a biblia no confrito das interpretações

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Faculdade Execultive de Educação e Teologia do Amazonas - FAEETAM Curso: Integração de Bacharel em Teologia Aluna: Erica Santos da Costa PORQUE HÁ TANTAS DIVERSIDADES DE SUAS ORIGENS NA BIBLIA? Reconhecer que o estudo da Bíblia deve levar em conta os conflitos de interpretação à luz da variedade dos aspectos que compõem a sua identidade; contextos, línguas, gêneros literários, versões e traduções, culturais, histórias, grupos e sujeitos sociais por dentro do contexto. Muita coisa já foi escrita sobre a bíblia, mas o fato é temos sempre que sabe interpretá-los da maneira correta, pois há muitos conflitos religiosos acerca do assunto. Ler a bíblia é participar desse maravilhoso e exigente desafio de interpretação, sobretudo quando se sabe que não trata de um texto qualquer, que presumimos segundo a nossa fé, como algo muito precioso, a sabe, a palavra de Deus. Nesse sentido, a primeira constatação é percebe que a Bíblia é universo plural e não tem apenas uma única verdade, mas uma diversidade de verdades segundo a natureza diversa que lhe é própria. A Bíblia é de origem grega e significa, literalmente pela palavra português: “livros”, os textos originais da Bíblia foram escritos em três diferentes línguas; hebraico, aramaico e grego. CRITÉRIOS HERMENÊUTICOS DE LEITURA BÍBLICA

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Sobre a bíblia sagrada

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Faculdade Execultive de Educao e Teologia do Amazonas - FAEETAMCurso: Integrao de Bacharel em Teologia Aluna: Erica Santos da Costa

PORQUE H TANTAS DIVERSIDADES DE SUAS ORIGENS NA BIBLIA?

Reconhecer que o estudo da Bblia deve levar em conta os conflitos de interpretao luz da variedade dos aspectos que compem a sua identidade; contextos, lnguas, gneros literrios, verses e tradues, culturais, histrias, grupos e sujeitos sociais por dentro do contexto. Muita coisa j foi escrita sobre a bblia, mas o fato temos sempre que sabe interpret-los da maneira correta, pois h muitos conflitos religiosos acerca do assunto.Ler a bblia participar desse maravilhoso e exigente desafio de interpretao, sobretudo quando se sabe que no trata de um texto qualquer, que presumimos segundo a nossa f, como algo muito precioso, a sabe, a palavra de Deus.Nesse sentido, a primeira constatao percebe que a Bblia universo plural e no tem apenas uma nica verdade, mas uma diversidade de verdades segundo a natureza diversa que lhe prpria.A Bblia de origem grega e significa, literalmente pela palavra portugus: livros, os textos originais da Bblia foram escritos em trs diferentes lnguas; hebraico, aramaico e grego.

CRITRIOS HERMENUTICOS DE LEITURA BBLICA

Compreender o ato de interpretar e a interpretao como atitude constitutiva da condio humana, pois a interpretao caracterstica da identidade humana, esses dilogos so possveis pelo fato de aprendemos por meio de sons, gestos, coisas que entrelaam numa rede de significado. Com relao bblia, a exigncia de interpretao bem evidente, pois a distancia que separa seu autor de seu leitor atual torna o ato de interpretar uma condio muito mais exigente para a compreenso do que se l. Fazer hermenutica bblica tenta validar e fundamentar o racional e rigorosamente os critrios de uma adequada e eficiente metodologia de analise e interpretao da bblia. A exegese, por sua vez, a cincia que visa extrair a origem do texto no sentido original.As principais tarefas da exegese bblica so: fazer a melhor traduo possvel dos textos originais; analisa o contexto lingstico; verificar o sentido do texto na fidelidade da inteno do autor ou redator.Hermenutica e exegese devem juntas ajudar a interpretar a mensagem na busca pela fidelidade do texto, sem cair na arbitrariedade que ora desprezam a letra.

MTODOS HERMENUTICOS E EXEGTICOS DE ANLISE BBLICA

Percebe a necessidade e o carter inevitvel das medies humanas no processo da leitura, analise e interpretao da bblia.Perceber a distncia que existe entre a linguagem do texto bblico com seus cdigos, smbolos e intenes e a lngua do leitor atual, com seus prprios interesses, vivendo em outro mundo bem diferente daquele em que a bblia foi escrita, torna a sua leitura um ato de releitura. A medio literria e fundamental para a compreenso da linguagem simblica e mais especifica do gnero literrio que o autor usou para redigir o texto. A melhor medio para a leitura da bblia a medio da f. No preciso crer para ler um texto, mas preciso entender a f de quem cr para entender textos escritos por gente mergulhada no mundo da f religiosa. A leitura ingnua da Bblia pode ser definida como aquela que feita sem conscincia do uso de medies de interesse, j a leitura fundamentalista dos textos bblicos nasce no seio do fundamentalismo religioso que impe a sua prpria f como verdadeira, nica e absoluta.O mtodo histrico critico fruto da modernidade. A Bblia tornou-se objeto de anlise histrica e literria, como qualquer outro documento antigo.Exegese interpretao que busca explicar o significado original de um texto, fazer exegese bblica significa aplicar os recursos e mtodos cientficos na anlise da Escritura. O objeto da crtica textual como primeiro momento do trabalho exegtico delimitar a unidade textual a ser analisada e busca maior aproximao do texto original, depois da critica textual a prxima anlise de a crtica literria, enquanto que a crtica de redao depende da crtica literria.Hermenutica uma disciplina filosfica e teolgica da interpretao da realidade que usamos como instrumento crtico de anlise de textos.

AS ORIGENS DA ANLISE SOCIOLGICA

Identifica semelhanas e diferenas da analise sociolgica com o mtodo histrico - critico. A leitura sociolgica da Bblia relativamente recente, fruto do avano das cincias sociais dos ltimos sculos. Apesar de apresentar uma nova perspectiva metodolgica de interpretao bblica, a abordagem sociolgica j tem uma considervel bibliografia.A anlise sociolgica nasceu no horizonte analtico do mtodo histrico crtico, que vem sendo engendrado no seio da modernidade. O que mtodo sociolgico?O mtodo sociolgico completo da analise histrica - critica, pois que percebe a sociedade como um todo que est por detrs do texto e se deixa captar no prprio texto. um mtodo que visa reconstituir o comportamento coletivo tpico das relaes humanas em suas estruturas, conflitos e funes.

AS PRINCIPAIS TENDNCIAS DO MTODO SOCIOLGICO

Conhecer alguns referenciais tericos e metodolgicos importantes da sociologia cientfica. A sociologia enquanto cincia pode ser definida preliminar e genericamente como estudo do comportamento social dos seres humanos. Em nvel geral h consenso entre socilogos. Entretanto, as discordncias comeam quando eles partem a definio de trs de suas principais caractersticas: Da natureza do mtodo cientifico aplicado aos fenmenos naturais; Da conceituao dos fenmenos sociais, incluindo ou no aspectos que no so diretamente observveis; Do mbito e alcance dos fenmenos sociais a serem considerados como sua matria prima prpria. Segundo Durkheim a anlise da sociedade serve para esclarecer como ocorrem os fenmenos sociais em comum.J para Marx Weber a sociologia chamada de compreensiva ou interpretativa, ela visa explicar as relaes sociais causais entre fenmenos sociais.No entanto para Marx o mtodo sociolgico corresponde a concepo dialtica, conflitiva e fundamentalmente econmica das relaes.

DIFERENTES MODOS DE SE FAZER ANLISE SOCIOLGICA NA BBLIA

Aprender a reconhecer diferentes modos de se fazer interpretaes sociolgicas da Bblia. A proposta de classificao de John H. Elliot foi propor cinco diferentes mtodos sociolgico, nomeando alguns autores como, por exemplo:Alguns autores fizeram investigaes da realidade social, tais como grupos, ocupaes instituies e semelhantes, que ilustram aspectos da realidade da poca da Bblia. Ex: Joaquim Jeremias e Frederick C. Grant.Outros estudos so abordagens scio-histricas de determinado perodo, movimento ou grupo. Ex: Martin Hergel e Robert M Grant.Um terceiro tipo de anlise usa uma abordagem sociolgica para estudar as foras e instituies sociais do cristianismo primitivo. Ex: Gerd Theissen e John Gager.H um modelo de anlise aplicado por aqueles que estudam o Primeiro Testamento utilizando as ferramentas da antropologia industrial. Ex: Bruce Malina e Jerome Neyrey.E finalmente, h autores que fazem uma anlise propriamente sociolgica dos textos bblicos. Ex: Fernando Belo e o prprio John H. Elliot.

AS PRINCIPAIS ETAPAS DA HISTRIA DO ISRAEL ANTIGO

Compreende as principais etapas da histria do Israel bblico.A Bblia como fonte da histria do Antigo Israel produto cultural e tem suas razes histricas do povo de Israel. Podemos citar trs grandes momentos da histria e sua formao, so elas:Tradio oral: Foi o momento originrio da Bblia anterior ao texto e se d quando comeam a se forma as pequenas narrativas sobre os eventos que marcaram a vida tribal nos tempos remotos em que as mulheres e os homens do passado so lembrados como heris.Tradio escrita: O texto escrito da Bblia tem uma longa historia at chegar no formato que conhecemos atualmente.Tradio da transmisso atravs da diversidade dos gneros literrios: A disputa dos diferentes grupos religiosos pelo poder de ser verem representados nesses escritos vai exigir a definio do cnon. A Bblia Hebraica, por exemplo passou por processo histrico de definio que se iniciou por volta de 400 a.C.

O PENTATEUCO

Identificar as principais caractersticas e gneros literrios que compem os livros do Pentateuco.Pentateuco uma palavra originalmente grega que significa cinco livros, os cinco primeiros livros da Bblia (Gnesis, xodo, Levtico, Nmeros e Deuteronmios) que eram chamados pela tradio judaica de Tor. A Tor sinnimos de livros de lei, mas no identificar exclusivamente com as leis. O livro de Gnesis conta, com seu prprio nome j indica, as origens de Israel, a comear com a pr-histria de toda humanidade, passando pelos tempos das tribos, como nos tempos de Abrao e Sara, at a chegada dos grandes heris desses mesmo perodo: Rebeca, Issac, Raquel, Jac e Jos. O mesmo esta dividido em duas grandes partes.O livro de xodo narra o evento central da histria de Israel, a sada ou libertao do povo que havia se tornado escravo no Egito. Cinco grandes momentos podem ser percebidos ao longo da histria de composio do livro xodo.O livro de Levtico recebe este nome porque esta vinculado principalmente com as normas, leis e regras do culto e sarcedcio, funes delegadas exclusivamente a tribo de Levi, os levitas.O livro de Nmeros no muito conhecido e comentado, mas funciona na Bblia como uma espcie de ligao entre a narrativa do xodo e o livro de Deuteronmio. Combina textos narrativos com colees de leis.O quinto livro do Pentateuco recebeu esse nome, segundo a lei, porque considerado, pela tradio que o redigiu, como cpia da lei antiga aguardada segundo as prprias palavras de Moiss.O PROFETISMO

Identificar as situaes histricas e sociais condicionantes do movimento proftico em Israel e suas relaes com a literatura proftica na Bblia.A profecia em Israel tem suas origens na passagem do tribalismo para o sistema do governo baseado no Estado tributrio, principalmente depois da consolidao da realeza sobre Salomo.Os profetas posteriores so aqueles que na Bblia crist aparecem como profetas escritores, sujeitos aos quais atribuda a autoria dos livros profticos. Esses profetas escritores esto divididos em dois blocos: Os profetas maiores ou menores. O critrio maior ou menor foi dado no pela importncia do profeta,mas pelo tamanho do livro que o representa.Os profetas Pr-Literrios: Como acabamos de mencionar nos itens anteriores, a profecia em Israel no comeou com os profetas escritores. Na verdade nem todos eram escritores, eram muito mais militantes de causas religiosas com profunda implicaes culturais, sociais, econmicas e polticas.Os profetas dos livros: Estes so pessoas cuja atuao histrica foi capaz desencadear processos de continuidade e de recuperao a sua obra. Vamos ento apresentao dos profetas escritores segundo a sequencia histrica.Dentre os profetas pr-exilicos podemos citar: Ams, Oseias, Isaias, Miqueias, Sofonias, Naum.Dentre os profetas do exlio e do ps-exlio podemos citar: Jeremias e Baruc, Ezequiel, Habacuc, Zacarias e Ageu, Malaquias, Abdias e Joel.

ESCRITOS DO PERODO HELENSTICO

Descrever as principais caractersticas da literatura bblica do perodo helenstico.O perodo helenstico aquele que tem incio na formao do imprio macednico, atravs de Alexandre Magno, e depois da sua morte continua com o predomnio de seus generais que dividiram o imprio entre eles.O nome helenismo se deve ao carter grego (em lngua grega, Helas) da dominao imposta por Alexandre.A literatura bblica dessa poca manifestao de problemas, conflitos e alternativas prprias desse confronto com o helenismo. Trata-se de um tempo frtil para construo de estratgias de autonomia e resistncia, ruptura ou adeso da cultura hegemnica.O livro do profeta Daniel representa a literatura de revelao no contexto da luta contra o domnio da perseguio grega. O perodo helenstico, na regio Judia pode ser dividido em trs etapas: A primeira vai da morte de Alexandre Magno ( 323 a.C) at o governo de ntioco IV Epfanes (175 a.C); a segunda comea com a revolta dos irmos Macabeus (167 a.C); e a terceira etapa compreende o intervalo entre a independncia (142 a.C) e a invaso romana (63 a.C).Dentre esses escritores do perodo helenstico podemos citar: Macabeus, Daniel e Sapienciais. E os demais escritores da literatura bblica com os livros: Cronicas, Esdras, Neemias, alm de autores como: Rute, Tobias, Judite, Ester e Jonas.Todos esses autores tiveram grande influncia no perodo helenstico.