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Sérgio Bispo Gonçalves, RA 406190155, Turma 8° B–3, Unidade Vergueiro A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTO MÉDICO AMBULATORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Área de Concentração: Saúde coletiva e Políticas Publicas de Saúde. Orientador: Professor Daniel de Carvalho Esteves. Artigo Científico apresentado a Universidade Nove de Julho referente ao Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de Enfermeiro

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O presente artigo tem por finalidade avaliar como é feito o atendimento de urgência eemergência da unidade AMA do município de São Paulo, bem como a atuação da equipe deenfermagem frente à rotina deste tipo de unidade, mostrando as dificuldades apresentadas pelaequipe e aspectos positivos frente ao cliente usuário do SUS, mostrando assim pontos que possam ser avaliados com finalidade de melhora ou aprimoramento para a equipe.

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Page 1: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTOMÉDICO AMBULATORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Sérgio Bispo Gonçalves, RA 406190155, Turma 8° B–3, Unidade Vergueiro

A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTO

MÉDICO AMBULATORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Área de Concentração: Saúde coletiva e Políticas Publicas de Saúde.

Orientador: Professor Daniel de Carvalho Esteves.

Artigo Científico apresentado a Universidade

Nove de Julho referente ao Trabalho de Conclusão

de Curso para obtenção do título de Enfermeiro

São Paulo

2009

Page 2: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTOMÉDICO AMBULATORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E

EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTO MÉDICO AMBULATORIAL DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

The role of nurse in emergency assistance and emergency in AMA- outpatient treatment in

the Municipal district of São Paulo

SERGIO BISPO GONÇALVESGraduando em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho

[email protected] DE CARVALHO ESTEVES

Especialista em Saúde Publica cm ênfase no P.S.F.Professora do Departamento de Ciências da Saúde

da Universidade Nove de JulhoEnfermeiro da Assist. Medica Ambulatorial do Município de São Paulo

[email protected]

RESUMOO presente artigo tem por finalidade avaliar como é feito o atendimento de urgência e emergência da unidade AMA do município de São Paulo, bem como a atuação da equipe de enfermagem frente à rotina deste tipo de unidade, mostrando as dificuldades apresentadas pela equipe e aspectos positivos frente ao cliente usuário do SUS, mostrando assim pontos que possam ser avaliados com finalidade de melhora ou aprimoramento para a equipe.Palavras-chave: Atendimento, Urgência, Emergência, Enfermagem.

ABSTRACTThis paper aims at evaluating how is the emergency care and emergency alidade AMA in São Paulo, and the role of the nursing staff before the routine of this type of unit, showing the difficulties presented by the team and the positive front of the client User SUS, showing the points that can be evaluated with the purpose of improvement or enhancement to the team.Key words: Care, Emergency, Emergency, Nursing

1. INTRODUÇÃO

No processo de construção do Sistema Único de Saúde (SUS) como política integral e

universal, o atendimento à demanda não-agendada é essencial para a qualificação da atenção

básica e permanece como um desafio não superado. No ano de 2005, a Secretaria da Saúde do

Município de São Paulo, Brasil, iniciou a instalação de serviços médicos denominados

Assistência Médica Ambulatorial (AMA), visando a estabelecer uma alternativa às unidades

básicas para o atendimento a essa demanda. 1

Page 3: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTOMÉDICO AMBULATORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

O objetivo do presente estudo foi verificar as condições de funcionamento desses novos

serviços e suas repercussões na atenção básica do SUS, confrontando-os com os princípios da

universalidade e da integralidade com a continuidade do cuidado. 1

O enfermeiro é contratado na instituição para coordenar uma equipe e gerenciar a assistência

prestada ao paciente, conseqüentemente ele exerce influência na equipe de enfermagem,

médica e outros membros que integram o serviço, ou seja, mais uma vez fica claro a

importância da liderança5. O exercício eficaz da liderança pelo enfermeiro que atua em unidade

de emergência é fundamental para este profissional conduzir a equipe de enfermagem, em um

local onde a tomada de decisão deve ser rápida, o atendimento ao paciente vítima de trauma

deve ser sincronizado, exigindo do enfermeiro conhecimento científico e competência clínica. 5

2. OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

Descrever como é feito o atendimento de urgência e emergencial nas AMAs

(Assistência Medica Ambulatorial) do município de São Paulo.

2.2 OBJETIVO ESPECIFICO

Avaliar a pratica de liderança no atendimento de urgência e emergência da unidade

AMA

Especificar e definir quais as principais urgências e emergências nas AMAS do

município de São Paulo.

3- MATERIAIS E METODOS

Este estudo possui caráter descritivo, adotou a revisão bibliográfica com o auxilio de bases de

dados, computadorizadas e manuais. Foram utilizados 14 artigos científicos e 07 livros através

do método qualitativo com conteúdo que relate a rotina de trabalho nas Unidades de

Page 4: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTOMÉDICO AMBULATORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Atendimento Medico de Urgência – AMA do município de São Paulo sendo selecionados

artigos que relatam atendimentos relaciona doas a traumas diversos, paradas

cardiorrespiratórias, distúrbios hemodinâmicos sendo selecionados aqueles materiais cujo

conteúdo pudesse acrescentar na elaboração deste artigo cientifico.

3.1 COLETA DE DADOS

Trata-se de consulta aos sites Scielo, Lilacs, Bireme,artigos científicos

publicados,livros,revistas.Todos lidos e analisados sendo então,pré-selecionados com base nas

necessidades da pesquisa. Ao término foi analisado leitura minuciosa do conteúdo, visando não

perder aspectos importantes do estudo, a fim de esclarecimentos de termos científicos para

maior enriquecimento da pesquisa bibliográfica.

3.2 ANÁLISE DE DADOS

Durante a revisão bibliográfica o material foi periodicamente encaminhado ao professor

orientador para avaliação, discussão, aceitação e correção.

Esse conteúdo pesquisado foi analisado e revisado com o intuito de obter a certeza que o

mesmo esclarece o objetivo da pesquisa.

4. DESENVOLVIMENTO

No processo de construção do Sistema Único de Saúde (SUS) como política integral e

universal, o atendimento à demanda não-agendada é essencial para a qualificação da atenção

básica e permanece como um desafio não superado. No ano de 2005, a Secretaria da Saúde do

Município de São Paulo, Brasil, iniciou a instalação de serviços médicos denominados

assistência médica ambulatorial (AMA), visando a estabelecer uma alternativa às unidades

básicas para o atendimento a essa demanda. 1

Page 5: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTOMÉDICO AMBULATORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

As AMAs foram criadas com o objetivo de prestar serviços médicos de baixa complexidade e

desafogar o atendimento em prontos-socorros e hospitais, que passam a cuidar apenas dos

casos mais graves e das emergências. 2

A AMA tem como função o atendimento não agendado de pacientes portadores de patologias

de baixa e media complexidade nas áreas de clinica médica, pediatria e cirurgia geral e

ginecologia. 6

Segundo a administração municipal, o objetivo com essas unidades é ampliar o acesso de

pacientes que necessitam de atendimento imediato, racionalizar, organizar e estabelecer o fluxo

de pacientes para as unidades básicas de saúde, ambulatórios de especialidades e hospitais. A

instalação das unidades AMAs resultou no ano de 2006, em aumento de consultas médicas de

urgência, acompanhado da redução de consultas médicas da rede básica e de pronto-socorro

especializado. 1

Além disso, a redução dos procedimentos de urgência nos OS (pronto socorros), P.A. (pronto

atendimento) e hospitais sugerem uma mudança do comportamento da procura da população

com busca das AMAs para resolução de casos menos complexos, motivados talvez pela

disponibilidade maior de profissionais que foram incorporados na região, pela orientação das

unidades tradicionais sobre a oferta destes novos serviços, ou ainda pelas características do

próprio território como facilidade acesso. Vale ressaltar que o saldo mensal entre crescimento

das consultas de urgência em UBS/AMAs e a redução nos OS, PA e Hospitais Municipais é

positivo, corroborando a hipótese de ampliação do acesso. 4

É na própria estrutura do serviço de saúde no país que gera uma preferência nos serviços de

emergência. Estes são mais ágeis. Neles o atendimento é certo, não é necessário senha para ser

atendido, não é necessário marcação de consulta, o atendimento é imediato e rápido, os exames

diagnósticos e a terapêutica necessária, estão todos facilmente acessíveis, o atendimento é feito

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por uma equipe e não depende apenas de um profissional. Não é necessária uma peregrinação

por outros serviços de saúde, uma vez que os especialistas estão concentrados em um só

hospital. .17

Define-se por "emergência" a constatação médica de condições de agravo à saúde que

impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento

médico imediato. Define-se por "urgência" a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou

sem risco potencial à vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. 3

Crise hipertensiva corresponde à elevação abrupta da pressão arterial (PA) acompanhada de

comprometimento de órgãos-alvo que põe a vida em risco. Quando houver risco iminente de

complicação grave ou mesmo de morte (emergência), o controle da PA e da complicação

associada deve ser feito de imediato. Já nas urgências, o controle da PA poderá ser alcançado

em até 24 horas. 8

Estima-se que 3% de todas as visitas às salas de emergências são decorrentes de elevações

significativas da pressão arterial (PA). Cerca de 1% a 2% dos pacientes hipertensos apresentou

em algum momento um quadro de aumento da PA que motivou atendimento médico de

urgência. A crise hipertensiva é a entidade clínica onde há aumento súbito da PA (> 180 x 120

mmHg), acompanhada de sintomas, que poderão ser leves (cefaléia, tontura, zumbido) ou

graves (dispnéia, dor precordial, coma e até morte), com ou sem lesão aguda de órgãos-alvo.

Se os sintomas forem leves e não acompanhados de lesão aguda de órgãos-alvo, define-se a

urgência hipertensiva. Por outro lado, se os sintomas põem em risco a vida do paciente e

refletem lesão aguda de órgãos-alvo, tem-se então a emergência hipertensiva. Reconhecer a

doença envolvida e saber tratá-la adequadamente pode significar a diferença entre a vida e a

morte em algumas poucas horas ou minutos. 7

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O diabetes mellitus tipo 2 (DM 2) é um dos mais graves problemas de saúde pública em todo o

mundo, particularmente no Brasil, pela alta prevalência e por se destacar como importante fator

de risco cardiovascular. 10

Nos últimos anos houve um aumento constante na morbidade e mortalidade por causas

externas no Brasil, e particularmente em Säo Paulo, constituindo-se em causas principais as

agressöes e os acidentes de trânsito. O atendimento rápido e efetivo a esses eventos contribui

de forma importante para a diminuiçäo de sua letalidade.9

No Brasil, as doenças respiratórias são responsáveis por aproximadamente 10% das mortes

entre os menores de um ano, a segunda causa de óbito na população de zero a um ano de idade

e a primeira causa entre as crianças de um a quatro anos 2. Predominam no primeiro grupo as

pneumonias de origem bacteriana 3,4. Atualmente, em termos nacionais, os problemas

respiratórios constituem a segunda causa dos óbitos das regiões Sul e Sudeste e a terceira causa

nas demais regiões. Em São Paulo, a mortalidade pelas infecções respiratórias agudas

(resfriados, otites, sinusites, amidalites, problemas das vias inferiores, epiglotites, bronquites e

pneumonias) também é significativa, ocupando o terceiro lugar na população infantil, apesar de

ser o estado que conta com os melhores índices de sobrevivência para a população de zero até

seis anos de idade, segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).(11)

O enfermeiro supervisiona e apóia a equipe de enfermagem como uma das atividades do

processo administrativo gerencial e de controle do processo de trabalho, sendo que esse pólo

mais intelectual de poder e de controle do processo de trabalho, sendo que esse pólo mais

intelectual de poder e controle do trabalho na enfermagem, têm sido ocupados historicamente

pelos enfermeiros. 5

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A violência urbana, os acidentes de trânsito e a precariedade da atenção básica têm sido

problemas de forte impacto para a sociedade brasileira na atualidade. Os serviços públicos de

emergência são os locais onde estes fenômenos têm prescrita uma realidade de superlotação,

ritmo acelerado e sobrecarga de trabalho para os/as profissionais de saúde, relações conflitantes

pela tensão da experiência dos usuários e familiares, além da precariedade de recurso humanos

e materiais. Estes aspectos, somados às especificidades dos serviços de emergência - de uma

assistência que deve ser realizada de forma imediata, eficiente e integrada - consolidam um

cotidiano de trabalho no qual as trabalhadoras de enfermagem estão inseridas e têm sua saúde

constituída, uma vez que o trabalho nunca é neutro em relação à saúde, ou seja, favorece a

saúde ou o adoecimento. 12

A superlotação dos hospitais públicos, as filas intermináveis de usuários nas emergências, para

resolver o que a atenção básica e os postos da saúde não dão conta, associados ao sentimento

de impotência e à reprodução acrítica dos valores socialmente aceitos causam, aos profissionais

de saúde, sofrimento e contribuem para que alguns desenvolvam um processo de naturalização

destas condições. 16

Na unidade de emergência e urgência, também foi observada a utilização do tempo que deveria

ser específico aos procedimentos da enfermagem para propiciar à toda equipe de saúde as

condições necessárias ao salvamento da vida e à assistência ao doente. Assim, neste setor, o

ritmo do trabalho é ditado pelas pela quantidade de usuários do serviço, pelo risco de vida e

pelas condições de trabalho disponibilizadas para o atendimento. Além disto, a motivação para

a aceleração do ritmo das atividades não se deve só à quantidade de usuários e a pressão dos

administradores, mas também ao significado simbólico assumido pelos trabalhadores para este

tipo de atividade, onde alguns minutos podem significar a morte.18

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O estresse, entre vários outros fatores foi identificado o que mais pode afetar a equipe de

serviço de emergência, incluindo problemas pessoais de ordem emocional, que diretamente

afeta a comunicação entre os profissionais, a ansiedade causada pela expectativa de

desempenho adequado, questões éticas, o paciente e estresse da família, agravada pela procura

elevada, exigindo melhor habilidades do profissional para controlar a situação, condições de

trabalho inadequadas relacionadas com o ambiente, material e recursos tecnológicos. 13

A interação entre os profissionais no atendimento aos pacientes que tem sua vida ameaçada por

uma situação de urgência e emergência pode estar associada ao sentido que eles atribuem ao

seu trabalho. A ação de salvar vidas é compreendida como a principal finalidade do trabalho

nesta unidade, constituindo-se como um desafio a ser superado pelos profissionais, que se

sentem orgulhosos do trabalho que realizam no atendimento desses casos. 20

É necessário promover a construção da consciência social do trabalhador de saúde, diz Skaba

(1997). .2 As principais dificuldades destas trabalhadoras são, principalmente, o despreparo

para lidar com esse tipo de paciente; e a falta de comprometimento institucional tanto em

relação ao apoio psicológico às trabalhadoras, quanto à capacitação, das mesmas, voltada ao

atendimento e cuidado dos pacientes.As trabalhadoras lidam com seus conflitos individual e

coletivamente, ou seja, não há uma preocupação do hospital garantir um suporte psicológico

para que as mesmas possam enfrentar as dificuldades do dia-a-dia.3

Constatou-se que os profissionais sustentam a concepção biomédica de organização do

trabalho e priorizam o atendimento aos usuários com problemas graves e agudos que procuram

a unidade e, demonstram insatisfação com o longo tempo de permanência dos pacientes e com

a frequente utilização do serviço por casos não urgentes. 21

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Uma das estratégias possíveis para qualificar o atendimento é a estruturação do acolhimento

com avaliação de risco, estabelecendo um equilíbrio entre a demanda de pacientes e os

recursos disponíveis para atender suas necessidades, por meio da classificação dos casos. 21

Ao enfermeiro não bastam as competências técnicas, é necessário o entendimento das pessoas

e dos grupos para obter melhor coordenação e supervisão dos recursos humanos. Assim, ao

manter indivíduos trabalhando harmoniosamente em grupos, o enfermeiro terá como resultado

um produto melhor do que a soma dos produtos individuais. 19

Os profissionais que atuam em unidade de emergência (UE) deveriam cada vez mais receber

treinamento específico e aperfeiçoamento técnico-científico na prática, pois é neste local que a

equipe de enfermagem em conjunto com a equipe médica, executa um atendimento

sincronizado ao paciente vítima de trauma. A literatura indica que a prática da enfermagem de

emergência está inteiramente ligada a competência clínica, desempenho, cuidado holístico e

metodologia científica; assim, salientamos a importância da capacitação do profissional para

atuar nesta área de atendimento. Neste cenário, entendemos que para o enfermeiro desenvolver

sua prática profissional, principalmente, em setores onde o trabalho é dinâmico, a equipe

médica e de enfermagem precisam atuar de forma sincronizada, em muitas situações o

atendimento deve ser rápido, pois o paciente encontra-se em estado crítico com risco de vida;

este profissional necessita desenvolver algumas habilidades, salientamos aqui a liderança. 5

Se a Enfermagem deseja promover mudanças na pratica assistencial e aplicar os resultados de

seu teste experimentais, há necessidade de valorização aos trabalhos multidisciplinares,

elaborando com flexibilidade e em colaboração com cientistas e profissionais de outras áreas.

Antes de tudo, porem, é preciso uma mudança de comportamento e suporte educacional, o que

requer, inclusive, mudanças institucionais e nos sistemas de ensino. A pratica de enfermagem

deve abranger a assistência, ensino e pesquisa tomados, cada um deles, em sua amplitude. 14

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo mostrou a forma complexa enfrentada pela equipe de Enfermagem

juntamente com os demais profissionais de saúde que trabalham nestas unidades mediante as

varias situações de urgência e emergência enfrentadas por estes profissionais, o que exige deles

muito conhecimento e dinamismo frente às varias necessidades da população atendida

diariamente. Mostrou ser muito importante o constante aprimoramento da Equipe de

Enfermagem no conhecimento das principais urgências e emergências e também ser

fundamental uma rotina de trabalho em equipe de forma eficiente.

6. REFERÊNCIAS

1. Puccini PT. As unidades de assistência médica ambulatorial (AMA) do Município de São

Paulo, Brasil: condições de funcionamento e repercussões sobre a atenção básica no Sistema

Único de Saúde (Artigo). Rio de Janeiro: Caderno de Saúde Publica; 2008; 24,p.2755-2766

2. Prefeitura do Município de São Paulo. Disponível em:

http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/audios/index.php?p=22928

3. Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Disponível em:

http://www.cremesp.org.br/library/modulos/legislacao/versao_impressao. php?id=2989

4. Ceinfo – Coordenação de Epidemiologia e Informação – SMS – PMSP Avaliação do

impacto dos serviços AMA na produção dos estabelecimentos de saude do Municipio de São

Paulo. (janeiro/2007) 16

5. Wehbe G,Galvão MC. Aplicação da liderança situacional em enfermagem de emergencia

(pesquisa). Rev. Bras. Enfermagem;2005; 58, p.33-38.

6. Prefeitura do Município de São Paulo. Disponível em:

http://www.capital.sp.gov.br/portalpmsp/do/cidadao

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7. Feitosa- Filho GS, Lopes RD, Poppi NT, Guimarães HP.Emergencias Hipertensivas. São

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8. Almeida FA. Emergências hipertensivas: bases fisiopatológicas para o tratamento (Artigo).

Rev.Brasileira de hipertensão,2002; Ribeirão Preto; 2002; 9, p.346-352.

9. Whitaker CSF. Os serviços de assistência às urgências no Município de Säo Paulo:

implantaçäo de um sistema de atendimento pré-hospitalar(Tese). LILACS, 1999, São Paulo;

155 p. tab, graf.

10. Silva, RCP, Simões, MJS, Leite, AA. Fatores de risco para doenças cardiovasculares em

idosos com diabetes mellitus tipo 2. LILACS, 2007, Araraquara; v. 28, p.113-121.

11. Chiesa, A M, Westphal, MF, Akerman,M. Doenças respiratórias agudas: um estudo

das desigualdades em saúde. Caderno de Saúde Pública, 2008, Rio de Janeiro, 24:55-69.

12. Pai DD, Lautert L.Trabalho e saude no cotidiano de enfermagem em um serviço publico

de pronto-socorro. Rev. Esc. Enfermagem, 2006, São Paulo, 40: 134-134.

13. Gatti MFZ, Silva MJP.Ambient music in the emergency services: the professionals'

perception. Rev. Latino-Am. Enfermagem, 2007, Ribeirão Preto 

14. Mendes IAC. Pesquisa em Enfermagem. São Paulo SP0EDUSP; 1991.

15. Marconi MA, Lakatos EM. Fundamento de metodologia cientifica. 6° Ed. São Paulo:

ATLAS. 2005p.185-189.

16. Skaba MMVF 1997. O vício da adrenalina: etnografia da violência num hospital de

emergência. Dissertação de mestrado. Escola Nacional de Saúde Pública, Fiocruz, Rio de

Janeiro.

Page 13: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTOMÉDICO AMBULATORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

17. Domiciano V, Fonseca AS. Tempo médio para atendimento do cliente em um

departamento de emergência de um hospital privado. Revista Nursing, 2008, São Paulo,

p185-188.

18. Costa ALRC, Marziale MHP. Relação tempo-violência no trabalho de enfermagem em

Emergência e Urgência. Rev. Bras. Enfermagem; 2006; v.59,

19. Bernardes A, et all. Supervisão do Enfermeiro no Atendimento Pré- Hospitalar móvel:

Visão dos Auxiliares de Enfermagem. São Paulo, Ciência cuidado e Saude; 2009; p 79-85

20. Dal Pai D, Lautert L. O trabalho em urgência e emergência e a relação com a saúde das

profissionais de enfermagem. Rev. Latino-am Enfermagem. 2008 Maio-Jun; 16(3):439-44.

21. Garlet ER, et all. Organização do trabalho de uma equipe de saúde no atendimento ao

usuário em situações de urgência e emergência. Revista Texto contexto- enferm.,

Florianópolis, 2009, . vol.18 no.2 

Page 14: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTOMÉDICO AMBULATORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

CRONOGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE ORIENTAÇÃO DE TCC

Orientador:Daniel de Carvalho Esteves

Aluno: Sergio Bispo Gonçalves, RA:406190155, Turma: 8° B 3

Acompanhamento de Produtividade IndividualEncontros 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Datas

Rubrica

Área de Concentração: Saúde coletiva e Políticas Publicas de Saúde

Título do Artigo: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE

URGÊNCIA E EMERGENCIA NA AMA -ATENDIMENTO MEDICO

AMBULATORIAL DO MUNICIPIO DE SÃO PAULO

_______________________________Assinatura e Carimbo do Orientador

Observação: Orientação para preenchimentoNas datas dos encontros, o orientador deverá preencher o quadro de acompanhamento, rubricando logo abaixo da data

Page 15: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTOMÉDICO AMBULATORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE TCC PELO ORIENTADOR

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

São Paulo, ___ de _______________ de 2009

Eu professor Daniel de Carvalho Esteves, orientador do trabalho de conclusão de curso

intitulado: A atuação do Enfermeiro no atendimento de urgência e emergência na AMA –

Atendimento Medico Ambulatorial do Município de São Paulo; realizado pelo aluno: Sergio

Bispo Gonçalves, RA 406190155 atribuo nota: ________ (___________________________)

E encaminho nesta data o presente trabalho para apreciação, pois estou ciente e concordo com o

conteúdo abordado pelo mesmo.

Atenciosamente,

___________________________________

Assinatura e carimbo

Page 16: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTOMÉDICO AMBULATORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

FOLHA DE REGISTRO DE NOTAS

Aluno: Sergio Bispo Gonçalves, RA 406190155, Turma8° B 3, Unidade:

Vergueiro

Nota e Carimbo do

Orientador

Nota Parecerista Nota do Pôster Média Final

Page 17: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA AMA - ATENDIMENTOMÉDICO AMBULATORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

AVALIAÇÃO DO ARTIGO PELO PARECERISTA

NOME DO ALUNO: SERGIO BISPO GONÇALVES

RA: 406190155, UNIDADE: VERGUEIRO, TURMA: 8°B 3

TÍTULO DO TRABALHO: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE

URGÊNCIA E EMERGENCIA NA AMA -ATENDIMENTO MEDICO AMBULATORIAL

DO MUNICIPIO DE SÃO PAULO

PROFESSOR ORIENTADOR; DANIEL DE CARVALHO ESTEVES

Item avaliado Nota máxima Nota atribuída Justificativa

Título 0,5

Introdução 1,0

Objetivos 1,0

Metodologia 1,0

Resultados e Discussão 2,0

Referencias bibliográficas 1,0

Considerações

finais/Conclusões

1,0

Anexos 1,0

Formatação (fonte,

parágrafo, espaçamento,

paginação, etc)

1,5

NOTA FINAL: ________________ (_________________________________________)