vez,
devem considerar o aprendiz, o tipo de aprendizagem que irá se processar e o
resultado que poderá esperar.
2.2.1. A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO NACIONAL
Num país como o nosso que apresenta diversidade físicas,
socioculturais e econômicas marcantes, o modelo educacional tem que ser
flexível. Deve-se estabelecer a educação continuada, permanente, como forma de
atualizar, especializar e aperfeiçoar jovens e adultos em seus conhecimentos
tecnológicos no ensino médio e nos cursos profissionalizantes.
Estamos diante de um novo risco de discriminação social e cultural, a
incorporação das tecnologias no cotidiano das escolas, além de assegurar a
preparação dos jovens e adultos para vida, envolve-se num conteúdo
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democratizante, contribuindo para sua integração ao trabalho, seu
desenvolvimento individual e interpessoal e sua inserção autônoma na vida
cidadã. Bastos (1997), afirma, que a educação no mundo de hoje tende a ser
tecnológica, o que, por sua vez, vai exigir o entendimento e interpretação de
tecnologias.
Um novo desafio aparece para o nosso sistema educacional. A
instalação de laboratórios de informática conectados à Internet e utilização de
várias tecnologias (televisão, rádios, computadores, etc.), nas escolas, permitirá
que os alunos e professores se familiarizem com os novos recursos e os utilizem
para estudar, aprender e desenvolver projetos de pesquisa, nos diversos campos
do currículo, não devendo substituir, no entanto, as relações de comunicação e
interação direta entre educador e educando.
“No processo educacional, o que se pretende alcançar é que o indivíduo seja capaz de obter conhecimentos, construí-los através de uma atitude reflexiva e questionadora sobre os mesmos”.
(Grinspun, Mirian, 2002, pág. 26)
Em termos de uma educação para viver a era tecnológica, há que se
pensar sobre valores subjacentes ao indivíduo, que pode criar, usar, transformar
as tecnologias, mas não pode se ausentar, nem desconhecer os perigos, desafios
e desconfortos que a própria tecnologia pode acarretar.
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3.1. O USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO ENSINO
Enquanto muitas organizações já estão obtendo retorno de seus
investimentos em tecnologia da informação, em termos de aumento de
produtividade e eficácia, nos ensinos fundamental e médio, em nosso país, ainda
luta para aplicar a tecnologia da informação aos seus processos mais
importantes: o ensino e o aprendizado.
É verdade que muitas escolas vão argumentar que o custo dos
equipamentos é o que impede uma utilização maior da tecnologia, mas essa não
é a razão mais fundamental. Em primeiro lugar, um estudo detalhado vai
demonstrar que o ganho de produtividade vai retornar o investimento
rapidamente. Além disso, há soluções de custo bastante baixo, utilizadas em
outros países, que poderiam ser aqui introduzidas. Trata-se de acertar com uma
instituição financeira o financiamento de microcomputadores portáteis (lap tops)
para os alunos. O financiamento poderia ser prolongado em até quatro anos. As
escolas deixam de ter o custo de manter e renovar laboratórios de
microcomputadores e passam a fornecer apenas a conectividade. Isso diminui
custos em relação ao modelo atual. Certamente essa solução é bastante viável,
uma vez que mesmo sem financiamento especial, mais de 60% dos graduandos
que fizeram o Provão possuem microcomputador.
Na verdade a principal razão é que o corpo docente goza de ampla
autonomia e seus integrantes possuem diferentes níveis de habilidades técnicas e
diferentes níveis de interesse na tecnologia. A grande variedade de disciplinas faz
com que não haja uma forma simples de integrar a tecnologia da informação ao
currículo. A receita não é única.
Muitos docentes que possuem amplo domínio do conteúdo que
ministram não sentem disposição de mudar o método que estão utilizando longa
data para introduzir inovações. Entretanto, a introdução da tecnologia da
informação como ferramenta de trabalho é essencial à formação de todas as
profissões e sua introdução possibilita o desenvolvimento de habilidades que
28
estão sendo exigidas pelo mercado de trabalho. Ela possibilita uma forma de
aprendizado mais ampla, em que os alunos trabalham em grupo, comunicam-se
através da Internet e desenvolvem habilidades de localizar, sintetizar e divulgar
informações, ao mesmo tempo em que vão dominando o conteúdo programático
do curso.
Várias instituições de prestígio já introduziram o uso do
microcomputador nas atividades de ensino. Várias delas já incluíam o preço do
computador nas taxas anuais dos alunos há uma década e os alojamentos de
estudantes já possuíam conexão com a rede da instituição. Estamos atrasados
nesse aspecto, mas muitas vezes, ao começar depois, podemos tirar a vantagem
de utilizar as práticas que deram melhor resultado.
Na pesquisa realizada nos Estados Unidos através do "1997 Campus
Computing Survey" ficou constatado que apesar dos investimentos que
faculdades e universidades efetuaram em hardware e software, um dos maiores
desafios que o país enfrenta é levar todos os docentes a integrar a tecnologia ao
processo de ensino, utilizando-a como instrumento facilitador do aprendizado e
ferramenta para o gerenciamento dos cursos e para a pesquisa. O grande desafio
está em treinar professores que tiveram sua formação profissional quando estas
ferramentas não estavam disponíveis. (Rubén, Guilhermo, 2003)
Muitos erros foram cometidos nos investimentos em treinamento.
Muitos verificaram que os docentes não compareciam aos cursos organizados
para tal fim.
Resumindo, as práticas que mostraram melhor resultado são:
• Organizar os treinamentos na época de recesso das aulas.
• Começar com as áreas mais proficientes em tecnologia. Montar
projetos piloto e não desprezar a importância do treinamento. Os
professores precisam reprogramar sua forma de ensinar usando as
facilidades da Intranet/Internet, da comunicação e trabalho em grupo.
29
Para que eles possam incorporá-las às suas aulas, eles necessitam
ficar bastante confortáveis com uso dessas tecnologias.
• Os projetos piloto devem ter a liberdade de experimentar e de
fracassar, funcionando como uma experiência de aprendizado para os
docentes.
• Procurar parcerias do mercado com empresas, ou consultores, para
auxiliá-los na elaboração dos projetos. O uso da tecnologia da
informação no ambiente acadêmico é em geral voltado ao
desenvolvimento de novas teorias, à análise crítica das novas
metodologias e não ao uso eficiente do que já está bem estabelecido e
consolidado no mercado.
Em linhas gerais os docentes precisam ser capazes de utilizar
softwares de produtividade como o Microsoft Office, dominando o uso de editores
de texto, planilhas e apresentações do tipo Power Point para a montagem de
aulas.
Esse é um bom começo que não exige muita sofisticação. Se os
docentes já dominam essas ferramentas, os próximos passos são fáceis.
Através de um curso sobre utilização de ferramentas como FrontPage,
os docentes aprendem a transformar documentos do Office em páginas Web.
“É necessário, sobretudo, que os professores se sintam confortáveis para utilizar esses novos auxiliares didáticos. Estar confortável significa conhecê-lo, dominar os principais procedimentos técnicos para sua utilização, avaliá-los criticamente e criar novas possibilidades pedagógicas, partindo da integração desses meios com o processo de ensino”.
(Kenski, Vani Moreira, 2003, pág. 77)
Com um bom workshop de 40 horas, é possível ensiná-los a criar
cursos virtuais que devem ser usados, no início, para complementar o ensino
tradicional, através da Intranet da instituição. Eles vão familiarizar-se com as
práticas de vídeo conferência, colaboração em grupo, "chats", organização de
30
grupos de trabalho com reuniões periódicas e até a transformar apresentações de
Power Point em vídeos com som, que podem reproduzir aulas e podem ser
disponibilizados na Web.
Com esse treinamento a semente está lançada para a sua instituição
começar a desenvolver projetos de ONLINE LEARNING.
Uma vez dominadas essas tecnologias, não há limite para o que o
talento da comunidade acadêmica pode produzir.
3.2. INFORMÁTICA NA SOCIEDADE
Em síntese, o Plano Nacional de Educação tem como objetivos:
· A elevação global do nível de escolaridade da população;
· A melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis;
· A redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao
acesso e à permanência, com sucesso, na educação pública e
· Democratização da gestão do ensino público, nos
estabelecimentos oficiais, obedecendo aos princípios da participação
dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.
Considerando que os recursos financeiros são limitados e que a
capacidade para responder ao desafio de oferecer uma educação compatível, na
extensão e na qualidade, à dos países desenvolvidos precisa ser construída
constante e progressivamente, são estabelecidas prioridades neste plano,
segundo o dever constitucional e as necessidades sociais.
1. Garantia de ensino fundamental obrigatório de oito anos a todas as
crianças de 7 a 14 anos, assegurando o seu ingresso e permanência na escola e
31
a conclusão desse ensino. Essa prioridade inclui o necessário esforço dos
sistemas de ensino para que todas obtenham a formação mínima para o exercício
da cidadania e para o usufruto do patrimônio cultural da sociedade moderna. O
processo pedagógico deverá ser adequado às necessidades dos alunos e
corresponder a um ensino socialmente significativo. Prioridade de tempo integral
para as crianças das camadas sociais mais necessitadas.
2. Garantia de ensino fundamental a todos os que a ele não tiveram
acesso na idade própria ou que não o concluíram. A erradicação do analfabetismo
faz parte dessa prioridade, considerando-se a alfabetização de jovens e adultos
como ponto de partida e parte intrínseca desse nível de ensino. A alfabetização
dessa população é entendida no sentido amplo de domínio dos instrumentos
básicos da cultura letrada, das operações matemáticas elementares, da evolução
histórica da sociedade humana, da diversidade do espaço físico e político mundial
e da constituição da sociedade brasileira. Envolve, ainda, a formação do cidadão
responsável e consciente de seus direitos e deveres.
3. Ampliação do atendimento nos demais níveis de ensino - a
educação infantil, o ensino médio e a educação superior. Está prevista a extensão
da escolaridade obrigatória para crianças de seis anos de idade, quer na
educação infantil, quer no ensino fundamental, e a gradual extensão do acesso ao
ensino médio para todos os jovens que completam o nível anterior, como também
para os jovens e adultos que não cursaram os níveis de ensino nas idades
próprias. Para as demais séries e para os outros níveis, são definidas metas de
ampliação dos percentuais de atendimento da respectiva faixa etária. A ampliação
do atendimento, neste plano, significa maior acesso, ou seja, garantia crescente
de vagas e, simultaneamente, oportunidade de formação que corresponda às
necessidades das diferentes faixas etárias, assim como, nos níveis mais
elevados, às necessidades da sociedade, no que se refere a lideranças científicas
e tecnológicas, artísticas e culturais, políticas e intelectuais, empresariais e
sindicais, além das demandas do mercado de trabalho. Faz parte dessa
prioridade a garantia de oportunidades de educação profissional complementar à
educação básica, que conduza ao permanente desenvolvimento de aptidões para
32
a vida produtiva, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à
ciência e à tecnologia.
4. Valorização dos profissionais da educação. Particular atenção
deverá ser dada à formação inicial e continuada, em especial dos professores.
Faz parte dessa valorização a garantia das condições adequadas de trabalho,
entre elas o tempo para estudo e preparação das aulas, salário digno, com piso
salarial e carreira de magistério.
5. Desenvolvimento de sistemas de informação e de avaliação em
todos os níveis e modalidades de ensino, inclusive educação profissional,
contemplando também o aperfeiçoamento dos processos de coleta e difusão dos
dados, como instrumentos indispensáveis para a gestão do sistema educacional e
melhoria do ensino.
Este Plano Nacional de Educação define por conseguinte:
· As diretrizes para a gestão e o financiamento da educação;
· As diretrizes e metas para cada nível e modalidade de ensino e.
· As diretrizes e metas para a formação e valorização do magistério
e demais profissionais da educação, nos próximos dez anos.
Tratando-se de metas gerais para o conjunto da Nação, será preciso,
como desdobramento, adequação às especificidades locais e definição de
estratégias adequadas, a cada circunstância, elaboração de planos estaduais e
municipais entre outros.
3.3. PROFISSIONALIZAÇÃO DOS DOCENTES
Os profissionais da área de Computação e afins, produzem artefatos
que se destinam a públicos específicos com as mais variadas habilidades
técnicas e perfis sócio-culturais. Tais artefatos devem-se inserir o mais
33
naturalmente possível no contexto de trabalho de seus usuários/alunos. Para
que isto possa ocorrer, o especialista em Computação deve entender
profundamente a estrutura subliminar do trabalho realizado pelos
"especialistas em trabalho" (os usuários/alunos) e, então, analisar os possíveis
pontos de inserção de tecnologia com base nos perfis obtidos (análise do
usuário), avaliar as suas implicações bem como reprojetar as formas correntes
de executar trabalho (análise das tarefas). Nesse sentido, tem surgido cada vez
mais a preocupação dos profissionais de Ciência da Computação em como
fazer o "casamento" de ferramentas e ambientes computacionais aos
usuários/alunos, às suas tarefas e às suas aspirações sociais. Poucos
professores estão preparados para integrar esses diferentes domínios na sua
prática pedagógica. Isso implica maior compromisso na sua formação.
(Valente, Revista Pátio, 1999, ano 3, nº 9, pág. 23). A exemplo do que
ocorreu desde a revolução industrial em "outras áreas como a "engenharia
industrial", os fatores humanos, a ergonomia e a relação homem-máquina surge
também em nosso domínio do conhecimento, em geral com os nomes de
"Interação Humano-Computador" (IHC) ou "Interfaces Homem-Computador".
Interação Humano-Computador pode ser definida como "a disciplina
relacionada ao projeto, implementação e avaliação de sistemas computacionais
interativos para uso humano, juntamente com os fenômenos relacionados a
esse uso". Refere-se, portanto, não apenas às questões de interface de
interação H-C, mas também a teorias e técnicas de projeto de sistemas
educativos. Tais teorias fundamentam-se basicamente no estudo dos
usuários/alunos, da tecnologia computacional e de como um exerce influência
sobre o outro, através do entendimento do contexto de trabalho que a
pessoa está realizando através dessa tecnologia.
A produção de uma Interface Homem-Computador passa por uma série
de etapas que vão desde a fase de projeto "conceituai" da interface até as etapas
de testes de "usabilidade" realizadas junto aos usuários/alunos finais do sistema.
Nestas etapas empregam-se inúmeras técnicas e ferramentas diferentes,
34
emprestadas de várias disciplinas como: Engenharia de Software, Ergonomia e
Psicologia Cognitiva e Perceptiva.
Durante todo o processo de desenvolvimento de uma interface de
usuário, a preocupação com a "usabilidade" do sistema interativo em construção
deve permear todas as atividades do processo. Quem determina se um sistema
interativo será ou não bem sucedido são os usuários/alunos e estes preferem, via
de regra, sistemas fáceis de aprender e usar, mesmo que de funcionalidade
reduzida, a sistemas com funcionalidade computacionalmente mais "poderosa",
mas com uma interface pobre com a qual precisa "duelar" o tempo todo para
produzir algo útil. Para melhorar o grau de usabilidade, as atividades de avaliação
por especialistas em tecnologia e os testes com usuários/alunos durante a
implementação dos protótipos são absolutamente essenciais em todo e qualquer
processo de desenvolvimento de interfaces de usuários/alunos.
É importante enfatizar novamente a importância de contribuições de
outras disciplinas, uma vez que suas influências no projeto de sistemas interativos
são percebidos em termos da usabilidade de tais sistemas. O processo de projeto
deve ser, portanto, centrado no usuário, incorporando os modelos cognitivos que
dão suporte a elementos de usabilidade. Técnicas analíticas ou empíricas devem
ser usadas para avaliar se o sistema satisfaz os requisitos do usuário e de sua
tarefa. Deve-se considerar também que existem grupos específicos - como
crianças, deficientes físicos e novas aplicações emergentes - que apresentam
necessidades particulares, diferentes daquelas dos usuários/alunos tradicionais.
Ao ensinar os conceitos envolvidos no desenvolvimento de interfaces é
preciso assegurar-se que o aluno entenda a dimensão e a importância do
problema de projetar e construir interfaces de alto grau de usabilidade, seja
exposto a diferentes modelos específicos de desenvolvimento, aprenda a utilizar
algumas técnicas e métodos de alto impacto sobre a melhoria da usabilidade
aplicáveis por especialistas em Computação. Uma experiência prática de projeto
que envolva a construção projetos e/ou protótipos bem como a sua avaliação de
35
acordo com princípios de projeto de interfaces já bem estabelecidos é altamente
recomendável.
“A inovação pedagógica consiste na implantação do construtivismo sócio-interacionista, ou seja, a construção do conhecimento pelo aluno mediado por um educador. Porém, se o educador dispuser dos recursos da informática e das novas tecnologias, terá muito mais chance de entender os processos mentais, os conceitos e as estratégias utilizadas pelo aluno e, com essa informação poderá intervir e colaborar de modo mais efetivo nesse processo de construção de conhecimento”.
(Valente, Revista Pátio, 1997, ano 1, nº 1, pág. 18)
36
CONCLUSÃO
O uso das novas tecnologias, torna evidente o processo de aprender
de cada indivíduo, o que possibilita refletir sobre o mesmo, a fim de compreendê-
lo e depurá-lo. Isto implica em um processo de preparação contínua do professor
e de mudanças nas Universidades e escolas.
Portanto, não se busca uma melhor transmissão de conteúdos, nem a
informatização do processo ensino-aprendizagem, mas sim uma transformação
educacional, o que significa uma mudança de paradigma, que favoreça a
formação de cidadãos mais críticos, com autonomia para construir o próprio
conhecimento.
E que, assim possam participar da construção de uma sociedade mais
justa, com qualidade de vida mais igualitária. O uso de informática e novas
tecnologias em educação podem potencializar tais mudanças.
Neste ponto, a informática pode contribuir para diminuir os temores de
quem vê na tecnologia uma ameaça a própria existência humana. Isso porque,
conectando em tempo real as Universidades, escolas, professores e alunos de
diferentes regiões e até países, uma nova perspectiva ante a diversidade e as
diferenças culturais e sociais, superando atitudes preconceituosas e até
agressivas. Assim, o uso da informática, além do impacto pedagógico
incrementando o trabalho educacional, permite o intercâmbio e a integração
cultural e social.
As novas tecnologias da informação foram o destaque da década de
90. Em qualquer ponto da cena internacional, os acontecimentos são transmitidos
de imediato pela televisão. Catástrofe, guerras, eventos musicais ou esportivos,
são vistos simultaneamente por centenas de milhões de pessoas. Os educadores
podem acessar banco de dados das maiores Universidades do mundo por meio
da Internet. O mundo se transformou em um espaço mais inter-relacionado. Agora
o homem viaja por estradas virtuais, ocupam a rede mundial de computadores,
37
liga em minutos, lugares diferentes e permite grande rapidez no acesso a
informação.
Educar, nessa nova concepção, significa saber criticar e criar novos
conhecimentos. Nesse sentido, será que não vale o esforço de utilizarmo-nos da
introdução da informática nas graduações, e automaticamente nas escolas de
ensino médio e fundamental, a fim de realizar essa revolução pedagógica, tão
esperada e desejada?
38
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39
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Professores. Série de Estudos – Educação a Distância. Brasília, DF: Editora
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PERRENOUD, Fhilippe. Dez Novas Competências para Ensinar. Artmed
Editora.
VEJA, Revista. Computador – Por Trás da Tela. Revista Veja Especial, Ano 27,
nº 27, Julho, 2001.
41
ÍNDICE
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
EPÍGRAFE 05
RESUMO 06
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
VISÕES E CONCEITOS SOBRE TECNOLOGIA EDUCACIONAL 10
1.1. EDUCAÇÃO E AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS 11
1.1.1. Informática e Educação 15
1.1.2. Exemplo da Informática na Educação 16
1.1.3. O Professor e a Informática na Educação 18
CAPÍTULO II
INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO 20
2.1. A INFORMÁTICA COMO FACILITADOR DA APRENDIZAGEM 21
2.2. O COMPUTADOR NA EDUCAÇÃO 22
2.2.1. A Educação no Contexto Nacional 24
CAPÍTULO III
TECNOLOGIA X ENSINO 26
3.1. O USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO ENSINO 27
3.2. INFORMÁTICA NA SOCIEDADE 30
3.3. PROFISSIONALIZAÇÃO DOS DOCENTES 32
CONCLUSÃO 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 39
ÍNDICE 41
FOLHA DE AVALIAÇÃO 42
42
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO DE PESQUISA SÓCIO-PEDAGÓGICAS
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
Título da Monografia
A CAPACITAÇÃO DOS DOCENTES FRENTE ÀS NOVAS
TECNOLOGIAS
Data da Entrega: ________________
Avaliado por: Maria Esther de Araújo Oliveira Grau: __________
Rio de Janeiro, ____ de _____________ de ____
__________________________________________________________
Coordenação do Curso