a aplicação da agenda ambiental no setor público estudo de caso em uma instituição da...

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X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 4 A APLICAÇÃO DA AGENDA AMBIENTAL NO SETOR PÚBLICO: ESTUDO DE CASO EM UMA INSTITUIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL DIRETA Maria Cristina Pegorin, Darliene Costa dos Santos, Ivan de Souza Costa Martins (Faculdade Apogeu) Resumo: O governo federal instituiu em 1999 a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) com o intuito de que entidades e órgãos pertencentes a todas as esferas da administração direta e indireta, pudessem adotar práticas sustentáveis que contribuíssem para a mitigação dos impactos ambientais provocados por suas atividades. Implementar um programa de gestão ambiental no modelo da A3P se constitui em um desafio para gestores públicos, por demandar que a gestão ambiental se alinhe ao modelo organizacional dos mais diversos tipos de entidades pertencentes à administração direta e indireta. Assim, este estudo teve como objetivo analisar se os parâmetros definidos pela A3P são implementados com eficiência em uma entidade pública federal pertencente à administração direta, que serviu de objeto de estudo caso para esta pesquisa quantitativa e qualitativa. A metodologia aplicada teve como instrumentos de coleta de dados revisão de literatura, aplicação de questionário e observação in loco. A análise realizada na pesquisa constatou que a instituição estudada não implementa com eficiência as de práticas sustentáveis propostas por meio dos princípios da A3P. Palavras-chaves: Gestão Ambiental. Administração Pública. Agenda Ambiental na Administração Pública. ISSN 1984-9354

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Gestão ambiental

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  • X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELNCIA EM GESTO 08 e 09 de agosto de

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    A APLICAO DA AGENDA AMBIENTAL NO SETOR PBLICO: ESTUDO DE CASO EM UMA INSTITUIO DA ADMINISTRAO PBLICA FEDERAL DIRETA

    Maria Cristina Pegorin, Darliene Costa dos Santos, Ivan de Souza Costa Martins

    (Faculdade Apogeu)

    Resumo: O governo federal instituiu em 1999 a Agenda Ambiental na Administrao Pblica (A3P) com o intuito de que entidades e rgos pertencentes a todas as esferas da administrao direta e indireta, pudessem adotar prticas sustentveis que contribussem para a mitigao dos impactos ambientais provocados por suas atividades. Implementar um programa de gesto ambiental no modelo da A3P se constitui em um desafio para gestores pblicos, por demandar que a gesto ambiental se alinhe ao modelo organizacional dos mais diversos tipos de entidades pertencentes administrao direta e indireta. Assim, este estudo teve como objetivo analisar se os parmetros definidos pela A3P so implementados com eficincia em uma entidade pblica federal pertencente administrao direta, que serviu de objeto de estudo caso para esta pesquisa quantitativa e qualitativa. A metodologia aplicada teve como instrumentos de coleta de dados reviso de literatura, aplicao de questionrio e observao in loco. A anlise realizada na pesquisa constatou que a instituio estudada no implementa com eficincia as de prticas sustentveis propostas por meio dos princpios da A3P.

    Palavras-chaves: Gesto Ambiental. Administrao Pblica. Agenda Ambiental na Administrao Pblica.

    ISSN 1984-9354

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    1. INTRODUO necessrio que as instituies pblicas brasileiras, nos mais diversos rgos

    pertencentes a todas as esferas da administrao direta e indireta, possam servir de exemplo de prticas sustentveis, adotando medidas que contribuam para a mitigao dos impactos ambientais provocados por suas atividades. Por essa razo, o governo federal instituiu, em 1999, a Agenda Ambiental na Administrao Pblica (A3P), um programa executado pelo Ministrio do Meio Ambiente (MMA) e que se constitui em um desafio para os gestores da administrao pblica, por demandar que a gesto ambiental se alinhe ao modelo organizacional dos mais diversos tipos de entidades pertencentes administrao pblica direta e indireta, com o objetivo de tornar o trabalho realizado por essas entidades mais eficiente em relao utilizao de recursos naturais. Desde ento, programas de gesto ambiental tm sido planejados e implementados em diversas entidades pblicas por meio da adoo da A3P, no entanto, a implementao de um programa de gesto ambiental implica na motivao para que todos os integrantes da organizao adotem boas prticas ambientais no exerccio de suas atividades laborais, o que exige esforo de educao e conscientizao ambiental, sem os quais a implementao de uma agenda ambiental pode no surtir resultados eficientes na mitigao de impactos. Diante deste cenrio, este estudo teve como questo problema a seguinte proposio: a implantao da A3P dentro de uma entidade pblica contribui efetivamente para o desenvolvimento de prticas sustentveis no ambiente organizacional? A partir dessa indagao, estabeleceu-se como objetivo desta pesquisa qualitativa analisar se os parmetros definidos pela A3P esto sendo utilizados com eficincia na entidade pblica pertencente administrao direta que foi utilizada como objeto de estudo caso. A justifica desta pesquisa repousa na importncia do tema ambiental para a prtica das atividades administrativas e operacionais das entidades pblicas por meio da anlise da eficcia da implementao da A3P. 2. REVISO DE LITERATURA 2.1 A evoluo do conceito de desenvolvimento sustentvel para as organizaes

    Durante muitos anos, as organizaes utilizaram recursos naturais de forma

    desordenada em suas atividades, tendo em vista uma economia voltada para o consumo exagerado e inconseqente desses recursos, sendo que somente a partir da dcada de 1970 a questo ambiental passou a ser discutida. A publicao do livro Primavera Silenciosa, de Rachel Carson, foi considerada um marco importante para o debate da questo ambiental no final da dcada de 1960, pois trouxe pela primeira vez a discusso a respeito dos problemas relacionados ao meio ambiente e destacou o que isso provocaria nos seres humanos, o que levantou o debate sobre a importncia da preservao ambiental. Na mesma poca, os estudos do Clube de Roma, liderado por Dennis Meadows com a participao do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), resultaram no documento O Limite do Crescimento.

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    Toda a discusso acerca de meio ambiente, provocada principalmente por esses dois eventos, levou realizao da Primeira Conferncia das Naes Unidas para Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida em 1972, em Estocolmo na Sucia, marcando, assim, o incio do processo que hoje leva organizaes e governos a buscarem boas prticas de desenvolvimento socioambiental e faz com que sustentabilidade se torne uma pauta prioritria na agenda poltica; por exigir controle do crescimento industrial, otimizao da produo de alimentos e uso eficiente e racional dos recursos naturais (MIKHAILOVA, 2004; FELIX E DORA, 2007; CAVALCANTI, 1998; LAGO, 2006; ALBURQUERQUE, 2009).

    A evoluo do conceito de desenvolvimento sustentvel para as organizaes continuou evoluindo com o trabalho desenvolvido por marcos subseqentes da histria ambiental como o Relatrio de Bruntland, em 1987, que propagou o conceito de desenvolvimento sustentvel; e a Segunda Conferncia das Naes Unidas para Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1992, que fez a juno entre o meio ambiente e o desenvolvimento, levando a pauta ambiental ao conhecimento de toda a sociedade por meio da mdia, alm de publicar documentos importantes como a Carta da Terra, a Declarao do Rio de Janeiro sobre meio Ambiente e Desenvolvimento e a Agenda 21. Tudo isso contribuiu para a instituio de um compromisso de planejamento e implementao de polticas de desenvolvimento sustentvel a serem implantadas por pases e organizaes (Dias, 2011; Tachizawa, 2011) por meio de tecnologias socioambientais, governana verde e melhoria da capacidade de gesto dos recursos naturais, o que depende em muito da melhoria da gesto organizacional.

    A Agenda 21 no um documento normativo, mas um projeto que estipula a formulao de estratgias em nvel internacional, nacional e local para promover o desenvolvimento sustentvel por meio do estabelecimento de polticas de combate pobreza, introduo de novos padres de produo e de consumo; manejo dos recursos naturais e dos resduos e substncias txicas; fortalecimento do papel dos grupos sociais por meio da governana; mecanismos financeiros; e instrumentos jurdicos para a implementao de projetos e programas com vistas ao desenvolvimento sustentvel (Gadotti, 2002). Cada pas tem a prerrogativa de elaborar sua prpria agenda baseada na Agenda Global de acordo com a sua realidade e necessidades. No Brasil, por exemplo, h a Agenda 21 do pas e cada estado e municpio tambm cria a sua prpria agenda, sendo que h mecanismos de interao entre as agendas. Embora j tenha sido percorrido um caminho importante desde a dcada de 1970 em relao gesto ambiental e polticas estratgicas para o desenvolvimento sustentvel, o que se fez at aqui ainda no suficiente para a instaurao de uma sociedade mais equilibrada em parmetros sociais, ambientais e econmicos. Esse foi o parecer central da Conferncia das Naes Unidas sobre Desenvolvimento Sustentvel, a Rio +20, ocorrida em 2012, no Rio de Janeiro. Como principal elemento para o desenvolvimento sustentvel, a Conferncia props a necessidade de estruturao de uma economia verde, que freie a degradao do meio ambiente, combata a pobreza e reduza as desigualdades (RELATRIO RIO+20, 2012). 2.2 Agenda Ambiental na Administrao Pblica (A3P)

    O poder de legislar sobre as questes ambientais do governo federal. Ento ele tem a obrigao de participar de assunto pertinente ao meio ambiente, instituindo poltica de preservao ambiental, j que, a prpria Constituio da Repblica (1988, art.225) atribui esta responsabilidade ao estabelecer que: todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder pblico e a coletividade o dever de defend-lo para as presentes e futuras geraes.

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    Em 1981 foi publicada a Lei de Poltica Nacional do Meio Ambiente, foi institudo tambm o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), colegiado composto por representantes Ministrios e entidades da Administrao Federal ligadas diretamente questo ambiental. Com isso, foram institudos princpios, objetivos, diretrizes, atribuies e informes da poltica ambiental nacional; bem como penalidade pela prtica de aes ou atividades lesivas ao meio ambiente, de acordo com o previsto na Lei 9.605/98 (SOUZA, 2005). Isso acarreta s instituies pblicas o dever de adotarem prticas sustentveis no exerccio de suas atividades.

    A gesto ambiental ocorre por meio do planejamento, organizao e controle das atividades de uma instituio com vistas a equilibras os seus objetivos e interesses com a mitigao de impactos ambientais causados pela sua atividades em todo o ciclo de vida de sua cadeia produtiva. Nesse sentido as instituies esto mudando seu modelo de gesto implantando em suas atividades praticam ambientais como uma forma de obter um desenvolvimento sustentvel. De acordo com Oliveira e Cogo (2012), a gesto ambiental vem sendo bastante discutida nos ltimos anos, devido ao aumento do crescimento da conscincia social global em relao aos graves problemas ambientais que cada vez mais afetam a humanidade.

    Dessa forma, a gesto ambiental uma ferramenta para evitar, na medida do possvel, os impactos que as atividades antrpicas causam ao meio ambiente, fazendo com que as atividades empresarias no ultrapassem o ponto de ruptura dos ecossistemas, que quando ele recebe uma quantidade de carga em que o meio ambiente perde sua capacidade de resilincia. De acordo com Freitas (2011), a gesto ambiental em instituies pblicas deve ir alm dos princpios j adquiridos pelas instituies privadas, pois a responsabilidade do setor pblico tende a ser muito maior pelo dever de fazer propagar princpios educativos que visem a qualidade de vida no mbito econmico, social e ambiental da coletividade como um todo.

    O Governo Federal tem a obrigao de contribuir nos assuntos que se referem ao meio ambiente, formulando polticas e utilizando meios que possibilitem a estratgia de melhoria e qualidade de um novo modelo de consumo e produo, devendo implantar elementos sociais e ambientais nesse novo modelo. Partindo desta perspectiva, as instituies pblicas tm sido motivadas a mudarem seu modelo de gesto, adotando critrios que possa levar a discusso a gesto socioambiental no setor pblico (MMA, 2013).

    Foi a partir da que surgiu a A3P, como um projeto de iniciativa do governo federal que teve como objetivo mudar o modelo de consumo e produo do setor pblico, fazendo com que os gestores aderissem a modelos de boas prticas de sustentabilidade em suas instituies O primeiro passo para a formulao e implementao da A3P a criao de um grupo responsvel pela Agenda composto por servidores de varias reas da instituio. Em seguida, esse grupo realiza o diagnstico da situao, identificando os pontos crticos e avaliando os impactos ambientais e desperdcio. Com base nisso, elaborado um planejamento integrado de boas prticas sustentveis para a entidade, envolvendo o maior nmero de colaboradores e reas de trabalho possvel. Dentro desse planejamento, h a definio de projetos e atividades, priorizando aes de maior urgncia, esse documento a A3P. A partir disso, comeam a ser realizadas atividades programadas, treinamentos e disponibilizao de recursos fsicos e financeiros. Ao longo de todo o trabalho, ocorrem ciclos de avaliao e monitoramento do desempenho ambiental da instituio, identificando os avanos e deficincias e buscando melhoria progressiva atravs da avaliao sistmica do replanejamento da agenda, da introduo de novas tecnologias e da capacitao de funcionrios (FREITAS, 2011).

    A A3P foi planejada com base na Agenda 21, que destaca a importncia dos pases em implantar e motivar um novo modelo cultural de sustentabilidade. Portanto, a A3P visa inserir

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    princpios de gesto socioambiental que vo alm da atividade contnua, incluindo em seu processo a licitao sustentvel, a mudana de resduos, entre outros fatores (FREITAS, 2011).

    Contudo, para que a A3P resulte em eficincia de boas prticas de sustentabilidade, preciso a colaborao de todos os servidores e departamentos, sendo que a implantao do programa voluntria, o que torna ainda maior o desafio para os gestores no que diz respeito ao planejamento de mudanas de hbitos e a motivao para que se tenha um bom ndice de participao (SARAIVA, 2011).

    A A3P est pautada em cinco princpios, que em suma so: sensibilizar os gestores pblicos para as questes socioambientais; promover a economia de recursos naturais e reduo de gastos institucionais; reduzir o impacto socioambiental negativo causado pela execuo das atividades de carter administrativo e operacional; contribuir para a reviso dos padres de produo e consumo e na adoo de novos referenciais, no mbito da administrao pblica; e contribuir para a melhoria da qualidade de vida. Para melhor compreenso desses princpios, a metodologia 5Rs foi implementada, configurando os cinco eixos temticos da A3P (MMA, 2013):

    a. Repensar: Repensar a necessidade de consumo e os padres de produo e descarte adotados; b. Recusar: possibilidades de consumo desnecessrio e produtos que geram impactos ambientais significativos; c. Reduzir: significa evitar os desperdcios, consumir menos produtos, preferindo aqueles que ofeream menor potencial de gerao de resduos e tenham maior durabilidade; d. Reciclar: significa transformar materiais usados em matrias primas para outros produtos por meio de processos indstrias; e. Reutilizar: uma forma de evitar que v para o lixo aquilo que no lixo reaproveitando tudo o que estiver em bom estado. ser criativo, inovador usando um produto de diferentes maneiras. Os eixos temticos da A3P so implementados de acordo com as aplicaes e aes apresentadas no quadro 1:

    EIXO TEMTICO APLICAES AES Uso Racional de Recursos e bens Pblicos.

    Evitar o desperdcio. Usar racionalmente a energia, gua, madeira, copos plsticos e outros materiais de expediente.

    Gesto adequada dos resduos gerados.

    Destinar corretamente os resduos gerados.

    Adotar a poltica dos 5Rs, reduzir o consumo e combater o desperdcio.

    Qualidade de vida no ambiente de trabalho.

    Facilitar e satisfazer as necessidades do

    trabalhador (resultar no aumento de sua produtividade).

    Melhorar as condies ambientais; promove a sade e segurana, incluindo o acesso aos portadores de deficincia fsica; incentivar a integrao social; usar e desenvolver as capacidades humanas; dar autonomia para desempenhar a funo; respeitar as legislaes (liberdade de expresso, privacidade pessoal.).

    Sensibilizao e Capacitao.

    Mudar os hbitos, comportamentos e padres

    de consumo. Criar e consolidar nos servidores a conscincia cidad da Responsabilidade socioambiental por meio de campanhas (palestras, mini-cursos, apresentaes, fruns.) e capacitao, principalmente de gestores.

    Licitao sustentvel. Promover a responsabilidade socioambiental nas compras.

    Evitar compras desnecessrias; identificar como mximo de detalhes possveis a descrio de produtos sustentveis.

    Quadro 01: Eixos temticos da A3P

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    Fonte: MMA (2013), com adaptaes.

    Todos os princpios da A3P requerem uma transformao no modo de gesto das instituies pblicas, inclusive a licitao sustentvel, segundo a qual, necessrio escolher a proposta mais vantajosa para a administrao pblica respeitando, alm de todos os princpios licitatrios exigidos pela Constituio Federal, tambm a observncia ao estmulo para o desenvolvimento nacional sustentvel (Costa, 2011). Segundo Torres (2012, p.3), licitao sustentvel aquela em que se inserem critrios ambientais nas especificaes contidas nos editais de licitao, para a aquisio de produtos, para a contratao de servios, para a execuo de obras, de forma a minimizar os impactos ambientais. Ainda de acordo com Torres (2012), a administrao pblica um instrumento essencial de reestruturao da conscincia ambiental do consumidor cidado, sendo que a Agenda 21 exige que o governo exera seu papel de promotor e motivador do desenvolvimento sustentvel. Nesse sentido, (Oliveira 2013, apud, Neto 2012, p.56) define licitao sustentvel como: um instrumento de gesto ambiental utilizado pela Administrao Pblica para insero de critrios ambientais e sociais em todos os estgios de seu processo de compras e contrataes. A exigncia de licitao sustentvel na administrao foi ratificada pela Cpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentvel, em 2002 na cidade de Johanesburgo, motivando os governantes a institurem polticas de contratao pblica que contribuam para o desenvolvimento sustentvel e a difuso de mercadorias e servios convenientes ao meio ambiente. E isso foi implementado na A3P, de acordo com o que pode ser verificado no seguinte trecho do Guia de Compras Pblicas (2010, p. 03):

    Existem prticas de produo e consumo que melhoram a eficincia no uso de produo e recursos naturais, econmicos e humanos, que reduzem o impacto sobre o meio ambiente, que promovem a igualdade social e a reduo da pobreza, que estimulam novos mercados e recompensam a inovao tecnolgica, mas que raramente so priorizadas. As compras pblicas sustentveis so iniciativas que se enquadram nessas aes. Com essa orientao, o poder de compra dos governos pode influenciar os mercados e contribuir para a consolidao de atividades produtivas que favoream o desenvolvimento sustentvel agindo diretamente sobre o cerne da questo: produo e consumo.

    Com base nisso, o governo assume um papel importantssimo, uma vez que o

    responsvel pela articulao e criao de diversas polticas pbicas e normas que podem influenciar o comportamento de diferentes atores da sociedade, incentivando a qualidade ambiental. A Agenda A3P auxilia no uso dos recursos naturais e bens pblicos de forma econmica e racional, dessa forma evitando o desperdcio. A A3P tem, portanto, o objetivo estimular a adoo de critrios socioambientais na gesto dos rgos pblicos, visando minimizar ou, at mesmo, eliminar os impactos de suas prticas administrativas e operacionais no meio ambiente, atravs de adoo de aes que promovam o uso racional dos recursos naturais e dos bens pblicos, alm do manejo adequado dos resduos. Para que a A3P seja implmentada em uma instituio pblica, necessrio conscientizar os gestores e servidores pblicos quanto responsabilidade socioambiental e a utilizar ferramentas, como por exemplo, campanhas e eventos como palestras, cursos e fruns que busquem chamar a ateno dos servidores e terceirizados atuantes na instituio a respeito de temas socioambientais relevantes (MMA, 2013) 2.3 Prticas de Sustentabilidade nas Instituies Pblicas

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    A A3P traz, segundo o Ministrio do Meio Ambiente (2013), objetivos fundamentais:

    a) Combate a todas as formas de desperdcio dos bens pblicos e recursos naturais; b) Incluso de critrios socioambientais nos investimentos, compras e contrataes pblicas; c) Gesto ambiental dos resduos, incluindo a parceria com cooperativas de catadores de lixo para gerao de trabalho e renda; d) Formao continuada dos servidores pblicos em relao aos aspectos socioambientais e de melhoria da qualidade do ambiente de trabalho; e) Reacender a tica e a autoestima dos servidores pblicos, principalmente em relao ao atendimento de interesses coletivos. (MMA, 2013)

    O setor pblico deve incentivar a prtica de sustentabilidade nas suas atividades,

    atravs de polticas e programas mais adaptados a cada Entidade. Vrios rgos governamentais criaram instrumentos legais que se referem especificamente ao desempenho ambiental nas instituies pblicas, entre eles:

    Decretos Presidenciais: Nos 2.783/98 e 3.330/00, que tratam respectivamente, da proibio da aquisio, pelos governos, de produtos que contenham Substncias que Destroem a Camada de Oznio (SDOs) e sobre o consumo de energia e aquisio de produtos com maior eficincia energtica. No Estado de So Paulo: i) Decreto No 41.629/97, que dispe sobre o uso do Clorofluorcarbono (CFC), a aquisio pelos governos de produtos que contenham as chamadas SDOs; ii) Decreto No 42.836/98, sobre a aquisio e locao preferencial de veculos movidos a lcool pela administrao pblica estadual; iii) Decreto No 45.643/01, sobre a aquisio pela Administrao Pblica de lmpadas de maior eficincia e menor teor de mercrio e iv) Decreto No 45.765/01, que institui o Programa Estadual de Reduo e Racionalizao do Uso de Energia, aplicando a reduo de 20% nas instalaes do governo, referindo-se aquisio de produtos e servios com melhor desempenho energtico possvel; No Mato Grosso: Lei Complementar No 27, de 25/08/1999, que dispe sobre a instalao de dispositivos hidrulicos visando o controle e reduo de consumo de prdios pblicos e comercias; No Paran: Lei No 12.204/98, que dispe sobre a aquisio preferencial da frota veicular oficial movida a lcool; No Distrito Federal, Lei No 2.616/00, que dispe sobre a utilizao de equipamentos economizadores de gua nas instalaes hidrulicas e sanitrias dos edifcios pblicos e privados destinados ao uso no residencial no mbito do Distrito Federal; e Na Cmara dos Deputados, Resoluo No 45/93, que dispe sobre a utilizao de papel reciclado, no mbito da instituio. (MACHADO, 2002.p 65).

    O Ministrio do Meio Ambiente (2013), com essa nova dinmica ambiental, preconiza

    um processo de mobilizao, sensibilizando servidores pblicos e seus gestores e colhendo informaes para constituir base de materiais informativos para as diversas entidades pblicas. O Ministrio do Meio Ambiente, ento, tem um papel fundamental para disseminar as boas prticas de sustentabilidade dentro dos rgos pblicos.

    Nesse sentido, Tachizawa (2011), diz quea norma NBR ISSO 14001/2004 Sistema de Gesto Ambiental, informa a cada instituio, a possibilidade de desenvolvimento prprio de uma Agenda Ambiental adequada s suas caractersticas, peculiaridades e atividades de acordo com seu direcionamento estratgico.

    A ISO 14001 uma norma de sistema que refora o enfoque no aprimoramento da conservao ambiental pelo uso de um nico sistema de gerenciamento permeando todas as

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    funes da organizao, no estabelecendo padres de desempenho absolutos, mas possibilitando uma viso integrada da gesto ambiental numa organizao.

    Dentre os principais objetivos da A3P, destacam-se: Combate a todas as formas de desperdcio dos bens pblicos e recursos naturais; Incluso de critrios socioambientais nos investimentos, compras e contrataes pblicas; Gesto ambiental dos resduos, incluindo a parceria com cooperativas de catadores de lixo para gerao de trabalho e renda dentre outros.

    Na coleta dos resduos slidos, deve-se observar a Resoluo do CONAMA n 275 de

    25 de abril de 2001, que estabelece o cdigo de cores para os diferentes tipos de resduos, a ser adotado na identificao de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva

    Outro fator importante para as prticas sustentveis em organizaes, a racionalizao do uso do papel nas entidades pblicas que tambm pode ser exercidas atravs do reaproveitamento de papis tornados inteis para rascunhos, lembretes, anotaes, entre outros usos e ainda por meio de impresses de frente e verso, que reduzem o uso de papel pela metade. Alm disso, tornar os processos e documentos das reparties pblicas, quando possvel, de forma desmaterializada o qual traz as seguintes vantagens:

    necessrio destacar, que a partir dessas boas prticas de sustentabilidade e das informaes sobre os atuais padres de consumo praticados pelo Estado brasileiro, construda uma base de informaes para as futuras polticas pblicas e para a promoo de mudana dos padres de consumo e produo dos rgos governamentais, propondo procedimentos que contribuam para a melhoria do desempenho ambiental das atividades do prprio governo. 3. METODOLOGIA

    Neste estudo, foi utilizado como mtodo de pesquisa o estudo de caso, que. segundo Yin (2001, p. 32), "uma investigao emprica que investiga um fenmeno contemporneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenmeno e o contexto no esto claramente definidos". Foi usado o mtodo de Estudo de Caso descritivo, pois envolveu a anlise de caractersticas de certa populao ou fenmeno atravs de tcnicas de coleta de dados padronizadas, que foi o questionrio, possibilitando o entendimento da dinmica do fenmeno em estudo. Desse modo, a pesquisa deve ser balizada por procedimentos formais e cientficos sem ter nenhuma influencia pessoal do pesquisador, permitindo desvendar novos fatos ou dados para a cincia.

    Os instrumentos utilizados como forma de obteno de dados foram a reviso de literatura, a aplicao de questionrio e a observao in loco. A primeira se refere, segundo Gil (2010), a uma pesquisa elaborada com base em material j publicado, como livros, revistas, jornais, teses, dissertaes e anais de eventos cientficos. O questionrio foi aplicado em uma amostra de 50 servidores da instituio objeto de estudo e teve o foco principal de atender o objetivo de identificar as aes de sustentabilidade existentes. Como a instituio bastante grande, foi feita uma escolha aleatria de cinco departamentos para compor a amostra da pesquisa, e, entre esses, de um total de 190 funcionrios, entre servidores e terceirizados, foram escolhidos, tambm aleatoriamente, os 50 que responderam ao questionrio que possuia 11 questes. A anlise foi qualitativa e qualitativa, com a tabulao de dados e anlise de resultados obtidos no questionrio e na observao in loco.

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    A instiutio objeto de estudo de caso desta pesquisa um Ministrio, pertencente assim Administrao Direta Federal. O Ministrio est dividido em vrias estruturas organizacionais relacionadas a departamentos, setores e anexos que compem o organograma institucional. A poltica ambiental da instituio est pautada em trs princpios: a viabilidade ambiental das atividades que so realizadas por ela; o respeito s necessidades de preservao ambiental e a sustentabilidade ambiental. Desde 2011, a instituio passou a fazer parte oficialmente da Agenda Ambiental na Administrao Pblica. Porm sua assessoria socioambiental s foi instituda em 2012, por meio de um decreto. 4. ANLISE DE DADOS

    Ao buscar verificar se os funcionrios tinham conhecimento da implementao da A3P na Instituio, a pesquisa demonstrou que a maioria dos servidores entrevistados, 88% deles, tinha esse conhecimento. Em relao ao fato de se a prtica das aes incentivadas pela A3P contribua para mitigar os impactos causados pelo exerccio das suas atividades, novamente a maioria (76%) respondeu afirmativamente. No entanto, quando indagados se a poltica ambiental da instituio os motivou a mudarem seus hbitos ambientais fora do dentro do trabalho e fora dele, aderindo em seu cotidiano a boas prticas de sustentabilidade, observou-se que, mesmo com o conhecimento da importncia da preservao do meio ambiente, 42% dos entrevistados, ou seja, quase a metade, no desenvolve as aes na prtica. Esses dados demonstram que os funcionrios da instituio objeto de estudo sabem que h um programa ambiental na instituio e para que ele serve, mas no incorporaram efetivamente as prticas de sustentabilidade tornando-se mais conscientes em relao questo ambiental.

    Na sequncia da pesquisa, foi verificado o nvel de adeso ao programa de coleta seletiva proposto pela A3P. Um quantitativo de 80% tinha a informao de que a instituio fazia coleta seletiva. No entanto, os mesmos servidores relataram na pesquisa que o descarte final dos resduos coletados separadamente no estava sendo feito segundo o propsito da A3p, pois a separao dos resduos orgnicos e reciclveis, ocorria com o depsito do resduo pelo funcionrio nos contineres corretos de coleta seletiva, mas depois boa parte desses resduos eram juntados novamente no momento de seguir para a sua disposio final.

    Em relao ao uso racional de energia eltrica na instituio, apenas 30% da amostra afirmou que aplica no exerccio das suas atividades as medidas propostas pela agenda para a utilizao eficiente de energia. Quando indagados se a instituio estava incentivando os funcionrios a praticarem aes sustentveis no s no trabalho como no seu dia-a-dia, oferecendo palestras e outras aes que pudessem sensibiliz-los e motiv-los a aderirem a essas prticas sustentveis, 50% da amostra afirmou que o rgo desenvolve essas aes e os outros 50% discordaram. De acordo com a pesquisa, faz pouco tempo que a instituio vem desenvolvendo a agenda A3P, porm preciso mais comunicao e divulgao da mesma, uma vez que os funcionrios se mostram totalmente confusos em relao adoo da agenda, demonstrando que a conhecem na teoria, mas no a efetivam na prtica e que precisam de mais treinamentos e esclarecimentos sobre a mesma. Pois, o que se pode inferir na anlise que, em razo de falta de divulgao e motivao, alguns funcionrios desconhecem a prtica. Portanto, a comunicao dever contribuir para que essas aes tenham mais efetividade.

    No que diz respeito utilizao do material reciclado por parte da instituio em suas atividades operacionais, isso foi confirmado por apenas 18% dos entrevistados. A anlise do questionrio confirmou que a reutilizao, a reciclagem e a coleta seletiva no so prticas adotadas efetivamente na instituio, embora sejam princpios da Agenda Ambiental na Administrao Publica, por fazerem parte da metodologia 5Rs.

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    Nesse cenrio, surpreendentemente, todos os entrevistados afirmaram que imprimem ou fazem cpia dos documentos frente e verso sempre. Com base nos dados auferidos na pesquisa at aqui, infere-se que esse resultado pode no ser verdadeiro, pois a instituio no possui sistema de controle que possa mensurar os nmeros de cpias feitos pelos funcionrios. Provavelmente os entrevistados estejam querendo demonstrar postura de engajamento e conscientizao acerca da questo da preservao ambiental. H pontos de dissonncia em relao ao que a A3P da instituio apregoa e a efetividade prtica da agenda, pois no h um programa de sensibilizao e capacitao socioambiental para os servidores no que concerne prtica de boas aes sustentveis. 5. CONSIDERAES FINAIS

    Ao longo deste estudo, foi realizada uma srie de anlises e pesquisas bibliogrficas

    relacionadas gesto ambiental e aos parmetros utilizados pela instituio objeto. Concluiu-se, por meio da pesquisa de campo, que o rgo em estudo no utiliza com eficincia os objetivos proposto pela A3P, contatando-se que existe dificuldade entre os gestores em transformar as teorias propostas pela Agenda Ambiental na Administrao Pblica em prticas sustentveis efetivadas no desenvolvimento dos processos de trabalho que so realizados pelos seus funcionrios, servidores e terceirizados. Dessa forma, aderir ao uso de boas prticas sustentveis requer, alm de um documento formalizado, planejamento, comunicao, treinamentos e motivao para que haja participao efetiva de todos os funcionrios envolvidos.

    Embora haja conhecimento do programa, no h aes de monitoramento e controle no que diz respeito s prticas de sustentabilidade. Pode-se propor, dessa forma, uma promoo efetiva dos programas de sustentabilidade para os funcionrios, atravs de palestras, eventos e oficinas. Outra forma de sensibilizao pode ser feita tambm com cartilhas, ou seja, propem-se que a A3P tenham sua aplicao desenvolvida em sintonia com um programa de educao ambiental. Pois, compreende-se que boas prticas de sustentabilidade, para serem bem sucedidas, dependem da conscientizao dos colaboradores. REFERNCIAS ALBUQUERQUE, Jos de Lima, Gesto Ambiental e Responsabilidade Social. So Paulo: Atlas, 2009. BRASIL. Constituio da Repblica Federativa do Brasil, DF, Senado, 1988. BRASIL. Decreto- lei-n 6.938, de 31 de Agosto de 1981. BRASIL. Decreto- lei -8.666, de junho de 1993. L. C. Lus & RAU, K. Agenda Ambiental na Administrao Pblica. Viosa, v.5, p. 114-134, abr-jun. 2013. CADERNO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL. Programa Nacional de Capacitao de Gestores Ambientais. BRASILIA, 2009. CAVALCANTI, Clvis, Desenvolvimento e Natureza: estudo para uma sociedade sustentvel. 2 ed. So Paulo, 1998. CONFERNCIA DAS NACES UNIDAS: de acordo com a Resoluo n 44/228 da Assembleia Geral da ONU, de 22-12-89, Braslia: Cmara dos Deputados, Agenda 21, 1995. COSTA, C.D.L,. As licitaes sustentveis na tica do controle externo. Braslia ,2011. DENISE, Kronemberger, Desenvolvimento Local sustentvel, editora Senac. So Paulo, 2011.

  • X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELNCIA EM GESTO 08 e 09 de agosto de

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