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E B/Sec. De Vila Nova de Cerveira Ano letivo: 2014/2015 “A Aia” – A Ação EÇA DE QUEIRÓS

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"A Aia"

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E B/Sec. De Vila Nova de Cerveira

Ano letivo: 2014/2015

“A Aia” – A AçãoEÇA DE QUEIRÓS

CONTO

Conto literário – narrativa curta e linear, envolvendo poucas personagens, concentrada numa única ação, de curta duração temporal e situada num só espaço. É um conto de autor, com uma origem definida, ao contrário do conto popular, de origem anónima.

Era uma vez um jovem rei, que partiu para longe para a guerra, deixando a amada, o filho recém-nascido e o reino desprotegidos.

O rei faleceu numa batalha e a tristeza entrou no palácio, deixando inseguro o seu filho, futuro rei, que tinha um rival mais perto do que poderia imaginar: o seu tio bastardo, um homem cruel, agressivo, mau, que tudo faria pelo poder.

Ao lado do príncipe dormia um menino que era filho de uma escrava que amamentava os dois. Partilhavam o quarto embora em berços diferentes: o do herdeiro do trono era rico e o do escravo era pobre. A escrava, aia da rainha, tinha nascido naquele palácio, era fiel aos seus senhores e preocupava-se com o que lhes poderia acontecer no futuro, por isso estava alerta.

Resumo do conto “A Aia”

Uma noite, o tio bastardo invadiu o palácio com um exército de malfeitores e a aia, sem pensar duas vezes, trocou os bebés de berço. Não se apercebendo da troca, os homens levaram e mataram o escravozinho.

A rainha, desesperada, correu para o quarto do filho quando a aia lhe mostrou, destapando o berço, que tinha trocado os bebés. Beijou a aia, considerou-a como irmã e quis recompensá-la dando-lhe a escolher, dos imensos tesouros daquele reino, o que ela quisesse. A Aia, escrava leal, pegou num punhal valioso e cravou-o no peito dizendo que ia juntar-se ao seu filho, que já tinha cumprido o seu dever. 

Resumo do conto “A Aia”

O TÍTULO

“A Aia”- A utilização do determinante artigo definido sugere que esta personagem é especial, protagonista, e reúne em si todas as qualidades que fazem dela uma excelente escrava.

O título é sugestivo pois permite explorar as principais linhas de sentido do conto

O TÍTULO PARECE-TE SUGESTIVO? O título é sugestivo pois permite

explorar as principais linhas de sentido do conto:

O conflito de natureza política e moral entre duas fações rivais;

A coragem e abnegação (altruísmo) de uma mãe que põe os interesses do seu reino à frente de tudo;

A importância simbólica de uma vida que representa a vida e o bem-estar do povo.

Situação inicial:Apresentação do rei, da rainha, do filho e do reino. Partida do rei para uma batalha, deixando sozinhos a rainha, o filho e o reino. O rei morre. (Dois primeiros parágrafos- ll. 1-9)

 Desenvolvimento: (Terceiro parágrafo- l.10) “A rainha chorou magnificamente o rei …” até (l.147) Era um punhal de um velho rei (…) e que valia uma província.”

Comportamento das personagens aquando da morte do rei. O tio bastardo entra no palácio para matar o principezinho e apoderar-se do reino. A Aia troca as crianças quando pressente o ataque ao palácio pelo ambicioso e malvado tio e a sua horda. Morte do tio, de alguns da sua horda e do escravozinho. Reação das personagens à morte do suposto principezinho. Recompensa da Aia por ter salvo o principezinho. A Aia escolhe um punhal.

Desenlace: (três últimos parágrafos – suicídio da aia)

Por amor ao filho, a Aia anuncia que vai dar de mamar ao filho e suicida--se com o punhal.

A ESTRUTURA

MOMENTOS DA AÇÃO

Introdução (Exposição) – “Era uma vez…faixas.” (ll. 1-4)

Complicação – “A Lua cheia…rio.” (ll. 5-9) Reações e consequências – “A rainha

chorou…o príncipe que despertara.” (ll. 10-111)

Resolução – “Foi um espanto…ela escolher?” (ll. 112-144)

Desfecho (desenlace) – “A ama estendia a mão…coração.” (ll. 145-152)

Sequências narrativas do desenvolvimento:

1- Notícia da morte do Rei e consequente desgosto da Rainha (parágrafos 2-3);

2 – Receios da Aia que teme pela vida do seu príncipe e pelo futuro do reino (parágrafos 4 a 7):

3 – preparativos, no castelo, para enfrentar o tio bastardo que começara já a atacar o povo (parágrafo 8);

4 - Atitude impulsiva da Aia na troca das crianças: a Aia, para salvar o príncipe, troca-o pelo seu filho (parágrafo 9);

Sequências Narrativas

5- O príncipe é raptado (parágrafo 10);

6- A rainha pensa que o seu filho, o príncipe, foi raptado, mas a escrava mostra-lho no berço (parágrafos 11 e 12);

7- A rainha mostra à sua gente, que pensava que o herdeiro tinha sido morto com o bastardo, que, afinal, o príncipe está vivo graças à aia; todos aclamam e pedem uma recompensa para a escrava (parágrafos 13 e 14);

8- A aia é conduzida ao tesouro real para escolher uma joia (parágrafos 15 e 16).

Sequências Narrativas

É POSSÍVEL ALTERAR A ORDEM DAS SEQUÊNCIAS NARRATIVAS?

R: Não, uma vez que as sequências sucedem-se umas às outras, num processo de encadeamento.

LOGO…

A articulação das sequências narrativas (momentos de avanço) faz-se por encadeamento ( as sequências narrativas sucedem-se de tal modo que o final de uma é o ponto de partida de outra). Os momentos de pausa abrem e fecham a narrativa e interrompem, por vezes, a narração com descrições (espaço, objetos, personagens). Não é possível alterar a ordem das sequências narrativas.

Encadeamento –os acontecimentos são narrados respeitando uma ordem cronológica.

Organização das sequências

Aberta – Ação não solucionada. Fechada – Ação solucionada ao pormenor.

A ação referente ao conto “A Aia” é fechada porque dá a conhecer o fim da história, ou seja, é solucionada ao pormenor e apresenta um desenlace claro/ tem um final irreversível: a morte da personagem principal (solução final que fecha a narrativa).

Delimitação

Central – Uma aia, escrava, cuida do príncipe e do seu próprio filho da mesma idade; troca o filho pelo príncipe e suicida-se.

Secundária(s) – Morte do rei numa batalha; A rainha fica só a governar com o príncipe ainda bebé, sem ninguém que os defenda dos usurpadores do poder; Temor pelo irmão bastardo do rei que se torna uma ameaça cada vez maior, porque estava próximo da cidade; Ataque e rapto do príncipe; Morte do bastardo, da sua horda e do escravozinho; Alegria pela troca dos bebés; recompensa da aia .

RELEVO DA AÇÃO