atchiiim! - sonia hirsch

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SONIA HIRSCH DESENHOS DE EVA FU RN ARI GRIPE RESFRIADO SINUSITE ASMA ALERGIA \\ RINITE V\ BRONQUITE LARINGITE... s \ Cansou? Idéias & receitas t , naturais para tratar , 1 e não ter mais

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S O N I A H I R S C H

D E S E N H O S D E

EVA FU RN ARI

G R I P E

R E S F R I A D O

S I N U S I T E

A S M A

A L E R G I A

\ \ R I N I T E

V \ B R O N Q U I T E

L A R I N G I T E . . .s \

C a n s o u ?

Idéias & receitast , naturais para tratar

,1

e não ter mais

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S O N I A H I R S C H

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C O R R E C O T I AR I O D E J A N E I R O

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Tudo passa.

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o v• j -H

£0 0

O

A culpa édo tapetinhoGripes, resfriados e alergias aconte-cem graças ao epitélio respiratório,

um tapetinho de muco que recobre

as vias respiratórias e tenta expulsar

o que incomoda 13

?

r

m é 'que e, o que e:RESFRIADO Dá mal-estar,mas não dá febre 22

RINITE Se vai e volta, é bomentender as causas 23

GRIPE O vírus, que leva a

cidpa, é secundário 23OTITE MÉDIA Atenção parafebre com dor de ouvido .... 26

SINUSITE Muco grossotambém dá nisso 26

DOR DE GARGANTA As

BRONQUIOLITEA inflamação pode ocorrernos bronquíolos 32

PNEUMONIA Fungos evermes podem ser a causa ...32

ALERGIA Aguda ou crônica:35ucosas estão inflamadas ...27 pessoal e intransferível.

TOSSE Ela vem para expulsar ASMA Quando a inflamaçãoo muco que virou catarro ... 29 chega a matar 37

ESPIRRO Muitos, sucessivos,podem ser reação alérgica ...30 T )

«D,™™!!Tv TT <• I o r q u e eu?RONQUITE Um a especie ' yf íde resfriado no peito 31 O agente infectante é nada,

o terreno é tudo 39

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nfP

m

A t i t u d e sDescansar, pôr as melecaspra fora...

e outras maneiras espertas decombater o mal-estar 55

C o mer bem para ficar zenReceitas de canja de galinha para aliviar

gripes e resfriados — além de outros

6 7

i s l f i Ch s & Cia.Ervas e temperos medicinais, cápsulas e

comprimidos naturais: uma farmácia

Sfr-s 

ao seu

E

89

as alergias?A dieta que trata todas

as alergias, é eficaz paraasma e ainda dá resultados

contra o câncer 109

as criançasDicas preciosas de mam ãe

Carla Saboya para tratar da

garotada naturalmente.... 115

Olh, V I V O

A saúde depende de pequenas coisascazem grande diferença — Deus

mora nos detalhes 121

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V

— A a a a a a a a t c h i m l

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O primeiro espirro chega de repente. Alguma coisa irr i -tou o nar iz . Ou bateu f r io. Ou se agasalhou demais e

sentiu calor . A boca abriu e espirrou com toda a forçados pulmões :

— Aatchim!

Mas está no meio da função, se arrumando para sair , e

nem repara direito que espirrou até ouvir-se espirrando

de novo. . .

— Aaaatchim!

. . .e desta vez, com meleca. Cadê um lenço? Vamos rápi-

do , t em r eun i ão na pr ime i r a hor a . No ca r ro v id ros

fechados, ar fr io, rádio nas notícias, engrena a segunda e

vai enxugando as nar inas com um guardanapo de papel .

O nar iz está bem entupido, mas a reunião, bem, a cabe-

ça está na reunião. Tráfego. Ônibus ultrapassando, moto,

táxi avistou passageiro na calçada, vai parar , parou.

Mão na buzina, mão na buzina, aaaaatchim! Meleca portodo lado, cadê o guardanapo? Todo molhado, desman-chando, eca. Tem mais no porta- luvas, mas o sinal abriu,não dá pra pegar agora, funga, funga, funga, passa a mar-cha, est ica o braço, pronto.

Eca de novo. Nariz cheio. Sensação de peso nos olhos, nacabeça, mas bola pra frente, guardanapos no bolso, quan-

do chegar na reunião passa.

Café. Um café vai ser bom. Um café e uns biscoit inhos,

para não f icar de estômago vazio. Ah, e uma agi i inha

gelada. Isso. Pronto, não disse? Passou. Vamos lá.

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Papéis , números , p lan i lhas , pro jetos , outro café , núme-

ros, re latório, memorando, outro café? Outro, com uns

b isco i t inhos . Ou me lhor , b i sco i t inhos não : vamos co-

mer dire i to , manda buscar um sanduíche e um suco.

Já de no i t inha , tudo conc lu ído , de vo l ta ao ca r ro , de

volta ao trânsito, de volta em casa: um trapo.

A cabeça dói, a garganta arranha, o estado é febri l . De-

pois do banho quente , um ataque de fr io . De novo um

espirro, outro e mais outro, e o corpo começa a doer.Termômetro: 37. É febre? Não é febre? Fazer o que ago-

ra , meu Deus?

Cama . Mas não de es tômago vaz io ! Como era mesmo

aque la rece i ta da madr inha , l e i te quente com u ísque e

mel? Isso mesmo, le ite quente com uísque e mel! Infal í-

ve l ! Le i te quente com uísque mel , e amanhã tudo bem

de novo. . . Ou será que é melhor tomar uma asp ir ina?

Aaaatchim!

No meio da noite l iga para a farmácia , nar iz escorrendo

sem parar , o a tendente manda um remédio marav i lhoso

para s ecar o re sfriado , e o qu e seca é o nariz. ^Agcte e stá

com sinusite : cabeça pesada, ossos latejando, a c laridade

incomoda . Bebe um suco de l a ran ja , porque té^Vv i ta -mina C na tura l , e come torrad inhas ?om r ico íasAfo l ta

para a cama com fr io , toma outro comprimido e dorme,

pensando vagam ente : M a ld i to v í rus !! ! ^* *

M al sabe que a cu lpa é do . . . »f\ *

v

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A culpa édo tapetinho!

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Não se de ixe i lud i r , amado le i to r : g r ipes , re s f r i ados e

a lerg ias só acontecem porque estamos v ivos e o corpo

sabe se defender muito melhor do que a gente pensa . Epara isso usa um tapetinho que recobre inteiramente as vias

respiratórias e vive tentando expulsar o que incomoda.

Vias respiratórias são o caminho que o ar percorre para

chegar até os pulm ões e sair de novo, coisa que se repete 18

mil vezes por dia ou mais , num movimento que começa ao

nascer e só pára quando se morre.

Respirar nos def ine b io log icamente : não podemos v iver

sem ar. Com ele vem o que dá vida às células, com ele sai

o que as células expiram.

É nos pulmões que acontece a troca. O ar que entra pelo

nariz chega à faringe, desce pela laringe, penetra a traquéia,

percorre os dois brônquios e uma série de bronquíolos e

chega enfim aos minúsculos saquinhos pulmonares, ditosalvéolos, onde entrega oxigênio e recebe dióxido de carbo-

no, para em seguida sa ir pe lo mesmo caminho. Insp ira ,

expira.

Esse percurso aquece, umedece e f i l tra o ar. Que pode

estar muito fr io do lado de fora, mas o sangue irr iga tão

abundantemente a reg ião com seu ca lo r que e le chega

aos a lvéolos na temperatura corpora l .Pode se r um ar mu i to seco , mas a umidade do muco

produzido por células secretoras em toda a extensão das

mucosas va i fazer com que e le chegue à superf íc ie dos

alvéolos saturado de vapor de água.

Pode ser um ar sujo, cheio de poeira, resíduos e micró-

bios que não devem entrar nos pulmões, que são feitos

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de membranas muito sens íve is . E o que acontece? O ar

chega aos pulmões f i l t rado, graças a um tapet inho, o

ep i té l io resp i ra tór io , t ec ido que reves te in te rnamentetodo o caminho e é quent inho , úmido e che io de mi-

núsculos c í l ios .

Luzes, câmera, ação! O muco, viscoso e grudento, pren-

de as par t í cu la s in t rusas enquanto os c í l io s p roduzem

um mov imento ondu la tór io que tem o e fe i to de empur-

rar o muco para a saída, ou seja , até o nariz , de onde ele

normalmente va i sendo engol ido à medida que chega àfar inge . Durante o dia os c í l ios lu tam contra a grav idade

para fazer o muco subir até a garganta, mas à noite , quan-

do estamos de i tados , o movimento é mais fác i l . O muco

vai então para o estômago, onde será dissolvido pelo suco

gás t r ico .

Mas is to , ev identemente , se houver suco gástr ico suf i -

c iente, e se a quantidade de muco engolido for razoável .Na falta de um e no excesso do outro, o muco fica para-

do no estômago e a v í t ima quando acorda se sente mal .

Por isso tem necessidade de comer alguma coisa que pro-

voque ac idez para disso lver o muco, ou beber um l íqu ido

quente que o empurre para os intest inos .

Mas o que é exatamente o muco?A pr inc íp io é apenas um f lu ido v iscoso comp osto de ág ua ,

cé lu las ep i te l ia is (v indas da própr ia mucosa) , leucócitos

usados (nossos agentes de defesa ) , s a i s inorgân icos e

muc ina , ou mucoprote ína , uma combinação de aminoá-

c idos t ip icamente encontrada na c lara de ovo, na sa l iva ,

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em cart i l agens e no l íquido s inovial que lubr i f ica juntas

e tendões.

Acontece que o muco sof re modi f i cações nos d iversosestados de saúde e doença, e a maior ou menor presençade muco, bem como as var i ações de sua composição ,tem um signi f icado especia l .

Textos ant igos de medic ina t r ad ic iona l da índ ia e do

Tibet expl i cam que o muco desempenha um pape l im-

por tante no func ionamento do corpo e é cons iderado

uma forma de kapha, termo que não tem tradução e serefere a tudo quanto é substancia l , sól ido e pesado no

sistema corporal .

Kapha tem a ver com a tridosha, sistema dos três tipos deenergia : vatta, pitta e kapha. Vatta tem a ver com o ventoe a energia que sobe, pitta com o fogo e a energia emexpansão, kapha com a terra e a energia que pesa.

- Nessa visão, as com idas que dão sol idez ao corpo são

p r e d o m i n a n t e m e n t e kapha — d i z R ud o l ph B a l l en t i n e

em seu l ivro Diet and Nutrition. — Quando essa substân-

c i a pesada e mat e r i a l é ma l a s s im i l ada pe lo s i s t ema

digest ivo, precisa ser el iminada como refugo. Esse refu-

go t ambém é chamado kapha e cor responde ao muco

com o qual estamos fami l iar izados. Faz sent ido, portan-

to, esperar que quando a comida é de má qual idade, ou

se j a , quando uma g r ande porção de l a não t em va lo r

nutr icional e precisa ser descartada, a produção de muco

aum en t e — cont inua Bal lent ine. - Embora do ponto de

vista da pesquisa médica ocidental isso possa soar bizar-

ro, da perspectiva da fisiologia oriental é apenas questão

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de bom senso . Al imentos fracos e má digestão , juntos ,

vão comprometer a capac idade da pessoa em usar a co-

mida para obter energia e construir tecidos, e dessa formavão cr iar um f luxo de muco maior . E fundamenta l re-

mover esse muco.

Olho neleSe o muco ficar grosso ou viscoso demais, vai secar com

fac i l idade , grudar na membrana mucosa , cr iar crostase virar um ninho acolhedor para os mais diversos

hóspedes. Mas se f icar muito l íquido, escorrendo,

com baixa viscosidade, os cí l ios não vão ter como

movê- lo e e le t ambém não se rá capaz de agar ra r

impurezas e micróbios . Enquanto o nar iz p inga água ,

ou não respira, as mucosas estarão desprotegidas e sujei-

tas a inflamação e infecção pelos mais diversos t ipos demic rób io s .

Essa possibi l idade de variação do muco respiratório tem

muito a ver com a l imentação e se expl ica pe lo fato de

que o muco é não somente uma secreção , mas também

uma excreção . A diferença entre e las é que secreção é

algo que o corpo fabrica porque é necessário, enquanto a

excreção, ao contrário, é a lgo de que estamos querendonos livrar.

O resfriado, a tosse e a gripe, assim, são também uma

válvula de escape para excreção quando outras funções

excretór ias do corpo fa lham ou estão sobrecarregadas .

Pulmões , pe le , r ins , in test inos e menstruação dever iam

dar conta de el iminar todos os resíduos do corpo. Mas

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muitas vezes f ica dentro o que era para estar fora, por

e x e m p l o q u a n d o s e u s a m c o i sa s c o m o d e s o d o r a n t e

ant ipersp irante , que impede a e l iminação de tox inas pe losuor, ou quando o intestino f ica preso vários dias, isto é ,

o l ixo mais denso não sa i . Ou acontece uma repent ina

ava lanche de comida mal diger ida no tubo gástr ico .

O resu l tado va i do mau há l i to a té a tsunami de muco.

Esse muco agride as vias respiratórias . Daí é natural que

aconteçam irr i tação , inf lamação e infecção , que chama-

mos de resfriado, a lergia , gripe.

Fumaça? Cof, coflFumar, como se sabe, também cria problemas. A fumaça

irrita e resseca as mucosas respiratórias, forçando-as a pro-

duzir mais muco, e o calor aos poucos destrói os cí l ios

que moveriam esse muco para fora — por isso quem fumacostuma ter tosse crônica ou no mínimo um pigarrinho.

Aquela co is inha presa na garganta , que prec isa de uma

toss id inha para sa ir da l i , é um a p laqu in ha de muco nu m a

área sem c í l ios suf ic ientes para movê- la . Gelat inoso , se

for só um muquinho à toa , l impo. Cremoso, quando já

incorporou uma fe rv i lhan te a t iv idade microb iana .

Outras fumaças , como as de incenso ou fogão a lenha ,produzem efe i tos seme lhantes .

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Também tem muco no estômagoO estômago é revestido por um a espessa camad a de m ucogástr ico que impede os ácidos digest ivos de digerirem asparedes es tomaca i s .

Se o equi l íbr io entre ácido e muco é adequado, todo o

trato digest ivo estará mais apto a funcionar melhor, ab-

sorvendo a comida de forma ef ic iente para a construção

dos tecidos e adic ionando substância ( k a p h a ) ao corpo.Se a acidez for maior que o muco, a digestão é ruim; ofreguês sente a todo momento que tem estômago. Do-res, arrotos com gosto ruim, gastr i tes e úlceras costumamter relação com o aumento da acidez.

Por outro lado, se o muco for excessivo vai se espalhar

por todo o tubo digest ivo e comprometer a capacidade

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de assimilar comida. Nesses casos, é visível a presença demuco nas fezes. Bactér ias e outros bichos que normal-

mente estão sob controle começam a se reproduzir mais.E nessas condições, adivinhe?, o organismo tende a pro-duzir a inda mais muco.

Pesquisas mostram que as caracter í st icas do muco são

importantes para determinar quais var iedades de parasi -

tas vão crescer . Notou-se que algumas espécies pacíf icas

podem se tornar invasivas e destrut ivas se as condições

forem al teradas para pior . Isso faz com que o revest i -

mento intes t ina l se j a dani f i cado, não só permi t indo a

passagem de substâncias nocivas como reduzindo a ca-

pacidade intest inal de absorver nutr ientes importantes .

É o quadro de disbiose intestinal, em tudo semelhante ao

desequi l íbr io ecológico que predomina em muitas regiões

do p laneta .

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O que é, o que é?

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RESFRIADO Indisposição úmida quepega principalmente o nariz, mas pode

incluir garganta, brônquios, pulmões,olhos, ouvidos, sinus.O nariz escorre porque as mucosas do trato respiratório

f icam úmidas demais , e a sa ída mais natura l para escoar

essa um ida de é a protub erância nasa l , que tem a van tage m

de poder ser assoada ( já pensou em assoar os olhos? ou as

orelhas?) . Também é pelo nariz que saem os espirros, com

uma at iva part ic ipação da boca e da garganta .

Só o fato de não sentir cheiro e gosto já mo stra o quan to a

v í t ima está pre judicada : do is entre os c inco sent idos não

funcionam. Vai ver , os o lhos a inda lacr imejam e os ouvi-

dos parece que vão entupir . Fora isso pode haver sensação

desagradável de fr io ou calor, dor de garganta muito leve,

estado febri l passageiro.Resfriado dá mal-estar, mas não dá febre, e é muito mais

fáci l de tratar do que a gripe, se a vít ima agir rapidamente.

Bendito o organismo que dá s ina is quando f ica sobrecar-

regado. Se é o seu caso, pule já para o tratamento.

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RINITE Rin é nariz e ite é o sufixoque designa inflamação: inflamação

do nariz,Que f ica p ingando, entupido, coça , a v í t ima enxuga , não

tem o qu e assoar, o nariz arde de tanto usar lenço. Pode ser

a lérg ica , indicando into lerânc ia a a lguma substânc ia quí-

mica do ambiente ou da comida , ou uma reação do corpo

à temperatura externa. Se passar logo, tudo bem. Se f icar

indo e voltando, é preciso entender as causas.

GRIPE é um resfriado gigante,geralmente por acúmulo de maistoxinas e muco, daí ter mais sintomasde mal-estar: dor de cabeça, de garganta,

dores no corpo, febre, tosse, catarro,sinusite. Resfriado é violino ,gripe é contrabaixo.A gripe pode vir do resfriado, basta não cuidar dele . Tam-

bém p ode vir por s i, de repente, por contág io f ís ico, men tal

ou emocional , apresentando logo todos os seus s intomas

ou não, b ran da ou forte, com pou ca ou m uit a febre. E se oresfriado pede cuidados, a gripe não pede: exige.

Ela é sem pre o resultado da com bina ção de fatores agressi-

vos externos com fatores receptivos internos.

Fatores externos pod em ser qualq uer coisa ou situação fo rte

e inesperada para o organismo : contato com a m bientes ou

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pessoas que transmitem muitos germes , excessos a l imen-

tares, abalos emocionais , problemas com a famíl ia , stress,

mudança brusca de tempera tura ou de modo de v ida . . .

Fatores internos são inerentes a cada pessoa. Depois de

uma farra , quem tem boa res is tênc ia f ís ica e emocional

pode sentir uma l igeira indisposição e se recuperar faci l-

mente com um suadouro , uma canja , uma sessão de amor,

uma boa noite de sono. A pessoa mais frági l ou em situa-

ção vulnerável vai f icar arrasada. Tudo depende da maior

ou menor fac i l idade de auto-regulação de cada organismoe de como a s i tuação é conduzida pe la própr ia v í t ima.

O v írus , que leva tanta cu lpa , é secundár io . S oz inho, mes-

mo que seja o rei dos vírus com seu exército de vírus, não é

capaz de afetar um organismo saudável . As ondas de gripe

que "todo mundo tem" gera lmente se devem a uma com-

binaçã o de fatores cl imá ticos, a m bien tais , sociais e pessoais

que frag i l izam muitas pessoas ao mesmo tempo — que co-meçam a botar suas melecas para fora. E com elas, a lguns

micrób ios .

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"Vivemos num mar de vírus e bactérias.Jã que estão em todo lugar e não podemos fugir

deles, obviamente não podem ser a causa denossas doenças. Vírus e bactérias apenas se

multiplicam em grande velocidade quando adoença nos acomete o corpo. Estão no final da

cadeia causal, não no começo.São resultado da doença, não sua causa.

Um vírus tem que ser uma de duas coisas:o refugo de uma célula que escapou da

fagocitose ou o resultado do metabolismocelular. Nada mais, nada menos.

De que outro lugar do universo ele poderia vir,

se contém RNA e DNA encontrados somenteem organismos vivos?

Um vírus, sendo somente um naco de proteína,não pode fazer' coisas, ao contrário do que

dizem todos os tratados científicos sobre o

assunto. Somente células vivas podem fazercoisas. Fazer exige vida e inteligência,coisa que os vírus não têm. "

Daniel H. D u f f y Sr, DC,médico

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O TITE MÉ D IA É a inf lamaçãona m ucosa do ouvido m édio,muito comum em crianças.Costuma aparecer depois de um resfr iado mal curado. Os

s intomas inc luem febre e dor de ouvido. O grande r isco

da ot i te é haver infecção com perfuração do t ímp ano , que

pode reduzir muito a audição .

SIN U SIT E Sinus são cavidades aéreasnos ossos ao lado do nariz e em tornodos olhos, revestidas internamentepelo mesmo t ipo de membrana mucosaúmida e ciliada que caracteriza todoo sistema respiratório.O normal é essas cavidades estarem cheias apenas do ar

que passa por elas junto com a respiração. Sua existência

al iv ia o peso da cabeça e ajuda a voz a ter ressonância.

Quando você aperta esses ossos e eles doem, é porque os

s inus estão inf lamados. A causa disso é um muco que de-

ver ia ter escorr ido para o nar iz a través de minúsculas

passagens próprias para ta l , mas elas entupiram porque omuco engrossou. Ficando lá dentro ele irr ita a inda mais as

membranas mucosas , que por isso produzem a inda mais

muco, às vezes até com traços de sangue; e o

en tup imen to p rovoca um pouco de v ácuo ,

o que dá sensação de pressão e dor.

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Sinusite pode dar em quem está resfriado e não gosta de

assoar o nariz , acha que não sai nada, então f ica fungando.

Também em quem toma remédio para secar o resfr iado.Em quem chora para dentro , ou chora muito sem ter len-

ços à mão p ara se assoar, porqu e os canais lacrima is tam bé m

deságuam no nar iz . Em quem toma ge lados . Em quem

vive no ar refrigerado. Ou tem fungos. Etc.

D O R DE GARGANTA O quese chama de garganta, assim com todaa simplicidade, é uma das estruturasmais complexas do organismo.Ali se cruzam os sistemas de comer e de respirar, cada qual

vindo de um lugar e indo pa ra outro, e a ind a é ond e a gente

consegue fazer essa coisa que nos ultrapassa: falar.

Dependendo de onde este ja a inf lamação, será chamada

de faringite , lar ingite ou am igda lite . E, seja o que for, qu an -

do a garganta dói um a larme está disparando: a tenção,

muita a tenção, funções essencia is em per igo ! Mucosas i r -

r itadas, amígdalas sobrecarregadas, você não pode engolir ,

respirar dói, fa lar dói, em suma: faça alguma coisa!

Por outro lado, estando tão pert inho do m un do externo , agarganta é uma região muito fáci l de tratar. Basta abrir a

boca e botar a l íngua pra fora que dá para ver o que está

acontecendo. E é impress ionante observar como podero-

sas inf lamações , para a lguns dignas de c irurg ia , cedem a

meros gargarejos com chá de folhas de tanchage m — receita

do pediatra José Luiz da Costa Lyra .

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A expl icação é que tudo o que está na garganta tem faci l ida-de de sair. N ão é um escond erijo p rofun do . Pode estar cheiode bactérias e semelhantes, mas todos à beira do abismo.

Estat í st icas mostram que os médicos erram metade dos

diagnóst icos de dor de garganta, recei tando ant ibiót icos

quando não é o caso e deixando de recei tar quando é.

An tibiót icos com batem bactérias, mas são inócuos em qu al-

quer outra si tuação.

AMÍGDALAS são duas pequenas massas ovaladas de teci -

do linfát ico qu e brotam de cada lado da far inge lá no fun doda boca, onde ela vira garganta. O tecido que as reveste étodo furadinho por canais que levam ao tecido l infát icomai s profundo.

As amígdalas estão al i fazendo a segurança da área, cheias

de células cuja especial idade é agarrar substâncias e seres

indesejáveis e despac há-los pela l infa afora. De vez em qu an-

do f i cam inf l amadas e/ou infecc ionadas e incomodammui to .

A lgum as am igdal i tes são causadas pela bactér ia Streptococus

piogenes, que é rapidamente identif icada pelo laboratório e

pode até ser tratada com penicil ina se for o caso — gargare-

jos com tanchagem e outras ervas de poder ant i -sépt ico

também combatem infeccções, pr incipalmente no iníc io.

O risco de não tratar uma infecção por estreptococos é que

ela pode evoluir para febre escarlate (escarlatina), erisipela,

febre reumática e invadir os rins.

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TOSSE O sistema respiratóriotem a m usculatura poderosa. Q ualquerperturbação nas vias respiratóriasinferiores faz com que o diafragm a,por ato reflexo, empurre tudopara c im a e para fora. E a tosse.A tosse pode ser seca, úmida, encatarrada, fraca, forte, agu-

da ou crônica. Uma pessoa pode ter um ataque de tosse só

porque deu muita r isada. Outra pode ter um pigarrinho nagarganta que em baça as cordas vocais de vez em qua ndo .

A tosse que vem depois da gripe ou do resfriado tenta ex-

pulsar o muco que foi secando nas passagens de ar e virou

catarro: grosso, grud ento e às vezes am arelo ou esverdead o

pela presença de bactérias oportunistas. E de grande uti l i-

dade aprender a cuspir o catarro que vem à garganta.

O tratamento procura dissolver o catarro, torná-lo mais

fluido pára que deslize logo porta afora. Parte do que acon-

tece quando se toma um bom xarope é que o catarro vai

para os intestinos.

A tosse seca mostra que o interior do organ ismo está que nte

e seco . O tratamento procura substânc ias que umedeçam

e refresquem o corpo e possam produzir os f luidos neces-sários para a hidratação dos tecidos, das secreções, das

e l iminações .

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ESPIRRO Um mecanismo semelhanteao da tosse prod uz o espirro, quemobiliza mais a parte superior das viasrespiratórias e ajuda a elim inar o m ucoque está na garganta e no nariz.Espirros também acontecem como reação ref lexa a uma

corrente de ar fr io e outras perturbaç ões ind esejáveis com o

poeira , vento , corrente de ar , che iros fortes , ambiente

úmido e umidade in te rna .

Muitos espirros sucessivos podem ser chamados de reação

alérg ica . Na verdade , o que está acontecendo é que as

mucosas , já i r r i tadas pe la presença de res íduos a l im enta -

res no muco, não conseguem tolerar a presença de certas

substâncias no ar (poeira, pêlos, toxinas) e se defendem

espirrando. Tentam botar o muco para fora e ao mesmo

tempo impedir a ação desses novos agressores.

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BRONQUITE Alguém sabe que es tácom bronqui te quando começa a sent i r

uma espécie de resfriado no peito: emvez do nariz escorrer, há tosse compouco ou nenhum catarro , e a lgumacoisa no tórax dói ou queima.Isto quer dizer que as mucosas dos brônquios estão infla-

madas , e a inf lamação é aguda ou crônica .

Bronquite aguda pode fazer parte de uma gr ipe ou v ir de-

pois dela . Chega a dar febre baixa com calafr ios.

Bro nqu ite crônica é resu l tado do descaso com os s intom as

que indicam bronquite aguda . A tosse é constante , com

bastante catarro. Há sensação de mal-estar, dor ou quei-

mação no pe i to , fa l ta de ar e cansaço . As membranas

mucosas estão m uito p re judicadas por a lgum fator em ocio-nal ou de constante irr itação, como fumo ativo ou passivo,

poluição ambiental e inalação de produtos químicos, ou

excreção con stante de substâncias rejeitadas pelo o rganism o.

Como em todo quadro com s intomas resp iratór ios , a pr i -

meira co isa a fazer nas bronquites é parar de irr itar as

mucosas e tentar expel i r o muco, ev i tando os a l imentos

que o deixam mais espesso e abundante: lat ic ínios, ovos,carne, açúcar, gorduras.

Uma bronquite pode se tornar preocupante se a pessoa

apresentar febre alta (acima de 38,5° C) , catarro verde, a m a-

re lo ou com sangue, muita dor no pe i to e resp iração

ofegante mesmo quando está em repouso.

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BR O N Q UIO LITE Em vez de estarnos brônqu ios, a inflam ação pode

acontecer nos bronquíolos.Eles são os derradeiros raminhos da árvore respiratória , já

bem dentro dos pulmões . O s intomas de bronquio l i te são

semelhantes aos da bronquite , só que mais dolorosos .

PN EU M O N IA Tudo o que existeentre a entrada do nariz e o final dosbronquíolos tem a função de protegerde m icróbios e outros corpos estranhos

os delicados alvéolos pulmonares, ondeacontece o m elhor da festa: a troca de arsujo por ar limpo.O tapet inho ondulante de muco agarra os indese jáve is e

os leva para a porta da ru a. A tosse e os espirros cola bo ram

nesse processo de expu lsão . E se a inda ass im a lgum

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microbinho chegar à área dos alvéolos, encontrará muitascélulas macró fagas, que são a parte fam inta do nosso siste-ma de defesa, prontas a devorá- lo sem dó.

Entretanto, toxinas e microrgan ismos pode m prevalecer e

provocar pneumonia. A pneumonia causada por bactér ias

que se a l ime ntam do muc o é a mais f reqüen te em pessoas

de todas as idades. A causada por fungos geralmente afeta

mais bebês, velhinhos e pessoas imunodepr imidas.

Também são comuns as pneumonias causadas pelo ciclo

das larvas de lombrigas (Ascaris lumbricoides), que semprepassa pelos pulmões, e de outros vermes, como estrongi-lóides (Strongyloides stercoraiis) e anci lóstomos (Necatur

americanus). Escreve o médico patologista cl ínico Gilber-to Angel M., na revista Colombia M édica 1996; 27: 52:

"N ão são raros os casos do paciente que se hos pital iza por

inf i l tração pulmonar difusa, eosinofi l ia progressiva, tosse,

adinamia, febr ículas i r regulares e pers istentes , sombrasrad io lóg icas nodulares ; f az b ióps i a pu lmonar , punção

medular para esclarecer a eosinofi l ia progressiva, convo-

cam-se vár ias juntas médicas , quando na real idade é um

simples granuloma pulmonar t ransi tór io produzido por

parasitas (Necator, Ascaris, Estrongyloidesj, num quadro de-

nominado s índrome de Loef ler . Se nos lembrássemos do

gra nu lom a parasitár io e do cicio evolut ivo do parasita, eco-nomizar íamos problemas de diagnóst ico e ter íamos com

mais rapidez o bem-estar do p aciente.

Deve-se pensar sempre na etiologia da d oença infecciosa, an-tes de em barcar em d iagnósticos difíceis, que nem sem pre seconfirmam, por não ievar em conta que as doenças infeccio-sas são os ma is com uns de todos os quadros de do en ça. ' '

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Os s intomas da pneumonia em gera l aparecem de repente :

febre, tosse, catarro, calafrios, dor no peito, falta de ar,

respiração curta. Também podem estar presentes os s into-

mas da gripe e do resfriado, como dor de cabeça, dor de

garganta, espirros e nariz escorrendo. Mas pode não haver

s intoma que faça procurar o médico .

O diagnóstico é feito por raio x ou tomografia do tórax,

exame de sangue e de escarro. Esse procedimento cuida-

doso serve para verif icar a possibi l idad e de u m a tuberculose

pulmonar ou a presença de paras i tas grandes .

A pne um on ia associada a bactérias costu m a ser tratad a com

antibióticos para debelar a infecção e fisioterapia para esti-

mular a expectoração . Exis tem remédios espec íf icos para

tratar a pneumonia movida a fungos , mas costumam ser

pouco efic ientes. Pneumonias associadas a vermes são tra-

tadas com vermífugos . Para pneumonia assoc iada a v írus

não existem drogas apropriadas.

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ALE RG IA Este é o nom e que dam os àreação inf lamatór ia de um tec ido em

resposta à presença de substâncias ouagentes irr i tantes aos quais a vít ima émuito sensível.Por exemplo, você convidou sua chefe para almoçar e pe-

diu um prato car íss imo de camarões g igantes . Depois de

algumas garfadas ela começou a sufocar e você teve que

levá- la correndo para o hospita l com ed em a de g lote , um areação inf lamatór ia que fecha a garganta e não de ixa pas-

sar o ar . No entanto , você comeu os camarões numa boa.

O que aconteceu? O s is tema imunológico da moça achou

que aquilo era demais, enquanto o seu não estava nem aí .

Alergias são assim, pessoais e intransferíveis . Fazem parte

de um quadro de ca rac te r í s t i cas de comportamento da

pessoa. Podem ser agudas ou crônicas; infernizam a vidada v í t ima e chegam a matar .

O quarteto universa l das a lerg ias resp iratór ias é mofo,

poeira, pólen e pêlo de gato. A maioria dos testes verif ica

que qualquer pessoa reage a pelo menos um desses fatores.

Entrou num lugar acarpetado e o nar iz começou a escor-

r e r ? R i n i t e a l é r g i c a , d e s e n c a de a da p o r c o n t a t o c o m

part ícu las de mofo. A menos que ha ja um gato na casa , a íjá sabemos quem será acusado.

O que não se diz com tan ta freqüên cia é que mu itas outras

condições se confu ndem com a le rg ia .

Exaustão adrenal , decorrente de stress, dá s intomas alérgi-

co s . In f ecçõe s pa r a s i t á r i a s , i n c lu indo c and id í a s e , dão

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s intomas a lérg icos . Produtos de l imp eza dão s intom as a lér-

g i co s . Desodoran te s an t ip e r sp i r an te s , i dem . Produ to s

químicos nos a l imentos . Res íduos químicos e ant ib iót icos

em carnes, frangos, ovos e leite. A proteína do leite de vaca

pasteurizado e de seus derivados dá m uitos s intom as alérgi-

cos em pessoas que não se consideram alérgicas.

Esses s intomas vão dos mais óbvios, como espirros em se-

qü ênc ia, coriza, tosse e coceira, aos m ais dissim ulad os, como

dor de ouvido, fa lta de ar, enjôo, dor de cabeça, fadiga,

p rob lemas menst rua i s , re tenção de l íqu ido , depressão ,

dis túrb ios do comportamento e da cognição . Num está-

g io avançado, os tec idos degeneram e tendem ao câncer .

Todos os estudos mostram que o ataque a lérg ico é provo-

cado pela gota d'água que faz o copo transbordar, ou seja ,

os mecanismos imunológicos apenas disparam uma res-

posta inf lamatór ia que estava pront inha para acontecer .

Por s i , os est ímulos externos ser iam insuf ic ientes . Juntan-do isso ao fato de que as pessoas mais a lérgicas costumam

apresentar um nível a lt íss imo de radicais l ivres, que pro-

movem e pro longam a in f lamação , podem os pensar que a

v í t ima de ixar ia de ser a lérg ica se procurasse diminuir sua

tendência à resposta inf lamatór ia .

E embora a asma se ja cons iderada a doença a lérg ica mais

grave, 63% das mortes por alergia nos Estados Unidos sãocausadas pe lo consumo de amen do im — mante ig a de amen -

do im, ó leo de amend o im, m olho de ame ndo im , am endo im

torrad inho , amendo im japonês , amendo im com choco la -

te , ov inhos de amendoim, paçoca .

De ta lhe : am end oim é um dos n inhos predi le tos de fun -

gos que produzem aflatoxinas, e é impossível saber se elas

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estão lá quan do com emos aquele de lic ioso pé-d e-m oleque .

Sabe-se que af la tox inas acabam com o f ígado e dão câncer .

Além disso , o amendoim é metabol izado pe lo f ígado mui-

to lentamente. O que se chama de alergia , nesse caso, é

uma resposta imunológica intensa do organismo à presen-

ça de substânc ias que comprometem todos os órgãos .

ASMA Os s intomas daasma são semelhantes aosda bronquite: inflamaçãonos brônqu ios comtosse, aperto no peito,queimação, chiado,falta de ar, cansaço,

dor. A diferença é que naasma a inflamação é crônicae pode matar.17 milhões de pessoas sofrem de asma nos EUA, entre

adultos e crianças. Achou muito? No Brasi l são 16 mi-

lhões. Na Europa, os casos de asma dobraram nos anos

90 . No mund o , a O M S ca lcu la 150 mi lhões de asmát icos .

Esses números mostram que as pessoas estão f icando mais

sensíveis a coisas com que são obrigadas a conviver — al i-

mentos, adit ivos químicos, fumaça, sujeira , umidade, mofo,

poeira, pólen, ar fr io, produtos de l impeza, baratas, fun-

gos, pêlos, c l ima, stress. E até s ituações boas, como uma

nova paixão, podem provocar stress.

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A Medic ina Trad ic iona l Ch inesa cons idera qua t ro t ipos

de asma , l i gados ao m au fun c ionam ento de um , vários ou

todos os quatro sistemas: digestivo (baço, pâncreas, estô-

mago e intest inos) , rena l , hepát ico e cardiorresp iratór io .N a m aior ia dos casos todos fun cio na m mal e um deles

está espec ia lmente desequi l ibrado.

A SM A D O TI PO FRIO : ca rac ter izada por um m uco bran-

co , t ransparente ou espumoso, extremidades fr ias , pa l idez

e sensação freqüente de fr io.

ASMA DO TIPO QUENTE: r e sp i r a ç ão r áp ida e pe sada ,rosto vermelho, sensação de calor no corpo, muco amare-

lo, fezes secas e urina escassa.

ASMA MUCOSA: ca rac te r izada por muco cop ioso , boca

quase sempre aberta , dif icu ldade em resp irar na pos ição

deitada , cobertura grossa e gordurosa na l íngua .

AS M A D O TIP O D EFICIENT E: pu lso f ra co, l í ngua l im-

pa ou quase, compleição pál ida, respiração curta, a cabeça

precisa estar a lta para dormir, esforço f ís ico torna dif íc i l

respirar.

O

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Por que eu?

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Existem fatores que tornam uma pessoa mais propensa a

pegar gripe e resfriado. "Pegar" é muito vago. Louis Pasteur,

o cientista que descobriu como agem os micróbios, morreudizendo que o agente infectante é nada, o terreno é tudo.

É diferen te para cada "terreno" o je ito c om o a gripe enc os-

ta . Um percebe um pont inho dolor ido na garganta , outro

sente moleza e uma dor nas costas que vai de alto a baixo.

Alguns começam sempre esp i r rando .

Também é diferente o je i to como cada um va i t ra tar do

assunto . Uns nem tratam , acha m que tratar e não tratar dána mesma — que gripe cumpre um ciclo e passa.

Co m o diz aquela senhora , ter gr ipe é cons iderado norm al .

N in gu ém precisa se justif ica r porqu e está com gripe. Sen do

algo que todo mundo tem (diferente de grav idez e mens-

truação , pr iv i lég ios de mulhe r) , a té chefe entende. A v í t im a

fica num estado last imável e é perdoada de tudo.

Mas o que foi que aconteceu antes da vida virar gripe?

Sentiu tristeza, depressão ouinsegurança?O corpo tem uma rede natura l de proteção que é afetada

pelo que pensamos e sent imos. Quando nossa auto-est imaenfraquece, f icamos mais frágeis e vulneráveis . Lágrimas

retidas podem querer pingar pelo nariz . O ser f ica úmido

de tanto choro.

i m

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Dormiu mal ou pouco?O sono é um regulador natura l . Nada pode subst i tu í - lo . A

fa l ta de sono ba ixa a imu nid ad e e predispõe a rec lamaçõesdo corpo, que passa a funcionar mal .

Pegou friagem?O fr io a l tera o funcionamento normal do organismo; to-

dos os tec idos se contraem e querem e l iminar l íqu idos —

quanto mais l íqu ido no corpo, mais sens ib i l idade ao fr io .O esp irro e l imina l íqu ido e também aquece a parte supe-

rior do corpo.

A fr iagem pode v ir de um a porta ou jane la entreaberta , da

pedra onde est ivemos sentados, do chão do banheiro ond e

vamos desca lços à noite , do sereno da madrugada . Pode

entrar por qua lquer lugar do corpo. Tomar banho à noite

ou dormir de cabe los úmidos pode ser uma fonte habitua lde fr iagem. Perdemos 70% do ca lor pe la cabeça .

Banhos quentes dever iam terminar sempre mornos para

evitar um choque de temperatura ao sair . As pessoas que

tomam banho frio acham que são mais fortes por isso.

Pegou vento?Às vezes é o vento o vilão: ou porque "entra" no corpo, ou

por exemp lo qu and o se transpira sob o sol com po uc a rou-

pa: o suor normalmente refresca a pele , que por sua vez

refresca o interior do corpo; mas um vento abrupto dá um

choque nesse del icado mecanismo e o corpo se resfria .

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Sentiu desconforto devido ao calor?Excesso de calor também resfria . O corpo sua, num movi-

mento mais forte de e l iminação de l íqu idos e tentat iva derefrescar a pele. Essa sensação pode provocar espirros. E o

calor às vezes vem de dentro, produzido por excesso de

a l imentos ou temperos quentes como gengibre e cane la .

Ficou muito tempo sem se mexer?Numa longa v iagem ou permanênc ia num loca l fechado ,o corpo vai f icando condicionado e perde parte de sua

capac id ade de adaptação . Se isso não for com pensa do por

a lgumas horas de at iv idade f ís ica espontânea e agradáve l ,

que ative músc ulos, c irculaçã o e s istem a respiratório, a rea-

ção mais branda pode ser o resfriado.

Comeu ma l ?A digestão é um processo sut i l , que depende da produção

de sucos digestivos e da capac idad e do estômago em l idar

com a comida . O excesso , a inda que de boa qual idade ,

congest iona o movimento ; a comida que estagna va i fer-

mentar e produzir muco. O que passa mal diger ido ou

ferm entad o para os intest inos produ z desconforto , gases etox inas , aumentando o mal-estar . Se a comida for de má

qualidade, pior. Uma das reações possíveis é o resfriado.

f

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Bebeu mal?A bebida a lcoól ica chega rap idamente à corrente sanguí-

nea , e em a lgum momento passa pe lo f ígado - que , entreoutras coisas, é um grande f i l tro retentor de impurezas.

Acontece que o álcool incapacita as células desse f i l tro,

dando l ivre trânsito a todas as toxinas que deveriam ser

retidas. A conseqüência é o mal-estar, com chances de dor

de cabeça, ressaca, resfriado.

Tomou gelados?O inter ior do corpo é quent inho, com temperatura cons-

tan te em torno de 36 ,5°C. Os ge lados obr igam nosso

s is tema de aquec imento a traba lhar mais para levá- los a

uma temperatura adequada aos órgãos e tec idos — o que

cansa o organismo e desperdiça energ ia .

Comeu geladas?Além de esfriar o interior do corpo, a comida fr ia ou gela-

da dem ora m uito p ara ser dig erid a e tende a deixar resídu os

no es tômago que fe rmentam e produzem muco .

C om eu com ida calorenta no calor?Quanto mais tempo uma comida f ica no forno, mais ad-

quire a capac idade de transfer ir ca lor para quem a come.

No verão é fundamenta l comer a l imentos que refresquem

o ambiente interno. Frango assado num dia quente , chur-

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rasco ou peixe na brasa, por exemplo, podem dif icultar

muito a capacidade de auto-regulação térmica.

Em cl ima quente, também é bom inger i r menos calor ias :massas, biscoitos, pães, batatas e qualquer coisa que leve

açúcar, inclusive sorvetes e chocolates. E fr i turas, claro,

cuja temperatura é sempre a l t í ss ima.

Açúcar engorda, rouba vi taminas e minerais , dá acidez,mexe com hormônios, gera colesterol , modif ica o com-

portamento, favorece parasi toses . Contr ibui muito para

gr ipes e resfr iados porque produz muita umidade, que o

corpo só consegue el iminar até certo ponto; o excesso se

acu m ula. É esse acú m ulo que, a lém de pesar no corpo, vai

a l imentar fungos como a Candida albicans, que piora m uito

qua lquer peq ueno d esequi l íbr io: u m simples resfr iado vi ra

logo sinusite, porque a cândida se instala nos sinus e f ica

mamando aque l e muqu inho doce .

Candidíase vaginal derruba casamentos. E impossível ter

relações prazerosas se a mucosa está inf lamada.

Doçuras di tas naturais também at ivam a candidíase: f ru-

tas secas como ameixa, damasco e especia lmente tâmara,

sem falar em castanhas, nozes e amendoins, abr igam po-pulações intei ras de fungos. E de inset ic idas tam bém .

Exagerou nos doces?

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— Resfriados, gripes, febre — a pura e simples

síndrome do mal-estar é resultado de uma doserepentina de venenos ambientais, sendo que oma is comum é o açúcar refinado. O açúcar

liquida as células brancas, e as bactérias queestão sempre presentes se multiplicam e colocam

toxinas em nossos sistemas.

Daniel H. D u f f y Sr, DC

Abusou de leite, queijo & similares?O le i te e seus der ivados podem ser um péss imo a l imento

para os seres humanos, s implesmente porque produzemquant idades industr ia is de muco irr i tante no organismo.

As reações vêm como espirros, r inite , bronquite , asma,

eczema, coceira , gases, intest ino preso, intest ino solto, na-

riz entupido, tosse, s inusite , otite e outras ites .

Abusou de pães, biscoitos e bolos?Aqui estão juntos dois dos p iores a l imentos comuns no

que tange a muc o: açúcar e farinh a. Toda farinha com ercial

é desv i ta l izada por natureza , já que cada pequena part ícu-

la em que se transformou o grão vai ser exposta ao ar e

oxidar em poucas horas, perdendo a maior parte do valor

nutric ional . Isto, fora o tempo que vai permanecer enve-

lhecendo na prateleira antes de ser preparada. Aí ainda passa

pelo forno, onde o alto calor altera de vez suas qualidades,

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criando novas toxinas. O próximo passo é virar meleca no

estômago. D ifíc i l de digerir , costu m a fermentar. Produz aci-

dez . Al imenta pouco e a trapa lha muito a e l iminação deresíduos. E o calor adquirido no forno contribui para es-

quen tar o interior do corpo, o que ge ralm ent e prod uz catarro

grosso e preso.

Abusou de gorduras?

Frituras, refogados, patês, carnes gordas, salgadinhos defesta , bo l inhos de quei jo & s imi lares possuem substânc ias

que est imulam inf lamações por toda parte . Se forem no

trato respiratório, o nome é resfriado.

Abusou de nozes, castanhas,

amêndoas, amendoins?São a l imentos concentrados , marav i lhosos se forem fres-

cos e crus, se você comer pouco e mastigar muito bem. Se

não forem frescos estarão rançosos: você sente o sabor le-

vemente amargo e deve cusp i r imedia tamente para não

engolir toxinas. Se não forem crus, os óleos e nutrientes

naturais já estarão prejudicados. Dois ou três são sufic ien-

tes para dar a você suplementos de boa qual idade , c incoou se is já são um l imite . E mast igar muito bem é funda-

menta l , porque qualquer pedac inho maior va i chegar ao

intest ino sem ser diger ido e imediatamente um bi lhão de

bactérias vai grud ar nele produ zind o to xinas e reações alér-

gicas que você depo is sente como mal-estar. N ão é exagero:

um dedal de matér ia feca l tem um tr i lhão de bactér ias .

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O intestino prendeu, ou soltou?

O intest ino é um tubo de 9 metros de comprimento div i-dido em duas partes: uma mais f ina e comprida, o intestino

delgado, e outra mais curta e larga, o intestino grosso. O

intest ino de lgado dá uma porção de volt inhas dentro da

barriga para se acomodar ao pequeno espaço do corpo. É

através dos recursos de suas f inas paredes que absorvemos

a maior parte dos nutrientes da comida, que passa por al i

em estado bem pastoso. O intestino grosso retira o l íquido

do materia l e vai formando as fezes, que seguem em dire-ção ao reto para serem el iminadas.

Q uan do o intest ino so l ta e as fezes saem l íqu ida s , ou m ui -

to moles, estão vindo direto do intestino delgado; a descarga

mostra a incapac idade do corpo em l idar com qualquer

absorção de a l ime nto n aquele instante , seja por a lgum dis-

túrbio funcional ( intoxicação, parasitose, stress) ou por

re je i t a r rad ica lmente um componente da comida .

Na prisão de ventre, o cocô que não sai vai ficando cada

vez mais compacto e seco, acumulando-se na parte f inal

do intest ino , onde a capac idade de absorção da mucosa é

muito grande. Isso quer dizer que as toxinas que deveriam

ser el iminadas pelas fezes vão voltando para o sangue e

entram na c ircu lação . O própr io volum e de fezes para l isa-das inco m od a. Se nelas houver resíduos de prote ína a nim al,

a fermentação produzirá gases com mau cheiro — e ma is

tox inas . Isso afeta todo o organismo, inc lu indo a mente ,

mas em primeiro lugar o s istema respiratório. Por isso é

que a palavra constipação pode ser usada tanto para desig-

nar resfr iados quanto pr isão de ventre : andam juntos . E

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por isso é que nossas avós nos davam um purgante ao pri-

me iro s ina l de gr ipe : liberand o os intest inos , mu ito do mal

ia embora . Rapidinho e sem deixar saudade .

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Cansou-se?Tanto o excesso de trabalho quanto a fal ta de exercícios

vão resultar em baixa energia protetora. Trabalho f ísicodem ais gasta as reservas do corpo, m as a fal ta de at iv idad e

desregula o metabol i smo, encolhe a musculatura, enfra-

quece os ossos e prejudica a circulação do sangue, entre

outras desgraças. Excesso de trabalho mental é tão dani-

nho quanto excesso f í s ico, já que pensamentos demais ,

especia lmente preocupações, roubam energia da função

baço-pâncreas e perturba m a absorção de nutr ientes .A Medicina Tradicional Chinesa diz que at iv idade sexual

em excesso também dá problemas: esvazia a energia vital

dos r ins e das glândulas adrenais e afeta sua essência, o

Jing. Ele representa a força da vid a. Q ua nd o é de f iciente , a

pessoa tem p ouc a resistência às doenç as e se ad ap ta m al às

alterações do ambiente. Homens, cuidai-vos: o excesso de

ejaculações reduz o Jing, drenando a vi ta l idade do corpo.O sêmen carrega para fora m uito zinco e ôm ega-3, essen-

cia i s à imunidade.

Estresse ou stress?"Lute ou fuja!" Esta é a mensagem que o sistema nervoso

simpático recebe cada vez que você se assusta no trânsito,por exem plo, pronto pa ra frear , desviar ou bater. A í co m e-

ça um processo muito rápido que acelera seu coração, faz

sua pressão subir e aumenta a tensão muscular para que

você possa agir com rapidez. Passado o perigo, tudo deve-

r ia voltar ao normal .

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Mas não volta. Mesmo não tendo acontecido nada, aconte-

ceu. E a marca q ue f ica pode ser cham ada de cansaço, m as é

mais conhecida como estresse. Ou stress, pode escolher.

Isto se deve ao fato de que as glân du las adre nais, tam bé mcham adas supra-renais porque f icam mo ntadinha s em cim ados r ins , jogaram na c i rcu lação sanguínea uma grandequ ant id ad e de adrenal ina e cort isol , os horm ônios qu e dis-param a reação.

Se i sto acontece de vez em quando, tudo bem: qualquer

um se recupera. Mas de vez em sempre, pode levar a umestado de stress crônico, ou estresse, você é quem sabe,

que é um desastre.

Q uand o um a quan t idade exagerada de hormô nios adrenais

entra em ci rculação, tudo p ára. A digestão é prejud icada, a

circulação e a respiração se al teram e várias funções são

suprimidas para dar força total à reação de luta ou fuga. O

corpo gasta energia sem poder repor, e a t iróide tenta com -pensar t rabalhando mais . A sensibi l idade ol fat iva aum en ta

para poder cheirar o perigo. Os olhos f icam fundos, com

olheiras. A pele, muito sensível a bat idas e machucados,

cheia de ma ncha s pretas e azuis . A l ibido e o desem penh o

sexual decl inam . E as alergias prosperam : no com eço é u m a

ou outra, depois tudo provoca reação alérgica.

Diz a pesquisadora e f i toterapeuta Ingrid Naiman, emwww.kitchendoctor.com: 

- Q ua nd o as adren ais f icam exa ustas por excesso de stress,

o diagnóst ico médico pode ler a s i tuação parcia lmente e

traduzir como síndrome de fadiga crônica, Epstein-Barr

ou ci tomegalovírus, ou aind a a lergia crônica. M uitas vezes

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o diagnóst ico aponta para a t iróide, e as pessoas passam atomar hormônios s intét icos, que no começo produzem

melhoras mas depois deixam de sat isfazer . Ora, se essaspessoas t ivessem nasc ido com a t i ró ide f raca , ser i amcret inas. E a síndrome de fadiga crônica está afetando pes-soas intel igentes cuja mente funciona perfei tamente bem.O corpo pode estar cansado, mas a m ente con t inua l igadaem novos projetos — e novos esforços, que obrigar iam ocorpo a obedecer ordens de uma força mental agora perce-bida por ele como t irânica.

O procedimento correto, segundo ela, ser ia tratar de recu-

perar a energia das glândulas adrenais fortalecendo os r ins.

- As adren ais ficam sentad inhas no s rins, dos quais são inse-paráveis em muitos sentidos. Se elas entram em pânico,os r ins têm espasmos, geralme nte resul tando nu m a u rgên-cia de urinar . Q ua nd o o pânico é m ais ou men os con stante,

os f luidos saem do corpo antes que os nutr ientes tenhamsido assimilados. E ntão há desidratação e desnutr ição, me s-mo que a dieta seja intel igente. Um exame vai mostrar quea pessoa está def ic iente em m inerais . Q uan do a s ituação seprolon ga, os r ins pode m p arar de reagir e as pessoas com e-çam a inchar. O tratam ento: tom ar sais minerais, comer m aisalgas marinhas, ginseng e alho, usar ervas boas para os rins.Também recomendo a minha sopa de fe i jão-preto.

A receita da sopa de feijão-preto

(Black turtle bean soup) da Ingrid Naiman

está em www.kitchendoctor.com/ 

foodandrecipes/blackbean. html.

Outros autores ligados à med icina oriental

dão a mesm a receita com ligeiras variações.

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É mui to importante ident i f i car as causas dostress, que podem ser visíveis ou não.

O stress f ís ico é mais evidente, a pessoa trabalha demais,dorme de menos, não tem tempo para o lazer.

O stress emocional pode vir de um casamento aparente-

m ente b om , da preocupação com filhos, de frustrações com

as quais não se sabe como lidar, da competição no trabalho.

Há o s tress radiat ivo , v indo de campos e le tromagnét icos

de tvs, monitores de vídeo, torres de alta tensão, antenas

de telefonia celular . Sem falar no stress com o cartão de

crédito e as prestações da casa, que pode manter a vít ima

numa angúst ia permanente . Ou no que leva a lunos que

não t i ram o pr imeiro lugar a se matarem, no Japão.

Beb idas e s t imu lan tes são cham adas ass im porque dão um a

cutucada nas adrena is , p roduz indo um a quant id ade var iá -

vel de energia que rapidamente vira stress. Incluem-se aícafé, cocas e colas, chá preto, mate e até chá verde.

E é enorm e o stress produ zido por um a al imen tação pobre,

sem nutr ientes adequados , que dá a chamada fome oculta .

A vít ima não tem cara nem corpo de subnutrida, pode até

ser obesa, mas não agüenta quase na da. Tud o cansa. E tom e

pizza, pãezinhos, macarrão, hambúrguer, pastel , empada,

refrigerantes, chocolate, sorvete e outros equívocos com es-tíveis que a ajudam a ficar de pé.

— Ah, mas não é melhor comer qualquer coisa do que f icar

sem comer nada?

Melhor não é , minha senhora , mas é muito comum!

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O stress.. .

. . .ba ixa a imunidade , porque o cort iso l supr ime as

reações imunológicas. A vít ima será mais ansiosa e pro-

pensa a adoecer e terá menos células brancas no sangue

para combater infecções . Gripes e resfr iados se tornam

muito freqüentes .

. . .pre jud ica a d igestão, a ass imi lação dos nutr ientes e

a eliminação de toxinas, favorecendo gastrites, úlceras, reflu-

xos, inflamações intestinais, colites ulcerativas e parasitoses.

. . .faz subir a pressão e contra i as ar tér ias , aumentan-

do o r isco de ataques cardíacos e derrames ; tam bém pode

elevar os níveis de colesterol e homocisteína no sangue.

. . .dói da cabeça aos pés, em todas as juntas.

. . .engorda. O cortisol abre o apetite para que a vít ima

possa repor o carboidrato queimado enquanto passava pela

situação real ou imaginária de luta e fuga. Para quem está

acima do peso, reduzir o stress é tão importante quanto

comer menos e se exercitar mais .

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. . .a fe ta a m em ór ia e emb urrece . Muito cort iso l sa-

tu r a o h ipocampo , r eg i ão c e r eb ra l da memór i a e do

aprendizado.. . .arrasa a vida sexual, juntando des interesse com mau

desempenho e ba ixa sat is fação .

. . .p iora os s intomas de tensão pré-menstrua l .

. . .enfeia a pele, produz acne e eczema.

. . .perturba o sono, dá insónia .

. . . depr ime . Uma pessoa estressada não consegue curtir

as coisas boas da vida.

O

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Atitudes

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DescanseO organismo tem o poder de se auto-regular. Às vezes bas-

tam a lgumas hor inhas a mais de sono para que tudo volteao normal. Por mais s imples e bobo que seja um resfriado,

ele está impedindo a boa respiração, e respirar é o que faz

todo o resto funcionar, inclusive o cérebro. Se já for uma

gr ipe , descanse com mais fé a inda !

Deitar é essenc ia l . Muda a economia do organismo, o gas-

to de energ ia diminui . As cobertas poupam traba lho ao

s is tema de aquec imento , portanto cubra-se . A co luna ver-

tebral re laxa, o l íquo r lá den tro pod e f luir me lho r e irradia r

equi l íbr io . D eitar a jud a o tapet in ho: o m uco se move com

m ais faci l id ade das vias respiratórias até a garga nta, de o nde

ele desl iza para o estôm ago e é dissolvido pelo suco gástr i-

co. E a cabeça descansa.

Ponha as m elecas pra foraAssoe o nariz com vontade, tussa pensando em cuspir o

catarro. N ariz e boca são portas de saída d as secreções res-

p iratór ias . Fungar , jam ais ! Eng ol ir muc o só va i gerar m ais

muco. Use lenços de pano ou guardanapos de papel

resistente. Papel higiênico e lenços de papel f ino não

são bons porque desm ancham e de ixam f iapos gru- £dados na mucosa , p iorando a i r r i tação . ( t .

Cebola crua , socada , a juda a e l iminar melecas , tanto '

para che irar diretamente quanto para ina lar com vapor

durante 3 minutos . Esse vapor também desentope os

ouvidos. Uma cebola cortada, debaixo do travesseiro,

ajuda a respirar melhor.

•• f

/

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Lave a garganta, o nariz, as mãosBactérias , v írus, fungos e outros bichos prosperam no ca-

tarro . Agravam os resfr iados , t ransformando-os em gr ipe ,s inusite e outras encrencas. Para acabar com essa festa :

. m istur e 1 colher de chá de sal ma rinh o em 1 copo g ran de

de água minera l morninha (não quente) e faça gargare jos

com e la — sal desinfeta

. lave também o nar iz com água morna sa lgada , usando

conta-gotas ou um neti hindu, espéc ie de bulez inho cu jobico se enfia na narina: em qualquer caso você se debruça

na pia m eio de lado, a água entra por um a na rina e sai pela

outra; repita duas ou três vezes por dia ; manobra muito

úti l no início de gripes, quando o nariz entupir pela pri-

meira vez - receita do médico Alex Xavier

. para descongestionar nariz e s inus em cl ima seco, pode

ser bom fazer inalação de vapor d'água durante 10 a 15minutos , com a cabeça coberta por uma toa lha ; um chei-

r inho de ervas a juda , pr inc ipa lmente se for a lguma coisa

ant i -sépt ica , como fo lhas de euca l ipto ; não pode pegar

fr iagem depois de je i to nenhum

. quanto às mãos, diz um velho ditado árabe que "o demô-

nio se esconde nas unhas"; lavar as mãos regularmente é

uma prec iosa medida de h ig iene — quem está gr ipado, oucuidando de crianças que estão, deve lavar as mãos com

mais freqüência para se l ivrar dos micróbios que f icam no

am bien te o nde há gripes e resfriados; o contato com a águ a,

fr ia ou quente, pode ser muito prazeroso e ajudar na cura.

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Lave também o estômagoEscovar os den tes e passar f io den tal , tod o m un d o sabe, dá

mais saúde à boca . O estômago também pode ser l impopor uma lavagem de água morna sa lgada (1 co lher inha de

café, rasa, de sal marinho, para cada 100 ml de água), que

é inger ida em je jum e vomitada , l impando ass im o muco

que veio das passagens nasais , dos s inus e dos brônquios e

fo i engol ido . Também força a sa ída do catarro que a inda

está nas vias respiratórias . Depois disso a produção de áci-

do gástr ico deve melhorar muito , e o estado gera l doo rgan i smo t ambém.

Tire o que aumenta um idade e m uco. le ite , queijo de qualquer t ipo, requeijão, r icota, iogurte,

coa lhada , mante iga

. carne, ovos, tofu e outros derivados da soja

. ave ia , pão , torrada , b isco ito , bolacha , bolo , macarrão

e qua lquer outra co isa fe i ta de far inha , mesmo integra l

. doces, refrescos, sorvete, chocolate, melado, açúcar

Beba aos golinhosQuando perceber que tem uma indispos ição , se ja por can-

saço no corpo, dor de cabeça ou outro sintoma, faça um

bule de chá ou tome vários copos de água, mas sempre

devagar, aos golinhos. Isso vai desintoxicando, lavando,

modi f icando o ambien te in te rno . Me lhora a conges tão e

ajuda a soltar a secreção que houver. Evite água clorada.

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Preste atenção às sensações térm icas. se estiver sentindo frio, vista-se com roupas, meias e co-

bertas de tecidos naturais como algodão, nunca sintét icos:estes não deixam a pele respirar e el iminar toxinas

. se estiver sentindo calor, cubra-se com um lençol leve

. enrolar uma faixa de crepe entre a cintura e o púbis, e

f icar com ela enquanto o resfr iado não acabar, concentra

calor e traz bem-estar em qualquer caso de indisposição

. bons para aquecer: funcho, cominho, gengibre, cravo,anis, canela, feno-grego, alecr im, alho e menta spearmint

(Mentha spicata) ( todas as outras mentas refrescam)

. bons para refrescar: todas as mentas exceto spearmint,

camomila, couve-rábano, nabo, rabanete, inhame, pimenta

branca

. temperos que produzem m ente calm a, que os ayurvédicos

chamam de Sattva: cúrcuma, gengibre, canela, cardamomo,

coentro, funcho e anis ; pim enta-do -reino e outras pim en -

tas picantes produzem um fogoso temperamento Rajas.

Cuide do rosto. massagear os ossos da face com as pontinhas dos dedos,

devagar, procurando encontrar os pontos onde a energia

estagnou e dissolvê- la, solta o muco ret ido

. deitar e cobrir o rosto com um travesseiro bempequeno e leve de a l fazema, macela , a lecr im,camomila , l avanda ou eucal ipto aquece, benef i -cia os sinus, reduz a congestão, aju da a dese ntup ir

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. co locar num guardanapo de papel dobradinho a lgumas

gotas de óleo de menta chinês e manter perto do nariz ; as

substânc ias a t ivas são ant i -sépt icas , a judam a des inf lamaras vias respiratórias e a respirar melhor; um óleo famoso

pela ef ic iência em gripes, tosses e resfriados é o chinês Po

Sum On, mas muitos outros são bons , gera lmente à base

de menta e cravo.

Neles há pontos reflexos do corpo todo. Uma massagem

minuciosa ao deitar , com óleo de menta ou cânfora, dando

atenção a todos os dedinhos e se refestelando nas palmas

dos pés, pod e se revelar m ilagros a qu an do você acordar.

Se estiver com frio, escalde os pésLeve uma bac ia ou ba lde com água bem quente para junto

da cama, num quarto com as jane las fechadas , e mergulhe

lá dentro os pés , cobr indo-secom uma mant inha . F ique

até sentir que a água está esfr iando. Vista meias grossas de

a lgodão e de i te .

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O ideal é suar - ou não?Depende. Os chineses acham que, se a nossa vít ima f icou

mal por um motivo externo como vento, fr io, calor, secu-ra e um ida de , a d oença é superf ic ia l e pode ser ven cida por

um suadouro .

Uma característ ica das condições externas é que aparecem

sub itam ente . E entende-se como superfic ia l o que está m ais

exposto ao meio ambiente : pe le e membranas mucosas de

nar iz , garganta e pulmões . Gripe e resfr iado, portanto ,

gera lmente são v is tos pe la Medic ina Tradic ional Chinesacomo superf ic ia is , sobretudo no in íc io . Uma pessoa que

esteja produzindo mais muco pode se resfriar se pegar um

vento, ou sentir muito calor, ou f icar num ambiente úmi-

do, e assim por diante. Nesses casos, mesmo quando o

suadouro não resolve, pode reduzir muito o progresso e a

força do problema.

S inus i te , b ronqu i te , in f l amação de gargan ta e pneumoniasão cons ideradas estág ios mais profundos da doença , ge-

ra lm ente porque seus pr imeiros s ina is foram ignorad os ou

tratados sem convicção. A condição já é interna. Não se

aconse lha suadouro , como t ambém não pa ra pe s soa s

enfraquec idas , ou que têm reca ída de gr ipe : poder iam se

enfraquecer mais a inda e arranjar compliquites infecciosas.

O x da questão, portanto, é entender se o quadro é super-f ic ia l ou profundo. O superf ic ia l reage rap idamente à

providência correta . O profundo ex ige mais cu idados .

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Para suar,. beba uma ou mais xícaras dos seguintes chás: milefól io,

assa-peixe, sabugueiro com assa-peixe, camomila, menta(Mentha spicata), p imenta rosa (p iment a -de - a roe i r a ) ,angél ica, gengibre fresco, poejo, alevante, erva-dos-gatos(Nepeta cataria), cravo, canela, alho

. pode juntar l imão e mel se desejar

. depois tome um banho quente e rápido de chuveiro ou

banheira, beba mais chá, deite, cubra-se com cobertores esue, mas não se deixe exaurir pelo suor

. t ire os cobertores, troque sua roupa e também a de camae descanse

. se sentir que melhorou, não precisa repet ir ; se quiser re-

pet ir , não sue mais de duas vezes por dia; se não quiser

meter-se no banho, beba meia xícara de chá a cada meia

hora até estar suando direto

. há quem pref ira suar fazendo esforço f ísico, prat icando

esporte; se houver disposição para tanto, ót imo: aumentar

a temperatura corporal acaba com os vírus, como febre

Então pode fazer exercícios?Se for um hábito diár io e houver energia bastante, não

precisa parar ; mas é bom reduzir a intensidade e a duração

até passar a cr ise. O sistema que faz um corpo funcionar

direito é complexo e del icado. Doença é sempre uma re-

clamação. Pode se prolongar, comp licando -se inf in itam en te

se a ví t im a não t iver um a recuperação com pleta .

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M as e a febre?Enquanto a febre est iver abaixo de 38,5° C não precisa se

preocupar . O corpo está a t ivo , que imando substânc ias eagentes indesejáveis — inclusive vírus, que não se reprodu-

zem quando a temperatura interna é mais a l ta . Esse t ipo

de febre costuma a judar a v í t ima a melhorar mais cedo.

Então, nada de antipiréticos?Se a febre est iver abaixo de 38,5° C, nada de antipirét icos.Se subir , trazendo junto dores musculares ou fraqueza, há

muitas a l ternat ivas para exper imentar pr imeiro :

. tomar várias xícaras de chá quente para suar

. tomar sumo de maçã com uma p itadinha de sa l

. beber 50 ml de água natura l , chá de horte lã mo rnin ho ou

água de coco a cada meia hora

. colocar rodelas de batata crua ou emplastro de tofu fr io

na testa para refrescar e impedir que a febre esquente de-

mais a cabeça, trocar quando passar a sensação de frescor

. entrar nu m a banheira com águ a um pouco ac im a da te m -

peratura corporal , digamos 40 graus, e f icar lá dentro até a

temperatura ba ixar ; ao sa ir do banho, tomar uma x ícarade banchá bem quente com umeboshi e shoyu para não

ter fraqueza

Mas se a febre voltar a subir , permanecendo alta por mais

de dois dias, é sinal de que a coisa não é tão simples e exige

cuidados prof iss ionais .

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O que deve preocupar?Procure m éd ico ou posto de saúd e se houv er: ^ J* , ^

. febre aci m a de 38 ,5° C por m ais de dois dias \ ' »

. dor de ouvido que resiste aos tratamentos

. dor nos ossos em torno dos olhos, especialmente

com catarro nasal marrom ou esverdeado

. respiração curta e/ou tosse incontrolável persistente

. tosse persistente com catarro amarelo ou esverdeado

. mal-estar insuportáve l

Podem ser ef ic ientes para derrotar bactérias que prospe-ram no mu co e com pl icam gr ipes e resfr iados . M as nen hum

deles tem efeito sobre vírus, que seriam a causa ofic ia l de

gr ipes e resfr iados . E mesmo contra bactér ias , na maior

parte das vezes não há certeza sobre qual antibiótico usar.

Para não correr r iscos, a vít ima pode se ver obrigada a to-

mar ant ib iót ico de largo espectro - que va i matar muito

mais do que precisa e afetar toda a f lora bacteriana benéfi-

ca do organismo.

M ais de 30 0 vírus diferentes são acusados de causar resfria-

dos . Um vírus é m uito m enor que um a bactér ia e nem tem

vida própria : é apenas um pequeno pedaço de materia l ge-

nét ico envolv ido por uma capinha de prote ína . A idé ia

corrente é de que ele entra nas células e toma conta do

dest ino de las , natura lmente fazendo tudo dar errado. Os

caseiros

E os antibióticos?

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l a bo r a t ó r io s f a r ma c ê u t i c o s a i nda nã o de s e nvo lve r a m d r o -

gas e f icazes e bara tas contra v í rus porque , d izem, e les são

mut a n t e s de ma i s . M a s p r e domina e n t r e pe squ i s a do r e s i n -dependente s a conv icção de que combate r v í rus não se r i a

a me lhor e s t r a t ég i a pa r a l ida r com as doenças cu j a s causas

podem se r encont r adas com f ac i l idade no e s t i lo de v ida e

na a l ime n t a ç ã o .

Tr a t a me n t os e qu ivoc a dos l e va m t a mbé m à r e pe t i ç ã o de

ce r tos quadros c l ín i cos . A s inus i t e , por exemplo , com f r e -

qüê nc i a é c a u s a da ou a g r a va da po r c â nd ida , a p r i nc e s inhados fungos . Se a v í t ima tomar an t ib ió t i cos os fungos se

f o r t a l e c e m , po r que a s b a c t é r i a s que c ompe t e m c om e l e s

po r c omida e e ve n t ua lme n t e o s c on t r o l a m s ã o de s t r u íd a s

e comidas - pe los própr ios fungos . A s inus i t e me lhora e

p ior a . Enquanto i s so , a c and id í a se se e spa lha pe lo organ i s -

m o e a to rm en ta a v id a da pessoa , j á que não ex i s t em drogas

e f i c i en te s cont r a fungos . E tome s inus i t e .

O t r a t a m e n t o p a r a r eduz i r a c â n d id a à sua m e r e c id a i n s i g -

n i f i c â nc i a e xi g e um a p r o f u nd a l imp e z a i n t e s t i n a l , po r is so

mesmo ge r a l . Ca ldo de r ã , em j e jum, é bom para i s so , bem

c o m o a l g a s k o m b u , Aloe vera e c lo r e to de magnés io .

L a c t oba c i l o s a c i dó f i l o s pode m a juda r mu i t o a r e c ompor a

f lora intest ina l . A maior ia de les prec isa ser reposta todos

os d ias , i s to é , há que f icar tomando o iogur te ou kef i r ou

c oa lha da ou c ome ndo c huc r u t e e ou t r o s ve g e t a i s f e r me n -

t ados que t êm l ac tobac i los . As cepas Acidophillus, Bifidus

e Bidgaricus, e nc on t r a da s e m c á psu l a s ou f e r me n t o pa r a

iogur t e , co lon izam a f lo r e s t inha de v i los idades in t e s t ina i s

e vão pro l i f e r ando pa r a o bem.

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E os an ti-histam ínicos?Nem chegam a ser t ra tamento , ex is tem só para e l iminar

s in tomas . A lém de doparem a v í t im a aum enta m o ri sco de

sinusite , pois secam e engrossam as secreções nasais , dif i-

cu l tando sua drenagem. Não sa iu? Entupiu .

E água oxigenada no ouvido?Nos anos 30 surgiu a idéia delirante de que gripes e resfria-

dos eram causados por v írus que entravam pelo ouvido, e

os a lemães t iveram muito sucesso tratando inúmeros ca-

sos com água oxigenada - lá mesmo, no ouvido.

Agua oxigenada (10 volumes) é um poderoso des infetan-

t e . Q u a n do s e p i n g a m 5 g o t i n h a s n u m o u v i do , e l e

esquenta. Parece que está fervendo lá dentro, faz até um

barulh inho. Ao cabo de uns minutos a fervura va i dimi-

nu ind o e pára. Aí são pinga das 5 gotinh as no outro o uvid o,

que também ferve , também pára . A v í t ima tem que estar

de i tada , é c laro , pr imeiro de um lado, depois do outro . E

essa paradinha de 20 minutos , com uma sensação quent i -

nha lá dentro , já faz um bem danado. Se a rece i ta for

empregada bem no comecinho do mal-estar, quando a gripe

encosta, pode fazer efeito. Se há ou não há vírus lá, e se

eles têm algo a ver com a gripe, não se sabe. Mas sabe-seque o método não deve ser usado com freq üênc ia para não

a f e t a r a i m u n i da de n a t u r a l do o u v i do , c u j a c e r a é

ant imicrobiana e bom remédio para p icadas de insetos .

0

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Comer bem

para ficar zen

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Comer bem, aqui , não tem nada a ver com a idéia de que

se precisa de comidas fortes para combater a gr ipe. Al i-

mentos fort if icantes, como carne e frango, peixe e ovos,podem funcionar ao contrár io e prender o problema lá

dentro. Lei te e quei jo aum en tam o mu co. Far inhas e doces

fragi l izam ainda m ais o organismo . Frutas podem ser boas

ou não.

Comer bem quando se está mal s igni f ica nutr i r -se comsuavidade. O al imento deve ser um bálsamo, produzir a l í -

v io e não sobrecarga. Normalmente já comemos mais porhábito e desejo do que por necessidade, mas aqui o hábitofoi queb rado e o desejo se m ud ou . O u seja : d ieta já .

Q uan to m ais s imples e l imp a a a limen tação, m ais rápida a

melhora .

•M

C o m ida de gripe? C an ja ! J l?Os portugueses trouxeram do Oriente para o Brasi l essa

sopa aguada de arroz com gal inha, conhecida no mundo

inteiro por suas propr iedades ben éf icas para ad oentad os e

convalescentes.

Canja vem do kanji indiano e do congee chinês, papas m ais

ou menos ralas de arroz cozido por muitas horas, geral-mente servidas em seus países de origem pela manhã, no

desje jum, como al imento nutr i t ivo e leve ao mesmo tem-

po. Os que estão de dieta com em só a papa, ou adic ion am

a ela a lguma substância medicinal . Os que estão de bem

com a vida vão agregando qui tutes vegetais e/ou anim ais ,

de modo a ter uma refeição mais r ica.

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Na China você acorda e vai a qualquer lanchonete comercongee. Escolhe e coloca numa t igela vegetais, ovos e/ou

pedacinhos de carnes ou peixes, tudo cru. O caldo de ar-roz entra por cima tão quente que os ingredientes f icamcozidos o bastante para uma boa digestão, mas não a pon-to de perderem vi taminas e enzimas.

Nos mostei ros Zen, l inhagem budista que se desenvolveuno Japão, a papa de arroz se chama okaio e é servida nodesjejum com repolho ou acelga (couve chinesa) , refoga-

dos com óleo de gergel im e shoyu ; gersal e salsa por c ima ;a sobremesa é um pedaço de conserva de nabo, e uma taçade banch á encerra os serviços. Co m ida para man ter o cor-po tranqüi lo e ajudar a esvaziar a mente.

O longo tempo de cozimen to torna as papas de arroz, com o

de outros cereais, muito fáceis de digerir e absorver. São

balsâmicas para os intest inos e l impam os r ins. O lei te de

arroz, que se obtém coando a papa ou colhendo o creme

que f ica no alto, é uma bebida del iciosa e nutr i t iva.

A pap a de arroz suplem enta o aquecedo r méd io e aum en ta

o Chi, fortalece o baço e harm on iza o estôm ago. O fato de

ter f icado no fogo tanto tempo, sendo um al imento tão

leve, dá u m a reserva de calor ao organism o. Por ser cozida

com tanta água, melhora os f luidos necessár ios ao estôma-

go e aos intest inos, e faz isso sem produzir um idad e e m uco .

É considerada al imento ideal para pessoas idosas, que po-der iam comer as papas o dia intei ro, a qualquer hora,m ante nd o assim o corpo forte e o estôm ago e os intest ino sl impos. Um velho sábio chinês dizia: "Entre as melhorescomidas sob o céu, não há nada que exceda os grãos e

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t ambém nada que supere a comida suave ." Na Medic inaTradicional C hines a, a papa de arroz é considerada a m ais

fundamental das comidas terapêut icas .Buda, no Livro da Disciplina , enaltece os pod eres da pap a

de arroz, que comia com leite (atenção: cru, orgânico e tira-

do na hora) e mel : "D á 10 coisas aos que a come m — vida e

beleza, faci l idade e força. Dissipa fome, sede eve nto . Lim pa

a bexiga. Digere a comida. E louvad a pelo be m-av enturad o."

Aqui , a papa de Buda virou canj ica de milho, mungunzá,

arroz doce. . .

Modo de fazer

A papa de arroz, ou congee, pode ser fei ta com 5, 6, 8 oumais partes de água para uma de arroz; podendo esse arrozser branco, integral ou moti , e ainda painço, tr igo, cevada,

mi lho; podendo ou não acrescentar 10% de fe i jão azuki ,feijão moyashi (verde) ou soja preta. Esta é tam bé m a recei-ta básica do leite de cereais qu e se faz pa ra nu trir bebe zinho sque estão sendo desmamados (a part ir de 6 meses) , e nessecaso a papa deve ser passada na peneira.

Lave os grãos que vai usar e deixe de molho na véspera.

Isto já os deixa m ais fáceis de digerir . E cozinhe a pa pa . . .

. . .no fogão: baixar o fogo assim que ferver e cozinhar 3

horas ou mais, se possível em panela grossa, ou com uma

chapa de ferro ou pedra por baixo

. . .no forno: em caçarola tampada, por 2 a 4 horas

. . .na sloiv cooker elétr ica : um a noi te em tem peratu ra baixa.

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Canjas para gripe e resfriado

Arroz moti com gengibre e cebolinha verde

Indicada no estágio inicia l de um ataque externo que re-

sulta em mal-estar e dores general izadas, aversão ao fr io,

temor de ca lafr ios e s intomas semelhantes . Concei to me-

dic ina l ch inês : difunde o exter ior e e l imina tox inas .

100 g arroz moti (arroz japonês glutinoso)

15 g gengibre fresco

5 bulbos de cebolinha verde (bulbo e folhas)

Cozinhar o arroz em 8 partes de água por 2 a 4 horas ou

mais, socar as cebolinhas e o gengibre num pilão até f ica-

r em bem de smanchados , m i s tu r a r à p apa , a f e rven ta r

l ige iramente e i r tomando o quanto quiser . Faz suar , me-

lhora o estado geral . Cobrir-se e repousar.

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Arroz e sementes de bardana

Esta canja é para gr ipes quentes com dor de garganta e

tosse presa. Con tra- indic ada para quem tem estômago fr ioe pouca energia .

15 g sementes de bardan a (Arctii lapa)

50 g arroz branco ou integral

1 colher (sopa) de açúcar mascavo

Co zinhar as sementes de barda na em 2 00 ml de água até ol íquido se reduzir à metade. Coar. Juntar arroz, açúcar emais 400 ml de água e fazer a papa. Comer quente duasvezes por dia.

50 g de arroz

3 a 5 peras inteiras

1 colher de sopa de açúcar mascavo

Extraia o suco das peras e coe; cozinhe com o arroz, o

açúcar e ma is 40 0 m l de água . Tom e mo rninh a, 2 a 3 vezes

por dia.

/

1Sp"

®

Arroz, peras e açúcar mascavo

Para rouquidão devida a uso excessivo da voz

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Arroz e dente-de- leao com raiz

Para casos de amigdal i te aguda: el imina calor e toxinas

100 g arroz

60 g dente-de- leão com raiz (Taraxacum officinalej

Caldo de ga l inha

Ajuda a melhorar mais rápido porque é r ico em ciste ína,

um aminoácido que pode fazer o muco dos pulmões f icarm ais ra lo e menos grud ento p ara ser expelido faci lmen te.

Tem que ser caldo caseiro, quente e apimentado: o calor e

os temperos vão ajudar a mover os f luidos para fora e a

expectorar. E gal inh a caipira, cr iada sem antibiót icos e subs-

tâncias quím icas, ou seja : com endo m inho ca e nam oran do

o galo até f icar bem velhinha e generosa.

A pim en ta vermelha pode ser usada ao natural , em c onser-

va ou em forma de chi l i , tabasco ou páprica picante, na

canja ou em outra sopa junto com bastante alho, assim

que a g r ipe encos t a r , pa r a um r esu l t ado an t ib ió t i co ,

antiviral e al tamente suadouro. Expulsa o fator externo da

gripe e faz a ene rgia circular.

Ferver o dente-de- leão com ág ua duran te 40 m inutos, coare usar essa água para fazer a can j inha . C om er qu en te 2 a 3vezes por dia, durante 3 a 5 dias.

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Canja de ar roz e ga l inha

Nutre as c inco v ísceras e suplementa o Chi e o sangue .

Espec ia l para dismenorré ia dev ida a vaz io de ch i e sangue

e fraqueza pós-parto .

100 g arroz

1 ga l inha ca ip ira

Ferva a ga l inha em água até e la desmanchar . Coe, de ixe

esfriar o caldo, ret ire a gord ura e reserve. Faça a papa nor-

malmente com arroz e água . Quando est iver quase pronta ,

junte o ca ldo de ga l inha , coz inhe mais um minuto e s i rva .

Canja de ga l inha com arroz integra l

1 xícara de arroz integral cru

6 a 8 copos de água

1 ga l inha ca ip ira

2 cebolas picadas

4 dentes de alho socados

1 cenoura p icada

2 talos de aipo (salsão)

Ponh a tudo n a pane la com pouco sa l e de ixe coz inhar por

três horas, ou até a gal inha estar desmanchando. Retire os

ossos. Sirva com sals inha picada e folhas frescas de horte-

lã . Pode acrescentar pimenta.

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Caldo de r ã

Tomado em je jum, durante sete dias , o caldo de rã l impa

pu lm ões e intest inos e restaura a f lora intest in al , aju da nd oa sair de quadros pulmonares graves. O médico e escr i tor

Pedro Nava, n um de seus l ivros de m em órias, co nta qu e se

salvou da tuberculose com caldo de rã.

2 ou 3 rãs l impas

1 l i tro de água

Cozinhar durante 40 minutos ou mais , em fogo baixo epanela tampada. Coar e guardar na geladei ra por t rês ou

quatro dias. Ferver bem antes de tomar. Depois dos sete

dias, parar uma semana e repet ir o tratamento.

M el de abelhas é bom ?Mel puro, cru, não aquecido, é ót imo para dissolver muco.Se for de abelha jataí , então, nem se fala — dá resultados

muito rápido. Mel fervido ou pasteur izado ajuda a gar-ganta arranh ada e a tosse seca. Todos harm onizam o f ígadoe, em pequena quant idade, neutral izam toxinas. São tam-bém excelentes veículos para outras substâncias m edic inais.E, já de saída, lubrif icam os intest inos.

Consumo máximo: 4 a 5 colheres de chá por dia . Como

diz o di tado , Do bom, pouco. É para valor izar mesm o.

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Pólen de abelhas

Quando elas voltam de seu passeio pelas f lores, onde co-lhem néctar, parecem estar de botinhas: é o pólen que vai

grudando nos pés das abe lhas à medida que e las pousam

aqui e a l i . Para ret irá- lo os apicultores as fazem entrar na

colméia por um caminho estre i to que matre iramente con-

fisca a carga.

Comidinha ex t remamente energé t ica e cura t iva , conhec i -

da desde a an t igu idade , o pó len tem uma profusão denutrientes especiais dentro de s i : proteínas, ácidos graxos,

vitaminas A, B, C e E, magnésio, cálc io, selênio, lecit ina,

cisteína e ácidos nucleicos. Com isso estimula os órgãos e

as g lândulas , aumentando a v i ta l idade , re juvenescendo e

dando v ida longa a quem o consome. Tem propr iedades

ant iv ira is , ant ibacter ianas , radioprotetora e ant i tóx ica ; é

cons iderado um suplemento completo e poderoso , a té mes-mo para reduz i r os e fe i tos co la te ra i s dos t ra tamentos

convencionais do câncer. Protege o organismo dos efeitos

agress ivos de polu ição , adi t ivos químicos , DDT e drogas

fortes. Além disso, seus aminoácidos e ácidos graxos aju-

dam a controlar o peso.

O pólen é encontrado no mercado em forma de grãos pe-

quenos , i r regu la res , em cores que vão do amare lo aomarrom c laro . É importante saber a procedência porque

as f lores das quais e le provém podem ter s ido fumigadas

com inset ic idas . Exis te também em comprimidos .

U m a ou duas co lheres (sopa) de pólen va lem por um bom

lanche: e l im inam a fome e a tentação de comer porcar i tos

e bel isquetes. Excelente nas viagens, emergências e lar icas.

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Pessoas sensíveis devem começar com meia colherinha de

café, ingerida de estômago vazio antes das três refeições, e

aumentar a dose aos poucos . Para incrementar a respostaimunológica , a dose recomendada tem s ido 20 gramas três

vezes por dia . Importante: o pólen não deve ser fervido.

Pode ser chupado, mast igado ou engol ido com água , chá ,

sopa, suco.

E as frutas?Elas são leves e refrescantes. Uma fruta e um bife, lado a

lado, são como uma camiseta sem mangas e um casaco de

pele, uma borboleta e um urso. Enquanto o bife é um al i-

mento a l tamente concentrado , a f ru ta é nu tr ição su t i l ,

h idratan te. Todas podem ser consum idas por quem está sau-

dável , a lgumas são permitidas a quem não está lá muito

firme e ne nh um a vai para o bico de qu em está m al, a me nos

que seja cozida ou assada, e assim mesmo só maçã e pêra.

L IM Ã O Gostoso, refrescante, fáci l de usar — destrói bac-

térias de putrefação na boca e no tubo digestivo, por isso

purif ica o hál ito de gripe, resfr iado, dor de garganta e s i-

nus i te . L im pa o muco e o sangue , age benef icam ente sobre

o f ígado, aumenta a absorção de ferro e cálc io, regula a

pressão arter ia l , aum enta a produção de f lu ido s orgânicos .

Ac alm a os nervos e benefic ia os tecidos. Uma xicrinha (café)

de suco de l imão tem 20 mg de v i tamina C. As sementes

do l imão têm a l to poder ant i -sépt ico , e a parte branca da

casca é r ica em biof lavonóides ; por isso é muito benéf ico

usar a fruta toda - em finas rodelas, por exemplo, na sala-

da . Não é bom para quem está com s intomas de fr io .

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OS O U T R O S CÍT RI C O S Grape f ru it , l a ran j as e t ange ri -

nas de qua isque r t ipos : deve-se consum ir a fruta toda , bem

madura , inc lu ir a entrecasca branca e mast igar a lgumassementes . Is to compensa energét ica e b ioquimicamente o

impacto que o ác ido c í tr ico causa no corpo. As sementes

também têm subs tânc ias an t imic rob ianas .

Os sucos de frutas cítr icas esfr iam o corpo mais do que as

frutas inte iras e não são indicad os com o tratam ento exata-

mente pe la concentração de ac idez .

M A Ç A Do ce e ác ida , reduz o ca lor e prod uz f lu idos queum edecem a secura dos pu lmões . L im pa a ves ícu la . C on -

trola micróbios no tubo digestivo. Tem pectina, f ibra que

fac i l i ta o movimento intest ina l .

Se nossa v í t im a estiver se sent indo que nte e com von tade ,

pode comer maçã raspadinha com a co lher , sem casca .

Refre sca e aju da a baixar a febre. Se estiver sentind o fr io,

só pode maçã assada ou cozida.

PE RA Doce e ác ida , produ z f lu idos orgânicos que u m e-

decem os pulm ões e a jud am a e l im inar o m uco q ue est iver

lá e trata a garganta, devolvendo a clareza da voz. Refresca

mais do que a maçã e por isso não se recomenda a pessoas

com s intomas de fr io e fraqueza , a menos que se ja assada

ou cozida com casca de cane la ou outro tempero quente .

CAQUI refresca e umedece os tec idos , espec ia lmente os

pulmões , reso lvendo o muco. Também a l iv ia inf lamações

gastro intest ina is , suav izando as mucosas .

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E a tal da vitam ina C?

Ela reforça a at iv idade das células brancas do sangue, a ju daas células a se proteg erem dos vírus, l ibera os fluidos celu la-

res prom oven do um m elhor fluxo de elétrons, em doses altas

inibe a ação da histamina que é l iberada em reações alérgi-

cas. . . Portanto, pode ser muito bem-vinda.

Há controvérs ia em torno da dosagem necessár ia para ob-

ter efe i to nu m quad ro de gr ipe ou resfriado. Em condições

normais , prec isamos de apenas 60 a 100 mg de v i taminaC por dia para equi l ibrar o organismo. Em condições pre-

cár ias , a lguns recomendam a l tas doses — 2 a 3 mg/dia

enquanto outros preferem doses menores , t ipo 200 mg,

vár ias vezes ao dia , e outros pro íbem term inan tem ente qu e

se chegue perto de qua lquer v i tamina com C. Como se vê ,

tudo é questão de crença.

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Com exceção do homem, do macaco e do porqu inho-da-

índ ia , todos os mam ífe ros p roduzem sua própr ia v i tam ina

C. Macacos a ret iram das folhas das árvores, que conso-mem em grande quant idade , e preás se a l imentam de ervas

raste iras e cap im. Nós humanos comemos frutas e verdu-

ras que gera lmente suprem nossas necess idades .

O m édico e au tor Rud o lph Ba l len t ine comen ta que pod e-

mos prec isar de mais v i tamina C atua lmente dev ido à a l ta

quant idade de tox inas no ambiente . Além do mais , fo i de-

monstrado que drogas como a p í lu la ant iconcepcional e aasp ir ina roubam vitamina C dos tec idos . Por outro lado,

tomar a l tas doses de v i tamina C s intét ica pode não ser a

melhor so lução , pois e la desat iva a v i tamina BI2 , pode

produzir desminera l ização dos ossos e interfer ir com a

absorção do cálcio. Algumas vezes se converte em oxalato

de cálcio na urina e pode resultar em cálculos renais .

Há vár ios modos natura is de aumentar o consumo de v i-tamina C: p ingue l imão na água e no chá para i r bebendo

0 dia inteiro, use am eixa salgada um eboshi, q ue é r iquíssim a

em ácido cítr ico, coma folhas verdes refogadas ou cozidas

no vapor tão brevemente que a v i tamina C não se perca ,

coma uma fruta de manhã e outra à tarde (sempre duas

horas antes ou depois da refeição).

M E DI DA P E S O A L I M E N T O M G

1 xc 25 0 G S U C O D E A C E R O L A 3 8 7 0

2 U N 1 0 0 G C A J U 2 2 0

1 U N 9 0 G G O I A B A 1 6 5

1 X C 2 5 0 G S U C O D E L A R A N J A F R E S C O 1 2 5

1 X C 160 G B R O C O L I S C O Z I D O 1 2 0

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M E D ID A P E S O A L I M E N T O MG1 xc 160 G CO U V E - D E - B RU XE LA S CO Z I D A 1 00

1 xc 180 G LA RA N JA CO RT A D A 95

1/2 xc 50 G P I M E N T Ã O V E R M E L H O C R U 95

1 x c 150 G M O R A N G O 85

1 xc 160 G ERVILHA FRESCA C/VAGEM 75

1 U N 75 G KIWI 75

1 X C 2 5 0 G S U CO D E LI M A 70

1 xc 120 G C O U V E - F L O R C O Z I D A 70

1 xc 160 G M E LÃ O CA N T A LO U P E 651 xc 100 G A Z E D I N HA CRU A 65

1 xc 190 G T A N G E RI N A E M G O M O S 60

1 x c 130 G B RE D O / CA RU RU CO Z I D O 55

1 xc 130 G C O U V E C O Z I D A 50

1 xc 165 G M A N G A 45

1/2 x c 50 G P I M E N T Ã O V E RD E CRU 45

1 xc 170G

CO U V E - CHI N E S A / A CE LG A CO Z I D A 451 xc 140 G FOLHAS DE NABO COZ IDAS 40

1 xc 150 G RE P O LHO CO Z I D O 4 0

1 xc 140 G F O LHA S D E M O S T A RD A CO Z I D A S 40

1 U N 150 G BATATA-DOCE COZIDA SEM CASCA 4 0

1/2 xc 50 G C O U V E - F L O R C R U A 35

1/2 xc 100 G T O M A T E F RE S CO 35

1 xc 200 G A B Ó B O R A C O Z I D A 30

1 xc 70 G CO U V E - CHI N E SA / A CE LG A CRU A 3 0

1 xc 70 G R E P O L H O C R U 30

A vitam ina C é uma das mais a t ivas . Forma prote ínas com o

o colágeno, que mantém juntas as cé lu las dos tec idos , in-

c lu ind o os ósseos ; part ic ipa do metab ol ism o das prote ínas ,

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da produção de hormônios e de várias s ínteses vita is ; en-

volve-se em variadíssimas reações orgânicas; fortalece os

vasos sanguíneos ; e ac ima de tudo é ant iox idante , preve-n indo por tan to o enve lhec imento . Dobra ou t r ip l i ca a

absorção de ferro pe lo organismo quando ambos estão

presentes na refeição e protege da oxidação o ferro, o cál-

c io , as v i tam inas A e Ê e vár ias das v i tam inas B; au m en ta a

absorção de cálcio e de certos aminoácidos; inibe a des-

truição da t iamina/B 1 pelo tan ino (da í o chá com l imão

dos ingleses) ; converte o cromo hexavalente, tóxico, emcromo tr iva lente , nutr i t ivo . No estômago, impede a for-

m a ç ã o d e n i t r o s a m i n a s , a g e n t e s c o m p r o v a d a m e n t e

cancer ígenos or iundos dos n i tra tos e n i tr i tos usados para

conservar carnes embutidas como sa lame, sa ls icha , pre-

sunto etc . Hab i l i ta o organismo a suportar m elhor o fr io e

o calor. D es intoxica o f ígado e os pulm ões . A v i tam ina C

e os b iof lavonóides fazem uma barre ira contra infecções .

Esse "complexo v i tamínico C" é v i ta l para o bom funcio-nam ento da t ireó ide e tam bém das g lând ulas adrenais , qu e

contro lam a capac ida de de adaptação do corpo a s ituações

de stress e afetam diretamente o pâncreas e o nível de açú-

car no sangue.

Perde-se muito rap idamente a v i tamina C quando os ve-

getais são cortados ou machucados; pela exposição ao ar eca lor ; em longos per íodos de armazenagem; por ox idação

e pasteurização; por excesso de proteína, cobre ou ferro na

dieta ; por polu ição ambienta l , ingestão de á lcool , asp ir i -

na , an t ib ió t icos , barb i tú r icos , DDT, cor t i sona , drogas

con tendo e s t rogên io , p í l u l a s an t i concepc iona i s , t e t r a -

c ic í ina , ana lgés icos , ina lação de fum aça de tabaco; du ran te

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infecções, stress e menstruação. É mais estável em frutas

cítr icas, cujo suco, se guardado na geladeira em recipiente

selado, preserva quase toda a vi tam ina. O prob lema é q uea ma ioria das frutas cí tr icas é colh ida antes de estar m ad u-

ra, o que aumenta muito o choque ácido que provocam

no organism o. A pessoa resfriada qu e com eça a beber g ran-

des qua nt idad es de suco de laranja para obter vi tam ina C

pode até piorar , porque a laranja é fr ia e alergênica.

Pimenta vermelha (Capsicum j m t e s c e n s )

Em todas as suas variedad es — menores, maiores, mais ver-melhas, mais verdes - é muito r ica em vi tamina C. Delavêm o chi l i , o tabasco, a páprica picante. Expulsa o fatorexterno da gr ipe e faz a energia circular . Grande remédiodas aftas: o sabor picante est imula as mucosas e a vitamina

C ajuda na restauração da normal idade.O pimentão vermelho, ingrediente indispensável em mui-

tas cozinhas do m und o, é r iquíss imo em v i tamina C . Co m o

é mui to pu lve r i zado com agro tóx i cos , é bom t i r a r a

pelezinha que o reveste antes de usar . idem para o tomate.

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BrotosCerea is e leguminosas brotados são exce lentes fontes de

v itamina C, úte is para usar em v iagens , per íodos de seca ,inverno ou qualquer outra s i tuação excepcional .

Para fazer brotos você precisa de um vidro de boca larga,

um pedaço de f i ló , um e lást ico e um punhado de sementes

— de fei jão m oyashi, lenti lha , trevo, feno-grego, tr igo, am en -

doim, brócol is , enf im: qua lquer cerea l ou leguminosa , de

preferênc ia orgânicos .

A noite põe as sementes de molho no vidro, cobre a boca

com o f i ló e prende com o elást ico. De manhã escorre a

água e deixa de boca para baixo. Aí é só lavar duas vezes

por dia , ou mais se est iver calor. Em 24 a 36 horas começa

a aparecer um biquinho, que é o broto . Já pode comer.

Muitos a l imentos prec iosos são favorec idos pe la germina-

ção, que l ibera potenciais até então ocultos no grão seco,entre e les v i tamina C e enz imas . As amêndoas , por exem-

plo, f icam delic iosas após uma noite de molho, e de manhã

é só t irar a casqu inha antes de com er (ela irr ita o intestino ).

E a tal da vitam ina E?A vitam ina E tem poderosas propr iedades ant i inf lam atór iasporque atua favorave lmente em todos os-tec idos . A reco-

mendação of ic ia l é de que se jam consumidos 8 a 11

mi l ig ramas d iá r ios de v i tamina E .

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M E D I D A P E S O A L I M E N T O M G

1 xc 1 30 G C O U V E C O Z I D A 7 .0

3 C S G E R M E D E T R I G O T O R R A D O 6 .0

2 C S S E M E N T E S D E G I R A S S O L S E C A S 5 .0

1 C S Ó L E O D E G E R G E L I M 4 . 0

1 C S A Z E I T E - D E - D E N D Ê 5 .0

3 0 G A M Ê N D O A S S E C A S 6 .5

2 C S A Z E I T E D E O L I V A 3 .5

3 0 G S E M E N T E S A B Ó B O R A S/ C A S C A 3 . 0

7 5 G B A T A T A - D O C E C O Z I D A SI C A S C A 3 . 01 X C 1 60 G M A N G A E M P E D A Ç O S 2 .0

1/2 1 0 0 G A B A C A T E 1.5

Se não conseguir , e for comprar um suplemento, pref ira avi tamina E natural : no rótulo deve vi r escr i to d-alpha

tocopherol, ou tocopheryl, enqua nto qu e na v i t amina s inté-

tica está dl-alpha tocopherol. É o dl que faz a diferença.

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E a tal da vitam ina A?Ela tem a ver com m em bran as m ucosas, olhos, pele , reações

imunológicas, ossos, dentes, células nervosas e sanguíneas,po tênc i a s exua l , t i r eó ide , g l ându l a s adrena i s . É an t i -

oxidante. Os sinais de defic iên cia de vitam ina A são an em ia,

visão prejudicada à noite , redução do olfato e do paladar,

ressecamento e infecção na pele e nas mucosas, infecções

em geral, stress. M elho res fontes: vegetais amare los e verdes.

A v i tamina A é formada dentro de nós tanto pe lo beta-

ca ro teno e outros ca ro tenó ides dos vege ta i s amare los ,

a laranjados, vermelhos e verde-escuros, quanto pelo retinol

dos a l imentos de or igem animal . A vantagem de obtê- la

através de fontes vegetais é que os carotenóides que não se

convertem em v itam ina A tam bém são ant iox idantes e pro-

tetores do s is tema imunológico , enquanto o ret inol vem

acompanhado de gordura e co lestero l .

Há vár ias maneiras de medir e ava l iar a Vitamina A, cada

uma com seu própr io nome. O mais usado é ret inol . En-

tão a coisa fica assim:

1 RE (ret inol equiva lente) = 1 mcg ret inol = 6 mcg beta-

caroteno = 1 2 mc g de outros carotenóides = 3 .3 IU de

fontes an im a is = 10 IU de fontes vegetais

A ingestão diár ia recomendada va i de 800 a 1 .300 RE.

M E D ID A P E S O A L I M E N T O R E

1 x c 2 5 0 G S U M O D E C E N O U R A 6 3 3 0

1 U N 3 0 G P E Q U I 6 0 0 0

1 U N 5 0 G B I F E D E F Í G A D O D E B O I 5 3 6 0

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M E D I D A P E S O A L I M E N T O R E

1 cs 13 G A Z E I T E - D E - D E N D Ê 4 5 9 0

50 G F Í G A D O D E V I T E L A G R E L H A D O 4 0 2 0

1 cs 13 G Ó L E O D E F Í G A D O D E B A C A L F IA U 3 0 9 0

1 UN 150 G B A T A TA -D O C E C O Z I D A S / C A S C A 2 5 8 0

50 G F Í G A D O D E G A L I N H A C O Z I D O 2 4 6 0

1 ÜN 7 0 G C E N O U R A C R U A 2 0 3 0

.5 xc 80 G C E N O U R A C O Z I D A 1 9 10

50 G F Í G A D O D E P E R U C O Z I D O 1 8 7 0

.5 xc 55 G C E N O U R A C R U A R A L A D A 1 5 5 0

3 cs 24 G F O L H A D E M A N D I O C A E M P Ó 1 5 1 0

1 xc 20 0 G A B Ó B O R A C O Z I D A 1 4 3 0

1 xc 180 G N A B I Ç A C O Z I D A 1 3 7 0

1 xc 100 G FOLHAS DENTE-DE-LEÃO COZ IDAS 122 0

1 xc 180 G B E R T A L H A C O Z I D A 1 0 5 0

1 xc 180 G A G R I Ã O C O Z I D O 1 0 30

1 xc 130 G C O U V E C O Z I D A 9 7 0

100 G E N G U IA D E F U M A D A 7 5 050 G P U P U N H A 7 5 0

100 G A T U M F R E S C O 6 60

1 xc 165 G M A N G A 6 4 0

1 xc 180 G A C E L G A B R A S I L E I R A C O Z I D A 5 6 0

1 xc 100 G A Z E D I N H A C R U A 5 3 0

1 xc 160 G M E L Ã O 5 2 0

1 xc 170 G COUVE-CHINESA/ACELGA CO ZIDA 44 01 xc 140 G F O L H A S D E M O S T A R D A C O Z I D A S 4 2 0

.5 xc 70 G F O L H A S D E B E T E R R A B A C O Z I D A S 3 7 0

1 xc 130 G B R E D O / C A R U R U C O Z I D O 3 7 0

1 ÜN 170 G C A Q U I 3 7 0

1 xc 130 G A Z E D I N H A C O Z I D A 3 5 0

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A v i t a m ina A nã o s e pe r de du r a n t e o c oz ime n t o c omum,

ma s é a l t e r a da po r c oz ime n t o p r o long a do e e x pos i ç ã o a o

a r . Ta mbé m é r e duz ida po r de so r de ns g a s t r o in t e s t i n a i s ,como vômi tos e d i a r r é i a , pe lo t an ino dos chás , por su l f a to

fer roso ou excesso de fer ro , n i t ra tos e benzoatos de co m ida s

conservadas , asp ir ina , café , á lcool , t abaco, cor t icosteró ides

( cor t i sona e out ros ) , ó l eo m inera l , ba rb i tur a tos e c i t r a l (um

sabor a r t i f i c i a l de l imão) ; é ma i s necessá r i a no t empo f r io

e durante g r av idez , l a c t ação e pe r íodos de s t r e s s . A absor -

ç ã o pe lo o r g a n i smo d im inu i d r a s t i c a me n t e qua ndo a d i e t acontém pouca gordura , po i s é a gordura que d i s so lve e

t r a n spo r t a a v i t a m ina A .

Os sup l e me n t os pode m in t ox i c a r s e f o r e m t oma dos e m

níve i s dez vezes ma iore s que a r ecomendação d i á r i a por

um mês , o que pode acontece r a t r avés de um exage ro de

cápsulas de re t ino! ou de sucess ivos b i fes de f ígado rega-

dos a ó l e o de f í g a do de pe i x e . D i e t a s mu i t o a l t a s e mc a r o t e nó ide s nã o i n t ox i c a m , a pe na s de i x a m a ma r e l a da s a s

pa lm as das mão s e a s so l as dos pés . Em com pen saçã o , f ac i -

l i t a m o b r onz e a do .

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Chás & Cia.

Somos quase 80% águae ela faz milagres em nós, por fora

e por dentro, fresca ou quente.

Uma xícara de chá medicinal podetrazer o bem-estar muito depressa.

O conhecimento dos curadores do passadogerou a farmácia moderna mas continua

funcionando por si, na forma elegantee agradável de tomar chá.

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O ma is impo rtante é saber se o chá deve refrescar ou aqu e-cer, e se não tem contra-indicações. Modos de fazer:

. folhas, sempre em infusão — água quase fervendo porcima delas, em bule de louça, vidro, inox, esmalte, nun-ca a lumínio; abafar e esperar 15 minutos;

. sementes, bulbos, rizomas, caules, cascas e raízes: sem-

pre em decocção — ferver por 15 minutos, em bule de

esmal te , inox ou vidro, a lumínio não.

FRESCO

ASSA-PEIXE (ur t i ga -mansa ) (Eupatoriumpolyanthes, Vernonia sp. e outras)

Esse arbusto, cuja f lor as abelhas adoram, é muito co-

mum em pas tos e qu in t a i s . Não chega a t e r be l ezaornamental , mas é precioso pelo potencia l de ação con-

t r a g r i p e s , r e s f r i ad os , b r onqu i t e e t ud o quan t o f o r

problema no s i stema respiratór io.

Nos Estados Unidos é conhecido como boneset, o remé-

dio caseiro favorito entre os norte-americanos até meio

século atrás . Penduravam um maço de folhas secas no

teto e de le f az i am um chá amargo para o infe l i z queestivesse com gripe ou febre — e os s intomas sumiam na

hora. Uma anál i se do chá sugere que as duas ou t rês

xícaras dadas normalmente a um adul to podiam conter

uma quant idade impor tante de v i t amina C.

O chá das folhas de assa-peixe acalma a tosse e ajuda a

expectorar . Excelente em casos de pneumonia.

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C H Á Em infu são, 1 colher (sopa) da folha seca ou 1 a 3

folhas frescas para 1 l i tro de água fervente, em bule de

louça ou esmalte . Aguardar 15 minutos . Tomar morno ouquente, três vezes ao dia .

••"St

FRESCA

T A N C H A G E M ( t r a n s a g e m , p l a n t a g e m ,

língua-de-vaca (Plantago lanceolata, P. major)É uma erva que dá em qualquer canteiro de rua, desses

que f icam em volta das árvores, e também é praga em pas-

tos e gramados. A fo lha parece uma l íngua comprida que

se espalha em camad as bem ju nt o ao chão, ao redor de

uma haste vert ica l de uns 20 cm cheia de minúsculas f lo-

res e sem ent inhas .

A tanchag em tanto fun cion a no sistema respiratório q uan to

no digest ivo . É boa contra qua lquer congestão de muco,

como tosse, s inusite , bronquite .

Com a pa lavra , a acupuntur is ta Susana Ayres :

— Seja qual for a natureza dos distúrbios respiratórios, a

responsabi l idade é sempre das funções do pulmão e do

intestino. Por isso é lógico buscarmos uma planta que te-nha ação sobre esses dois s istemas, e a tanchagem tem. É

daqu elas p lant inh as que devem estar sempre ao a lcance d a

mão, pois benef ic ia o s is tema imunológico , é ant iespas-

m ó d i c a , a n t i i n f l a m a t ó r i a , a n t i i n f e c c i o s a , e q u i l i b r a o s

sistemas hormonal, digestivo e renal , é diurética e a juda a

diminuir a concentração plaquetária no sangue.

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Pode-se dizer que a tanchagem é uma protetora geral .

Bronqui tes , amigda l i t es , f ar ing i t es , t r aque í t es , gr ipes ,

resfr iados e excesso de muco, tremei ! !

Também tem excelente ação desintoxicante das vias respi-ratórias dos fumantes. Isso porque a muci lagem presentena sua const i tuição protege as mucosas, impedindo a at i -vidade de substâncias irr i tantes e diminuindo o processoinf lamatór io. Auxi l ia na expectoração, destrói microrga-nismos e est imula a epitel ização. Resumindo, a tanchagem

é um equi l ibrador natural dos tecidos. Previne infecçõesde natureza aérea e mantém l impas as mucosas e a l infa.

A associação com sabugueiro (Sambuccus nigra), bérberis

(.Berberis vulgaris) e eu frásia ( Euphras ia o f f i c ina l i s) poten-

cial iza seu efeito expectorante.

Em relação ao intest ino, suas folhas têm ação antidiarréica

por diminuir a i r r i tação da mucosa intest inal . As semen-tes são laxat ivas , pois absorvem grande quant idade deágua, est imulando o per ista l t i smo quando ut i l izadas jun-to com as folhas e ingeridas com o chá.

C H Á 1 colher (sopa) da folha seca ou 1 a 3 folhas fres-cas para 1 l i tro de água fervente, em bule de louça ouesmal te . Aguardar 15 minutos. Tomar morno ou quen-

te, três a quatro vezes ao dia.GO TA S O uso da t intura-m ãe é út i l e prát ico: 10 a 30

gotas em água, três a quatro vezes ao dia.

GA RG AR EJO S Preparar infusão com 2 colheres (sopa)

das folhas f rescas em 1 xícara de água fervente. Coar ,

amornar e gargarejar três vezes por dia. Lavar também o

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nariz com o chá, usando conta-gotas ou o neti ind iano.

S U M O Deve ser usada a planta toda, socada e esprem i-

da num coador ou numa gaze , em caso de problemascatarrais crônicos, d istúrbios gastrointest inais e vermes.

Dose: 1 colher de sopa di luída em água, ou misturada

com mel, três vezes ao dia, antes das refeições.

U N G Ü EN T O Para hemorró idas : f erver 50 g da fo lhaem 50 ml em óleo de coco ou amêndoas, durante 15minutos, e guardar em vidro.

PARA Q UE D A DE RE SISTÊ NC IA Associar 2 co lhe-

res (sopa) de tanchag em com m edida igual de tomi lho

(Thymus vulgaris) e 4 a 6 frutos de acerola. Ferver tudo

por 5 minutos, deixar descansar e tomar 1 xícara do chá

antes das refeições, morno. Ou fazer o chá só das folhas,

depois bater no l iqüidif icador com as frutas frescas, para

tomar também antes das refeições, sempre morninho.

ÔFRESCA (MAS A SPEARMINT É QUENTE)

HORTELÃ (Mentha piperita, sylvestris,arvensis, crispa, virides, pulegium e outrasj

De todas as folhinhas verdes aromát icas , a hortelã , oumenta, parece ser a mais popular . Seu especial íssimo sa-

bor refrescante é faci lmente acei to em qualquer t ipo de

fórmula, se ja na cozinha ou na farmácia , no chá ou na

pasta de dente, no chiclete e no tempero do quibe, no

perfume e até no cigarro.

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Existem pelo menos 25 espécies de menta que se podeusar para refrescar, ativar o fluxo de Chi, estimular os nervose o cérebro. Umas são mais picantes, outras mais geladas,outras mais doces. O que orienta a escolha é a disponibi-l idade no local em que se está. No inter ior do Brasi l écomum exist irem na horta o levante (Mentha sylvestris) e opoejo (Mentha pulegium). Nos EUA existe a spearmint

(Mentha spicata), a única cuja natureza é quente.

Em Pernambuco, a Universidade Federal desenvolveu um

eficiente antiprotozoário (Giamebil, contra giárdias, am ebase ou tros,) à base de Mentha crispa. Contra esquistossomose,

a medicina caseira tem resultados muito bons usando hor-

telã-pimenta (aquela da folha grande e grossa) bat ida com

água , em je jum.

Geralmente as diarréias e disenter ias melhoram com chá

de hortelã . E uma folhinha depurat iva, ant iespasmódica,

e l imina gases , a juda o movimento d igest ivo - e , paranossa grande alegr ia , também é sudor í f ica , ant igr ipal e

expectorante, por isso entrou aqui .

Não deve ser usada se a ví t ima est iver sent indo muito

fr io, devido a sua ação refrescante.

C H Á 1 colher (sopa) de hortelã seca ou fresca, 50 0 m l

de água fervente. Deixar em infusão durante 10 minu-

tos e tomar várias vezes ao dia.

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NEUTRO

BANCHA (Camélia sinensis)

Este é o nome dado às folhas que f icam na árvore por trêsanos , enquanto as mais jovens são co lh idas e fermentadas

para a produção de chá verde e chá preto . O ba nchá com -

bate a acidez e é ótimo para a digestão, por isso tornou-se

o quer id inho da macrob ió t ica .

As folhas são usadas junto com suas hastes. Geralmente já

vem tudo torrado, em marcas boas como a Vitao. Cuidado

com o chá verde torrado que leva na embalagem o nomebanchá: não faz o mesmo efeito e é muito estimulante. Pro-

cure a referência "folhas de três anos".

Ferver 1 co lher (sopa) de banchá em 500 mi de água du-

rante 5 a 10 minutos .

Para um chá com menos tan ino, que torna o sabor mais

amargo, ferver icar 2 minutos e de ixar em infusão .

B A N C H Á , U M E B O S H I E / O U S H O Y U

Ao pr imeiro s ina l de indispos ição , cansaço anormal , dor

de cabeça ou qualquer outro mal-estar , a v í t ima pode to-

mar uma x íca ra de banchá bem quente com uma co lher

(chá ) de shoyu e um a umebosh i desm anchada .SHOYU é molho de so ja sa lgada e fe rmentada . Procure

uma marca que não leve açúcar , conservantes e g lutamato

de sódio (MSG) e se ja de fermentação natura l .

Ume é uma frut inha da famíl ia do pêssego que , a inda ver-

de , é co locada para fermentar com 15 a 20% de sa l . Um

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ano e meio depois , v i ra remédio: equi l ibra a acidez do

o r g a n i s m o , d e s i n t o x i c a , é a n t i b a c t e r i a n a , a n t i v i r a l ,

ant ioxidante, desinfetante. Boshi s igni f ica conserva.

U m a desintoxicação pode ser obt ida toma ndo banc há co mum ebo shi à noite e ao acordar por 3 dias seg uido s.O sho yuaumenta o efei to a lcal inizante da mistura. Não havendoumeboshi , tomar o banchá só com shoyu.

B A N C H Á , U M E B O S H I , M E L E A L H O

Este chá provoca uma l impeza de pulmões e intest inos,

incluindo uma descarga intest inal que dá grande al ív io.

1/2 cane ca de ban chá bem q uen te , 1 am eixa sa lgad a

umeboshi amassada no banchá, 1 colher (sopa) de caldo

de umeboshi , se houver, e 1 colher (sopa) de mel . Tomar

com uma cápsula de óleo de alho e repet ir tudo depois de

meia hora, se não houver descarga.

FRESCA / MORNA

RAIZ-DE-LOTUS (Nelumbrium nuciferum)

Dissolve o muco acumulado no organismo, especia lmen-

te nas vias respiratórias, de forma muito rápida.

Sua natureza é fresca se ela est iver crua e morna quando

cozida.

Diz-se "raiz", mas na verdade é uma espécie de cápsula de

onde sai a f lor-de- lótus. Por fora parece uma banana bege,

por dentro oito túneis a percorrem de alto a baixo. Deve

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ser cortada em fat ias diagona is, se for fresca. A seca já vemcortad a. Tanto faz usar fresca ou seca.

C H Á 6 fat ias de raiz-de- lótus, 50 0 ml de águ a. Ferver emfogo baixo e panela tampada durante 20 minutos. Juntar

1 colher (chá) de molho de soja e ferver mais 10 minutos.

Tomar quente ao longo do dia , excluindo qualquer outra

bebida, até melhorar .

SUMO da raiz fresca, com mel , aplaca a sede nas febres.

EMPLASTRO da ra iz f resca, ra lada, resolve s inusi tes .

NEUTRO E HARMONIZADOR

ALCAÇUZ (Glycyrrhiza glabra)

O alcaçuz é um arbusto da fam í l ia das legum inosas qu e d á

f lores azuis ou violeta, mas sua parte medicinal é a raizamarelada, que tem um sabor doce meio misturado com

amargo e acre — Glycyrrhiza vem do grego e quer dizer

"raiz doce". Nasce no Oriente e no Me di terrâneo, m as é

faci lmente cul t ivada pelo mundo intei ro.

Contém v i t amina E, complexo B, lecit ina, man ganês e ou-

tros elementos-traço. Seu sabor doce a tornou ingrediente

comum em bal inhas, chicletes e até cigarros. Mascar raizde a lcaçuz dá um gost inho doce na boca e a juda quer pa-

rar de fumar.

Tem fama de fortalecer o corpo em períodos de stress. É

ant iv i r a l , ant i inf l amatór i a , l evemente l axante e a tenua

as dores de artr i te e gastr i te. Trata fer idas e furúnculos.

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Harmoniza o f ígado e portanto ajuda a desintoxicar . Érefrescante. Est imula as células imunológicas, a circulaçãoe a digestão. Mas entrou aqui porque, além disso, al ivia a

dor, baixa a febre, clareia a voz, umedece pulmões secos,abranda tosses e dor de garganta; resolve gr ipes, bronqui-tes e resfr iados, atuando incisivamente sobre o muco.

A raiz seca é ven dida em pedaços ou lasquinhas, tam bém

em forma de extrato ou concentrado. Pode ser preparada

em t intu ra a lcoól ica ou chá. Na Europa é co m um em pas-

t i lhas, jujubas e bastõezinhos para chupar.

Contra- indicada para quem sofre de hipertensão, diabe-

tes, cirrose e outros distúrbios hepáticos graves, ou toma

diurét icos . Se hou ver edem a depois de usar alcaçuz, n ão se

deve insistir .

C H Á 1 colher (sopa) da raiz em 5 00 ml de águ a. Ferver

durante 15 minutos .

C O M GE NG IBRE Ferver partes iguais de ra iz de a lcaçuze gengibre para uma rápida e l iminação de muco.

M O R N O

FUNCHO, sementes (Foeniculum vulgare)

Nã o co nfundir com erva-doce (Pimpinella anisum), que tem a

semente menorzinha e, como o funcho , é digestiva, boa c on tra

cól icas, gases, enjôo, insónia, aumenta o lei te das mães,

faci l i ta trabalhos intelectuais — um sucesso.

As grossas folhas do funcho são del iciosas em salada.

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M as as sementes de funch o têm part ic ipação espec ia l no

show de gripes e resfriados porque aquecem o corpo, espe-

c ia lmente pulm ões e r ins , enquanto harm onizam as funções

digest ivas e ur inár ias . Seu sabor p icante promove a c ircu-

lação de energ ia e aumenta a taxa metaból ica .

C H Á 1 co lher (chá) de sementes de funch o, 500 ml de

água. Ferver durante 15 minutos, tomar 3 vezes ao dia .

% A ;

LINHAÇA (Linum usitatissimum)

É a fonte mais r ica em ác idos graxos ôm ega-3 , recurso va-

l io so para aumentar a imun idade , inc lus ive em quadros

de doença degenerat iva . Suas f ibras muci lag inosas a judam

a mover os intestinos e a e l im inar colesterol e tr ig l icerídeo s.

A muci lagem é a substânc ia espessa que se forma quandoas sementes f icam de molho.

As sementes podem ser moídas na hora , em moedor de

café , para adic ionar à comida ou bebida ; também podem

ser bem m ast igadas , ou bat idas no l iqü i dif ic ad or com ág ua

e l imão, após f icarem uma noite de molho.

C H Á Co ntr a prisão de ventre : 1 co lher (sopa) em 1 x ícarade água , ferver por 10 minutos , tomar o l íqu ido e mast i -

gar bem as sementes, ou espremê-las e não comer. Ajuda a

curar i r r i tação e inf lamação intest ina l , bem como úlceras

de estômago e duodeno.

Óleo de l inhaça prensada a fr io , ao natura l ou em cápsu-

las , a juda a reduzir os espasmos da asma.

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M O R N O

FENO-GREGO ( Trigone l la foenograecum)

Este é um dos temperos mais ant igos da hu m anid ad e, quevocê só vai encontrar nas boas lojas de especiar ias. Sãosementes semelhantes a pequenos fe i jões angulosos, ama-relos e perfumados.

O feno-grego harm oniza e abran da a energia , d esintoxica,

é digest ivo, reforça a im un ida de e o sistema nervoso, reju-

venesce, acelera o metabol ismo. Além de ser ef iciente no

tratamento de distúrbios digest ivos e respiratórios, o usofreqü ente reduz o colesterol e a glicose do sangue. T am bé m

dá um bom broto. Grávidas devem evitar .

C H Á 2 colheres (chá) de feno-grego, 50 0 ml de água.

Ferver durante 15 minutos e tomar morno.

GA RG AR EJO Para resfr iado e inf lama ção na gargan ta: 2

colheres (chá) de sementes feno-grego, 1 xícara de água.Ferver até reduzir à metade e usar ainda quente.

CH Á AN T1M UCO D O PAUL PITCHFORD ,em Healing with whole foods

. 1 colher (chá) de sementes de feno-grego

(Trigonella foenograecum). 1 colher (chá) de sementes de funcho

(Foeniculum vulgare)

. 1 colher (chá) de sementes de l inhaça

(Linum usitatissimum)

. 1 colher (chá) de raiz de alcaçu z (Glycyrrhiza glabra)

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. 1 colher (sopa) d e folhas de urt ig a (Urtica urens)

. 500 ml água

Ferver durante 15 minutos o funcho, a l inhaça, o feno-grego e o alcaçuz; apaga r o fogo, colocar as folhas de urt ig a

e abafar .

Este chá aquece o corpo e dissolve o muco. Tomar meiaxícara 2 a 4 vezes ao dia, de estômago vazio, 10 minutosantes de comer.

Para quem produz muco em excesso: tomar durante quatrosemanas, no ou tono, nas mesm as doses acima, subst i tui o

muco patológico ao longo das mucosas por um muco be-

néfico, renovando todo o trato gastrointest inal .

Para condições crônicas de muco o chá é usado por perío-dos de tempo mais longos. Também é uma mistura muitonutr i t iva durante os je juns.

MO R N O / Q U E N T E

GENGIBRE (Zingiber officinale)

Nã o pode fa l tar na cozinha com o tempero, nem na farm á-

cia com o reméd io de inúm eros males, esse r izoma cha m ado

gengibre. Quando está fresco tem a natureza morna, seco

tem natureza quente.

Mas fresco ou seco, ralado ou em pó, cru ou cozido, o

gengibre faz diferença na vida. Primeiro porque seus efei-

tos sobre a digestão são decisivos para a alegria de comer.

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E também dão a l ív io aos nauseados , se jam gráv idas , v ia-

jantes do mar ou pac ientes de quimioterap ia . Gengibre

at iva a c ircu lação do sangue , aquece o inter ior do corpo,

faz suar, desintoxica, melhora a absorção de nutrientes.

Suas virtud es no tratam ento de questões respiratórias se de-

vem ao sabor picante. Basta mascar um pedaço de gengibre

no início de um resfriado para não ter mais resfriado. É

anti-séptico bucal , ótimo contra dor de garganta.

C H Á 1 co lher (chá) de gengibre fresco , ra lado, ou em pó,

500 ml de água, banchá ou chá de alcaçuz pronto. Ferverpor 5 minutos, coar e tomar 3 vezes por dia

C H Á D O D R . A N D R E W W E I L p a r a p e i t o e c a b e ç a

congest ionados , mal-estar e ca lafr ios

Ralar um pedaço de gengibre de 2 a 3 cm, levar ao fogo

com 2 xícaras de água fr ia , deixar ferver durante 5minutos em fogo baixo. Juntar 1/2 colher de chá de

pimenta ca iena (ch i l i , pápr ica p icante) e coz inhar mais 1

minuto . Remover do fogo, juntar 2 co lheres (sopa) de

suco fresco de l imão, mel a gosto, 1 ou 2 dentes de alho

socado. Tomar morno.

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M O R N A

CÚRCUMA (Aça f r ão -da - t e r r a , a ça f roa )

(Curcuma longa)Temperar é preciso, comer não é preciso. Al imentos po-

dem encher a barr iga, mas o que lhes dá mais a lcance,

profundidade e t ranscendência são as especiar ias .

A cúrcuma, que os ingleses chamam de turmeric e os ind i-anos de haridra, é um desses temperos com os quais a vidame lhora m uito. E seu valor m edicin al é tão grande q ue faz

toda comida vi rar remédio.

N a feira você vai encontrá- la em fo rm a de um pó a laranjadoque realça o sabor da com ida e dá cor a qu alqu er co isa, docurry ind iano à roupa dos mon ges. E boa para a pele , b ai -xa o colesterol , protege o f ígad o, atua c ontra o câncer, trataa a r t r i t e , a j ud a a d i g e s t ão d a s p r o t e í n a s , p r om ovea absorção e regu la o metabol i smo, a l ém de ser ant i -

inf l amatór i a , ant imicrobiana , ant iox idante , depurat iva ,des in tox i can t e , ca lm ante e p ro t e tor a do s i s t ema ca r -diovascular . Chega? Não: fa l tou dizer que a juda a formaro muco protetor do estômago e é muito út i l em gr ipes,resfr iados e dor de garganta.

Seu ap elido "açafrão-da-terra" se deve à semelhança da co r da

cúrcuma com a dos caríssimos estigmas da flor de açafrão,

Crocus sativus, que dão um inigualável aroma e a me sma cor

amarela aos pratos com eles preparados na Espanha, na ín-

dia, no Irã. Cento e cinqüenta mil flores são necessárias para

produzir um qui lo de est igmas de açafrão — minúsculos

filamentos que, dentro da flor, recolhem o pólen.

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Já a cúrcuma é i rmã do gengibre : fora da terra dá fo lha e

flor, dentro guarda em segredo uns dedinhos tortos, mar-

rom-alaran jados , que se pode usar frescos no inverno,

quando são colhidos, para depois cozinhar no vapor, secare moer os que sobrarem. Frescos: ra lar , espremer, juntar o

caldo no tempero do camarão, do peixe, do frango, do

arroz ou dos legumes na hora de refogar. Em pó: guardar

num vidro , misturar com outros temperos como fazem na

índia , usar um pouquinho em tudo o que for coz inhar —

1/4 a 1/2 colher (chá) por dia no total . Combina bem

com geng ibre , ca rdam omo , semente de coentro . M is tura -do a gorduras , a absorção aumenta .

C H Á Para gripe ou resfriado persistentes: 1 colher (c há)

de cúrcuma em pó, 500 ml de água fervendo. Deixar em

infusão durante 10 minutos . Tomar 3 vezes ao dia com

um pouqu inho de me l .

M O R N O

ALHO (Allium sativum)

É um exce lente ant ib iót ico e ant i -sépt ico natu ra l . A quec e ,

Os destemidos comem dois dentes de a lho crus , p icadi-

nhos , misturados à comida ou num sanduíche , ass im que

percebem os pr imeiros s intomas.

Os mais va lentes a ind a pegam m eio dente de a lho co rtado

ao comprido e co locam na boca , entre a bochecha e os

por isso não é bom em condições que já são secas e quen-

tes, com catarro grosso e sensação de calor.

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dentes , mantendo-o a l i por meia hora . Repetem a cada 3

horas , mexendo de vez em quando para não queimar a

mucosa . Se o contato est iver muito forte , usam um dente

inte iro ou untam a mucosa com aze i te .

Os que superam tudo co locam um suposi tór io de a lho : o

dente, arredondado e banhado em azeite , sobe pelo reto e

chega ao intestino grosso, onde f ica desafiando os pobres

germes incautos do organismo inte iro . Em poucos minu-

tos exalam o cheiro do alho, espantan do tam bém vam piros,

mau-olhado, amantes e v iz inhos chatos .

Os mais discretos preferem cápsulas de óleo de alho.

Os que dão valor ao paladar preferem alho em conserva.

C H Á 1 colher (chá) de alho fresco picado ou socado, 50 0

ml água fervente . Tampar , de ixar em infusão 15 minutos ,

tomar e ir direto para baixo das cobertas.

CO NSE RV A N O SH O YU Descasque o s den te s de a lho ,co loque num vidro , cubra com shoyu e guarde na ge lade i-

ra . Em uma semana já dá para comer.

CO NSE RV A N O MIS SO Encha me tade de um vid ro

com essa pasta de so ja sa lgada e ferm entad a e vá enf ia nd o

nela os dentes de alho descascados. D eixe na gelad eira um a

semana ou mais antes de começar a comer.

CO N SER VA N O M EL Encha 1/3 de um v idro com den -tes de alho, descascados ou não, complete com mel, deixe

em lugar escuro por 30 dias. Use às colheradas contra gri-

pes e resfr iados e coma o a lho como quiser , inc lus ive

picadinho no molho da sa lada .

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CO NS ER VA NO AZEITE Descasque e soque levemente

cientes de alho suficientes para encher a metade de uma

garrafa e complete com azeite de ol iva extravirgem. Pode

acrescentar galhinhos de tomi lho ou alecr im para aumen-t a r a s p ropr i edades e da r ma i s s abor . Susana Ayres

recomenda usar 1 colher (sopa) duas vezes ao dia.

T IN T U R A DE A LH O Encha 1/3 de um v idro escuro

com dentes de alho, descascados ou não, e complete com

álcool de cereais ou qualquer bebida dest i lada (cachaça,

conhaque, rum) . Usar 30 gotas em um copo d 'água t rês

vezes ao dia. Se não tiver um vidro escuro, pode fazer em

vidro claro e embrulhar em papel pardo ou grosso.

Mais sobre a lho em wivw.correcotia.com/vermes/alho, bem

como no Almanaque de Bichos que dão em Gente.

0

De colher

ME L DE C Ú R C U M A Para dor de ga rgan t a : 1 co lher

(chá) de mel , 1/3 de cúrcuma; misturar e saborear bem

devagar inho, de modo que a mistura f ique bastante tem-po em contato com a garganta. Repetir a cada 2 horas, até

a inf lamação ceder .

X A R O P E D E C E B O L A O U A B A C A X I C O M M E L

Indicado até para bebezinhos: corte uma cebola em rode-

las ou 3 fat ias de abacaxi , cubra com mel , deixe descansar

de 12 a 24 horas e dê colheradinhas para soltar o catarro.

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M EL C O M A GR IÃO Ferver um maço de agr ião em fogo

baixo durante 15 minutos em água suf ic iente só para co-

brir . Coar e espremer, juntar o caldo com 500 ml de mel e

tomar às colheradas.

M E L C O M P O S T O D A C A R L A SA B O Y A E la j u n t a 4 0 0

ml de mel com t intura-mãe de guaco, euca l ipto e própol is

(30 ml de cada): mistura bem e dá às colheradas, várias

vezes por dia , especialmente quando a garganta está arra-

nhando .

eCápsulas & comprimidos

YIN CHIÃO SAN (Yin qiao)Esta é uma fórmula ch inesa muito ef ic iente no in íc io de

gr ipes , resfriados e desconf ianças de que a im un ida de ca iu .

Prática para usar em viagens, quando não se sabe com o

que se pode contar em caso de necessidade. Tomar confor-

me a bula. Encontra-se em lojas chinesas.

OSCILLGCOCCINUM (Anos barbariaehepatis et cordis extractum 200 cK)

Este é outro auxíl io luxuoso em viagens. Embora seja fór-

mula homeopática, trata-se de produto atípico, dinamizado

pelo método Korsakov em vez do Hahnemann, e não é

qualquer farmácia homeopát ica que prepara .

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A substânc ia-mãe t ambém é incomum: coração e f í gado

de patos selvagens, num a potênc ia de 2Q0C. Vem da idéia

de um médico, dr . Joseph Roy, de que a origem da gripe

humana ser ia uma bactér ia , oscillococcinum, t ípica dos pa-tos selvagens.

Compra-se a caixinha com 3 ou mais doses, em mimosos

frasquinhos individuais , em farmácias comuns da Europa

e dos EUA . Tom ar aos pr imeiros s intomas.

LACTOBACILOS ACIDÓFILOSA harmonia no ambiente intest inal depende em grandepar t e de bac t é r i a s que t r aba lham a nosso f avor . Oslactobacilos são assim — controlam o crescimento de bac-tér ias e fungos indesejáveis.

Coalhada, iogurte e todos os quei jos frescos têm lacto-

baci los, bem como as conservas de vegetais em salmouracomo chucrute, pepino, azeitonas. Mas só os lactobaci los

acidophilus, bifidus e bidgaricus podem colonizar os intes-

tinos, isto é, instalar-se de modo curativo e preventivo. Os

outros precisam ser repostos diariamente.

Como esses superstars são dif íceis de obter pela comida,

pode ser necessár io consumi- los em cápsulas que conte-

nham no mín imo 2 b i l hões de l ac tobac i l os v i vos nomomento da embalagem. Procure em farmácias de produ-

tos importados.

0

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E as alergias?

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Elas podem ser de fundo emocional . Podem estar relacio-

nad as com parasitoses. Pod em vir do stress. Podem até ser

de famí l ia . Todas se aquietam e deixam a ví t ima em paz

com a dieta do dr. Raul Barcel los, médico carioca falecido

em 2004 .

Ela foi testada e aprovada por quase 50 anos e não tem

contra- indicações. Trata todas as alergias, é surpreenden-

temen te ef icaz para asma e dá resul tado com m uitos t ipos

de câncer, que geralm ente estacionam e regr idem. O texto

integral está no l ivro A dieta do dr. Barcellos contra o câncer(e todas as alergias), mas a dieta está toda aqui . Seu objet i-

vo é t irar da c i rculação san guíne a as proteínas q ue pod em

al ime ntar tum ores e causar reações a lérgicas e inf lam ató -

rias.

Não pode. lei te, quei jo, coalhada, requei jão e qualquer outro lat icí-

nio, exceto manteiga fresca; receitas que levam leite

. fei jão de qualquer t ipo, inclusive vagem, ervi lha fresca

ou seca, lent i lha, grão-de-bico, soja & derivados (tofu,

misso, shoyu, tempê, natto, lei te de soja, etc. )

. tubércu los : bata ta- ing lesa , bata ta-doce , bata ta-baroa

(mandioquinha) , cará , inhame, a ip im/mandioca ( e suafar inha)

. carnes de porco, lagosta, camarão

. aveia, abacate, castanha portuguesa

. v i tamina C s intét ica

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M as o dr. Barcellos proíbe tudo !O que é que eu vou comer?CEREAIS Arroz , t r igo , mi lho , cevada , cente io , pa inço

RAÍZE S Bardana, cenoura, nabo branco, rabanete comprido

BU LB O S Ceb ola, a lho, funcho (erva-do ce), a ipo (salsão),

a lho-poró, nabo, rabanete, beterraba, couve-rábano

FR U TO S Ch uch u , abóbora, abobr inha verde, qu iabo ,

maxixe , j i ló , pepino, tomate , p imentão , ber in je la

FOLHAS Acelga , couve , ch icór ia , mostarda , agr ião , a l fa-

ce, escarola, rúcula, catalona, espinafre, bertalha, repolho,

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couve-de-bruxelas, serralha, dente-de-leão, folhas de ce-

noura e nabo , de couve- f lo r , b róco l i s , s a l sa , coentro ,

cebolinha, manjericão, nirá e todas as outrasFLORES Brócol is , couve-f lor , a lcachofra

SEMENTES GERMINADAS Tr igo , g i r a s so l , g e rge l im

B R O T O S Tod os, exceto de legum inosas ( fe ijões)

CAU LES E M ED UL A S Aspa rgo , p a lm i to , b am bu

R IZ O M A S Geng ibre , cúrcum a , ra iz -de - ló tus

FU N G O S Cogu melos , levedo de ce rve ja ou d ie té tico

OL EA GIN OSA S Semen tes de gerge lim, g ira sso l, abóbo-

ra, nozes, am ênd oas, casta nha d.e caju, cast anh a-d o-p ará

FRUTAS Todas , exceto abacate

PR O D U T O S AN IMA IS Ca rne s de v aca , c a rne iro , cab r i-

to, aves, ovos, peixes, ovas, mel e pólen de abelhasDeu para matar a fome?

E tem m ais sobre a asm a:Para a Medic ina Tradic ional Chinesa , cada t ipo de asma

pede um tratamen to espec íf ico , mas todos respondem bem

às seguintes at itudes:

. fazer exercícios de respiração profunda

. ter at iv idade diária ao ar l ivre

. tomar banhos quentes per iódicos seguidos por ráp idas

duchas fr ias que esfriem só a superfíc ie do corpo

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. evitar fumaça, poeira e exposição ao fr io

. forçar o vômito para sair da cr ise.

Se não fizer a dieta do dr. Barcellos:. prefer ir com binações a l imentares s imples , não m isturan -

do carboidratos (cereais, pães, massas, feijões, batatas) com

proteínas animais (carne, quei jo, ovos, frango, peixe) na

mesma refeição, para ter uma digestão mais leve

. frutas, só no intervalo das refeições

. sorvete, lei te de vaca e lat icínios dev em ser evitados, ma sleite de cabra cru, não pasteurizado, pode ser bem aceitoem quant idades moderadas, f resco ou fermentado

. coma bastante clorofi la e vitamina A, para proteger o

pulmão e favorecer a regeneração celular . Especialmente

bons: spirul ina e microalgas verde-azuis, folhas verdes em

geral e de m ostarda em part icular , abóbo ra, ceno ura, da-

mascos secos

. as contrações e espasmos que costumam acompanhar a

asma podem diminuir muito com o uso regular de semen-

tes de l inhaça, cuja muci lagem melhora a qual idade do

muco .

. açúcar, chocolates e doces em geral , bem como carboi-

dratos concentrados em forma de pão, macarrão, arroz e

batatas , quando consumidos em excesso podem produzir

quadros de hipogl icemia, que favorecem a asma.

O médico norte-amer icano Fred Pescatore, autor de The

Allergy and Asthma Cure, resume a si tuação da seguinte

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m ane ira : "Se o objetivo de qu alque r t ratame nto para a ler -

gias e asma é reduzir a inf lamação, então a inf lamação

precisa ser reduzida ond e quer que este ja . Já qu e com em os

no m íni m o três vezes por dia, esta é um a possível fonte de

inf lam ação q ue precisa ser ver i f icad a."

A ver i f icação é a seguinte: reduzir a zero o consumo de

lat icínios, pão, macarrão, arroz, batatas e doces, que são

al imentos pró - inf lamatór ios, e de gorduras que não sejam

puras e de baixo teor de acidez, como azeite extravirgern

de ol iva e óleo virgem de coco.Jack Chal l em, em The Inflamm ation Syndrome, enfat iza a

importância de consumir apenas a l imentos f rescos para

combater inf lamações, numa dieta muito s imples : peixe

fresco ou co ngelado , carnes magras, ervas e especiar ias para

tempero, mo ntes de vegetais crus e cozidos e a lgum as f ru -

tas. Em dois dias os efeitos já se fazem sentir.

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f r/

as crianças?

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Mãe de uma moça e de umm enino , e há m ais de 20 anos

ensinando cul inária e tratamentosnaturais, a carioca Carla Saboyadá dicas preciosas aqui:. cr ianças que f icam resfr iadas ou gripadas com freqüên-

cia, ou são alérgicas, precisam de natação e banh o fr io para

aumentar a capacidade respiratór ia e a imunidade

. devem ser protegidas do vento. Ela diz que o fr io contrai

ma s não provoca gr ipes e resfr iados, e o vento s im, prin ci-

palmente em si tuações de praia , com muito sol

. em cl ima úmido, nebul ização não resolve e pode piorar o

quadro; é melhor queimar folhas secas de capim- l imão

(Cymbopogum citratus) pela casa, à noite, com as cr ianças

dormindo, para que possam respirar um pouco dessa fu-

maça benéfica. As janelas f icam fechadas e os armários

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abertos . Seco , o cap im -l im ão (cap im -santo , cap im -c idrão ,

cap im-c idre ira ) é vendido em saquinhos nas lo jas de pro-

dutos natura is , e a que ima pode ser fe i ta em tur íbulo ou

lat inh a com a lguns pedaços de carvão em brasa dentro , ou

até numa frigideira que volta várias vezes ao fogo

. para e l iminar fontes de a lerg ia , também é út i l passar

Lysoform no chão e nos armários

. para baixar a febre, dar sum o de ma çã com sal (ralar d uas

maçãs , espremer numa fra ldinha , amornar , co locar uma

pitadinha de sa l ) . Se houver diarré ia , dar quantas vezes a

criança quiser. Se não, dar uma vez só. nunca dar banho à noite

. CHÁ de araruta com shoyu e/ou gengibre para normal i -

zar a umidade em gripes e resfriados: di luir 1 colher de

sobremesa de polv i lho de araruta em 300 ml de água e

levar ao fogo, em panela de inox ou esmalte , m exendo sem -

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pre para não encaroçar . Fica um m inga uzin ho ra lo . Q ua n-

do ferver , acrescentar o shoyu, de ixar mais um minuto e

apagar o fogo. O gengibre deve ser ralado e espremido, e

pode-se dar até 6 got inh as de gengibre em 100 m l de chá .O shoyu também va i em got inhas , na mesma medida .

. sum o de ra iz-de- lótus fresca qua nd o há mu ita congestão :

r a l a r , e s p r e m e r n u m p a n i n h o , a m o r n a r , j u n t a r u m a

pitadinha de sal , dar até 4 vezes ao dia , 2 ou 3 colheradas

(sopa) de cada vez

. mel (1 v idro de 400 ml) e t in turas de guaco, euca l ipto eprópol is (em v idros de 30 ml) : misturar tudo e dar às co-

lheradas , vár ias vezes por dia , espec ia lmente quando a

garganta est iver arranhando

. para garganta inf lamada: catap lasma de tofu no pescoço,

dentro de uma fra lda . Também pode ser de repolho ou

couve crus , p icadinhos , sempre dentro da fra lda . Car la

Saboya explica que não se coloca esse cataplasma na testaou na nu ca porque pode fazer a febre ba ixar m uito ráp ido ,

com possíveis efeitos colaterais (na nuca pior do que na

testa)

. escalda-pés pode ser ótimo mas deve ser feito dentro do

quarto , para a cr iança não f icar andando depois . Começa

com a água muito quente e va i de ixando até chegar na

temperatura corporal . Não fazer se houver febre alta

. quando há muito mal-estar e corpo doído, fazer fr icção

de chá de gengibre com uma toalhinha - t ira a tensão e a

morrinha da pele . Para fazer o chá: uma colher (sopa) de

gengibre ra lado em 500 ml de água . Embrulhar o gengi-

bre numa trouxinha de pano, amarrar , co locar dentro da

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água fervente e apagar o fogo, deixando em infusão por 15

minutos. Molhar al i a toalhinha, torcer e ir passando no

corpo, friccionando até a pele ficar vermelha

. se houver sinusite, fazer aplicação de moxa em bastão naregião dolorida. Moxa é um algodãozinho feito de folhasde ar tem ísia e usado para queimar jun to à pele , g eralme n-te em pontos de acup un tura. Bastões de mo xa são vendido sem lojas japonesas ou chinesas

. usar lenço de pano para assoar o nariz, não de papel. O

papel deixa f iapinhos que vão entrando e grudando nasmucosas, especialmente quando se tenta secar as narinas

por dentro com lenço de papel f ino ou, pior ainda, papel

higiênico. Além do transtorno f ísico, o papel é fei to com

substâncias que irritam ainda mais as mucosas. Para assoar

nariz de cr iança, Carla Saboya acha ideal fazer lenços de

camiseta de malha velha, macia

. para dor de ouvido: se for depo is de m uit a brinc ade ira depraia ou piscina, tem ch ance de ser águ a que entro u, talvez

com um grãozinho de areia. Pode-se usar um conta-gotas

para inst i lar álcool l íquido no ouvido que dói , deitando

depois a cr iança de lado sobre esse mesmo ouvido, para

fazer a água sair. Em outros casos, pingar duas ou três go-

t inhas de azeite de ol iva ou óleo de gergel im aquecidos.

Não passando, os médicos costum am receitar um ant ib ió-

t ico de apl icação local .

As dicas são para crianças — considerando que todo adulto,

quando f ica doent inho, é uma cr iança.

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Olho vivo

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Açúcar

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim, que rodos nóstemos uma tendência a comer açúcar que be ira o v íc io e é

péss ima para a imun idade . Açúcar dema is rouba v i tami-

na s e s a i s m ine ra i s impor t an te s como B12 e c á l c io ,

enfraquece os tecidos e o sangue, gera acidez estomacal ,

mau hál ito, má digestão, má el iminação. Esgota o pâncreas,

estraga os dentes e os ossos, faz subir a taxa de colesterol.

Dá ansiedade e depressão. Todas as doenças graves, bemcomo gripes e a lergias, podem ser l igadas ao consu-

mo excess ivo de açúcar : e le aumenta o muco que

j al im en ta fung os e outros bichos nas m ucosas do cor-

< po todo. Pouco é reméd io , m uito é veneno.

Leite, queijos & Cia.A r iqueza e doci l idade de vacas , cabras , ove lhas ,

camelas , jumentas e outras quadrúpedes le i te i ras a juda-

ram muito a humanidade a chegar onde está . Cr ianças ,

idosos e doentes puderam se al imentar de le ite , coalhada,

iogurte, kefir. Queijos frescos, curados ou cozidos garanti-

ram o sustento em longas travessias, fornecendo proteínas

que de outro modo seria impossível obter. Em troca, oshumanos a judavam os an imais a se l ivrarem de bernes ,

bicheiras, carrapatos. Davam-lhes pasto, forneciam abrigo

e os defendiam dos animais selvagens. Ótimo acordo: uma

boa vaca dava d ez, doze litros de leite por d ia.

No século 20 tudo mudou. Estabe leceu-se a pasteur iza-

ção , método que ao ferver e esfr iar rap idamente o le i te

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garante sua conservação por mais tempo. Com isso foipossível construir uma poderosa indústr ia de produtos lác-

teos que investe continu am ente em pesquisas para m elhorara durabi l idade e os atrat ivos de seus produtos.

Só que não se trata mais do lei te, dos quei jos e dos iogur-tes que a humanidade sempre consumiu. A pasteur izaçãom ata as enzimas que po ssibi li tam a ass imi lação de com po-nentes impo rtantes com o o cálcio. Destrói lactobaci los q uefaziam o controle natural de bactér ias como salmonella e

outros micróbios que possam infectar o lei te na seqüência.O calor acaba com vi taminas, reduz a disponibi l idade deminerais como magnésio, cloro, sódio, fósforo, potássio eenxofre, rancif ica as gorduras insaturadas e al tera aminoá-cidos fundamentais como l i s ina e t i rosina, d iminuindo oaporte protéico do lei te, e muito mais.

Bom , então hoje o le ite é um al imen to pobre? É. Ta m bém

um al imento sobre cuja segurança pai ram muitas dúvidas.

As ót ima s vacas lei teiras dão hoje 50 a 70 l i tros de lei te po rdia . São al imentadas com grãos como a soja e far inha deossos, em vez de pastarem c apim ve rdinho, e tom am ant i -biót icos regularmente porque vivem com inf lamação naste tas . Também recebem hormônios recombinantes queat ivam frenet icamente suas glândulas pi tui tár ias , fazendo

com que produzam mais e m ais le i te .

Também mais e mais pessoas têm reações alérgicas, inf la-m atórias e degen erat ivas devido a lei te e derivados, em bo raestes não sejam apontados como vi lões. Ao contrár io: aspessoas é que "são alérgicas". E vão tomar remédios paraficar menos sensíveis e conviverem com isso.

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Nenhum discurso pode subst i tu ir a prát ica . Se você tem

gr ipe s e r e s f r i ados f r eqüen te s , r in i t e , a sma , d i abe te ,

candidíase , dermat i tes , paras i tose crônica e qua lquer s in-toma esqu is i to , que leva a p rocurar mu i tos médicos e

tratamentos que não dão certo , exper imente t i rar le i te e

la t ic ín ios da sua a l imentação por uma semana. E uma re-

núncia dif íc i l ? E. Mas os resu l tados são muito ráp idos .

Ju lgue depois o que é melhor para você .

Farinhas & farináceosPão, macarrão, biscoitos, bolos, pastéis , empadas: tudo o

qu e é feito com farinh a, e qu e é tão gostoso, tem a te nd ên -

c ia de produzir inf lamação nos tec idos do corpo. Mesmo

sendo integra l , o que s ign if ica que tem mais nutr ientes e

fibras, é um al imento muito desvital izado.

Toda far inha fermenta com fac i l idade e produz ac idez . Se

houver açúcar , mel ou melado, p ior : fermenta mais e v ira

foco de bactérias , fun gos e outros bichos que o açúcar atrai .

Se juntar com gordura , então , f ica turb inada : um núcleo

pulsante de substânc ias a lergênicas e inf lamatór ias . A lgu ém

pensou num bisco it inho crocante?

O g lúten - prote ína de vár ios cerea is , pr inc ipa lmente tr i -go , cente io e cevada - é apontado como grande fator de

a lerg ias . Grudento , ag lut inador , tende a f icar mais tempo

no intest ino , grudando em outros produtos da digestão

ou nas paredes do trato digestivo. É apontádo como causa

da doença ce l íaca — um a condição in f lam atór ia do in tes ti -

n o de l g a do e m q u e a v í t i m a t e m m u i t o s p r o b l e m a s

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in test ina is . No p ior estág io , diarré ia constante e nenhuma

ass imi lação de nutr ientes .

Mesmo sem mostrar os s inais característ icos da sensibi l i-

dad e ao glúten (m á absorção, diarréia, dores ou desconfortos

abdominais ) , muitas pessoas podem ter dermat i tes , a l tera-

ções de comportamento , de humor e a té mesmo cr ises

nervosas por causa dele, isto é, do excesso de pães, biscoi-

tos, bolos e massas feitos com ele.

O forno em q ue assamos os b isco itos degrada m ais a ind a anatureza da far inha e da gordura . Nada menos fresco do

que um pão fresquinho. Recentemente se descobr iu o po-

t enc i a l a l t amen te tóx i co e c ance r í g eno de a c r i l am ida s

encontradas em pães, biscoitos e batatas fr itas .

Por que é tão gostoso se faz tão mal?

)G orduras J v \Gordura vege ta l , margar ina , ó leos parc ia lmente h idro-

genados, óleos de milho, girassol e soja , entre outros, são

os grandes prom otores da inf lam ação . E é o que a m aior ia

usa , em casa e nos restaurantes . É fundamenta l modif icar

o consumo de gorduras para des inf lamar o organismo.

Azeite de o l iva extrav irgem é gordura de a l ta qua l idade

que pode se r usada sem rece io , c rua ou l ige i ramente

aquec ida em refogados . Óleo de gerge l im, cru ou torrado,

tam bém é ót im o para refogar. Para coz inhar em a l tas te m -

peraturas, no forno ou em frituras ocasionais , óleo virgem

de coco ou dendê e mante iga de boa qual idade são mais

ind icados .

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A man te iga foi perseguida duran te muito tem po como cau-

sadora de problemas para o coração. Por trás disso estava a

indús t r i a querendo vender margar ina . Nunca se vendeu

tanta margar ina e nunca houve tanto problema de coração— e tanto câncer, que de lá para cá só cresceu.

FrutasElas são r icas em v itaminas fundamenta is para os tec idos ,

mas nem sem pre a juda m o organismo a se equi l ibr ar dev i-do a pequenos deta lhes que fazem diferença para quem

não está bem. Primeiro, a maioria das frutas esfr ia o cor-

p o . S e g u n do , m u i t a f r u t a p o de p r o du z i r u m i da de , e

umidade gera fermentação e fungos no estômago e nos

intest inos . Piora o muco.

Se ex is tem s ina is de muco, é muito adequado restr ing ir as

frutas a ponto de só comê-las cozidas ou assadas, com ca-nela e outras especiarias para ajudar a aquecer. Maçã e pêra

são indicadíss imas para o forno. Também são das frutas

mais neutras para comer cruas , sempre na temperatura

ambiente , nunca ge ladas . Banana assada com canela ou

raspa de l imão também reconforta , adoça a v ida e nutre .

Frutas na sobremesa podem piorar a digestão , porque fer-

me ntam enqua nto a comida é processada pe lo es tômago .

Mas p ingar l imão na água e na comida é bom — a menos

que haja um resfriado com sintomas de fr io e nariz escor-

rendo. Nesse caso o corpo deve ser aquecido e é melhor

deixar o l imão na espera.

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Digestão

Já que mu ito m uco pod e ser s ina l de m á digestão , a lgum assugestões para melhorar a performance .

Missosh i ro

Tradição japones a , a sopinha de misso é um ca ldo de vege-

tais , a lgas e peixinho seco temperado com misso, massa

salgada e ferm entad a de soja , que tem enzimas benéficas aoprocesso digestivo. Temperar sempre com cebolinha verde.

Aper i t ivo de geng ibre do dr . Deepak Chopra

1 colher (sopa) de sumo de gengibre fresco ralado

1 colher (sopa) de água1 colher (sopa) de suco de l imão

1 colher (sopa) de mel

Tom ar no início da refeição para um a digestão m aravilhosa.

Lótus, canela, gengibre: 3, 3, 3Esta é a rece i ta do comidólogo Ju l io Mukuno, de Campi-

nas, para aquecer a digestão e reduzir o muco: 3 fat ias de

raiz-de-lótus, 3 pauzinhos de canela, 3 rodelas de gengi-

bre. Ferver em 1 l i t ro de água du rante 15 m inutos e tom ar

meia x ícara antes de começar a comer, sempre quent inho.

Pode guardar e reaquecer de ixando ferver um pouco.

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P ó d o S w a m y R a m a c h a n d r a n a n d a

O Sw am y ind ica para f ígado e pâncreas, mas este masala —

mistura de temperos da índia , onde cada famí l ia tem umareceita — é ót imo tam bé m para aquecer, fortalecer e limpar.

100 g feno-grego

50 g cominho cru

25 g pimenta-do-reino preta ou branca

15 g gengibre em pó5 g cúrcuma (açafrão-da- terra , açafroa)

Aq uecer as sementes de feno-grego e com inho na f r ig idei -ra, sem deixar torrar . Juntar aos outros ingredientes nol iqüidif icador, ou no moinho (pode ser de café) , e tr i turaraté obter um pó. Peneirar e moer de novo a sobra.

Deve ser usado pr incipalmente por quem sente mais f r io ,ou mais medo do fr io, e por quem tem digestão f raca ouacumula mui to muco. Doses : mín imas , aumentando cau-te losamente. Em excesso produz s intomas desagradáveisde calor e fezes quentes e moles. A pim enta-d o-reino aquecee a pimenta branca refresca.

Bat ida de sementes de l inhaça

1 colher de sopa de sementes de l inhaça, deixadas demolho em 1 copo de água f i l trada por uma noite

1/2 limão

Bater tudo no l iqüidi f icador e tomar de manhã. Limpa e

fortalece intest inos e mucosas respiratórias.

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Olho vivo no narizQuando ele começa a entupir de manhã, mesmo que seja

só uma nar ina, ou meia , é um sinal de muco.

Em seu site  www.kitchendoctor.com, a fito terape uta e pes-

quisadora Ing rid Naim an escreve o seguinte: "M eu professor

Ayurveda nos ensinou que o muco tem a consistência da

cera, e que quando é aquecido, derrete e sai do corpo. De

acordo com esse sistema de medicina, é normal acumular

muco no inverno e descarregar na primavera. Quando isso

acontece dizemos que temos um resfriado — mas, a menos

que a cor da descarga sugira infecção, o Ayurveda diz que é

um a ocorrência completamente no rmal quan do o tempo f ica

quen te o bastante para derreter os acúm ulos d o inverno."

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E Ingr id dá u m a receita de caldo para quem deseja provo-

car essa descarga antes que o primeiro espirro aconteça.

Caldo para derreter muco

1 colher (chá) de pimenta-do-reino

3 a 5 cravos-da- índia

2,5 cm de gengibre fresco

Ferver em água, ou em caldo de vegetais, ou em caldo degal inha caipi ra , ou de peixe, duran te 15 m inuto s ou m ais .Tomar quente e já preparar os lenços (de algodão), porquevai sair coisa.

Ingrid diz que ninguém precisa f icar gr ipado para descon-

gest ionar. Existe nom e em inglês para essa terap ia: errhine.

Para desin toxicar ,A acupuntur ista e or ientadora a l imentar Susana Ayres dizque podemos pensar em três níveis de intoxicação: leve,moderado e forte .

O mais leve dá s intomas como i r r i tabi l idade, sonolência ,

alguma coisinha na pele, gases intest inais, pr isão de ventre

ou diarréia, gr ipes e resfr iados, pequenos distúrbios de

menstruação. "Nesta si tuação bastam uns ajustes na dieta,

e l imin and o por uns dias lat ic ínios, produtos anim ais e açú-

car e aumentando o consumo de vegetais , f rutas , sucos,

água e chás como banchá, chá verde, capim- l imão, erva-

doce, camomila e hortelã", diz ela.

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U ma in t ox i c a ç ã o ma i s c ons i s t e n t e j á p r oduz s i n t oma s que

se r epe tem, como gas t r i t e , enxaqueca , l ab i r in t i t e , tontura

e enjôo, const ipação intest ina l acentuada , paras i tose , ane-m ia, colesterol a l to, s inusite , a lerg ias de pele ou respiratór ias .

Dores a r t icu l a r e s sem causa de f in ida , t end in i t e s , d i s túrb ios

me n s t r ua i s e ho r m ona i s e m u i t a t e n s ão p r é - me ns t r ua l t a m -

bém en t r am nessa f a se . A í , Susan a cos tum a or i en ta r p a r a

uma d i e t a de de s in t ox i c a ç ã o ma i s l ong a , d e no m ín imo

um mês , para res tabe lecer as defesas do organismo. Usa

muito a dieta do dr . Barcel los. E se houver parasitose, trata .

A in tox icação g r ave j á é a doença propr i amente d i t a . Xô ,

d o e n ç a !

U m ba nho de s in t ox i c a n t e , t oma do uma ve z po r s e ma na ,

a j uda a e l im ina r o s ma l e s e nqua n t o s e de pur a o s a ng ue

com as comid inhas san ta s e os chaz inhos . É de banhe i r a e

se f az a s s im: na água bem quente , d i s so lva me ia x í ca r a de

b ica rb ona to de sód io , ou sal de f ru t a , ou sa l m ar in ho m es-

mo. F ique de molho por 15 minutos e depo i s e s f r egue o

corpo in t e i ro com uma bucha . A água va i f i c a r tu rva de

t an ta tox ina .

Lavar por fora , l avar por dentro .

De ma nhã , e m j e j um , t oma r do i s c opos g r a nde s de á g ua

o u c h á , e m t e m p e r a t u r a m o r n a , u m p o u q u i n h o a c i m a d at e mpe r a t u r a c o r po r a l . A l g uma s pos s ib i l i d a de s :

. chá de f lo r e s ( c amomi la , mace l a , rosas , j a smim, l a r an ja )

. chá de r a í ze s de ba rdana , dente -de - l e ão , ch icór i a

. suco com g rama de t r i go , cevada

. suco de maçã , ame ixa , uva , l a r an ja (o rgân ica s )

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. suco de cenoura , a ipo

. suco de a ioe vera

. á g ua pu r a ou c om sumo de l imã o

. bebida à base de a lgas spirulina o u chlorella

. c a ldo de vege t a i s , e spec i a lmente com repo lho e sa l sa

. c a ldo de r ã , c a ído de pe ixe , c a ldo de ga l inha ca ip i r a ,

c a ldo de cebo la com misso .

Que m t e m que i x a s c ons t a n t e s de a l e r g i a e nc on t r a a í umc a minho : muda r o s há b i t o s . A s a úde de pe nde de pe que -

na s c o is a s que fa z e m um a g r a nde d i f e r e nç a . M ud a n do um a

co i s inha aqu i , out r a co i s inha a l i , o s r e su l t ados se mul t ip l i -

c am e o quadro todo acaba por se t r ans formar . Deus mora

nos de t a lhes .

Sopa/canja de arroz do Pai José

P a r a t oma r some n t e no pe r íodo p r ima ve r a /ve r ã o e l impa r

o in t e s t ino , des in tox ica r , pe rde r peso e ev i t a r muco no in -

v e r n o . E n q u a n t o o u t o n o e i n v e r n o s ã o p r ó p r i o s p a r a

a r ma z e na r e c onsumi r o que s e g ua r dou , p r ima ve r a e ve -

r ã o l e va m o mov ime n t o pa r a f o r a e c onv ida m a l impa r e

r enovar o corpo e a mente .1 x ícara de ar roz integra lx ícara de ar roz integra l

8 x í ca r a s de água

1 cebo la p i cada

3 dentes de a lho inte i ros

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2 ta los de a ipo cor tados

1 a lho -po ró com suas fo lhas , em dia go na is f inas

fo lhas de be r t a lha

sa l sa , c ebo l inha , coent ro , hor t e l ã

sal

P onha t udo j un t o pa r a c oz inha r po r 3 ho r a s , me nos a

ber ta lha e os verd inhos f rescos , que só entram na hora de

apa gar o fogo. Se es t iver fazen do pa ra sobrar , só mis tu reber ta lha e verd inhos ao que va i ser serv ido.

U m minu t o a n t e s de a pa g a r o f og o j un t e a s f o lha s de

ber t a lha ou ch icór i a . S i r va com verd inhos f r e scos , p i ca -

dos , por c ima ( sa l sa , c ebo l inha , coent ro , hor t e l ã ) .

A be r t a lha pode se r subs t i tu ída por ch icór i a ou out r a fo -

lha loca l que a jude a lubr i f i c a r os in t e s t inos .

Cuidado com os banhos quentesEles são ó t imos pa r a r e l axa r , mas não devem se r pro longa -

dos porq ue e sgotam a ene rg i a dos rins e produ zem f r aque za

a méd io e longo prazos , t r azendo apa t i a sexua l , de sgas t e

r áp ido , vu ln e r ab i l id ade a g r ipes , r e s fr i ados e prob lem as pu l -

mona r e s . De ve m t e r m ina r s e mpr e mor nos ou f r i o s .

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A t r ad ição da sauna e do banho a vapor manda t empera r o

c o r po c om uma duc ha f r i a ou um me r g u lho no l a g o g e l a -

do . I sto au m ent a a v i t a l idade ao produ z i r um bo m bea m ento

de sangue : com o ca lor e le va i para a per i fer ia , com o f r io

e le vol ta para o inter ior do corpo.

Se t e ba nho s que n t e s e f r io s a l t e rna dos , c om um m in u t o

de du r a ç ã o c a da um , de s c a nsa m c omo uma no i t e de sono .

Para enfrentar o frrrrio.. .Muita gente se resf r ia nas fér ias , quando sa i do verão bra-

s i l e i ro pa r a o inve rno do hemis f é r io nor t e , ou quando va i

para o su l do pa ís no inverno. Para evi tar i sso :

. c ápsu la s ou compr imidos c l e a lho vão l impando o orga -

n i smo - começar a tomar no d i a da v i agem

. v i agens e s t r e s sam, av i ão cansa . E bom comer an te s desa i r de ca sa pa r a não sen t i r fom e no av i ão . A qu e la co m id i -

nha ne m s e mpr e c a i b e m num o r g a n i smo e m e s t a do de

a le r t a e c i r cun s t ânc i a excepc iona l . Se acha que não va i con-

seguir f icar sem comer , que ta l levar f rutas ou pedir uma

re f e i ção e spec i a l vege t a r i ana? Sem pre se r á ma i s l eve . E ev i -

t e doces , que cansam a inda ma i s

. v i agens de av i ão des id r a t am. Beba bas t an te água , ev i t eá lcoo l , café e chá pre to . L eve o seu pró pr io chá — por e x e m-

p lo de camomi la , pa r a beber quente , aos go l inhos

. pa ra as na r in as , qu e ressec am no av ião , use soro f is iológi-

co ou água sa lgada (1 co lhe r inha de sa l mar inho pa r a 100

ml de á g ua m ine r a l )

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. ev i te bebidas ge ladas , que fazem o corpo gastar energ ia ,

pa r a aquecê - l a s a t é os 35°C, nossa t empera tur a in t e rna

. t enha à mão me ia s , c amise t a , c e rou la e duas echarpes :uma pa r a pescoço e cabeça , out r a pa r a enro la r nos qua -

dr i s , p ro tegendo o hara, centro de energ ia que f ica quatro

dedos aba ixo do umbigo . Tudo de t ec idos na tur a i s como

a l g odã o , s e da ou l ã , que vã o f o r ma ndo uma s e g unda pe l e

. chapéu ou boina são indispensáve is para sa i r no f r io , as-

s im como cacheco l , me ia s quent inhas e ca l çados de so l a

g rossa que não de ixem passa r a umidade do chão

. boas perne iras de lã por ba ixo da rou pa tam bé m dão m ui to

c on f o r t o

. use me ia s pa r a dormir : me lhoram o sono e , p ro tegendo

do f r io , r eduzem a chance de você l evanta r pa r a ur ina r

. t a mbé m é bom p r o t e g e r pe s c oç o e ombr os pa r a do r m i r .

O f r io en t r a mui to pe los ombros e pe l a r eg i ão do co lo ,i n c l u i n d o g a r g a n t a .

R E D U Z E M O F R I O , s e g u n d o a M e d i c i n a T r a d i c i o n a l

Chinesa : abóbora , açúcar mascavo, a lho, amasake , anchova ,

canela , cravo, carnes de carneiro e de codorna, castanha por-

tuguesa, arroz moti , cebola , cebol inha verde, cenoura, enguia ,

gal inha, le i te de coco, maltose, mexi lhão, pêssego, r im.

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. . .e voltar ao calorO corpo vai passar de uma situação em que precisava reter

calorias para outra em que elas precisam sair para haveralgum frescor na pessoa. Pode-se ajudar tomando um cal-do de gal inha apimentado ou chá que dissolva o muco.Beber bastante água com l imão, evitar gelados, fazer refei-ções leves, tomar banhos mornos freqüentes e descansarbastante são medidas sensatas.

RE DU ZE M O CALO R, segundo a Me d i c ina Trad ic iona l

Chinesa: alface, algas, aveia, banana, beldroega, berinjela,broto de bambu, cana-de-açúcar , caqui , caranguejo, car-nes de cavalo, coelho e pato, c ebo l inha verde, clara de ovo,espinafre, lei te de vaca, l im ão e outras frutas cí tr icas, m açã ,melancia , melão, nabo, ovo de pata , painço, papaia , pepi -no, pêra, tangerina, tofu, tomate, tr igo.

E por falar em chineses...O tratado de M ed icina Interna do Imperad or Am arelo dizque extremos de temperatura e cansaço fazem as estr ias dapele e dos mú sculos f icarem frouxas, enfraque cend o o W ei

Chi — o Chi externo à pele, nossa pelagem energét ica, umaforma de imunidade pai rando acima da superf íc ie do cor-

po. Isto abre caminho para agentes da doença.

Resfr iado, gr ipe, alergia, amigdal i te, r inite e demais pro-

blem as respiratórios: a freqü ênc ia com que a pessoa os tem

pode revelar o que se def ine como síndrome de deficiência

do Wei Chi, aind a quand o se tem med o do fr io, extremida-

des fr ias, tremor fáci l , pal idez, fadiga, apat ia sexual .

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WEI CHI é uma energ ia yang, morna e agress iva , que per-

corre a periferia do corpo durante o dia e se ret ira para o

centro à noite . Ao meio-dia a t inge sua cu lminância . Sua

função é proteger os órgãos internos das invasões externas

que possam causar doenças. Sua força depende do funcio-

namento correto de estômago, baço , pâncreas , in test inos ,

rins — e f ígado, que o faz circular.

Só existe tratam ento preventivo. Se você se identif ic ou com

o quadro , dê logo uma reformulada em seu programa a l i -m ent ar e evite as com idas cruas, frescas e fr ias , e l im ina tiva s

e que fazem suar ; o que va i lhe dar segurança é uma com i-

da bem nutrit iva e muito bem cozida à base de grãos e

vegetais , que aqueça o meio interno e seja fáci l de digerir ,

e ma is uma pequena quant idade de produtos an ima is .

Capr iche na cebol inha verde , que est imula a c ircu lação .

Ca ldo de a lho -po ró e c a ldo de c ebo l a com açúca rmascavo (energ ia morna) são ót imos para forta lecer o

Wei Chi. I

Um pouco de gengib re na com ida a jud a a aquecer a /) j

d igestão .

í\Cu idad o co m sa l e com açúcar branco. O Wei Chi é ) . {

m orn o e se move para cim a e par a fora, enq uan to o j* j jsal é frio e vai para baixo, e o açúcar branco esfria e

dispersa a energia dos r ins e do aquecedor médio.

Mas não adianta nada você fazer isso só quando

estiver em crise, e é até perigoso, porqu e pode pren der o ^

agente causador dentro do corpo ao fortalecer a periferia . <

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Mas e a receita da madrinha?

É a mais tradic ional de todas : le i te quente com canela eaçúcar que imado, ou com gengibre e mel .

O sabor doce é muito bem-vindo para a judar na cura ,

desde que na quant idade ce r ta e bem acompanhado por

outros sabores . A Medic ina Tradic ional Chinesa observa

que os sabores têm p ropr iedades d e direc ionar a energ ia e

produzir efe i tos .

OS SABORES DOCES aca lmam sensações agudas de des-

V > con forto e neu tral izam os efeitos tóxicos de carnesá i^í .

e peixes.

O S S A B O R E S Á C I D O S p o de m a c a l m a r o s

movimentos excessivos, como diarréias e suo-

res intensos.

OS SABORES AMARGOS reduzem o ca lordo corpo, drenam fluidos corporais e estimu-

lam os intestinos.

O S A B O R E S S A L G A D O S a m a c i a m a

r ig idez de músculos e g lândulas .

/ O S S A B O R E S P I C A N T E S a t iv a m a

^ '—W circulaçã o de ene rgia e fazem suar.Além disso, os al imentos podem fazer a ener-

gia subir , descer, ir para fora-ou para dentro.

E sua natureza varia entre quente, morna, fres-

ca, fr ia ou neutra.

CA N EL A é quente , p icante e doce , e move a ener-

gia para fora: faz suar e reduz a febre. Os picantes e

"O

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doces cuja natureza é morna ou quente agem para c ima e

para fora, fazendo transpirar , el iminar catarro, vomitar ,

abrir os orifícios, dispersar o Frio e o Vento.GENGIBRE: f resco é picante e morno, seco é picante equente .

M EL é neutro, doce, picante, ácido, às vezes tam bém am ar-

go. Ajuda a dissolver o muco ao longo do tubo digest ivo e

também a expectorar .

A Ç Ú C A R B R A N C O é doce, de natureza neutra , e seu mo -vimento sobe.

C A L D A D E A Ç Ú C A R Q U E I M A D O C O M L I M Ã O , que

se faz deixando-o derreter numa panel inha, acrescentando

um pouco de l imão e mexendo com a colher de pau até a

mistura f icar cor de caramelo, tem a natureza morna, e

incorpora o sabor amargo do que ima do e o ácido do l im ão.

Leite com açúcar ser ia péssimo, fr io, mu cule nto , e com açú-car que ima do pode ser ótimo. Su pon do, é claro, que a pessoa

tenha boa tolerância ao lei te, que costuma gerar m uito m uco.

O lei te entra na receita porque aca lma o coração. U ma pes-

soa cansada, agitada, já espirrando, precisa mais que tudo

aquietar Shen, o espír ito que mo ra no coração e que deter-

mina a qual idade da consciência. Na concepção chinesa,

coração e mente são uma coisa só; pensamentos são movi-mentos do coração. E a disposição do espírito influi nos

pensamentos, como sabemos.

Daí qu e a receita da m ad rinh a n utre e conforta o coração e

o espírito, relaxa a mente e bota a vítima pra dormir feito

um bebê, enquanto o gengibre, a canela, o mel e o açúcar

que imado t raba lham. Coi sa de d inda mesmo.

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Leite quente com açúcar que imado e cane la é a rece i ta de

Ná Ozett i , que faz isso quando sente um resfr iado encos-

tar, e acorda no dia seguinte com a voz cristal ina.Aproveitando, Ná dá mais uma rece i ta quentona:

Quentão sem p inga da Ná

3 colheres de açúcar mascavo

3 rodelas de gengibre3 pauzinhos de cane la

3 cravos-da- índia

1 maçã p icada

suco de meio l imão

500 ml de águaFazer a calda de açúcar queimado, acrescentar os outros

ingredientes e deixar ferver meia hora, em fogo baixo e

pane la tampada .

Se não curar a gripe, pelo menos é muito gostoso.

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