a) benefícios de aposentadoria aos servidores aposentados ... · apesar de a alíquota de...

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Demonstrações Financeiras 171 a) Benefícios de aposentadoria aos servidores aposentados até 1990 – Centrus Plano na modalidade de benefício denido, cuja nalidade é conceder a com- plementação de aposentadorias e pensões pagas pela previdência social aos servidores que se aposentaram até 1990. O plano é cueado por contribuições do patrocinador e dos servidores aposentados, vertidas à Centrus, a quem cabe a adminiração dos recursos e os pagamentos, deacando-se que em 2008, em função do superáv atuarial apresentado pelo Plano, as alíquotas das contri- buições foram reduzidas para 0% para o patrocinador e para os particantes. Ee plano eá em processo de extinção uma vez que não exie a possibilidade da entrada de novos particantes. b) Benefícios de aposentadoria aos servidores aposentados após 1990 – RJU Plano na modalidade de benefício denido, cuja nalidade é efetuar o paga- mento de aposentadorias e pensões de acordo com o previo na Conuição Federal e na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Para que os servidores tenham direo a esse benefício, o Bacen e os próprios servidores efetuam contribuições diretamente ao Governo Federal, não havendo entretanto vinculação entre esse recolhimento e o recebimento dos benefícios. Assim, tendo em via a leslação vigente, esse plano é mantido por recursos do Bacen. O ativo vinculado a esse plano, que se encontrava sob adminiração da Centrus, foi liquidado no exercício de 2010. c) Benefícios de assiência à saúde – Fae Plano na modalidade de benefício denido, cuja nalidade é a manutenção de um programa com o objetivo de cuear a prevenção de doenças e a manutenção e recuperação da saúde dos servidores do Bacen e de seus dependentes. O plano é mantido por contribuições do patrocinador e dos servidores, havendo tam- bém a particação dos servidores nos gaos realizados, conforme regulamentação. As contribuições são vertidas ao Fundo de Assiência ao Pessoal – Fae, a quem cabe a adminiração dos recursos e a reonsabilidade pelo pagamento dos benefícios.

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Page 1: a) Benefícios de aposentadoria aos servidores aposentados ... · Apesar de a alíquota de contribuição para o plano Centrus ser de 0% desde 2008 ... A rubrica Patrimônio é const

Demonstrações Financeiras 171

a) Benefícios de aposentadoria aos servidores aposentados até 1990 – Centrus Plano na modalidade de benefício defi nido, cuja fi nalidade é conceder a com-

plementação de aposentadorias e pensões pagas pela previdência social aos servidores que se aposentaram até 1990. O plano é cust eado por contribuições do patrocinador e dos servidores aposentados, vertidas à Centrus, a quem cabe a administ ração dos recursos e os pagamentos, dest acando-se que em 2008, em função do superávit atuarial apresentado pelo Plano, as alíquotas das contri-buições foram reduzidas para 0% para o patrocinador e para os particip antes. Est e plano est á em processo de extinção uma vez que não exist e a possibilidade da entrada de novos particip antes.

b) Benefícios de aposentadoria aos servidores aposentados após 1990 – RJU Plano na modalidade de benefício defi nido, cuja fi nalidade é efetuar o paga-

mento de aposentadorias e pensões de acordo com o previst o na Const it uição Federal e na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Para que os servidores tenham direit o a esse benefício, o Bacen e os próprios servidores efetuam contribuições diretamente ao Governo Federal, não havendo entretanto vinculação entre esse recolhimento e o recebimento dos benefícios. Assim, tendo em vist a a legi slação vigente, esse plano é mantido por recursos do Bacen. O ativo vinculado a esse plano, que se encontrava sob administ ração da Centrus, foi liquidado no exercício de 2010.

c) Benefícios de assist ência à saúde – Fasp e Plano na modalidade de benefício defi nido, cuja fi nalidade é a manutenção de

um programa com o objetivo de cust ear a prevenção de doenças e a manutenção e recuperação da saúde dos servidores do Bacen e de seus dependentes.

O plano é mantido por contribuições do patrocinador e dos servidores, havendo tam-bém a particip ação dos servidores nos gast os realizados, conforme regulamentação.

As contribuições são vertidas ao Fundo de Assist ência ao Pessoal – Fasp e, a quem cabe a administ ração dos recursos e a resp onsabilidade pelo pagamento dos benefícios.

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Relatório da Administração 2010 • Banco Central do Brasil172

d) Cálculos atuariais

d.1) Centrus: O superávit atuarial do plano Centrus, referente ao excesso de ativos

em relação aos benefícios a pagar, vinha sendo regi st rado em sua tota-lidade no balanço do Bacen, em função da expect ativa real de recupe-ração desse valor, dado que:

(i) não exist e mais a possibilidade de ingresso de novos particip antes patrocinados pelo Bacen, o que acarretará a extinção de sua fi nali-dade com a morte do último benefi ciário ou dependente, com a con-sequente devolução do superávit atuarial ao patrocinador, na forma do parágrafo único do art. 4º do Est atuto da Centrus; e

(ii) de acordo com o previst o no art. 13 da Lei Complementar nº 108, de 29 de maio de 2001, qualquer melhoria nos benefícios ou reversão de valores aos particip antes, aos assist idos e ao patrocinador deve ser precedida de manifest ação favorável do patrocinador.

Baseada na Resolução nº 26, do Conselho de Gest ão de Previdência Complementar – CGPC, de 29 de setembro de 2008, a Centrus solicit ou ao Bacen que se manifest asse sobre propost a de reversão de valores do superávit atuarial do plano de benefícios. Em 23 de outubro de 2009, o parágrafo único do art. 4º do Est atuto da Centrus foi declarado nulo pela Portaria nº 3.114 da Secretaria de Previdência Complementar – SPC, atual Superin-tendência Nacional de Previdência Complementar – Previc. Diante dest a sit uação, pre-viamente à deliberação sobre a propost a da Centrus, o Bacen resolveu submeter o assunto à Advocacia-Geral da União – AGU, que, em dezembro de 2010, decidiu que a norma est atutária não se coaduna com o disp ost o no art. 20 da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, que discip lina o tratamento de superávit nos planos de benefícios de entidades fech adas de previdência complementar, considerando pertinente a declaração de nulidade efetuada pela então SPC.

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Demonstrações Financeiras 173

Desse modo, o Bacen, para efeit o dest a demonst ração fi nanceira, atualizou o fl uxo de benefícios econômicos futuros relativo ao superávit atuarial, levando em consideração a proporcionalidade contributiva entre o Bacen e os particip antes, bem como a const it uição de reserva de contingência pela Centrus, na forma da Resolução nº 26, de 2008, da CGPC, sem prejuízo da futura decisão sobre o pedido de reversão de valores do superávit do plano de benefícios da Centrus, em curso no Bacen.

d.2) RJU: A variação observada entre os dois períodos é decorrente, basicamente,

do reajust e salarial dos servidores e da revisão de índices, princip al-mente redução das taxas de desconto (quadro “Premissas Atuariais”).

d.3) Fasp e: A variação no período deve-se à redução das taxas de desconto (quadro

“Premissas Atuariais”) e ao aumento dos cust os médicos no período.

Os quadros a seguir apresentam as informações utilizadas nos cálculos atuariais, bem como as movimentações no período:

Apesar de a alíquota de contribuição para o plano Centrus ser de 0% desde 2008 (nota 21.2.a), em 2010 houve contribuição de R$14 decorrente de revisão de benefício a assist ido.

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Relatório da Administração 2010 • Banco Central do Brasil174

e) Outras informações

– A taxa de retorno esp erado dos ativos dos planos foi calculada conside-rando-se um cenário macroeconômico para o ano, bem como o fl uxo previst o para cada tip o de ativo;

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Demonstrações Financeiras 175

– A taxa de crescimento dos cust os médicos do plano foi apurada em função de seu hist órico de crescimento nos últimos cinco anos;

– Uma alteração de (+/-) 1% nos cust os médicos traria o seguinte impact o no Fasp e:

– O Bacen est ima que o pagamento de suas contribuições para o Fasp e em 2011 será de R$73.509. Não há previsão de contribuição para os demais planos;

– Informações hist óricas:

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Relatório da Administração 2010 • Banco Central do Brasil176

22 Meio Circulante

O Meio Circulante representa o saldo de papel-moeda e moedas metálicas em cir-culação, em poder do público e das inst it uições fi nanceiras, regi st rado pelo valor de emissão.

A seguir é apresentada a dist ribuição de cédulas e moedas por denominações, em circulação:

O Meio Circulante apresentou, em 31 de dezembro de 2010, uma elevação de 14,6% em 2010, quando comparado com 2009, a qual est eve associada, princip almente, ao cres-cimento do Produto Interno Bruto – PIB e à infl ação do período.

23 Patrimônio Líquido

23.1. Patrimônio A rubrica Patrimônio é const it uída dos seguintes it ens:

a) patrimônio inicial, no valor de R$14.526, que representa o patrimônio origi nal-mente transferido ao Bacen no momento de sua criação, atualizado pela corre-ção monetária até 31 de dezembro de 1995;

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Demonstrações Financeiras 177

b) resultados apurados pelo Bacen até o exercício de 1987 e incorporados ao seu patrimônio, atualizado pela correção monetária até 31 de dezembro de 1995, totalizando R$2.561.830; e

c) aumentos patrimoniais decorrentes da incorporação de títulos emit idos pela União com o objetivo de recomposição da carteira, no valor de R$22.099.095.

23.2. Reservas As Reservas são const it uídas de:

a) Reserva de Resultados – limit ada a 25% dos resultados apurados pelo Bacen, excluídos os resultados da equalização cambial;

b) Reserva de Reavaliação – decorre da reavaliação dos imóveis de uso do Bacen, ocorrida até 2004, a ser realizada em função da vida útil desses bens.

23.3. Ganhos (Perdas) Reconhecidos Diretamente no Patrimônio Líquido

Referem-se aos ajust es de marcação a valor just o dos ativos fi nanceiros classifi cados na categoria Disp oníveis para Venda e aos ganhos e perdas atuariais decorrentes da provisão para pagamento de benefícios pós-emprego.

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Relatório da Administração 2010 • Banco Central do Brasil178

A variação no saldo de ganhos (perdas) reconhecidos diretamente no patrimônio líquido decorreu, princip almente, da perda atuarial reconhecida no período (nota 21.2), bem como do ajust e a valor just o negativo das LTN (nota 8.2), devido ao cenário de taxas de juros crescentes.

24 Resultado Líquido com Juros

Refere-se a receit as e desp esas de juros dos ativos e passivos fi nanceiros do Bacen não classifi cados na categoria Valor Just o a Resultado.

A variação observada no resultado com juros é decorrente, princip almente, de:

a) aumento das receit as com juros das operações com títulos em moeda local, em função do incremento da carteira de títulos públicos federais no período (nota 8.2);

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Demonstrações Financeiras 179

b) aumento das desp esas com a remuneração dos depósit os de inst it uições fi nan-ceiras, que est á associado à elevação do saldo dos recolhimentos compulsórios remunerados pela taxa Selic (nota 16);

c) redução das desp esas com a remuneração de operações compromissadas e das obrigações com o Governo Federal, em função da redução do volume de operações compromissadas realizadas pelo Bacen para administ rar a liquidez do mercado (nota 6.2) e da redução do saldo da conta única do Tesouro Nacional (nota 9).

25 Ganhos (Perdas) com Instrumentos Financeiros Classifi cados como Valor Justo a Resultado – Destinados à Negociação

Referem-se à variação de preço dos ativos classifi cados nessa categoria e incluem a variação cambial, os juros e a marcação a mercado.

Merece dest aque a redução do ajust e a valor just o negativo dos títulos em moedas est rangeiras, bem como do resultado da operação de equalização cambial com o Tesouro Nacional (nota 29.1), em função da menor magnit ude da variação cambial em 2010, quando comparada com a verifi cada em 2009 .

26 Ganhos (Perdas) com Instrumentos Financeiros Classifi cados como Valor Justo a Resultado – Por Designação da Administração

Incluem os juros e a marcação a mercado dos crédit os com as inst it uições em li-quidação extrajudicial (nota 10.2).

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Relatório da Administração 2010 • Banco Central do Brasil180

27 Ganhos (Perdas) com Moedas Estrangeiras

Regi st ra o resultado de correção cambial dos ativos e passivos, em moedas est ran-geiras e em moeda local, vinculados às variações das taxas de câmbio e não classi-fi cados na categoria Valor Just o a Resultado.

A variação observada no período ocorreu, basicamente, em função da apreciação do Real fr ente às princip ais moedas est rangeiras, em menor magnit ude do que a verifi cada no mesmo período de 2009 (nota 3.3). É importante dest acar também, a desp eit o da apreciação do Real, os efeit os do aumento dos depósit os a prazo em inst it uições fi nanceiras no exterior (nota 5.1) e da liquidação das operações de emprést imos em realizadas pelo Bacen para prover liquidez ao sist ema fi nanceiro nacional durante a crise fi nanceira internacional (nota 10.1).

28 Outras Receitas e Despesas