a adoração e a música na igreja corrigido

Upload: j-janobrega

Post on 07-Jul-2015

82 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

A Adorao e a Msica na Igreja Daniel O. Plenc Sendo que a msica desempenha um papel fundamental na expresso humana, convm cultiv-la bem. A passagem de Isaas 55:10 e 11 expressa, adequadamente, a dinmica da adorao. "Porque, assim como a chuva e a neve descem dos cus e para l no tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir e brotar, para que d semente ao semeador, e po ao que come, assim ser a palavra que sair da minha boca: ela no voltar para mim vazia, antes far o que me apraz, e prosperar naquilo para que a enviei." Na adorao existe uma palavra de Deus que desce do alto e uma resposta que ascende do homem. A mensagem divina retorna em frutos de harmonia com a vontade de Deus. Assim a adorao ao: uma auto-revelao de Deus e uma resposta positiva do homem. Robert E. Webber mostra que como adorar um verbo, algo que fazemos para a glria de Deus. Consideraremos quatro aspectos importantes que criam o lugar da msica na adorao da igreja. 1. A msica como criao e doao divina A msica um presente de Deus, parte de sua criao, de tudo "que era muito bom" o que o Senhor fez no principio. O grande Artista divino fez os homens a sua imagem, com gosto pela beleza, e com suficiente criatividade e capacidade esttica para express-la e desfrut-la . Deus a grande gnese da msica. Por um tempo Lcifer foi apenas seu diretor do coro, at que ps em dvida a dignidade do nico objeto do louvor celestial . Neste contexto o homem, como mordomo do Criador, responsvel por usar, preservar e desenvolver o dom da criatividade, e da expresso musical. 2. A msica da igreja como arte e misso Donald P. Hustad afirma que "a msica na igreja no uma arte livre, nem um fim em si mesma. arte trazida aos ps da cruz: arte dedicada ao servio de Deus e a edificao da igreja." Prefere pensar na msica crist como uma arte funcional, uma criao humana, mas destinada ao cumprimento dos propsitos divinos. Diferentemente da arte "pura," a msica crist supera o prazer esttico e avaliada pelo cumprimento de seu propsito. Esse propsito no pode diferir da misso divina da igreja. Uma idia da misso da igreja pode se extrair dos termos que o Novo Testamento utiliza para expressar as facetas do ministrio eclesistico: adorao (leitourga), ensino (didaj), comunho (koinona), proclamao (kerygma), testemunho (martura), servio (diakona). Estes vocbulos sugerem um equilbrio na clssica tenso entre o ser e o fazer do ministrio eclesistico. 2.1. Adorao (leitourga): Cabe notarmos que a adorao "a primeira responsabilidade da Igreja". A adorao tambm o grande objetivo da igreja e de seu culto. A msica crist participa deste objetivo, sendo um instrumento de comunicao entre Deus e os homens. Um meio pelo qual Deus pode expressar-se, e ao mesmo tempo permitir ao homem expressar uma resposta positiva iniciativa da divindade. De modo que, acima de qualquer outro objetivo, a msica eclesistica deve orientar-se adorao a Deus. 2.2. Proclamao (kerygma): A msica da igreja apregoa os feitos redentores de Deus em favor dos homens, e estende a eles um convite f e ao compromisso cristo. As religies pags baseavam sua adorao nos ciclos da natureza; a religiosidade bblica se baseia nas intervenes histricas de Deus em favor de seu povo. Os grandes atos da criao, preservao, redeno e providncia devem proclamar-se na adorao crist e na sua msica. Eles provem os motivos essenciais para a resposta do homem. Ellen

White o expressou desta maneira: "A voz humana tem muito poder efetivo e musicalidade, e que aquele que aprende a cantar realiza esforos decididos adquirir o habito de falar e cantar que ser para ele um poder para ganhar conversos para Cristo". 2.3. Testemunho (martura): A msica crist prove a oportunidade para compartilhar a f e a experincia crist com os outros. um veculo adequado para contar o que o Senhor tem feito na vida de cada testemunha. Os que no crem podem receber esse testemunho, e os crentes sero edificados. 2.4. Educao (didaj): A msica sacra constitui um ministrio docente porque, como a msica educativa, pode transmitir com eficcia importantes aspectos do carter e das aes do Criador. A serva do Senhor expressou assim: " um dos meios mais eficazes para impressionar o corao com as verdades espirituais. Quantas vezes alma oprimida e pronta a desesperar, vm memria algumas das palavras de Deus - as de um estribilho, h muito esquecido, de um hino da infncia - e as tentaes perdem o seu poder, a vida assume nova significao e novo propsito, e o nimo e a alegria se comunicam a outras almas! Nunca se deve perder de vista o valor do canto como meio de educao. Que haja cntico no lar, de hinos que sejam suaves e puros, e haver menos palavras de censura e mais de animao, esperana e alegria. Haja canto na escola, e os alunos sero levados para mais perto de Deus, dos professores e uns dos outros." 2.5. Servio (diakona): A msica crist muitas vezes um remdio para o esprito humano. Outorga nimo, consolo e fortaleza. Por meio dos cantos sagrados em Israel "elevavam-se seus pensamentos acima das provaes e dificuldades do caminho; abrandava-se, acalmava-se aquele esprito inquieto e turbulento; implantavam-se os princpios da verdade na memria; e fortalecia-se a f." Por esta razo os msicos cristos devem ver a si mesmos como autnticos ministros de Deus em favor dos conversos. 2.6. Comunho (koinona): A msica crist enfatiza a unidade da igreja e fortalece os laos de amor entre seus membros. Alm de unir, o canto freqentemente prov uma das poucas oportunidades de genuna participao conjunta. A orao e o canto unem os pensamentos dos adoradores e os orienta na direo do divino. Por isso, "O canto no deve ser feito apenas por uns poucos. Todos os presentes devem ser estimulados a tomar parte no servio de canto." Todo este fundamento teolgico e eclesiolgico da atividade musical indica que as palavras dos cnticos so mais significativas que a msica que os acompanha. verdade que a msica pode dar fora, e servir de realce e complemento letra, mas tambm certo que pode limitar e at bloquear a compreenso das palavras. 3. A msica como expresso Ensina-se que a msica uma arte, e que a arte basicamente expresso. Mas no se deve esquecer que a msica crist um meio de expresso religiosa. Uma expresso humana, dentro de um indubitvel marco teolgico. Neste contexto a msica sacra primeiramente deve ser expresso de Deus. criada e executada por seres humanos, mas leva sublime inteno de expressar a Deus. Por isso, "a msica crist deve incluir a melhor expresso humana possvel daquilo que a cultura percebe ser a auto-revelao de Deus humanidade". Junto com a pregao bblica, o canto cristo pode ser um canal de comunicao entre Deus e os homens. A adorao levar em conta a transcendncia e a imanncia de Deus . Deus anterior e est alm da criao, mas veio a ns em Cristo e no Esprito Santo. A transcendncia de Deus promove a reverncia, e a imanncia torna possvel a comunho. A msica da igreja deve apresentar a Deus tal como a Escritura o revela: um Deus que desperta o temor reverente tanto quanto o gozo cristo.

Tambm certo que a msica uma expresso de prazer, e que a msica crist no tem porque renunciar a ele. Porque, "a menos que os adoradores encontrem algo de prazer... numa determinada linguagem de msica crist, provavelmente no sero edificados nem pela msica nem pela letra". "Sem dvida, h perigos potenciais relacionados com a experincia de prazer gerado pela msica crist". Existe o risco de fazer do prazer da msica um fim em si mesmo, de limit-la a uma experincia puramente esttica, transformando-a num "entretenimento religioso". A msica tambm expresso de emoo. As emoes parecem revalorizar-se na adorao atual, e no h dvida de que "a msica fala ao corao". Alfred Ken expressa que todo o ser: "esprito, alma e corpo, os sentimentos e a vontade, assim como a inteligncia, deveriam estar envolvidos no culto". Fala-se muito da utilizao litrgica dos dois hemisfrios cerebrais; o esquerdo, verbal, lgico, cognitivo, racional; e o direito, no verbal, intuitivo, esttico, emocional. Paulo insta aos cristos de Corinto a cantarem "com o espirito" e "com o entendimento" . O perigo se encontra em reduzir a emoo a sua expresso superficial: o sentimentalismo. Isto resulta em desconectar a msica do conjunto da realidade cultual, de seu contexto teolgico e experimental, e impor com insistncia as preferncias individuais. A msica sacra deve ser a expresso de autntica religiosidade. H de ser julgada em relao com o cumprimento de sua misso espiritual. A msica crist deve servir como um meio eficaz de revelao divina e resposta humana. "Alm disso, todas as reunies e atividades da igreja (com sua msica) devem ser avaliadas por quo plena e verdadeiramente Deus revelado e quo completa e madura resposta positiva humana." A msica crist h de ser a expresso dos princpios fundamentais da f. Na situao da religiosidade protestante, a msica religiosa deve manifestar o sustentculo de seu pensamento teolgico. 3.1. Primazia das Escrituras. O princpio da Sola Scriptura (Somente a Bblia) tem implicaes na adorao e na msica da igreja. A adorao tende a ser mais racional que mstica, por submeter-se s pautas escriturais. A pregao bblica passa a ser central na adorao congregacional. A leitura e a pregao da Escritura no substituda nem ofuscada pela msica, apenas realada por ela. 3.2 A Salvao pela F O principio fundamental da Sola fide (Somente a f) determina que o culto d nfase na salvao, e em tudo relativo justificao, santificao e a glorificao. Nesta atitude o culto no acrescenta mrito redeno em Cristo, mas um fruto precioso da salvao. Na realidade s o crente, o homem convertido adora verdadeiramente a Deus. 3.3 O Sacerdcio dos Crentes O princpio do sacerdcio universal dos crentes promove a participao de cada membro da congregao. Por isso, os sermo e o canto devem ser simples e compreensveis para a grande maioria. No se prega para telogos, nem se canta para msicos, apenas para o Senhor e para a igreja. 4. A msica sacra como adorao a Deus Ainda que parea correto promover a adorao como a atividade mais importante da igreja, este tempo de inovaes e mudanas exige reexaminar as bases bblicas e teolgicas da adorao eclesial em busca de adequao e autenticidade. As palavras originais da Escritura para significar "adorao" oferece chaves importantes acerca da natureza deste encontro entre o humano e o divino. A palavra hebraica mais freqente, shjh, denota a ao de inclinar-se ou render homenagem. A palavra grega equivalente, e a mais importante do Novo Testamento, proskune, encerra a conotao primria de "beijar para". O hebraico abad, ou o grego latru significam servio a

Deus. Nesse sentido a adorao a homenagem, a submisso, a obra e o servio de todo o povo a Deus. Em seu livro I and Thou, Martn Buber sustm que a essncia da religio a relao, o dilogo do homem com Deus. Com efeito, a adorao a expresso da relao do cristo com Deus. A definio mais comum de adorao, descreve-a como resposta afirmativa, transformadora dos seres humanos auto-revelao de Deus. Evelyn Underhill fez uma afirmao considerada clssica: "A adorao, em todos os seus graus e formas, a resposta da criatura ao Eterno...". Martinho Lutero reduziu a ao litrgica dialogal s atividades concretas do servio religioso (Gottesdienst): "reunir-se com o fim de escutar e dialogar sobre a Palavra de Deus, e em seguida louvar a Deus, cantar e orar". Podemos notar pelo menos duas implicaes bsicas da adorao corporativa com influncia na msica: A adorao como uma conversao com Deus, e a adorao como oferta e entrega a Deus. 4.1. Adorao como dilogo. Em Deus se aproxima do profeta em revelao de seus atributos e como portador de uma vocao divina, e o profeta responde em confisso, submisso e rogo. O mesmo ocorre no verdadeiro culto. "Deus nos fala atravs da leitura bblica, do sermo e dos hinos que cantamos. Tambm respondemos por intermdio de hinos e de outras palavras que nos tem sido designadas, em louvor, gratido, confisso, dedicao, petio e intercesso." Sren Kierkegaard se refere adorao como um drama no qual os membros da congregao so os atores e Deus o ouvinte. Pregadores e coros so o "ponto" ainda que paream "dominar a cena". Joo Calvino dizia que a congregao o primeiro coro da igreja. A idia de adorao como conversao com Deus deve conduzir a uma cuidadosa seleo da msica eclesistica. "O dilogo da adorao deve ser completo: deve dar um panorama completo da auto-revelao de Deus e prover a oportunidade de gerar uma resposta completa por parte do ser humano tanto em smbolos cognitivos (palavras) como em formas criativas (msica e outras artes)." 4.2 Adorao como oferta Adorar ofertar a quem o legtimo doador de todas as coisas. A esse Deus benevolente deve se oferecer o melhor sacrifcio de louvor (veja Hebreus 13:15-16), sem esquivar-se ao valor (veja II Samuel 24:20-24). Porque a adorao um doar e um doar-se a Deus. Haver bnos e satisfaes, mas sero frutos benficos dessa piedosa e transformadora doao humana. "Adorao , no final das contas, submisso a Deus." Todo este sentido da msica como parte da adorao da igreja pode, todavia, apreciar-se melhor luz da notvel sentena de William Temple: "Adorao a submisso de todo nosso ser a Deus. tomar conscincia de sua santidade; o sustento da mente com sua verdade; a purificao da imaginao por sua beleza; a abertura do corao a seu amor; a rendio da vontade a seus propsitos. E tudo isto se traduz em louvor, a mais ntima emoo, o melhor remdio para o egosmo que o pecado original." A Adorao e a Proclamao Isaltino Gomes Coelho Filho Palestra apresentada Associao Batista dos Msicos do Brasil INTRODUO Da palestra passada no se deve inferir que advogo uma Igreja alienada, ensimesmada, enfurnada em quatro paredes, cantando "somos um pequeno povo mui feliz" enquanto o mundo l fora est rebentando por todas as juntas, numa frase de Sartre. Se o Programa de Educao Religiosa d o cultuar a Deus como a primeira misso da Igreja, declara que a segunda misso "anunciar as boas-novas".

Vou usar o termo proclamao para esta segunda misso, que a evangelizao. preciso tambm defini-la. mais que pedir aos homens para aceitarem a Jesus como Salvador. Diga-se que esta construo de palavras, "aceitar Jesus como Salvador", no consta do Novo Testamento. A chamada neotestamentria para submeter-se a Cristo como Senhor. A proclamao o anncio dos atos de Deus em Cristo. Paulo sintetizou isto de forma admirvel em 2 Corntios 5.19: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo". Foi isto que Deus fez em Cristo. isto que a Igreja deve anunciar. A misso da Igreja junto ao mundo mais que promover a fraternidade entre os homens. Voltemos a Paulo, desta vez em 2 Corntios 5.20: "...rogamo-vos, pois, por Cristo, que vos reconcilieis com Deus". A Igreja chama o mundo a aceitar a reconciliao com Deus, proposta que ele j fez na pessoa de Jesus Cristo. Juntemos as pontas at agora. A adorao a misso primeira da Igreja em termos gerais,. a linha vertical da misso da Igreja. A proclamao a misso segunda da Igreja em termos gerais, mas a primeira na linha horizontal, na direo do mundo. Vertical e horizontal fazem a cruz, que tem estas duas linhas. Se faltar uma delas, a cruz no existe. A Igreja uma comunidade profundamente marcada pela cruz. ela uma comunidade marcada pelas linhas horizontal e vertical. Sua misso tem tambm uma dimenso horizontal e outra vertical. Se ela viver enclausurada em adorao, s na dimenso vertical, isso pouco ajudar ao mundo. Se se dirigir ao mundo (a dimenso horizontal) sem o poder que a comunho com Deus pela adorao outorga ao homem, isso ser uma misso fadada ao fracasso. S uma Igreja que vive na presena de Deus conseguir mostrar Deus ao mundo. Como comunidade marcada pela cruz, a Igreja se dirige a Deus e ao mundo. Tem uma misso vertical e uma horizontal. Ela adora a Deus, sua razo primeira de ser. Ela proclama a reconciliao aos homens, conseqncia do seu conhecimento de Deus. 1. A Relao Igreja e Mundo J vimos a relao entre a Igreja e Deus, na preleo passada. Veremos agora a relao entre a Igreja e o mundo. Ela est no mundo, mas no se mancomuna com ele. Vive numa tenso, estar, mas no ser. est aqui, mas no daqui. E est aqui com uma misso, que chamei de misso horizontal: a de proclamar o evangelho. Duas questes devem ser aqui levantadas. A primeira o que entendemos por evangelho. evidente que aqui no me refiro ao estilo literrio encontrado na Bblia, mas ao seu contedo. A segunda o que entendemos por proclamao. 2. O Contedo do Evangelho O contedo do evangelho pode ser deduzido desta declarao do Pacto de Lausanne, ao falar sobre o que evangelizar: Evangelizar difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdo dos pecados e o dom libertador do Esprito a todos que se arrependem e crem. A definio sobre o que evangelizar, mas caracteriza bem o contedo do evangelho. E mostra o que proclamao. A encarnao de Deus em Cristo, sua morte vicria, sua ressurreio, o perdo oferecido e o Esprito que dado aos arrependidos que crem. Proclamar as boas-novas dizer isto. Por que comecei com algo to bvio? Acho que meu raciocnio muito cartesiano e por isso gosto de comear do mais elementar para construir a argumentao. Mas que h hoje muita proclamao equivocada, oferecendo riqueza, cura, apoio da parte de Deus, mas sem falar em necessidade de arrependimento, de perdo de pecados, da morte de Cristo na cruz. Dir algum: "timo, diga isso aos pregadores". Ah, sim, sempre digo. Mas devo dizer tambm aos msicos que usam um instrumento to poderoso como a msica para a proclamao. O contedo de nossos hinos e de nossos cultos deve realar

fortemente um conceito correto do evangelho. O que me prendeu primeiro Igreja foi a msica. Quando entrei pela primeira vez numa igreja evanglica, ouvi o coro cantar dois hinos: "Eis vede que o Cordeiro de Deus sobre a cruz morreu em meu e em teu lugar" e "No Monte das Oliveiras Jesus orou dizendo..". No entendi completamente a mensagem pregada porque no dispunha de capacidade para acompanhar um discurso religioso por meia hora. Faltavam-me os elementos para fazer as conexes mentais necessrias. Entendi que tratou de algo que eu no tinha e de que precisava, por isso voltei nos domingos seguintes e volto at o dia de hoje, mais de trinta anos depois. Mas a msica, com sua facilidade de comunicar uma mensagem, de repetir refres, ficou na minha mente. O que me alcanou primeiro foi a mensagem correta dos hinos que ouvi. Depois, a mensagem correta da Palavra, que o Pr. Falco Sobrinho sempre pregou, que me alcanou. Alis, at hoje, meu contedo teolgico pietista, o que herdei dele. O que estou dizendo da extrema necessidade de teologia correta em nossos cnticos e de comunicao eficiente nas nossas letras. A Igreja no deve apenas pregar uma mensagem ortodoxa, mas deve cantar tambm hinos ortodoxos. Num culto de proclamao, os hinos no so para amolecer os coraes ou para criar um clima emotivo. Os hinos devem comunicar uma mensagem. Creio que todos j tivemos a experincia de uma audio ou cantata apresentada por um coro ou um culto musical, e depois, quando feito o apelo, sucederam vrias decises. A msica no um apndice ou um componente da proclamao. Ela tambm proclama e isso deve ser levado em conta, no tocante ao contedo e escolha dos hinos. A Igreja no apenas prega para o mundo, ela tambm canta para o mundo. E, por vezes, o mundo ouve mais o que a Igreja canta do que o ela prega. Acho que isso nos abre um leque para algumas consideraes. 3. O Conceito de Proclamao J deixei antecipado alguma coisa sobre a proclamao no tpico anterior. Nem sempre se separam bem os argumentos. Vou comear aqui com uma histria triste, que deveria ser engraada. Ou engraada, que deveria ser triste. A tica vai ser sua. Dizia-me um seminarista, filho de pastor, que na igreja do seu pai, a linha dos sermes era bem definida. De manh, sermo era doutrinrio. O pastor falava mal dos pentecostais. noite, sermo era evangelstico. O pastor falava mal dos catlicos. Tirando o exagero da histria, fica a pergunta: existe esta linha to bem definida, de que o culto evangelstico para os no crentes? Quando se pensa assim, a proclamao passa a ser uma recitao de frases feitas, tipo "Deus te ama", "Jesus salva", "Vem agora porque um nibus pode te atropelar na sada do culto e amanh ser muito tarde", etc. Um contedo banal e irrelevante, no sentido de acrscimo vida dos crentes. Volto ao Programa de Educao Religiosa. Ele como a Constituio: tem valor, mas poucos o conhecem. Diz ele sobre o anncio das boas-novas (que estou chamando de proclamao): Anunciar o evangelho significa comunicar tudo o que Deus fez atravs de Jesus Cristo para a salvao do ser humano. colocar as pessoas frente a frente com as boas-novas da redeno outorgada por Deus por meio de Cristo. a evangelizao. E, na seqncia imediata, para o que chamo a sua ateno, o seguinte: No somente anunciar as boas-novas aos incrdulos, mas tambm ajudar os crentes a dissiparem suas dvidas, at que todos cheguem " unidade da f e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, medida da estatura da plenitude de Cristo" (Efsios 4.13). A proclamao no recitao de chaves, mas o ensino da teologia da salvao, o que os telogos, pomposamente chamam de soteriologia. Um culto de proclamao no apenas coloca os no crentes diante da graa de Deus oferecida em Cristo, mas firma no

crente suas convices sobre sua deciso, ajuda a aumentar seu conhecimento sobre a obra de Cristo, d mais elementos para sua capacitao no testemunho. Vejamos o papel da msica aqui. evidente que, para pessoas sem conhecimento do evangelho, sem elementos evanglicos em sua mente, a letra dever ser simples (o que no significa ser banal ou fraca) e comunicar alguma coisa. Sem apedrejar ningum: fui pregar num culto jovem, com propsito de evangelizar jovens. Cantamos apenas corinhos. Mas o ritmo se sobrepunha letra. Era to agitado e to instrumental (no sentido de que os instrumentos apareciam mais que a mensagem) que nada comunicava. No se ouvia a letra, mas apenas os instrumentos. E a letra se perdia num ritmo muito rpido, no podendo ser assimilada. Quando chegou a hora da pregao, defrontei-me com um auditrio cansado, agitado, mas sem nenhum elemento evanglico assimilado. Os jovens estavam muito bem intencionados, mas mal orientados. A msica evanglica, naquela noite, no pregou, e serviu para cansar. Pareceu-me, at, que atrapalhou. A reflexo que o sermo poderia trazer se perdeu porque o auditrio estava excitado e sem condies de pensar. A proclamao deve ser compreensvel. No apenas o sermo, mas os hinos. Deve haver compatibilidade entre letra e msica. Se o ritmo no favorece a mensagem comunicada pela letra, haver prejuzo. Deve haver, tambm, compatibilidade entre ritmo e propsito. Quando estudei Publicidade, um dos pontos que me foram mostrados foi o uso da msica para vender. Observem que em supermercado a msica no lenta, para favorecer a reflexo. agitada exatamente para que as pessoas no pensem e ajam sob a influncia de cores, formas, luzes e exposio de objetos. para induzir compra. H uma msica para supermercado. H uma msica para um restaurante de luxo, com jantar luz de velas, onde o desejo que o casal tome um champanhe, que mais caro que uma cerveja. O ritmo funk num restaurante de luxo, freqentado por pessoas abonadas, frustrar o propsito do restaurante. No se consumir. No estamos querendo manipular pessoas, mas querendo mostrar que h um poder na msica que as pessoas nem sempre relevam. Para mim aqui reside o grande problema. Seja por presso, seja para manter os jovens aquietados, boa parte dos pastores est deixando a msica na Igreja nas mos de moos bem intencionados, mas desconhecedores do poder da msica, dos estilos e a sua relao com os tipos de mensagens, de teologia (quanta barbaridade se canta por a) e de portugus (Cames teria um ataque apopltico se entrasse em algumas de nossas igrejas). A msica proclama atravs de uma teologia correta, de uma adequao entre mensagem e veculo, ou seja, entre contedo e forma. Nestes pontos ela precisa ser muito bem ajustada. Fugi um pouco da linha de pensamento. Voltemos a ela: a msica comunica no apenas aos incrdulos, mas aos crentes. Para isso precisamos de hinos consistentes, que tragam uma mensagem com contedo. No sou msico, mas sou pregador e dirijo cultos. Neste sentido, em minha tica, quero dar como exemplo do que estou dizendo o hino 447, do HCC, "Mas Eu Sei em Quem Tenho Crido"[1] . A letra um testemunho admirvel, consistente, de teologia correta, de vida crist piedosa e casada com uma msica adequada. um hino que comunica ao no crente, e da mesma forma, um alento extraordinrio para o membro de Igreja. Da mesma forma, o hino 262. Observem nele uma teologia correta extremamente contextualizada, porque trata da angstia do homem moderno, de solido, de medo do futuro. Vejam que a msica muito bem encaixada porque induz reflexo. Imaginem, agora, uma letra desta, reflexiva, induzindo autoanlise, acoplada um ritmo agitado. Observe tambm que, alm de evangelstico, de proclamar, o hino confortador. Sua mensagem trata de realidades que ns, membros de Igreja, tambm enfrentamos.

Uma sntese deste ponto: proclamao no chavo. Alcana tambm o convertido. E o casamento letra e msica e indispensvel para alcanar o propsito de comunicar. 4. Uma Questo Necessria: A Forma. Ao encerrar o primeiro ponto disse eu que aquilo nos abria um leque. Um dos grandes problemas hoje a forma. Em alguns momentos, ela sobreposta ao contedo. O ritmo fala mais alto que a letra. Qual a forma correta? Voltemos ao que citei na ocasio: A msica no um apndice ou um componente da proclamao. Ela tambm proclama e isso deve ser levado em conta, no tocante ao contedo e escolha dos hinos. A Igreja no apenas prega para o mundo, ela tambm canta para o mundo. preciso distinguir bem entre o que nos comunica e o que comunica ao mundo. Creio que acontece com os msicos batistas o mesmo que acontece com os pregadores sados de seminrios. Samos com uma fraseologia, com um tecnicismo que pode ser bom ou desastroso, com uma determinada viso at mesmo elitista. "O processo soteriolgico tem sua gnese concretizatria no drama do Calvrio" significa isso: o plano de salvao culminou na cruz. Vou mexer em vespeiros, mas vamos l. Conto com sua misericrdia. Para nosso povo, o que significa boa parte da msica sacra clssica? Podem at achar interessante, mas quanto comunicar? Contava um professor de Homiltica de um pregador enfiado num terno preto, com colete e tudo, Bblia na mo, pregando numa favela do Rio: " vs que passais e me ouvis a prdica". E dizia o professor: "Vs, coisa nenhuma. Meia dzia de gatos pingados, de sandlia de dedo, bermuda e sem camisa. tu, voc, cara". Descontado o aspecto cmico, h verdade a. Passei por algo semelhante quando pastoreava no interior de S. Paulo. Num culto em Ja, na Fazenda Barro Vermelho, dos Almeida Prado, no pude pregar. Inflamao das amgdalas. Minha esposa contou histria para os ouvintes, com flanelgrafo e figuras. Acabado o culto, disse-me um dos bia-frias: "Pastor, num prega mais pra ns, no. Quando o senhor fala ns num entende nada. Quando sua mui fala, ns entende tudo. Deixa ela pregar". Era o meu tecniqus teolgico o grande obstculo. E eu pensava que estava abafando. O que o mundo a quem estamos proclamando, canta? Conheo igrejas indgenas. No sei quanto o "Dai Louvor", de Mendelsohn, significar para elas. Talvez pouco. Mas sei que msicas no seu alcance cultural significar muito. E se algum pensa que isso significa tambores, tants, barulho infernal, danas, est equivocado. O ritmo, das igrejas que conheo, at lento. Mas comunica-lhes porque na sua cultura. A mim, enfada. A eles, fala muito. No vou ensinar missa ao vigrio, mas os irmos sabem muito bem que boa parcela de nossas msicas sacras foi importada de outra cultura e aqui sacralizada por seu casamento com uma letra evanglica. Para ns, acostumados com o cenrio evanglico, h muita comunicao. Para outros, no. Um padre, que se convertera ao evangelho em Braslia, conversando comigo uma vez disse: " impressionante como os hinos evanglicos refletem a cultura musical americana. Se fechar os olhos e ignorar a letra, posso pensar que estou no Meio-Oeste norte-americano". Se h uma coisa pela qual me bato pela teologia tupiniquim, pela eclesiologia tupiniquim, pela msica tupiniquim. Dir algum que a teologia, por ser bblica, uma s, universal. A declarao no reflete a realidade e no penetra na profundidade das coisas. Temos livros sobre aconselhamento pastoral, sobre tica e sobre eclesiologia que mostram um enorme desconhecimento do que seja nossa realidade. Nossa prpria formao teolgica, nossa estrutura de seminrios, de pases ricos e no de pas pobre. Sou favor de uma ampla tupiniquinizao batista, sem xenofobia, mas tupiniquinizao, sim.

Devemos proclamar em nossa cultura, em nosso contexto, em nossa linguagem, em nossa musicalidade, tendo discernimento espiritual (temos o Esprito Santo) sobre o que fazer e o que no fazer. guisa de concluso Cada vez que relia esta palestra, mais a sentia incompleta. Fiquei um pouco aflito porque notava que falta algo para dizer. Mas consegui me entender (tarefa um pouco difcil). Receei-me de dizer aquilo que os irmos j sabem e sabem melhor do que eu, na sua rea. E estou falando de matria atinente sua rea. Precisava apenas acrescentar minha tica, a tica pastoral. Depois de reler mais de uma vez, achei que tinha dito o que deveria ter dito. A questo, a partir daqui, ajuntar a sua bagagem cultural na rea de msica com minhas reflexes pastorais. Somando as duas partes, pensar um pouco e verificar como a msica pode ser mais bem empregada na proclamao. A creio que chegaremos a algum ponto A Adorao Verdadeira Pastor Calvin G. Gardner Joo 4:23,24 Quando pensamos em adorar a Deus, geralmente imaginamos algo que emana de ns afim de expressarmos louvor s qualidades de Deus. Seja atravs da msica, do servio, da orao ou de outra forma de expressarmos adorao, pensamos que o louvor original conosco. A adorao verdadeira produzida pelo homem e dada, com os devidos merecimentos, ao nico Deus vivo e verdadeiro? Ser essa a verdadeira adorao que Deus deseja receber do homem? Definio de Adorao O dicionrio Aurlio define adorao como culto a uma divindade; culto, reverncia e venerao. O mesmo dicionrio define o verbete adorar como render culto a (divindade); reverenciar, venerar (Dicionrio Aurlio Eletrnico). As palavras equivalentes a adorao no Velho Testamento significam ajoelhar-se a, prostrar-se como em xodo 20:5. As palavras equivalentes a adorao no Novo Testamento significam beijar a mo de algum, para mostrar reverncia; ajoelhar ou prostrar para mostrar culto ou submisso, respeito ou suplica (#4352, Strongs) como em Mateus 4:10 e Joo 4:24. A Base da Verdade Seria um engano consciente se achamos que toda e qualquer expresso de adorao que parte do homem verdadeira. O homem possui um corao enganoso e uma mente limitada (Jeremias 17:9; Isaas 55:8,9). Essas duas coisas produzem um erro que no percebido facilmente pelo homem, especialmente quando a maioria ao seu redor est envolvida no erro (II Timteo 4:3,4). No sbio colocar como base de sustentao aquilo que enganoso e limitado. Devemos usar o que firme e eterno. S a Bblia a base firme para estipular o que a adorao verdadeira. Se a Bblia por escrito a base firme "mui firme" (II Pedro 1:19; Hebreus 4:12); se ela a nossa nica regra de f e prtica, ento tudo o que no concorda com ela tem que ser julgado falso (Isaas 8:20). A Verdade e O Amor O Amor leva verdade, A Verdade purifica o amor. Existe a verdade e a sua natureza nica, exclusiva e eliminatria. A verdade proclama: " lei e ao testemunho! Se eles no falarem segundo esta palavra, porque no h luz neles." (Isaas 8:20). A doutrina repreende, exorta, corrige e reprova com o intuito de que haja perfeio e "boa" obedincia (II Timteo 3:16,17; 4:2).

O ensinamento pela Palavra de Deus pode dividir (Hebreus 4:12, Mateus 10:34). Por a Bblia ser o entendimento verdadeiro, aquele que retm as Suas palavras odiar todo falso caminho (Salmos 119:104, 128). Se pretendemos agradar a Deus, temos que nos separar de quem no anda segundo a verdade (ou na igreja - Romanos 16:17; II Tessalonicenses 3:6, 14; I Timteo 6:3-5; ou no mundo - II Corntios 6:14-18). Deus pergunta ao Seu povo, "Porventura andaro dois juntos, se no estiverem de acordo?" (Ams 3:3). A resposta clara, pois a verdade nica, exclusiva e eliminatria. O amor, por natureza, inclusivo. O amor sofredor, no se irrita, nem suspeita o mal. O amor bblico sofre e suporta tudo (I Corntios 13:4-7). O servo que anda com a verdade no precisa desistir de amar. Mas h diferena entre o amor e a participao com o erro. O amor equilibrado andar junto da verdade, nunca em oposio a ela (Joo 14:15). O amor leva nos a cuidar de todos os que esto no erro e, a verdade leva-nos a odiar o erro (Judas 1:22,23; I Corntios 5:5; II Corntios 6:14-18). O Apstolo Paulo tinha amor pelo povo de Israel e este ntimo amor fez com que ele desejasse que eles andassem segundo a verdade (Romanos 10:1; 11:14). Deus, o Amor verdadeiro, levou nos verdade (Cristo) para nossa salvao do pecado (Efsios 2:4-7)! Para podermos entrar no amor, nosso erro tinha que ser deixado de lado (arrependimento). Agora, para andarmos santos, por amor a Deus, deixamos o erro (II Corntios 6:14-18). nosso culto racional (Romanos 12:1). O amor, mesmo inclusivo, equilibrado pela verdade que exclusiva. Por amor aceitamos todas as pessoas e pela verdade esforamo-nos para que essas andem na luz. Existe Adorao Falsa Existe adorao com forma mas sem substncia. Nos ltimos dias, como nos dias passados, falsos profetas viro (II Timteo 3:1-8). Eles tero uma aparncia de piedade (v. 5) e aprendem o que diz a Bblia (v.7), mas, na verdade, negam a substncia, o prprio poder da verdade (v.5) e so rprobos quanto quela f uma vez dada aos santos (v. 8; Judas 1:3,4). fcil perceb-los pois eles querem propagar somente as coisas aprazveis (Isaas 30:10), fbulas (II Timteo 4:3,4) e freqentemente apregoam tradies dos homens como se fossem mandamentos de Deus (Marcos 7:7-9). A adorao da forma correta leva-nos substncia da verdade, ao aperfeioamento (II Timteo 3:16,17). Existe adorao com os lbios, mas no de corao. Essa adorao pode ter uma aparncia impecvel, como se o povo estivesse chegando a Deus, assentando diante dele como o povo verdadeiro de Deus, ouvindo as palavras de Deus, mas por fim, o corao segue o pecado (Ezequiel 33:31; Mateus 7:21; 15:8). Essa uma adorao falsa. Em Isaas 1:2-17, o povo de Israel tinha oblaes (v.13), oraes e o levantar das mos (v.15), aproximao a Deus (v. 12), reunies solenes (v.13), holocaustos abundantes (v.11-13), mas no reconheciam o Senhor em seus coraes. Isso era visto por Deus como iniqidade e maldade (v. 13-16) e Ele escondeu os Seus olhos deles (v. 15). A adorao ocupou os lbios de todo o povo mas o corao deles estava longe de Deus. No h adorao verdadeira se no houver obedincia de um corao singular e temente a Deus (Jeremias 9:23,24). Existe adorao com a lei, mas no com o esprito. Os Fariseus eram religiosos que faziam tudo pela lei com a esperana sincera de deixar a Deus o mais alegre possvel. Socialmente eram bem aceitos. Religiosamente tambm. A cerimnia era exatamente conforme a lei que Deus estipulava mas, era uma adorao falsa. Deixaram o esprito da lei desfeito (Mateus 23:15,23). Por sinal, quando a Verdade passava por perto, os que adoravam por meio da letra da lei, zangavam-se. No fim da historia, crucificaram a

Verdade, para que pudessem continuar em adorao pela lei (Mateus 26:57-68; 27:1). No podemos classificar uma adorao verdadeira aquela que aborrece A Verdade. Existe adorao com ignorncia e tida como adorao falsa. Jesus, em a sua conversa com a mulher Samaritana chegou a diz-la que os Samaritanos adoram ao que no sabem (Joo 4:22). A instruo de Cristo : que se no est adorando em esprito e em verdade, no est adorando ao Seu agrado (Joo 4:24). Jesus disse que os Fariseus erraram praticando seus ensinamentos com ignorncia da verdade (Mateus 22:29, "Errais, no conhecendo as Escrituras ..."). Paulo notou a existncia da adorao com ignorncia. Em Atenas ele viu um altar, "AO DEUS DESCONHECIDO". Ele julgava que isso no era adorao verdadeira mas superstio (Atos 17:22,23). Se a adorao no baseada na verdade das Escrituras, uma adorao falsa. Existe adorao com sacrifcio, mas no com obedincia. O Rei Saul foi instrudo para que destrusse completamente os Amalequitas. Tudo, homem, mulher, crianas e animais deviam ser destrudos. Nada deveria ser perdoado. O Rei Saul foi a cidade e feriu-a mas tomou o Rei Agague, rei dos Amalequitas, vivo, como tambm o melhor das ovelhas e das vacas, e tambm as de segunda ordem.Quando Samuel encontrou-se com o Rei Saul na volta da campanha de guerra, Samuel perguntou-o se a palavra do Senhor foi obedecida. O Rei Saul disse que sim. Mas os balidos das ovelhas e o mugido das vacas veio aos ouvidos de Samuel. Saul explicou que estas foram poupados porque podiam ser oferecidas ao SENHOR, em Gilgal. Samuel explicou que essa uma adorao falsa, pois o obedecer melhor que o sacrificar, e o atender melhor que a gordura dos carneiros (I Samuel 15:3,8-9,14,21-22). As aes do Rei Saul tinham o aval do pblico. Todos estavam contentes por terem o estmago cheio, e, tambm tinham agora as riquezas dos Amalequitas. Humilhar o rei pago era gostoso, mas, apesar do grau de aceitao humana da ao, deve se levar em conta o fato de que s a obedincia completa aos olhos de Deus, adorao verdadeira. Existe adorao com inteno pura mas que no vale como adorao verdadeira. Saulo de Tarso tinha a melhor das intenes na destruio dos crentes, mas era uma adorao falsa (Atos 22:1-5; Filipenses 3:4-6). Quando o Rei Davi quis trazer de volta a arca da promessa, ele tinha intenes puras. Ele e todo o povo de Deus estavam empenhados em fazer o que achavam correto segundo Deus. Tinham a inteno de levar a arca da terra dos inimigos sujos e pagos terra de Deus. Sendo assim no fizeram da maneira correta e Deus ministrou morte entre eles, por misturarem a sabedoria humana em meio a adorao e, pensarem que era agradvel a Ele (II Samuel 6:1-8). Deve ser a mesma coisa entre os religiosos (Mateus 7:15-23). Na adorao verdadeira, a inteno no o que vale mais, mas, a obedincia em amor. Nenhum destes exemplos, apesar da aceitao por parte do povo, foram aceitos por Deus. Todavia eram abominveis e uma desgraa para Ele. Foram repreendidos por Deus, s vezes, at a morte. Agora, pelos exemplos citados, estamos informados de que aquilo que queremos dar ao Senhor pode ser uma abominao para Ele. Em verdade, a adorao verdadeira no aquilo produzido pelo homem e dado, com os devidos merecimentos, ao nico Deus vivo e verdadeiro. Aquilo que produzido pelo homem contaminado pela natureza do homem, o pecado, e pela mente limitada do homem. Existe Adorao Verdadeira? Joo 4:23,24. muito claro o que Deus procura no assunto de adorao. Ele quer ser adorado em "esprito e em verdade". O que cria confuso entre os que querem adorar O SENHOR a teoria tanto quanto a pratica de adorar em esprito. Podemos entender melhor este assunto se entendssemos o prprio esprito do homem. O Esprito do Homem Natural

O homem natural (I Corntios 2:14), o primeiro Ado (I Corntios 15:45); o que quer dizer: o pecador no salvo, no pode adorar o Senhor verdadeiramente. Ele est morto espiritualmente. Quando Deus falou a Ado e a Eva no Jardim do den, "certamente morreis" (Gnesis 2:17), ao comerem do fruto proibido, morreriam espiritualmente (Gnesis 3:6; Efsios 2:1; I Corntios 2:14). Agora o filho natural de Ado filho da desobedincia (Efsios 2:2), inimigo de Deus (Romanos 8:7), separado de Deus (Isaas 59:1,2) e com entendimento limitado (I Corntios 2:14). No h nada que venha naturalmente do pecador e que pode agradar a Deus (Jeremias 13:23; Romanos 8:8; Joo 3:3-6; 15:5). O primeiro Ado terreno, uma alma vivente e s (I Corntios 15:4547). Ele vive segundo a sua natureza pecaminosa, o que a Bblia determina como "o homem velho" que se corrompe pelas concupiscncias (Efsios 4:22; I Joo 2:16; Romanos 6:6). Isso quer dizer que aquilo que o homem natural faz segundo o seu corao enganoso ( Jeremias 17:9) gerada pelas suas concupiscncias, e por essas, corrompido. Mesmo na esfera da religio, pois no habita bem algum na carne (Romanos 7:18). O homem natural, no salvo, pode vestir-se com a religio e moralizar as suas aes, mas, mesmo assim, por no ser espiritual, no agrada a Deus de nenhuma maneira (Mateus 7:21-23; Lucas 6:46; 11:39-44; Joo 4:22; Atos 17:22-24; Romanos 8:8, "no podem agradar a Deus"). O Esprito do Homem Novo O homem espiritual (I Corntios 2:15) feito espiritual pelo ltimo Ado, Cristo (I Corntios 15:45). O ltimo Ado, do cu e esprito vivificante (I Corntios 15:45-47). Este novo homem feito espiritual o pecador salvo. Este pode adorar o Senhor verdadeiramente. Este homem novo adotado pela famlia de Deus, torna-se filho de Deus (Glatas 4:5; I Joo 3:1,2), amigo (Joo 15:15) e deixa de estar separado de Deus (Efsios 2:14). Este novo homem passa a ter entendimento espiritual (I Corntios 2:15). espiritualmente vivo (Joo 3:6; 10:28; Efsios 2:1) e no peca (I Joo 5:18). Todas essas bnos espirituais nos lugares celestiais se do por Jesus Cristo (Efsios 1:3; Joo 3:16). O Esprito de Deus reside no corpo do novo homem (I Corntios 6:19; II Corntios 6:17) e faz com que o novo homem seja agradvel perante Deus por Jesus Cristo (Hebreus 13:21). O cristo, vivificado espiritualmente, chamado por novo homem (Efsios 4:24) ou homem interior (Romanos 7:22). Esse novo homem criado por Deus em verdadeira justia e santidade (Efsios 4:24; Colossenses 3:10). O novo homem, o cristo, o homem interior, tem prazer na lei de Deus (Romanos 7:22) e anseia ser obediente pois feito conforme a imagem de Cristo que foi obediente em tudo (Romanos 8:29; Joo 17:4; Filipenses 2:8). Este novo homem evidenciado pelos desejos e aes da santidade. O fruto da santidade ser visto no crente pelo Esprito Santo, atravs de Jesus Cristo e proveniente da nova natureza dada por Deus (Glatas 5:22,23; Efsios 4:24). O fruto da santidade no se une ao que imundo (Salmos 97:10; 119:104; Provrbios 8:13) por obedincia Palavra de Deus (Efsios 2:8-10). Existe a adorao verdadeira pela vida separada do mundo e em obedincia Palavra de Deus. A Adorao Verdadeira: Em Esprito - Por causa destas duas naturezas habitarem no crente, h conflitos. Uma natureza deseja os prazeres da carne e batalha contra a outra que vive segundo a justia e a santidade (Romanos 7:23,24; Glatas 5:17). As tentaes vm ao crente atravs da sua carne (I Corntios 10:13; Tiago 1:13-15). O crente justificado eternamente por Jesus Cristo (Joo 3:16; 10:28,29; Hebreus 9:12, "eterna redeno"), mas vive confessando seus pecados para ser purificado em seu viver no mundo (I Joo 1:9; Provrbios 4:18). A adorao que agrada a Deus no produto dos esforos do homem natural mas fruto do Esprito Santo que est no novo homem. Isso o que significa "adorar em esprito".

S o que produzido por Deus aceito por Ele, pois o que o homem natural toca, suja. Para podermos adorar a Deus verdadeiramente temos que estar "em esprito", movidos e feito por aquela nova natureza nascida de Deus no crente. Isto seria visto naquele que separado do mundo e obediente Palavra de Deus. A adorao movida pelas emoes da carne e pelas maneiras e mtodos de culto inventados pelo homem, mesmo que sejam dirigidas a Deus, so vs e no aceitas por Deus, pois no so dEle. O que Deus aceita feito por Ele e evidenciado pela santidade, silncio, temor e por uma crescente obedincia (Salmos 97:10; Mateus 7:21; Romanos 8:27; Filipenses 1:6; 2:13). Em Verdade - Mesmo este estudo sobre a adorao verdadeira estando dividido em dois pontos (esprito e verdade) devemos entender que um no existem sem o outro. Importa a Deus que os que O adoram O adorem tanto em esprito quanto em verdade. Se adoramos o Senhor somente em um ponto, estamos adorando incorretamente. Mas, podemos, para maior clareza, os estudar separadamente. A Necessidade da Verdade O homem sempre precisa ter um equilbrio. Por ele ter as duas naturezas, preciso ser sempre lembrada a influncia que a natureza pecaminosa pode exercer no crente. Por isso h tantos versculos na Bblia sobre a necessidade do Cristo ser vigilante e sbrio (I Tessalonicenses 5:6; I Pedro 5:8) despertado do sono (Romanos 13:11-14) e ser espiritual (Mateus 26:41; Glatas 5:16,17,24-26; Efsios 5:14-21). Tambm, por ter um inimigo astuto, cheio de ardis (Gnesis 3:1; II Corntios 2:10,11; Apocalipse 12:9) incansvel ( I Pedro 5:8) que arma lutas espirituais contra ns (Efsios 6:11) precisamos de um alicerce forte no qual podemos nos estabelecer. A Palavra de Deus o equilbrio que o Cristo precisa. Ela a verdade (Joo 17:17), mui firme (II Pedro 1:19) viva e eficaz (Hebreus 4:12) em meio a mentira e o engano sagaz que opera ao nosso redor (Hebreus 12:1). Ela nos aperfeioa para a defesa (Efsios 6:13-17) e resistncia (I Pedro 5:9) contra as astutas ciladas do diabo e o engano do nosso prprio corao (Salmos 119:130; II Timteo 3:16,17). So provados os espritos pela verdade (I Joo 4:3; I Timteo 4:1) e no por nossos pensamentos manipulveis ou emoes enganadoras. De fato, a Bblia a nica regra de f e ordem para o crente e isso tambm vale para a adorao. Tendo a adorao verdadeira - em esprito e em verdade - o Cristo pode adorar durante um dilvio, peregrinao no deserto, na fornalha, na cova dos lees, em prises ou exilado em uma ilha. No necessrio microfones, msica talentosa, cerimnia, sorridentes, ambiente agradvel, uniformes ou prdios lindos. necessrio estarmos em Cristo e Ele em ns isso se evidencia em uma vida obediente. A Maior Verdade - Cristo Cristo a Verdade (Joo 14:6). O que Deus produz pelo Seu Esprito traz lembrana o que Cristo ensinou (Joo 14:26) e testifica de Cristo (Joo 15:26). A adorao verdadeira nunca pode agir contrariamente aos ensinamentos de Cristo ou exemplificar outra vida se no a de Cristo. Se Cristo a verdade, tudo que agrada a Deus deve estar em conformidade a Ele pois o Pai se compraz no Filho (Mateus 3:17; 17:5). A Espiritualidade deve ter obedincia. Excluir a obedincia da Palavra de Deus (Cristo) seria uma abominao para Deus. Quem queremos adorar (Lucas 6:46)? Substituir as Escrituras Sagradas por algo diferente tambm uma abominao (Marcos 7:7; Tito 1:14). H uma multiplicidade de atrativos para afastar o Cristo de uma adorao verdadeira. H fabulas ou genealogias interminveis (I Timteo 1:4; 4:7) ofertas vs, incenso, observao de luas novas e sbados (Isaas 1:13,14). Mas tudo isso tende a adicionar algo Palavra de Deus em vez de seguir a sua pureza (Provrbios 30:5). No devemos tentar melhorar a verdade (Deuteronmio 12:32; Apocalipse 22:18,19), devemos s observ-la. Uma sensvel ateno, um estudo constante, uma meditao contnua em conjunto com uma obedincia temente verdade, a Palavra de Deus,

essencial para uma adorao verdadeira. No podemos separar a adorao espiritual da adorao prtica (obedincia). O prprio Esprito Santo chamado Esprito da verdade (Joo 14:17; 15:26; 16:13) que nos aponta a Cristo que era perfeitamente espiritual e mostrou a Sua espiritualidade pela Sua obedincia (Filipenses 2:8; Joo 14:11). certo que podemos ser menos espirituais que Cristo mas de nenhum jeito podemos ser to espirituais para que a obedincia verdade torne-se desnecessria. A Obedincia deve ser Espiritual Pode haver obedincia sem espiritualidade. Aqueles que crucificaram a Cristo cumpriram a Palavra de Deus completamente mas, mesmo sendo obedientes, no operaram com o desejo de adorar ao Senhor (Atos 2:21-23; 4:27,28). Os demnios crem na verdade mas tampouco adoram ao Senhor segundo a operao do Esprito Santo (Tiago 2:19). Os Fariseus obedeceram a lei a risca mas no entraram no reino de Deus (Mateus 5:20). Pelo estudo feito podemos entender bem melhor que o que Deus deseja, adorao em esprito e em verdade, algo que no pode ser produzido pelo homem, mas por Deus. produzida pelo Esprito de Deus na vida do Cristo que vive segundo Sua Palavra em amor. No caia no que parece gostoso carne, mesmo carne religiosa. Seja ativo no que agrada Deus e ser aceito pelo Mesmo (Joo 15:1-11). A Batalha da Adorao Ron Owens Por toda a eternidade passada, at onde Deus abriu a cortina para nosso conhecimento, sempre houve adorao. Desde que houve algum ser criado no cu, sempre houve adorao. No centro do motim no cu, liderado pelo arcanjo Lcifer, estava a questo da adorao. Sendo arcanjo, Lcifer obviamente tinha algo a ver com a adorao no cu, mas por causa do orgulho que invadira seu interior, achava que era ele quem devia ser adorado. Uma tera parte do exrcito angelical se ajuntou com ele na sua revolta, tentando destronar a Deus a fim de que o prprio Lcifer pudesse se assentar no seu lugar, e ser adorado por todos os exrcitos dos cus (Isaas 14:12-14). A prxima vez que temos um confronto pessoal a respeito da adorao entre Lcifer (agora Satans) e Deus foi depois do batismo de Jesus por Joo no rio Jordo. Jesus foi levado pelo Esprito para o deserto para ser tentado pelo diabo (Mateus 4:1). Na essncia daquela tentao, Satans ainda estava tentando fazer com que Deus se dobrasse diante dele (Mateus 4:9). Satans sabia que se o Senhor Jesus lhe dobrasse o joelho em adorao, o estaria reconhecendo como ser superior, e que a batalha que prossegue at hoje em torno da devoo e adorao da humanidade j seria decidida. Todos So Adoradores Fundamentalmente, a batalha que prossegue nas regies celestiais tem a ver com adorao. Diante de quem a humanidade vai se prostrar, e a quem vai adorar? Esta a questo que os missionrios enfrentam em cada lugar para onde vo, at aos confins da terra. tambm a questo que cada dirigente de adorao enfrenta aqui no mundo ocidental, nos pases "cristos". A quem os povos pagos, e a quem as pessoas sentadas nos bancos das igrejas, vo adorar? Ou a qu vo adorar? Basicamente, Deus colocou na natureza do homem a necessidade e o desejo de adorar. Voc pode ir at o lugar mais longnquo da terra e descobrir que no precisa ensinar as pessoas a adorar. J esto adorando a algum deus. s vezes, uma multiplicidade de deuses, mas j reconhecem um ser supremo e superior. Todos somos adoradores. Um amigo meu que pastor de uma igreja grande no estado de Arkansas, nos EUA, disse-me o seguinte: "Ron, se eu tivesse mais adoradores na igreja aos domingos de manh, haveria uma adorao muito melhor".

Respondi-lhe: "Os bancos da igreja esto cheios de adoradores... Todos esto adorando a alguma coisa". Por exemplo, se for numa poca de campeonato nacional de futebol, ou de Copa do Mundo, voc logo poder notar o que mais importante para as pessoas. Podemos oferecer nosso tempo a Deus desde que no entre em conflito com aquilo que mais importante para ns. Todos adoram a alguma coisa ou a algum. O Que Significa Adorao O ajuntamento do povo de Deus em adorao coletiva de importncia vital vida da igreja. O que se passa neste tempo deveria preparar o caminho para que Deus visitasse seu povo em avivamento. possvel, entretanto, que o perodo de "adorao" no culto seja mais um obstculo do que uma preparao para o avivamento. Como isto pode ser? Vamos examinar primeiro o que adorao, e depois comparar com o que fazemos hoje. A palavra que mais usada para adorao no Velho Testamento do que qualquer outra palavra shachach. Sempre significa o ato de ajoelhar-se, abaixar-se, curvar-se, dobrarse, ou prostrar-se diante da pessoa que objeto de adorao. "Inclinaram-se, e adoraram ao Senhor, com o rosto em terra" (Neemias 8:6). "Tambm os ancios prostraram-se e adoraram" (Apocalipse 5:14). Verdadeira adorao, portanto, deve comear com uma atitude de corao, de prostrarse ou curvar-se em reverncia diante daquele a quem adoramos. Em alguns casos pode haver at uma expresso corporal desta atitude. Mas muitas vezes, no Velho Testamento, mesmo quando o povo realizava o ato fsico que expressava esta atitude, pelo fato de no o fazerem de corao, Deus nem dava ateno ao que estavam fazendo. Em Isaas 1, Deus disse: "Nem ouo quando estendem a mim suas mos em orao" (v.15), porque no o faziam de corao. Adorar a Deus em esprito e em verdade essencialmente uma questo de corao. Jesus disse que isto que o Pai procura, e isto verdade at hoje (Joo 4:23-24). No Novo Testamento, a palavra mais usada para adorao proskyneo, que significa basicamente a mesma coisa: curvar-se, dobrar-se, abaixar-se, ajoelhar-se. Contm tambm uma figura belssima de beijar a mo da pessoa a quem se adora. Se no fizermos essas coisas fisicamente, pelo menos no nosso corao deve haver esta atitude de nos abaixar, de curvar-nos e ajoelhar-nos diante daquele a quem estamos adorando, se verdadeiramente estivermos adorando a Deus. Hoje vemos muito pouco desta atitude de abaixar-se e de humilhar-se na adorao. Ao contrrio, parece que passamos uma proporo muito maior de tempo em p, celebrando. Voc costuma ver esta atitude de abaixar-se, ajoelhar-se, e curvar-se diante daquele a quem estamos adorando na igreja hoje? Fomos arrebatados pelas tendncias modernas, e praticamos muito mais celebrao do que adorao. Celebrao faz parte integral das nossas vidas. Fomos ordenados a celebrar. Os filhos de Israel receberam ordens para celebrar em memria da Pscoa, por exemplo. Tanto a adorao como a celebrao devem fazer parte da vida da igreja, mas h uma diferena importante entre as duas. Na adorao, h um senso de temor e reverncia por quem Deus . Ele o foco da adorao. Na celebrao, regozijamo-nos e deleitamo-nos naquilo que Deus faz, ou naquilo que Deus j fez. Na verdade, a mais pura celebrao brota de um corao que adora. claro que h um lugar para celebrao na vida da igreja, mas nunca deveria substituir a adorao a Deus! No temos notcia de um avivamento sequer que tivesse comeado com um povo em constante celebrao, e nunca em adorao. Pelo contrrio, temos muitos registros de tempos de visitao que comearam quando o povo estava prostrado diante de Deus (Zacarias 1:3; Atos 1:13-14; 2:1-4). As exigncias de Deus no mudaram: "Se o meu

povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, ento eu ouvirei do cu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra." (II Crnicas 7.14). A Verdadeira Adorao Um estudo sobre a verdade da adorao Luiz Cludio Antes de comearmos nosso estudo sobre o que viria a ser adorao verdadeira, no podemos deixar de frisar dois termos distintos, mas que so comumente confundidos em nossas igrejas: Louvor e Adorao. E uma vez tendo o discernimento de Louvor e Adorao, passaremos a nos aprofundar nesse que um tema muito extenso e srio, ou seja, Adorao. Aprenderemos o que Adorao verdadeira ou falsa, e aprenderemos a discernir quando estamos adorando em verdade. Louvor Segundo o Dicionrio Escolar da Lngua Portuguesa, do Ministrio da Educao e Cultura, louvar significa elogiar; enaltecer; bendizer; glorificar; aplaudir. O significado bblico mais abrangente. Compreende esses aspectos, porm vai alm deles ao incluir outros elementos, quando se trata de louvar a Deus. Segundo a bblia, louvor reconhecer, demonstrar agradecimento a Deus pelo que ele tem operado em nossas vidas. Salmos 103:1-2 - "Bendize oh minha alma ao Senhor, e tudo o que h em mim bendiga seu santo nome. Bendize minha alma ao Senhor, e no te esqueas de nenhum de seus benefcios." Adorao Quando pensamos em adorar a Deus, geralmente imaginamos algo que emana de ns a fim de expressarmos louvor s qualidades de Deus. Definio de Adorao O dicionrio Aurlio define adorao como culto a uma divindade; culto, reverncia e venerao. No sentido Bblico, adorao vai muito alm de um simples culto, muito alm de reverencia mas uma intimidade com Deus, estar na presena de Deus. No existe, ou pelo menos no conheo, alguma passagem das escrituras que nos d uma definio clara e direta do que viria a ser Adorao, mas existem diversas passagens, que vamos estudar hoje, de onde podemos pressupor essa definio. Uma frase que define adorao que me marcou e me chamou a ateno quem me deu foi o Pr. Hilquias. Uma definio to lgica, mas que nunca eu havia parado pra pensar. "Adorao um estilo de Vida" O ponto inicial para entendermos a Adorao como estilo de vida, seria estudar a vida e experincia de duas pessoas que aprenderem esse sentido: Abrao e Paulo. Abrao Vamos comear nossa viagem bblica ao passado, no sculo XX A.C, em Gnesis, e conhecer um pouco sobre quem foi Abrao e como foi a sua vida com Deus para entendermos o sentido da palavra Adorao. Abrao, 8 gerao de No, amigo de Deus, tambm conhecido como o pai da f, se ps a obedecer a vontade de Deus quando seu povo passava fome em sua caminhada em direo a Cana, a terra prometida. Liderando o seu povo, enfrentou as contendas do povo contra Deus, mesmo diante todas os sinais e maravilhas que Deus operava naquele lugar, enfrentou todas as dificuldades e diversidades em nome do amor que sentia ao seu Deus. A relao de intimidade de Deus com Abrao se deu nesse momento, quando Deus prometeu a Abrao um filho quando sua esposa tinha j 90 anos. E Abrao mostra sua total obedincia ao seu Deus quando acatou o pedido de Deus para sacrificar seu filho Isaque em holocausto. Foi

nesse momento que podemos presenciar o maior ato de intimidade e adorao de Abrao para com Deus; quando ele deixa de lado toda lgica, inclusive o amor a seu filho para seguir a vontade de Deus, oferecendo seu filho em sacrifcio, conforme Deus o havia pedido. Gnesis 12:1 - "O Senhor disse a Abrao: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei." Abrao aqui comea a viver a experincia de seguir o que lgico aos olhos humanos saindo de sua terra para um lugar desconhecido. Gnesis 15:1,3-6 - "Depois dessas coisas veio a palavra do Senhor a Abrao em viso dizendo: No temas Abrao, eu sou o teu escudo, teu grandssimo galardo. Eis que no tem me dado semente e um nascido de minha casa ser meu herdeiro. E eis que veio a palavra do Senhor a ele dizendo: Este no ser seu herdeiro, mas o que sair de suas entranhas ser teu herdeiro. Ento levou-o para fora e disse: Olha agora para o Cu, e conte as estrelas se as pode contar, semelhantemente ser tua semente. E creu ele no Senhor e foi-lhe imputado para que se fizesse justia." A intimidade, a relao entre Deus e Abrao era de tamanho que ambos conversavam, no em sonhos, mas em vises, e no apenas uma vez, mas vrias. Como por exemplos podemos citar: Gnesis 12 - Deus pede a Abrao para que saia de sua terra. Gnesis 15 - A aliana que Deus fez com Abrao quando prometeu a ele filhos mesmo sendo avanado em idade. Gnesis 17 - Deus pede a Abrao sua circunciso e de sua descendncia. Gnesis 18 - Deus revela a Abrao sobre a destruio de Sodoma e Gomorra (Abrao questiona a Deus). Gnesis 21 - Deus promete que Isaac seria conhecido como semente de sua descendncia. E do filho de Hagar faria uma grande nao. Gnesis 22 - Deus pede Isaac, seu filho em sacrifcio. Isso adorao, ter uma vida de intimidade com Deus, viver para Deus e viver de Deus. Avanando um pouco no tempo, ano 50 D.C. vamos conhecer outro personagem que aprendeu o sentido da palavra adorao. Paulo Paulo, doutor da lei Judaica, criado em uma seita dos fariseus. Quando ainda se chamava Saulo, antes de sua converso, foi considerado o maior e mais cruel perseguidor que o povo cristo j conheceu. Alm de perseguidor ele consentia com facilidade, na execuo dos cristos da poca. Mas aps seu encontro com Jesus a sua vida foi transformada. Mesmo estando ciente de todas as conseqncias de sua converso e de sua nova posio, ele optou por pagar o preo de ser chamado apostolo de Deus, passando nesse momento a ser perseguido. Perseguido, apedrejado, preso, no deixou de seguir ao seu Deus. Mesmo na cadeia ele adorava e louvava seu Deus. Aps sua converso, Paulo se tornou um dos um dos maiores responsveis pela disseminao do evangelho e sobre tudo do captulo da f. Escreveu 14 cartas, livros no novo testamento, sendo assim um instrumento usado por Deus para escrever boa parte do Novo Testamento. Paulo permaneceu preso em sua prpria casa pelo perodo de 2 anos, e no foi impedido de continuar a anunciar as boas novas do evangelho. Paulo tinha uma vida to intima com Deus que preferia a morte que a vida, para se encontrar com Deus. Glatas 2:19-20 - "Porque eu pela lei estou morto para a lei, para viver para Deus. J estou crucificado com Cristo, e vivo no mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que

agora vivo na carne vivo-a na f do filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim." Paulo era to intimo com Deus, que Deus o escolheu dentre os homens para ver a glria de Deus, o nico dentre os homens a contemplar o 3 Cu. I Corntios 2:9-10 - "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em corao humano o que Deus preparou para aqueles que o amam." Nesse ponto voc deve estar se perguntando... : Como saber se estou adorando a Deus em verdade ou no? Alis, existe adorao falsa? A Adorao Falsa A resposta, infelizmente sim, e o pior, no apenas uma maneira... Conheamos algumas: Existe adorao com forma mas sem substncia. Nos ltimos dias, como nos dias passados, falsos profetas viro (II Timteo 3:1-8). Eles tero uma aparncia de piedade e aprendem o que diz a Bblia, mas, na verdade, negam a substncia, o prprio poder da verdade e so rprobos quanto quela f uma vez dada aos santos. fcil perceb-los pois eles querem propagar somente as coisas aprazveis, fbulas e freqentemente apregoam tradies dos homens como se fossem mandamentos de Deus. A adorao da forma correta leva-nos substncia da verdade, ao aperfeioamento (II Timteo 3:16,17). Existe adorao com os lbios, mas no de corao. Essa adorao pode ter uma aparncia impecvel, como se o povo estivesse chegando a Deus, assentando diante dele como o povo verdadeiro de Deus, ouvindo as palavras de Deus, mas por fim, o corao segue o pecado (Mateus 15:8,9). Essa uma adorao falsa. Em Isaas 1:2-17, o povo de Israel tinha oblaes, oraes e o levantar das mos, aproximao a Deus, reunies solenes, holocaustos abundantes, mas no reconheciam o Senhor em seus coraes. Isso era visto por Deus como iniqidade e maldade (v. 13,16) e Ele escondeu os Seus olhos deles. A adorao ocupou os lbios de todo o povo mas o corao deles estava longe de Deus. No h adorao verdadeira se no houver obedincia de um corao singular e temente a Deus. Existe adorao com a lei, mas no com o esprito. Os fariseus eram religiosos que faziam tudo pela lei com a esperana sincera de deixar a Deus o mais alegre possvel. Socialmente eram bem aceitos. Religiosamente tambm. A cerimnia era exatamente conforme a lei que Deus estipulava mas, era uma adorao falsa. Deixaram o esprito da lei desfeito (Mateus 23:15,23). Por sinal, quando a Verdade passava por perto, os que adoravam por meio da letra da lei, zangavam-se. No fim da historia, crucificaram a Verdade, para que pudessem continuar em adorao pela lei. No podemos classificar uma adorao verdadeira aquela que aborrece A Verdade. Existe adorao com ignorncia e tida como adorao falsa. Jesus, em a sua conversa com a mulher Samaritana chegou a diz-la que os Samaritanos adoram ao que no sabem (Joo 4:22). A instruo de Cristo : que se no est adorando em esprito e em verdade, no est adorando ao Seu agrado. Jesus disse que os fariseus erraram praticando seus ensinamentos com ignorncia da verdade (Mateus 22:29, "Errais, no conhecendo as Escrituras ..."). Paulo notou a existncia da adorao com ignorncia. Existe adorao com sacrifcio, mas no com obedincia. O Rei Saul foi instrudo para que destrusse completamente os Amalequitas. Tudo, homem, mulher, crianas e animais deviam ser destrudos. Nada deveria ser perdoado. O Rei Saul foi a cidade e feriu-a mas tomou o Rei Agague, rei dos Amalequitas, vivo, como tambm o melhor das ovelhas e das vacas, e tambm as de segunda ordem. Quando Samuel encontrou-se com o Rei Saul na volta da campanha de guerra, Samuel perguntou-o se a palavra do Senhor foi obedecida. O Rei Saul disse que sim. Mas os balidos das ovelhas e o mugido

das vacas veio aos ouvidos de Samuel. Saul explicou que estas foram poupados porque podiam ser oferecidas ao SENHOR, em Gilgal. Samuel explicou que essa uma adorao falsa, pois o obedecer melhor que o sacrificar, e o atender melhor que a gordura dos carneiros (I Samuel 15: 21-22). A Adorao Verdadeira Ouvi uma frase, que ao meu ver traduz exatamente o que devemos buscar para que nossa adorao seja verdadeira e genuna: "O Amor leva verdade, A Verdade purifica o amor." Traduzindo... : o amor que voc sente por Deus que lhe conduz a verdade, a uma adorao verdadeira, e em contrapartida, essa adorao verdadeira purifica o amor que voc sente por Deus, tornando-se assim em um ciclo de amor para com seu Deus. Joo 4:23,24 - "Mas vem a hora e j chegou em que os verdadeiros adoradores adoraro o Pai em esprito e em verdade; porque estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus esprito e importa que os que o adoram, o adorem em esprito e em verdade." muito claro o que Deus procura no assunto de adorao. Ele quer ser adorado em "esprito e em verdade". Vemos aqui dois novos quesitos para nos enquadrarmos na figura de adoradores, vejamos os dois separadamente: Em Esprito Por causa destas duas naturezas habitarem no crente, h conflitos. Uma natureza deseja os prazeres da carne e batalha contra a outra que vive segundo a justia e a santidade (Gal 5:17). As tentaes vm ao crente atravs da sua carne. A adorao que agrada a Deus no produto dos esforos do homem natural mas fruto do Esprito Santo que est no novo homem. Isso o que significa "adorar em esprito". S o que produzido por Deus aceito por Ele pois tudo o que o homem natural toca, suja. Para podermos adorar a Deus verdadeiramente temos que estar "em esprito", movidos por aquela nova natureza nascida de Deus no crente. Isto seria visto naquele que separado do mundo e obediente Palavra de Deus. A adorao movida pelas emoes da carne e pelas maneiras e mtodos de culto inventados pelo homem, mesmo que sejam dirigidas a Deus, so vs e no aceitas por Deus, pois no so dEle. O que Deus aceita feito por Ele e evidenciado pela santidade, silncio, temor e por uma crescente obedincia (Filipenses 2:13). Em Verdade Mesmo este estudo sobre a adorao verdadeira estando dividido em dois pontos (esprito e verdade), devemos entender que um no existem sem o outro. Importa a Deus que os que O adoram, O adorem tanto em esprito quanto em verdade. Se adoramos o Senhor somente em um ponto, estamos adorando incorretamente. Mas, podemos, para maior clareza, os estudar separadamente. A Necessidade da Verdade O homem sempre precisa ter um equilbrio. Por ele ter as duas naturezas, preciso ser sempre lembrada a influncia que a natureza pecaminosa pode exercer no crente. Por isso h tantos versculos na Bblia sobre a necessidade do Cristo ser vigilante e sbrio despertado do sono e ser espiritual. Tambm, por ter um inimigo astuto, cheio de ardis, incansvel, que arma lutas espirituais contra ns, precisamos de um alicerce forte no qual podemos nos estabelecer. A Palavra de Deus o equilbrio que o Cristo precisa. Ela a verdade, mui firme viva e eficaz em meio a mentira e o engano sagaz que opera ao nosso redor. Ela nos aperfeioa para a defesa e resistncia contra as astutas ciladas do diabo e o engano do nosso prprio corao. So provados os espritos pela verdade e no por nossos pensamentos manipulveis ou emoes enganadoras. A esses o Senhor busca para habitar na sua presena.

Salmos 15:1,2 - "Senhor, quem habitar no teu tabernculo? Quem morar no seu santo monte? Aquele que vive com integridade e pratica a justia, e de corao fala a verdade." Espero que tenhamos tido uma idia da importncia de tratarmos desse e de outros assuntos relevantes em nosso meio. A Batalha Pela Verdadeira Adorao Pr. Isaas Lobo Pereira Jnior Mas vem a hora e j chegou em que os verdadeiros adoradores adoraro o Pai em esprito e em verdade; porque estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus esprito e importa que os que o adoram, o adorem em esprito e em verdade. Joo 4:2324. Estou impressionado com a fragilidade da igreja. Muitos foram enganados pelos novos adoradores, que conduziram a Igreja para guas sujas e tempestuosas. A religiosidade evanglica moderna est procura de um deus utilitarista e manipulvel. Ao contrrio do que se ensina hoje, a verdadeira adorao no um tipo de ocultismo, recheado de citaes bblicas, que objetiva conquistar a vontade de Deus, mas servir, fazer a vontade e a obra de Deus. A urgente necessidade da igreja hoje de maturidade. Queimam em meu corao as palavras de Richard Foster, e eu no me canso de repeti-las: A superficialidade a maldio de nosso tempo; a necessidade urgente hoje no de um maior nmero de pessoas inteligentes, ou dotadas, mas de pessoas profundas. Adorao o reconhecimento, pelo homem finito, do valor infinito de Deus. prostrarse perante Ele, e compreender e reconhecer Sua grandeza e poder infinito. A adorao bblica centralizada em Deus e no nos seres humanos. Ela no tem por objetivo primordial edificar, elevar, purificar ou consagrar os adoradores. Esses resultados so secundrios. O propsito da adorao glorificar a Deus. Na adorao, visualizamos a origem da nossa existncia e o destino para o qual fomos chamados. Em sua adorao, o crente constata que livre. Temos as palavras de pessoas libertadas, resgatadas. Diante de Deus somos livres para falar, livres para orar, livres para confessar e revelar os segredos de nosso corao. Livres para cantar, louvar e adorar. O crente foi liberto por Cristo Jesus, e por isto ele pode adorar a Deus, num encontro sagrado em que Deus concede perdo, auxlio, consolo e direo. Ento respondemos com louvor, freqentemente recordando os grandes atos redentores de Deus. Temos que reconhecer em nosso relacionamento com Deus, que Ele no pode ser subjugado por ns. Ele soberano e grandioso. Sempre que algum aspira de algum modo exercer poder sobre Deus, afetar ou influenci-lo por intermdio de obras das mos humanas, a verdadeira adorao destruda. Queira Deus que ns estejamos entre os verdadeiros adoradores, que Ele vem tanto buscar. Derramando o Corao Adorar ao Senhor render-lhe Glria Warren W. Wiersbe Adorao no uma opo, uma obrigao; no luxo, uma necessidade. Adorar a Deus e glorific-lo a nica coisa que a igreja pode fazer e que nenhuma outra assemblia pode fazer. Mas, no estou bem certo de que estejamos fazendo isto. William Temple disse: A nica coisa que pode salvar este mundo do caos poltico e do colapso a adorao. A nica esperana do mundo a igreja e a nica esperana da

igreja o retorno adorao. Deus precisa transformar o Seu povo e a Sua igreja antes que Ele possa operar atravs de ns a fim de saciar as necessidades cruciais de um mundo perdido no pecado. Cada ministrio da igreja deveria ser um subproduto da adorao. Ministrio divorciado de adorao no tem razes e, portanto no pode produzir frutos que permaneam. No se trata de escolher um ou outro. Por exemplo, nenhuma igreja abandona o evangelismo quando retorna adorao. Ao contrrio, com isto enriquece o evangelismo e d-lhe profundidade espiritual. Um retorno adorao no destri uma boa comunho. No mnimo coloca naquela comunho um fundamento muito mais slido do que caf com bolinhos ou ch com biscoitos. Entretanto eu no estou tentando convenc-lo de que uma volta adorao algo fcil. No . Um motivo disso que, dada a natureza humana como ela , ns no temos um desejo natural de buscar o Senhor e chegar mais perto Dele. S o Esprito Santo de Deus pode criar dentro de ns o desejo profundo de adorao, de dar a Deus nossa adorao amorosa completa. Antes que o Esprito possa nos levar at aquele lugar, precisamos tratar com os nossos pecados, e tratar com os nossos pecados no uma tarefa fcil. Um outro obstculo o nosso aparente sucesso. A igreja est indo bem, dizem os oficiais, e as contas esto sendo pagas; por que complicar as coisas? Sempre que eu converso sobre adorao com as pessoas, ouo o seguinte: Mas algumas das maiores igrejas do mundo no sabem nada de adorao e Deus as est abenoando vidas e crescendo cada vez mais. Somente Deus sabe como vo realmente as coisas em qualquer igreja... Mas eu sinto que nem tudo vai bem com algumas das igrejas ditas bem-sucedidas. Acredito que esto inchadas e no cheias. Cada vez mais, algumas das grandes igrejas esto tendo dificuldades em encontrar grandes pastores para ocuparem os seus plpitos. Em algumas cidades os crentes saltam de uma igreja para outra buscando muito mais pregaes profundas e eloqentes, louvores quentes e fervorosos e poder e poder do que uma vida crist com compromisso prtico com o Ide de Jesus. A igreja que eles vo escolher depende de quem est no plpito e de quem est tocando e cantando, e hoje h uma grande variedade de celebridades evanglicas que com certeza arrastam multides. O fato de que algumas delas possam no ter o melhor desempenho em seus lares ou em sua vida pessoal no parece ser importante para aqueles membros da igreja que esto buscando somente um passatempo para um fim de tarde. Um Show Gospel. Querem ir para ver o que querem ver e o ouvir. Um retorno adorao poderia ser uma ameaa para aquele pregador que gosta de ser importante e de brincar de Deus nas vidas das pessoas do seu rebanho. Ou para o pregador que aperfeioou de tal modo um sistema de preparao de sermes que sempre consegue um bom esboo e tema a cada semana. Ou para o pregador que to bom na plataforma que consegue segurar a peteca e manter a congregao interessada e entretida. Um retorno adorao pode ser uma ameaa para o msico que prefere mais tocar do que ministrar, e que no tem nenhuma inteno de alinhar a sua vida no dia a dia com a sua profisso domingueira. Um retorno adorao pode ser uma ameaa para o membro da igreja que no quer ser perturbado. Ele preenche com fidelidade o seu lugar semanalmente na igreja, paga os seus dzimos e de vez em quando realiza um trabalho para a igreja; mas o que acontece na igreja no tem nada a ver com o resto da sua vida. Ele vai levando e isso o que interessa. O que ser necessrio? O que ser necessrio para nos motivar a adorar a Deus? O que ter de acontecer para que desmantelemos nosso esfarrapado showzinho religioso e construamos de novo um altar para o Senhor?

O maior castigo que Deus poderia aplicar nas igrejas hoje seria retirar-se, e deix-las continuar fazendo exatamente o que esto fazendo. Uma vez li A.W.Tozer dizer: Se Deus tirasse o Seu Santo Esprito deste mundo, o que estamos fazendo continuaria sendo feito, e ningum notaria a diferena. Dura verdade! Oro para que Deus na Sua misericrdia no nos abandone, mas nos d outra oportunidade. Temos convivido com substitutos por tanto tempo que se por acaso acontecesse um reavivamento de adorao, muitos dentre o povo de Deus provavelmente o veriam como uma ameaa ao evangelho! Ser que ns queremos realmente adorar a Deus? Estamos realmente dispostos a abrir mo de nossos brinquedinhos religiosos e trabalhar srio com Ele? Podemos abandonar nossas vises pragmticas de ministrio na igreja (Bem, mas funciona! No se pode argumentar contra o sucesso!) e voltarmos viso bblica de Deus? Talvez Deus no pretenda nos deixar onde ns estamos. Talvez Ele permita uma crise econmica que forar as igrejas a examinarem as suas prioridades e voltarem para as coisas que so mais importantes. Talvez Ele permita perseguies, um julgamento de fogo que separar o ouro da escria. Dias viro em que no seja to popular pertencer a uma igreja evanglica e quando o evangelicalismo no mais receber o patrocnio de pessoas importantes. Ou talvez Deus trate com crentes individuais aqui e ali, pessoas sinceras que confessem a sua desesperadora necessidade de realidade espiritual. Talvez Ele sussurre para algumas destas almas famintas que no esto satisfeitas com a rotina religiosa de semana aps semana, que sinceramente querem adorar a Deus e experimentar o Seu poder transformador. Ele pode se aproximar daqueles poucos santos resistentes que temem a Deus mais do que s presses sociais, e que no se sentem ameaados por mudanas. Na verdade voc poderia ser um destes santos! Deus muda igrejas mudando indivduos. O corao de John Wesley foi estranhamente aquecido, e o resultado foi um reavivamento que livrou a Inglaterra de um banho de sangue que quase destruiu a Frana. A histria da igreja est cheia de nomes de homens e mulheres que transformaram igrejas e ministraram ao mundo, porque permitiram que Deus os transformasse. Eles eram adoradores e guerreiros, e Deus os usou. Eles eram transformadores, no conformadores. As suas vidas eram controladas por um poder interno, no por presses externas. Eles foram mal entendidos e criticados; foram at aprisionados e mortos. O seu maior inimigo era a instituio religiosa da sua poca, os lderes religiosos bem-sucedidos que de h muito perderam contato com a realidade espiritual e estavam vivendo somente da sua reputao. Onde voc comea? Voc comea na sua prpria casa, na sua prpria vida devocional. Voc comea cada dia com Deus - no na leitura de um devocional do tipo versculoorao-poesia, mas gastando tempo na Sua Palavra, em meditao e adorao, e em orao. Tempo. aqui que comea a dificuldade. Ns no tiramos tempo para ser santos. Ns nos satisfazemos com um lanche (fast-food) religioso que embalado para uma consumao rpida. Talvez um lanchinho seja melhor do que nada, afinal de contas, mas um substituto muito pobre para a adorao verdadeira. s perceber como so cada vez menores nossos livros devocionais de cabeceira. A adorao verdadeira toma tempo e uma das evidncias de que estamos comeando a progredir na nossa vida espiritual a paz que vem sobre a alma medida que nos colocamos diante do Senhor. Ficamos conscientes do tempo, mas no somos controlados por ele. Alegramo-nos em permanecer diante do Senhor, deleitando-nos com a Sua maravilha e a Sua grandeza.

Este tipo de experincia edificante s para grandes santos e msticos? Claro que no! Foi um pescador que escreveu E vimos a Sua glria (Joo 1.14). E um outro pescador escreveu no qual, no vendo agora, mas crendo, exultai com alegria indizvel e cheia de glria!(I Pedro 1.8). Voc se lembra das palavras do Salvador: Graas te dou Pai, Senhor do cu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sbios e entendidos e as revelaste aos pequeninos? (Mateus 11.25). Devemos comear com as nossas prprias vidas, nossa adorao pessoal a Deus. E medida que crescemos, no devemos criticar os outros e tentar mudar tudo dentro da igreja. A verdadeira transformao espiritual deve vir de dentro para fora. Precisamos ter cuidado com as mudanas cosmticas que no afetam o corao da igreja. O cntico de hinos diferentes, alterao da ordem do culto, ou mesmo as mudanas nos mveis da igreja, nunca transformaro uma igreja. preciso que o Esprito atue nos coraes, e isto toma tempo. Nem deveramos nos tornar em aquilo que chamamos de intelectuais espirituais que concordam em prestar culto junto com os ignorantes e no espirituais, mas que prefeririam estar em outro lugar gozando da atmosfera rica de um verdadeiro culto de adorao. Nosso Senhor quando na terra freqentava a sinagoga e o templo, apesar de ambos estarem nas mos de lderes religiosos que resistiam verdade. Um transformador espiritual pode entrar at num culto de crianas na Escola Dominical e experimentar a bno e ser uma bno. Um transformador est sempre adorando a Deus, sempre sedento e faminto de mais graa e glria de Deus, e sempre aberto a quaisquer influncias espirituais que o Pai possa trazer para a vida dele ou dela. Sim, comeamos conosco mesmos, e deixamos que Deus trabalhe em ns e atravs de ns da maneira especial que s Dele. Evitamos imitar outros santos e, pela f, permitimos que Deus nos desenvolva do Seu jeito. Tambm evitamos copiar outras igrejas, sabendo que cada assemblia local deve atender ao seu prprio chamado especial. Demorei muitos anos para perceber que os pronomes pessoais nos versculos 12 e 13 do cap.2 de Filipenses esto no plural: Desenvolvei a vossa salvao com temor e tremor; por que Deus quem efetua em vs tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Paulo estava escrevendo para uma congregao inteira. Assuma a liderana Talvez voc seja um pastor e esteja desejando que a sua igreja desenvolva uma fome e uma sede pela realidade espiritual. Voc quer que eles adorem a Deus e se tornem em transformadores, de tal modo que a igreja possa realmente ministrar para as necessidades que voc v em toda a parte ao seu redor e pelo mundo todo. O que que voc faz? Penso que o conselho acima se aplica a voc e aos lderes da sua igreja: Verifique se a sua prpria experincia de adorao est viva e crescendo. Se est, haver uma nova nfase e enriquecimento na sua liderana do culto pblico, tanto quanto no seu ministrio pastoral nos lares e nos hospitais. Guarde zelosamente o seu tempo dirio pessoal com o Senhor. Pratique disciplina espiritual. Isto significa com certeza o estabelecimento de algumas prioridades e o aprendizado de como dizer no; mas este o preo a ser pago. Voc no pode ser um transformador e agradara todos em toda a ocasio, e nem deveria tentar. Tive o privilgio de visitar muitas Igrejas e nelas ministrar para muitos pastores e obreiros cristos em conferncias em muitos lugares. Um dos problemas que eu vejo que os ministros esto carregando muita bagagem. Ao longo dos anos eles assumiram diversas tarefas, clubes, associaes, e por a afora, e esto tentando cuidar de tudo isto e ao mesmo tempo desempenhar o seu ministrio. Esta bagagem extra toma tempo para organizar e energia para carregar, e custa muito caro. Chamo de pastores de eventos.

Se a adorao no resultar em nenhum outro benefcio para ns, pelo menos nos ajudar a descobrir quais as coisas que so importantes; e ningum precisa mais disto do que o pastor ou o obreiro cristo. preciso coragem, mas precisamos nos livrar da bagagem extra e comear a carregar somente os fardos que Ele coloca sobre ns. Isto no significa eliminar coisas ruins na nossa vida (extras), sermos verdadeiros pastores, porque no deveria haver valores ruins na nossa vida! Significa dizer adeus a coisas boas, coisas agradveis, at coisas de sucesso, porque elas esto no nosso caminho, roubando-nos o tempo e a energia que precisamos para buscar a Deus e servi-Lo. Com isso retornamos a ser Pastores de Ovelhas e assim reconduz-los a adorao! A partir do momento que voc tem a sua vida equilibrada diante de Deus, voc pode comear a liderar outros na sua igreja na adorao a Deus e na busca da Sua face. Levar tempo, por isso seja paciente. As pessoas no querem mudar. Ensine-as ternamente e mostre o seu exemplo para elas. Algumas pessoas sairo da sua congregao e iro para onde mais prazeroso para elas, mas no se desanime. Saiba que voc est na vontade de Deus quando voc est tentando trazer o seu povo para mais perto Dele na sua experincia de adorao. Satans vai se opor a voc, mas Deus ir defend-lo. Faa com que a sua pregao seja um ato de adorao, e prepare cada mensagem e cada culto de tal maneira a proclamar as virtudes Daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz(1 Pe 2.9). Tenha em mente que a colheita no no fim da reunio: no fim dos tempos. Ministre pela f. Deus promete fazer o resto. Todos somos adoradores natos, depende de quem! Muitos leitores devero perceber a ausncia da msica. Os 9 Elementos da Adorao Ramon Tessmann Eis o porqu: na Bblia, a ato da adorao no depende da msica e a msica no sequer o mais importante item. Alguns autores declaram haver 9 itens essenciais no ato da adorao. Para explicar isto costumamos utilizar a histria do sacrifcio do filho de Abrao, Isaque (Gnesis 22). Confira nesta histria a presena dos nove pontos relacionados abaixo: 1. Prova - a adorao envolve uma prova. Deus prova o nosso amor assim como provou o de Abrao (versculo 1): "Depois destas cousas, ps Deus Abrao prova..." 2. Obedincia - Abrao obedeceu a Deus com prontido. Quando Deus nos diz para fazer alguma coisa, devemos fazer na hora! Quando Deus nos chama, o "eis-me aqui" deve ser instantneo (versculo 1): "...e este (Abrao) respondeu: Eis-me aqui". 3. Relacionamento - Devemos gastar tempo com o Senhor. Devemos estar dispostos a conhec-Lo e conhecer a sua voz. Quando o Diabo falou com Jesus, ele imediatamente reconheceu a voz do Diabo. Devemos saber se Deus que est falando ou no! (Joo 10:4-5) 4. Processo - Deus muitas vezes nos tira do lugar onde estamos para nos ensinar algo, uma lio. Ele nos faz ir a um congresso ou fazer uma viagem para falar conosco (versculo 2): "Prosseguiu Deus: Toma agora teu filho; o teu nico filho, Isaque, a quem amas; vai terra de Mori, e oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes que te hei de mostrar". 5. Oferta - Devemos trazer ofertas a Deus. Quando Ele nos pede alguma coisa, por mais importante que seja, devemos ofertar com amor, como aconteceu com Abrao (versculo 2): "...e oferece-o ali em holocausto...". importante ressaltar que dzimo no oferta, sim obrigao!

6. Preparao - Devemos estar preparados para estar na presena de Deus (versculo 3). 7. Separao - Devemos nos separar das pessoas que podem nos impedir de adorar a Deus (versculo 5): "E disse Abrao a seus moos: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o mancebo iremos at l; depois de adorarmos, voltaremos a vs". 8. Disposto a sofrer - Devemos estar dispostos a sofrer, dar a vida pela causa de Cristo. Abrao amava muito seu filho Isaque. 9. Confiana em Deus - Devemos estar dispostos a ter absoluta confiana em Deus e nunca duvidar Dele. Versculo 5: "Ento, disse (Abrao) a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos at l e, havendo adorado, voltaremos para junto de vs". Como Abrao poderia dizer isto se ele sabia que iria imolar Isaque no altar? Porque Abrao estava to convicto de que iria voltar com Isaque? Nos parece que Abrao j sabia o que estava no corao de Deus e j sabia que ia acontecer e assim como Abrao devemos ter absoluta confiana no Pai, independente das circunstncias. Ramon Tessmann Ministrio Vida Nova - Cricima SC O Cntico Certo - Do Lado Errado! (Right Song - Wrong Side!) David Wilkerson Os filhos de Israel se achavam em um apuro desesperador! sua frente, o Mar Vermelho; as montanhas esquerda e direita; e o fara e os seus carros de ferro se aproximando por trs. O povo de Deus aparentava estar cativo e impotente - como patinhos que passam no tiro ao alvo, s esperando serem eliminados. No entanto, acredite ou no, Deus propositadamente os havia guiado esta situao to terrvel! Havia pnico no acampamento de Israel. Os homens abanavam a cabea com medo, e as mulheres e as crianas choravam ao se acotovelar aos avs e parentes. De repente Moiss foi cercado pelos irados pais de famlia que gritavam: claro que tudo acabou para ns! No havia sepulturas suficientes no Egito para nos enterrar? Voc tinha de nos arrastar at aqui para morrermos? L no Egito lhe falamos para nos deixar em paz. Era melhor sermos escravos l do que morrer neste deserto miservel! No sei se Moiss teve um momento de abalo nestas circunstncias. Contudo quando este homem de Deus se lamentou, parece que o Senhor o repreendeu: Por que clamas a mim? (xodo 14:15). Ningum em Israel imaginava que grande livramento Deus estava prestes a realizar para eles! De repente os ventos separaram o mar, e o povo caminhou atravs das ondas que oram detidas sobre um cho seco. Quando o fara e o seu poderoso exrcito tentaram segui-lo, as guas voltaram a se enfurecer - e os cobriu e afogou a todos! Que viso terrvel deve ter sido! O povo Deus olhava do outro lado e via o seu poderoso inimigo sendo destrudo como se fossem soldadinhos de lata. E ento um cntico se elevou do acampamento ao compreenderem, mais uma vez, que Deus os havia livrado de circunstncias impossveis! As escrituras registram a sua reao - e o cntico que entoaram: E viu Israel o grande poder que o Senhor exercitara contra os egpcios; e o povo temeu ao Senhor e confiou no Senhor e em Moiss, seu servo. Ento, entoou Moiss e os filhos de Israel este cntico ao Senhor, e disseram: Cantarei ao Senhor, porque triunfou gloriosamente; lanou no mar o cavalo e o seu cavaleiro. O Senhor a minha fora e o meu cntico; ele me foi por salvao; este o meu Deus; portanto, eu o louvarei; ele o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei (xodo 14:31; 15:1-2).

Talvez voc conhea este glorioso cntico de vitria tirado diretamente das escrituras. Os cristos elevam suas vozes para cant-lo em muitas igrejas hoje. Mas amados, prestem ateno nas palavras e na nfase desta passagem - pois elas constituem o corao desta mensagem! E viu Israel o grande poder que o Senhor exercitara contra os egpcios... ENTO, entoou Moiss e os filhos de Israel este cntico (xodo 14:31; 15: 1). Eles entoaram o cntico certo -- mas o entoaram do lado errado! O cntico de Israel no foi cantado em f genuna, porque o cantaram somente do outro lado do Mar Vermelho -- do lado da vitria e no do lado da provao! Entenda, h dois lados em nossos sofrimentos e em nossas tentaes: o lado da provao e o lado da brecha que surge; o lado oriental das trevas e do desespero, e o lado ocidental da vitria e do livramento. Todos os que duvidam podem cantar depois que a provao passou e a vitria chegou. Em vez disto, no lado da provao que o Senhor deseja que aprendamos a cantar os Seus louvores. Ele merece a nossa adorao no momento mais negro, quando parece no haver sada, quando inexiste qualquer esperana - e somente Ele pode trazer a soluo! A gente pode imaginar a cena em Israel aps a sua vitria: Mriam danando com as jovens, os tamborins se agitando, todo mundo cantando e dedicando louvores a Deus. As escrituras dizem que eles bradavam com ousadia: Os povos o ouviram, eles estremeceram...os prncipes de Edom se perturbam, dos poderosos de Moabe se apodera temor, esmorecem todos os habitantes de Cana (xodo 15:14-15). Como devem ter sentido-se seguros e poderosos. Porm a vitria foi ca pois Israel j havia sido reprovado no teste aquele dia! S