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A aplicação de produtos
fitofarmacêuticos
no contexto da Diretiva do Uso
Sustentável
Paula Mourão
Seminário “gorgulho do eucalipto”, Arouca, 16 abril 2015.
• Decreto-Lei n.º 187/2006, de 19 de setembro, que estabelece as condições e procedimentos de segurança, no âmbito dos sistemas de gestão de resíduos de embalagens e de resíduos de excedentes de produtos fitofarmacêuticos;
• Decreto-Lei n.º 101/2009, de 11 de maio que regula o uso não profissional de produtos fitofarmacêuticos em ambiente doméstico, estabelecendo condições para a sua autorização, venda e aplicação.
• Decreto-Lei n.º 86/2010, de 15 de julho, que estabelece o regime de inspeção obrigatória dos equipamentos de aplicação de produtos fitofarmacêuticos autorizados para uso profissional.
• Lei n.º 26/2013, de 11 de abril, que regula as atividades de distribuição, venda e aplicação de produtos fitofarmacêuticos para uso profissional e de adjuvantes de produtos fitofarmacêuticos e define os procedimentos de monitorização à utilização dos produtos fitofarmacêuticos, transpondo a Diretiva no 2009/128/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de outubro, que estabelece um quadro de ação comunitário para uma utilização sustentável dos pesticidas, e revogando a Lei no 10/93, de 6 de abril, e o Decreto-Lei no 173/2005, de 21 de outubro.
• Portaria n.º 305/2013, de 18 de outubro, que aprova os modelos de certificado de inspeção e de selo de inspeção a apor pelos centros de inspeção obrigatória de equipamentos de aplicação de produtos fitofarmacêuticos.
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS
Uso profissional Uso não profissional Uso Profissional Uso não profissional
Lei n.º 26/2013, de 11 de abril Decreto-Lei n.º 101/2009, de 11 de maio
Domínio de aplicação – exploração agrícola / florestal; zonas urbanas, zonas de lazer e vias de comunicação; Ambiente confinado (armazém cereais)
Domínio da aplicação – ambiente doméstico – plantas de interior, hortas e jardins familiares
No rótulo contém frases:
ESTE PRODUTO DESTINA-SE A SER UTILIZADO POR AGRICULTORES E OUTROS APLICADORES DE PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS
PARA EVITAR RISCOS PARA OS SERES HUMANOS E PARA O AMBIENTE RESPEITAR AS INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
MANTER FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS
Horta familiar: - Área não superior a 500 m2 - Produção destinada a auto-consumo - Não sujeito a controlo de resíduos
Produtos prontos a usar Embalagens com capacidade ou peso 1L ou 1 kg Embalagens com a menção «uso não profissional» e «linha plantas de interior» Fecho de segurança para crianças
Formação específica obrigatória Sem obrigatoriedade de formação
Instalação de armazenamento exclusivo Sem necessidade de instalação de armazém
Vendidos em Estabelecimentos exclusivos e licenciados
Vendidos em locais não destinados exclusivamente a estes produtos (sem necessidade de licenciamento)
• Formação superior em ciências agrárias e afins
• Formação específica obrigatória
• Aceitação de funções em 3 locais (TR)
Prazo de validade das habilitações – 10 anos
Técnico responsável
Aplicador (efeito retroativo)
Aplicador especializado (efeito retroativo)
Operador de venda (efeito retroativo)
Aplicador (prova de conhecimentos) válida por 5 anos
Técnico responsável
DCAPF
ADCAPF
Agricultor / aplicador
APF
AAPF
Lei n.º 26/2013
Lei n.º 26/2013 (formação)
• Habilitação como aplicador (26 novembro de 2015)
Ação de formação para agricultores:
- Aplicação de produtos fitofarmacêuticos – 35 h (não financiada)
- Aplicação de produtos fitofarmacêuticos – 50 h (financiada pelo POPH)
Habilitação válida por 10 anos
Consulta das entidades formadoras certificadas que ministram cursos nesta área:
http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/genericos?actualmenu=3665926&generico=3665981&cboui=3665981
- Aplicador com mais de 65 anos à data da entrada em vigor da Lei n.º 26/2013
Aproveitamento em Prova de Conhecimentos – Despacho 3147/2015, de 27 março
Habilitação válida por 5 anos
Os interessados podem submeter-se à Prova requerendo a realização da mesma aos serviços da Direção Regional de Agricultura e pescas (DRAP) da sua área de residência ou a Entidade Formadora Certificada.
• Empresas prestadoras de serviços de aplicação terrestre
(zonas urbanas, zonas de lazer e vias de comunicação)
• Entidades devem solicitar a autorização de aplicação PF
• Aplicadores habilitados até 26 nov 2015
• Restrições gerais à aplicação
• Regras e medidas de redução do risco na aplicação
• Princípios gerais da proteção integrada
Lei n.º 26/2013 (Cont.)
Lei n.º 26/2013 (Cont.)
• Princípios gerais da proteção integrada
• Registos das aplicações (pelo menos 3 anos)
◦ Nome comercial e n.º AV, APV, ACP do produto
◦ Nome e n.º A.E.A. do estabelecimento de venda onde adquiriu o produto
◦ Data e a dose / concentração / volume de calda
◦ Área
◦ Culturas e respetivo inimigo ou outro efeito a atingir
• Requisitos de segurança
• Inspeção de equipamentos de aplicação
Uma inspeção efetuada até 26 novembro 2016
Registos das aplicações
REGISTO DAS APLICAÇÕES DE PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS (artigo 17.º da Lei n.º 26/2013)
Identificação do Agricultor:
Nome ____________________________________________________________________________________________________
Identificação da Exploração:
Concelho ____________________________________ Freguesia ____________________________________
Produto fitofarmacêutico Estabelecimento de Venda
1)
Data
aplic. /
local
Dose (ha) /
concent.
(hl)
Volume
de calda
Área a
tratar
m2 / ha
Cultura /
Espécie
florestal
Inimigo
visado /
efeito a
atingir
Nome
comercial
N.º
Autoriz.
Venda
Nome N.º
1) Estabelecimento de venda onde o produto foi adquirido.
Nome do aplicador …………………………………………………………………………………………………………. Data: ___ / ___ / ___ N.º do aplicador …………………………………………
Isentos de inspeção Os equipamentos utilizados para aplicação em pulverização manual, com exceção daqueles que comportem barra de pulverização que ultrapasse a largura de 3 metros;
Os equipamentos que não se destinam à aplicação por pulverização
Suspensos nos três pontos do trator Rebocados por trator Autopropulsores (automotrizes)
Inspeção Obrigatória de Pulverizadores
EPI adequado
Tomada de água e afastado, pelo menos 10 m dos cursos de água, valas ou
nascentes
Instalação coberta, sem paredes laterais, com uma bacia de retenção
Cálculo correto do volume de calda a aplicar, de modo a minimizar excedentes
Evitar o transbordo da calda durante o enchimento do pulverizador
Dispositivo anti-retorno na tomada de água, para impedir o regresso da água
do depósito ao circuito de alimentação de água
Ler sempre o rótulo
ALGUNS REQUISITOS DE SEGURANÇA Manuseamento ou preparação das caldas
Tratamento de efluentes
depósito ou aterro construído com material
biologicamente ativo, promovendo a degradação
dos resíduos de PF ou a sua concentração;
recipiente próprio e encaminhados para um sistema de tratamento, ou um sistema
de tratamento de efluentes licenciado para a gestão e valorização de resíduos
perigosos (CIRVER);
local com coberto vegetal e concebido de modo a reter
e degradar os efluentes ou resíduos provenientes das
operações com PF.
ALGUNS REQUISITOS DE SEGURANÇA Sistema de tratamento de efluentes ou resíduos
provenientes das operações PF
Sistema adaptado à dimensão do volume de efluentes produzidos
aplicados, após diluição com água, sobre coberto vegetal não tratado (e
não destinado a consumo humano ou animal) e afastadas de cursos de
água; ou,
eliminados sem diluição, nas instalações de recolha de efluentes
ALGUNS REQUISITOS DE SEGURANÇA Excedentes de calda
Usar EPI adequado;
Proceder à lavagem exterior e interior do equipamento, com o mínimo de
água possível e junto à área tratada, sobre coberto vegetal não destinado a
consumo humano ou animal, ou
em local sob coberto, com bacia de retenção e recolha de efluentes,
para degradação biótica ou abiótica.
ALGUNS REQUISITOS DE SEGURANÇA Limpeza dos equipamentos de aplicação
Evite a contaminação do solo e da água
Individual nas explorações agrícolas/florestais
◦ Aplicador / agricultor de PF
◦ Aplicador especializado para determinado grupo de PF
Empresa prestadora de serviços de aplicação terrestre
◦ Empresários individuais
◦ Empresas de aplicação terrestre
Entidades autorizadas a aplicar PF
◦ Administração direta e indireta do Estado
◦ Administração Local e Regional
◦ Entidades privadas
TIPOS DE APLICADORES
Instalação para o
armazenamento de PF
DOMÍNIOS DE APLICAÇÃO TERRESTRE
Zonas urbanas Zonas de lazer Vias de comunicação
aglomerados populacionais destinadas à utilização pela população em geral
estradas, ruas
estabelecimento de ensino parques, jardins públicos, jardins infantis
caminhos públicos, bermas e passeios
estabelecimentos de cuidados de saúde
atividades desportivas e recreativas ao ar livre -
campos de golfe
caminhos de ferro
conjunto se serviços públicos Infra-estrutura urbana
parques de campismo, parques e recreios escolares
pistas de aterragem
Exploração agrícola ou florestal
Ambiente confinado
Empresas prestadora de serviços de aplicação terrestre
Todos os domínios
Requisitos:
◦ Instalações exclusivas adequadas
◦ 1 Técnico Responsável habilitado
◦ Aplicadores habilitados
◦ Equipamentos de aplicação de PF
◦ Equipamento proteção individual
◦ Apólice do seguro de responsabilidade civil
Entidades autorizadas a aplicar
Requisitos:
◦ Instalações exclusivas adequadas
◦ 1 Técnico Responsável habilitado
◦ Aplicadores habilitados
◦ Equipamento de aplicação de PF
◦ Equipamento de proteção individual
Zonas urbanas
Zonas de lazer
Vias de comunicação
EMPRESAS DE APLICAÇÃO versus
ENTIDADES AUTORIZADAS
ARMAZENAMENTO DOS PF NAS EXPLORAÇÕES
AGRÍCOLAS OU FLORESTAIS
Escolha do local (evitar caves ou zonas de inundação – bons
acessos)
Armazenamento e manuseamento seguro
(materiais não combustíveis – impermeabilização do piso)
Produtos fitofarmacêuticos
Afastados de alimentos
Afastado de crianças
Arrumados - Boas Práticas
Embalagens originais
REDUZIR A PROBABILIDADE DE OCORREREM: ACIDENTES PESSOAIS
INCÊNDIOS
CONTAMINAÇÕES DO MEIO AMBIENTE
Requisitos para armazém: local isolado, afastado pelo menos 10m de cursos de água sólida, resistência ao fogo e física, de material incombustível piso térreo e com boa acessibilidade bem sinalizado piso impermeável e bacia de retenção de líquidos acesso reservado a pessoas habilitadas tomada de água extintor de incêndio EPI próximo e acessível
CONTRAORDENAÇÕES
• Incumprimento dos deveres do técnico responsável.
• Não afixação da AEA e da identificação do técnico responsável.
• Falta de registo, pelos aplicadores, de quaisquer tratamentos efetuados com PF,
bem como a não manutenção desses registos (art. 17.º).
• Falta de registo, pelo TR ou pelas empresas de aplicação terrestre, de quaisquer
tratamentos efetuados com PF, bem como a não manutenção desses registos (art.
20.º).
• Falta de registo, pelo TR ou pelas empresas de aplicação terrestre, de quaisquer
tratamentos efetuados com PF, bem como a não manutenção desses registos (art.
30.º).
• Não disponibilização pelas empresas de distribuição, estabelecimentos de venda,
empresas de aplicação, entidades autorizadas e utilizadores profissionais, da
documentação comprovativa da conformidade.
COIMAS -> 250 € a 5 000 € pessoa singular COIMAS -> 500 € a 22 500 € pessoa coletiva
CONTRAORDENAÇÕES
• A aplicação de produtos fitofarmacêuticos não autorizados pela DGAV ou
aplicações que não respeitem as indicações e condições autorizadas pela
DGAV.
• A aplicação de produtos fitofarmacêuticos por quem não comprove, a partir
de 26 nov 2015, possuir identificação de aplicador habilitado.
• A aplicação de produtos fitofarmacêuticos sem que estejam reunidas as
condições de segurança mínimas.
• A aplicação de produtos fitofarmacêuticos que não seja antecedida de comunicação
aos apicultores.
• O EA de prestação de serviços de aplicação terrestre de produtos
fitofarmacêuticos sem a autorização ou a renovação da autorização.
• Não comunicação de alterações às condições exigidas para a AEA de prestação de
serviços de aplicação terrestre de produtos fitofarmacêuticos , após a sua concessão
COIMAS -> 500 € a 10 000 € pessoa singular COIMAS -> 750 € a 44 500 € pessoa coletiva
CONTRAORDENAÇÕES
• O não cumprimento dos deveres pelo TR das empresas de aplicação terrestre.
• O armazenamento ou manuseamento de produtos fitofarmacêuticos nas
explorações agrícolas, em instalações não conformes.
• A aplicação de produtos fitofarmacêuticos em zonas urbanas, zonas de lazer e em vias
de comunicação sem as autorizações previstas, bem como o não cumprimento da
manutenção das condições exigidas para esta autorização.
• O não cumprimento dos deveres pelo TR nas Entidades autorizadas a aplicar.
• A aplicação de produtos fitofarmacêuticos não autorizados ou a aplicação de PF em
zonas urbanas, zonas de lazer e em vias de comunicação que não cumpram as
restrições gerais e medidas de redução do risco, que a Lei observa (arts. 15.º, 16.º,
31.º e 32.º).
• A aplicação de produtos fitofarmacêuticos em zonas urbanas, zonas de lazer e em vias
de comunicação por aplicador que não se encontre habilitado e identificado.
COIMAS -> 500 € a 10 000 € pessoa singular COIMAS -> 750 € a 44 500 € pessoa coletiva
Muito obrigada pela atenção
dispensada!
Maria Paula Mourão
Direção de Serviços de Meios de Defesa Sanitária