a arte do cinema uma ferramenta no ensino de geografia sonia menezes

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A ARTE DO CINEMA: UMA FERRAMENTA NO ENSINO DE GEOGRAFIA Sônia de Souza Mendonça Menezes 1 Ariane Siqueira de Oliveira 2 GT2 Educação e Ciências Humanas e Socialmente Aplicáveis Resumo: Esse artigo apresenta a arte cinematográfica como um recurso metodológico utilizado no ensino de geografia. Iniciamos com uma sucinta sobre a trajetória do cinema seu emprego na sala de aula, e conta ainda com listas de indicações de audiovisuais divididos por conteúdo com algumas sugestões de atividades. Os recursos tecnológicos como o audiovisual quando bem aproveitado incentiva nos alunos o desenvolvimento do raciocínio, a criatividade e algumas aptidões, além do olhar crítico acerca de variadas temáticas. Pretendemos buscar com o uso desse recurso tornar as aulas mais prazerosas e agradáveis, bem como, facilitar o processo de ensino aprendizagem. Palavras-chaves: Cinema. Geografia. Ensino e aprendizagem. Abstract: This article presents the art of cinema as a methodological approach used in teaching geography. We begin with a short film about the history of its use in the classroom, and also has audio-visual indications lists divided by content with some suggested activities. Technological resources such as audiovisual when good use encourages students' development of reasoning, creativity and some skills in addition to the critical eye about various themes. We intend to seek by using this feature make the most pleasurable and enjoyable lessons as well as facilitate the teaching and learning process. Keywords: Cinema. Geography. Teaching and learning. INTRODUÇÃO A prática pedagógica requer do docente uso variado de metodologias com o intuito de estimular os alunos no processo de ensino aprendizagem tendo em vista o período atual caracterizado por um tempo acelerado com transformações no meio técnico cientifico com um mundo carregado de atrativos que por vezes desmotivam os discentes diante de aulas monótonas. Logo, fazem-se necessárias práticas que estimulem a capacidade de interpretação e permita ampliar a percepção dos alunos sobre determinados assuntos utilizando-se da linguagem audiovisual. Nessa perspectiva o cinema constitui em um recurso importante no ensino de geografia devido a amplitude dessa linguagem num contexto marcado por uma infinidade de informações, como afirma Pontuschka (2009). 1 Professora Adjunto do Departamento de Geografia e Coordenadora do Laboratório de Formação Profissional. 2 Graduada em Geografia/UFS, Graduanda em Pedagogia/UFS e Bolsista do PIBIC/CNPq.

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A ARTE DO CINEMA: UMA FERRAMENTA NO ENSINO DE GEOGRAFIA

Sônia de Souza Mendonça Menezes1

Ariane Siqueira de Oliveira2

GT2 – Educação e Ciências Humanas e Socialmente Aplicáveis

Resumo: Esse artigo apresenta a arte cinematográfica como um recurso metodológico utilizado no

ensino de geografia. Iniciamos com uma sucinta sobre a trajetória do cinema seu emprego na sala de aula, e conta ainda com listas de indicações de audiovisuais divididos por conteúdo com algumas

sugestões de atividades. Os recursos tecnológicos como o audiovisual quando bem aproveitado

incentiva nos alunos o desenvolvimento do raciocínio, a criatividade e algumas aptidões, além do

olhar crítico acerca de variadas temáticas. Pretendemos buscar com o uso desse recurso tornar as aulas mais prazerosas e agradáveis, bem como, facilitar o processo de ensino aprendizagem.

Palavras-chaves: Cinema. Geografia. Ensino e aprendizagem.

Abstract: This article presents the art of cinema as a methodological approach used in

teaching geography. We begin with a short film about the history of its use in the classroom,

and also has audio-visual indications lists divided by content with some suggested activities.

Technological resources such as audiovisual when good use encourages students'

development of reasoning, creativity and some skills in addition to the critical eye about

various themes. We intend to seek by using this feature make the most pleasurable and

enjoyable lessons as well as facilitate the teaching and learning process.

Keywords: Cinema. Geography. Teaching and learning.

INTRODUÇÃO

A prática pedagógica requer do docente uso variado de metodologias com o intuito de

estimular os alunos no processo de ensino aprendizagem tendo em vista o período atual

caracterizado por um tempo acelerado com transformações no meio técnico cientifico com um

mundo carregado de atrativos que por vezes desmotivam os discentes diante de aulas

monótonas. Logo, fazem-se necessárias práticas que estimulem a capacidade de interpretação

e permita ampliar a percepção dos alunos sobre determinados assuntos utilizando-se da

linguagem audiovisual. Nessa perspectiva o cinema constitui em um recurso importante no

ensino de geografia devido a amplitude dessa linguagem num contexto marcado por uma

infinidade de informações, como afirma Pontuschka (2009).

1 Professora Adjunto do Departamento de Geografia e Coordenadora do Laboratório de Formação Profissional. 2 Graduada em Geografia/UFS, Graduanda em Pedagogia/UFS e Bolsista do PIBIC/CNPq.

Diante de todos os avanços que podem ser vistos na sociedade contemporânea faz-se

indispensável os avanços também dentro da sala de aula bem como a mudança na postura do

professor que deve se adaptar as novas tecnologias e trabalhar de forma a agregar valores aos

recursos e não simplesmente utilizá-los sem finalidades pré-estabelecidas.

A linguagem cinematográfica é importante, tendo em vista que, aproxima o aluno de

realidades distantes, como afirma Campos (2006) ―na tela a vida parece mais próxima de

nossa realidade; aliás, o filme sempre traz uma forte impressão da mesma. É preciso, muitas

vezes, demonstrar que normalmente ela não é a vida e decifrar o seu sentido social‖. Logo,

cabe ao professor mediar as informações e as reflexões necessárias para que haja uma

aproximação dos conteúdos trabalhados em sala de aula e as cenas exibidas nos filmes.

Esse trabalho contém uma análise sucinta sobre a trajetória do cinema seu emprego na

sala de aula e o saber do professor em formação, além de um quadro com indicações de

audiovisuais divididos por conteúdos com algumas sugestões de atividades. O recurso

audiovisual exercita nos discentes o raciocínio, a criatividade e algumas aptidões, trata-se de

uma excelente atividade lúdica, permite a inserção da interdisciplinaridade tendo em vista que

envolver vários conteúdos, os temas transversais propostos pelos parâmetros curriculares

nacionais. Além disso, os filmes conseguem envolver e emocionar os discentes assim como

incentivar o olhar crítico acerca das variadas temáticas. Embora saibamos as problemáticas

surgidas com o uso de forma equivocada desse recurso no ensino, ressaltamos que tais

práticas não podem borrar o procedimento metodológico. Pretendemos neste artigo contribuir

com a discussão dessa ferramenta e uma proposta metodológica que suscite as aulas de

geografia mais prazerosas, agradáveis e atraentes.

TRAJETÓRIA DO CINEMA: UM BREVE HISTÓRICO

Na literatura, existem várias definições que foram se aperfeiçoando ao longo do tempo

para conceituar esse termo. Segundo o dicionário Aurélio (2001, p. 163), Cinema é a arte de

compor e realizar filmes cinematográficos. Para Barbosa (2000)é uma forma particular de arte

que emergiu do extraordinário desenvolvimento técnico-científico iniciado pela Revolução

Industrial e, sobretudo, uma nova forma de sensibilidade humana aberta com a modernidade.

Um dos precursores do cinema que se tem conhecimento é o jogo de sombras, que a

partir dos avanços na ciência óptica foi se aperfeiçoando e deu surgimento

às câmaras escuras e a lanterna mágica. Foi aí que se tiveram as primeiras exibições ao

público de imagens com movimentos, porém, de maneira invertida. De acordo com sites

como o webcine, telabrasil, SESC e projetos que mensuram a arte do cinema tais informações

podem ser citadas, mas, é de suma importância ressaltar que, não houve a criação do

―cinema‖ o que houve foram mudanças e criações, adaptações em vários locais por várias

pessoas que resultou no que hoje conhecemos por cinema (MASCARELLO, 2006).

Ainda de acordo com Mascarello, as adaptações para com as imagens e suas

movimentações perpassaram por inúmeras mudanças e criações, dentre elas pode-se citar,

desenhos em disco que promoviam os movimentos da imagem, a utilização de espelhos que

permitiam efeitos em relevo, sequencia fotográfica que através de uma edição dava ideia de

movimentação das imagens, até a criação dos irmãos Lumière, um aparelho que pode ser

considerado um ancestral da filmadora. Com esse aparelho (cinematógrafo, 1895) foi possível

projetar as imagens ao público, o que antes não existia, pois, as imagens eram vistas por uma

pessoa de cada vez.

Os primeiros filmes tinham herdado a característica de serem atrações

autônomas, que se encaixavam facilmente nas mais diferentes programações

desses teatros de variedades. Eram em sua ampla maioria compostos por uma única tomada e pouco integrados a uma eventual cadeia narrativa.

(Mascarello, 2006, p. 20).

Os primeiros filmes foram chamados de documentários, pois, eram filmes de curta

duração, chamados também de curta metragem e que detalhavam a vida cotidiana. A partir da

idealização dos irmãos Lumière, a arte do cinema foi se modificando e melhorando até que

em 1915 houve a primeira experiência bem sucedida com a exibição de um filme (longa

metragem) para mais de 100 milhões de expectadores. Com o passar dos anos as técnicas

foram se modificando e a produção das longas metragens foi se desenvolvendo

mundialmente, abrangendo uma grande parcela da população até chegar às salas de aula.

O CINEMA ENQUANTO RECURSO DIDÁTICO PARA A GEOGRAFIA

O professor é o agente transformador do espaço educacional. É através deste

profissional que o ensino cria formas e significados. Neste sentido, Kaercher (2011, p. 4),

enfatiza que é tarefa do professor ―estimular a capacidade de reflexão acerca do mundo‖. Essa

habilidade tem que ser desenvolvida ao longo de sua formação e atuação, para tanto, faz-se

necessário que este, seja preparado para atuar de maneira satisfatória na sala de aula e essa

preparação deve começar ainda na formação docente, dentro da universidade, assim como

após a sua formação no exercício da prática pedagógica.

Se considerarmos a docência como atividade intelectual e prática, revela-se

necessário ao professor ter cada vez maior intimidade com o processo

investigativo, uma vez que os conteúdos, com os quais ele trabalha, são

construções teóricas fundamentadas na pesquisa cientifica. Assim, sua

prática pedagógica requer de si reflexão, crítica e constante criação e recriação do conhecimento e das metodologias de ensino, o que pressupõe

uma atividade de investigação permanente que necessita ser aprendida e

valorizada. (PONTUSCHKA, 2009, p.95).

Na dinâmica do processo de ensino-aprendizagem a busca incessante pelo

aprendizado e a investigação de novos recursos para as aulas é que torna o professor dinâmico

e competente. Consequentemente, essa atitude investigativa ―significa ultrapassar a visão da

prática pedagógica como simples transmissão de um conhecimento pronto e acabado‖ como

afirma Pontuschka (2009).

Kaercher (2013, p. 16), acrescenta ainda que, o bom mestre seria aquele que oferece

escadas para que seus alunos ―subam‖, ―elevem-se‖, cresçam seu nível de conhecimento e

autonomia. Nessa busca pela formação e na prática pedagógica, deverá existir um diálogo

entre professores e discentes que contribui de maneira significativa para o desenvolvimento

de ambos.

Além dessas questões é de suma importância que o professor tenha uma atenção

especial ao tempo de utilização do material em classe. Ele deve procurar vídeos de curta

duração, trailer, documentários não muito longos para que não ultrapasse o tempo destinado a

essa atividade. Outra ideia é de que o professor edite o vídeo, recortando algumas partes e

enfatizando outras, com as quais ele quer trabalhar.

É nessa perspectiva de tratamento da informação que é possível transformá-la em conhecimento, ou seja, ela só gera conhecimento quando submetida a

um tratamento adequado. O professor tem um papel importante nesse

processo, como mediador entre o aluno e a informação recebida,

promovendo o ―pensar sobre‖ e desenvolvendo a capacidade do aluno de contextualizar, estabelecer relações e conferir significados às informações.

(PONTUSCHKA, 2009, p. 262)

Diante da apresentação de recursos audiovisuais é possível estreitar as relações entre

a teoria e a prática. Porém, não deve ser utilizado como um passatempo e sim como recurso

que propicia um entendimento e causa inquietações dentre os alunos.

Como recurso didático, o cinema deve ser visto como um objeto de conhecimento,

uma forma de ilustração que possibilita debates, visualizações e análises de determinados

assuntos. Esse recurso não deve ser tido como a representação de uma realidade,

A imagem cinematográfica, por ser uma elaboração artística, não pode ser

entendida como mera reprodução do real, pois não é uma cópia do mundo,

mas sim a instauração de um acontecimento, de uma forma outra de se ver ao mundo, não no sentido de criar uma outra realidade, mas no sentido de

enriquecer ao mundo através de uma dada forma de se perceber o mesmo.

(FERRAZ, 2006, p. 09).

Este pode ser utilizado enquanto complemento, quando o assunto já foi trabalhado,

ou como introdução, quando o assunto ainda não foi discutido em sala de aula. O professor

deverá acessar o material antes de sua aplicação, para isso é importante ressaltar que todo e

qualquer recurso utilizado deve ser estudado, analisado e discutido antes de ser trabalhado em

sala de aula. Para que algumas informações relevantes e questões prévias sejam estabelecidas

faz-se necessário a construção de um guia de análise inicial, e, que deve ser feito

primeiramente pelo professor e posteriormente também, pelos alunos, caso o professor ache

necessário.

Ao assistir o filme é necessário ter uma atenção especial para as seguintes

questões:

Qual o assunto central do filme?

Esse filme é conhecido?

Quais os sentimentos que ele trás? Que sentimento ele me remota?

Quais aspectos que podem ser estudados?

Pontos positivos e negativos de usá-lo em sala de aula.

Em relação à linguagem utilizada, faz-se necessário analisar:

Vocabulário;

Expressões e Regionalismo;

Lugares e tempos trabalhados;

Em que época e/ou período que esse filme foi produzido?

Qual a relação do filme com o conteúdo ministrado em sala de aula?

A Geografia enquanto disciplina escolar contribui para o enriquecimento das

representações sociais e conhecimentos sobre as múltiplas dimensões da realidade social,

natural e histórica (PONTUSCHKA, 2009). Diante disso, surge à necessidade de um

profissional didático, facilitador, espontâneo e criativo. Esperamos com o uso dessa

ferramenta motivar os docentes e discentes para a busca incessante do conhecimento, da

criatividade, da pesquisa e da leitura, pois, estas, são ferramentas indispensáveis para a prática

pedagógica na sala de aula. Em seguida apresentaremos as categorias de filmes que pode ser

utilizados no ensino tais como: Curtas Metragens, Filmes, Documentários e Desenhos

animados e paralelamente apresentamos sugestões de atividades:

Curtas Metragens:

Produção de curta metragem poderá ser realizada por equipes como uma atividade

avaliativa com a utilização de celulares sobre temáticas pré-estabelecidas e edição simples

através do programa Windows Live Movie Maker. Apresentamos um quadro com exemplos

desses filmes e a respectiva temática abordada. Aliar a temática do filme ao conteúdo

abordado em sala de aula proporcionará a facilitação da aprendizagem.

NOME ASSUNTO

10 centavos Vida no subúrbio

A casa dos pequenos cubinhos Desastre ambiental: alagamento

A ilha Problemas urbanos

A invenção da infância Ser criança no mundo contemporâneo

A vida no mangue Natureza/aspectos físicos e humanos: mangue

Como funciona uma usina hidrelétrica Fontes de energia

Criaturas que nasciam em segredo Preconceito e vida de anões

Direitos humanos: a exceção e a regra Direitos humanos no Brasil

Jorjão Cultura: samba do rio de janeiro/música

Maré capoeira Cultura: tradição/ capoeira

Meow Globalização

Negócio fechado Trabalho/comércio

O plantador de quiabos Vida no campo/agricultura

O xadrez das cores Preconceito racial

Pajerama Urbanização/problemas ambientais

Pax Religião e violência contemporânea

Ratos de rua Crítica social

Tem boi no trilho Semi árido/ meios de transporte

Uma menina com cabelos de brasil Cartografia/geopolítica

Filmes:

Análises de trechos de filmes e a utilização de livros didáticos montamos o quadro a seguir,

contendo o conteúdo que pode ser trabalhado em cada filme, a série proposta e supostas

atividades divididas em Ensino Fundamental, Médio e EJA.

Documentários:

Indicações:

Série Conteúdo Filme Atividade

6º ano

E.F

Mudanças

atmosféricas;

Tempo e Clima.

A Era do Gelo

2

Resolução de um caça palavras ou de

palavras cruzadas com conceitos

trabalhados no filme.

7º ano

E.F

Seca/Migração,

Espaço rural e

Paisagens.

Abril

Despedaçado

Elaborar um roteiro de análise para que

os alunos respondam questões acerca do

filme.

8º ano

E.F

Meios de transporte

e comunicação/

Modernidade do

Brasil

Mauá : O

imperador e o

Rei

Pesquisa sobre a indústria brasileira no

século XX e em seguida pedir que

elaborem uma produção textual

9º ano

E.F

África / Apharteid Invictus

Sugerir a criação e apresentação de peça

teatral que retrate o acontecimento

apresentado no filme.

1º ano

E.M.

Tempos Modernos Revolução

Industrial

Adotar um texto base que sirvirá de apoio

para os alunos. Orientar a elaboração de

um texto crítico, que contenha

questionamento e comparações com os

dias atuais.

2º ano

E.M.

Quadra Fechada /

Por Longos Dias

A Produção e a

organização do

Espaço Rural

brasileiro.

Organizar um encontro dos alunos com

trabalhadores rurais que participam de

movimetos sindicais e pedir que os

alunos elaborem um questionário com

perguntas a serem feitas no decorrer da

conversa.

EJA Ditadura no Brasil

Ano em que

meus pais

saíram de

férias.

Solicitar que os alunos realizem uma

pesquisa em jornais e revistas antigas

sobre o período de ditadura em Sergipe e

realizarem um semnário para o restante

da turma.

EJA

Conflitos e desafios

do mundo

contemporâneo.

Tiros em

Columbine

Solicitar que os alunos formem grupos de

debates relacionando os acontecimentos

retratados no filme com os

acontecimentos atuais.

NOME ASSUNTO

A água também se esgota Águas continentais

Índios no Brasil. Uma outra história A formação da população brasileira: Os

povos indígenas

Obsolescência Programada Capitalismo

Ilhas das flores Meio ambiente e problemática ecológica

O Veneno está na Mesa Duas faces do agronegócio

Rios Nordeste e São Francisco Nordeste

Legislação Sobre Meio Ambiente- Parte 1 Urbanização e meio ambiente

Legislação Sobre Meio Ambiente- Parte 1 Urbanização e meio ambiente

Desenhos animados:

Exibição de desenhos animados e discussão de temáticas pertinentes aos vídeos, vejam

o quadro a seguir:

Série Conteúdo Desenho Atividade

6º ano Paisagem Urbana x

Paisagem Rural

Chico Bento- Na

Roça é diferente

Criação de um quadro comparativo

mostrando diferenças entre o campo

e a cidade em uma folha de isopor.

7º ano Aspectos do Sertão

Nordestino

Calango Lengo-

Morte e vida sem

ver água

Comparar algumas cenas retratadas

no desenho animado com a música

Asa Branca de Luiz Gonzaga e

depois correlacionar a música com

as imagens

9º ano

Japão x EUA- A

questão da 2ª

guerra mundial.

Popeye- Desenho

banido 1941

Com a análise do desenho, dividir a

turma em pequenos grupos e juntos

construírem um jogral informativo

sobre as causas e consequências da

2ª Guerra Mundial

1º ano Universo Animaniacs-

Universo

Divisão da turma em grupos para

criação de uma paródia sobre a

origem do universo.

2º ano Biomas Brasileiros Guardiões ba

Biosfera

Divisão da turma em equipes para

construção de uma maquete com as

características que observaram no

filme.

3º ano A Nova Ordem

Mundial

Liga da justiça -

sem limites –

tenebrosa

simetria

Elaboração de um roteiro,

explicando o que foi a nova ordem

mundial, relacionando com as

imagens do desenho animado.

EJAEF

Temática

ambiental: A

questão dos três

R’s

Turma da

Mônica: um

plano para salvar

o planeta

Realização de um bingo Geográfico

para relacionar imagens com os

conceitos de reciclagem, meio

ambiente e reutilização dos

materiais descartados.

EJAEM A diversidade

Cultural brasileira

Zé Carioca-

Aquarela do

Brasil

Após assistir ao desenho animado

os alunos deverão elaborar para a

escola uma feira cultural ,mostrando

a diversidade da cultura brasileira.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste artigo apresentamos uma proposta metodológica para a atuação profissional

através de um diálogo construtivo na construção do conhecimento, em sala de aula.

A Geografia é de fundamental importância para a construção da cidadania, uma vez

que incentiva a capacidade de observação, de análise, e, de estimular o senso crítico. Dessa

forma, entendemos que o cinema na sala de aula pode se transformar em uma ferramenta

prática, eficiente e prazerosa no processo de aprendizagem.

Ressaltamos ainda que a partir do planejamento de acordo com a faixa etária e os

conteúdos abordados em sala de aula o cinema como recurso que poderá contribuir para

construir aprendizados e reforçar habilidades para os discentes além de valorizar e incentivar

as aulas e conteúdos geográficos.

REFERÊNCIAS

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http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/agosto2011/geografia_artigos/6art_cin

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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Dicionário Aurélio Básico da Língua

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KAERCHER, N. A. A geografia escolar não serve para quase nada, mas.... Revista

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________________. Os movimentos que meus mestres me ensinam: DDD’S, signos,

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