a arte da pesquisa bibliogrÃ¡fica

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ARTIGO

Rev. Dig. Bibl. Ci. Inf., Campinas, v.10, n.1, p.53-66, jul./dez. 2012 ISSN 1678-765X

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CDD: 025.52 A ARTE DA PESQUISA BIBLIOGRFICA NA BUSCA DO

CONHECIMENTO

THE ART OF LITERATURE IN SEARCH OF

KNOWLEDGE

Luciana Pizzani1 Rosemary Cristina da Silva2

Suzelei Faria Bello3 Maria Cristina Piumbato Innocentini Hayashi4

Resumo

A pesquisa bibliogrfica uma das etapas da investigao cientfica e por ser um trabalho minucioso requer tempo, dedicao e ateno por parte de quem resolve empreend-la. Este artigo tem como objetivo apresentar as vrias etapas da arte do levantamento bibliogrfico na busca do

conhecimento com a inteno de facilitar o caminho percorrido pelo pesquisador at a informao

desejada.

Palavras-chave: Pesquisa bibliogrfica. Bases de dados bibliogrficas. Fontes de informao.

Abstract

The literature is one of the stages of scientific research and for being a thorough job requires time, dedication and attention by those who undertake it solves. This article aims to present the various

steps of the art of literature in the pursuit of knowledge with the intention of easing the path taken by

the researcher until the desired information.

Keywords: Bibliographic research. Databases bibliographic. Information sources.

1 Universidade Federal de So Carlos. Doutoranda do Programa de Ps-Graduao em Educao Especial. E-

mail: [email protected] So Carlos, SP, Brasil. 2 Universidade Federal de So Carlos. Doutoranda do Programa de Ps-Graduao em Educao. E-mail:

[email protected] - So Carlos, SP, Brasil. 3 Universidade Federal de So Carlos. Doutoranda do Programa de Ps-Graduao em Educao Especial. E-

mail: [email protected] - So Carlos, SP, Brasil. 4 Universidade Federal de So Carlos. Professora do Programa de Ps-Graduao em Educao Especial. E-

mail: [email protected] - So Carlos, SP, Brasil.


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INTRODUO

Entende-se por pesquisa bibliogrfica a reviso da literatura sobre as principais

teorias que norteiam o trabalho cientfico. Essa reviso o que chamamos de levantamento

bibliogrfico ou reviso bibliogrfica, a qual pode ser realizada em livros, peridicos, artigo

de jornais, sites da Internet entre outras fontes.

Conforme esclarece Boccato (2006, p. 266),

a pesquisa bibliogrfica busca a resoluo de um problema (hiptese) por meio de

referenciais tericos publicados, analisando e discutindo as vrias contribuies

cientficas. Esse tipo de pesquisa trar subsdios para o conhecimento sobre o que foi

pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto

apresentado na literatura cientfica. Para tanto, de suma importncia que o

pesquisador realize um planejamento sistemtico do processo de pesquisa,

compreendendo desde a definio temtica, passando pela construo lgica do

trabalho at a deciso da sua forma de comunicao e divulgao.

A reviso de literatura tem vrios objetivos, entre os quais citamos: a) proporcionar

um aprendizado sobre uma determinada rea do conhecimento; b) facilitar a identificao e

seleo dos mtodos e tcnicas a serem utilizados pelo pesquisador; c) oferecer subsdios para

a redao da introduo e reviso da literatura e redao da discusso do trabalho cientfico.

Contudo, na procura do benefcio que uma boa reviso bibliogrfica possa conceder

a um pesquisador, muitas vezes os atalhos tomados para nele chegar apresentam suas

dificuldades. Por esse motivo, este artigo tem como objetivo desvendar os caminhos que os

pesquisadores podero percorrer na realizao de uma pesquisa bibliogrfica.

Como a pesquisa bibliogrfica um trabalho investigativo minucioso em busca do

conhecimento e base fundamental para o todo de uma pesquisa, a elaborao de nossa

proposta de trabalho justifica-se, primeiramente, por elevar ao grau mximo de importncia

esse momento pr-redacional; como tambm justifica-se pela inteno de torn-la um objeto

facilitador do trabalho daqueles que possivelmente tenham dificuldades na localizao,

identificao e manejo do grande nmero de bases de dados existentes por parte dos usurios.

O CONHECIMENTO CIENTFICO E A PESQUISA CIENTFICA

Para o bom entendimento do que vem a ser conhecimento cientfico (a cincia) e a

sua importncia dentro do universo da pesquisa, apresentamos a seguir um conjunto de


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pensamentos concernentes a essa realidade e advindos de leituras realizadas para elaborao

deste trabalho.

Primeiramente, Meadows (1999) chama-nos a ateno, para o forte carter

aglutinador da busca do conhecimento. Afirma que o homem sempre foi movido pela intensa

curiosidade e isso se traduz na incessante busca pelo conhecimento, perfazendo dessa

construo um processo social realizado a partir do trabalho e do esforo coletivo.

J Maia e Caregnato (2008) colocam em relevo a capacidade de inovao inerente a

essa busca, fazendo-nos perceber que a construo multidimensional do conhecimento eleva a

cincia em seu carter evolutivo e mutvel e faz da pesquisa o seu instrumento bsico. Com

isso, as diferentes cincias formulam conceitos, teorias e desenvolvem produtos e processos

que so rapidamente incorporados por organizaes sociais e por todas as relaes que se

preocupam com a disseminao do conhecimento.

Perante o crescente dinamismo e complexidade estabelecida pelas produes

cientficas, Barros (2000, p. 5) afirma que fazer cincia hoje significa compreender e partir

de mecanismos simples para os mais complexos; ou seja, estar disposta a mudanas, a

contribuir com eficcia para ressaltar a importncia do objeto a ser estudado.

Schwartzman (2001) faz-nos notar a pluralidade significativa do termo cincia,

atentando que seu conceito apresenta diversos significados, podendo ser entendida como um

acervo de conhecimentos desenvolvido, acumulado, transformado e reestruturado de acordo

com a integrao prpria de cada campo. Podendo ser tambm um tipo especial de saber, com

regras prprias para incorporar e validar os resultados. Pode, por fim, ser entendida como uma

atitude assumida pelos cientistas, qualificada e orientada para aceitar e incorporar novos

mtodos e conceitos na comunidade cientifica.

Valente (2003, p. 98), na mesma esteira, diz que fazer cincia o que cada

indivduo constri como produto do processamento, da interpretao e da compreenso de

uma informao.

Pinheiro (2008, p. 10) evidencia que essa atividade cientfica possui objetivos

diversos, tais como: a descrio, o controle, a predio e a explicao dos aspectos naturais e

sociais formadores da natureza. Ademais esse empreendimento envolve colaborao e

competio entre seus atores sociais, alm de uma estrutura coordenada de aes.

Targino (1995, p. 12) descreve que a cincia busca, em essncia, desvelar e

compreender a natureza de fenmenos, por meio de:


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[...] mtodos sistemticos e seguros, que podem ser considerados conclusivos em

determinadas circunstncias. Isto , esses a essistemas explicativos no tm carter

definitivo e imutvel, pois inserem-se em um processo ininterrupto de investigao,

o que faz da cincia uma instituio social dinmica, contnua, cumulativa.

Assim, de acordo com Minayo e Sanches (1993), o conhecimento cientfico sempre

transcorre como a busca de articulaes entre teoria e realidade, tendo como fio condutor o

mtodo, com a funo fundamental de articular e fundamentar esses conhecimentos de

maneira a proporcionar um caminho claro de investigao.

Para Santos (2001), o conhecimento cientfico gera a pesquisa cientfica sendo esta

definida como uma atividade intelectual intencional que visa responder s atividades

humanas, para compreender e transformar a realidade que nos rodeia. Significa realizar

esforos para investigar, descobrir, conhecer algum fenmeno.

Esse mesmo estudioso afirma em seu texto que a pesquisa cientfica a atividade

intelectual intencional que visa responder s atividades humanas, para compreender e

transformar a realidade que nos rodeia. Significa realizar esforos para investigar, descobrir,

conhecer alguma coisa.

Nesse esforo de descobrir o que j foi produzido cientificamente em uma

determinada rea do conhecimento, que a pesquisa bibliogrfica assume importncia

fundamental, impulsionando o aprendizado, o amadurecimento, os avanos e as novas

descobertas nas diferentes reas do conhecimento. Para isso, existem diversas tcnicas e

procedimentos de pesquisas que podem ser empregados para a identificao e localizao dos

trabalhos cientficos j publicados. O passo seguinte deste trabalho consiste justamente em

apresentar essa variedade de formas e aes para bem se fazer a pesquisa bibliogrfica.

A PESQUISA BIBLIOGRFICA

Para que a pesquisa bibliogrfica seja realizada com sucesso, alguns passos podem

ser seguidos com o objetivo de facilitar a dinmica da recuperao da informao, conforme

ilustra a Figura 1.


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FIGURA 1 Etapas da reviso bibliogrfica5

Antes de iniciar o trabalho de uma pesquisa bibliogrfica, Volpato (2000) recomenda

que se tenha claro e definido o tema da pesquisa. Nesta fase, o pesquisador deve formular um

ttulo para o seu levantamento bibliogrfico e identificar os termos que expressem o seu

contedo, no s no idioma portugus, como tambm em outros, principalmente em ingls

por ser o idioma de grande acesso mundial.

Definido o tema da pesquisa, o prximo passo partir em busca do material

bibliogrfico que pode ser encontrado em trs tipos diferentes de fontes informacionais: as

fontes primrias, as fontes secundrias e as fontes tercirias.

As fontes primrias contm os trabalhos originais com conhecimento original e

publicado pela primeira vez pelos autores. So as teses universitrias, livros, relatrios

tcnicos, artigos em revistas cientficas, anais de congressos.

5 FONTE Os autores.


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Denominam-se fontes secundrias os trabalhos no originais e que basicamente

citam, revisam e interpretam trabalhos originais. So exemplos de fontes secundrias os

artigos de reviso bibliogrfica, tratados, enciclopdias e os artigos de divulgao.

As fontes tercirias contm ndices categorizados de trabalhos primrios e

secundrios, com ou sem resumo. So as bases de dados bibliogrficos, os ndices e as listas

bibliogrficas.

A localizao dos primeiros materiais para o incio de uma reviso de literatura pode

ocorrer nas listas de citaes de trabalhos fundamentais para o tema ou similares ao que se

pretende fazer; nas listas de citaes de revises recentes da literatura; em idias e dicas dadas

pelo orientador, colegas, congressos, etc. Tambm podem ser consultados nmeros recentes e

sumrios de algumas revistas importantes na rea.

Com o avano das tecnologias de informao e comunicao e com o aumento da

produo cientfica, surgiram as bases de dados que podem ser definidas como os suportes

informacionais compostos de artigos e trabalhos cientficos, elaborados por organizaes

especializadas, nas diversas reas do conhecimento. Por essa razo, o que mais comumente

ocorre a pesquisa na Internet e em bases de dados que possuem credibilidade cientfica,

usando mecanismos de busca para localizao do material bibliogrfico.

Existem dois tipos de bases de dados que esto disponveis para os pesquisadores: as

bases referenciais e as bases textuais.

As bases de dados referenciais listam referncias bibliogrficas de determinados

assuntos, cujo contedo abrange a descrio dos dados dos artigos de peridicos. Geralmente

incluem somente o resumo do artigo. Como exemplo podemos citar as bases Pubmed, Lilacs,

Medline, ISI.

As bases de dados textuais so aquelas que, alm de incluir todas as informaes

dadas numa base referencial, do acesso imediato ao texto completo do artigo, tais como as

bases Scielo, Lilacs, Portal da Capes, Ovid.

A passagem das bases de dados referenciais para textuais, segundo Krzyanowski

(2007) pode ser constatada pela intensidade e diversidade de esforos realizados pelos

profissionais de bibliotecas, visando implementar as bases de dados para melhor corresponder

s necessidades informacionais de seus usurios com a finalidade de facilitar, ampliar e tornar

mais gil o acesso informao.


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Depois da escolha das fontes informacionais, ocorre o incio do processo de busca da

informao. Para isso, o pesquisador dever determinar as palavras-chave, autores e

instituies mais relevantes; utilizar as bases de dados bibliogrficos; comear do mais geral e

ir ao particular; comear do ano mais recente e retroceder; examinar listas de citaes.

De posse de todo o material selecionado, o pesquisador dever eliminar duplicaes

e trabalhos que guardem em si um acentuado grau de similaridade com obras de outros

autores; tambm se torna necessrio ler os ttulos e resumos, eliminando as referncias pouco

relevantes e marcando a importncia ou prioridade de leitura.

Aps a seleo do material desejado, torna-se necessrio localizar e obter o

documento recuperado na pesquisa bibliogrfica.E esse material pode ser obtido de diversas

maneiras. Por meio de:

servio on-line: o artigo;

bibliotecas: a revista e o livro;

sistema de Emprstimo Entre Bibliotecas (EEB);

separata: junto a colega ou orientador;

pedido on-line (Comut).

De posse do material solicitado, a prxima etapa consiste na sua leitura que pode ser

realizada, obedecendo a uma ordem de prioridade, como a do material recente para o mais

antigo, por exemplo; em seguida, ocorre a elaborao do trabalho cientfico.

ESTRATGIAS DE BUSCA PARA RECUPERAO DA INFORMAO

Segundo Volpato (2010), a estratgia de busca formada por um conjunto de

palavras ou expresses, ligadas por operadores booleanos palavras que informam ao

sistema de busca como combinar os termos da pesquisa , que permitem ampliar ou diminuir

o escopo dos resultados. Tambm possvel utilizar sinais que representem recursos

disponveis em diferentes bases de dados para melhorar os resultados da busca ou facilitar a

operao.

Para a realizao do levantamento bibliogrfico em bases de dados, so utilizados os

operadores booleanos AND, OR e NOT e outras tcnicas como a truncagem de palavras com

a finalidade de facilitar o processo de busca e seleo da informao desejada.


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O operador OR utilizado para agrupar termos, ou seja, ampliar a pesquisa e pode

ser utilizado nos seguintes casos:

a) quando o nome/ttulo de um assunto possuir sinnimos

Exemplo: educao distncia or ensino distancia (os documentos recuperados

contm um dos termos ou ambos).

b) acrnimos

Exemplo: diabetes mellitus insulino dependente or DMID

c) quando o nome/ttulo do assunto possuir variantes

Exemplo: honney bee or honeybee or apis mellifica

d) quando o nome/ttulo apresentar grafias diferentes

Exemplo: raio x or raios-x or raio-x

e) quando o nome/ttulo apresentar termos relacionados

Exemplo: pneumopatias obstrutivas or asma or bronquite or efisema pulmonar. A

Figura 2 ilustra a representao grfica do operador booleano OR.

FIGURA 2 Representao grfica do operador booleano OR6

6 FONTE Os autores.


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O operador booleano AND usado para restringir a pesquisa, fazendo a interseco

dos conjuntos de trabalhos que possuem os termos combinados.

Exemplo: Educao and Sade. Sero recuperados os registros que tratem somente

dos dois assuntos ao mesmo tempo. A Figura 3 ilustra o operador booleno AND.

FIGURA 3 Representao grfica do operador booleano AND7

Em geral, na formulao de uma estratgia de busca necessria a combinao dos

dois operadores. Por exemplo: para encontrar artigos que tratem de ensino a distncia de

jovens e adultos, a expresso poderia ser: (ensino a distancia or educao a distancia) and

jovens and adultos.

Outro recurso tambm utilizado da truncagem de palavras para as formas derivadas

ou plurais. Em geral, o sinal usado para esse recurso o asterisco (*).

Exemplo: Aluno* (por meio da utilizao do recurso da truncagem possvel

recuperar artigos cientficos que tragam a palavra aluno escrita tanto no singular como no

plural).

Quando o pesquisador estiver em dvida de como escrever uma palavra, permitido

usar o sinal de interrograo (?) para substituir as letras desconhecidas. Como exemplo, pode-

se citar a grafia do nome Roben. A estratgia de busca por ser assim delimitada: Rob?n para

Roben ou Robin. Tambm um recurso usado para palavras quando apenas uma letra faz a

diferenciao entre plural e singular ou podem ser grafadas com letras diferentes. Exemplo:

Wom?n para woman ou women.

7 FONTE Os autores.

Interseco dos conjuntos


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O operador booleano NOT serve para excluir um assunto da expresso de busca,

incluindo o primeiro termo e excluindo o segundo termo da pesquisa. Exemplo: Adolescente

NOT gravidez. Sero mostrados os artigos que contenham a palavra adolescente e que no

abordem o termo gravidez. A Figura 4 permite visualizar essa expresso de busca utilizando

o operador booleno NOT.

FIGURA 4 Representao grfica do operador booleano NOT8

FONTES DE INFORMAO: AS BASES DE DADOS

Como j foi mencionado acima, existem dois tipos de bases de dados: as referncias

e as textuais. Assim, h tambm duas possibilidades de acesso a essas bases: o acesso livre e o

acesso restrito.

As bases de dados cuja pesquisa livre podem ser acessadas de qualquer computador

e em qualquer lugar. J as bases que possuem acesso restrito s permitiro seu uso se o

pesquisador estiver conectado a um computador de alguma universidade pblica; ou estiver

ligado a um computador privado que tenha adquirido esses servios, ou que tenha acesso

permitido por meio de senha fornecida pela universidade qual o pesquisador esteja

vinculado.

Existem diferentes bases de dados para representar o contedo das informaes

cientficas produzidas nas diversas reas do conhecimento, como nas Cincias Exatas e da

Terra, Cincias Biolgicas, Engenharias, Cincias Agrrias, Cincias Sociais Aplicadas,

Cincias Humanas, Lingstica, Letras e Artes, Multidisciplinar.

8 FONTE Os autores.


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Mais especificamente na rea das Cincias da Sade, existem diversas fontes

informacionais com acesso livre e com acesso restrito que permitem a recuperao do texto

completo. As mais representativas esto descritas no Quadro 1, a seguir.

QUADRO 1

Bases de dados9

Fontes

Descrio

Acesso

LILACS

(www.bireme.br)

Literatura Latino-Americana e do Caribe em Cincias

da Sade.

Livre

MEDLINE

(www.bireme.br)

Literatura Internacional em Cincias da Sade. Livre

SciELO - Scientific

Electronic Library

Online

(www.scielo.br)

Biblioteca eletrnica que abrange uma coleo de

peridicos cientficos brasileiros.

Livre

GOOGLE

ACADMICO

(http://scholar.googl

e. com.br)

Site elaborado para fornecer de maneira simples e

abrangente a literatura acadmica.

Livre

COCHRANE

(www.brieme.br)

Bases de dados de revises sistemticas. Livre

PubMed

(www.ncbi.nlm.nih.

gov)

Verso gratuita do banco de dados Medline,

desenvolvido pelo National Center for Biotechnology

Information mantido pela National Library of

Medicine.

Livre

Peridicos Capes

(www.periodicos.ca

pes.gov.br)

Seleo de bases de dados, pginas, portais e

bibliotecas virtuais de acesso livre produo

cientfica de todas as reas do conhecimento mantida

pelo Portal Capes.

Restrito

Livre

Scopus

(www.scopus.com)

Base de dados multidisciplinar desenvolvida pela

editora Elsevier.

Restrito

Web of Science

(http://apps.isiknowl

edge.com)

Base de dados multidisciplinar desenvolvida pelo

Instituto Scientific Informacion (ISI).

Restrito

EMBASE Base que permite realizar revises sistemticas da Restrito

9 FONTE Os autores


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(www.embase.com)

literatura, desenvolvida pela editora Elsevir e essencial

para a Medicina Baseada em Evidncias.

Banco de Teses

USP

(www.teses.usp.br)

Base que permite acesso ao texto completo das teses e

dissertaes defendidas em todas as unidades da

Universidade de So Paulo (USP).

Livre

Banco de Teses

UNESP

(http://www.bibliote

ca.unesp.br)



Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Livre

Banco de Teses

UNICAMP

(http://www.unicam

p.br/unicamp/servic

os/bibliotecas)



Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Livre

Domnio Pblico

(http://www.domini

opublico.gov.br)

Site desenvolvido pelo Ministrio da Educao com a

finalidade de disponibilizar a produo cientfica

brasileira.

Livre

Alm dessas bases de dados ligados Cincia da Sade mostradas nesse rol, h

muitas outras que englobam a produo cientfica nas diversas reas do conhecimento. Porm,

interessante que o pesquisador saiba que cada universidade possibilita o acesso livre acesso

e tambm restrito s diversas fontes de informao, por isso seria de grande importncia

verificar, junto biblioteca da instituio a qual o interessado esteja vinculado, quais so as

possibilidades de acesso a elas.

CONSIDERAES FINAIS

A reviso de literatura apenas um pr-requisito para a realizao de toda e qualquer

pesquisa, ao passo que a pesquisa bibliogrfica uma etapa fundamental antes da elaborao

ou desenvolvimento de um estudo, artigo, tese ou dissertao. Essa etapa no pode ser

aleatria, por esse motivo ela implica em um conjunto ordenado de procedimentos de busca

por solues atentos ao objeto de estudo (LIMA; MIOTO, 2007).

Por isso, importante que os interessados tracem uma linha condutora que permita

identificar as fontes informacionais e, principalmente, manuse-las com sabedoria para poder

chegar informao desejada.


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Fica registrada a importncia de usar um vocabulrio controlado reconhecido pelas

bases de dados; fazer uso de estratgias de busca para combinar os termos da pesquisa e

realizar as pesquisas em bases de dados confiveis.

De posse das sugestes apresentadas por este artigo e dos treinamentos oferecidos

em bibliotecas especializadas, os pesquisadores, alunos de graduao, ps-graduao e demais

interessados estaro aptos a iniciar suas pesquisas pela busca do conhecimento.

Segundo Lima e Mioto (2007) quando uma pesquisa bibliogrfica bem feita, ela

capaz de gerar, especialmente em temas pouco explorados, a postulao de hipteses ou

interpretaes que serviro de ponto de partida para outras pesquisas.

REFERNCIAS

BARROS, P. M. F. Do simples ao complexo em Fonoaudiologia. Rev. Symposium, Lavras,

v. 4, p. 5-19, 2000.

BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliogrfica na rea odontolgica e o artigo

cientfico como forma de comunicao. Rev. Odontol. Univ. Cidade So Paulo, So Paulo,

v. 18, n. 3, p. 265-274, 2006.

KRZYANOWSKI, R. F. Cooperao em bibliotecas no Brasil: um panorama da dcada de 50

at nossos dias. Rev. Bras. Bibliotecon. Doc., So Paulo, v. 3, n. 1, p. 1-24, 2007.

LIMA, T. C. S.; MIOTO, R. C. T. Procedimentos metodolgicos na construo do

conhecimento cientfico: a pesquisa bibliogrfica. Rev. Katl., Florianpolis, v. 10 n. esp., p.

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TARGINO, M. G. A interdisciplinaridade da cincia da Informao como rea de pesquisa.

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VOLPATO, E. S. N. Pesquisa bibliogrfica em cincias biomdicas. J. Pneumol., So Paulo,

v. 26, n. 2, p. 77-80, mar./abr. 2000.

Colaboradores Os autores trabalharam juntos em todas as etapas de

produo do manuscrito.

Recebido em: 28/02/2010 Publicado em: 13/07/2012

a arte da pesquisa bibliogrÃ¡fica

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