a avaliação escolar à luz da ldb

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“A avaliação é a mediação entre o ensino do professor, aprendizagem do professor, do aluno e da comunicação entre as formas de ensinar e formas de aprender. É preciso considerar que os alunos aprendem diferentemente por que tem histórias diferentes, são sujeitos históricos, e isso condiciona sua relação com o mundo e influencia sua forma de aprender.” Paulo Freire Psicologia da Educação AVALIAÇÃO Prof° Ms. Marney E F Cruz URCA – Campos Sales Avaliação Escolar, há escolhas! Avaliação: verificação do rendimento escolar, com significado orientador e cooperativo, deve ser cumulativa, contínua e sistemática, para diagnosticar a situação de cada aluno. A LDB (9394/1996) em seu art. 25,V diz: V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; Apesar da LDB ter sido elaborada e aprovada a mais de 15 anos ainda não é posta em prática em muitos lugares do nosso Brasil já que nosso Sistema Escolar não funciona plenamente por inúmeros fatores.

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Page 1: A Avaliação Escolar à Luz da LDB

“A avaliação é a mediação entre o ensino do professor, aprendizagem do professor, do aluno e da comunicação entre as formas de ensinar e formas de aprender. É preciso considerar que os alunos aprendem diferentemente por que tem histórias diferentes, são sujeitos históricos, e isso condiciona sua relação com o mundo e influencia sua forma de aprender.” Paulo Freire

Psicologia da Educação AVALIAÇÃO

Prof° Ms. Marney E F Cruz URCA – Campos Sales

Avaliação Escolar, há escolhas!

Avaliação: verificação do rendimento escolar, com significado orientador e cooperativo, deve ser cumulativa, contínua e sistemática, para diagnosticar a situação de cada aluno.

A LDB (9394/1996) em seu art. 25,V diz:

V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;

b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;

c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;

d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;

Apesar da LDB ter sido elaborada e aprovada a mais de 15 anos ainda não é posta em prática em muitos lugares do nosso Brasil já que nosso Sistema Escolar não funciona plenamente por inúmeros fatores.

A avaliação hoje ainda é vista como: prova, exame, nota e passar de ano. Por que? Por que a educação ainda é vista como transmissão e memorização de informações prontas.

Uma avaliação puramente verificativa e qualitativa despreza o lado humano-emocional e só foca o que é exigido pelo Sistema Educacional, pelo status quo e pelo stablishment.

Avaliar não deve ser objetivamente medição de aprendizagem ou de comportamento de uma pessoa (nosso caso: aluno). Mas a avaliação escolar ainda é muito limitada pois se restringe aos objetivos que o MEC e a escola exigem em uma matéria específica.

As consequências de uma má avaliação escolar como a puramente quantitativa pode gerar drásticas consequências no resto da vida de um aluno: suas emoções, divertimentos, relações com amigos, pais etc...

Porém uma avaliação também pode ser diagnóstica, formativa e acreditativa. Diagnóstica: A função diagnóstica detecta os atributos que os alunos já possuem, contribuindo para a estruturação do processo de ensino-aprendizagem a partir do conhecimento de base dos mesmos. A função formativa da avaliação permite identificar o nível de evolução dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. A função acreditativa da avaliação tem como objetivo reconhecer se os estudantes

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alcançaram os resultados esperados fazendo uma avaliação depois de ótimos resultados obtidos através, por exemplo, de observação para confirmar aos alunos, principalmente seus ótimos resultados.

A avaliação não deve ser um fim em si mesma ela pode ser vista e aplicada em etapas e antes que ela ocorra e como parte dela podemos citar o planejamento da avaliação que deve estabelecer os objetivos a serem alcançados pelos alunos e quais atividades esses farão para atingirem seus objetivos.

Podemos citar as seguintes etapas da avaliação: começa no planejamento, realização das atividades planejadas, verificação (pausa e debate com outros professores). Podemos também planejar e realizar juntamente com os alunos.

Os instrumentos de avaliação pode ser: testes objetivos, provas orais, dissertações, trabalhos livres dentre outros...

Na interpretação dos resultados o professor não deve dar demasiada importância aos resultados de uma prova e a partir deles fazer juízos de valor sobre o aluno. Consideremos alguns pontos: 1) toda avaliação deve ter como critério o aluno, suas aptidões e interesses; 2) É prejudicial toda comparação, principalmente as negativas e que causem constrangimentos; 3) deve servir para aumentar a confiança do aluno em sua própria capacidade; 4) para o professor deve servir como meio de análise de seus próprios resultados e 5) a nota pode ser traumática, produzir medos, fobias e até sintomas físicos.

AutoAvaliação: outra forma de avaliação é aquela feita pelo próprio aluno onde ele deverá revisar constantemente o sentido e o significado de aprender para ele próprio. Essa auto avaliação não deverá ser somente de conteúdo aprendido com o professor e seus colegas de turma mas sobre a extensão e o significado daquela aprendizagem ouvindo e procurando aceitar as opiniões de seus colegas alunos e do professor. O enfoque dessa avaliação trás para si a auto responsabilidade que nem toda turma estará preparada para fazê-la mas poderá tornar-se mais consciente de sua consciência, responsabilidade e capacidades.

Referências:

A Avaliação Escolar à Luz da Lei 9.394/96 http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/396/A-Avaliacao-Escolar-a-Luz-da-Lei-9394-96

Avaliação escolar: http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/avaliacao-escolar.htm

Piletti, Nelson. Psicologia educacional. Editora Atica: São Paulo, 1989.

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A Avaliação Escolar à Luz da Lei 9.394/96

Fonte: http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/396/A-Avaliacao-Escolar-a-Luz-da-Lei-9394-96

A idéia central do nosso artigo é mostrar a urgente necessidade de novas posturas dos docentes para a reversão do fenômeno da cola, mais conhecida por "pesca", no processo de avaliação escolar.

Por Vicente Martins

O sistema de tirânico de atribuir notas e médias finais, concentrado no poder autocrático do professor, não tem estimulado os desvios éticos na formação escolar? A idéia central do nosso artigo é mostrar a urgente necessidade de novas posturas dos docentes para a reversão do fenômeno da cola, mais conhecida por "pesca", no processo de avaliação escolar.

Há uma relação estreita, oriunda da tradição jesuítica, entre o sistema de notas e a avaliação escolar. Aos olhos da educação em valores, essa relação pode não ser assim tão próxima e inseparável, isto é, a atribuição de notas e médias finais não tem que obrigatoriamente estar inserida no processo de avaliação.

Alguns colegas já me indagaram: "Professor, a LDB acabou com a reprovação?". Não é bem isso. A LDB acabou, a rigor, com o sistema tirânico de notas e médias finais no processo de avaliação escolar. Claro, a nota pode existir como referência de verificação de estudos. Vejam bem: a nota verifica, não avalia. A verificação é parte do processo de aprendizagem e, portanto, não deve ser confundida com o julgamento do ensino. Ninguém aprende para ser avaliado. Nós aprendemos para termos novas atitudes e valores no palco da vida. A avaliação, meio e nunca fim do processo de ensino, não deve se comprometer em ajuizar, mas reconhecer, no processo de ensino, a formação de atitudes e valores.

A educação em valores é uma realidade legislatória. A LDB, ao se referir à verificação do rendimento escolar, determina que nós docentes observemos os critérios de avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais (Art. 24, V). Aspectos não são notas, mas registros de acompanhamento das atividades discentes.

A avaliação contínua e cumulativa é um recado para todos professores que nenhuma avaliação deve se decidida no bimestre, trimestre ou semestre, mas deve resultar de um acompanhamento diário, negociado, transparente, entre docente e aluno, daí seu aspecto diagnóstico. Ou seja, constatada no processo de avaliação a não retenção de conhecimentos, toma-se a medida de superar a limitação de aprendizagem.

A rigor, a avaliava contínua e cumulativa é exatamente para nos convencer que uma nota não deriva de uma eventual prova mensal, bimestral ou semestral. A nota, quando existe, resulta de processo de aprendizagem, em que, a partir de um pacto de convivência entre professor e aluno, define-se a avaliação, satisfatória ou insatisfatória. A avaliação insatisfatória não significa reprovação com conotação de promoção ou

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decesso.

Na educação escolar, a fase da educação infantil é o período mais fértil para mostrar as crianças que a avaliação é apenas um acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental (Art. 31).

Nos demais níveis escolares, inclusive a educação superior, a avaliação deve estar submetida aos objetivos de formação do cidadão, especialmente de levar o educando ao desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores.

É na educação básica que devemos reforçar que a cola resulta de atitude negativa, pode se tornar viciosa, prejudicial à formação de valores. Não somos estimados, na vida, no mundo do trabalho, por notas, mas por merecimento intrínseco.

A nota, no meio escolar, é um julgamento de aproveitamento de estudos, expresso em números; contudo, uma nota dez, por exemplo, não é garantia de uma qualidade virtuosa. A virtude, um dos fins da educação em valores é construída a partir do sentimento de dever e do devir e nada tem a ver com notas ou conceitos de rendimento escolar.

Vamos começar com algumas verdades duras, mas necessárias: a primeira, os alunos na educação infantil enxergam a cola; a segunda, os alunos no ensino fundamental exercitam a cola; a terceira, os alunos no ensino médio se habituam a colar e quarta, os alunos na educação superior aperfeiçoam a cola. Resultado: os professores, desde a primeira fase da educação formal, entram em parafuso com essa constatação e mergulham no desvario pedagógico, sem que encontrem uma solução para essa problemática escolar.

Que os alunos "pescam" é um fato. Os docentes não podem negar e simplesmente fazer vista grossa. Os professores, os mais rígidos, são as maiores vítimas da cola clandestina. Uma pesca bem tramada, utilizando recursos rudimentares ou os mais sofisticados no mundo eletrônico, ocorre principalmente nas escolas dos filhos das classes favorecidas.

Venho observando há quase duas décadas de magistério em escolas privadas, as melhores de Fortaleza, em escolas públicas e nas universidades, públicas e privadas. Mas, dentro desse mar de clandestinidade, consegui, nos últimos anos, reverter em cem por cento a cópia ilegal.

A façanha de eliminar a cola em sala de aula não me torna um herói, dá apenas sentido a uma educação em valores. É isso mesmo. Uma educação voltada aos valores revela, desde cedo, às crianças que, na vida, a competência cognitiva não é tão determinante na conquista de uma vaga no mercado de trabalho. As empresas desejam pessoas competentes, mas equilibradas emocionalmente, com posturas éticas nos conflitos e contradições no mundo do trabalho, que garantem não só a prosperidade mas a própria integração e solidariedade de seus funcionários.

Minha fórmula é simples: eu dou a nota. Isso mesmo. Oferto a nota como se pergunta a macaco se ele quer banana. A nota que o aluno quiser. Isso para mostrar, desde cedo, ao

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aluno que meu magistério não se confunde com prova formal, escrita, periódica. A prova, claro, é aplicada, mas não para dar nota, mas validade aos conhecimentos apreendidos pelo discentes e respaldar meu método de ensino. Ao contrário de se criar desordem na avaliação, cria-se uma cultura auto-avaliação a partir da consciência-de-si.

Na prática, isso tem mostrado grande resultado: o fim da tensão avaliativa. Os alunos não se sentem pressionados ou tensos para aprender e realizar nossas avaliações. As provas passam a ter um caráter eminentemente de aprendizagem. Enfatizo a necessidade de estabelecermos um acordo de convivência, em que não há lugar, na sala de aula, para a prática do desarrazoado.

Meu papel, no decorrer do processo de aprendizagem, não é ser um detetive ou investigador de crime escolar, pronto para descobrir as mais sofisticadas fórmulas de "pesca". Meu papel é o de educar, modificar comportamento do aluno, levá-lo adiante, fazer avançá-lo não só em aspectos quantitativos mas também em aspectos qualitativos, isto é, os valores e princípios maiores da boa ensinança.

Confesso que, no início desse procedimento avaliativo, temia que muitos alunos, especialmente os mais ousados, chegassem a mim e simplesmente dissessem: "pronto, taqui, mestre, minha prova em branco. Pode colocar um dez". Esse leve temor me fez ver que, na prática docente, minha atitude não poderia ser demagógica ou falaciosa. Em sala de aula, ou você tem uma relação aberta, dialógica, fraterna, verdadeira ou não chega a lugar nenhum.

Facultar a nota e assumir uma educação em valores é o grande desafio para os novos mestres. No meu caso, já no primeiro dia de aula faço a oferta das notas e não há quem admita recebê-las espontaneamente, por puro comodismo. Confirmo a desconfiança de que vamos à escola não para aprender a tirar boas notas, e sim, termos uma formação de atitudes e valores. A vontade de aprender, e aprender em condições de tranqüilidade do espírito, é bem mais prazerosa e construtiva do que receber notas sem a paixão de aprender. A educação em valores não acolhe a lei do menor esforço.

Ora, minha tese é o seguinte: onde há transparência, não há clandestinidade ou ilegalidade. Se minha autonomia docente é capaz de outorgar uma nota, aparentemente graciosa, não se justifica a cola nessa situação, e sim, um maior envolvimento e solidariedade do aluno no processo de ensino proposto pelo professor. Se, eventualmente, o aluno obtiver uma nota baixa, estou ao seu lado para ajudá-lo a superar a deficiência de aprendizagem.

Decerto, esse não é melhor caminho, não é o melhor método para se acabar com a cola. Sei, apenas, que o contraveneno da cola vem das próprias entranhas da escola, da contradição de seu vício. Também nosso compromisso, no âmbito da educação escolar, não é perseguir métodos, e sim, conscientizar nossos alunos de que o conhecimento cognitivo não deve ser tomado como única garantia, no mundo do trabalho, de prosperidade ou sucesso na vida.

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AVALIAÇÃO ESCOLAR

Fonte: http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/avaliacao-escolar.htm

O termo avaliar tem sido associado a fazer prova, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a educação é imaginada como simples transmissão e memorização de informações prontas e o educando é visto como um ser paciente e receptivo. Em uma concepção pedagógica mais moderna, a educação é concebida como experiência de vivências múltiplas, agregando o desenvolvimento total do educando. Nessa abordagem o educando é um ser ativo e dinâmico, que participa da construção de seu próprio conhecimento. Nesse ponto de vista, a avaliação admite um significado orientador e cooperativo.

A avaliação do processo de ensino e aprendizagem, é realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática na escola, com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada aluno, em relação à programação curricular . A avaliação não deve priorizar apenas o resultado ou o processo, mas deve como prática de investigação, interrogar a relação ensino aprendizagem e buscar identificar os conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica. O erro, passa a ser considerado como pista que indica como o educando está relacionando os conhecimentos que já possui com os novos conhecimentos que vão sendo adquiridos, admitindo uma melhor compreensão dos conhecimentos solidificados, interação necessária em um processo de construção e de reconstrução. O erro, neste caso deixa de representar a ausência de conhecimento adequado. Toda resposta ao processo de aprendizagem, seja certa ou errada, é um ponto de chegada, por mostrar os conhecimentos que já foram construídos e absorvidos, e um novo ponto de partida, para um recomeço possibilitando novas tomadas de decisões.

A avaliação, dessa forma, tem uma função prognóstica, que avalia os conhecimentos prévios dos alunos, considerada a avaliação de entrada, avaliação de input; uma função diagnóstica, do dia-a-dia, a fim de verificar quem absorveu todos os conhecimentos e adquiriu as habilidades previstas nos objetivos estabelecidos. Para José Eustáquio Romão , existe também uma função classificatória, avaliação final, que funciona como verificação do nível alcançado pelos alunos, avaliação de output. Através da função diagnóstica podemos verificar quais as reais causas que impedem a aprendizagem do aluno. O exemplo classificatório de avaliação, oficializa a visão de sociedade excludente adotada pela escola.

A Lei 9.394/96, a LDB, ou Lei Darcy Ribeiro, não prioriza o sistema rigoroso e opressivo de notas parciais e médias finais no processo de avaliação escolar. Para a LDB , ninguém aprende para ser avaliado. Prioriza mais a educação em valores, aprendemos para termos novas atitudes e valores. A educação em valores é uma realidade da Lei 9394/96. A LDB, ao se referir à verificação do conhecimento escolar, determina que sejam observados os critérios de avaliação contínua e cumulativa da atuação do educando, com prioridade dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais (Art. 24, V-a).

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Devemos nos conscientizar que aspectos não são notas, mas sim, registros de acompanhamento do caminhar acadêmico do aluno. O educando, sendo bem orientado, saberá dizer quais são seus pontos fortes, o que construiu na sua aprendizagem o que ainda precisa construir e precisa melhorar.

Assim desenvolve a noção de responsabilidade e uma atitude crítica. Para isso é necessário criar oportunidades para que pratique a auto-avaliação, começando pela apreciação de si mesmo , de seus erros e acertos , assumindo a responsabilidade por seus atos. Daí, a necessidade de uma educação dialógica, abalizada na troca de idéias e opiniões, de uma conversa colaborativa em que não se conjectura o insucesso do aluno Quando o educando sofre com o insucesso, também fracassa o professor. A escola deve riscar do dicionário a palavra FRACASSO. A intenção não é o aluno tirar nota e sim "aprender", já que ainda existe nota, que ela possa ser utilizada realmente como um identificador para o professor da necessidade de retomar a sua prática pedagógica. A avaliação quando dialógica culmina na interação e no sucesso da aprendizagem pois o diálogo é fundamental, e o professor através dela se comunica de maneira adequada, satisfatória e prazerosa com o aluno.

Rever o ponto de vista de avaliação é rever certamente as concepções de ensino aprendizagem, de educação e de escola , apoiado em princípios e valores comprometidos com a instituição de aluno cidadão. Quando isso for colocado em prática a avaliação será vista como função diagnóstica, dialógica e transformadora da realidade escolar.

Referencial: ALVES, N. & GARCIA, R.L. (orgs.) O sentido da escola

Autora: Amelia Hamze

Profª FEB/CETEC e FISO