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APRESENTAÇÃO Com a realização do V Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil”, o HISTEDBR comemora os seus 15 anos de fundação. Cabe lembrar que o Grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil” foi organizado com o objetivo de possibilitar a socialização das pesquisas produzidas por um grupo de doutorandos em Filosofia e História da Educação da UNICAMP. Em 1986, a principal preocupação voltava-se à elaboração das teses de doutoramento, buscando potencializar quantitativa e qualitativamente a produção intelectual do grupo, então formado por professores do programa de pós-graduação em educação da UNICAMP e seus respectivos orientandos. Para tanto, entre 1986 e 1990, foram realizados encontros periódicos (em geral semestrais) com o objetivo de debater a elaboração das teses de doutoramento. As teses foram sendo concluídas e, gradativamente, amadureceu a decisão de constituição de um coletivo maior para a realização de estudos e pesquisas, com uma proposta coletiva de trabalho, articuladora dos interesses de todos os seus membros. Como os participantes retornavam para as suas instituições de origem, espalhadas pelas diferentes e longínquas regiões brasileiras, decidiu-se pela formação de um coletivo nacional de pesquisas, centralizado na Faculdade de Educação da UNICAMP e articulador de Grupos de Trabalho regionais / estaduais. No ano de 1991, havia 15 (quinze) Grupos de Pesquisa organizados em 14 (quatorze) Estados brasileiros. A organização desse coletivo nacional, para além das relações entre professores e alunos, exigia a formalização da existência do Grupo, junto a

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APRESENTAÇÃO

Com a realização do V Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas

“História, Sociedade e Educação no Brasil”, o HISTEDBR comemora os seus 15 anos de fundação. Cabe lembrar que o Grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil” foi organizado com o objetivo de possibilitar a socialização das pesquisas produzidas por um grupo de doutorandos em Filosofia e História da Educação da UNICAMP. Em 1986, a principal preocupação voltava-se à elaboração das teses de doutoramento, buscando potencializar quantitativa e qualitativamente a produção intelectual do grupo, então formado por professores do programa de pós-graduação em educação da UNICAMP e seus respectivos orientandos. Para tanto, entre 1986 e 1990, foram realizados encontros periódicos (em geral semestrais) com o objetivo de debater a elaboração das teses de doutoramento.

As teses foram sendo concluídas e, gradativamente, amadureceu a decisão de constituição de um coletivo maior para a realização de estudos e pesquisas, com uma proposta coletiva de trabalho, articuladora dos interesses de todos os seus membros. Como os participantes retornavam para as suas instituições de origem, espalhadas pelas diferentes e longínquas regiões brasileiras, decidiu-se pela formação de um coletivo nacional de pesquisas, centralizado na Faculdade de Educação da UNICAMP e articulador de Grupos de Trabalho regionais / estaduais. No ano de 1991, havia 15 (quinze) Grupos de Pesquisa organizados em 14 (quatorze) Estados brasileiros. A organização desse coletivo nacional, para além das relações entre professores e alunos, exigia a formalização da existência do Grupo, junto a Faculdade de Educação da UNICAMP, bem como a institucionalização dos Grupos de Trabalho em suas respectivas instituições.

Neste ano comemorativo dos 15 anos de fundação do grupo, completa uma década de institucionalização. Foi no ano de constituição do núcleo de pesquisas que realizamos o I Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas "História, Sociedade e Educação no Brasil, efetivado em duas etapas: entre os dias 06-10 de maio e de 09-13 de setembro de 1991. O tema escolhido foi “Perspectivas Metodológicas da Investigação em História da Educação”. A escolha incidiu, portanto, sobre uma temática que refletia um momento de embate entre perspectivas metodológicas e teóricas diferenciadas e que conduzia a reflexões sobre a investigação em História da Educação. O debate e a análise da produção histórico-educacional brasileira levou o grupo a produzir uma proposta coletiva de trabalho, articuladora dos interesses de todos os seus membros e que previa a realização de atividades, eventos e pesquisas que apontavam para um balanço crítico da historiografia educacional brasileira e, a partir dele, para a realização de um amplo programa de pesquisas no âmbito da História da Educação.

Em termos práticos, o primeiro esforço de projeto coletivo decorria do entendimento de que a pesquisa histórico educacional passava por um período de

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produção circular e reincidente, decorrência da deficiente formação teórico-metodológica dos profissionais da área e, em virtude da escassez, dispersão e precariedade da organização e catalogação das fontes relacionadas à pesquisa histórico-educacional no Brasil. Em vista disso, mesmo considerando como uma tarefa intermediária à pesquisa propriamente dita, o Grupo priorizou a realização de um amplo levantamento, organização e catalogação de fontes fundamentais à pesquisa histórica na área da educação. Para tanto, durante o evento foi redigido as linhas gerais do Projeto: “Levantamento, Organização e Catalogação das Fontes Primárias e Secundárias da História da Educação Brasileira".

No ano seguinte ocorreu o II Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas "História, Sociedade e Educação no Brasil, entre os dias 06 a 10 de abril de 1992. O tema escolhido para o evento foi "Fontes Primárias e Secundárias em História da Educação Brasileira". Teve-se por objetivo dar continuidade ao debate sobre as principais correntes metodológicas da investigação histórica e conhecer as principais pesquisas e trabalhos com fontes primárias e secundárias da educação brasileira, bem como os catálogos e relatórios delas resultantes.

Os anos seguintes foram marcados pela realização de encontros anuais com os Coordenadores de GTs, geralmente no interior de outros eventos da área. Juntamente com a ampliação gradativa de novos GTs, o Projeto "Levantamento e Catalogação..." possibilitava que as equipes encontrassem novos rumos para a investigação em História da Educação brasileira, de modo especial com pesquisas centradas nas fontes primárias regionais e locais da educação. Não é demais lembrar que o início dessas pesquisas marcou um novo momento na vida do Grupo: de uma articulação em torno do projeto de levantamento e catalogação, para um coletivo de pesquisa que buscava, respeitando a diversidade e pluralidade de interesses dos seus membros, o início de pesquisas históricas da educação sobre temáticas regionais, tendo por base as fontes levantadas e catalogadas.

O III Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas "História, Sociedade e Educação no Brasil", realizado entre os dias 15 a 17 de novembro de 1995, foi marcado pela socialização das pesquisas realizadas ou em processo de produção. Para esse evento foram convidados representantes de Sociedades de História da Educação dos países ibéricos e latino-americanos, objetivando o intercâmbio de experiências. A tônica foi dada pela apresentação e debate das pesquisas produzidas pelo Grupo. Participaram do evento um total de 107 (centro e sete) pesquisadores, dos quais 86 (oitenta e seis) apresentaram comunicação científica. Após o evento foi feito um esforço para organizar os trabalhos apresentados em torno de grandes temáticas, de modo a “mapear” os caminhos trilhados pelo Grupo. Assim, em História Local e/ou Regional da Educação foram 21 (vinte e um) trabalhos; pesquisa Temática, 16 (dezesseis) trabalhos - ainda não reveladores de temáticas predominantes; Levantamento e Catalogação com 16 (dezesseis) trabalhos; Coletivos de Pesquisa / Organizações em História

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da Educação com 9 (nove) trabalhos; Historiografia e Questões Teórico-metodológicas com 3 (três) trabalhos; o tema Histórico-biográfico foi contemplado com 3 (três) dos trabalhos e, finalmente, 2 (dois) estudos foram dedicados à História Comparada da Educação.

Em 1997, entre os dias 14 a 19 de dezembro, realizou-se o IV Seminário Nacional. Nesse evento o grupo retomou os debates teórico-metodológicos e, concomitantemente, manteve o espaço para a socialização da produção dos pesquisadores vinculados aos Grupos de Trabalho. Foi escolhido como tema central “O debate teórico e metodológico no campo da História e sua importância para a pesquisa educacional”, debatido em quatro mesas-redondas: A primeira Mesa Redonda debateu o tema “Questões teórico-metodológicas da História”; a segunda versou sobre “Questões teórico-metodológicas da História da Educação”; a terceira tratou das “Trajetórias da Pesquisa em História da Educação no Brasil” e, finalmente, a quarta Mesa Redonda tratou da “Problemática teórico-metodológica da História da Educação desde as diferentes experiências nacionais ou regionais”. Para as Sessões de Comunicações foram inscritos 153 pesquisadores com 120 trabalhos, assim distribuídos conforme os Estados de origem: Acre: 2; Alagoas: 5; Espírito Santo: 8; Goiás: 1; Maranhão: 4; Mato Grosso: 2; Mato Grosso do Sul: 17; Minas Gerais: 7; Pará: 2; Paraná: 17; Pernambuco: 1; Piauí:1; Rio de Janeiro: 6; Rio Grande do Norte: 9; Rio Grande do Sul: 7; São Paulo: 24; Sergipe: 3; e 10 trabalhos de pesquisadores estrangeiros, com a seguinte distribuição: Argentina: 3; Chile: 1; Colômbia:1; Espanha: 1; Itália:1; Paraguai:1; Portugal:1; Uruguai:1.

Com esta trajetória, estamos agora realizando o V SEMINÁRIO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS “HISTÓRIA, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO NO BRASIL”, entre os dias 20 a 24 de agosto de 2001. Neste evento, as atividades foram estruturadas de forma a existir um espaço para os debates teórico-metodológicos e outro para a socialização da produção dos pesquisadores.

O tema geral escolhido para o evento é TRANSFORMAÇÕES DO CAPITALISMO, DO MUNDO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO. Abrindo a discussão desse tema geral, Dermeval Saviani, Coordenador Geral do HISTEDBR, ministrará a Conferência de Abertura que tem por título: “Transformações do Capitalismo, do Mundo do Trabalho e da Educação”.

Estão previstas três Mesas Redondas que serão realizadas no período matutino. A primeira Mesa Redonda debaterá o tema “Capitalismo, trabalho e educação” e contará com conferências de Octavio Ianni, Pablo Gentili e Ricardo Antunes, com a mediação dos debates a cargo de José Claudinei Lombardi. Para segunda mesa de debates, foi definido o tema “Capitalismo, trabalho e educação no Brasil”, tendo como conferencistas Acácia Kuenzer, Celso Ferretti e Maria

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Aparecida Ciavatta Franco, sendo mediador José Luis Sanfelice. A última Mesa Redonda tratará do tema “15 anos do HISTEDBR e a Historiografia Educacional Brasileira”, sob a mediação de Dermeval Saviani, pretendendo a realização de um balanço da produção de cada GT.

Este V Seminário recebeu um total de 172 inscrições de trabalhos, assim distribuidos por formato de apresentação: 118 comunicações científicas que serão apresentadas em quatro sessões; 54 trabalhos no formato de painéis e que serão apresentados ao longo dos quatro dias de trabalho.

Os trabalhos inscritos estão distribuídos pelos seguintes recortes temáticos e formato de apresentação:

Educação e identidade: cultura, gênero e etnia, com um total de 21 trabalhos, sendo 17 comunicações e 4 painéis;

Fontes, teorias e métodos em História da Educação, com 32 trabalhos no total, 21 comunicações e 11 painéis;

Idéias pedagógicas e pensamento educacional: também com um total de 32 trabalhos, sendo 20 comunicações e 12 painéis;

Instituições e práticas educacionais: com 55 inscrições, sendo 36 na modalidade comunicações e 19 painéis;

Políticas públicas em educação: com 32 trabalhos no total, 24 como comunicações e 8 no formato painel.

A realização do presente evento foi decidida em reunião de Coordenadores de GTs, ocorrida no dia 07 de novembro de 2000, no I Congresso Brasileiro de História da Educação, promovido pela Sociedade Brasileira de História da Educação. Nesse encontro foram tomadas as decisões básicas quanto à realização do evento, temática principal, formato e temas para as mesas redondas. Também foi sugerida uma listagem com os nomes dos conferencistas convidados. Em nome da Coordenação Nacional do HISTEDBR, agradeço a todos os que colaboraram para a viabilização do evento, de modo particular aos membros da Comissão de Organização e da Comissão Executiva. A Comissão de Organização foi composta por Ademir Gebara, Dermeval Saviani, Elias Boaventura, José Claudinei Lombardi, José Luis Sanfelice, José Maria de Paiva, Olinda M. Noronha e Sérgio E. M. Castanho. A Comissão Executiva foi formada por Anselmo Alencar Colares, Azilde Andreotti, Diogenes Nielsen Júnior, Jorge Uilson Clark, José Claudinei Lombardi (Coordenador), Luiza Aparecida Delfino, Mara Regina Martins Jacomeli e Maria Isabel Moura Nascimento. Um agradecimento especial à Secretaria Geral e Executiva do Evento e que foi responsável pela operacionalização das decisões: Diogenes Nielsen Júnior e Maria Isabel Moura Nascimento.

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A todos os participantes desejamos BOAS VINDAS e que estes dias sejam proveitosos para um debate acadêmico de alto nível.

José Claudinei Lombardi Coordenador Executivo do HISTEDBR

QUADRO DE ATIVIDADES GERAIS DO V SEMINÁRIO

ESTRUTURA DO SEMINÁRIODia Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Horário 20/08/2001 21/08/2001 22/08/2001 23/08/2001 24/08/20018:30-11:30   Mesa-Redonda Mesa-Redonda Mesa-Redonda Encontro de

Coordenadores do HISTEDBR

14:00-17:30 Credenciamento Comunicação Científica

Comunicação Científica

Comunicação Científica

Encontro de Coordenadores do HISTEDBR

17:30-19:00 Credenciamento Painel Painel Painel Sessão de Encerramento

19:00 Abertura e Conferência

Inaugural

    Jantar de Confraternização e Lançamento de

Livros

 

CONFERÊNCIA DE ABERTURA DO V SEMINÁRIO

Data: 20/08/2001 Segunda-Feira Horário: 19,00 Horas

Abertura: Águeda Bernardete BittencourtDermeval SavianiJosé Claudinei Lombardi

Conferência Inaugural: Dermeval Saviani

Tema: Transformações do Capitalismo, do Mundo do Trabalho e da Educação

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PROGRAMAÇÃO DAS MESAS-REDONDAS

Data: 21/08/2001 Terça-Feira Horário: das 08,30 às 11,30 HorasTema:  Capitalismo, trabalho e educaçãoConferencistas: Octavio Ianni

Pablo GentiliRicardo Antunes

Mediador: José Claudinei Lombardi

Data: 22/08/2001 Quarta-Feira Horário: das 08,30 às 11,30 HorasTema:  Capitalismo, trabalho e educação no BrasilConferencistas: Profa. Dra. Acácia Kuenzer

Prof. Dr. Celso Ferretti Profa. Dra. Maria Aparecida Ciavatta Franco

Mediador: Prof. Dr. José Luis Sanfelice

Data: 23/08/2001 Quinta-Feira Horário: das 08,30 às 11,30 HorasTema:  15 anos do HISTEDBR e a Historiografia

Educacional Brasileira Apresentação de um balanço da produção de cada GT: Pesquisas; dissertações e teses; publicações, catálogos de fontes, etc.

Mediador: Dermeval Saviani

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PROGRAMAÇÃO DAS APRESENTAÇÕES DOS TRABALHOS

FORMATO: COMUNICAÇÃO CIENTÍFICADATA: 21/08/2001 TERÇA-FEIRA HORÁRIO: das 14,00 às 17,30Hs

I - Educação e identidade: cultura, gênero e etniaAUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOAdriana Regina de Jesus Santos

A PRESENÇA DA MULHER LONDRINENSE NO MAGISTÉRIO NOS ÚLTIMOS 50 ANOS DO SÉCULO XX: Um olhar sob o ponto de vista do ensino fundamental

UEPG

Ana Lúcia Valente DEMOCRACIA E DIFERENÇAS CULTURAIS: Implicações, contradições e paradoxos entre o universal e o singular

UFMS

Anamaria Gonçalves Bueno De Freitas

PROPOSTAS DE EDUCAÇÃO FEMININA, VEICULADAS PELA REVISTA RENOVAÇÃO, EM SERGIPE,NO INÍCIO DA DÉCADA DE 30

UFS/UNICAMP

Carla Villamaina Centeno A EDUCAÇÃO DO TRABALHADOR NOS ERVAIS DE MATO GROSSO (1870-1930)

UFMS/UNIDERP

Carmelindo Rodrigues da Silva

PORTUGUESES BRASILEIROS: Brasil, século XVI UNIMEP

Célio Juvenal da Costa SANTO ANSELMO, A ESCOLÁSTICA E OS JESUÍTAS

UNIMEP

II - Fontes, teorias e métodos em História da EducaçãoAUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOAdemir Gebara FONTES E NARRATIVAS PARA A HISTÓRIA DA

EDUCAÇAOUNIMEP

Ana Clara Bortoleto Nery (IN) FORMANDO, DIVULGANDO E EDUCANDO: Uma Década de imprensa periódica em São Paulo

UFSCAR

Ana Paula Seco EDUCAÇÃO NO BRASIL IMPÉRIO: Um olhar dos viajantes-educadores

UNICAMP

Antonia Núbia de Oliveira Alves e Vânia de Vasconcelos Gico

AS IDÉIAS CASCUDIANAS SOBRE EDUCAÇÃO UFRN

Celina Midori Murasse A EDUCAÇÃO PARA A ORDEM E O PROGRESSO DO BRASIL: O Liceu de artes e ofícios do Rio de Janeiro (1856-1888)

UNICAMP

Eugênia Maria Dantas O OLHO E A MÃO: A fotografia como fonte histórica

UFRN

Guaraciaba Aparecida A DEFESA DO TRABALHO, DA PROPRIEDADE UEM

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III - Idéias pedagógicas e pensamento educacionalAUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOAnselmo Alencar Colares e Maria do Socorro Costa Coelho

OS FANTASMA NÃO MORREM: Reflexões acerca da teoria do capital humano

UFPA

Carlos Henrique de Carvalho

DA ORDEM EDUCACIONAL À CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA (UBERABINHA-MG 1920-1930)

UFUUSP

Círian Gouveia Máximo e Wenceslau Gonçalves Neto

ORDEM E PROGRESSO: Um anseio pedagógico (UBERLÂNDIA, MG – 1920-1945)

UFUUSP

Dalcy da Silva Cruz CAIO PRADO JUNIOR: Um organizador da Cultura UFRNElenita Conero Pastor Manchope

CONGRESSO AGRÍCOLA DO RIO DE JANEIRO DE 1878, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE

UNIOESTE

Flávia Cristina Ribeiro de Aragão

TRABALHO/ QUALIDADE NA EDUCAÇÃO PÓS-MODERNA

UNICAMP

Flávio César Freitas Vieira e Carlos Henrique de Carvalho

MOVIMENTOS EDUCACIONAIS EM UBERABINHA: Entusiasmo educacional e otimismo pedagógico (1919 – 1930)

UFUUSP

IV - Instituições e práticas educacionaisAUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOAfonso Celso Scocuglia LICEU PARAIBANO, ANOS SESSENTA: Criação

histórica, micropoder, vigilância e puniçãoUFPB

Ana Carrilho Romero Grunennvaldt

A EDUCAÇÃO FÍSICA,AS NORMALISTAS E AS PROFESSORAS; A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA NORMAL DE SERGIPE

UFS

Antonio Carlos Ferreira Pinheiro

A ERA DAS CADEIRAS ISOLADAS NA PARAÍBA (1849-1915)

UFPB.

Antônio da Conceição Ramos

MOVIMENTOS ESTUDANTIL: A JVC em Sergipe (1958-1964)

UT

Cirlei Francisca Gomes Carneiro e Maria Augusta Pereira Jorge

FONTES E MEMÓRIA ESCOLAR DE TELÊMACO BORBA - PR

UEPG

David Victor Emmanuel Tauro

DAURIL ALDEN E OS JESUÍTAS COMO EMPRESA COLONIAL

UFMS

Décio Gatti Júnior INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS E MODERNIZAÇÃO EM UBERLÂNDIA (1950-2000)

UFU

Diane Valdez LIÇÃO,PALMATÓRIA E TABUADA: Imagens da educação nas terras goyanas do século XVIII e XIX”

UNICAMP

Elias Boaventura EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONCEITO DE CONFESSIONALIDADE NO METODISMO BRASILEIRO

UNIMEP

Geovana Ferreira Melo Moura e Geraldo Inácio

POR TRÁS DOS MUROS ESCOLARES: Um estudo da educação feminina no Colégio Nossa

UFU

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Filho Senhora das Dores (Uberaba/MG 1940/1960)

V - Políticas públicas em educação: abordagens históricas  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOAriclê Vechia e Karl M. Lorenz

O CURRÍCULO DE 1855 DO COLÉGIO DE PEDRO II: Ensino propedêutico x profissionalizante

UTPSHU - USA

Carlos Alberto Lucena SABERES EM DISPUTA: Emprego, conhecimento tácito e formal na crise do capitalismo monopolista.

UNC

Celi Corrêa Neres OS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS – ASPECTOS HISTÓRICOS

UEMS

Célia Kapuziniak e José Carlos Araújo.

HISTÓRIA DAS LDBs E PNE UNITUFU

Cristina Pedrosa Cruz e Wenceslau Gonçalves Neto

A INFÂNCIA SOCIALMENTE DESAJUSTADA NO BRASIL: Do Código Brasileiro de Menores (1979) ao Estatuto da Criança e do Adolescente (1990)

UFU

Dirce Maria Falcone Garcia

A REFORMA DO ENSINO MÉDIO: Universalização, Eqüidade e Desigualdade

UNICAMP

Elcia Esnarriaga de Arruda

A EXPANSÃO ESCOLAR GARANTE EMPREGABILIDADE

UFMS

Ester Senna e Regina Tereza Cestari de Oliveira

ESCOLA PÚBLICA E CLASSE MÉDIA: Práticas escolares e demandas escolares educacionais

UFMS

FORMATO: PAINELDATA: 21/08/2001 TERÇA-FEIRA HORÁRIO: das 17,40 às 19,00 Horas

I - Educação e identidade: cultura, gênero e etnia  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOFelismina Dalva Teixeira Silva.

RATIO STUDIORUM: Uma leitura dos elementos da Didática

UNIMEP

Manoel Brito Neto A MULHER, SEU PAPEL HISTÓRICO NO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL E SUA INSERÇÃO NO MERCADO CAPITALISTA DE TRABALHO

UNICAMP

Ortenila Sopelsa SENTIDOS E SIGNIFICADOS HISTÓRICOS DE “CORPO HUMANO” NO PRESENTE

UNIMEP

Tânia Maria Lima Beraldo A EDUCAÇÃO DA MULHER EM “A REPÚBLICA” DE PLATÃO

UNICAMPUFMT

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II - Fontes, teorias e métodos em História da Educação  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOAdemir Quintilio Lazarini A SINGULARIDADE DO PROJETO

EDUCACIONAL DE ROUSSEAUUEM

Adolfo Ramos Lamar A INTERFACE PROGRESSO E SOCIEDADE NA PESQUISA: As concepções de L. Laudan e Th. Popkewitz

FURB

Amélia Kimiko Noma O CINEMA COMO FONTE PARA A PESQUISA HISTÓRICA EM EDUCAÇÃO

UEM

Ana Lúcia Bentes Dias EDUCAÇÃO E CULTURA: Um estudo sobre o teatro de Anchieta

UFPAUNIMEP

Anilde Tombolato Tavares da Silva e Guaraciaba Aparecida Tullio

HISTÓRIA, TRABALHO, EDUCAÇÃO: Da participação da mulher e da criança no trabalho fabril à feminização da prática escolar.

UEM

III - Idéias pedagógicas e pensamento educacional  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOAparecida Favoreto ANÍSIO TEIXEIRA E A DÉCADA DE 30 NO

BRASIL: Uma tentativa de entender a relação educação e sociedade

UNIOESTE

Francisco Baccarin e Cléia M. da Luz Rivero

EM BUSCA DE CRITÉRIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS PARA AS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA NO ATUAL CONTEXTO

UNIMEP

Gema Galgani da Fonseca e Geraldo Inácio Filho

AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NUMA PERSPECTIVA TEÓRICA: Interfaces entre o real e o simbólico

UFU

Janaína de Paula do Espírito Santo e Maria Isabel Moura Nascimento

O DIÁRIO DOS CAMPOS E SUAS REPRESENTAÇÕES SOBRE O ENSINO

UEPGUNICAMP

Luzia Cristina Pereira Brito

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO “RUI BARBOSA” E O NOVO IDEÁRIO PEDAGÓGICO

UFS

Maria Cristina Rosa Wenzel

A CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA NA LITERATURA INFANTIL

UNICAMP

IV - Instituições e práticas educacionais  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOAlexandre Borges Miranda

UNIVERSIDADES ESTADUAIS MINEIRAS: A Criação da UEMG e da UNIMONTES nos anais da IV Assembléia Estadual Constituinte de 1988/89

UFU

Azilde L. Andreotti O ARQUÍVO HISTÓRICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO E A INSTRUÇÃO PÚBLICA

UNICAMP

Flávia Obino Corrêa Werle, Luciana Storck de Mello Auzani, Luciana Backes, Ruth Vieira Dornelles, Sueli Rosani

GINÁSIO ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL: Contribuição das escolas particulares

UNISINOS

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Gonzatti, Elenar Luisa BerghahnGiseli Cristina do Vale Gatti e Geraldo Inácio Filho

A HISTÓRIA DA ESCOLA ESTADUAL DE UBERLÂNDIA NA PERSPECTIVA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS (1929-1950)

UFU

FORMATO: COMUNICAÇÃO CIENTÍFICADATA: 22/08/2001 QUARTA-FEIRA HORÁRIO: das 14,00 às 17,30Hs

I - Educação e identidade: cultura, gênero e etnia  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOCelso Conti DE PROFESSORA À TIA: Que metamorfose é esta

?UFSCAR

Elizabeth Lannes Bernardes

IMPRENSA E EDUCAÇÃO FEMININA, EM CUIABÁ, NA PRIMEIRA REPÚBLICA

UFU

José Antonio Spinelli Lindoso

EDUCAÇÃO E TRAJETÓRIA DE VIDA UFRN

José Maria de Paiva EDUCAÇÃO e CULTURA BRASILEIRA Estudo das expressões de religiosidade, próprias da cultura portuguesa, no processo de formação da cultura brasileira: 1500-1600

UNIMEP

Magda Sarat Oliveira A EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS NO SÉCULO XIX SOB O OLHAR ESTRANGEIRO

UNIMEPUNICENTRO

II - Fontes, teorias e métodos em História da Educação  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOJosineide Silveira De Oliveira

O MEMORIAL ABELARDIANO E A COMPLEXIDADE DA PRÁTICA EDUCATIVA.

UFRN

Maísa Dos Reis Quaresma

MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO, CONTRA MEMÓRIA DE ALFABETIZADORES DA ZONA OESTE DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E BUIQUE/PE

UCB

Marcília Rosa Periotto A ESPIRAL DO PROGRESSO E A FELICIDADE DA NAÇÃO: A instrução do povo para o advento do trabalho livre no Brasil de 1840 a 1850

UNICAMP

Marcos Francisco Martins PÓS-MODERNIDADE:Uma negação ontológica, gnosiológica e axiológica a serviço da manutenção da hegemonia.

UNICAMP

Maria Aparecida Leopoldino Tursi Toledo

SOCIEDADE MODERNA, EDUCAÇÃO E HISTÓRIA ENSINADA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

UEM

Maria Cristina Gomes Machado

O PROJETO DE RUI BARBOSA: O papel da educação na modernização da sociedade

UEM

Maria de Fátima Felix Rosar e Margarita Victoria Rodriguez

TENDÊNCIAS HISTORIOGRÁFICAS PRESENTES NAS PRINCIPAIS EDITORAS DA ÁREA DA EDUCAÇÃO NA ÚLTIMA

UFMA

Zeila de Brito Fabri DIFERENTES GERAÇÕES DE IMIGRANTES E USP

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Demartini EDUCAÇÃO: Uma opção metodológica UNICAMP

III - Idéias pedagógicas e pensamento educacional  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOJânio Costa A PRESENÇA DO ESCOLANOVISMO NA

FORMAÇÃO TEÓRICA DO PENSAMENTO DE INEZIL PENNA MARINHO

UEMS

João Carlos da Silva O IDEÁRIO PEDAGÓGICO DE BENJAMIN CONSTANT

UNIOESTE

José Carlos Souza Araújo A EDUCAÇÃO ESCOLAR E O IMAGINÁRIO URBANO UBERLANDENSE

UFU

José Tarcísio Grunennvaldt e Damião De Oliveira

O PENSAMENTO DE MANOEL BONFIM EM LIÇÕES DE PEDAGOGIA SOBRE A CULTURA FÍSICA

UFS

Luiz Bezerra Neto AS PRÁTICAS EDUCATIVAS PRODUZIDAS PELO MST E SUAS RELAÇÕES COM O RURALISMO PEDAGÓGICO

UNICAMP

Maria de Lourdes Pinto de Almeida

A PESQUISA ACADÊMICA E A HEGEMONIA DO CAPITALISMO

UNISAL

Maria Inalva Galter MUDANÇA SOCIAL E EDUCAÇÃO NOS ANAIS DA PRIMEIRA CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE 1927

UNIOESTE

IV - Instituições e práticas educacionais  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOFIávia Anastácio de PaulaUMA HISTÓRIA DE UMA PRÁTICA ESCOLAR

ATRAVÉS DE SUA PRESCRIÇÃO AOS PROFESSORES NOS MANUAIS: A tarefa de casa

UNIOESTE

Gilberto Luiz Alves ORIGENS DA ESCOLA MODERNA NO BRASIL: A contribuição jesuítica

UEMS

Idalice Ribeiro Silva SEMEADORES DO COMUNISMO: Estrelas vermelhas encimam instituições educacionais e outras arenas políticas de Uberlândia 1930 - 1954

UFU

Paulino José Orso O SURGIMENTO TARDIO DA UNIVERSIDADE BRASILEIRA SEGUNDO A ÓTICA DE ROQUE SPENCER MACIEL DE BARROS

UNICAMP

Lucélia Carlos Ramos e Geraldo Inácio Filho

HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO CONFESSIONAIS: Um estudo de caso do colégio Nossa Senhora Das Lágrimas

UFU

Luciana Beatriz de Oliveira Bar de Carvalho e Geraldo Inácio Filho

MODERNIDADE E CIVILIDADE: O grupo escolar e suas representações sociais em Uberabinha (1911-1929)

UFU

Luiza Aparecida Delfino ESCOLA COMO CASA DE CULTURA UNICAMPLuzia Borsato Cavagnari O DIRETOR E A CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPES

PEDAGÓGICAS DAS PRIMEIRAS ESCOLAS NORMAIS NA REGIÃO DOS CAMPOS GERAIS/PARANÁ

UEPG

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Maria Cecília Marins De Oliveira

A EDUCAÇÃO NO PARANÁ: O papel social das escolas particulares

UFPR

Maria Auxiliadora Cavazott

A ESCOLA NORMAL BRASILEIRA: Uma leitura histórica de sua emergência

UTP

Maria do Perpétuo Socorro Gomes de Souza Avelino de França

RAÍZES HISTÓRICAS DO ENSINO DO ENSINO SECUNDÁRIO PÚBLICO NA PROVÍNCIA DO GRÃO PARÁ:O Liceu Parense 1840-1889

UEPAUNAMA

SEDUC-PAMaria Inês Sucupira Stamatto

A CARREIRA DO PROFESSOR PRIMÁRIO (1822-1889)

UFRN

Maria Isabel Moura Nascimento e José Claudinei Lombardi

OS PRIMEIROS PROFESSORES DA ESCOLA NOS CAMPOS GERAIS- PR

UEPGUNICAMP

Maria Luísa Furlan Costa e Silvina Rosa

DOS INCONFIDENTES A JOSÉ BONIFÁCIO: Uma contribuição para a história da educação

UEM

Maristela Iurk Batista MÃOS E MENTES NA ARTE DE APRENDER: Escola profissional Ferroviária Cel. Tibúrcio Cavalcanti de Ponta Grossa

UEPG

Neiva de Oliveira Moro “LIVRO PRETO”: A disciplina e a indisciplina nas escolas da região dos Campos Gerais- a utilização do livro de penalidades e sanções

UEPG

Olinda Maria Noronha HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: O desenvolvimento do pensamento científico no ensino superior no Brasil: Benjamin Constant e Fernando de Azevedo - dois momentos da “pedagogia da prosperidade”.

PUCCAMP

V - Políticas públicas em educação: abordagens históricasAUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOFrancis Mary Guimarães Nogueira

ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS E PROGRAMAS NA ÁREA DE EDUCAÇÃO DO GOVERNO LERNER: Resultados parciais

UNIOESTE

Geovânia da Silva Toscano e José Willington Germano

A UNIVERSIDADE E A REPRODUÇÃO DA DESIGUALDADE

UFRN

Ilná Andrade Lobo Garcia Moreno

O PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE SERGIPE

UFS

Ireni Marilene Zago Figueiredo

POLÍTICAS EDUCACIONAIS DO ESTADO DO PARANÁ NAS DÉCADAS DE 80 E 90: Da prioridade á centralidade da “educação básica”

UNICAMP

José Willington Germano "RECEITAS PRÁTICAS": Hegemonia neoliberal e educação

UFRN

Kátia Cristina Nascimento Figueira

A POLÍTICA EDUCACIONAL DE MATO GROSSO DO SUL E A MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL

UEMS/UNIDERP

Larisse Dias Pedrosa e Wenceslau Gonçalves Neto

DA IDEALIZAÇÃO À CRIAÇÃO DA FACULDADE DE ENGENHARIA DE UBERLÂNDIA-MG (1955-70)

UFU

Lizia Helena Nagel PRÁTICAS POLÍTICO EDUCACIONAIS DOS ANOS 80-90

UEM

Manoel Nelito M. AS TRANSFORMAÇÕES DO CAPITALISMO PUCCAMP/UEPG

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Nascimento CONTEMPORÂNEO E O ENSINO MÉDIOMauricéia Ananias LEGISLAÇÃO ESCOLAR: Uma reflexão sobre seu

uso como fonte para a história da educação. 1834-1889

UNICAMP

FORMATO: PAINELDATA: 22/08/2001 QUARTA-FEIRA HORÁRIO: das 17,40 às 19,00 Horas

II - Fontes, teorias e métodos em História da Educação  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOFilomena Maria Formaggio

ABORDAGENS DA HISTÓRIA ORAL: A voz docente em histórias de leitura

UNIMEP

Gildenir Carolino Santos e Rosemary Passos

InEEDUC- BASE DE DADOS DE EVENTOS SOBRE EDUCAÇÃO:Levantamento dos eventos realizados na faculdade de educação da Unicamp no período de 1972 - 2000

UNICAMP/PUCCAMP

Maria Cristina Gomes Machado, Ademir Quintilio Lazarini, Amélia Kimiko Noma, Analete Regina Schelbauer, Guaraciaba Aparecida Tullio, Jean Vincent Marie Guhur, Maria Rosemary Coimbra Campos Sheen, Zélia Leonel

LEVANTAMENTO E CATALOGAÇÃO DAS FONTES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS DE APOIO À PESQUISA EM EDUCAÇÃO DO DFE-UEM.

UEM

Maria do Amparo Borges Ferro

UM OLHAR LITERÁRIO SOBRE A ESCOLA BRASILEIRA

UFPI

Nailda Marinho da Costa Bonato

FONTES DO ARQUIVO PERMANENTE DO COLÉGIO ESTADUAL PAULO DE FRONTIN :A formação da mão-de-obra feminina no Rio de Janeiro republicano

UNIRIO/UNICAMP

Teresa Jussara Luporini,Cirlei Francisca Gomes Carneiro,Luzia Borsato Cavagnari,Maria Augusta Pereira Jorge,Maria Isabel Moura Nascimento , Rosana Nadal de Arruda Moura, Neiva de Oliveira Mouro, Silvana Maura Batista de Carvalho

GRUPO DOS CAMPOS GERAIS DO PARANÁ: A memória educacional da região

UEPG

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III - Idéias pedagógicas e pensamento educacional  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃORejane Maria Ghisolfi da Silva

HISTÓRIAS DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE “SER PROFESSOR”

UNIMEPUFU

Samira Saad Pulchério Lancillotti

PROFISSIONALIZAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: Debate de uma proposta

UFMS

Simone Sartori Jabur e Guaraciaba Aparecida Tullio

HISTÓRIA, EVOLUCIONISMO E EDUCAÇÃO: O materialismo científico de Chales Darwin e Thomas H. Huxley

UEM

Sirlene de Castro Oliveira e José Carlos Souza Araújo

O DEBATE SOBRE O ENSINO RELIGIOSO E LAICO NA IMPRENSA UBERABENSE (1924-1934)

UFU

Sonia Cristina Pimentel de Santana

MANOEL BOMFIM E A HISTÓRIA DA PSICOLOGIA EDUCACIONAL

UFS

Tânia Maria Teixeira Nakamura

A EDUCAÇÃO MINEIRA DOS ANOS 80 UFU

IV - Instituições e práticas educacionaisAUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOIsabel Batista de Almeida e Maria Isabel Moura Nascimento

O COLÉGIO SANT’ANA NA COMUNIDADE PONTAGROSSENSE

UEPGUNICAMP

Jordana Duenha Rodrigues

OS JESUÍTAS E OS EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SUSTENTANDO AS ATIVIDADES EDUCATIVAS DO BRASIL COLONIAL

UFMS

José Damiro de Moraes UMA TRAJETÓRIA ANARQUISTAS: Escolas e Centros de Cultura no Brasil

FECLDD

Karla Patricia Resende e Vera Lúcia Abrão Borges

INSTITUIÇÃO ESCOLAR E CARÁTER NACIONAL DA EDUCAÇÃO EM MINAS: O ginásio mineiro de Uberlândia (1926-1930)

UFU

Leandro Pereira Morais EMPREGO, REORGANIZAÇÃO PRODUTIVA E RESTRUTURAÇÃO DO ENSINO QUALIFICAÇÃO: Análise da realidade de Piracicaba (SP) – décadas de 1970 a 1990

UNIMEP

FORMATO: COMUNICAÇÃO CIENTÍFICADATA: 23/08/2001 QUINTA-FEIRA HORÁRIO: das 14,00 às 17,30Hs

I - Educação e identidade: cultura, gênero e etniaAUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOMaria Cristina dos Santos Bezerra

IMIGRAÇÃO ALEMÃ PARA A CIDADE DE LIMEIRA

UNICAMP

Maria Julieta Weber Cordova

O ENSINO DE HISTÓRIA E A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE PARANAENSE: Memória e patrimônio tombado na Lapa

UEPG

Peter Johann Mainka A EDUCAÇÃO PARA A PAZ NOS TEMPOS UEM

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MODERNOS – OS GRANDES PLANOS PARA A PAZ NO MUNDO

Roberto Valdés Puentes e Fernando Krob Meneghetti

LA CONVERSIÓN DEL GENTIO EN BRASIL: El Cristiano como obstáculo

UNIMEP

Sauloéber Társio de Souza

A “CAUSA EDUCAÇÃO” NO MEIO POLÍTICO FRANCANO

UNICAMP

Valquiria E. RenkMaria Elizabeth B. Miguel

A EDUCAÇÃO DOS IMIGRANTES ALEMÃES CATÓLICOS DE CURITIBA ( 1896-1938). O estudo de caso do Colégio Bom Jesus

PUC - PR

II - Fontes, teorias e métodos em História da Educação  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOMaria Rosemary Coimbra Campos Sheen

POLÍTICA EDUCACIONAL E HEGEMÔNIA: A criação das primeiras universidades estaduais do Paraná na década de 1960.

UEM

Regina Maria Monteiro EDUCAR e INSTRUIR (aspectos de um discurso sobre a construção da nação)

UNICAMP

Sérgio Castanho HISTÓRIA CULTURAL E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: Diversidade disciplinar ou simples especialização?

UNICAMP

Vânia de Vasconcelos Gico

CÂMARA CASCUDO: Cartas como fonte de pesquisa

UFRN

Vicente Batista de Moura Sobrinho e Geraldo Inácio Filho

EDUCAÇÃO, IMPRENSA, MASSIFICAÇÃO: Aspéctos históricos do ensino, Uberlândia-MG (1940-1960)

UFU

Wenceslau Gonçalves Neto

A LEGISLAÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO EM UBERABINHA, MG: 1892-1905

UFU

III - Idéias pedagógicas e pensamento educacionalAUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOMarta Maria de Araújo EDUCAÇÃO ESCOLAR E A FORMAÇÃO DA

NACIONALIDADE BRASILEIRA NO SUBSTITUTIVO DO DEPUTADO JOSÉ AUGUSTO (1915)

UFRN

Rosália Maria Ribeiro de Aragão

NATUREZA DA INVESTIGAÇÃO NARRATIVA UNIMEP

Rute Teixeira Salomé EDUCAÇÃO E CULTURA BRASILEIRA: O caso "Jean des Boulez"

UNIMEP

Silvana Fernandes Lopes A SOCIEDADE BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA E O " DOUTOR”: Um estudo da produção jornalística de Lima Barreto

UNESP

Sílvia Nogueira Chaves A HISTÓRIA ORAL COMO ARGUMENTO PARA COMPREENSÃO DE UMA VIDA CONCRETA OU DE UMA COMUNIDADE PARTICULAR

UFPA

Terezinha Valim Oliver Gonçalves

HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO PROGRESSIVA DO PENSAMENTO CIENTÍFICO-PEDAGÓGICO DE UM GRUPO DE FORMADORES DE PROFESSORES

UFPA

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IV - Instituições e práticas educacionaisAUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOJorge Uilson Clark AS ESCOLAS METODISTAS PAULISTAS E SUA

ATUAÇÃO DURANTE O PERÍODO DE RENOVAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: 1930-1945

UNICAMPUSM

Regina Maria Zanatta PRINCÍPIOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA ESCOLA NOVA NO PENSAMENTO DE JONATHAS SERRANO

UNICAMP

Rita de Cássia Ribeiro Barbosa

LIBERALISMO E REFORMA EDUCACIONAL UNICAMP

Ronalda Barreto Silva EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA: Alem do estado e do mercado A Experiência da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade-CNEC (1985-1998)

UNEB

Sandra de F. K. Gusso EDUCAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO, PRINCIPAIS MOTIVOS PARA O SURGIMENTO DAS ESCOLAS PROTESTANTES DE ORIGEM ÉTNICA ALEMÃ EM CURITIBA

PUC - PR

Silvia Helena Andrade de Brito

CONSIDERAÇÕES SOBRE NACIONALISMO E EDUCAÇÃO: O caso de Mato Grosso (1937-1945)

UFMS

Viviane Santana Mendes e Luíz Carlos Barreira

HISTÓRIA E MEMÓRIA EDUCACIONAL: A escola Estadual de Uberlândia (1912-1929)

UFUPUC-SP

Wojciech Andrzej Kulesza,Roberta Costa de Carvalho e Cherlane Maranhão Rêgo,Katiuska Fernandes Araújo,Luciene Maria da Conceição Santos

O MALOGRO DA EDUCAÇÃO POPULAR NA PARAÍBA (1930-1945)

UFPB

Zilda de Carvalho de Mendonça e José Carlos Souza Araújo

HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DOCENTE: A singularidade da escola Normal de Rio Verde, GO (1933-1974)

FESURV – GOUFU

V - Políticas públicas em educação: abordagens históricasAUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOMarcos Paulo Honório da Silva e Maria Elisabeth Blanck Miguel

QUALIDADE NA EDUCAÇÃO: Uma reflexão sobre as propostas educacionais no período de 1964-1994, no estado do Paraná.

PUC - PR

Marta Vieira Cruz A CONTRIBUIÇÃO DE JOÃO RIBEIRO À CIÊNCIA DA HISTÓRIA

UFS

Patrícia Vieira Trópia SINDICALISMO DE DIREITO E EDUCAÇÃO PUCCAMPPaulo Edyr Bueno de Camargo

PROJETO QUALIDADE NA ESCOLA: A transposição dos conceitos oriundos do sistemas produtivo para a educação

UEMS

Rosangela Aparecida Mello e Maria Rosemary Coimbra Campos Sheen

AS PROPOSTAS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO MAIS AMPLO DA LUTA PELA ESCOLA PÚBLICA NO SÉCULO XIX.

UEM

Vera Maria Vidal Peroni DESCENTRALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO UFMS

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CONTEXTO DA REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO NO BRASIL DOS ANOS 90

FORMATO: PAINELDATA: 23/08/2001 QUINTA-FEIRA HORÁRIO: das 17,40 às 19,00 Horas

IV - Instituições e práticas educacionais  AUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOLucia de Fátima Vieira da Costa e José Willington Germano

ANOS DE CHUMBO: Educação e Subversão da Ordem

UFRN

Lúcia Helena Moreira de Medeiros de Oliveira e José Carlos Souza Araújo

HISTÓRIA E MEMÓRIA EDUCACIONAL: Um estudo a respeito do Colégio Santa Tereza (Ituiutaba-MG, 1939 - 1961)

UFU

Mara Regina Martins Jacomeli e Diogenes Nielsen Júnior

TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL: Primeiros apontamentos

UNICAMP

Maria Elisabeth Blanck Miguel e Alboni Marisa D. Pianovski Vieira

A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO: Da pedagogia da Escola Nova à pedagógica tecnicista

PUC -PR

Maria José de Souza Martinelli

ESCOLA NORMAL :Processo histórico e trabalho PUCCAMP

Miguel André Berger INSTITUTO DE EDUCAÇÃO RUI BARBOSA E SUA CONTRIBUIÇÃO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM SERGIPE

UFS

Rosana Nadal de Arruda Moura e Silvana Maura Batista de Carvalho

DE ESCOLAS ISOLADAS A ESCOLAS ESTADUAIS: Uma Lacuna histórica preenchida pelo resgate da história oral

UEPG

Sandra Regina Ferreira de Oliveira

A NOÇÃO DE TEMPO HISTÓRICO NA CRIANÇA UNIOESTE

Vera Lúcia Abraão Borges

HISTÓRIA ORAL E HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES EM UBERLÂNDIA-MG, NA PRIMEIRA REPÚBLICA

UFU

Vera Martiniak e Maria Isabel Moura Nascimento

OS PROFESSORES APOSENTADOS EM FACE DE SUA TRAJETÓRIA NO MAGISTÉRIO: Uma construção da identidade do curso Normal

UEPGUNICAMP

V - Políticas públicas em educação: abordagens históricasAUTOR TRABALHO INSTITUIÇÃOAcácio Nascimento Figuerêdo

PRINCÍPIOS POLíTICOS E A PRÁTICA EDUCATIVA DO CENTRO SERGIPANO DE EDUCAÇÃO POPULAR (CESEP)

UFS

Irene Rio Stefani O ENSINO MÉDIO EM PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE SUA IDENTIDADE

PUCCAMP

Isaura Monica Souza Zanardini

A GESTÃO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL DO ESTADO DO PARANÁ (1995-2000)

UNIOESTE

Maria Lília Imbiriba Sousa CENÁRIOS DAS TRANFORMAÇÕES DO MUNDO OPEC

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Colares e Anselmo Alencar Colare

DO TRABALHO E AS IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO

UNICAMPUFPA

Michel Marcelino Rodrigues e Amélia Kimiko Noma

A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO CONTEXTO DA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: Uma análise crítica do Planafor

UEM

Regina Móvio de Lara GLOBALIZAÇÃO E SISTEMAS EDUCATIVOS UNIMEPRoberto Antonio Deitos OS MOTIVOS FINANCEIROS E AS RAZÕES

IDEOLÓGICAS DA POLÍTICA EDUCACIONAL PARANAENSE PARA O ENSINO MÉDIO E PROFISSIONAL

UNIOESTE

Solange Patrício A ESCOLA DE APRENDIZES ARTÍFICES EM SERGIPE: O ensino profissionalizante e sua implantação no estado (1911-1942)

UFS

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RESUMOS DOS TRABALHOS

Os autores são responsáveis pela correção gramatical e conteúdo dos seus textos.

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EDUCAÇÃO E IDENTIDADE: CULTURA, GÊNERO E ETNIA

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A PRESENÇA DA MULHER LONDRINENSE NO MAGISTÉRIO NOS ÚLTIMOS 50 ANOS DO SÉCULO XX: Um olhar sob o ponto de vista do

ensino fundamental

Adriana Regina de Jesus SantosUniversidade Estadual de Ponta Grossa UEPG

Como docente e atuando diretamente no ensino superior e fundamental pude perceber que atualmente a História das mulheres constitui um campo de estudos bastante privilegiado, mas as mulheres enquanto profissionais do ensino, tem sido constantemente relegadas ao esquecimento. Tal paradoxo revela-se na História e na História da Educação, disciplinas que segundo Nóvoa (1994:10) "permanecem atreladas aos cânones historiográficos inventados no século XIX e que não levam em consideração que a predominância feminina no ensino profissional, desde o século passado e as diferenças entre os sexos, denominadas relações de gênero na crítica feminista contemporânea, constituem-se importantes focos de análise". Diante dessa problemática e constatando a inexistência de pesquisa do ponto de vista histórico-sociológico e antropológico sobre a mulher-professora na cidade de Londrina é que pretendo investigar a presença da mulher londrinense no magistério nos últimos 50 anos do século XX: um olhar sob o ponto de vista do ensino fundamental (1ª a 4ª séries), tendo como ponto de partida a concepção do existir humano na busca de um sentido para a existência do ser, considerando o tempo histórico de sua abrangência e circularidade, o que torna possível as relações mulher-magistério-história-sociedade tendo como foco a interação entre o passado e o presente, podendo assim compreender os avanços e retrocessos dessa formação. Pretende-se também, perceber como as professoras se vêem como pessoas e como mulheres. Que critérios pessoais e concretos determinam suas escolhas profissionais? Qual o significado para as professoras do seu trabalho docente e como enrgam a feminização de sua profissão? Como as professoras se situam como pessoas e profissionais na área da Educação, tendo em vista sua identidade feminina?

DEMOCRACIA E DIFERENÇAS CULTURAIS: Implicações, contradições e paradoxos entre o universal e o singular

Ana Lúcia ValenteUniversidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS

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Busca-se discutir que se o reconhecimento da diversidade das culturas existentes é o caminho necessário para a superação das tensões e conflitos ancorados na percepção das diferenças étnicas, raciais, de gênero, nacionais, etc., rumo à construção e consolidação de uma sociedade democrática, não basta partir de uma idéia para assegurar que as conseqüências sejam aquelas esperadas. Desse modo coloca-se o seguinte paradoxo: o reconhecimento da diversidade pode sustentar a intolerância e o acirramento de atitudes discricionárias, especialmente quando a diferença passa a justificar um tratamento desigual. Parte-se da perspectiva de que mesmo não sendo descartadas as características próprias de cada continente, de cada país e a particularidade de sua constituição histórico-cultural, não se pode negar a existência de um pano de fundo comum, definido em última análise pelo capitalismo atual. É a partir dessa base que se pode encontrar os caminhos singulares e específicos para a superação de problemas prenhes de singularidades e especificidades, mas que vêm sendo cada vez mais transformados em problemas globais.

PROPOSTAS DE EDUCAÇÃO FEMININA, VEICULADAS PELA REVISTA RENOVAÇÃO, EM SERGIPE, NO INÍCIO DA DÉCADA DE 30

Anamaria Gonçalves Bueno De FreitasUniversidade Federal de Sergipe - UFS

Universidade Estadual de Campinas UNICAMP

O presente estudo pretende anlisar as propostas de educação feminina veiculadas pela Revista, EDITADA EM Aracajú entre 1931 e 1934, e compõe a pesquisa realizada para a Tese de Doutoramento em andamento), que tem como tema central; a escolarização da mulher sergipana na Primeira República. A Renovaçã é uma revista cultural-literári na Primeira República. A Renovação é uma revista cultural-literária, dirigida pela Dra. Maria Rita Soares de Andrade, a primeira advogad de Sergipe, e tem como objetivos , anunciados em seu primeiro editorial: "educar o povo para o culto ao talento e ao trabalho; instruir o povo no incentivo aos surtos de intelig~encia, ás revelações de capacidades; convencer o povo de que escrevi si é a mais bela das artes é, ainda agradável e útil das distrações: de que a leitura enleia ao leitor e muito mais a quem se sabe lido por um grande público."(ANDRADE, Maria Rita S. Apresentado. Renovação, Ano I n. I, p.I janeiro de 1913) O ciclo de vida da Renovação pode ser dividido em três fases distintas, tomando como base o critério da periodicidade, a primeira na qual a revistas era quinzenal (de

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janeirode 1931 a abril de 1932-27 números), a segunda quando a revista era editada mensalmente 9de maio a outubro de 1932 - 6 números0 e a terceira quando ocorre o "ressurgimento" da revista, em 1934, com periodicidade mensal (fevereiro a agosto de 1934 - 6 números até agora localizados). As propostas de educação feminina emancipatórias são mais expressivas no primeiro período, apesar de aprecerem de forma mais atenuada nos outros dois momentos, entretanto não se encontram dissociadas dos papéis tradicionalmente reservados à mulher, como boa esposa, mãe dedicada e dona-de-casa emplar.

A EDUCAÇÃO DO TRABALHADOR NOS ERVAIS DE MATO GROSSO(1870-1930)

Carla Villamaina CentenoUniversidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal-

UNIDERPUniversidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS

O presente trabalho trata da educação do trabalhador nos ervais de Mato Grosso, num período em que o mate apresentava-se como uma das mais importantes fontes de arrecadação desse Estado. Os trabalhadores ervateiros, em sua maioria de nacionalidade paraguaia, eram empregados pela Companhia Matte Larangeira, truste do mate na região do Prata, num sistema conhecido por escravidão por dívidas. Herdeiros da secular “tradição” guarani e considerados imprescindíveis por possuírem domínio teórico-prático dessa atividade, esses trabalhadores o transmitiam às novas gerações e habitantes da região. Observou-se que o processo de elaboração da erva-mate passou por mudanças que interferiram no controle do trabalhador. A primeira delas foi a fragmentação desse conhecimento, com a implementação da divisão manufatureira do trabalho. Perdeu-se a noção do processo como um todo, especializando-se determinadas tarefas que ainda dependiam de um saber parcial. Na década de 1920, algumas operações passaram a ser realizadas com o auxílio de novos instrumentos que visavam à racionalização do trabalho. Foram eles a tambora e o moinho dentado. A discussão procura elucidar quatro questões muito controvertidas na historiografia regional. São elas: o controle sobre o processo de trabalho, as modificações tecnológicas introduzidas, as razões do sistema de endividamento (escravidão por dívidas) e a relação entre diversidade cultural e trabalho, posto que a “cultura paraguaia” é ressaltada pela historiografia como marca de “diferença”. Utilizando como

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fundamento a teoria de Marx sobre a objetivação do trabalho tenta-se articular a relação entre o singular e o universal, retomando as questões levantadas e discutindo-as sobre novas bases. Para tanto, foram utilizadas fontes primárias, obras clássicas e da literatura regional e entrevistas.

PORTUGUESES BRASILEIROS: Brasil, século XVI

Carmelindo Rodrigues da SilvaUniversidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

O estudo procura traçar, do ponto de vista cultural, o perfil dos portugueses que aqui vieram morar. Quer observar as transformações que a nova terra lhes causou. Estas transformações eram proporcionadas pelas condições de trabalho, de moradia, pelos contatos interculturais com índios e africanos, que compreendiam uma situação de ameaça permanente. Isto os obrigava a refazer comportamentos, valores, estratégias de vida, instituições, moldando uma nova forma de ser estável, uma nova cultura. O estudo se atém, na primeira parte, à bibliografia pertinente. A segunda tem como suporte a pesquisa documental do século XVI.

SANTO ANSELMO, A ESCOLÁSTICA E OS JESUÍTAS

Célio Juvenal da CostaUniversidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

Os padres da Companhia de Jesus, desde a fundação da Ordem, tiveram uma forte inspiração escolástica na elaboração de suas concepções e ações, tanto missionárias como, principalmente, escolares, o que fica evidente, por emplo, se se tiverem em conta os preceitos filosófico-teológicos da Ratio Studiorum. O trabalho, ora apresentado, objetiva fazer um resgate sintético do surgimento da Escolástica, entendendo-a como uma forma nova da apreensão cristã de mundo, de homem e de natureza, diferentemente da forma agostiniana-platônica que caracterizou a chamada Patrística. A Escolástica cristã ocidental, que domina a chamada Idade Média, teve seu início com Santo Anselmo, monge beneditino, depois bispo de Cantuária na Inglaterra, que, em meio a suas reflexões teológicas, buscou a razão como crivo para se chegar às verdades imanentes e transcendentes. Esse proeminente arauto da Igreja (1033-1109) é considerado o legítimo pai da Escolástica, na medida de seu esforço em elaborar uma reflexão com bases exclusivamente racionais

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para a compreensão e explicação de questões estritamente teológicas, como a idéia do Deus único e criador de todas as coisas, da Trindade e do livre-arbítrio, por emplo. Seus principais textos, Monológio e Proslógio, são opúsculos que, mesmo carecendo da sistematização profunda e detalhista, própria da Escolástica aristotélico-tomista, expressam uma tentativa de se adequar às novas necessidades teórico-educacionais que um período de mudanças sociais e políticas acarreta.O objetivo principal de tal investigação é servir de suporte para a compreensão da teoria e prática jesuíticas do século XVI, no tocante principalmente à sua racionalidade, tendo em vista Suárez e Molina (principais teóricos da Companhia) demonstrarem uma forte tradição escolástica, a ponto de os jesuítas serem considerados como Segunda Escolástica.

DE PROFESSORA À TIA: Que metamorfose é esta?

Celso ContiUniversidade Federal de São Carlos - UFSCAR

Este texto é o resultado de algumas reflexões referntes à minha tese de doutoramento, em andamento, que tem como tema central a identidade profissional do professor das séries iniciais da Educação Fundamental. Trata-se de uma investigação de natureza qualitativa, que privilegia os relatos de vida, no marco da abordagem biográfica. O instrumento utilizado foi a entrevista semi-estruturada, que contemplou tr~es eixos principais: a origem social, os cursos de formação profissiona. A amostra constitu-se de doze professoras; seis iniciantes e seis veteranas. Houve, portanto um corte gerencial.Em função da análise de algumas entrevistas do grupo das iniciantes, é possível já elaborar um hipótese preliminar;Há, na relação das professoras com a carreira, uma ambiguidade esencial, de contornos vaiados, face à origem social das professoras e á condição de serem todas mulheres. Para essa geração, o magistério veio a constituir -se num dos principais meios de mobilidade social e,paradoxalmente, uma forma de impedir mobilidade. Estabelece-se então uma relação de amor e ódio, um certo rancor histórico à profissão. Do ponto de vista do gênero, a ambigüidade se apresenta entre trabalho doméstico e a busca de uma profissão, e o resultado é o mesmo. Em síntese para essas jovens humildes, o magistério lhes deu algum poder, mas um poder muito pequeno. Rseuta daí uma frustação, muitas vezes traduzida na relação professor-aluno, que oscila entre lampejos de atitudes autoritárias9tentativa de fortalecimento do poder negado) e, na maior parte das

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vezes, uma dedicaçãointensa ou uma relação afetiva, diferentes formas de sublimação; momento em que a professora autoritária vira "tia". Enfim, a "tia" e a "dona" convivem ambiguamente, paradoxalmente, na cabeça da professora e dos alunos, ambos humildes, "analfabetos", desejos e ao mesmo tempo loge de serem verdadeiramente "intelectuais"

IMPRENSA E EDUCAÇÃO FEMININA, EM CUIABÁ,NA PRIMEIRA REPÚBLICA

Elizabeth Lannes BernardesUniversidade Federal de Uberlândia - UFU

Este artigo busca analisar na imprensa cuiabana as manifestações em favor da educação feminina, pois a instrução, durante a República Velha, foi defendida em função da mulher ser responsável pela educação dos filhos e em defesa de sua emancipação.O recorte espaço-temporal se deve ao fato de que, nesse período, as mulheres ampliam suas ações no espaço público, sobretudo na imprensa através da fundação da Revista A Violeta em 1916; e Cuiabá, por ser o polo irradiador de progresso e modernização dos costumes e hábitos da sociedade mato-grossense. O estudo desses periódicos permite afirmar que a defesa da instrução feminina está relacionada com as representações sobre o que é ser mulher. Nas últimas décadas do século XIX a defesa da educação feminina foi reivindicada pelos homens através da imprensa. Eles propunham que as mulheres fossem educadas para melhor desempenharem suas atividades de esposa e mãe. Nesse sentido, o papel da mulher era entendido como o de regeneradora do homem e da sociedade, tal como defenderam Rousseau e Fénelon nos séculos XVIII e posteriormente Comte, no século XIX. Nas primeiras décadas do século XX a defesa da educação feminina foi redigidas pelas redatoras da revista A Violeta. Tal defesa se deu em favor do aperfeiçoamento nos papéis de esposa-mãe-dona-de-casa, ao mesmo tempo em que reivindicava um maior preparo intelectual pra ercer atividades além do lar, ou seja, sua profissionalização em busca da emancipação social.

RATIO STUDIORUM: Uma leitura dos elementos da didática

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Felismina Dalva Teiira SilvaUniversidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

O presente estudo tem como objetivo compreender os principais elementos didáticos no contexto em que foi implantado via Ratio Studiorum.Interessa compreender que educação era essa, a jesuítica, que por meio de uma proposta educacional contida no Ratio, pode ser uma sinalização fundamental que alterou todo o modo de ser de umasociedade. Isso porque, sendo um elemento cultural interferiu nas relações sociais dessa sociedade.Acreditamos ser o Ratio Studiorum, fundamental para compreender a didática jesuítica.E que os elementos da didática, na orientação dos educadores jesuítas em toda a parte, influenciaram todos os pedagogos vindos pós Ratio. A forma como se dava essa educação veiculada por esses elementos, erceu uma influência cultural na sociedade portuguesa quinhentista-seiscentista.Esses elementos marcando a sociedade e sendo marcados por ela.A indagação então é sobre que tipo de sociedade respaldou a aceitação desses elementos contidos no Ratio.

EDUCAÇÃO E TRAJETÓRIAS DE VIDA

José Antonio Spinelli LindosoUniversidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Discute-se a experiência de professores de ensino fundamental da rede pública do interior do Rio Grande do Norte no âmbito do PROBÁSICA, projeto resultante de convênio entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Secretaria de Educação do Estado visando qualificar em nível superior aqueles docentes. Trata-se da análise do relato de trajetórias de vida que revelam traços marcantes da história social e educacional do Nordeste, em especial das comunidades interioranas. Em geral, o sujeito investigado é do sexo feminino, na faixa etária de 30 a 50 anos, e vem de família de trabalhadores rurais – pequenos proprietários, arrendatários, moradores de ‘condição’, assalariados rurais ; em idade muito tenra todos contribuiram com o seu trabalho para o sustento da família ; freqüentaram a escola com muitos sacríficios, estudando à noite, viajando muitas horas em meios de transporte precários, recorrendo à ajuda de parentes ou políticos ; a quase totalidade tem apenas formação secundária concluída depois de contratados como professores ; um contingente significativo foi indicado por um político para o cargo de professor ; a maioria tem carência de conhecimentos específicos e de formação pedagógica ; quase todos (as

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mulheres em especial) desempenham outras atividades, seja no trabalho doméstico seja em outra função remunerada. O relato impressiona pela descrição viva de um mundo social em extinção (o do meio rural relativamente isolado – anos 60 e 70 – em que o trabalho assalariado se combina com o trato de pequeno lote de terra, em geral cedido pelo grande proprietário) caracterizado pela clássica situação de dependência social e política, mas que deixa ainda suas marcas de ferro em brasa na constituição do « novo rural » penetrado pelos braços tentaculares da globalização em curso ; nesse processo destaca-se a luta cotidiana e silenciosa desses atores sociais que relutam em construir/preservar uma identidade massacrada pelo movimento (im)pessoal do capital em sua corrida incessante pelo lucro, criando/recriando/destruindo relações sociais que transformam sujeitos em matéria passiva da história.

EDUCAÇÃO e CULTURA BRASILEIRA - Estudos das expressões de religiosidade, próprias da cultura portuguesa, no processo de formação da

cultura brasileira 1500 a 1600

José Maria de PaivaUniversidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

A sociedade portuguesa que vem habitar as terras do Brasil, durante o século XVI, era uma sociedade profundamente cristã na forma e nas expressões culturais. A referência ao sagrado é uma constante em todos os campos da vida social. O contato que essa cultura iniciou com culturas diferentes, como a(s) indígena(s) e a africana(s), somando-se a isto a novidade das situações, comformou as novas experiências sociais, traduzindo-se em novos significados, novos gestos, novas instituições. Este estudo quer mostrar este processo, analisando o comportamento do português nas novas condições e assinalando as mudanças que vão distinguindo o modo de ser da sociedade portuguesa em terras do Brasil. Metodologicamente, parte-se do enfoque cultural que privilegia a observação dos comportamentos como lugar dos significados, numa trama de significados. O recurso a fontes e a bibliografia especializada será o caminho da argumentação.

A EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS NO SÉCULO XIX SOB O OLHAR ESTRANGEIRO

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Magda Sarat OliveiraUniversidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO

Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

A história da educação das crianças é tarefa destinada aos adultos de uma sociedade. A organização social esteve preocupada em formá-las, “conformá-las”, de acordo com modelos que atendam necessidades determinadas pelo seu meio cultural, social e histórico. A partir desse pressuposto, a proposta deste trabalho é discutir a possibilidade de formação de um “modelo” para a infância brasileira. Procuraremos, com base na literatura de viagem, que reflete o olhar dos viajantes do século XIX, estabelecer relações entre a infância européia “civilizada” e as contradições na educação das crianças brasileiras, educação questionada, criticada e registrada em relatórios de viagem. Nesse sentido, algumas perguntas nos fazem refletir: qual seria o modelo de educação para as crianças? O que poderia ser estabelecido como comportamento adequado e civilizado? Em que sentido a educação de crianças brasileiras e a educação das européias estariam tão distantes? Diante desse contexto, pretendemos encaminhar o trabalho, propondo uma reflexão que contribua para a construção da história da educação e da criança/infância brasileira.

A MULHER, SEU PAPEL HISTÓRICO NO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL E SUA INSERÇÃO NO MERCADO CAPITALISTA DE

TRABALHO

Manoel Brito NetoUniversidade Estadual de Campinas/UNICAMP

Na passagem do século XX para o século XXI, não se revelou ainda de parte a questão da emancipação da mulher no domínio da produção material. Estes últimos anos do século passado mostraram sim a capacidade potencial da mulher em particular de forma igual nas atividades produtivas e de forma particular na educação: haja-se por verdade que aumentou consideravelmente, a participação feminina nas tarefas da educação e ensino. Porém, isso de um certo modo afastou-a dos verdadeiros objetivos da sua luta pela emancipação: no sistema político vigente destaca-se a impossibilidade de sua verdadeira emancipação, tendo-se presente que nos marcos da ideologia das classes dominantes, onde surgem os movimentos, apesar de necessárias, eles se encontram por incrível que pareça influenciados pelos princípios ideológicos da burguesia oligopolista. Historicamente já é possível encontrar

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dados pertinentes da participação forte da mulher na educação. Uma análise pormenorizada desta participação apontou-nos para as questões relativas ás formas, os métodos e os objetos que tal participação representou-nos marcas do capitalismo globalizante. Se por um lado a participação da mulher nas tarefas da educação representou um passo em frente no caminho da sua emancipação, por um lado ele também representou um freio no progresso da luta geral das classes pobres e oprimidas pela sua emancipação. A lenta substituição da força de trabalho masculina pela feminina, acarretando com ela a desagregação familiar, os conflitos de gênero na diferença salarial, focam os polos que marcaram a discussão sobre as chamadas desigualdades de gênero no "mercado" de trabalho e a conseqüente divisão na concepção teórico-metodológica da inclusão da mulher nas tarefas da educação. Assim se encontra em andamento a pesquisa que pretende apurar os elementos capazes de identificar historicamente o lugar que ocupa o conceito de emancipação das mulheres na sociedade capitalista e da mesma forma determina as raízes históricas do conflito de gênero engendrado pelo sistema capitalista.

IMIGRAÇÃO ALEMÃ PARA A CIDADE DE LIMEIRA

Maria Cristina dos Santos BezerraUniversidade Estadual de Campinas-UNICAMP

O período imigratório iniciado em meados do século XIX trou para o interior de São Paulo uma nova realidade social. A economia e o mercado de trabalho até então baseados somente no modelo escravista saíram em busca de alternativas para a substituição da mão-de-obra escrava que começava a escassear devido às restrições ao tráfico impostas pela coroa inglesa.Os alemães foram um dos primeiros imigrantes a chegar à cidade de Limeira, em 1846 para trabalhar como colonos em sistema de parceria nas fazendas do Senador Vergueiro, idealizador pioneiro nessa forma de organização do trabalho, seguido posteriormente por outros fazendeiros de café da região de Limeira, que ao adotarem o sistema, ampliaram-no, dando início ao processo que mais tarde iria substituir a mão de obra escrava.Os alemães foram muito importantes para a constituição do interior de São Paulo, uma vez que, foram os primeiros trabalhadores brancos a virem trabalhar nas fazendas de café da cidade, depois dos portugueses. Trouram muitas contribuições para o desenvolvimento da cidade de Limeira, como as técnicas de aragem do solo e ainda diversas profissões urbanas não necessariamente ligadas ao trabalho agrícola. Ainda é importante lembrar que formaram a base sobre a qual se desenrolou o processo de substituição do trabalho escravo pelo assalariado,

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alterando totalmente as relações de produção. Essa substituição não se deu de uma hora para outra, mas conseqüência de um processo longo de experimentações, discussões e decisões políticas, até que enfim, houve a abolição da escravatura, quase meio século após a chegada desses pioneiros do trabalho livre no interior do Estado de São Paulo.

O ENSINO DE HISTÓRIA E A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE PARANAENSE: MEMÓRIA E PATRIMÔNIO TOMBADO NA LAPA

Maria Julieta Weber CordovaUniversidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG

O objetivo desta comunicação é relacionar o patrimônio tombado, buscando compreender a identidade regional, a interação do ensino de história com a memória do patrimônio tombado está estreitamente ligada à determinação de uma produção historigáfica. No caso do paranismo, tal conjunto constitui-se pela identificação de características essencialmente regionais, evidenciando a construção de uma identidade paranaense. Assim, a investigação do processo de produção historiográfica paranista pode contribuir para o entendimento do ensino de história local e regional e sua atuação no aprendizado dos significados da memória do patrimônio tombado. Certamente que, com a “aceleração da história”, tornou-se necessário buscar incessantemente a preservação patrimonial. Entretanto, pretende-se questionar ainda, qual é o momento da história que se quer perpetuar com um tombamento? Nesse sentido, a escolha do local a ser pesquisado se deu por entender que a Lapa reúne em si questionamentos sobre a memória do patrimônio tombado: a memória que se cultua como resultante do Cerco da Lapa e a que se pergunta sobre os significados dos “lugares da memória” A memória cultuada do Cerco da Lapa foi vitalizada pela veiculação da produção historiográfica paranista, que visava a construção de uma identidade regional por um discurso histórico de busca a um “ponto zero” ou seja, de uma identificação comum que unisse os paranaenses a um mesmo passado. Pretende-se, com esta pesquisa, investigar a relação do processo de produção historiográfica paranista com o ensino de história local e regional. Entende-se que a ideologia paranista encontrou sustentação na elaboração dos programas e currículos escolares, especialmente os dirigidos ao ensino de história no nível fundamental.

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SENTIDOS E SIGNIFICADOS HISTÓRICOS DE “CORPO HUMANO” NO PRESENTE

Ortenila SopelsaUniversidade Metodista de Piracicaba– UNIMEP

A presente comunicação resulta de uma investigação desenvolvida com alunos considerados “portadores de dificuldades de aprendizagem” cujos resultados revelam práticas usuais de dogmas existentes na escola, em relação ao saber e ao aprender do sujeito. Em decorrência disto, busco investigar concepções de alunos e professores acerca do ‘corpo humano’ considerando sentidos e significados históricos de tais concepções, no presente, uma vez que entendo que a compreensão do ‘corpo’se imbrica e/ou subjaz ao ensino e ao aprender.

A EDUCAÇÃO PARA A PAZ NOS TEMPOS MODERNOS–OS GRANDES PLANOS PARA A PAZ NO MUNDO

Peter Johann MainkaUniversidade Estadual de Maringá - UEM

Um dos grandes sonhos da humanidade era - e é ainda hoje - o estabelecimento da paz no mundo. Apesar de todos os antagonismos políticos, religiosos e sociais os homens tentavam sempre de novo realizar esse objetivo na política prática. Quase todos os grandes acordos de paz nos Tempos Modernos foram feitos com a esperança em proceder nesse caminho para um futuro pacífico. Assim iniciou, por emplo, o primeiro artigo da Paz de Vestfália de 1648 com seguinte declaração: Pax sit christiana, universalis, perpetua veraque [= a paz cristã seja universal, perpétua e verdadeira]. Essa política de paz, porém, foi realizada não somente depois de guerras devastadoras, quando uma outra alternativa não deu, mas também antes ou em tempos de crise através de congressos internacionais, como em Cambrai (1723/1725) ou em Soissons (1727/1729), para proibir a eclosão de lutas bélicas no futuro. A base teórica desta política de paz era principalmente os importantes planos para a paz no mundo, feitos pelos grandes pensadores e filósofos do Humanismo até a época da Revolução Francesa, como Erasmo de Roterdã (1466/69 – 1536), Maximilien de Béthune, Duque de Sully (1560 – 1641), William Penn (1644 – 1718), Jean Jacques Rousseau (1712 – 1778) e

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Immanuel Kant (1724 – 1804). Alguns destes planos muito diferentes entre si, contribuíram para a educação dos homens para a paz, e neste projeto deverão ser apresentados no seu contexto histórico respectivo.

LA CONVERSIÓN DEL GENTIO EN BRASIL: EL CRISTIANO COMO OBSTÁCULO

Roberto Valdés PuentesFernando Krob Meneghetti

Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

La Compañía de Jesús fue un auxiliar importante en el proceso de conquista y colonización portuguesa en Brasil. Su principal misión fue convertir al Gentio a la cultura y religión portuguesa. A la hora de acometerla tuvieron que enfrentar múltiples y difíciles obstáculos, como por ejemplo, la legua, las diferencias interculturales, la incapacidad para percibir las diferencias, la permanente escasez de Padres, la falta de recursos financieros, las características adversas del escenario geográfico en que tiene lugar dicho proceso, la incapacidad del Indio para adaptarse al nuevo modelo cultural y religioso y su renuencia explícita o tácita a la conversión y, finalmente, la aptitud del propio cristiano portugués. Justamente este último, cuando debió ser un firme aliado del proceso de conversión del Gentio, se convirtió en opinión de los primeros misioneros en uno de sus principales obstáculos, por su conducta moral y religiosa y por su codicia e interés material. La presente comunicación se coloca de bruces sobre las Cartas Jesuiticas con el ánimo de levantar, sistematizar y ordenar las reiteradas e incisivas ocusaciones que se refieren a la conducta moral y religiosa que conservan los cristianos portugueses en Brasil en relación al casamiento con Indias, la pologamia, la esclavitud, el uso de la fuerza en sus relaciones con los Indios, el concubinato, algunas prácticas de antropofagía, etc., y a la manera en que dificultan el proceso de conversión del Indio como consecuencia de su mal ejemplo. El trabajo se propone, también, comprender el significado político e ideológico que puede estar como tela de paño por detrás de estas contantes ocusaciones, así como la estrategia que en las propias cartas se propone para la reconversión del portugués y para insertarlo en el nuevo proyecto social, y el modelo de cristiano que la Compañía ha idealizado.

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A “CAUSA EDUCAÇÃO” NO MEIO POLÍTICO FRANCANO

Sauloéber Társio de SouzaUniversidade Estadual de Campinas - UNICAMP

A década de 60 foi marcada, no Brasil e em boa parte do mundo, por grandes agitações políticas, em decorrência da crescente participação das massas nas decisões de ordem pública. A via comunista, que também prometia o bem-estar social, era uma idéia cada vez mais presente nos projetos revolucionários das esquerdas que se opunham à opção capitalista. Essa exacerbada polarização ideológica colaboraria para o surgimento de diversos regimes autoritários de direita, tendência reforçada na América Latina, principalmente, após o advento da Revolução Cubana. Tais regimes autoritários eram estabelecidos sobre um sentimento de autodefesa das elites regionais e legitimavam-se pelo discurso da sociedade aberta, democrática e de iguais oportunidades. Um dos pilares do modelo social capitalista estaria fundamentado na crença do poder renovador da educação escolar e, por isso, não se poderia poupar esforços na empreitada para sua “democratização”. Nesse período, a “fé na educação” possuía grande ressonância junto aos mais diversos setores da sociedade civil brasileira e foi transformada em dividendos eleitorais pela classe política, de todos os níveis de poder e tendências. A forte expansão das oportunidades educacionais no setor público atendia a necessidade de legitimação do governo, na medida em que correspondia às expectativas da população, e funcionava como mecanismo de regulação do mercado de trabalho, atendendo às exigências dos empregadores que esperavam maior qualificação dos funcionários. A ampliação da rede de ensino envolvia os diferentes níveis de governo, uma tarefa bastante complexa, repleta de negociatas, já que, cada escola construída, cada aluno alfabetizado, cada técnico diplomado transformava-se em números eleitorais. Isso pode ser percebido até mesmo em cidades do interior, como Franca, que assistiu a grandes disputas pela paternidade política dos projetos locais relacionados à “causa educação”.

A EDUCAÇÃO DA MULHER EM “A REPÚBLICA” DE PLATÃO

Tânia Maria Lima BeraldoUniversidade Federal de Mato Grosso - UFMT

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

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O trabalho aqui apresentado é parte dos estudos que tenho feito sobre a Educação feminina na Antiguidade Clássica. Tomo como objeto de discussão a proposta que Platão apresentou para a educação das mulheres em sua obra “A República”. O interesse por essa questão justifica-se pelo entendimento de que somos tributários da cultura greco-romana. Isso significa que nosso fazer pedagógico tem suas raízes naquela cultura. Partindo desse pressuposto e considerando a expressiva presença de mulheres no magistério, especialmente nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, busco na referida obra de Platão, elementos de análise para a relação que as Mulher travavam com o conhecimento no “berço” da nossa civilização. O estudo realizado levou-me ao entendimento de que mesmo considerando as mulheres como seres inferiores em relação ao gênero masculino, Platão reconheceu a aptidão feminina para diferentes funções, inclusive para a direção do Estado. Para tanto, ele entendia ser necessário oferecer à elas a mesma educação seletiva e uniforme dada aos homens. Mesmo manifestando idéias machistas e elitistas, Platão propôs a ampliação do acesso ao conhecimento filosófico e científico, apontando a educação como a base para a construção da sociedade.

A EDUCAÇÃO DOS IMIGRANTES ALEMÃES CATÓLICOS DE CURITIBA ( 1896-1938). O ESTUDO DE CASO DO COLÉGIO BOM

JESUS

Valquiria E. RenkMaria E.B. Miguel (Orientadora)

Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC PR

Este trabalho apresenta como tema a educação dos imigrantes alemães católicos de Curitiba, no período de 1896 até 1938. Privilegiou-se o estudo do Colégio Bom Jesus, por ter sido a primeira católica deste grupo étnico, nesta cidade, desde a sua fundação até a extinção das escolas estrangeiras, durante o Governo Vargas. O presente foi elaborado a partir do seguinte questionamento: como caracterizou-se a escola para a comunidade alemã de Curitiba e quais foram os fatores que fizeram a mesma abandonar um modelo que se espelhava no padrão de escolaridade elementar da Alemanha, para adotar um padrão com características da escola brasileira. Objetivamos traçar a trajetória histórica do Colégio Bom Jesus, demonstrando que, enquanto escola confessional e étnica, fez parte de um projeto maior da Igreja

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Católica para a manutenção da fé e da identidade cultural alemã. Ao longo da pesquisa comprovamos que para esta comunidade étnica, a escola, a Igreja e a imprensa, propiciaram a manutenção da identidade étnica, dentro de um processo de relações interétnicas. As fontes documentais foram o Jornal Diário da Tarde e o jornal Der Kompass, a legislação educacional, que nos possibilitaram analisar as mudanças na ênfase, na escola, desde a sua constituição como escola alemã, para passar a escola bilíngüe e posteriormente apenas uma escola confessional. Em 1938, com a política de nacionalização do Governo Vargas, a mesma acabou com a experiência étnica e adotou um modelo pedagógico das escolas brasileiras.

FONTES, TEORIAS E METODOS EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

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FONTES E NARRATIVAS PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

Ademir GebaraUniversidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

Duas questões conceituais, apoiadas em documentação empírica, pistas e procedimentos vivenciados, balizam esta exposição. Uma primeira refere-se à construção de narrativas a partir da existência de uma fonte escrita tradicional, indicando as limitações das possibilidades de conhecimento de culturas que não utilizam a linguagem escrita, a partir de textos construídos pelos colonizadores europeus . Uma segunda questão refere-se a pesquisas acadêmicas utilizando depoimentos orais.De inicio trabalharemos com as narrativas construídas tendo por suporte uma fonte primária, a carta de Pero Vaz de Caminha. Como se sabe, este documento relata, através da óptica do colonizador, o primeiro contato entre o europeu (letrado) e os índios ( sem escrita). Em um segundo momento, gostaria de propor a discussão deste tema a partir de três experiências de orientação realizadas em momentos e circunstâncias diferentes, a partir daí, enfrentar a problemática relativa ao significado da narrativa oral na pesquisa em Educação. O primeiro trabalho foi apresentado como dissertação de mestrado, em 1989, o segundo foi finalizado em 1998, finalmente utilizarei uma experiência de orientação recente com um texto elaborado a partir de depoimentos da própria autora. O contato da narrativa escrita com uma cultura oral, coloca outras questões presentes em trabalhos historiográficos inovadores. Ginzburg discute a relação entre a cultura letrada e escrita, em relação à cultura oral. Ainda que em outro contexto, ele descreve a significação destas questões para Menoquio, um moleiro medieval vítima da Inquisição; em nosso caso, a narrativa oral dos nativos contemporâneos a Cabral não pode ser recuperada; os depoimentos construídos com objetivos acadêmicos têm significado de depoimento preservado e fonte histórica. É nesta tensão que pretendemos construir o texto.

A SINGULARIDADE DO PROJETO EDUCACIONAL DE ROUSSEAU

Ademir Quintilio LazariniUniversidade Estadual de Maringá - UEM

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Este Resumo deriva da dissertação de mestrado apresentada ao DFE-UEM, em setembro de 1998, sob o título: “A Singularidade do Projeto Educacional de Rousseau”. Essa dissertação procurou abordar o projeto educacional de Rousseau como parte constitutiva das suas perspectivas políticas e econômicas explicitadas nos seus escritos em meados do século XVIII. O ideário rousseauniano contrapunha-se tanto a ordem societária do Antigo Regime como aquela engendrada pela emergente burguesia, visto que, para o Pensador de Genebra, os dois modelos societária vigentes naquele momento histórico não podiam promover a formação do homem realmente solidário, entendido por ele como o verdadeiro cidadão. As linhas gerais da argumentação crítica de Rousseau contra a emergente ordem social burguesa está fincada na base contraditória dessa forma de sociabilidade cuja produção, socialmente realizada, é apropriada apenas por uma minoria, excluindo a maioria dos trabalhadores dos melhores resultados dessa produção, gerando a insolúvel contradição entre a realização dos interesses particulares em detrimento da coletividade. Esse apontamento é suficiente para colocar Rousseau entre aqueles pensadores que ainda tem algo para dizer no limiar do terceiro milênio (mesmo reconhecendo os limites históricos da sua crítica e as saídas utópicas oferecidas por ele a partir de um novo contrato social), pois a sociedade que emergia no seu tempo tornou-se mais complexa e consolidou-se plenamente, no entanto, as suas contradições de gênese ampliaram-se de forma gigantesca na atualidade.

A INTERFACE E PROGRESSO E SOCIEDADE NA PESQUISA: As concepções de L. Laudan e Th. Popkewitz

Adolfo Ramos LamarUniversidade Regional de Blumenau - FURB

As tradições científicas influenciam no(s) modo(s) de considerar, entre outros, a relevância a dar às mudanças conceituais no ensino; o lugar do social na pesquisa científica e; as formas de abordar as controvérsias científicas. Essas visões- e as normas que as integram- influenciam de diversas formas na aceitação ou exclusão na pesquisa educacional de problemas, fontes de dados, métodos e/ou técnicas de coleta e tratamento de dados; objetivos de trabalho etc. Portanto, as tradições participam no planejamento, desenvolvimento e avaliação da pesquisa educacional. Levando isso em conta, o presente estudo objetiva apresentar os resultados da pesquisa realizada sobre as posições de diversos autores como L. Laudan e Th. Popkewitz, em relação a

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como conceber o progresso na pesquisa científica e sua interface com a sociedade e qual espaço essas idéias devem ocupar no ensino. As informações foram obtidas através do levantamento bibliográfico e das discussões em diversos cursos de Graduação e Pós-graduação em Educação. Constatou-se com base nos dados obtidos e analisados a emergência de posições que diferem tanto do positivismo como das críticas a este nos assuntos mencionados anteriormente.

O CINEMA COMO FONTE PARA A PESQUISA HISTÓRICA EM EDUCAÇÃO

Amélia Kimiko NomaUniversidade Estadual de Maringá - UEM

A pesquisa em andamento discute a utilização do cinema como fonte da investigação em História da Educação por tratar-se de forma de expressão e registro fundamental da vida cultural, intelectual e informativa do homem contemporâneo. Visa refletir acerca da natureza dessa fonte, debater questões teórico-metodológicas e apontar possibilidades abertas ao educador na abordagem do seu objeto de estudo. A importância do cinema para a pesquisa história em educação está nos sinais históricos captados e registrados em imagens que se constituem em testemunhos visuais da história. Os filmes possibilitam, a partir da reconstituição feita do contexto e dos fatos tratados, apreender práticas sociais, concepções e processos educativos, valores, ideologias, mentalidades coletivas. Assim sendo, o cinema abre perspectivas para o pesquisador apreender como e porque os homens se educam, fornecendo subsídios para a reconstrução histórica do objeto educação. Pretende-se a inserção no debate feito por pesquisadores da área sobre a utilização de novas fontes e abordagens, posicionamento que resulta na defesa da importância da ampliação do universo da documentação e dos campos de análise do educador.

(IN) FORMANDO, DIVULGANDO E EDUCANDO: Uma década de imprensa periódica em São Paulo

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Ana Clara Bortoleto Nery Universidade Federal de São Carlos- UFSCAR

Este trabalho tem por objetivo analisar quatro periódicos educacionais publicados no Estado de São Paulo, de 1923 a 1931, tendo por eixo os artigos ou noticiários sobre a Sociedade de Educação de São Paulo. Tal entidade teve sua existência (1922-1931), de certa forma, marcada pelas revistas. A Revista da Sociedade de Educação (1923-1924) foi publicada por aquela entidade, de caráter privado, que congregou durante a década de 20 personalidades como Fernando de Azevedo, Lourenço Filho e Almeida Junior. Por intermédio da Diretoria Geral da Instrução Pública de São Paulo iniciou-se em 1925 a publicação de uma série de revistas que variam de nome e orientação. De 1925 a 1927 foi publicada a Revista Escolar, como uma linha editorial mais tradicional marcada pelos modelos de lições a serem copiadas pelos professores. Com uma proposta mais avançada, de 1927 a 1930, foi publicada Educação que após a Revolução de 30 recebe o nome de Escola Nova recebendo a orientação de Lourenço Filho. A importância deste estudo reside no fato de que as revistas pedagógicas se constituíam enquanto veículos utilizados para divulgar os conhecimentos que cada grupo envolvido na estruturação do campo educacional paulista julgava mais importante. Isso ocorria na tentativa de tornar hegemônicos tais conhecimentos e de converter em autoridade o grupo que detinha a orientação do órgão de imprensa. O estudo de tais periódicos nos traz elementos novos para a compreensão da estruturação do campo educacional brasileiro uma vez que vários autores que participaram das revistas tiveram expressão no cenário nacional.

EDUCAÇÃO E CULTURA: Um estudo sobre o teatro de Anchieta

Ana Lúcia Bentes DiasUniversidade Federal do Pará- UFPA

Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

A pesquisa que venho desenvolvendo tem como objeto o teatro de Anchieta, representado na colônia brasileira no século XVI, seu valor histórico, seus pontos de contato com a cultura indígena e sua finalidade pedagógica. Pretende ser uma contribuição para o ensino da história da educação brasileira no período colonial. A catequese como objeto de estudo foi retomada em virtude de estar vinculada diretamente com a formação

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cultural dos primeiros séculos de colonização, e estabelece como eixo a relação da Companhia da Jesus com o processo colonizador, o sentido que os jesuítas deram para a organização da educação e a maneira peculiar do contato com os nativos e colonos. Nesse sentido, procuro recuperar a importância que teve o teatro para a catequese jesuítica, na medida em que já era um instrumento do seu projeto educacional. Além da própria finalidade recreativa inerente ao teatro, os jesuítas visavam também a formação moral e religiosa. O teatro educativo utilizava formas as mais variadas, desde o simples diálogo, até as tragédias, passando pela comédia, dramas litúrgicos, autos e representações de mistérios. Os jesuítas fizeram do teatro uma grande ação pedagógica.

EDUCAÇÃO NO BRASIL IMPÉRIO: Um olhar dos viajantes-educadores

Ana Paula SecoUniversidade Estadual de Campinas-UNICAMP

Notadamente, os escritos e as ilustrações deixados pelos viajantes estrangeiros que estiveram no Brasil, seja sob a forma de narrativa de viagem ou como inventário científico, que fale sobre o homem da época e sua complexa atividade social, econômica, cultural e política, constituem um rico filão para a pesquisa histórico-educacional. Essas obras trazem relatos que dizem sobre a educação nos diversos períodos da história brasileira, possibilitando, assim, uma análise, através de uma visão crítica e não apenas relatando fatos e personagens da educação; um estudo da educação no Brasil, não em si mesma, mas na sua dimensão histórico-cultural, pois a educação é uma prática social histórica, possui e produz sua história.O período do Brasil Império foi marcado pelo surgimento de questões quanto à construção de um sistema nacional de instrução pública, de acordo com as novas idéias da época, onde a instrução era vista como meio de trazer a modernidade. O país havia chegado à emancipação política destituído de qualquer forma organizada de educação escolar. Saíra do período colonial com algumas poucas escolas e Aulas Régias, insuficientes e sem um currículo regular e com algumas escolas de nível superior criada na fase joanina. O crescimento da elite proprietária de terras, o desenvolvimento de uma vida urbana, onde se concentravam o aparelho administrativo e as atividades comerciais favoreceu a procura por instrução por parte da elite brasileira.Sendo assim, dentro deste quadro econômico, político, social e cultural do Brasil Império, buscamos nestas formas de documentos históricos os nossos instrumentos de trabalho para o

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aproveitamento, dos mesmos, na construção e enriquecimento da nossa história da educação.

HISTÓRIA, TRABALHO, EDUCAÇÃO: Da participação da mulher e da criança no trabalho fabril à feminização da prática escolar

Anilde Tombolato Tavares da Silva Universidade Estadual de Londrina-UEL

Guaraciaba Aparecida Tullio (orientadora)

A presente pesquisa tem como preocupação o movimento da produção humana na sociedade burguesa buscando relacionar, numa unidade histórica, a transformação do trabalho, da família e da educação como elementos participativos do mesmo processo e compreendê-los na lógica da produção e da consciência burguesa. Nesse sentido, toma como referência dois momentos distintos dessa sociedade: o momento de gênese e desenvolvimento do processo fabril como ordenação produtiva que se expressa na Europa no século XVIII como manufatura e o momento subsequente, que tem suas marcas mais fortes em meados do século XIX, no qual a classe burguesa, já constituída de poder econômico na produção gerida pela grande indústria, revela-se preocupada com o ercício político do comando social. Se no século XVIII a produção fabril, ao trazer toda a família para a fábrica, solicitou a presença dos filhos da classe trabalhadora como trabalho vivo com negação do conhecimento que não estivesse diretamente ligado ao saber fazer esse trabalho, no século seguinte, marcado pelos levantes operários e pelo desenvolvimento das forças produtivas, a defesa da educação pública expressa as marcas de conhecimento moral voltado para a ordem social. Nesse processo, a mulher é apresentada como educadora e a criança como o homem do futuro.

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AS IDÉIAS CASCUDIANAS SOBRE EDUCAÇÃO

Antonia Núbia de Oliveira AlvesUniversidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN

Vânia de Vasconcelos Gico (Orientadora)Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN –

O estudo da concepção de educação para Luís da Câmara Cascudo tem como enfoque principal sistematizar e discutir suas argumentações sobre educação, tendo como referência básica os artigos organizados, selecionados e publicados na coletânea “O Livro da Velhas Figuras”, que reúne sua produção das “Actas Diurnas” no período de 1928 a 1960, coluna publicada tanto no jornal “A Republica” quanto no “Diário de Natal”. Os procedimentos metodológicos da pesquisa referem-se as leituras, argumentações, catalogação e resumo dos artigos, privilegiando as idéias cascudianas expostas em sua coletânea, reelaborando seu itinerário através de cartografia que contempla referenciais da educação. A concepção cascudiana do processo pedagógico reveste-se de uma ampla visão da educação, enfocando os temas como “Formação Acadêmica, Intelectuais, Professor/Ensino, Patrocinadores da Educação, Patronos Escolares e Autodidata”, entre outras, revelando um processo educacional que reconstrói a história dos personagens do cotidiano da cidade do Natal. Ao coletar e registrar essas informações, o próprio Cascudo possibilitou, sobremodo, o encontro de fontes para estudos atuais e a compreensão da educação e da sociedade do presente através da nossa herança cultural, mostrando que, ao cultuarem o passado as sociedades se preservam, assim, ia revelando esses perfis e possibilitando a compreensão da história da educação, em especial, a construída no Rio Grande do Norte, ensejando um inventário de idéias sobre educação, buscando assim, para cada uma das categorias nucleares dos seus artigos da Acta Diurna, uma explicação multidimensional.

A EDUCAÇÃO PARA A ORDEM E O PROGRESSO DO BRASIL: O Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro (1856-1888)

Celina Midori MurasseUniversidade Estadual de Campinas-UNICAMP

Os estudos sobre as instituições escolares restringem-se, em sua maioria, á investigação da documentação oficial existente. Este estudo, cujo

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objetivo é o Liceu de Artes Ofícios do Rio de Janeiro, parte da premissa de que estes documentos expressam, outrossim, as lutas que os homens enfrentaram na segunada metade do século XIX para resolver as grandes questões da sociedade brasileira. Estas estavam vinculadas - se não determinadas - à reorganização internacional das relaçoes capitalistas, sob o comando das nações européias, e qur colocavam em que a utilização do trabalho escravo quando ele era o sustentáculo da produção de riqueza nacioanl. Esta exigência de modernização nos métodos produtivos, a ser efetuado por meio do trabalho livre, determinava uma reestruturação total na ordem social no país e isso teve, igualmentem repercussão no planodas idéias. Esta questão - transição do trabalho escravo par o livre- fundamenta-va e delineava, portanto, toda a problemática da educação que deveria se adequar á nova ordenação mundial. Assim, a existência e a trajetória do Liceu estavam em consonância com essas necessidades, revelando, então, que a necessidade presumida- de formação profissional para o trabalho nas indústrias -, nem sempre correspondia à necessidade real das relações capitalistas vigentes. Ao considerar o específico - o Liceu - apenas como uma forma de relaização do geral, diversificam-se e multiplicam-se as fontes para a pesquisa educacioanl e, com isso, amplia-se o campo de investigação. Este encaminhamento metodológico constitui-se na efetiva contribuição deste estudo à medida que poderá conduzir a novas averiguações em Histporia da Educação no Brasil.

O OLHO E A MÃO: A fotografia como fonte histórica

Eugênia Maria DantasUniversidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Olhar o mundo e produzir registros que possibilitem manter laços de convivialidade constituem-se numa estratégia utilizada pelo homem para se manter em sociedade. A mão e o olho foram ferramentas essenciais à estruturação de suportes sócio-histórico e culturais, dispersos na sociedade contemporânea. Dentre os inúmeros materiais que permitem uma recomposição e atualização dessa condição, a fotografia é um fragmento privilegiado, na medida que condensa em pedaço de papel, a história do modo de ser, pensar, agir, do homem. Nesse sentido, contém os elementos que movimentam o olhar e o fazer, na condução do ato educativo. A montagem, a sensibilidade estética, a aproximação, a seleção de contextos significativos da

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condição humana são elementos essenciais a existência dz fotografia como fonte de problematização da educação como serva ampliada da cultura. Olhar é, portanto, uma condição de aprisionamento e liberdade no movimento das práticas de composição e recomposição da cultura. Para problematizar essa questão abordamos autores como Edgar Morin, Lévi-Strauss, Walter Benjamin, Susan Sontag, Michael Foucalt, Félix Guattari, entre outros, estruturando uma leitura que religa o tempo e o espaço como ercício fundamental da memória, esfera que alimenta a educação tecida nos fios da imaginação e da criatividade. Portanto, a memória não é estática, mas é uma reserva que impulsiona a confecção de estratégias metodológicas capazes de ampliar a leitura dos registros culturais da educação, a partir do olhar, do fazer, da fotografia.

ABORDAGENS DA HISTÓRIA ORAL: A voz docente em histórias de leitura

Filomena Maria FormaggioUniversidade Metodista de Piracicaba -UNIMEP

A iniciação à leitura aparece como o início de um movimento excêntrico, no qual o sujeito leitor abre-se à sua própria metamorfose (Larrosa,1998). Nessa perspectiva, a presente comunicação visa configurar a leitura como ‘alma’ da formação docente propugnando a sua priorização quando são consideradas as ‘histórias da leitura de professores formadores de professores’. Buscamos compreender pela análise das narrativas - que explicitam as histórias individuais de leitura – como chegar a construir, desconstruir, reconstruir fazeres ditos pedagógicos para depois construir, desconstruir e reconstruir saberes humanos na perspectiva de formação docente, partindo da premissa que para se formar um profissional professor qualitativamente diferenciado, é preciso que se forme antes um leitor.

In EEDUC- BASE DE DADOS DE EVENTOS SOBRE EDUCAÇÃO: Levantamento dos eventos realizados na Faculdade de Educação da

UNICAMP no período de 1972 a 2001

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Gildenir Carolino Santos Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Rosemary PassosUniversidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCCAMP.

O presente trabalho apresenta a elaboração de uma base de dados voltada para eventos sobre educação (InEEDUC), realizados durante a construção da Faculdade de Educação da UNICAMP (1972), a presente data (2001). A base de dados será um meio de recuperação de informações relevantes ao meio acadêmico, levando-se em conta que as mesmas poderão estar disponíveis em ambiente de rede para acessos externos, construída em plataforma do software Micro CDS/ISIS e desenhada para acesso em WWWIsis. A metodologia terá fundamento em base internacionais, onde serão selecionadas e recuperadas as informações no próprio acervo da Biblioteca da Faculdade de Educação, acervo particular dos docentes e cadastro de trabalho da UNICAMP. Os integrantes deste projeto terá inicialmente da Faculdade e um pesquisador do Grupo de Pesquisa sobre a História e Pesquisa de Educação no Brasil (HISTDBR). Os recursos financeiros a pincípio contará com auxílio da própria Faculdade, e provavelmente recursos de alguma agência de fomento.

A DEFESA DO TRABALHO, DA PROPRIEDADE E DA EDUCAÇÃO NA FILOSOFIA POLÍTICA DE LOCKE

Guaraciaba Aparecida TullioUniversidade Estadual de Maringá -UEM

O artigo em questão está ligado à pesquisa História e Educação:

reflexões em torno do liberalismo inglês – Locke e se volta para a análise da relação entre a defesa do trabalho, da propriedade e da educação no conjunto do pensamento do autor tendo por base, principalmente, duas de suas obras. O Segundo Tratado Sobre o Governo Civil (1690) e as cartas sobre a discussão da educação, publicadas pelo próprio Locke com o título de Quelques Pensées Sur L’Éducation (1693). Num sentido específico, a preocupação se volta para a análise das raízes da teoria liberal. Num sentido mais geral, trata-se de compreender a História, ou seja, as necessidades que levaram a classe socialmente ascendente, no século XVII, na Inglaterra, período em que a sociedade esteve empenhada em revolucionar as suas forças produtivas, a

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elaborar uma filosofia política que não só se expressa, ainda hoje, como dominante, mas que foi forjada, no passado, num momento de intensas transformações sociais diante das quais nem o mais inflexível dos conservadores poderia deixar de concordar com seu movimento ascendente, nem negar toda uma riqueza acumulada em curto espaço de tempo. Busca-se, aqui, entender o mundo cognitivo e, nele, o traçado da filosofia política e da educação como um pensamento estreitamente vinculado à prática produtiva. O século XVII, na Inglaterra, estava marcado por lutas travadas entre duas formas distintas de sociedade onde as forças sociais se aglutinaram, concomitantemente, em duas esferas: a material e a intelectual. Desenvolvimento intelectual e material se correspondem, na filosofia política de Locke, dando livre curso às modernas relações sociais de produção.

O MEMORIAL ABELARDIANO E A COMPLEXIDADE DA PRÁTICA EDUCATIVA

Josineide Silveira de OliveiraUniversidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

A Educação é uma faculdade de circulação, manutenção e reprocessamento dos conhecimentos que constituem o capital cognitivo. Discute-se nesse trabalho como uma das fontes alimentadoras desse processo, um dos fragmentos da obra do mestre Pedro Abelardo, século XII, História das minhas calamidades, como um memorial que possibilita reviver um grande investimento desse formador numa prática educativa que ensina a pensar e a expressar o produto desse pensamento numa linguagem clara e persuasiva. O estudo dessa auto-biografia requer uma arqueologia pelos vários terrenos disciplinares percorridos pelo autor e revela sua resistência ao dogmatismo místico e acentua sua posta numa alquimia de idéias que rejunta saberes e práticas aceita pela Igreja Católica, grande promotora da educação medieval e os conhecimentos da filosofia grega, considerados marginais na solidário. Jacques Lê Goff, Franco Cambi como abordagens regenadoras da complexidade histórica e Michael Foucoul por investigar a força discursiva como estruturante das práticas educativas. Atualizar tal discussão é tratar a

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educação como uma arte que serve-se dos registros documentais para instigar a imaginação e atiçar o fogo que aquece o calor cultural necessário à condição humana.

MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO, CONTRA MEMÓRIA DE ALFABETIZADORES DA ZONA OESTE DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO E BUIQUE/PE

Maísa Dos Reis QuaresmaUniversidade de Castelo Branco- UCB- RJ

Este trabalho pretende descrever os resultados da pesquisa históricas em duas "áreas realengas", do período colonial do Brasil, representadas pela Zona Oeste do muncípio do Rio de Janeiro e município de Buique/PE que evoluiram,geograficamente distanciadas, reguardando características do denominado mundo rural. Nesse mundo, a questão da memória ganha mais realce, quando da abordagem de problemas educacionais em zonas rurais podendo constituir tentativa de propiciarformas de contra- memória na formação e atuação profissional no magistério. Na pesquisa, realizada durante o ano letivo de 1999. Foi aplicada a seguinte metodologia: revisão de fundamentos teóricos e da literatura escrita; levantamento e catalogação de fontes primárias e secundárias existentes na Zona Oeste do município do rio de Janeiro e em Buique/pernambuco relacionadas com a formação e atuaçãoprofissional no magistério; seleção de narradores a partir do levantamento geral dos sujeitos nos dois municípios pesquisados; realização de entrevistas estruturadas (história oral temática); comparação dos documentos da memória ofocoal9fontes primárias e secundárias levantadas e catalogadas) com os textos das entrevistas com professores enfocando formação profissional para o magistério do ensino fundamental e metodológicas utilizadas em alfabetização, nas salas de aula; análise dos efeitos nas relações sócio-econômicas, políticas e culturais da sociedade, na zona rural.A pesquisa alcançou objetivo formulado: a formação e a atuação de professores em sala de aula tem sido historicamente co-responsável pela incorporação de grupos e culturas diversas ao núcleo cultural comum da Nação Brasileira provocando efeitos sócio-econômincos, políticos e culturais no processo educativo. Esses efeitos, presentes nos discurso e documentos oficiais, ganham nuances mais significativas na "Contra-memória"dos professores entrevistados contribuindo para subsidiar novos estudos em História da Educação.

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A ESPIRAL DO PROGRESSO E A FELICIDADE DA NAÇÃO: A instrução do povo para o advento do trabalho livre no Brasil de 1840 a 1850

Marcília Rosa PeriottoUniversidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Este estudo se define por analisar as idéias propugnadas pela revista O Progresso, publicada em Recife entre os anos de 1846 a 1848, de acordo com seus articulistas, instruir as massas para que esses reinvindicassem seus direitos em relação ao trabalho, bem como conhecer os deveres inerentes ao seu ercício. Busca-se priviligiar o sentido profundamente educativo de um conteúdo que visava mostrar aos homens de sua época os caminhos mais pertinentes para o estabeleciemnto de práticas mais progressistas, que propiciasse ao Brasil a modernização alcançada pelos centros mais desenvolvidos, de forma a inseri-lo no rol das nações civilizadas. Seus instrumentos alicerçavam-se na defesa de reformas sociais, notadamente as de cunho moral, entendidas aqui enquanto a compreensão e adoção de novas regras de conduta, prevendo a criação de uma sociedade pacífica e ordeira. Neste sentido, as idéias ali contidas correspondem a dadas necessidades da sociedade da época, principalmente às do capital mundial em reordenar sua expansão para locais onde não havia instala-do plenamente, motivado pelas sucessivas crises que apontavam para a possibilidade de destruição de suas forças, bem como da exigência de se criar primeiramente condições para a composição da burguesia nacioanl, em luta par se estabelecer definitivamnete dominante em território brasileiro. Pretende-se com esse estudo confirmar nossa tese de que a imprensa, aqui representada por O Progresso, em determinados momentos foi veículo inconteste desse fenômeno e, ao mesmo tempo, depositária das idéias representativas de uma época. De modo mais geral, este estudo objetiva dar nova dimensão analítica aos empreendimentos que têm sido apenas ojeto de estudo para a História, elencando novas temáticas ao interior de fontes anteriormente consultadas e passiveis de resultarem em diferentes abordagens historiograficas da trajetória educacional no Brasil. Almeja-se, assim, encaminhar reflexões acerca de um objeto aparentemente tão desvinculado da história da educação, de forma que se possa compreender o desenrolar de seu processo fora das iniciativas formais oara seu estabelecimento

PÓS-MODERNIDADE: Uma negação ontológica, gnosiológica e axiológica a serviço da manutenção da hegemonia.

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Marcos Francisco Martins

Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP

Com o presente trabalho pretendemos acrescentar algumas considerações críticas na polêmica discussão em torno da pós-modernidade. Inicialmente, esse nosso intento procurará delinear os limites ontológicos e gnosiológicos do pensamento que se firma na mordernidade, fundamentado no axioma da racionalidade. Depois, tentaremos verificar em que medida pode-se afirmar uma sincronia entre as transformações dos processos econômicos e aquelas alterações nos paradigmas teórico-metodológicos, bem como em seus pressupostos ontológicos e gnosiológicos, que se fazem sentir mais fortemente nesse fim de milênio. Essa perspectiva de trabalho nos levará a afirmar que o impacto das transformações da estrutura social na ontologia, na gnosiologia e nas teorias e métodos, resulta, em última medida, em posições ético-políticas claramente delimitadas. É neste sentido que, pautando-nos pela a concepção politizadora de Gramsci acerca do processo de conhecimento, avaliaremos o resultado desse impacto da estrutura em todo o processo de constituição do pensar.

SOCIEDADE MODERNA, EDUCAÇÃO E HISTÓRIA ENSINADA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Maria Aparecida Leopoldino Tursi ToledoUniversidade Estadual de Maringá-UEM

A preocupação em elaborar este escrito recai sob um dos aspectos histórico e teórico-metodológicos que envolvem a investigação da temática do ensino de História. Trata-se da perspectiva em que predominantemente se encontra a abordagem da maior parte das referências que se encontra sobre esse objeto. Refiro-me ao isolamento ou dissociação, das reflexões realizadas, dos contornos assumidos pelo saber histórico no interior do modo de produção fundado no capital, o que impede ou dificulta uma reflexão voltada para a busca da superação de uma história cuja historicidade limita-se a um saber cívico e moral das relações sociais. Considerando este aspecto, busca apropriar-se desse objeto em toda sua significação histórica através da investigação das relações que se estabelecem entre sociedade capitalista, educação e história ensinada.

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O PROJETO DE RUI BARBOSA: O papel da educação na modernização da sociedade

Maria Cristina Gomes MachadoUniversidade Estadual de Maringá-UEM

Este trabalho elegeu o pensamento de Rui Barbosa (1849-1923) para compreender o papel da educação na modernização da sociedade brasileira na transição do Império para a República, período delimitado por esta pesquisa entre 1878 a 1892. O autor em estudo envolveu-se nas lutas travadas pelos homens de sua época, buscando a inserção do país no mercado mundial, a partir de transformações nas formas de trabalho – a mudança do trabalho escravo para o assalariado, a mudança de uma economia hegemonicamente agrária para a organização de uma indústria embrionária – e nas relações políticas – a mudança do regime monárquico para o republicano. Na luta empreendida, concebeu os projetos/pareceres sobre “A Reforma do Ensino Secundário e Superior”(1882) e a “Reforma do Ensino Primário e várias Instituições da Instrução Pública”(1883), comumente considerados pela historiografia da educação brasileira de maneira independente das demais produções desse autor. Além desses textos sobre educação, como participava ativamente da vida política do país, ele produziu outros, sobre as mais diversas questões, como: a abolição da escravatura, a política de imigração, a reforma eleitoral, a constituição republicana, a federação, a industrialização do país, entre outros. Partindo do pressuposto de que a educação não tem vida própria, como nenhuma outra questão a resolver fora das questões que afligem os homens, não se tratou aqui da educação por ela mesma, mas vinculada às demais questões do período. Este tratamento diferenciado, dado à questão educacional, contribuiu para questionar algumas das principais teses divulgadas sobre o autor, como a de que importou idéias e soluções estrangeiras e que defendeu a educação como alavanca para o desenvolvimento nacional. Rui Barbosa personificava o homem cosmopolita, que vivia num mundo em pleno processo de globalização, e percebia que a direção a ser dada à sociedade exigia sua transformação. A educação escolar poderia preparar o homem para a vida, mas à vida poderia prescindir dela, usando outras formas para resolver seus problemas em direção à modernização pretendida.

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LEVANTAMENTO E CATALOGAÇÃO DAS FONTES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS DE APOIO À PESQUISA EM EDUCAÇÃO DO DFE-

UEM

Maria Cristina Gomes Machado (Coord.)Ademir Quintilio Lazarini

Amélia Kimiko NomaAnalete Regina Schelbauer

Guaraciaba Aparecida Tullio Jean Vincent Marie Guhur

Maria Rosemary Coimbra Campos Sheen Zélia Leonel

O projeto “Levantamento e catalogação das fontes primárias e secundárias de apoio a pesquisa em Educação do DFE/UEM”, vinculado ao projeto “História, sociedade e educação no Brasil”(FE/UNICAMP), foi criado em 1986. Desde a sua criação o projeto tem passado por algumas reformulações e possibilitado: Constatar a escassez, a dispersão e a precariedade na organização e catalogação das fontes fundamentais à pesquisa histórico-educacional no Brasil;Levantar e catalogar fontes referentes à questões da história da educação no Estado do Paraná; rganizar o sub-projeto “Projeto de Criação do Centro de informação e Documentação em Educação (CIDE)”;Organizar atividades de extensão, como o curso “História, sociedade e educação no Brasil: Império e República”, para divulgação dos resultados de pesquisas referentes a questões da história da educação no Brasil; Levantar e catalogar fontes primárias e secundárias da história da educação brasileira, através de teses, dissertações e pesquisas realizadas pelos participantes do GT/Maringá, assim como divulgar os resultados em congressos, seminários e eventos congêneres. Além de estar possibilitando o debate em torno de questões teórico-metodológicas relacionadas ao trabalho com as fontes.

TENDÊNCIAS HISTORIOGRÁFICAS PRESENTES NAS PRINCIPAIS EDITORAS DA ÁREA DA EDUCAÇÃO NA ÚLTIMA DÉCADA DO

SÉCULO XX NO BRASIL

Maria de Fátima Félix RosarMargarita Victoria Rodriguez

Universidade Federal do Maranhão – UFMA

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A construção sistemática da historiografia educacional constitui uma das condições necessárias para o desenvolvimento das pesquisas na área de história da educação.Nessa perspectiva, o presente trabalho compreende uma análise das tendências recentes da produção da historiografia educacional brasileira divulgada pelas principais editoras da área de educação, durante a década de 90. Partindo-se da hipótese de que as dicotomias entre paradigmas, principalmente na vertente histórico-crítica e na vertente antropológica-etnográfica, podem estar se diluindo ou se acentuando na transição do século XX para o século XXI, buscar-se identificar as tendências que se fortaleceram no âmbito editorial. Esta investigação, pautada em trabalhos similares por diversos pesquisadores, entre outros, Warde (1084, 1990), Gamboa (1987), Lombardi(1993), Buffa(1990), Lopes, Nunes(1990), Sanfelice (1998), pretende ampliar esses inventários, retomando as categorias de análises e dos micro-estudos, na última década, e que explicitam as opções do investigador no que diz respeito à definição das fontes, às teorias e aos métodos que têm constituído o instrumental privilegiado nas pesquisas realizadas.

UM OLHAR LITERÁRIO SOBRE A ESCOLA BRASILEIRA

Maria do Amparo Borges FerroUniversidade Federal do Piauí-UFPI

O trabalho ora apresentado é fruto de pesquisa ampla em curso do doutoramento na área de história e filosofia da educação da USP Aborda da educação aspectos as fontes literárias para pesquisa histórica da educação. A fonte básica é o romance “Cazuza” de Viriáto Correa, cuja analise entre cruzando com obras de outros literatos brasileiros oferece uma visão do cotidiano escolar das práticas pedagógicas do ideário republicano na sociedade brasileira durante a primeira república e que chegou a se estender até a década de 60 do século XX. A pesquisa em história da educação tem se mostrado sintonizado com o movimento de renovação dos estudos históricos que apresentam na perspectiva da nova história cultural, a possibilidade de redefinição de conceitos, de temáticas e metodologias, no sentido de contribuir para a compreensão do objeto educacional nesta perspectiva, através de novos olhares e enfoques o estudo dos agentes, formas e culturas escolares no aspecto histórico, pode ser conduzido nesta ótica, através das representações de escola, de professor. de aluno. Contidas em fontes diversas. No caso presente, busca-se na literatura esta representação que. Durante décadas, estiveram presentes no imaginário social, do povo brasileiro no período

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republicano. A fundamentação teórica se alicerça na história cultural através de autores como Roger Chartier, Michel de Certeau, entre outros.

POLÍTICA EDUCACIONAL E HEGEMÔNIA: A criação das primeiras universidades estaduais do Paraná na década de 1960

Maria Rosemary Coimbra Campos SheenUniversidade Estadual de Maringá-UEM

Este trabalho tem por objetivo discutir o processo histórico de criação das primeiras universidades estaduais do Paraná- Universidade Estadual de Londrina, Universidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Ponta Grossa - como expressão de um determinado tipo de política educacional. Como questão básica orientadora da pesquisa, procuraremos entender o porquê de, no final da década de 1960, o Governo do Estado do Paraná haver criado, ao mesmo tempo e através do mesmo instrumento legal, três universidades estaduais, num momento em que já se delineava no País uma tendência à privatização do ensino superior. Para a realização dessa investigação, partimos do pressuposto de que a política educacional expressa a luta pela conquista e pelo ercício da hegemonia entre as diferentes classes sociais. Por isso, o estudo da política educacional não pode ater-se somente aos textos legais, como planos, leis, decretos, pois estes são o resultado de um movimento social presente em cada conjuntura histórica que faz com que a inclusão de projetos de criação de instituições educacionais na agenda do Governo seja o resultado desse processo, e, não ao contrário. No caso das universidades paranaenses, sua criação fez parte do processo maior de recomposição da hegemonia entre os grupos dominantes do Estado, recomposição esta particularmente presente na proposta de "desenvolvimento integrado" do Governo Paulo Cruz Pimentel.

FONTES DO ARQUIVO PERMANENTE DO COLÉGIO ESTADUAL PAULO DE FRONTIN : A formação da mão-de-obra feminina no Rio de

Janeiro republicano

Nailda Marinho da Costa BonatoUniversidade do Rio de Janeiro-UNIRIO

Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP

É sabido que as condições de acesso às fontes, quando disponíveis, se constituem numa barreira para a pesquisa em história da educação; no caso

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dos acervos escolares, se por um lado, a forma de preservação e conservação por parte das escolas pode se constituir num problema, por outro, a falta de conhecimento da existência dessas fontes e de sua divulgação também é fato. Neste sentido, o painel pretende apresentar as condições de preservação e conservação das fontes encontradas no acervo arquivístico do Colégio Estadual Paulo de Frontin, Rio de Janeiro, acumuladas ao longo de sua trajetória; os tipos de fontes; a forma de acesso; as instalações físicas do arquivo; o arranjo e descrição da documentação. Com isso, queremos apontar limites e possibilidades para a consulta ao acervo. A divulgação dessas fontes tem sua importância, considerando que o Colégio Estadual Paulo de Frontin teve origem no Externato do Instituto Profissional para o sexo Feminino Orsina da Fonseca, passando a se denominar Escola Profissional Paulo de Frontin, em 1919, em homenagem ao engenheiro Paulo de Frontin, após o término de sua gestão como prefeito da Capital. Naquele momento, a Escola oferecia os cursos Profissional e Comercial exclusivamente para o sexo feminino, permanecendo assim até 1970 quando foi aceita a matricula de meninos. Sendo assim, a consulta ao acervo se apresenta como uma possibilidade para o desenvolvimento de pesquisas que tenham como temática a formação profissional da mulher para o trabalho na indústria e no comércio do Rio de Janeiro republicano, nos ajudando a entender o processo de consolidação de algumas profissões ditas femininas ao longo da história.

EDUCAR E INSTRUIR (aspéctos de um discurso sobre a construção da nação)

Regina Maria MonteiroUniversidade Estadual de Campinas-UNICAMP

A partir dos Relatórios sobre a Instrução Pública da Província de São Paulo. elaborados entre 1870 e 1 889 que, periodicamente, traziam dados sobre a organização do ensino público nesta província, somados a livros e artigos de jornais elaborados por expoentes do pensamento republicano,

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pretendemos discutir o lugar ocupado pela educação escolar no discurso das elites republicanas ligadas à cafeicultura, no período imediatamente anterior à instauração da República no Brasil para a constituição do Estado Nacional, uma vez instituída a República. Através da análise desta documentação, procuramos apontar o interesse dessas elites pela instrução pública no sentido de estruturá-la, para que se fornecesse uma formação técnica capaz de contribuir, ao mesmo tempo, para o desenvolvimento econômico e para a construção de um sentimento de pertencimento que articulasse a idéia de nacionalidade. A escola seria desta forma, um local privilegiado para a veiculação de um ideário onde civilização e cultura (através de conceitos como raça, etnia, evolução, progresso, ciência) apareceriam como paradigmas segundo os quais se estabeleceria a identificação do indivíduo enquanto povo, definindo portanto as condições necessárias para que se distinguisse como cidadão.

HISTÓRIA CULTURAL E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO:Diversidade disciplinar ou simples especialização?

Sérgio CastanhoUniversidade Estadual de Campinas-UNICAMP

A comunicação que aqui se resume integra um projeto mais amplo, do qual é um dos primeiros resultados, intitulado "História cultural e história da educação: singularidades, relações e perspectivas". Em relação a esse projeto maior, este trabalho representa a introdução teórico-metodológica, abordando a seguinte questão central: o que a história cultural tem a dizer com respeito à educação (e especificamente à história da educação), tanto em geral quanto particularizadamente? Discute-se a questão das possibilidades do marxismo no âmbito da história cultural e da história da educação. A história cultural, no último quartel do século XX - dos anos 70 aos 90, - desenvolve-se segundo uma linha de tensão que separa, de um lado, as abordagens ou tendências historiográficas contextualistas, que de algum modo relacionam o universo das idéias - ou intelectual - com o da sociedade; e, de outro lado, as textualistas, que rejeitam ou ignoram tais relações, trabalhando as idéias apenas em seu suporte textual, como discurso ou mensagem. Privilegiando, do ponto de vista do materialismo histórico, o enfoque contextualista, o trabalho sugere a possibilidade de abordar o fenômeno histórico-educativo do ângulo cultural sem com isso ceder aos particularismos e subjetivismos contemporâneos. Na parte final do trabalho faz-se um levantamento dessas possibilidades, na historiografia educacional publicada especialmente no Brasil e preferentemente no último decênio, com cerca de 60 títulos. Na parte

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final do trabalho faz-se um levantamento dessas possibilidades, na historiografia educacional publicada especialmente no Brasil e preferentemente no último decênio, com cerca de 60 títulos. Entre muitas outras, localizaram-se as seguintes: Profissionalização docente, disciplinas acadêmicas e história intelectual, Cultura, organização e escola, História cultural, história intelectual e história da mente, história das interações entre o oral, o escrito e o visual e o da cultura escrita e mentalidade letrada, a história da infância, do currículo, da família ou das formas de sociabilidade, a das práticas docentes, a da escolarização, a do ensino da escrita e escolarização dos corpos, a das práticas de leitura na escola, a origem de termos como classe e currículo, a história da educação da mulher e a história institucional do espaço escolar.

GRUPO DOS CAMPOS GERAIS DO PARANÁ: A memória educacional da

Região

Teresa Jussara Luporini (coord.)Cirlei Francisca Gomes Carneiro

Luzia Borsato Cavagnari Maria Augusta Pereira Jorge

Maria Isabel Moura NascimentoNeiva de Oliveira Moro

Rosana Nadal de Arruda Moura Silvana Maura Batista de Carvalho

Universidade Estadual de Ponta Grossa- UEPG

O estudo da memória, enquanto possibilidade de vestígio, de registro que se faz e refaz na riqueza da experiência humana, tem sido alvo de interesse da discussão historiográfica na tentativa de criar campos documentais. Sendo elemento fulcral da identidade, tanto individual quanto coletiva, seu registro/determinação constitui-se em tarefa fundamental para as sociedades no mundo atual. O projeto “Levantamento e catalogação de fontes primárias e secundárias da Educação Brasileira” (Região dos Campos Gerais do Paraná) insere-se neste contexto. Como subprojeto da pesquisa nacional (UNICAMP) ao Grupo de Trabalho da Universidade Estadual de Ponta Grossa (GT-UEPG) coube levantar e catalogar as fontes raras para a memória da educação local, regional e nacional (pesquisa realizada no período 1992-1997, resultando na publicação do Catálogo das Fontes Primárias e Secundárias da Educação Brasileiras localizadas no estado do Paraná – Região dos Campos Gerais), LUPORINI, l997. A partir de 1998 o GT regional dedicou-se a analisar, com

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base na documentação, os dados que se referem à origem, desenvolvimento e consolidação do sistema de ensino na região. Além disso, no ano corrente, iniciou-se a coleta de dados com base na história oral temática (TOSH, 1984; THOMPSON, 1982; QUEIRÓS, 1988), a partir de entrevistas com educadores que atuaram em escolas da região. A coleta de depoimentos indica a reminiscência como uma possibilidade de releitura do contexto sócio-educacional, por meio de representações individuais/coletivas dos educadores que, como artífices da memória escolar, se constituem em protagonistas na produção do conhecimento.

CÂMARA CASCUDO: Cartas como fonte de pesquisa

Vânia de Vasconcelos GicoUniversidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Aborda-se a correspondência de Luiz da Câmara Cascudo (1898-1896) enquanto fonte de pesquisa para sua produção intelectual que consta de livros: 150 títulos publicados, alguns com várias reedições; coletâneas, biografias, capítulos de livro, folhetos, artigos, discursos, conferências, prefácios de livros, verbetes, entrevistas e uma correspondência estimada em três mil cartas. Discute-se sua obra, que percorre um itinerário permissor da compreensão da historicidade e da cultura como processos sociais, o que o põe entre os interpretes da formação cultural brasileira a partir dos anos 20, quando tais discussões destacam-se no cenário intelectual dos seus pensadores. Analisa-se a textura da obra cascudiana, seu estilo textual, bem como a multiplicidade de fontes de dados utilizadas para elaborar sua escritura, destacando-se sua correspondência precatória, como por fim consagrou chamar as cartas que solicitava informações de pesquisa aos amigos, colegas pesquisadores e instituições. Solicitava tudo que precisava para escrever seus livros e não estava ao seu alcance geográfico: informações de bibliotecas, arquivos, museus, dados de família e profissional dos estudiosos que estavam referenciado e até mesmo coleta de dados de campo, eram pedidos e lhe vinham por correspondência dos amigos escolhidos em Estados brasileiros ou em pontos estratégicos do exterior, para fornecer-lhe tais informações. Desse modo suas missivas eram um veículo singular de disseminação da informação, divulgação e recebimento de notícias editoriais, já que, ele próprio, estava tão distante dos ciclos mais ativos das discussões em voga neste campo. Não obstante estas condições sócioculturais restritivas da geração do recado, em

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que se situava, praticou sua interlocução sem sair da sua cidade Natal, capital do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil. Publicando e atuando também fora da província, inclusive noutros países.

EDUCAÇÃO,IMPRENSA, MASSIFICAÇÃO: Aspectos históricos do ensino, Uberlândia-MG(1940-1960)

Vicente Batista de Moura SobrinhoGeraldo Inácio Filho

Universidade Federal de Uberlândia-UFU

Esta comunicação pretende trazer alguns aspectos históricos do ensino presente no discurso jornalístico. Drentre as várias abordagens a respeito do processo histórico-educacional, optamos pela discussão em torno do ensino de massa, centrada nas análises do jornal Correio de Uberlândia (1940-1960) . De posse destes referenciais, objetivamos proceder estudos mais aprofundados, no sentido de perceber o enfoque histórico do processo, mediante a interpretação das falas dos protagonistas ai presentes, bem como a luta em prol da democratização do ensino (METODOLOGIA)O nosso referencial metdológico ancora-se nos gêneros literários do jornalismo informativo e opinativo: notas, editoriais, artigos, notícias, reportagens, entre outros; os quais compõe o nosso arcabouço documental. Nossa investigação baseou-se no discurso ideológico em relação ao ensino de massa, retratado em cerca 80 artigos jornalísticos, cujo ponto referência encontra-se nas abordagens sobre o ensino técnico, o ensino normal, o ensino sypletivo. Pretendemos ainda verificar a ação política neste setor: a construção de escolas rurais e urbanas com a meta de atender à população que não teve a oportunidade de desenvolver seus estudos no tempo adequado, segundo o discurso oficial. (RESULTADOS) Na leitura dos referidos artigos e a respeito da educação, conseguimos identificar, nas propostas de seus articulistas, os projetos de reformulação da política educacional, visando o desenvolvimento econômico potencial da região do Triangulo Mineiro, consolidando assim, a base de sutentação das suas metas de transfor´-las num polo comercial e industrial. (CONCLUSÃO) Uberlândia aparece como na vanguarda do processo, como o objetivo de buscar uma saída do anonimato ge-político. Pode-se concluir, então, que a ação política em favor do ensino na região, apresentava um caráter ideoógico, cujo principal interesse era consolidar as bases infra-estruturais para o processo de qualificação da mão-de-obra, necessária à fase industrial do capitalismo naquele momento histórico.

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A LEGISLAÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO EM UBERABINHA, MG: 1892-1905

Wenceslau Gonçalves NetoUniversidade Federal de Uberlândia - UFU.

No final do século XIX, discussões significativas espraiam-se pelos estados, chegando até às pequenas cidades do interior: ordem institucional, desenvolvimento científico e tecnológico, civilização, etc, tomam corpo, ao lado da preocupação com a definição de uma concepção de nação que, dizia-se, havia faltado ao Império. Neste debate, a educação ocupará lugar privilegiado, como a instituição capaz de, a um só tempo, controlar o analfabetismo, difundir as idéias republicanas, formar a base de uma nova sociedade, aproximar o Brasil dos países mais avançados, promover, enfim, a desbarbarização do homem brasileiro. Uberabinha (Uberlândia, a partir de 1929), pequena cidade do interior de Minas Gerais, apesar do distanciamento, não ficará imune ao debate, o que pode ser percebido tanto por reportagens jornalísticas, quanto pelas discussões que ocorrem no interior da Câmara Municipal. O manuseio dos livros das atas da Câmara e dos atos do ecutivo, principalmente, permite a percepção de que a elite uberabinhense, desde a constituição do município em 1888, devotava boa parte de seu tempo a questões relacionadas com higienização urbana, controle do trabalho, disciplinamento social e com o espaço que deve ser reservado à educação, considerada a instituição redentora do passado e capaz de promover o progresso, sempre anunciado nos debates. Para que se tenha uma idéia da riqueza e da atualidade das discussões que ocorriam na Câmara, basta lembrar que a a primeira lei republicana do estado de Minas Gerais relativa à educação é a reforma Afonso Pena, de agosto de 1892. Mas a Lei nº 1 de Uberabinha, de abril de 1892, já dispunha sobre a educação pública na cidade. Esta lei e os regulamentos que lhe sucedem, até o ano de 1905 (esta data é usada como termo em função da reforma João Pinheiro, em 1906, ter estabelecido uma nova fase para a educação mineira, com a implantação dos grupos escolares), serão analisados procurando-se estabelecer contraponto entre ordem social e projeto educacional.

DIFERENTES GERAÇÕES DE IMIGRANTES E EDUCAÇÃO:Uma opção metodológica

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Zeila de Brito Fabri DemartiniUniversidade de São Paulo-USP

Universidade Estadual de Campinas -UNICAMP

Esta comunicação discute a importância da abordagem de gerações sucessivas de famílias de imigrantes para o estudo das vivências, representações e dilemas de diferentes grupos no tocante ao campo educacional em seus "novos" contextos de inserção. Pautamo-nos em estudos realizados em São Paulo, em que acompanhamos as trajetórias de dois grupos diferenciados de imigrantes (japoneses e portugueses) durante este século, através das narrativas das diferentes gerações de famílias que chegaram a esta metrópole no início do mesmo. Trabalhamos com documentos diversos (escritos, orais e iconográficos) mas as histórias de vida dos membros de diferentes gerações têm sido a fonte privilegiada. Consideramos relevante uma análise comparativa de gerações das famílias de imigrantes, pois através dela podemos observar as trajetórias de cada grupo no campo educacional, as continuidades e mudanças vivenciadas por cada geração no contexto paulistano. Desta forma, apreendemos os significados atribuídos à escola nacional, à escola "estrangeira", aos diferentes níveis de ensino, à educação da mulher, assim como, a participação de cada geração na estruturação do ensino público e na criação de escolas particulares. (CNPq)

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IDÉIAS PEDAGÓGICAS E PENSAMENTO EDUCACIONAL

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OS FANTASMAS NÃO MORREM: Reflexões acerca da teoria do capital humano

Anselmo Alencar ColaresUniversidade Federal do Pará-UFPA

Universidade Estadual de Campinas- UNICAMPMaria do Socorro Costa Coelho

Universidade Federal do Pará -UFPA. Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

A presente comunicação visa contribuir para com a reflexão acerca de formulações teóricas que fortemente influenciaram as práticas educacionais no período do regime militar (1964-1985), como a Teoria do Capital Humano, chamando a atenção para o fato de que continuam presentes em nossos dias, mesmo que sob novas roupagens. Nos últimos anos, a educação brasileira tem sido alvo de mudanças significativas, independente do conceito valorativo que a elas possamos atribuir. É o caso, por emplo, de toda a nova legislação que rege o sistema nacional de ensino, em consonância com os preceitos da Constituição de 1988 e da Lei 9.394/96, atual LDB. No bojo desta legislação, alguns princípios progressistas foram consagrados e incorporados nos textos legais. Entretanto, neles também há continuidades. Daí porque consideramos como tarefa do professor e do pesquisador em História da Educação estar sempre atento para as lições do passado para que possa melhor se integrar nos acontecimentos do presente. Entendemos que só faz sentido recorrermos ao passado se este for entendido como a chave explicativa de situações do presente, não como uma mera causa de um efeito hoje sentido, mas como um elo de ligação da corrente contínua que é a história. Assim, a História da Educação, se for trabalhada na perspectiva de auxiliar na formação crítica do educador, pode ser um importante instrumento na continuidade das lutas que foram e continuam sendo travadas, no sentido de tornar o mundo mais humano.

ANÍSIO TEIIRA E A DÉCADA DE 30 NO BRASIL: Uma tentativa de entender a relação educação e sociedade

Aparecida FavoretoUniversidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

O objetivo deste texto é fazer uma análise sobre o projeto de reforma educacional elaborado por Anísio Teiira durante a década de 30 no Brasil, no qual o autor defendia a construção de um sistema de educação laico, gratuito e

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nacional. É preciso salientar que as questões educacionais não se fazem fora do contexto social. Nesse caso, a discussão do tema proposto se fará por duas vias complementares: 1) uma explanação sobre a concepção de educação, homem e sociedade do autor e, 2) algumas reflexões sobre os rumos econômicos, políticos e sociais do período e, consequentemente, a tentativa de entender quais eram as questões do período que impulsionavam diversos pensadores a escreverem sobre o ideal de renovação e reconstrução da sociedade brasileira via educação.

DA ORDEM EDUCACIONAL À CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA (UBERABINHA-MG 1920-1930)

Carlos Henrique de CarvalhoUniversidade Federal de Uberlândia - UFU

Universidade de São Paulo - USP

Trata-se de um estudo a respeito da temática educacional, na cidade de Uberabinha-MG, hoje Uberlândia, no período compreendido entre 1920 e 1930, tendo por objetivo identificar nos jornais da época as discussões em torno da educação, sendo ela considerada a responsável pelo engedramento de alguns valores, tais como: ordem, progresso, civismo e cidadania, dentre outros. Além do mais, foi possível perceber a preocupação, nos periódicos, com o problema da organização social no município, em decorrência do crescente processo de urbanização, estando reservada à educação a missão de orientar a população na direção da ordem, do progresso e da civilidade, elementos imprescindíveis à construção da nação brasileira. Portanto, cabia à educação a responsabilidade da formação do indivíduo, tornando-o apto para no sentido de promover o progresso dessa mesma sociedade, tanto material quanto moral. Deste modo, ao se propor educação para todos, estava se colocando ao alcance da sociedade o veículo de acesso ao ercício consciente da civilidade, o que implicava numa série de direitos e deveres. Objetiva-se, então, delegar à educação a função de transmitir os elementos necessários para o estabelecimento de uma sociedade que estivesse amalgamada pelo binômio liberdade-igualdade.

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ORDEM E PROGRESSO: UM ANSEIO PEDAGÓGICO(UBERLÂNDIA, MG – 1920-1945)

Círian Gouveia MáximoUniversidade Federal de Uberlândia - UFU

Wenceslau Gonçalves Neto Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Universidade de São Paulo - USP

Com essa proposta de trabalho pretendemos interpretar algumas falas presentes em várias matérias publicadas pelos jornais uberlandenses, procurando identificar qual a concepção de educação veiculada na cidade. Temos como fonte maior os principais periódicos que circulavam em Uberlândia, MG, entre 1920-1945: A Tribuna, O Estado de Goiaz, O Reporter e Correio do Triângulo, particularmente quanto suas reportagens se referem à educação. Já reunimos, até o momento, um conjunto de 100 referências. Devido ao fato da imprensa traduzir os anseios, as desilusões e as esperanças presentes no cotidiano da sociedade, onde vários agentes sociais estão presentes em suas páginas (pais, professores, literatos, alunos, políticos), revelam questões essenciais, concernente ao campo educativo num determinado período, possibilitando fazer e refazer leituras dessas fontes. Assim, decidimos trabalhar com o período de 1920 a 1945, pois nele encontramos as matérias jornalísticas ligadas à educação, alçando-a como “mola mestra”, capaz de conduzir o país rumo ao progresso, tanto social, como político e econômico, culminando em companhas para a propagação da instrução. Os jornais trazem em suas páginas, além de questões corriqueiras, preocupações maiores, relativas ao progresso social e material da cidade. A educação deveria formar solidamente a conduta dos indivíduos, prescrevendo regras que estariam em conformidade com a harmonia social. Essa interdependência, entre o progresso e a ordem, pode ser percebida nos artigos desses jornais, ao considerar a ordem como condição permanente do progresso, e este constituindo-se, sempre, no objetivo daquela; ou seja, o progresso não é compreendido senão numa sociedade onde a ordem assume um estado de maior perfeição

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CAIO PRADO JÚNIOR: Um organizador da cultura

Dalcy da Silva Cruz Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

O itinerário que articula os vários caminhos percorridos por Caio Prado Júnior, seja do ponto de vista da Política, seja da sua produção intelectual, coloca-o numa posição de destaque na produção/organização da cultura no Brasil. Seu pensamento plasmado na reflexão sobre a formação e a realidade brasileiras, confere-lhe a condição de desmistificador e produtor da historiografia. O saber por ele produzido, ganha uma amplitude mais significativa, se considerado no seu sentido lato, um educador. Nesse aspecto, seu engajamento político aliado à militância intelectual, revela um perfil do intelectual gramsciano como organizador da cultura. Conforme o pensador italiano esse papel organizativo do intelectual, deve ser buscado na classe à qual pertence ou pela qual fez opção. Caio Prado Júnior parece corresponder ao conceito que Gramsci construiu sobre intelectual, pela prática desempenhada ao longo de sua vida, a qual demonstra, em seu sentido amplo, a conexão com um projeto de transformação da sociedade brasileira. Sua presença na cena cultural, foi uma constante marcando o debate político, ideológico e no âmbito da cultura, indicando sua articulação nesse campo bem como no aspecto da educação.

CONGRESSO AGRÍCOLA DO RIO DE JANEIRO DE 1878, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE

Elenita Conero Pastor ManchopeUniversidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

O objetivo deste trabalho é entender as condições e necessidades históricas que levaram a sociedade brasileira do final do século XIX a pensar na criação e reformulação da escola, principalmente no que se refere a Escola Normal. Partindo do pressuposto que a educação é expressão da prática social, procura-se refletir sobre as discussões educacionais ocorridas no Congresso Agrícola do Rio de Janeiro em 1878 em relação as questões sociais, econômicas e políticas do período. Nesse caso, o desafio é compreender os idéias educacionais dos congressistas, levando em consideração às angústias

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sociais transferidas para a educação naquele momento em que a sociedade brasileira ingressava em novo patamar do capitalismo.

TRABALHO/QUALIDADE NA EDUCAÇÃO "PÓS-MODERNA"

Flávia Cristina Ribeiro de AragãoUniversidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Levando-se em conta alguns temas básicos do pensamento marxista – a divisão do trabalho, as condições de trabalho na sociedade capitalista da modernidade - gostaria de explicitar concepções sobre trabalho/qualidade sob a ideologia do capitalismo na era pós-moderna, partindo de alguns dos temas da obra de Marx e Engels que estariam a sugestionar tais questões. Tomada como referência cronológica a era moderna, no que se refere à população trabalhadora , principalmente quanto aos setores sociais mais organizados, era muito comum, no século passado (e ao mesmo tempo próximo) que a sociedade, ainda moderna, elegesse a educação como sendo um dos instrumentos eficazes para se lutar contra a opressão e para se construir a identidade de um povo, face ao fenômeno da globalização que hoje bem se instaura, como sabemos. Procurava-se, mais do que nunca, a alguns anos atrás, ampliar o leque das oportunidades sociais, demonstrando que a população, desde o início da era moderna, não desenhara na história uma trajetória caracterizada pela submissão aos patrões mais ricos ou pela apatia, como é assumido por alguns discursos daqueles teóricos e intérpretes de um “novo paradigma”. Pretendo, assim, junto a Pablo Gentili e em contexto "pós-moderno", expor algumas questões referentes ao discurso da “qualidade” no âmbito da educação, bem como sinalizar as novas retóricas conservadoras no campo educacional, cujo discurso tem aliciado vários adeptos a essa “ideologia”, dentre as classes sociais, discurso esse que nada tem de “novo” para a classe trabalhadora.

MOVIMENTOS EDUCACIONAIS EM UBERABINHA: Entusiasmo educacional e otimismo pedagógico (1919 – 1930)

Flávio César Freitas VieiraUniversidade Federal de Uberlândia – UFU

Carlos Henrique de CarvalhoUniversidade Federal de Uberlândia – UFU

Universidade de São Paulo- USP

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Os objetivos desta pesquisa foram relacionar o processo educacional de Uberabinha, nos anos vinte, ao processo nacional, fundamentando-se na perspectiva de Jorge Nagle da existência dos movimentos educacionais: o entusiasmo educacional e o otimismo pedagógico. Para a realização desta pesquisa utilizou-se de diversos autores relacionados com o processo educacional estadual e nacional, para melhor caracterização do momento sócio-econômico e político local. Buscou-se também, a fundamentação teórica para a utilização da imprensa periódica, como fonte primária e instrumento de investigação histórica vinculado ao processo educacional. Utilizou-se do jornal semanário A TRIBUNA, no período enfocado. Recorreu-se principalmente, em NAGLE (1976), para caracterização do processo de identificação dos dois movimentos educacionais: o entusiasmo educacional e otimismo pedagógico. Nos resultados constatou-se que a Educação em Uberabinha, no período enfocado, fundamentava-se nos princípios do positivismo republicano, os quais defendiam a Educação como coluna para a consolidação do processo de modernização na sociedade. A sociedade uberabinhense, através de agentes públicos e privados empenhou-se e alcançou, nos anos vinte, um percentual menor de analfabetos, em comparação as médias estadual e nacional. O número de estabelecimentos de instrução, de vagas escolares e do orçamento municipal gasto com a instrução quase dobraram de fato, no período enfocado. Comprovou-se, neste estudo, que a sociedade uberabinhense promoveu, em um primeiro momento, mudanças substanciais no desenvolvimento do processo educacional municipal, fundamentada nos elementos característicos do movimento educacional do entusiasmo pela educação. Associada a essas alterações são mescladas as ações vinculadas do movimento do otimismo pedagógico, proveniente em maior proporção das ações estaduais que objetivam reformar o ensino em Minas Gerais por meio de transformações legais, políticas e administrativas.

EM BUSCA DE CRITÉRIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS PARA AS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA NO ATUAL CONTEXTO

Francisco BaccarinCléia M. da Luz Rivero (orientadora)

Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

No presente trabalho, buscamos configurar – a partir de suas origens - algumas influências decididas sobre concepções e práticas de Educação à Distância tidas como eficientes/inovadoras no âmbito das tecnologias na

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educação, bem como na perspectiva de desenvolvimento de ações pedagógicas, consideradas desejáveis na ampliação de oportunidades de educação/de ensino/de aprendizagem para formação à distância de professores. Em função das visões/concepções e de modalidades usuais presentes em programas/cursos de Educação à Distância (EAD) já em desenvolvimento, buscamos explicitar critérios/características de ações que possam contribuir para acentuar o cultivo de resistências permitindo que tais ações possam vir a ser consideradas pedagógicas, reduzindo-as a meras e restritas práticas instrucionais mecanicistas de treinamentos à distância, cujos propósitos em suas tendências estão longe de propiciar tanto “educação” quanto “aprendizagem”, aos quais se destinam.

AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NUMA PERSPECTIVA TEÓRICA: Interfaces entre o real e o simbólico

Gema Galgani da FonsecaGeraldo Inácio Filho

Universidade Federal de Uberlândia- UFU

Face às demandas de transformação do homem moderno buscamos encontrar através do mundo das representações sociais, os subsídios necessários à compreensão geral dessa realidade dinâmica e interacional (coletiva, individual, social e psíquica). Isto por sua vez implica entrarmos em contato com as várias correntes de pensamento e os diversos referenciais teórico-conceituais que envolvem essa área de conhecimento, pois só assim acreditamos poder escolher o pressuposto filosófico que melhor e mais coerentemente fundamente essa pesquisa. OBJETIVO: Tem-se como propósito desenvolver um panorama geral sobre os conhecimentos que contribuíram para a consolidação das pesquisas em representações sociais destacando interfaces entre o real e o simbólico. Nesse processo o objetivo centra-se na análise da construção das consciências e da vida representativa, na necessidade da construção ética e da prática pedagógica, abordagens pelas quais consideramos integrar a discussão e compreensão dialética e dinâmica da formação do educador vista através das representações sociais. METODOLOGIA: Para isso, realizamos uma retomada histórica às áreas das ciências sociais que integraram esse processo e apresentamos especificamente uma caracterização da perspectiva Moscoviciana, vertente pela qual buscamos os fundamentos necessários à construção das análises das representações

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sociais sobre essa perspectiva psicossociológica. RESULTADOS: Ao basear-se na teoria moscoviciana não limitamos esse estudo de outras interpretações, e sim estabelecemos, face às perspectivas de formação docente, a consideração da diversidade dos contextos que se articulam na compreensão dialética e contraditória do real. O discurso científico propagado entre as Entidades Acadêmicas e seus representantes tem sido motivo de acirrados embates, sendo que no encontro das forças do que é coletivo, reificado e consensual; o homem tende a buscar o sentido do conhecimento adquirido e/ou tende negligenciar e mascarar suas responsabilidades e incompetência face os desafios atuais.

O DIÁRIO DOS CAMPOS E SUAS REPRESENTAÇÕES SOBRE O ENSINO

Janaína de Paula do Espírito SantoUniversidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG

Maria Isabel Moura Nascimento (orientadora)Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG/UNICAMP

A pesquisa visa resgatar o compromisso inicial da imprensa através do artigos do jornal do Diário dos Campos, enquanto fonte de pesquisa para a História da Educação brasileira no período histórico de 1914 a 1924. A escolha desse período histórico explica-se, pelo fato que este estudo é parte integrante da pesquisa de doutoramento, na qual investigamos a formação das primeiras escolas Normais nos Campos Gerais-PR e nesse sentido, voltamos o nosso recorte para a imprensa, onde com freqüência nos periódicos, os inspetores de ensino publicavam seus relatórios. Além disso, a imprensa do início do século é aberta aos leitores e recebe grande número de colaborações e entre vários artigos centram na situação e importância do ensino. O período estudado se caracteriza por entusiasmo educacional, marcado pelo ressurgimento de concepções liberais que punham no ensino o papel de transformação social. O projeto pedagógico que objetivava a regeneração do país nos parâmetros liberais acaba por orientar muitas das interferências feitas pelos periódicos. Preocupa-se na época, especialmente com a questão do analfabetismo, o chamado “câncer social”, o que acaba por fomentar a construção de novas escolas e investimentos na formação dos professores. O jornal é encarado como um veículo de circulação rápida das idéias que permeavam a sociedade naquele contexto histórico é para nós fonte primária, que estamos priorizando para a compreensão da instrução pública. Neste

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sentido, as informações vinculadas na imprensa permitem-nos melhor compreensão de qual a concepção era estabelecida pela sociedade desta época, enquanto norteadora de suas práticas. Resgatar algumas das concepções e presentes na produção jornalísticas é, então, a preocupação inicial da pesquisa.

A PRESENÇA DO ESCOLANOVISMO NA FORMAÇÃO TEÓRICA DO PENSAMENTO DE INEZIL PENNA MARINHO

Jânio Costa

Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS

Renova-se, entre os estudiosos da historiografia educacional brasileira, o interesse pelo movimento escolanovista. Identificado com o positivismo, sobretudo com aquele que se desenvolve nos Estados Unidos, o ideário escolanovista influencia a formação dos principais educadores brasileiros, na primeira metade do século XX. Sua influência será sentida não, apenas, nos domínios da ciência da educação. O movimento mobiliza intelectuais das mais diferentes áreas; pessoas envolvidas diretamente ou não com o problema da educação; gestores e instituições públicas; empresários da educação, pais, etc. Quase sempre, subestima-se a importância da Escola Nova. Contudo, é por obra desse movimento, que a pedagogia moderna conhece a forma plena do seu desenvolvimento. Trata-se, portanto, de um movimento fundamental para a compreensão da escola contemporânea. Como colaboração aos estudos acerca do escolanovismo, é que o texto a ser apresentado no V Seminário HISTEDBR foi pensado. Ele resulta de parte da pesquisa que o autor realiza em seu curso de doutoramento. O mesmo analisa-se, nesta pesquisa, a presença das idéias escolanovistas no pensamento e na produção de um dos mais importantes teóricos da Educação Física no Brasil: Inezil Penna Marinho. Autor de um conjunto significativo de obras, este educador brasileiro sofreu, na fase mais importante de sua produção, compreendida entre as décadas de 30 e 50, influência direta do movimento escolanovista. Motivado pelo escolanovismo, Penna Marinho milita de forma decisiva em favor do reconhecimento da educação física enquanto uma disciplina fundamental ao currículo da escola pública; propaga, com seus escritos e com seu trabalho, a idéia, escolanovista por excelência, da “educação integral do homem”, bandeira recorrente no âmbito do debate pedagógico moderno; difunde a recreação e os jogos lúdicos como conteúdos fundamentais da educação física escolar, fazendo, com isto, oposição direta à concepção “tradicional”, baseada na ginástica. Busca, nos principais

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intelectuais da Escola Nova, muitos dos quais foram seus amigos pessoais, a fundamentação filosófica e pedagógica ao seu pensamento.

O IDEÁRIO PEDAGÓGICO DE BENJAMIN CONSTANT

João Carlos da SilvaUniversidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Pesquisa em andamento que visa discutir numa perpectiva histórica, o ideário pedagógico de Benjamin Constant Botelho de Magalhães (1836-1891). Augusto Comte erceu forte influência em suas idéias. A filosofia comtiana idealiza um homem prático, empirico e empreendedor, através da valorização de uma educação utilitarista. Exalta o científicismo como passo decisivo na transformação da sociedade. Convicto desses princípios, Benjamin Constant elabora seu pensamento educaional a pontando para a filosofia positivista como solução aos problemas enfrentados pela sociedade brasiliera, no campo educacioanl. Criado o Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos em 1890, om novo cargo foi a Benjamin Constat, cuja função correspondia aos seus mais caros projetos políticos que finalmente via a oportunidade de colocar em prática seus planos de reforma do ensino, inspuirados nos ideais positivistas. Para ele, escola e o processo pedagógico deve desempenhar um papel fundamental no sentido de estabelecer uma nova sociedade, a partir de uma ampla reforma das instituilções em consonância com o movimento de modernização da sociedade brasileira. Neste prima, segundo Cosntat, há que formular uma nova filosofia, uma moral que expressasse o poder da indústria emergente nos países centrais. Embora Benjamin Constat admitisse algumas dificuldades na implementação das sias idéias, como decorência da falta de infra-estrutura e da precariedade do sstema educacioanl brasieio, é inegável de Constant no acumulo das discussões e debates acerca da organização do ensino no Brasil.

A EDUCAÇÃO ESCOLAR E O IMAGINÁRIO URBANO UBERLANDENSE

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José Carlos Souza AraújoUniversidade Federal de Uberlândia - UFU

O objeto desta é resgatar a significação que a educação escolar

assumiu na cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, Brasil, na imprensa local, nos inícios do século XX. Para tal, as fontes dessa pesquisa restringir-se-ão ao jornal “O Progresso”, que circulou a partir de setembro de 1907 na referida cidade. Uberlândia (denominada por Uberabinha até 1929) nasceu animada pelas idéias de progresso e de civilização, havendo expressamente no referido jornal o anseio de que ela se tornasse uma cidade-modelo. Embora o primeiro povoamento date de meados do século XIX, 1888 é a data de municipalização da referida localidade. E a imprensa que se inaugura nos inícios do século XX, está preocupada em fazer nela pulsar o movimento educacional, comercial, industrial, político, literário e social tanto nacional, como municipal. De uma maneira geral, chega o jornal a registrar uma evolução enorme na construção e conservação das cidades: é o período em que no Brasil a cidade se apresenta como palco da vida social de um modo geral. A vida rural deixa de ser referência, e à cidade cabe ocupá-la, apesar do predomínio de habitantes pertencer ainda à zona rural. E a imprensa local expressa isso com otimismo, seja no campo dos melhoramentos materiais, seja no campo da educação escolar. Em todos esses aspectos, é constante o elogio à vida citadina. É nesse enquadramento que se insere a educação escolar. É nesse discurso direcionado para o futuro, para o vir a ser da sociedade uberlandense, que se situa o imaginário em torno da educação escolar.

O PENSAMENTO DE MANOEL BONFIM EM "LIÇÕES DE PEDAGOGIA SOBRE A CULTURA FÍSICA

José Tarcísio GrunennvaldtDamião De Oliveira

Universidade Federal de Sergipe-UFS

O estudo ora em desenvolvimento pretende situar de modo geral a obra sociológica de um dos pensadores mais originais do Brasil e, pelo fato de ser original e fecundo pagou um preço muito alto junto aos ícones do seu tempo pela divergência em vários pontos de vista, na medida em lançou mão de um contra discurso para desvelar e interpretar a realidade e o atraso social do Brasil. No tocante a sua obra sociológica, pretende-se identificar quais eram os principais pontos de divergência das teses do autor em comparação

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aos postulados ou ideologias formuladas pelos grandes cânones que dominavam o pensamento hegemônico da época. Manoel Bomfim destacou a educação popular como um elemento fundamental e criou perspectiva para tirar o país do atraso em que se encontrava. Sua contribuição foi significativa na elaboração e consolidação do pensamento pedagógico brasileiro, e em vista da importância que essa passa a ter, busca-se resgatar no conjunto de sua obra educacional o conceito de educação e educação física. Esse último será apreendido a partir da obra Lições de Pedagogia: teoria e prática da educação publicada em 1915, onde o autor dedica dois capítulos à cultura física.

AS PRÁTICAS EDUCATIVAS PRODUZIDAS PELO MST E SUAS RELAÇÕES COM O RURALISMO PEDAGÓGICO

Luiz Bezerra NetoUniversidade Estadual de Campinas- UNICAMP

Ao estudarmos as propostas educacionais elaboradas pelo movimento denominado ruralismo pedagógico, percebemos que muitas delas se fazem presentes no interior do movimento dos trabalhadores rurais sem terra, sobretudo quando estes a emplo daqueles, fazem a apologia de uma formação integrada do trabalho intelectual com o trabalho braçal, de acordo com a realidade do homem do campo, com vistas à sua fixação à terra como forma de viabilizar suas lutas pela reforma agrária, e por melhorias na qualidade de vida do trabalhador em geral.Nesse sentido, discutir os problemas do ruralismo pedagógico é, antes de tudo, abordar um tema que embora tenha sido amplamente debatido, ainda demanda bastante interesse, visto que o MST, que vislumbra em seus ideários, a possibilidade da construção de uma sociedade socialista, fundamenta muitas de suas reivindicações, nas bases teóricas oriundas das propostas dos educadores ruralistas daquele período. Como os educadores ruralistas tinham consciência das dificuldades de implantação de um ensino tipicamente rural, sem a anuência ou principalmente o empenho de professores que se dedicassem a viver e ensinar ao homem do campo, as coisas que lhe são próprias, propuseram a criação de escolas normais rurais e escolas profissionalizantes voltadas para o ensino das coisas do meio rural, discutidas neste trabalho. Para os educadores do MST, tal como pensavam os ruralistas do início do século, os problemas atuais da educação rural se dão principalmente porque os professores que trabalham nesse meio são preparados para atuar no meio urbano, com material típico do setor urbano.

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Sendo que para o Movimento Sem Terra, a educação deve constituir-se num meio através do qual o trabalhador possa fixar-se no campo.

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO “RUI BARBOSA” E O NOVO IDEÁRIO PEDAGÓGICO

Luzia Cristina Pereira BritoUniversidade Federal de Sergipe-UFS

A presente pesquisa visa analisar a difusão do ideário escolanovista e a transformação da Escola Normal em Instituto de Educação “Rui Barbosa” à luz da legislação e dos reflexos na prática pedagógica dos professores no período de 1930 a 1957. Por constituir-se o “lócus” privilegiado da formação do magistério primário no Estado de Sergipe, foram empreendidas nessa instituição várias modificações nos seus aspectos estruturais e pedagógicos, fruto do entendimento que os governantes da época tinham a respeito da educação e da formação do professor. Para a efetivação desse estudo realizou-se análise dos documentos disponíveis na escola e no arquivo público e entrevistas com professores e alunos do período. As informações são elucidativas das mudanças empreendidas para melhoria do curso, refletindo os debates que vinham ocorrendo no país, sobretudo a partir da década de 20, quando a tendência escolanovista ao contrapor-se à tradicional, até então dominante, ganhou destaque na educação brasileira.

A CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA NA LITERATURA INFANTIL

Maria Cristina Rosa Wenzel Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

A construção da idéia de infância que, a partir do século XVI, conheceu uma importante mudança, ou seja, a consideração pelo adulto da especificidade da criança, acabou por aprisioná-la nesta especificidade enquanto fase de desenvolvimento. A partir do século XIX, a cumplicidade entre o artesão anônimo e a criança desaparece: escritores e ilustradores se dirigem cada vez mais à criança através da mediação ilegítima das suas próprias preocupações, das modas predominantes e dos discursos pedagógicos. Para Benjamin, nada é mais ocioso que a tentativa febril de produzir objetos – material ilustrativo, brinquedos ou livros – supostamente apropriados às crianças. Todo este arsenal pedagógico, bastante útil para o mercado editorial

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e a indústria cultural do brinquedo, pode colocar-se como um obstáculo entre a criança e o mundo a ser explorado, experimentado, justamente por dificultar a capacidade imaginativa. A criança não precisa mais imaginar, os brinquedos brincam por ela, os livros adaptados ao que seria sua percepção, percebem por ela. Ao privilegiar a “moral da história” dos contos e fábulas, deixamos de considerar que “as crianças se divertem muito mais com os animais que falam e agem como os homens que com os textos mais ricos de idéias”. Carlos Drummond de Andrade ao pensar sobre a literatura infantil questiona: será a criança um ser à parte, estranho ao homem, e reclamando uma literatura também à parte, ou será a literatura infantil algo de mutilado, de reduzido e desvitalizado, porque coisa primária, fabricada na persuasão de que a imitação da infância é a própria infância? Mas esta pergunta só pode ser respondida empiricamente através da análise de livros produzidos para o público infantil. Refletindo sobre as críticas e dúvidas de Benjamin e Drummond, que também são as nossas, apresentamos uma análise da Série "Estórias para pequenos e grandes" de Rubem Alves e alguns livros selecionados de Maria Dinorah.

A PESQUISA ACADÊMICA E A HEGEMONIA DO CAPITALISMO

Maria de Lourdes Pinto de AlmeidaCentro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL

A classe detentora do capital “monopoliza” a cultura, a ciência e a arte. Nesse sentido, a ciência torna-se meio de apropriação e expropriação econômico e cultural. Contudo, os intelectuais apropriando-se do conhecimento e detendo os instrumentais para produzi-lo e transmiti-lo contribuem para explicar, conservar ou transformar a sociedade na qual estão inseridos. A universidade, na sua correlação com os meios de produção material, reproduz e corresponde às necessidades sociais, conforme as influências dos grupos organizados defensores de interesses de classes. A universidade apresenta-se como fator superestrutural, mas está intrinsecamente ligada ao setor produtivo. Tanto no sentido em que se constitui como empresa, como no de que produz saberes ligados ao incremento técnico diretamente relacionado com a produção científica e cultural.

MUDANÇA SOCIAL E EDUCAÇÃO NOS ANAIS DA PRIMEIRA

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CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE 1927

Maria Inalva GalterUniversidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Essa pesquisa tem como objetivo entender as razões históricas que levaram os participantes da Primeira Conferência Nacional de Educação ocorrida no ano de 1927 (Curitiba), a debaterem acerca da importância da organização da educação pública para a sociedade da época. Partimos do pressuposto de que as propostas educacionais debatidas nesta Conferência expressam as preocupações com relação à modernização da sociedade brasileira. Nossa maior preocupação consiste em investigar os discursos sociais na tentativa de compreender a relação entre mudança social e educação. Utilizaremos com fonte para essa pesquisa os Anais da Primeira Conferência Nacional de Educação, bem como autores contemporâneos ao período delimitado para estudo.

EDUCAÇÃO ESCOALR E A FORMAÇÃO DA NACIONALIDADE BRASILEIRA NO SUBSTITUTIVO DO DEPUTADO JOSÉ AUGUSTO

(1915)

Marta Maria de AraújoUniversidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN

Aborda um capítulo da História da Educação no Brasil, que tem como a principal fonte o texto substitutivo do deputado federal José Augusto, apresentado ao Congresso Nacional em 1915, quando da votação do projeto da Reforma Carlos Maximiliano. O exame do texto substitutivo evidencia um momento da luta social empreendida, ainda nos anos de 1910, pelos precursores do Movimento Renovador Educacional , Movimento esse representado por José Augusto, Manoel Bomfim, Antonio Carneiro leão, Antonio Sampaio Dória, Heitor Lyra da Silva, Vicente Licínio Cardoso, Antonio Caetano de Campos, Afrânio Peixoto e Teiira Brandão, dentre outros. Contrário à Reforma Carlos Maximiliano, por promover o ensino secundário e superior, o substitutivo de José Augusto, de feição pragmática e utilitarista, preconizará uma reforma voltada prioritariamente para a instrução primária, sem desconsiderar os níveis escolares da educação feminina, técnica e normal, além da secundária e superior, dentre outras preposições.

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HISTÓRIAS DO ERCÍCIO DA PROFISSÃO DE “SER PROFESSOR”

Rejane Maria Ghisolfi da SilvaUniversidade Federal de Uberlândia-UFU

Universidade Metodista de Piracicaba- UNIMEP

Os modelos racionalistas de ensino priorizavam entre as diversas vias de investigação a realização de pesquisas que procurassem: - elucidar as características do bom professor; - definir os melhores métodos e técnicas de ensino; - analisar o ensino com base no chamado paradigma processo-produto. Muitas dessas pesquisas relacionadas a profissão docente, reduziam-na a um conjunto de competências, capacidades e técnicas tratadas de forma uniformizada. Estas foram, sem dúvida, importantes no contexto vivido, todavia o processo identificatório da profissão docente, ficava a margem das investigações e este se constitui de suma importância para a profissionalização do ensino. É de interesse desta pesquisa resgatar este processo aliando no mesmo os aspectos pessoais aos profissionais. Isto porque, o processo de construção de uma identidade profissional própria não é estranho ao modo como cada pessoa se constitui professor, a singularidade de sua história e sobretudo ao modo singular como age, reage e interage com os seus contextos. É nesta perspectiva que busco identificar, analisar e compreender as interações entre o processo de constituição do professor e sua ação pedagógica. Para o desenvolvimento do trabalho optou-se pela realização de entrevistas semi-estruturadas e questionários descritivos com questões abertas, as quais partem dos seguintes direcionamentos: a formação e a ação do professor investigado. Estão sendo entrevistados professores formadores ligados a área de Educação em Química de universidades públicas e particulares. Em um primeiro momento propõe-se iniciar a abordagem com a reunião dos dados, sendo que os mesmos não se constituem em dados como tais, mas como discursos. Posteriormente, será construída a categorização temática e logo após procurarei recortar as unidades discursivas, respectiva transcrição e categorização temática, entrevista a entrevista. Quanto ao referencial teórico-metodológico da pesquisa, analiso referenciais das Ciências Humanas/Sociais e de narrativas. Buscarei inspiração principalmente nos postulados Vygotskyanos que propõe uma abordagem original e consistente para a constituição e o desenvolvimento humano. Desta forma o trânsito se fará fundamentalmente entre os autores Vygotsky, Bakhtin e Benjamin.

NATUREZA DA INVESTIGAÇÃO NARRATIVA

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Rosália Maria Ribeiro de AragãoUniversidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

Tem sido cada vez mais freqüente uso da investigação narrativa em estudos e pesquisas sobre a experiência humana. De forma tal que, podemos dizer, esta já tem longa história intelectual e acadêmica dentro e fora da educação. Dentre as razões que explicam, de forma mais convincente o uso da narrativa na investigação educativa, encontram-se as de Connelly e Clandinin(1995) quando ressaltam que nós - os seres humanos - somos organismos contadores de histórias organismos que, individual e socialmente, vivemos vidas relatadas. Sendo assim, para eles, o estudo da narrativa é o estudo da forma pela qual nós experimentamos o mundo. Em outro âmbito, mas neste sentido, Ribeiro(J.U.,2000, Espaço Aberto - Entrevista, GloboNews) afirma que na vida não há fatos, o que há são histórias...É dessa idéia geral que decorre uma das proposições atuais definidoras da educação como a ' construção e re-construção de histórias pessoais e sociais' da qual buscamos tratar na presente comunicação, ressaltando a sua natureza histórica, na perspectiva de compreensão da história oral. Buscarei explicitar que, no âmbito da consideração de documentos processuais no curso do ensino/educação, há lugar para o 'documento histórico' da história do presente. Tanto os professores quanto os alunos são contadores de histórias e também personagens não só das histórias dos demais mas das suas próprias histórias. Além disso, em termos metodológicos do ensino o que há são apenas boas histórias do ensinar e do aprender.

EDUCAÇÃO E CULTURA BRASILEIRA: O caso "Jean des Boulez"

Rute Teiira SaloméUniversidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

O objeto desta pesquisa é o processo de formação da cultura brasileira no século XVI. Este processo é analisado através das representações da sociedade protuguesa, postas em questão pela presença calvinista. A sociedade portuguesa representava o mundo numa forma religiosa. O calvisnismo infirma posições teológicas católicas, abalando em conseqüencia as próprias representações sociais. O caso Jean des Boulez ilustra o problema cultural em destaque. A pesquisa se baseia na documentação inquisitorial do caso e em estudo que o tema se fizeram . A metodologia empregada se apóia em autores da micro-história.

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PROFISSIONALIZAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: Debate de uma proposta

Samira Saad Pulchério LancillottiUniversidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS

O objetivo deste trabalho é a apreensão e discussão do ideário que se encontra sob a proposta de profissionalização de pessoas com deficiência, um objetivo terminal, da Educação Especial, dificilmente alcançável. Para tanto, efetuamos o levantamento e análise dos artigos, que tratam da questão Deficiência/Trabalho, em três revistas especializadas — Revista Integração, Revista Brasileira de Educação Especial e Temas em Educação Especial — no período compreendido entre 1988 e 1998. A leitura dos artigos indica que a proposta de profissionalização tem sido justificada, no mais das vezes, com base na perspectiva de integração social. Tratamos de compreender e debater a necessidade de inserção, desses sujeitos, no mercado de trabalho, à luz de um quadro mais amplo de referência, a partir da atual conformação da sociedade capitalista. Essa abordagem se justifica por considerarmos que a perspectiva de totalidade é a que favorece uma maior compreensão da questão e é condição para seu enfrentamento. É necessário entender que, no mundo contemporâneo, a dificuldade de inserção no mercado de trabalho não é um problema exclusivo das minorias, tradicionalmente reconhecidas em condições de exclusão, é um problema de todo trabalhador e se estabelece como decorrência das contradições de nosso modo de organização social, que é essencialmente excludente.

A SOCIEDADE BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA E O “DOUTOR”: Um estudo da produção jornalística de Lima Barreto

Silvana Fernandes LopesUniversidade do Estado de São Paulo-UNESP

Nesse estudo procuramos examinar a crítica da educação escolar e da cultura brasileira, durante a Primeira República, na obra jornalística de Lima Barreto. Como os “profissionais da educação” só emergiram no Brasil a partir das décadas de 20 e 30, todo o pensamento educacional, até então, era elaborado e divulgado por publicistas e literatos, entre eles Lima Barreto, que muito opinou sobre os projetos educacionais encaminhados para o debate político-institucional do seu tempo.A partir da análise de sua produção,

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pudemos identificar que a crítica mais acirrada de Lima Barreto é em relação ao ensino superior e, em especial, à figura do “doutor”. Esse autor cunhou a expressão “doutomania” para denominar essa valorização do título na cultura brasileira da época, revelando como esse título adquiriu uma autonomia em relação ao conhecimento. Apesar de todas as críticas que faz, é importante notar que elas acabam reduzidas à má qualidade da educação escolar, ou porque essa educação não preparava para o ercício profissional, ou porque o conteúdo veiculado era superficial, ou mesmo porque o título obtido tinha valor somente na ascensão social. De qualquer forma, o autor não apresenta uma crítica à educação elitista, típica do período estudado, mas à péssima qualidade dessa educação elitista. Isso demonstra, implicitamente e contraditoriamente, que Lima Barreto valoriza aquilo que pretende criticar, acabando por reivindicar uma educação superior ainda mais sofisticada, mais geral e mais erudita do que a que tínhamos no período em análise.

A HISTÓRIA ORAL COMO ARGUMENTO PARA COMPREENSÃO DE UMA VIDA CONCRETA OU DE UMA COMUNIDADE PARTICULAR

Sílvia Nogueira ChavesUniversidade Fedral do Pará-UFPA

Na presente comunicação, busco evidenciar os aspectos que possam situar e caracterizar - em uma prática pedagógica comum investigada por abordagens da história oral - os sentimentos dos entrevistados com relação a essa prática, bem como as utopias que foram sendo construídas ao longo da sua trajetória. A narração harmoniza-se duplamente com a minha intenção de contar, relatar o experienciado e com o meu propósito de elucidar percursos e percalços que constituem a trajetória de processos históricos investigativos de educação. Propósito com o qual o potencial educativo do texto narrativo vem se coadunar, uma vez que as histórias funcionam como argumentos com os quais aprendemos algo essencialmente humano compreendendo uma vida concreta ou uma comunidade particular tal como vividas. Neste caso, são ‘histórias orais’, momentos relatados da vida/experiência concreta (multiplamente determinada) de nossa comunidade/grupo de formadores de professores - no curso da formação continuada de professores – sistematizadas/os para

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constituir um ‘documento histórico’ na perspectiva da história do presente do ensino e/ou da educação.

HISTÓRIA, EVOLUCIONISMO E EDUCAÇÃO: O materialismo científico de Charles Darwin e Thomas H. Huxley

Simone Sartori JaburGuaraciaba Aparecida Tullio (orientadora)

Universidade Estadual de Maringá –UEM

A pesquisa em questão está voltada para a elaboração da dissertação de mestrado em Educação, a ser defendida no presente semestre, pela área de Fundamentos. Tem como objeto a obra de dois pensadores ingleses do século XIX no processo de produção social e desenvolvimento da consciência burguesa. O naturalista Charles Darwin (1803-1882) e sua respectiva teoria sobre a ciência da evolução orgânica e Thomas Huxley (1823-1894), também naturalista e respeitado educador que lutou pela difusão das idéias de Darwin na sociedade lecionando não só em escolas noturnas para operários, mas, através de conferências abertas, para a toda população. Buscar compreender o pensamento dos destes autores é voltar a atenção para a formação de uma consciência em curso, na sociedade industrial que, com a ajuda dos mesmos, dava forma histórica à vida dos homens e à própria educação. A teoria de Darwin tem seus fundamentos na teoria política econômica do século XVIII e XIX expressada na obra de Adam Smith (1723-1790) e Thomas Malthus (1766-1834) pela idéia de competição (lei do mais forte) como luta natural entre os homens. A idéia sobre livre competição na economia de mercado se estendeu à biologia, no século XIX, apresentando um conceito de natureza coerente com a consciência dominante. Huxley foi um grande defensor da teoria de Darwin e lutou para fazer dela o conhecimento científico que deveria impulsionar a instrução na escola como verdade elaborada pela observação dos fatos e pela experimentação.

O DEBATE SOBRE O ENSINO RELIGIOSO E LAICO NA IMPRENSA UBERABENSE (1924-1934)

Sirlene de Castro OliveiraJosé Carlos Souza Araújo

Universidade Federal de Uberlândia - UFU

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Esta comunicação objetiva apresentar os resultados parciais de uma pesquisa sobre o embate travado na imprensa uberabense entre o ensino religioso e o ensino laico no período compreendido entre os anos 1924 e 1934. De um lado, têm-se os liberais na defesa do ensino laico; de outro, os católicos na defesa e fundamentação do ensino religioso. Para tal pesquisa, está se privilegiando a imprensa local como fonte histórica, concebendo-a como instrumento potencializador de informação e de formação de ideologias. Nesse contexto, os jornais “Correio Católico” e “Lavoura e Comércio”, que circularam em Uberaba, MG a partir de 1897 e de 1899 respectivamente, delineiam muito bem o conflito que ocorre no período a nível local. A pesquisa partiu de uma revisão literária sobre a temática, bem como de textos de época que pontuaram o debate. Os periódicos analisados até o momento expõem longos debates com posicionamentos favoráveis e contrários à laicização do ensino público. Como se sabe, tal embate se insere na realidade brasileira a partir do Decreto 119-A de 07/01/1890 que estabelece a separação entre Igreja e Estado e da carta constitucional de 1891, em seu artigo 72 § 6 º, que enunciava a laicização do ensino ministrado nos estabelecimentos públicos. Somente na Constituição de 1934 se define a situação do ensino religioso, tornando-o facultativo.

MANOEL BOMFIM E A HISTÓRIA DA PSICOLOGIA EDUCACIONAL

Sonia Cristina Pimentel de Santana Universidade Federal de Sergipe - UFS

Este trabalho é resultado de nossa pesquisa desenvolvida no Grupo de estudos e Pesquisas História, Sociedade e Educação de Sergipe, sobre a História da Psicologia Educacional. A exposição retrata as atividades e reflexões realizadas por Manoel Bomfim no período de 1897 à 1932. O relato do percurso intelectual necessário para que ficasse evidenciado o compromisso ético com o povo brasileiro. Tendo sua raiz na compreensão da questão educacional e nas características específicas da formação da classe dominante, ficando explicitados suas contradições. A partir desse panorama coloca em prática o seu projeto de nação autônoma utilizando de idéias avançadas para os intelectuais da época na área da psicologia educacional.

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A EDUCAÇÃO MINEIRA DOS ANOS 80

Tânia Maria Teiira Nakamura Universidade Federal de Uberlândia - UFU

O presente estudo trata da Reforma Educacional do Estado de Minas Gerais, durante o governo de Tancredo Neves (1982-1984) e tem como objetivo a análise do contexto histórico no qual emergiu esta reforma educacional e o 1o Congresso Mineiro de Educação ( tido para maioria dos pesquisadores em educação como o grande acontecimento dentro deste processo) , e sua repercussão no processo educacional mineiro da década de 80, tendo o início dessa década, representado como momento histórico dos educadores brasileiros, o movimento dirigido ao repensar da função político-social da escola pública e às possibilidades de democratização do ensino, inseridos na nova situação de abertura política. Importantes debates pedagógicos e movimentos de organização dos educadores, enquanto categoria e formação profissional, marcou o discurso educacional do período. Sendo assim, buscaremos entender a relação poder público estadual e sociedade civil, bem como tentar desvelar a idéia de democratização da educação mineira ,a partir do 1o Congresso Mineiro de Educação. Trabalharemos em nossa pesquisa o projeto de Reforma Educacional do Governo Tancredo Neves e o 1o Congresso Mineiro de Educação, lançando mão da obra de Raymundo Faoro, Os Donos do Poder, onde o autor faz um importante estudo de interpretação do Brasil através da utilização dois conceitos básicos: estamento e patrimonialismo. Para tanto será feito um estudo teórico da bibliografia que aborda o tema, uma análise de documentos oficiais produzidos pela administração estadual mineira, pela Universidade Federal de Uberlândia e pelo município de Uberlândia no tocante à participação no Congresso Mineiro de Educação.

HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO PROGRESSIVA DO PENSAMENTO CIENTÍFICO-PEDAGÓGICO DE UM GRUPO DE FORMADORES DE

PROFESSORES

Terezinha Valim Oliver Gonçalves Universidade Federal do Pará-UFPA

Neste trabalho, procuro reconstituir e analisar os princípios fundamentais que orientaram a prática docente de formação de professores de

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Ciências e Matemática no Núcleo Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico da Universidade Federal do Pará, ao tempo em que nos constituíamos como um grupo de professores/alunos universitários – cada qual como sujeito-sujeito, sujeito-professor e sujeito-professor-formador – que se colocava o desafio da mudança de um processo de formação profissional que não lhe satisfazia e a cujos questionamentos procurávamos saídas, constituindo-nos como grupo em formação. Para a construção dos dados, utilizo-me de documentos escritos, de 1979 a 1995 e de entrevistas de integrantes do grupo, buscando evidenciar nas vozes dos sujeitos o “não-documentado” a “diversidade na unidade” Na literatura usada na época e na literatura atual, busco a compreensão do pensamento adotado/construído naquele contexto e os contrapontos para a construção teórico-prática que possa, de algum modo, contribuir para o ensino, a pesquisa e a formação de professores de Ciências nos dias de hoje, conservando, entretanto uma postura de inacabamento constante, como sustentam MORIN (1995), LARROSA (1998), FREIRE (1999), GONÇALVES (2000) dentre outros autores. Procuro realizar a análise em dois planos, efetivamente imbricados: um, dizendo respeito à formação do professor e outro, aos processos de ensino e de aprendizagem. A análise é feita em três momentos históricos do grupo: o inicial, considerado de 79 a 83; o intermediário, de 84 a 87, aproximadamente, e o último período em análise, compreendendo projetos/ações que visavam a formação de professores e grupos de liderança acadêmica no interior do Estado do Pará, de 87 a 95.

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INSTITUIÇÕES E PRÁTICAS EDUCACIONAIS

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LICEU PARAIBANO, ANOS SESSENTA: Criação histórica, micropoder,

vigilância e punição

Afonso Celso ScocugliaUniversidade Federal da Paraíba -UFPB

Durante décadas os escolanovistas tentaram marcar a escola brasileira como espaço neutro da implantação de novos métodos e procedimentos pedagógicos. Os anos cinqüenta e sessenta do século XX marcam o influxo vigoroso e definitivo da concepção e da prática da politicidade dos processos educativos e a escola brasileira vivenciou em seu cotidiano, como nunca, uma criativa “eletricidade” política. Protestos, passeatas, métodos ativos, professores progressistas, organização estudantil, repressão, AI-5 (e o artigo 477), tortura, desaparecimentos, métodos tecnicistas, autoritarismo exacerbado, delações... e tanto mais. Educação e política nunca andaram tão juntas, inseparáveis. Pode-se dizer que a vida escolar transpirava a politicidade das ruas, dos novos tempos, da possibilidade de uma nova história, da resistência ao autoritarismo, mas também da significativa adesão de professores, estudantes e dirigentes escolares aos direcionamentos político-escolares impostos pelo Estado militar (Germano, 1993) pós-64 – consubstanciadas nas reformas de 1968 e 1971. Certamente essas reformas alicerçaram a construção da escola brasileira nas décadas seguintes. Na Paraíba, como de resto em todo o país, as escolas foram espaços – sempre político-pedagógicos – tanto da manifestação contestatória “progressista/de esquerda” como da manutenção da ordem decretada pela ditadura pós-1964. Dentre as escolas públicas destacaram-se os colégios estaduais das maiores cidades do estado e, certamente, entre todos, o Liceu Paraibano da capital (João Pessoa). Defendemos, como premissa - e como inspiração teórica - a idéia de que a trajetória do Liceu representou um ponto importante da “criação histórica” (Castoriadis, 1992) dos anos 60 na Paraíba, revelou possibilidades de um “micropoder” (Foucault, 1979) que esteve inscrito nas suas ações pedagógicas de disseminação de saberes e, na ditadura pós-golpe de 1964, dividiu-se entre a resistência política ao Estado militar e a gradativa adesão ao processo de “vigilância e punição” (Foucault, 1987) instituído.

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UNIVERSIDADES ESTADUAIS MINEIRAS: A criação da UEMG e da UNIMONTES nos anais da IV assembléia estadual constituinte de 1988/1890

Alexandre Borges MirandaUniversidade Federal de Uberlândia-UFU

São apresentadas conclusões de uma pesquisa de mestrado em educação, desenvolvida na UFMG, que investigou a criação da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) nos anais da IV Assembléia Constituinte do Estado de MG – reunida no período de 07.10.1988 a 21.09.1989 -, reconstituindo a tramitação das emendas relativas à educação superior. Foram definidos os Deputados autores das propostas, discutindo-se o processo de criação da UEMG e da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), com ênfase nas fundações oficiais de direito privado mantenedoras de IES. Verificou-se como e por quais razões diversas propostas de criação de universidades estaduais convergiram para um único projeto político que resultou na criação da UEMG e da UNIMONTES, pela inserção dos Artigos 81 e 82 do ADCT e 199 da Constituição Mineira de 1989. As publicações da Constituinte no “Diário do Legislativo” do jornal oficial “Minas Gerais” são consideradas anais constituintes ‘stricto sensu’ e constituíram a principal fonte da pesquisa, juntamente com os documentos do Arquivo da Biblioteca da Assembléia Legislativa de MG e a legislação. Foram analisados os regimentos internos, o anteprojeto e os três projetos de constituição, as atas das 89 reuniões do Plenário e das 37 reuniões da Comissão Constitucional, o texto das 4.704 emendas apresentadas (2.411 ao Anteprojeto, 2.013 ao Projeto em 1º turno e 280 ao Projeto em 2º turno), sendo que 31 emendas trataram da criação, instalação e manutenção de universidades estaduais, dentre 43 que dispuseram sobre educação superior. A história da educação superior em MG é apresentada, também, sob duas perspectivas: dos dispositivos das Constituições Mineiras de 1891, 1935 e 1947 e da adoção do modelo fundacional, no contexto da Reforma Universitária de 1968, verificando-se a criação, nas décadas de 1960/70, das fundações educacionais optantes da UEMG, localizadas nas cidades de Belo Horizonte, Campanha, Carangola, Diamantina, Divinópolis, Ituiutaba, Lavras, Passos, Patos de Minas e Varginha.

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A EDUCAÇÃO FÍSICA,AS NORMALISTAS E AS PROFESSORAS; A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA NORMAL DE SERGIPE

Ana Carrilho Romero GrunennvaldtUniversidade Federal de Sergipe-UFS

A Escola Normal de Sergipe foi uma instituição que serviu de base para o processo de instrução pública no estado, principalmente no que se refere à democratização e interiorização do ensino, pois eram as normalistas recém formadas que partiam para os sertões, no intuito de iniciar e implementar a instrução pública nestes povoados distantes. Este estudo tem por objetivo resgatar e registrar a memória da educação física em Sergipe com ênfase numa Instituição Escola Normal de Sergipe. O estudo chega às seguintes constatações: a) a educação física na Escola Normal de Sergipe, inicialmente, constituiu seu campo pedagógico baseado na perspectiva da educação integral. O desenvolvimento científico e a complexidade da ação educativa exigem profissionais especializados, os professores de educação física; b) a Escola Normal de Sergipe erce papel fundamental neste processo e capacitação dos professores e consolidação de uma concepção de educação feminina; c) a Educação física na Escola Normal de Sergipe somente poderá ser efetivada, se satisfeitos os seguintes fatores: o espaço físico adequado para a prática das atividades físicas, a formação de professores para ministrar esta disciplina e a regulamentação legal para esta prática docente.

A ERA DAS CADEIRAS ISOLADAS NA PARAÍBA (1849-1915)

Antonio Carlos Ferreira Pinheiro Universidade Federal da Paraíba- UFPB

Temos como objetivo analisar as “permanências” e as “inovações” no processo de organização e expansão da educação escolar primária pública na Paraíba, de 1849 a 1915. Para tanto, tomamos algumas categorias analíticas gramscianas que nos deram suporte teórico-metodológico para o desenvolvimento da pesquisa. No processo de institucionalização da escola primária pública na Paraíba, a implantação do modelo escolar caracterizado pelas cadeiras isoladas significou uma tentativa de criação de estrutura escolar pública laica seguindo os princípios propugnados pelo iluminismo e pelo liberalismo. Esse modelo de organização escolar caracterizou uma Era - a Era

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das Cadeiras Isoladas. A estruturação do ensino público elementar provincial/estadual na Paraíba ocorreu de forma crescente do ponto de vista quantitativo. Entretanto, esse crescimento foi, permanentemente, oscilatório. Essa oscilação esteve condicionada pela ação clientelista dos grupos dominantes representados pelas oligarquias que montaram uma teia de articulações em todas as esferas da estrutura de poder municipal, provincial/estadual e imperial/federal, visando a manutenção de interesses privados dos membros da parentela. As oligarquias paraibanas, geralmente vinculadas às atividades agrárias, eram também aquelas que detinham o poder político e das quais provinha, também, parte da elite intelectual local - a aristocracia esclarecida e conservadora. A hegemonia desse grupo social na Paraíba trabalhou, objetivando atender aos seus interesses de classe. Nesse sentido, não é difícil entendermos a preocupação dos políticos, reformadores e educadores paraibanos, em favorecer o setor produtivo primário através das sucessivas tentativas de introduzir objetivos e conteúdos instrucionais voltados para as questões agro-pastoris. Documentos oficiais, livros e periódicos locais são fontes históricas que sustentaram o desenvolvimento do trabalho.

MOVIMENTO ESTUDANTIL: A JVC em Sergipe (1958-1964)

Antônio da Conceição RamosUniversidade Tiradentes

Este trabalho analisa o papel da Juventude Universitária Católica (JUC) no meio estudantil brasileiro e sergipano durante periodo de 1958-1964, buscando evidenciar a prática política jucista dentro da conjuntura do movimento estudantil, na fase que antecede ao golpe de Estado civil-militar no Brasil, em março-abril de 1964. Esta dissertação tem como objetivo verificar o modo pelo qual a JUC em Sergipe se envolve politicamente com a luta estudantil e sua relação com a hierarquia católica. Apoiada na hipótese de que a JUC, como movimento religioso católico no meio estudantil universitário, assume a partir do ideal histórico, uma “nova práxis”, voltada, politicamente, para as questões sociais, inserida na historicidade. Inicialmente e feita uma análise da religião como instrumento para a manutenção do poder da classe dominante, projetada sobre o conjunto da sociedade. Em seguida faz-se uma abordagem sobre a Igreja Católica, sua aliança e possíveis conflitos com o Estado no contexto da sociedade brasileira, num momento em que: a) se discute a questão da política sócio-económica no Brasil articulada com o nacionalismo e o desenvolvimentismo, b) a Igreja, através da Ação Católica, ocupa espaço nas discussões direcionas á educação e sua ingerência na elaboração da LDB, utilizando a LEC como instância de agrupamento político

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de pressão; c) o conflito Igreja-Estado no periodo referenciado mostra-se permeado de ambigúidades. Do ponto de vista teórico metodológico esta investigação se estrutura a partir da concepção dialética da educação, privilegiando uma interlocução com a historiografia da educação brasileira. Para tanto, foi utilizado o trabalho com fontes documentais e fontes orais. O Estudo conclui que em âmbito estadual, a JUC manteve-se adesista aos interesses da Igreja Católica, portanto, desarticulada com as lutas sociais mais consequentes face a democratização da sociedade brasileira.

O ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO EA INSTRUÇÃO PÚBLICA

Azilde L. AndreottiUniversidade Estadual de Campinas-UNICAMP

Arquivo Histórico Municipal de São Paulo

O Arquivo Histórico Municipal de São Paulo possui os documentos manuscritos mais antigos do Brasil e sua história acompanha a história da cidade. Já no século XVI, uma caixa de madeira confeccionada para esse fim, guardava os papéis da Câmara da Vila de São Paulo. Os grupos documentais sob a responsabilidade desse Arquivo são, na maioria, documentos institucionais que abordam vários aspectos da história da cidade de São Paulo, procurados por conterem toda a memória do espaço urbano paulistano.No período de 1891 à 1906 encontram-se alguns documentos originais sobre a Instrução Pública, na forma de livros de matrícula, inventários e correspondências referentes a, no mínimo, quatro escolas noturnas para trabalhadores a cargo do município de São Paulo.Essas escolas, criadas pelos intendentes Lamartine Delamare e Manoel José Ferreira em 1891, funcionaram até o fim de 1892 e segundo as Atas da Câmara da época, as discussões sobre a sua instalação estenderam-se até 1906. O período que vai desde a República, em 1889, até a criação do cargo de Prefeito, em 1898, chamado de Intendências, é uma fase confusa da administração de São Paulo. Essas escolas municipais denominadas da Luz, Sé, Brás e do Arouche funcionavam nos prédios das escolas do Estado, contavam com um diretor, um adjunto, um professor e um porteiro e eram fiscalizadas por um superintendente das escolas municipais. Complementando as informações acima com o conteúdo das Atas da Câmara Municipal e os volumes sobre Leis, Atos e Resoluções do Município e do Estado, entre outros, essa documentação poderá esclarecer aspectos da educação para trabalhadores no

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período. Além disso, o objetivo desta comunicação é apresentar o Arquivo Histórico Municipal de São Paulo como fonte de pesquisa para a Instrução Pública, considerando que os dados apontados são só uma parcela do que pode ser encontrado neste Arquivo.

FONTES E MEMÓRIA ESCOLAR DE TELÊMACO BORBA – PR

Cirlei Francisca Gomes CarneiroUNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA -UEPG

Maria Augusta Pereira JorgeUNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA -UEPG

Este estudo está fundamentado nas primeiras escolas localizadas na cidade de Telêmaco Borba, Paraná: Colégio Estadual Wolf Klabin, Colégio Estadual Manoel Ribas e Escola Estadual Leopoldo Mercer. Analisar as fontes e resgatar em memória essas três instituições permitiu inserir o tema no projeto “A memória escolar dos Campos Gerais ”, que envolve o levantamento e a catalogação de fontes primárias e secundárias da educação paranaense. Ao entender que documento é “toda fonte de informações de que o espírito do historiador pode extrair qualquer coisa” não se perdeu de vista a importância das fontes escritas e orais, as quais possibilitaram não só estudar o passado, mas, também, resgatar da memória coletiva e individual a própria reação vivida dos acontecimentos históricos escolares. Assim, ao ultrapassar as abordagens tradicionais sobre o processo educativo telemacoborbense buscou-se no “resgate visual” o cruzamento de informações com outras diversas fontes tomando como indícios as imagens que se referem a construção do prédio escolar, as salas de aula, os professores e alunos, as comemorações cívicas ou festivas da escola; enfim, todas as marcas fotográficas conservadas no âmbito da educação e do meio escolar.

DAURIL ALDEN E OS JESUITAS COMO EMPRESA COLONIAL.

David Victor Emmanuel TauroUniversidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS

Durante as últimas décadas houve uma proliferação das pesquisas sobre os jesuítas. Os pesquisadores tomaram rumos diferentes, conforme os referenciais

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teórico-metodológicos ou ideológico-religioso. Cinco anos atrás, Dauril Alden, um pesquisador americano que tem consagrado seus esforços nas pesquisas sobre o processo de colonização liderado pelos portugueses e as colônias portuguesas, publicou os resultados parciais de sua labuta sobre a congregação jesuíta, sob a forma de uma obra monumental, de mais de 700 páginas: “The Making of na Enterprise: the society of Jesus in Portugal, its Empire and Beyond 1540-1750”, editada pela Stanford University Press (1966). Essa comunicação a ser apresentado no V Seminário Nacional do Histdbr em Campinas, tratará de algumas questões teórico-metodológicas, além de resenhar essa obra, ainda pouco conhecida no Brasil. Se estudiosos jesuítas têm trabalhado sobre as atividades dos membros da Companhia com recortes parciais, regionais ou por atividade, aqui, numa obra seminal, Alden apresenta um estudo sobre essa assistência portuguesa inteira, presente nos continentes da Europa, África, as Américas e a Ásia, até a deflagração dos conflitos que terminaram na supressão temporária da Congregação. Alden trata da natureza conceitual da Companhia, desde a sua criação, passando pelos detalhes logísticos e com uma investigação minuciosa das atividades de seus membros, retrata cuidadosamente o papel dos jesuítas dentro do complexo processo de colonização portuguesa durante os quase 200 anos de glória. Assim, contribui de modo decisivo para o entendimento das atividades missionárias jesuíticas como parte integrante de uma política imperialista e colonial do capitalismo comercial e mercantil português. Além de retratar os laços estreitos tecidos entre a Companhia e a Coroa portuguesa durante essa época de descobrimentos, conquista e expansão colonial, estuda, sobretudo, as relações sociais da economia jesuíta, as atividades produtoras e comerciais e a rentabilidade de suas empresas, além das tentativas de monitorar, restringir e eliminar o patrimônio da Companhia por parte dos colonos e de algumas autoridades oficiais. Uma obra impressionante sobre os jesuítas.

INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS EMODERNIZAÇÃO EM UBERLÂNDIA (1950-2000)

Décio Gatti JúniorCentro Universitário do Triângulo

Universidade Federal de Uberlândia - UFU.

Esta comunicação vincula-se ao campo da História das Instituições Educacionais, pretendendo compreender o papel desempenhado pelo conjunto das instituições educacionais da Educação Básica e Superior no processo de modernização e urbanização da cidade de Uberlândia. (PERIODIZAÇÃO) O caráter tardio do processo de modernização e de implantação da educação

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escolarizada fez com que o período coberto pela investigação inicie-se apenas na década de cinqüenta do século XX, época da instalação mais significativa de instituições escolares na cidade. (CATEGORIAS HISTÓRICAS) Nessa pesquisa, o olhar desenvolvido é o sócio-histórico, beneficiando-se do intenso processo de renovação teórico-metodológica vivenciado pela historiografia contemporânea, na qual vem sendo valorizada a utilização tanto dos aportes teóricos oriundos do campo da História quanto das evidências. (FONTES) Para a efetivação dessas investigações foram consultadas fontes, tais como: bibliografia nacional e internacional sobre o assunto; resultados já alcançados em pesquisas nesse campo temático provenientes das investigações realizadas por diversos pesquisadores da região. (CONCLUSÃO) Diferentemente de outras regiões da América Latina, o caráter tardio da implantação dos processos de escolarização nesta região do Brasil fez com que a educação escolarizada só se desenvolve de modo mais significativo em meados do Séc. XX. A região, porém, viveu o boom educacional do final dos anos sessenta, com a implantação de diversas instituições educacionais públicas e privadas. De modo geral, pode-se dizer que em seu panorama científico e cultural, a região caracteriza-se como um espaço emergente à busca de centros de referência e sustentação. A formação cultural e educacional ercida pelas escolas instaladas desde os anos cinqüenta ainda não atinge a totalidade da população da cidade, sendo que a Educação Superior é restrita a uma parcela muito pequena da população local, o que tem acarretado problemas de sustentabilidade do processo de modernização em vigor na cidade.

“LIÇÃO, PALMATÓRIA E TABUADA: Imagens da educação nas terras goyanas do século XVIII e XIX”

Diane Valdez Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP

Este trabalho tem por objetivo apresentar alguns dados obtidos em uma parte da dissertação sobre infância em Goiás no século XIX, defendida no mestrado de História da UFG. A história da educação formal na Província de Goiás percorreu caminhos contraditórios e dificultosos. Para o Goiás daquela época, o descaso em relação à educação não tinha importância, pois não se desejava nem ansiava por escolas. Os pais que traziam seus meninos para com eles se embrenharem nos sertões à procura de ouro, como nômades, nem de longe se interessavam por escolas. Igualmente, mais tarde, quando a sociedade voltou-se para a produção pecuária, não interessava aos fazendeiros saber ler e escrever, nem aos funcionários do governo, e muito menos aos

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portugueses, que viviam em concubinato, sem qualquer interesse em educar os filhos naturais. O ensino era restrito ao lar, ercido por alguns pais letrados ou pela disposição de alguns fazendeiros que contratavam professores particulares para educar seus filhos. Os filhos dos escravos eram excluídos do processo e essa exclusão era garantida por lei. Goiás não foi agraciado pela presença dos jesuítas, porém evidenciamos forte disposição da Igreja em catequizar os curumins, contando para isso, com inteiro empenho do Estado. Inclusive a nosso ver, com atenções voltadas para a educação indígena, mais no que se refere à pacificação dos indígenas.

TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL: Primeiros apontamentos

Mara Regina Martins Jacomeli Diogenes Nielsen Júnior

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Marcada pelo aspecto dual de um ensino secundário público direcionado às elites dominantes e um ensino diferenciado de caráter profissionalizante para as classes populares; fica evidenciada a separação dos que podem estudar, daqueles que devem estudar menos e ganhar o mercado de trabalho mais rapidamente. Este resgate histórico tem o objetivo de relatar desde a criação do "Colégio das Fábricas", em 1809, passando pela "Escola de Belas Artes"; "Casa de Educandos e Artífices"; "Asilo da Infância dos Meninos Desvalidos", sempre caracterizado pelo seu aspecto assistencialista, até chegar ao século XX, quando inicia-se uma organização da formação profissional sob responsabilidade do Estado apresentando como novidade a preparação de operários para o mercado de trabalho. Em 1906, o Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, assume a responsabilidade da educação profissional, iniciando o esforço público na organização deste tipo de educação. Destaca-se nesta mesma época a criação das "Escolas de Aprendizes Artífices" e "Escolas-oficina", estas, voltadas para a formação profissional de ferroviários. No âmbito educacional, evidencia-se na década de 30 e 40 as reformas "Francisco de Campos" e "Capanema" que trata pela primeira vez das "Escolas Vocacionais e Pré-vocacionais" como dever do Estado. Finaliza com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBs 4026/61, 5692/71 e 9394/96, esta, separando formalmente o Ensino Médio da Educação Profissional, com a proposta de uma nova forma de encarar a educação para o trabalho.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONCEITO DE CONFESSIONALIDADE NO METODISMO BRASILEIRO

Elias BoaventuraUniversidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

Missionários metodistas, educadores norte-americanos chegaram ao Brasil no fim do Século XIX e dedicaram-se à obra educacional, principalmente nas regiões Sudeste e Sul. Para estes missionários as escolas deveriam ser extensão do trabalho da Igreja Metodista com o compromisso de levarem a seus alunos as mensagens e princípios básicos da Igreja no Brasil e sustentar sua confissão. O conceito de confissão evoluiu historicamente e após a década de 1960 a Igreja passou a usar o conceito de confessionalidade, mais amplo, muito mais flexível, procurando dar resposta à questão básica levantada. Pode uma universidade autônoma ser confessional?

UMA HISTÓRIA DE UMA PRÁTICA ESCOLAR ATRAVÉS DE SUA PRESCRIÇÃO AOS PROFESSORES NOS MANUAIS: A tarefa de casa

Flávia Anastácio de PaulaUniversidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Este trabalho é parte da dissertação de mostrado onde analiso os discursos dirigidos aos professores e professoras sobre os “deveres de casa”. Como fonte de documentação e pesquisa destes discursos, fundamentalmente prescritivos, foram utilizados os Manuais de Didática que tiverem grande número de re-edições, tomando como corpo principal os manuais dos autores Imídeo Nérice. Romanda Pentagna, Theobaldo Santos, Luiz Alves de Mattos e Afro do Amaral Fontoura, publicados após a segunda guerra mundial até meados dos anos oitenta; e como corpo secundário outros manuais de didática que foram citados pelos primeiros e que se estende da década de 20 até final da década de 30. A idéia central presente neste texto consiste em identificar, indicar e discutir as prescrições feitas aos professores e professoras sobre a "tarefa de casa", pois esta é atividade escolar muito frequente no percurso histórico da escolaridade brasileira mas pouco estudada. Nota-se que o movimento da prescrição da “lição de casa” parte da idéia da desqualificação familiar pobre para ensinar, sugerindo a abolição dos "deveres" passando pela prescrição de sua ecução apoiando-se em justificativas didáticas de estratégia de instrução, até à intensificação da prescrição e a sua justificação como

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superação do fracasso escolar. Observa-se que os discursos prescritivos nos Manuais de Didática são recorrentes, dentre outros, a três eixos de argumentação: a continuidade da aula, a aprendizagem da utilização produtiva do tempo e uma relação escola família. Constata-se que a partir de meados da década de oitenta os manuais de didática deixam de serem editados, porém a prescrição aos professores e professoras sobre os “deveres de casa” continua em outro lugar com discursos menos diretos, nas revistas periódicas destinadas ao Ensino Fundamental.

GINÁSIO ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL: Contribuição das escolas particulares.

Flávia Obino Corrêa Werle (coordenadora) Luciana Storck de Mello Auzani

Luciana BackesRuth Vieira Dornelles Sueli Rosani Gonzatti

Elenar Luisa BerghahnUniversidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

O trabalho decorre de um projeto de pesquisa que estuda os processos formativos e organizacionais das Escolas Complementares que se desenvolveram no Rio Grande do Sul no período de 1906 a 1946 com o objetivo de desenvolver o ensino elementar e de preparar candidatos ao magistério público primário através de estratégias de caráter prático e profissional (Decreto 874, 28/02/1906). No período, as Províncias descentralizadamente organizavam as propostas de formação de professores e de escolas de primeiras letras. As Escolas Complementares privadas educavam moças de elite, oferecendo um paradigma de formação calcado na pedagogia do emplo, no controle disciplinar referenciado ao campo religioso e um paradigma administrativo de cunho religioso feminino, tendo mulheres no desempenho da direção da escola até funções mais humildes. O foco da discussão desta comunicação é a história que as escolas contam acerca de si mesmas no período de estadualização e municipalização, quando estavam na condição de equiparadas ao Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro e os vínculos mantidos com o governo do estado e entre si.

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POR TRÁS DOS MUROS ESCOLARES: Um estudo da educação feminina no Colégio Nossa Senhora das Dores (Uberaba/MG 1940/1960)

Geovana Ferreira Melo Moura Geraldo Inácio Filho

Universidade Federal de Uberlandia - UFU

A comunicação objetiva apresentar os resultados da investigação na qual buscamos desenvolver uma análise da história da educação feminina no Colégio Nossa Senhora das Dores de Uberaba-MG. Pretendemos evidenciar a gênese da referida Escola, seus marcos históricos e processos pedagógicos, enfocando, principalmente a educação da mulher e a intencionalidade dos processos de formação. O Colégio Nossa Senhora das Dores é uma importante instituição educacional da cidade de Uberaba, fundado pelas Irmãs Dominicanas, em 1885. O Colégio dedicou suas atividades à educação feminina, desde sua fundação, até 1973. Após esse ano abriu vagas aos alunos do sexo masculino e, ainda hoje, ocupa importante papel no cenário educacional dessa cidade. Inicialmente, o Colégio funcionava em regime de internato e externato, cuja maioria das alunas provinha de classes sociais mais elevadas. A partir da escolha do Colégio Nossa Senhora das Dores foi necessário fazer um recorte temporal, tornando-se interessante a análise que inicia-se nos anos 1940 prolongando-se até 1960, época em que as Irmãs Dominicanas encerraram o regime de internato no Colégio. O caminho percorrido teve como ponto de partida um levantamento bibliográfico e o estudo das seguintes fontes primárias: atas de reunião pedagógica, de reuniões administrativas, livros de matrícula, de resultados finais, de inspeção, diários de classe, regimento escolar, dentre outros. Utilizamos também as técnicas da história oral. Podemos concluir que a intencionalidade dos processos educacionais da mulher, no contexto do Colégio Nossa Senhora das Dores, não era a formação profissional das alunas, mas, destinava-se à uma educação preparatória para dois caminhos: ser “uma excelente dona de casa, boa esposa e mãe de família”, ou para “despertar” nas educandas a vocação para a vida religiosa.

ORIGENS DA ESCOLA MODERNA NO BRASIL: A contribuição jesuítica

Gilberto Luiz AlvesUniversidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS

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Este trabalho é a introdução de uma pesquisa, intitulada “Gênese e desenvolvimento da escola pública no Brasil” e desenvolvida junto ao Núcleo de Pesquisa de Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. O seu objetivo é o de evidenciar a contribuição da Companhia de Jesus para a instauração da escola moderna no Brasil. A proposta pode parecer um paradoxo, pois, surgida em meio à Contra-Reforma para combater as frentes ideológicas burguesas, em especial o Humanismo e a Reforma, a preocupação é a de inventariar a contribuição dessa congregação católica para a criação de uma instituição social eminentemente burguesa. De tudo já foi dito sobre os jesuítas, desde que realizaram uma empresa digna de uma epopéia ou que encarnaram basicamente as aspirações feudais ou, ainda, que foram meros instrumentos da burguesia mercantil luso-brasileira. Esses julgamentos tão divergentes são expressões, sobretudo, das caricaturas construídas para efeito de análise de sua obra. A fragilidade de tais análises repousa na preocupação de visualizar na empresa jesuítica uma única direção dominante, pressuposta abstratamente à margem do combate histórico. Torna-se imperativo considerar tal obra na perspectiva da contradição. É o que se intenta, neste trabalho. Para tanto são feitas considerações, tanto sobre os aspectos ideológicos do ensino jesuítico, quanto sobre a materialidade dos colégios, estabelecimentos escolares que colocaram a Companhia de Jesus numa posição de vanguarda, no âmbito da educação, desde os primeiros tempos de sua existência. A categoria organização do trabalho didático é central na análise, enquanto o material empírico é buscado, preferencialmente, em fontes documentais e obras clássicas expressivas do período analisado. Obras selecionadas da historiografia referente à temática ilustram tendências de análise e contribuem, algumas vezes, para dar suporte à interpretação.

A HISTÓRIA DA ESCOLA ESTADUAL DE UBERLÂNDIA NAPERSPECTIVA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS (1929-1950)

Giseli Cristina do Vale GattiGeraldo Inácio Filho

Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Trata-se de comunicação no campo da História das Instituições Educacionais. A instituição em exame é a Escola Estadual de Uberlândia. As preocupações da pesquisa referem-se a verificação do modo como esta Escola foi representada na cidade por meio da fala da imprensa, da política, de seus ex-professores e ex-alunos. (PERIODIZAÇÃO) Abrange o período de 1929,

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época de estadualização da instituição escolar, a 1950, década anterior à expansão quantitativa da instrução secundária no Brasil. (CATEGORIAS HISTÓRICAS) Esta investigação é um esforço de conjugar à análise da singularidade de uma instituição educacional ao estabelecimento de suas relações com as determinações mais estruturais presentes em Minas Gerais e no País. (FONTES) Foram analisados: bibliografia nacional e internacional sobre o assunto; documentos do acervo da escola; jornais de época; fotografias; depoimentos de ex-professores e de ex-alunos da Escola. (CONCLUSÃO) A Escola Estadual de Uberlândia ainda é considerada uma das mais importantes da cidade, principalmente, por ter formado parcela significativa da elite local e regional que foi responsável pela direção tomada pelo desenvolvimento urbano-comercial da cidade De 1912 a 1929, o ginásio funcionou como instituição privada, no sistema de internato, semi-internato e externato. Em 1930, começou a funcionar como instituição pública com o nome de Ginásio Mineiro de Uberabinha. Na época, a clientela da escola era formada por jovens provenientes da classe média-alta do Triângulo Mineiro e de regiões próximas. Entre os ex-alunos dessa escola encontramos, atualmente, membros da elite econômica e política da cidade, da região e mesmo do País. Pode-se afirmar que as representações sociais construídas em torno da escola, consolidaram e legitimaram, no período de 1929 a 1950, que seus egressos deveriam ser os responsáveis pelo gestão pública e privada na cidade, dada a qualidade do processo educacional que freqüentaram e as representações sociais construídas sobre a Escola na cidade e na região.

SEMEADORES DO COMUNISMO: Estrelas vermelhas encimam instituições educacionais e outras arenas políticas de Uberlândia

Idalice Ribeiro SilvaUniversidade Federal de Uberlândia - UFU

Neste trabalho são apresentados resultados parciais de uma pesquisa sobre comunismo e anticomunismo em Uberlândia, os quais demonstram a maneira como algumas instituições educacionais dessa cidade constituíram-se em espaços de atuação de um núcleo comunista composto principalmente por professores e profissionais liberais. Entrevistas realizadas com militantes comunistas, relatórios e boletins das polícias políticas, jornais e outros documentos investigados revelaram a expressiva participação de alguns professores no processo de divulgação do comunismo e de arregimentação de adeptos em torno de um grupo comunista que, a partir de meados da década de 1930, passou a realizar diversas atividades clandestinas ou não nas instituições educacionais e noutras arenas políticas da cidade e do campo. As lutas

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políticas dos professores e profissionais liberais comunistas dessa cidade intensificaram-se com a instauração do regime liberal democrático no pós-guerra e, em decorrência, com a instalação, em agosto de 1945, do Comitê Municipal e do Comitê de Zona (Regional) do Triângulo Mineiro do Partido Comunista do Brasil — posteriormente, na década de 1960, denominado Partido Comunista Brasileiro. A partir de 1945, os comunistas empunharam diversas bandeiras de lutas. Para tanto, fundaram ligas camponesas, associações de trabalhadores, de moradores de bairros, de mulheres etc. e os comitês populares, que, segundo os comunistas, eram o “maior núcleo de escolas do Brasil ‘. Verificou-se que, entre outros objetivos, esses comitês visaram proporcionar educação para jovens e adultos, por meio dos chamados centros de alfabetização, e criar espaços culturais e políticos onde o “povo” pudesse se preparar e se organizar para participar do processo de democratização do País. Na contrapartida, foram observadas as práticas políticas e educacionais de professores e profissionais liberais anticomunistas que estiveram no encalço dos comunistas e, por diversos meios, tentaram obstruir a atuação deles na cidade e no campo e a propagação franca do comunismo em Uberlândia e noutros municípios do Triângulo Mineiro.

O COLÉGIO SANT’ANA NA COMUNIDADE PONTAGROSSENSE

Isabel Batista de AlmeidaUniversidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG

Maria Isabel Moura Nascimento (orientadora)Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG/UNICAMP

O presente estudo é parte integrante da pesquisa de doutoramento “As Primeiras Escolas Normais dos Campos Gerais-PR”, que através dos documentos coletados na escola Sant’Ana, primeira escola Normal privada nos Campos Gerais-PR, no período de 1930 a 1940, procurou –se traçar um recorte histórico, para a compreensão do modelo de sociedade, naquele contexto único, no qual surgiu a necessidade da criação da “Escola Normal Santana”. Desvendar a importância desta instituição privada para a sociedade pontagrossense, que visava atender a formação dos professores para o magistério primário, exigeu também a leitura de documentos escolares de época para encontrar elementos que dão conta dos interesses na construção desta escola.Como a escola era freqüentada pelos filhos dos que dominavam a escrita, naquela sociedade, ganhavam com esta qualidade o trânsito livre em clubes e teatros frequentados pelça elite financeira: o rol de pessoas que tinham condições de pagar as mensalidades do Colégio Sant’Ana. A

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sociedade, no entanto, não se resume à classe dos que têm algum poder, os documentos da época deixa transparecer o quão sem voz estava o povo. Assim, a presente pesquisa busca compreender os interesses de uma sociedade nos diversos tipos de documentos escolares (atas, jornaizinhos, etc) preservado pela escola Sant’ Ana, no qual podemos registrar é um dos mais bem catalogados da cidade e que se encontram a disposição dos pesquiisadores.

OS JESUÍTAS E OS EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SUSTENTANDO AS ATIVIDADES EDUCATIVAS DO BRASIL

COLONIAL

Jordana Duenha RodriguesUniversidade Federal e Mato Grosso do Sul -UFMS

É do conhecimento de todos o importante papel educativo desempenhado pelos Padres Jesuítas no processo de colonização do território brasileiro. No entanto, no que se refere às questões de cunho econômico ainda existe espaço para um amplo campo de pesquisa. As atividades educativas e missionárias dos membros da Companhia de Jesus no Brasil foram sustentadas por grandes empreendimentos econômicos que procuramos analisar na colônia brasileira, traçando os seus parâmetros, descrevendo seus processos e resultados e procurando desvendar as relações de trabalho e as relações monetárias envolvidas. O período estudado vai de 1540 a 1770. Utilizamos, como pano de fundo, o processo de instituição das relações capitalistas. Tentaremos desvendar o caráter capitalista dos empreendimentos econômicos que sustentavam as atividades educativas e missionárias dos Jesuítas em território brasileiro. A dúvida sobre as verdadeiras intenções da Companhia de Jesus no desenvolvimento das atividades de catequização e evangelização dos Índios, bem como a forte relação existente entre os membros dessa Companhia e os líderes políticos da época são questões que nos estimularam a estudar de maneira mais detalhada suas circunstâncias, bem como os verdadeiros interesses envolvidos no processo de colonização. Embora a nossa análise esteja mais voltada para o econômico, é praticamente impossível desenvolver uma pesquisa, onde os protagonistas são os Padres Jesuítas, sem dispensar alguma atenção às questões relacionadas à cultura, religião e a política, pois existe uma ampla ligação entre tais temas. Dessa forma a presente pesquisa - que tem por objetivo geral caracterizar os empreendimentos econômicos da Companhia de Jesus no Brasil - vem se desenvolvendo num contexto muito mais amplo onde o histórico, o político, o social e o econômico se fundem na tentativa de desvendar fatos que possam ter

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uma importância relevante na análise do desenvolvimento do sistema capitalista.

AS ESCOLAS METODISTAS PAULISTAS E SUA ATUAÇÃO DURANTE O PERÍODO DE RENOVAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: 1930-

1945

Jorge Uilson ClarkUniversidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Universidade São Marcos-USM

Este trabalho tem como objetivo analisar a atuação das escolas metodistas no Brasil, especialmente no Estado de São Paulo, a partir de 1930. A maioria destas escolas, além da proposta de evangelização e da conversão dos não crentes aos seus princípios religiosos, trazia uma proposta pedagógica inovadora e de base liberal que se undamentava nos ideais filosóficos e educacionais dos pensadores europeus e norte-americanos escolanovistas, como por emplo, o caso de Horace Mann, John Dewey, William Heard Kilpatrick e Édouard Claparède, etc. Estes educadores tiveram influência direta no cenário educativo brasileiro e contaram com a simpatia da elite, que se identificava com o espírito capitalista e democrático norte-americano. A análise desse trabalho se baseia na atuação de três escolas identificadas com o perfil das escolas norte-americanas: o Colégio Piracicabano, Piracicaba, S.P; Instituto Americano de Lins, Lins, SP; Colégio Noroeste de Birigui, Birigui, S.P. Estas escolas atuavam dentro do período em que iniciava os debates a respeito da reforma escolar, propondo uma política educacional, cuja base e influência foi a Escola Nova, e que se refletiu num movimento mais amplo de renovação, não só no político-sócio-econômico, como também no educacional, iniciado a partir de 1910 e posteriormente intensificado. Este movimento contou com a participação da nata da intelectualidade, figuras expressivas que assentaram as bases do escolanovismo brasileiro, resultando no Movimento dos Pioneiros da Educação, em 1932, como foi o caso de Anísio Teiira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho e de outros. Anísio Teiira e outros transplantaram para o Brasil um modelo educacional cuja base filosófica foi o pragmatismo norte-americano, influência de quando estudavam nos Estados Unidos. Já Venâncio Filho, passou pelas fileiras da Escola Americana de São Paulo, que mais tarde tornou-se o College Mackenzie.

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UMA TRAJETÓRIA ANARQUISTA: Escolas e centros de culturas no Brasil

José Damiro de MoraesFaculdade de Educação Ciências e Letras “Don Domênico” - Guarujá

Nosso trabalho inicia-se tendo como pressuposto que, durante a Primeira República, os anarquistas descreveram uma trajetória no campo educativo.O ponto de partida foi estudar a educação dentro do movimento operário na Primeira República, especificamente os anarquistas e suas preocupações e práticas pedagógicas, criação de escolas e centros de estudos. Desta forma, questionando se houve uma trajetória educacional libertária nesses locais destinados a educação do trabalhador e de sua prole. Sendo os anarquistas protagonistas de uma nova educação e, por conseguinte, uma nova proposta de escola, encontraremos grandes conflitos com a Primeira República no Brasil. Desta forma esse movimento transfigura-se em fases identificadas no transcorrer dos anos de 1895 a 1937, seguindo as repressões ao proletariado no Brasil. Assim, podemos identificar três fases ou momentos que criam uma trajetória: a primeira, entre os anos de 1895 a 1909; a segunda, entre 1909 a 1919; e finalmente, a terceira, entre 1927 a 1937. O período de 1919 a 1927 foi marcado pela prisão e deportação de militantes anarquistas tanto para fora do país como para colônias agrícolas em regiões inóspitas do Brasil, o que restringiu a atuação dos militantes no campo educacional. A partir da identificação dessas fases, podemos dizer que os anarquistas descreveram uma trajetória educacional no período estudado passando do espontaneísmo educacional ao racionalismo baseado na obra de Francisco Ferrer.

INSTITUIÇÃO ESCOLAR E CARÁTER NACIONAL DA EDUCAÇÃO EM MINAS: O ginásio mineiro de Uberlândia (1926-1930)

Karla Patricia ResendeUniversidade Federal de Uberlândia - UFU

Vera Lúcia Abrão BorgesUniversidade Federal de Uberlândia - UFU

Esta comunicação pretende apresentar os resultados parciais sobre o projeto de pesquisa, Modernização e Caráter Nacional da Educação Mineira: A Criação do Ginásio Mineiro de Uberlândia, 1926 a 1930. O objetivo da pesquisa consiste em contextualizar os processos de modernização das sociedades nacional e mineira, concomitantemente, a influência que estes

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erceram na criação do Ginásio Mineiro de Uberlândia, em 1929. Para a realização desta pesquisa, analisamos: monografias, livros, atas e diários de ex-alunos. A partir da observação e análise de “relatórios”, sobre as condições gerais do ginásio, e “livros de matrículas”, contendo informações sobre os alunos, matriculados entre 1926 à 1930, constatamos que a escola atendeu a uma clientela significativa de alunos os quais estudavam em regime de internatos e externatos. Embora a pesquisa se encontre em andamento, no desenvolvimento de nossos estudos, chegamos à conclusão que o movimento de modernização, pelo qual passava a sociedade nacional e mineira, foi de fundamental importância para a criação do Ginásio, pois, nesta época espraiam-se os discursos liberais pelo território nacional, centrados na supervalorização da educação, enquanto saída para todos os males sociais do Brasil. Daí o empenho do governo mineiro na abertura de escolas ginasiais públicas, em determinadas regiões do estado, e do grande número de alunos, provenientes da classe burguesa e também dos segmentos populares.

EMPREGO, REORGANIZAÇÃO PRODUTIVA E REESTRUTURAÇÃO DO ENSINO e QUALIFICAÇÃO. Análise da realidade de Piracicaba (SP) –

décadas de 1970 a 1990”.

Leandro Pereira MoraisUniversidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP

O presente estudo propõe-se a investigar, para as décadas de 1970 a 1990, as características da reestruturação das instituições de ensino e mão de obra em Piracicaba (SP), frente ao quadro de reorganização produtiva experimentado pelo município. Os procedimentos metodológicos utilizados constituem-se fundamentalmente por duas etapas. A primeira, de cunho teórico, realiza uma ampla revisão bibliográfica abarcando questões concernentes à educação, emprego, qualificação, transformações do capitalismo e do mundo do trabalho; e a segunda, de caráter empírico, pretende, através de visitas e entrevistas às instituições de ensino e qualificação de mão de obra do município, além da análise dos dados da

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Relação Anual de Informação Social – RAIS, do Ministério do Trabalho e Emprego, detectar o hipotético descompasso entre qualificação e postos de trabalho. Como parte de alguns resultados teóricos, percebe-se que as transformações da base produtiva, especialmente a partir dos anos 80, marcadas pela introdução de novas tecnologias e de novas formas de organização do processo de trabalho, implicou na necessidade da formação de uma força de trabalho preparada para lidar com as transformações tecno-organizacionais. É indubitável e consensual afirmar que a inserção de tecnologias nos setores da economia como um todo traz conseqüências no perfil de qualificação do trabalhador e, em se tratando de uma inserção desordenada e excludente, em países como o nosso, o corolário pode se traduzir em desastrosas modificações, no âmbito econômico, político e especialmente social. Diante desta questão, é crescente a preocupação com o sistema educacional, visto que a educação ganha demasiada importância diante das novas exigências do mercado frente ao processo de reestruturação produtiva. Vale esclarecer que esse momento do estudo, pelo fato da pesquisa ainda estar em andamento, encontra-se na segunda etapa (empírica), que se consubstanciará após a realização das entrevistas e visitas às instituições de ensino e qualificação de mão de obra do município de Piracicaba e da análise dos dados da RAIS, prevista para junho de 2001.

HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO CONFESSIONAIS: Um estudo de caso do Colégio Nossa Senhora das Lágrimas

Lucélia Carlos RamosGeraldo Inácio Filho (orientador)

Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Este trabalho objetiva compreender o papel da Igreja Católica no processo educacional uberlandense abordando a educação feminina e a posição privilegiada do ensino religioso na região. Diante da complexidade de fatos que envolvem o objeto de pesquisa o processo de investigação centra-se no período de 1932 a 1960, apontando momentos da história do Colégio Nossa Senhora das Lágrimas, fundado pelas Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado que inicialmente atendeu apenas o sexo feminino sendo freqüentado por jovens de famílias bem situadas financeiramente de toda a região.Buscando

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caracterizar a história do ensino confessional foram utilizadas fontes escritas, dentre as quais se destacam: artigos publicados sobre a temática educacional, livros, resenhas e documentos alocados nos arquivos do Colégio (regimentos, cadernos de anotações, diários de classe, registro de professores, religiosos e estudiosos que passaram pela instituição, bem como, textos que versam sobre a congregação responsável pela sua fundação).No período trabalhado foi possível perceber uma preocupação especial com a disciplina e a formação moral das alunas, bem como, alguns motivos que levaram à fundação do educandário religioso na cidade, haja vista o grande empenho em evitar a adesão da comunidade ao comunismo e à maçonaria e em manter a tradição histórica da Igreja Católica, presença marcante em Minas Gerais.Este trabalho possibilitou uma maior compreensão do papel atribuído ao ensino católico na cidade, assim como, da contribuição e influências da Ordem religiosa das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado na formação escolar da mulher uberlandense.

ANOS DE CHUMBO: Educação e Subversão da Ordem

Lucia de Fátima Vieira da CostaJosé Willington Germano (Orientador)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN

Discute-se o contexto dos anos 60 através dos movimentos de educação popular desenvolvido em Natal/RN no período de 1961 a 1964, sobretudo a Campanha De pé no Chão Também se Aprende a Ler.Movimentos reivindicatórios e contestatórios surgem no país e de forma particular no Nordeste em busca de mudanças estruturais. Entre tantos movimentos estudantis, sindicais, rurais encontram-se os de educação popular e o Rio Grande do Norte vivem experiências significativas nessa área. Natal terá aí, fundamental importância, notadamente no que diz respeito a educação popular através da campanha De pé no chão Também se Aprende a Ler. Propõe-se analisar os inquéritos instaurados após o golpe de 1964 que tratam da referida Campanha, principalmente no que se refere aos aspectos voltados para a formação de bibliotecas e as inúmeras referências às leituras subversivas, as quais, segundo o discurso dos inquéritos, representavam perigo à ordem social estabelecida. O trabalho privilegia como fonte os IPM’s (Inquéritos Policiais Militares),documentos referentes aos autos da Polícia Militar, entrevistas e bibliografia específica. A análise evidencia que a proposta de educação e cultura popular desenvolvida pela Campanha visava possibilitar ao povo, uma

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tomada de consciência em face de injustiça social reinante no país, além de proporcionar amplo entrelaçamento entre arte, educação, cultura popular e política. Por outro lado, sustentadas pelo anticomunismo exacerbado vigente no período e ancorados na Ideologia de Segurança Nacional as forças que deflagraram o golpe militar de 1964 consideravam a Campanha uma máquina de agitação e propaganda subversiva. As bibliotecas, por sua vez, foram destruídas e seu material exposto como literatura perigosa,de teor atentatório à ordem social e política do país,constituindo portanto, uma ameaça à segurança nacional.

HISTÓRIA E MEMÓRIA EDUCACIONAL: Um estudo a respeito do Colégio Santa Teresa (Ituiutaba-MG, 1939 - 1961)

Lúcia Helena Moreira de Medeiros de OliveiraJosé Carlos Souza Araújo

Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Trata-se de uma pesquisa a respeito da memória educacional de Ituiutaba-MG, no período de 1939 à 1961, momento esse, em que é implantado o Colégio Santa Teresa: a primeira escola confessional da cidade, fundada pelas Irmãs Scalabrinianas de São Carlos Borromeo, no estado de Minas Gerais. Nesse sentido, procuramos privilegiar as novas interpretações no campo historiográfico, principalmente aquelas que realçam o regional, como objeto de estudo. Por intermédio do exame do Corpus Documental, fontes iconográficas, relatórios, atas, livros de matrículas, diários, imprensa local e regional, história oral de antigos professores e alunos, é que pudemos compreender e dar um sentido histórico ao Colégio Santa Teresa. No decorrer de nossa pesquisa, entendemos que a gênese e consolidação do Colégio, ocorreu num momento em que a igreja católica buscava recuperar a catolicidade brasileira, através da instalação de suas escolas. Percebe-se, também, que a instalação do Colégio marcou o advento de uma nova era educacional para Ituiutaba, pautada em princípios religiosos e da mais moderna pedagogia. Buscamos ainda compreender e aquilatar a intenção de Dona Olegária Chaves e Pe. Fortunato Morelli, ao instalar, em Ituiutaba, uma escola confessional que viesse materializar os ideais da igreja católica. Enfim, consideramos que o Colégio Santa Teresa influenciou a formação da juventude tijucana, marcando a sociedade.

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MODERNIDADE E CIVILIDADE: O grupo escolar e suas representações sociais em Uberabinha (1911-1929)

Luciana Beatriz de Oliveira Bar de CarvalhoGeraldo Inácio Filho

Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Na tentativa de romper com uma história positivista, a qual objetiva a mera comprovação dos fatos através das fontes, pretende-se, nesta pesquisa, aquilatar as mudanças, as práticas, os rituais e as tradições que foram geradas com a criação do Grupo Escolar Júlio Bueno Brandão, (fundado em 1911, o grupo escolar foi a primeira escola pública da então Uberabinha, hoje Uberlândia). Neste sentindo, busca-se compreender até que ponto o grupo escolar influenciou na consolidação do ideário republicano na cidade, pois a educação, na República Velha, surge como uma das vias de “civilização”, ao formar o cidadão para a República “democrática”, projetando para o país a possibilidade de estar junto às nações desenvolvidas. Com relação às fontes, realizamos levantamentos nos principais jornais da época, nos quais buscamos identificar as representações sociais construídas em relação ao grupo escolar. Os periódicos pesquisados foram: O Progresso, A Tribuna, A Notícia, Triângulo Mineiro, que expressam a vontade da elite e também do povo de Uberabinha para a construção de um grupo escolar. Analisamos ainda as atas do referido grupo, além de realizar um levantamento bibliográfico sobre o tema. Assim, como conclusões preliminares desse estudo, podemos afirmar que os grupos escolares foram um símbolo para a República, ao fazer emergir essa relação intrínseca, da escola como a difusora dos valores republicanos e comprometida com a construção e a consolidação do novo regime: "é escola da República e para a República”. Não sendo diferente em Uberabinha, já que o Grupo Escolar Júlio Bueno Brandão era considerado, nas representações difundidas pela imprensa sinônimo de civismo e modernidade.

ESCOLA COMO CASA DE CULTURA

Luiza Aparecida DelfinoUniversidade Estadual de Campinas – UNICAMP

Este trabalho pretende apresentar, minhas reflexões iniciais, sobre o tema: "A Escola Como Casa De Cultura". Este texto é parte integrante de minha dissertação de mestrado, que está em fase de desenvolvimento. A abordagem da educação e da cultura, será realizada numa perspectiva de busca de um escola "diferenciada" do modelo neolibebal proposto nas atuais políticas educacionais. A escola “diferenciada” pode ser elaborada a partir dos

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pressupostos encontrados nos estudos de Gramsci, onde busco a possibilidade de se pensar uma nova proposta de educação.

O DIRETOR E A CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPES PEDAGÓGICAS DAS PRIMEIRAS ESCOLAS NORMAIS NA REGIÃO DOS CAMPOS

GERAIS/PARANÁ

Luzia Borsato CavagnariUniversidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

A pesquisa em desenvolvimento pretende mapear a trajetória histórica da direção e equipes pedagógicas das primeiras escolas normais públicas do Estado do Paraná, assim como analisar a figura e o papel da direção escolar enquanto mecanismo de organização e controle do sistema de ensino. Para tanto, tomou-se como referência a legislação estadual, as fontes primárias (atas, correspondências, livros de avisos e portarias), secundárias e história oral do Instituto Estadual de Educação Professor César Prieto Martinez, fundado em 1924, em Ponta Grossa, primeira escola de formação de professores da região dos Campos Gerais/PR. O estudo tem contribuído para a formação de pedagogos no processo de aprender a pesquisar, a valorizar a importância dos arquivos escolares como instrumento de construção do conhecimento.

A ESCOLA NORMAL BRASILEIRA: Uma leitura histórica de sua emergência

Maria Auxiliadora CavazottUniversidade Tuiuti do Paraná -UTP

O trabalho consiste numa análise crítica das primeiras tentativas de formação sistemática do professor do ensino elementar no Brasil, a partir da perspectiva histórica, ou seja, do estudo das determinações decorrentes das

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relações sociais sob as quais essa formação docente se realiza. Em primeiro lugar, nossa abordagem ressalta o fato de que a formação do magistério primário, na chamada Escola Normal, nasce no interior da lutas republicanas do final de século XIX, que elegeram a educação como a instância privilegiada de formação da nacionalidade. Coerente com o espírito do progresso econômico, que pretende inserir a nação brasileira no movimento mundial de expansão capitalista, a afirmação insistente de que a construção do país se faz pela via da educação desperta especial cuidado com a formação do professor. Em segundo lugar, a Escola Normal veio ao encontro da necessidade de inserção da mulher no crescente mercado de trabalho assalariado, arrancando-a de sua condição de enclausuramento no interior da casa brasileira, conforme permanecia por força da tradição colonial. O estudo de José Veríssimo, intitulado “A educação da mulher brasileira”, inserido na primeira publicação da “Educação Nacional” em 1890, assinala a instalação das Escolas Normais - cuja finalidade era formar a professora primária - como importante marco na melhoria da instrução da mulher. O referido estudo, que faz uma análise do avanço que representou para a educação feminina, de um modo geral, o funcionamento das Escolas Normais no Brasil, constitui fonte privilegiada deste trabalho, porquanto significa uma importante contribuição para a história da educação escolar brasileira.

A EDUCAÇÃO NO PARANÁ: O papel social das escolas particulares

Maria Cecília Marins De OliveiraUniversidade Federal do Paraná -UFPR

As escolas particulares, criadas no Paraná, nos períodos Provincial e da Primeira República, desempenharam papel relevante na educação, em razão de seu elevado padrão de ensino e de sua clientela proveniente das camadas mais elevadas e abastadas da sociedade paranaense. A concessão de subvenções e outras vantagens pelos Governos incentivou pessoas leigas e ordens religiosas a criarem este tipo de escola, conforme os padrões de organização e ensino daquelas existentes, em centros urbanos maiores. Essa prática, iniciada no Paraná Provincial, teve continuidade no período Republicano.As escolas, por sua eficiência de organização e ensino, granjearam a simpatia e a aceitação da sociedade, contribuindo com as políticas de educação dos Governos. Embora fossem submetidas a algum controle da Inspetoria de Ensino, tiveram elas certa liberdade na condução de suas atividades escolares. O prestígio conquistado, garantiu a manutenção das subvenções e a liberdade de ação

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educacional, esta última, desfrutada também por escolas que não contaram com benefícios de subvenções.O maior número de estabelecimentos concentrou-se em centros urbanos maiores das regiões do Paraná tradicional, do norte e do sudoeste do Estado à medida que foi se delineando a ocupação nas regiões. Curitiba, por ser a capital, contou com estabelecimentos leigos e religiosos mais importantes. A criação dessas escolas por particulares preencheu afinal, a lacuna deixada pelos governos, ocupados com a expansão da rede escolar pública e sem condições financeiras para investimentos neste sentido. A presença dessas escolas, no Paraná, completou o quadro das instituições escolares, atendendo os diferentes níveis de expectativas de formação de crianças e jovens da sociedade paranaense.

RAÍZES HISTÓRICAS DO ENSINO SECUNDÁRIO PÚBLICO NA PROVÍNCIA DO GRÃO PARÁ: O Liceu Paraense 1840-1889

Maria do Perpétuo Socorro G. de Souza A. de FrançaUniversidade do Estado do Pará - UEPA

Universidade da AmazoniaSecretaria de Estado da Educação/Pará- SEDUC

O presente trabalho, tem como propósito apresentar a pesquisa desenvolvida durante o mestrado, na Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP, onde investigamos o processo de criação e desenvolvimento do ensino secundário público na Província do Grão - Pará, na segunda metade do século XIX, através do estudo do Liceu Paraense, único estabelecimento público de instrução secundária da Província.O período de que nos ocupamos foi marcado, em nível nacional e regional, por um contexto sócio-político e econômico dominado por interesses de uma oligarquia de grandes proprietários rurais, comerciantes e traficantes de escravos. Nas décadas finais do Império, essa sociedade sofreu mudanças estruturais que apontavam para a constituição de um novo contexto econômico - social sustentado no trabalho assalariado e no avanço do capitalismo. Nesse período, o sistema público de instrução no país já se organizara, voltando-se quase que exclusivamente para o ensino das elites. Nossa preocupação foi reconstituir a história da educação regional, articulando-a ao contexto político e educacional nacional. Para compreender as condições objetivas que determinaram a criação do Liceu, e que condicionaram o seu desenvolvimento no Grão-Pará, buscamos inicialmente reconstituir alguns marcos históricos da sociedade brasileira, na segunda metade do século XIX, bem como a constituição do ensino brasileiro

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no período. A partir daí foi possível examinar os estudos ministrados pelo Liceu Paraense, e entender que a sua “decadência” resultou, antes de tudo, da política educacional nacional, que condenava os Liceus Provinciais ao fracasso.

A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO: Da pedagogia da escola nova à pedagogia tecnicista

Maria Elisabeth Blanck MiguelAlboni Marisa D. Pianovski Vieira

Pontifícia Universidade Católica do Paraná- PUC-PR

Este estudo tem como objeto a pesquisa da formação do pedagogo, desde as décadas de 40 a 60, período no qual predomina a Pedagogia da Escola Nova como tendência educacional, até as décadas de 70 e 80, quando o Tecnicismo se instala na educação brasileira. A ênfase na aplicação de métodos ativos, a seleção e encaminhamento dos alunos para formas diferentes de trabalho escolar, fundamentado nos resultados de observações e testes e inspirados pela Psicologia Diferencial e da Aprendizagem, da Sociologia e da Biologia caracterizaram o período da Escola Nova. Tais constatações geraram a hipótese de que os elementos que marcaram profundamente a formação dos professores constituíram-se na base de sustentação pedagógica para que o Tecnicismo se instalasse na educação brasileira. A partir desta indagação estudamos a formação dos docentes nos cursos de Pedagogia, nos períodos de 50 a 80. Pesquisamos os cursos de Pedagogia na Universidade Federal do Paraná, de 1940 a 1980 e na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, de 1963 a 1980. Levantamos a relação de professores, disciplinas, conteúdos programáticos e referencial bibliográfico. Os conteúdos programáticos ofertados pelas duas instituições foram os mesmos por quase três décadas. O corpo docente era o mesmo, as aulas eram expositivas e organizavam-se apenas alguns debates e seminários. Há indícios de que o Humanismo Cristão, sobretudo a Escolástica permeavam o pensamento acadêmico em meio a poucas tentativas de inserção dos ideais da Escola Ativa. Na Universidade Católica, as disciplinas: Moral, Dogma e História do Cristianismo evidenciavam seu cunho confessional..A Escolástica, como base de formação de professores, parece ter garantido o caráter conservador, em grande parte responsável pela absorção do Tecnicismo.

A CARREIRA DO PROFESSOR PRIMÁRIO (1822-1889).

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Maria Inês Sucupira StamattoUniversidade Federal do Rio Grande do Norte -UFRN

A Partir da análise da legislação provincial (1834-1889) sobre educação, observou-se a institucionalização da carreira do professor primário no Brasil. No período Imperial, paulatinamente, foi sendo regulamentada, em cada província, a profissão de magistério. As leis das províncias passaram a ocupar-se com questões que iam desde a formação deste profissional até as que regulamentavam a carreira do mestre-escola. Assim, a forma de entrada/ saída na profissão (concurso/ aposentadoria), proventos, licenças, aumento nos vencimentos por tempo de serviço/qualificação, gratificações, punições foram matérias de legislação dos governos provinciais. Além destes pontos, ocorreu igualmente o enquadramento do professor através da organização do serviço de inspetoria/supervisão do corpo docente, havendo em alguns casos, o estabelecimento de fiscalização em relação ao método de ensino, condições físicas das salas de aula e produção material burocrático como cadernos de matrícula, chamada, relações de alunos, etc. Estas medidas, muitas vezes atingiram também o ensino particular. Percebe-se assim, um esforço de enquadramento do magistério por parte das autoridades, tendo-se um arcabouço dos sistemas de educação estaduais estruturados na passagem para a República.

OS PRIMEIROS PROFESSORES DA ESCOLA NORMAL DOS CAMPOS GERAIS-PR

Maria Isabel Moura NascimentoUniversidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMPJosé Claudinei Lombardi (orientador)

Universidade Estadual de Campinas UNICAMP

Este estudo é parte da pesquisa de doutoramento que está em desenvolvimento na Universidade Estadual de Campinas UNICAMP. Nesta pesquisa buscamos entender a criação das primeiras Escolas Normais dos Campos Gerais, no Estado do Paraná, objetivando explicar as articulações e as influencias do poder político e econômico, manifestada na construção destas escolas. Este processo de pensar a educação na formação dos professores que atuaram nas escolas primárias, se fez através de documentos selecionados, produções historiográficas, com o objetivo de responder algumas interrogações básicas que estão sendo trabalhadas, a partir do desenvolvimento

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do estudo. Os dados e informações preliminares, já colhidos, indicam que as razões que levaram a criação das primeiras Escolas Normais foram: a influência da chegada das primeiras colônias estrangeiras que se instalaram na região dos Campos Gerais, forçando a expansão do ensino primário e conseqüentemente a necessidade da criação das primeiras Escolas Normais; a implantação das primeiras indústrias na região como: madeira, cervejaria, olaria, mais a erva-mate, foi um dos principais produtos que contribuíram para evolução do processo econômico local; às reformas educacionais implantadas no Estado do Paraná consideradas inovadoras; os Campos Gerais por seu isolamento do restante das outras regiões do Estado considerados desenvolvidos. O Estado do Paraná que foi o segundo da federação a promover mudanças em 1920, trazia contrastes, que distanciava muito o acesso das famílias de baixa renda à escola de primeiras letras e no mesmo sentido os pretendentes ao curso para formação de professores das primeiras Escolas Normais Dos Campos Gerais no Paraná, identificando a realidade na qual uma sociedade constrói a escola para formar seus professores.

ESCOLA NORMAL: Processo histórico e trabalho

Maria José de Souza MartinelliPontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCCAMP

Esse estudo tem como objetivos desvendar o porque a formação do professor oferecida na atual Escola Normal se distancia da unidade teoria e prática; refletir e analisar o processo e trajetória histórica da Escola Normal em suas transformações na estrutura, organização (legislação educacional) e das concepções (pensamento pedagógico) que lhe serviam e servem à sua sustentação como instituição que prepara o profissional para o mundo do trabalho; pensar uma Escola Normal orgânica que trabalha o princípio educativo articulando trabalho e ensino, o saber e o fazer, a teoria e a prática.A partir da prática vivenciada no curso de formação de professores, observa-se uma profunda separação entre teoria e prática. Desvendar de onde vem essa separação (gênese histórica) e quais são as possibilidades concretas da superação desta dicotomia, no sentido de buscar a unidade educação e trabalho, constitui-se o nosso foco de investigação e problematização. O desenvolvimento do estudo pressupõe o levantamento de categorias de análise, sendo que a categoria trabalho/ articulação teoria e prática, se destaca como categoria geral e emergindo desta, a profissionalidade, representada pela própria visão do profissional na construção de sua identidade –

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profissionalidade (conhecimento profissional construído na prática pedagógica e prática social / histórica).A ação pedagógica no interior da Escola Normal, no percurso histórico, desde a sua criação no Estado de São Paulo, em 1846, é marcada pela fragmentação entre o pensar e o fazer, teoria e prática, educação e trabalho, observando-se como fundamento matrizes teóricas / metodológicas de cunho liberal ( concepção tradicional, escolanovista e tecnicista) que produzem um conceito estreito de profissionalização – na verdade um conceito de educação profissionalizante! Contribui para esse processo o encaminhamento das políticas educacionais para essa modalidade de ensino, representadas pela LDB lei nº. 9394/96 e os Decretos e Deliberações que orientam os rumos do curso Normal.

DOS INCONFIDENTES A JOSÉ BONIFÁCIO: Uma contribuição para a história da educação

Maria Luísa Furlan CostaSilvina Rosa

Universidade Estadual de Maringá - UEM

O trabalho a ser apresentado incorpora resultados parciais de dois projetos de pesquisa: Os Inconfidentes do século XVIII: uma fonte literária para a história da educação no Brasil e Projetos para o Brasil de José Bonifácio: História e Educação. Pouco estudado pelos educadores, o período compreendido entre as Reformas Pombalinas e o processo da Independência brasileira é uma sementeira de transformações históricas profundas em meio às quais o molde público e geral das instituições educacionais emerge. Exatamente porque desvendam esse processo de constituição da cidadania e das instituições destinadas a formá-la e/ou consolidá-la, os resultados da pesquisa revelam que os homens não fazem as reformas segundo a sua vontade, mas que estas estão sujeitas à correlação de forças e às próprias circunstâncias sociais econômicas e políticas. A poesia dos Inconfidentes mineiros do século XVIII, escrita num momento de enfrentamento político-religioso radical, desnuda fatos e comportamentos indicadores das tendências da história e da história da educação desse momento e que vão se definir no início do século XIX como uma bandeira de emancipação nacional. Não interessa aos autores do trabalho nenhum tipo de classificação, mas sim captar a efervescência política que tomou conta do Brasil e de Portugal na segunda metade do século XVIII e nas primeiras décadas do século XIX, quando se desenvolvem atitudes "nacionalistas" ou "nativistas" e entender as possíveis

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oscilações políticas e os limites da prática educacional transformadora desse momento. Em suma, abordando os primeiros sintomas dos ideais nacionais que, posteriormente, vão presidir às propostas de criação do sistema de ensino brasileiro, cujo alvo é a formação do cidadão nacional, pretende-se contribuir para suprir algumas lacunas existentes na historiografia educacional brasileira.

MÃOS E MENTES NA ARTE DE APRENDER: Escola profissional ferroviária Cel. Tibúrcio Cavalcanti Ponta Grossa

Maristela Iurk BatistaUniversidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

Uma instituição seja ela política, religiosa, educacional, filantrópica ou cultural representa um agente integralizador e integrante na história das sociedades humanas. O fio condutor da pesquisa relaciona-se à análise do contexto do Estado Novo, com uma nova ordem sócio-política que se firmou no país, voltada para os interesses nacionais e na qual a ideologia nacionalista e o “trabalhismo” foram intensamente ressaltados os discursos oficiais, manifestações populares e o projeto da industrialização do Brasil gestado na Revolução de 1930 estava se concretizando. Pretende-se analisar a educação voltada para o trabalho neste contexto histórico em Ponta Grossa-Pr, particularmente a Escola Profissional Ferroviária Cel. Tibúrcio Cavalcanti, que surgiu neste momento como cumprimento das chamadas Leis Orgânicas da Educação, editadas a partir da década de 1940. Em Ponta Grossa, na década de 40, a escola Profissional Ferroviária Cel. Tibúrcio Cavalcanti, respondia ao projeto de educação profissional do Estado e atendia às necessidades específicas da cidade, isto é, a formação de mão-de-obra para o trabalho na ferrovia. Terra de passagem, Ponta Grossa acelerou seu ritmo com a chegada da estrada de ferro. O ensino profissionalizante, diferenciado e separado da educação básica tornou-se preocupação nacional e expandiu-se, na medida do possível, por todo o país. Cidades como Ponta Grossa apresentavam uma conjuntura favorável para a implantação de escolas dessa natureza. Educar para o trabalho era a proposta maior da política pública nacional. Portanto, a análise do projeto pedagógico e da ação educativa da Escola Profissional Ferroviária Cel. Tibúrcio Cavalcanti se justifica ainda no contexto atual como contribuição para a História da Educação da Região dos Campos Gerais.

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO RUI BARBOSA E SUA CONTRIBUIÇÃO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM SERGIPE

Miguel André BergerUniversidade Federal de Sergipe - UFS

A formação de professores para o inicio da escolariazação é terna sempre presente na pauta do debate educacioanl, diante do caráter seletivo do Sistema Educacional Brasileiro e as exigências que vem demendando um profissional cada vez mais qualificado.A formação de protessores no Brasii teve início em 1830, corn a implantação desse curso ocorreu em 1870. Tanto em nível nacioanl como local, o curso teve, no início, uma existência efêmera.Este estudo resgata a criação e consolidacao do Curso Normal em Sergip, enfocando o Instituto de Educação Rui Barbosa um dos centros de formação por exceleência no Estado. As várias tentativas de reformas são analisadas tendo em vista as ligislações prornulgadas no período de 1 946 a 1 998 e o contexto social

LIVRO PRETO”: A disciplina e a indisciplina nas escolas da região dos Campos Gerais- a utilização do livro de penalidades e sanções

Neiva de Oliveira Moro Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

Nesta pesquisa, ainda em desenvolvimento, pretendemos constatar como se processavam ou como aconteciam as relações entre professores e alunos, dos alunos entre si, nos diferentes momentos do processo de ensino aprendizagem: em sala de aula, no recreio, nos horários de entrada e de saída das aulas, em atividades esportivas ou recreativas, nas escolas públicas da Região dos Campos Gerais já catalogadas, pelo projeto de pesquisa Catalogação de Fontes Primárias e Secundárias da História da Educação Brasileira, na região dos Campos Gerais.Pretendemos registrar que recursos eram utilizados para garantir a disciplina na escola e como eram tratados os alunos indisciplinados ou que agrediam física e moralmente seus colegas, desrespeitavam os professores ou qualquer outro funcionário, bem como, depredavam os equipamentos, os prédios públicos, não cumpriam as regras e normas da escola.Vamos nos deter na análise dos “Livros de Penalidades e Sanções”, os chamados “Livros Pretos”, encontrados em várias escolas da

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região objetivando estabelecer as relações de poder implícitas no processo ensino-aprendizagem.

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: O desenvolvimento do pensamento científico no ensino superior no Brasil: Benjamin Constant e Fernando de Azevedo - dois momentos da “pedagogia da prosperidade”.

Olinda Maria Noronha

Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCCAMP

O trabalho que ora apresentamos em forma de resumo é resultado de uma pesquisa concluída em janeiro de 2000, no GT Puc-Campinas, integrada ao Histedbr/FE/Unicamp.O objeto central de análise é o ensino superior no Brasil. Buscando analisar o desenvolvimento de pensamento científico sobre este nível de ensino, através da análise das idéias de Benjamin Constant (positivismo) e de Fernando de Azevedo (liberalismo) como expressão de dois momentos de materialização da “pedagogia da prosperidade”.O pensamento destes intelectuais foi tomado como um amálgama do pensamento sobre educação, deste período republicano, representando, portanto um “complexo” de pensamento. Trata-se de uma pesquisa de natureza histórica, que busca dialogar com os métodos de análise histórica da realidade e com a produção historiográfica em história da educação.Os objetivos da pesquisa foram expressos como: a) recuperar e reler os trabalhos da historiografia consagrada tradicionalmente na História da Educação Brasileira; b) desenvolver esta releitura tendo como indagação central o modo como se daria a construção das concepções de homem, de cultura, de ciência de ensino superior, no pensamento destes intelectuais; c) analisar criticamente os discursos destes intelectuais. O primeiro momento (final do Império e início da República), onde o Brasil possuía uma inserção limitada na divisão internacional do trabalho, num contexto dominado pelas oligarquias regionais, vamos observar uma compreensão também, limitada da educação e da escola. Apenas nas regiões urbanizadas a escola representava um mecanismo de ascensão social para os setores que almejavam participar de alguma forma do projeto republicano. O segundo momento(final da República Velha), observa-se uma diferenciação social e econômica e o surgimento de novas necessidades de criação de um sistema de ensino ao mesmo tempo único e diferenciador. É no interior deste contexto que vamos situar e analisar os pensamentos de Benjamin Constant e de Fernando de Azevedo.

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O SURGIMENTO TARDIO DA UNIVERSIDADE BRASILEIRA SEGUNDO A ÓTICA DE ROQUE SPENCER MACIEL DE BARROS

Paulino José OrsoUniversidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP

Porque, no Brasil, a instituição universitária nasceu tão tardiamente, enquanto que no Peru, por emplo, já no século XVI, em 1551, foi criada a Universidade de São Marcos? Para Roque Spencer, desvendar esta questão e buscar uma explicação satisfatória a ela tornou-se um desafio. Pois, pensava ele, passamos pelo período colonial e o ensino superior só foi criado posteriormente, durante o Império. E a primeira universidade brasileira, a Universidade de São Paulo, só viria a ser criada 45 anos após à proclamação da República. De acordo com sua hipótese preliminar, tal atraso não se devia propriamente às dificuldades financeiras. Mas, o autor ainda não conseguia encontrar os motivos plausíveis que justificassem tal atraso, uma vez que a criação da universidade, apesar dos altos e baixos a que poderia estar sujeita, poderia contribuir imensamente para a vida cultural e para o progresso do país.

PRINCÍPIOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA ESCOLA NOVA NO PENSAMENTO DE JONATHAS SERRANO

Regina Maria Zanatta Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP

Este estudo tem como preocupação reconhecer os pressupostos teóricos que fundamentavam a Escola Nova e que, no Brasil, foram assumidos, sustentados e implantados pela reforma educacional de 1928, com o objetivo claro de colocar o Brasil no patamar das grandes nações capitalistas. A pesquisa se caracteriza pelo levantamento e análise de fontes bibliográficas da historiografia brasileira no período da Primeira República, em especial o conjunto das obras de Jonathas Serrano. Para tanto, utilizamos a metodologia da pesquisa histórica, que se caracteriza por uma forma específica de análise das fontes primárias, procurando desvelar as relações reais que os homens estão estabelecendo entre si, sem suprimir as suas próprias contradições. Nessas contradições, procuramos identificar as necessidades históricas das transformações humanas. As obras de literatura, produzidas no período, são

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utilizadas para corroborar nossas análises, ilustrando-as de forma mais viva. Nesse sentido, o estudo das obras se realiza tendo em vista o contexto das relações sociais em que foram produzidas, ou seja, voltamos os olhos e os ouvidos para o período a que o autor se refere, pois, cada um apresenta suas particularidades e tem, nos conceitos e termos utilizados, uma precisão histórica que precisa ser desvelada. Isso nos possibilita não só estabelecer ou encontrar identificações entre autores coetâneos, mas estabelecer as diferenças que apontam a complexidade e a riqueza do período em estudo. A participação de Jonathas Serrano nos debates político-educacionais, no campo da pedagogia, da história e da filosofia, foi intensa, deixando-nos um valioso legado documental que tem sido pouco, ou quase nada, explorado pelos pesquisadores da História e da Filosofia da Educação. Portanto, esse estudo se desenvolve procurando reconhecer os princípios filosóficos/educacionais que foram defendidos nos primórdios da década de 30, período de consolidação da reforma, e que, muitas vezes, foram criticados e/ou assumidos por Serrano.

LIBERALISMO E REFORMA EDUCACIONAL

Rita de Cássia Ribeiro BarbosaUniversidade Estadual de Campinas

Neste trabalho analisa-se a rearticulação da ideologia liberal para a manutenção do modo capitalista de produção, destacando-se a centralidade da questão educacional nesse ideário. A educação foi apresentada ao longo da história do pensamento liberal como condição para o progresso individual e como fator essencial para a promoção do bem-estar geral. Em particular, os liberais atribuíram à educação escolar a tarefa de construir uma sociedade “justa”, ou seja, o papel de realizar a integração social. As décadas de 1970 e 1980 foram marcadas, respectivamente, pelas crises do capitalismo nas economias centrais e nos países periféricos. Os neoliberais intensificaram o ataque aos teóricos do Estado-de-Bem-Estar-Social e, paulatinamente, dominaram as políticas dos governos nacionais, através de instituições como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, que impõem medidas que privilegiam a “livre concorrência”. Identifica-se nas reformas curriculares promovidas por vários países entre o final da década de 80 e durante os anos 90 fortes influências deste receituário. Os agentes destas reformas argumentavam que o currículo já não correspondia às necessidades da realidade que teria emergido com a chamada globalização econômica e cultural. A antiga formação para a produção padronizada em larga escala, teria

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determinado um currículo incapaz de responder às demandas geradas pela reestruturação produtiva, agravando o problema do desemprego. Por outro lado, para que a democracia fosse consolidada, a diversidade social deveria ser contemplada. Portanto, atribuiu-se à educação, através do estabelecimento de diretrizes curriculares, um duplo papel: a responsabilidade pela inserção econômica dos homens na “nova estrutura produtiva” e a formação de “personalidades democráticas” que aceitem o pluralismo, sejam tolerantes, solidárias e solucionem pacificamente os conflitos sociais. Verifica-se que o mito liberal da escola redentora ressurgiu com força em nosso tempo, com a “missão” de realizar o “ajuste social”.

EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA: ALÉM DO ESTADO E DO MERCADO?

A Experiência da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade-CNEC

(1985-1998)

Ronalda Barreto SilvaUniversidade do Estado da Bahia – UNEB

Este trabalho insere-se na discussão sobre o público, o privado e o comunitário na educação brasileira, abordando as questões do abandono das teses da democratização, da igualdade e da inscrição da educação no âmbito do assistencialismo como parte do processo de modificação/redução da intervenção estatal nas políticas sociais, legitimado pela metamorfose dos conceitos que se verifica no âmbito educacional e articulado ao esvaziamento da luta pela escola pública e ao fortalecimento do denominado “terceiro setor” da sociedade. O objeto de estudo é a Campanha Nacional de Escolas da Comunidade-CNEC, uma instituição que possui uma presença significativa na educação brasileira e na política educacional, oferecendo escolas da educação infantil ao ensino superior. A CNEC assume o discurso de uma via entre o público e o privado, entre o Estado e o Mercado, para tanto, utilizando o mecanismo de embasamento no tema da comunidade. A instituição apresenta diversas características, de acordo com vários contextos, buscando sempre atender à política educacional implementada pelo Estado brasileiro e, nos últimos anos, tem diversificado as suas ações na perspectiva da educação comunitária como posta atualmente, compreendendo um leque considerável de atividades e, para tanto, realiza modificações internas que possibilitam evidenciar elementos constitutivos das novas tendências da privatização da educação brasileira. A pesquisa foi realizada a partir do levantamento de fontes documentais: relatórios de atividades da CNEC, atas e anais dos seus

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congressos, estatutos e uma literatura empenhada em divulgar a experiência da instituição, a emplo de jornais e revistas; algumas leis promulgadas para benefício financeiro da instituição e realização de entrevistas com alguns dos seus dirigentes.

DE ESCOLAS ISOLADAS A ESCOLAS ESTADUAIS: Uma lacuna histórica preenchida pelo resgate da história oral

Rosana Nadal de Arruda Moura Silvana Maura Batista de Carvalho

Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG

O presente estudo constitui parte de uma pesquisa em andamento, com o objetivo de resgatar as fontes primárias e secundárias da educação brasileira, na região dos Campos Gerais, no estado do Paraná. A realização da 1ª etapa desse projeto constituiu em fazer o levantamento das fontes históricas educacionais dos estabelecimentos de ensino mais antigos, da referida região, desde a sua fundação até a década de 60, através dos acervos arquivísticos e bibliográficos existentes. A partir desse trabalho percebeu-se a lacuna presente na histórica da formação das instituições escolares, pela ausência de documentação específica.Na 2ª etapa da pesquisa que, pode revelar mais uma das diversas faces da história da educação brasileira, na região dos Campos gerais, priorizou-se o estudo do processo de transformação das escolas isoladas, em grupos escolares e posteriormente em escolas estaduais. Diante dessa realidade, buscou-se, através da história oral, resgatar a memória dos educadores das antigas escolas isoladas. Tendo em vista as múltiplas abordagens da pesquisa e a inserção da pesquisa na formação inicial do professor, em especial do professor de história, participam do desenvolvimento do projeto, acadêmicos pertencentes à licenciatura em História da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. Esse trabalho objetiva resgatar a história da educação proporcionando aos acadêmicos envolvidos o aprender a pesquisar e, ensinar através da pesquisa.

EDUCAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO, PRINCIPAIS MOTIVOS PARA O SURGIMENTO DAS ESCOLAS PROTESTANTES DE ORIGEM ÉTNICA

ALEMÃ EM CURITIBA

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Sandra de F. K. Gusso Maria Elisabeth Blanck Miguel (Orientadora)

Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC- PR

Este trabalho teve o objetivo de apresentar, o desenvolvimento da educação protestante de origem étnica na sociedade curitibana, no final do século XIX e início do XX. Para atingir o que se pretendeu, foram selecionadas duas escolas particulares por apresentarem características peculiares: a Escola do Boqueirão e o Colégio Internacional. Dessas instituições de ensino foram destacados a origem e o funcionamento das atividades educacionais. No contexto histórico da educação paranaense investigou-se as principais leis e decretos que regulamentavam o ensino da época, bem como de que forma as escolas selecionadas para a pesquisa se posicionaram diante das exigências legais estabelecidas pelo Governo com relação ao movimento de nacionalização.Utilizou-se, como metodologia de pesquisa, o método histórico bibliográfico por estar mais coerente com a proposta de estudo. Em Curitiba surgiram, entre os dois séculos, algumas denominações religiosas do ramo protestante, e com elas, algumas escolas particulares de origem étnica alemã. Essas escolas se organizaram dentro de um contexto histórico favorável. Destacaram-se na cidade, por apresentarem uma proposta pedagógica apropriada para os filhos de imigrantes europeus e por utilizar métodos diferentes do tradicional ensino nacional. Por motivos diferentes, as duas escolas selecionadas, tiveram suas atividades pedagógicas interrompidas por algum tempo, reabrindo anos mais tarde, seguindo os mesmos ideais do início.O contexto histórico e cultural do Paraná, a imigração alemã e a implantação do protestantismo na sociedade curitibana, foram temas abordados neste trabalho e importantes para dar subsídios à elaboração da pesquisa.Depois de um longo período de pesquisa chegou-se a algumas considerações finais, as quais respondem aos objetivos da pesquisa.

A NOÇÃO DE TEMPO HISTÓRICO NA CRIANÇA

Sandra Regina Ferreira de OliveiraUniversidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Esta pesquisa partiu de urn problerna assim definido: qual a concepção de tempo das crianças de 7 a 10 anos? 0 que pensam a respeito do passado? Corno relativizarn o conteúdo que aprendem na disciplina de História as idéias espontaneas que tern do passado nao vivido? Em busca

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destas respostas reunimos em uma só pesquisa três áreas distintas de conhecimento, que colaboram diretamente na compreensão do processo de conhecimento passado e do tempo: a História, a Pedagogia e a Psicologia. As questões formuladas nesta pesquisa partern de saberes escolares pre-selecionados, mas buscam encontrar a explicação lógica que a criança tern para esses saberes. Ou melhor. á temática é' voltada para conteudos pré-determinados corno o descobrimento do Brasil ou a morte de Tiradentes, mas a perspectiva ampliou-se a tal ponto, corn as respostas espontâneas das criancas, que tomou os fatos escolhidos irrelevantes na análise final dos resultados. Foram guardadas as limitações impostas a uma pesquisa que percorre três áreas distintas do conhecimento, corno a impossibilidade de transpor dados de uma área para outra sern a devida adequação. Concordamos inteiramente corn Jacques Le Goff, quando afirma “ser errado transpor os dados da psicologia induvidual para o campo da psicologia coletiva e, mais ainda, comparar a aquisição do domínio do tempo pela criança com a evolução dos concitos de tempo atrvés da história. A evocação destes domínios pode, no entanto, fornecer algumas indicações gerais, que esclarecem, metaforicamente, alguns aspectos da oposição passado/presente a nível histórico e coletivo” (LE GOFF,1994,205) -explicações para a formulação da noção de tempo e do passado na tentativa de entender quais seriarn as condições cognitivas básicas necessárias para a aprendizagern de história. Qual a importância já ter elaborado conhecimento acerca de inclusâo de classes, noção de tempo. noção de espaço, classificação seriação causa e efeito dos fenomenos físicos e sociais para compreender o processo histórico e social ?

CONSIDERAÇÕES SOBRE NACIONALISMO E EDUCAÇÃO: O caso de Mato Grosso (1937-1945)

Silvia Helena Andrade de BritoUniversidade Federal de Mato Grosso do Sul

O objetivo deste trabalho é discutir as relações entre nacionalismo e educação no estado de Mato Grosso, durante o chamado Estado Novo (1937-1945). Neste sentido, foram examinadas fontes primárias que destacavam esta relação (relatórios, exposições de motivos, etc), sobretudo quando se tratou da análise da situação mato-grossense. Considerando-se as diretrizes mais gerais da perspectiva nacionalista, é possível pensar que os anos 30 e 40 foram propícios à rearticulação do ideário educacional no Brasil, tendo como base o nacionalismo. Não é possível considerar, entretanto, estas diretrizes —

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voltadas sobretudo para a reorganização da educação em bases nacionais — como uma nova concepção de “pedagogia autoritária”, que teria sido forjada naqueles anos. Ao contrário, tal pedagogia não chegou a se conformar como corpo teórico e também não alcançou o status de política de Estado. Da mesma forma, a organização do sistema escolar que se alçou criar naquele momento não permitiria falar de uma escola qualitativamente distinta daquela existente até então. Com este enfoque será examinada a situação educacional em Mato Grosso. Em que pesem todas as especificidades desta região e a ênfase do discurso oficial na relevância do processo de nacionalização — principalmente em se tratando dos espaços fronteiriços — não se criou aí uma escola qualitativamente diferente, apesar da relativa expansão, principalmente do ensino primário, que se deu durante o Estado Novo. Pode-se dizer ainda que estas observações são pertinentes mesmo quando se examinam as medidas repressivas do Estado contra as escolas situadas em áreas de colonização estrangeira, como na colônia japonesa em Campo Grande, cidade situada na região sul de Mato Grosso.

HISTÓRIA ORAL E HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES EM UBERLÂNDIA-MG, NA PRIMEIRA REPÚBLICA

Vera Lúcia Abraão BorgesUniversidade Federal de Uberlândia - UFU

Enquanto membro do grupo de pesquisadores do Núcleo de Pesquisas em História e Historiografia da Educação Brasileira - UFU/MG, ou, mais especificamente, membro do sub-grupo responsável pela reconstituição da História das Instituições Escolares do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, tenho privilegiado o tema Projetos Pedagógicos praticados nas redes de ensino da cidade de Uberlândia, então Uberabinha, no período de 1889 a 1960. Pressuposto de análise: o estudo dos projetos pedagógicos se faz na e pela dimensão da representação e do processo ensino-aprendizagem. Portanto, o objetivo consiste em entender essas dimensões destacadas. No atual contexto de globalização, a pesquisa aponta para as novas tendências na História da Educação, sendo buscados novos métodos, objetos e fontes de investigação. As singularidades da educação nas escolas selecionadas foram resgatadas nas mais variadas fontes, impressas e orais, em que estão registrados eventos tais como: datas cívicas, festividades, currículos, legislações, diários de classe, testemunhos vivos, reformas educacionais e outras documentações e práticas específicas da escola. Após o trabalho de localização e catalogação das fontes

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impressas encontradas nos Arquivos das escolas, Secretaria Regional de Educação, Biblioteca Municipal e Arquivo Público de Uberlândia, partiu-se para a História Oral, levantando-se os dados extraídos das entrevistas com alguns dos ex-agentes sociais que compõem a comunidade escolar. Na presente apresentação buscou-se não só justificar a opção pela História Oral, estabelecendo-se um diálogo com Thompson, como também registrar algumas reflexões acerca dos Projetos Pedagógicos praticados nas escolas delimitadas. O estudo demonstrou-se uma importante via complementar na tecelagem da História da Educação na então cidade de Uberabinha (hoje, Uberlândia).

OS PROFESSORES APOSENTADOS EM FACE DE SUA TRAJETÓRIA NO MAGISTÉRIO: Uma construção da identidade do curso Normal

Vera Lucia MartiniakUniversidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG

Maria Isabel Moura Nascimento (orientadora)Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG/UNICAMP

O presente trabalho é parte de uma pesquisa de especialização, onde

estudamos presença feminina no magistério, que iniciou-se timidamente, pois a atividade docente era considerada como profissão de segundo nível ou complementar, e aos poucos consolidou-se como carreira predominantemente feminina. A opção das mulheres pela carreira docente bem como o surgimento das Escolas Normais. Este estudo teve por objetivo resgatar a memória histórica do Instituto de Educação Professor César Prieto Martinez- PR, através de relatos orais dos professores. Está pesquisa envolveu a participação de docentes, que atualmente estão aposentados, cuja formação se deu na referida escola. De acordo com a análise dos relatos vivenciados, mostrou-se claramente que a Escola Normal, em Ponta Grossa, percorreu momentos de dificuldades, crises e ajustamentos, os quais contribuíram para a construção de sua identidade. Esta análise histórica se faz necessária para que compreendamos a trajetória do curso normal, e possamos construir a identidade do objeto de estudo. Os professores que colaboraram para o levantamento dos dados foram selecionados através da sua experiência na

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carreira do magistério e por terem vivenciado as mudanças ocorridas na Escola Normal.

HISTÓRIA E MEMÓRIA EDUCACIONAL: A escola estadual de Uberlândia (1912-1929)

Viviane Santana MendesPontifícia Universidade Católica de São Paulo –PUC-SP

Luíz Carlos Barreira ( Orientador)

A proposta deste trabalho foi realizar uma primeira interpretação histórica acerca da memória educacional da “Escola Estadual de Uberlândia”, cujo objetivo é a contribuição para a construção de uma História da Educação Brasileira que leva em consideração as especificidades regionais e locais. Neste sentido, procurou-se analisar a Escola Estadual de Uberlândia, contextualizando-a, abordando seu processo histórico de publicização, fazendo uma análise desde sua gênese em 1912, até 1929, enfocando sua transição de instituição privada para pública. Buscou-se resgatar a formação histórica, social, econômica e cultural de Uberlândia, procurando mostrar as transformações ocorridas no interior da sociedade “Uberabinhense”, o processo de Fundação da Sociedade Progresso de Uberabinha e seus protagonistas, a criação do Gymnásio de Uberabinha e os aspectos significativos de sua vida escolar. A metodologia adotada alicerçou-se no pressuposto de que a pesquisa histórica deve ocorrer de forma a conciliar o trabalho empírico com as discussões teóricas. Portanto, são utilizadas na investigação as fontes secundária, ou seja, bibliografia sobre o tema, as fontes primárias - fontes impressas, manuscritas, iconográficas e depoimentos de ex-professores e ex-alunos da escola. Nesta oportunidade pretendo apresentar os resultados que nortearam a realização deste trabalho, bem como os pontos de reflexão para sua efetivação.

O MALOGRO DA EDUCAÇÃO POPULAR NA PARAÍBA (1930-1945)

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Wojciech Andrzej KuleszaRoberta Costa de Carvalho

Cherlane Maranhão RêgoKatiuska Fernandes Araújo

Lucilene Maria da Conceição SantosUniversidade Federal da Paraíba-UFPB

A Revolução de 30 interrompeu momentaneamente as iniciativas tomadas pelos Estados nos anos 20 objetivando a constituição de sistemas de ensino sintonizados com as transformações produtivas dirigidas para a gradual substituição de uma economia agroexportadora de base rural para uma economia industrial urbana. Dada a heterogeneidade regional desse processo, inicialmente o discurso revolucionário do governo provisório pela promoção da educação popular frutificou em bases concretas nas regiões de maior urbanização, especialmente no Distrito Federal, não só por sua grande visibilidade política mas também porque era para onde se destinava a maior parte do orçamento da União para a educação. Na grande maioria das unidades da federação, a educação popular, compreendida neste momento histórico como universalização do então ensino primário público, limitou-se a uma expansão quantitativa, desordenada e clientelista, sem que houvesse mudanças qualitativas importantes na questão primordial da formação de professores.para este nível de ensino. Até o golpe de 1937, o governo Vargas, num processo de atualização do programa revolucionário de 1930, não interferiu no ensino normal e primário fora da capital da República, deixando que os sistemas estaduais se acomodassem à realidade sócio-econômica local, de acordo com o projeto mais global de reaproximação política com as oligarquias. Nesta conjuntura política, os reformadores escolanovistas e, mais amiúde, os católicos, foram ocupando os órgãos técnicos ligados ao ensino, tanto ao nível dos Estados, como do governo federal, passando a interferir decisivamente nos rumos da política educacional. Com o Estado Novo, a centralização do poder e a mudança da representação dos interesses dos Estados, que se transferiu do Congresso para os órgãos técnicos da burocracia estatal, criaram as condições para uma ação direta do governo federal no ensino primário e normal dos Estados, cuja expressão maior encontra-se nas leis orgânicas do ensino primário e normal, decretadas após a saída de Vargas do poder. Este trabalho procura reconstituir o processo descrito acima para o caso da Paraíba.

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HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DOCENTE: A singularidade da Escola Normal de Rio Verde, GO (1933-1974)

Zilda de Carvalho de MendonçaUniversidade Federal de Uberlândia – UFU

Fundação do Ensino Superior de Rio Verde - FESURV José Carlos Souza Araújo

Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Esta investigação busca estabelecer registros sistemáticos sobre a Escola Normal em Rio Verde, GO, a qual era responsável pela formação de professores para a docência primária. Para que isto ocorresse, foi feita uma revisão bibliográfica para se compreender o significado da docência ao longo da história. A fundamentação teórica possibilitou acompanhar, numa linha de tempo, a gênese e evolução da formação docente na Europa que resultou na criação da Escola Normal como agência formadora, para a docência primária. Nela, observou-se que o docente passava pelo crivo da representação que privilegiava a formação moral e ética, em detrimento da intelectualidade. A investigação levantou algumas referências sobre a implantação da Escola Normal no Brasil observando, como ponto relevante, o transplante do modelo europeu sem que fossem consideradas as diversidades contextuais. A Escola Normal no Brasil tinha a responsabilidade de consolidar interesses e objetivos de diversas classes dominantes de diferentes localidades do país. Os estudos sobre a Escola Normal do Brasil em Goiás mostraram a constituição de uma trajetória marcada pela descontinuidade. Esta situação foi o resultado do descaso político e do desinteresse social e econômico acerca desta instituição. Os dados e informações encontrados sobre a Escola Normal em Rio Verde afirmaram que esta surgiu em 1933, pela iniciativa de um professor e foi estabelecida através de uma sociedade civil sob a forma de anônima. A instituição, da forma como surgiu inicialmente, teve duração mínima, mas logo a população buscou outras formas para a sua permanência; ela teve uma trajetória marcada por dificuldades financeiras, falta professores qualificados e pelo esforço junto aos poderes públicos (municipal e estadual) para que não fosse erradicada da cidade. Esta escola contou com administração persistente da Congregação Agostiniana da Igreja Católica de 1942 a 1964 e das Irmãs de São Vicente de Paula de Gysegem até 1974, quando foi assumida pelo governo estadual e tratada segundo as orientações da LDB n.º 5692/71.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO: ABORDAGENS HISTÓRICAS

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PRINCÍPIOS POLÍTICOS E A PRÁTICA EDUCATIVA DO CENTROSERGIPANO DE EDUCAÇÃO POPULAR (CESEP)

Acácio Nascimento FiguerêdoUniversidade Federal de Sergipe - UFS

A temática hora proposta refere-se ao projeto de pesquisa que está sendo desenvolvido no Programa de Mestrado em Educação na Universidade Federal de Sergipe. O CESEP é uma Organização Não Governamental, criada em 11 de junho de 1988 e desde a sua origem atua na assessoria e fortalecimento dos movimentos populares em Sergipe. Organiza-se através dos programas de Educação Popular e do Programa de Comunicação Social, que abrange as produções de revistas, jornais e cartilhas temáticas. Neste sentido este trabalho tem como objetivo possibilitar uma análise sobre os princípios políticos da prática educativa do CESEP, tendo como eixo articulador uma concepção do fenômeno educacional a partir de um ponto de vista de classe. Com efeito, busca-se superar um entendimento reducionista de prática educativa e contribuir para a organização da sociedade civil. Assim é mais uma possibilidade de discutir a nível nacional as práticas educativas, que buscam incentivar mudanças, sejam objetivas ou subjetivas na reflexão dos (as) educadores (as).

O CURRÍCULO DE 1855 DO COLÉGIO DE PEDRO II: Ensino propedêutico versus ensino profissionalizante

Ariclê VechiaUniversidade Tuiuti do Paraná - UTP

Karl M. LorenzSacred Heart University. USA

O ensino secundário tem representado um importante papel no cenário educacional brasileiro, quer como preparatório aos cursos superiores, quer como formador de mão-de-obra qualificada. A fundação do Imperial Colégio de Pedro II e a adoção de um regime de estudos seriados pouco contribuíram para atenuar essa questão. A década de 1850, contudo, trou inúmeras inovações à educação brasileira em todos os níveis de ensino. As reformas realizadas nessa década refletiam as preocupações existentes em países europeus, principalmente, no tocante ao ensino primário, secundário e técnico e, procuravam encontrar soluções, ainda que parciais, aos problemas

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debatidos na década anterior. Sob o ministério de Couto Ferraz, foi ecutada uma série de reformas que afetaram o ensino primário, o secundário, o técnico e o superior em todo o país. O regulamento aprovado pelo Decreto n.º 1556, de 17 de fevereiro de 1855, modificou profundamente os estudos no Colégio de Pedro II, dividindo-os em dois ciclos: os Estudos de Primeira Classe e os Estudos de Segunda Classe. Essa reestruturação resultou em profundas modificações no currículo, tanto em termos de sua estrutura, como na composição dos estudos e ênfase a eles atribuída. O esquema de currículo 4+3 foi um meio utilizado para compatibilizar o ensino secundário com o ensino técnico e o superior, então existentes. Este currículo foi inovador no período, pois somente no século XX ressurge tal tipo de estruturação curricular.

SABERES EM DISPUTA: Emprego, conhecimento tácito e formal na crise do capitalismo monopolista

Carlos LucenaUniversidade do Contestado - UNC

Esta pesquisa discute as transformações do capitalismo monopolista e seus impactos no emprego e no conhecimento dos trabalhadores. Analisa a dimensão do conhecimento tácito dos trabalhadores e as estratégias das empresas para a sua apropriação e negação. Debate o “abismo” existente entre a noção de qualificação e de capacitação profissional, apontando que nos últimos 30 anos os trabalhadores estão sendo desqualificados de uma forma intensiva. Aponta perspectivas para a discussão entre a História, a Educação e o Trabalho, polemizando com as teses neoliberais vigentes.

OS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS – ASPECTOS HISTÓRICOS

Celi Corrêa NeresUniversidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS

O objeto deste trabalho e a reconstituição das diferentes formas de tratamento dispensadas aos portadores de deficiências no decorrer da história. Para tanto, são expostas e analisadas as necessidades sociais que, em cada momento histórico, fundamentam e produzem essas diferenças. O estudo dessa temática, na literatura especializada, tem se preocupado em retratar a forma

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de atendimento dessas pessoas em diversos períodos históricos sem, no entanto, privilegiar a análise da producão material da sociedade em questão. Analisar a educacão das pessoas portadoras de deficiência, nesta perspectiva é o intento deste trabalho. Em última instância, tal iniciativa se realiza visando apreender a especificidade do movimento contemporâneo pela educação dos portadores de deficiência, agora denominados portadores de necessidades especiais (PNE). Esse movimento é estudado no âmbito maior da educação geral e da proposta de escola para todos, traduzindo a preocupacão de compreender a educacão especial no bojo das propostas educacionais da sociedade de nossos dias. Para apreensão do objeto de estudo, são utilizadas fontes clássicas, que permitem a análise histórica da problemática, e fontes documentais que traduzem as tendências e as ações de atendimento ao PNE.

HISTÓRIA DAS LDBs e PNE

Célia KapuziniakCentro Universitário do Triângulo -UNIT

José Carlos AraújoUniversidade Federal de Uberlândia - UFU

Este trabalho procura mostrar o processo de gestação das Leis de Diretrizes e Bases da Educação e os Planos Nacionais de Educação dentro do contexto da sociedade brasileira, com suas contradições, expressão mesma dos conflitos políticos sempre presentes na sociedade.A fecundação de uma idéia demanda tempo e a idéia de um Plano Nacional de Educação tomou o seu, sua concretização só ocorrerá com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961 e o Plano Nacional de Educação, após grandes debates no seio da sociedade brasileira, principalmente com relação à escola pública. Sua concretização contudo é abortada pelo golpe de 1964, a Reforma Universitária de 1968 e a LDB de 1971. O regime militar precisará adequar a educação à ideologia adotada no país. A educação será instrumento utilizado na desmobilização da sociedade civil e deverá atender aos interesses do capital. A redemocratização do país exigiu novo modelo educacional e na esteira da nova Constituição começa a discussão de uma nova LDB. Mostramos o seu percurso, as polêmicas e disputas travadas na trajetória de sua elaboração.A educação tem sido parte integrante da luta de hegemonias travada dentro da sociedade brasileira e sua legislação é reflexo das políticas públicas para a educação. Nesse momento, percebe-se que a luta de hegemonias travada está

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muito longe do fim. Este estudo se insere no contexto de uma pesquisa maior sobre a formação da consciência cidadã e a política educacional expressa na legislação. Nosso questionamento está situado na finalidade da política educacional, enquanto esta visa ou não a cidadania. A reconstrução histórica tornou patente o embate sempre presente na sociedade, quando se tratava de educação, sobre o lugar que a esta se adjudicava e seu papel dentro de um projeto de sociedade.

A INFÂNCIA SOCIALMENTE DESAJUSTADA NO BRASIL: Do Código Brasileiro de Menores (1979) ao Estatuto da Criança e do Adolescente (1990)

Cristina Pedrosa CruzWenceslau Gonçalves Neto

Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Tomando em consideração as transformações advindas do desenvolvimento do capitalismo no Brasil, relacionadas principalmente ao mundo do trabalho, mas também à esfera da educação e da prática educacional, propusemos investigar em nosso trabalho, o tratamento dispensado e as conexões que se estabelecem entre instituições jurídicas e escolares, abordando especificamente a população infanto-juvenil em “abandono” e em “delinqüência”. O período analisado compreende o contexto da edição do Código Brasileiro de Menores em 1979 e o do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) e seus desdobramentos relacionados com a educação escolar. Verificamos que, apesar de distintas determinações sócio-históricas e jurídicas ao longo do tempo, hodiernamente coexistem idéias, concepções e práticas em choque, que ora primam pela punição/repressão ora pela educação desta categoria de estudo. Como o ensino é obrigatório para a criança em idade escolar, torna-se imperativa a determinação judicial do encaminhamento das crianças delinquentes para o ambiente das escolas, causando um certo “desconforto” e desencontros entre a justiça e a direção da escola, reflexo da falta de planejamento para o enfrentamento deste tipo de situação. Metodologicamente, analisamos concepções contidas nas leis específicas que tratam a questão da infância abandonada e delinqüente, ao longo da história brasileira, quais sejam: a) 1º e 2º Códigos Brasileiros de Menores (Decreto nº 17.943/1927 e Lei nº 6.697/1979); b) a disposição legal em vigor do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990); e c) disposições contidas nos Códigos Penais Brasileiros de 1830, 1890 e 1940. A posteriori, relacionamos tais concepções, pensamentos e determinações às práticas educacionais no âmbito escolar. Assim, buscamos refletir sobre a

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história e a educação das crianças e dos adolescentes classificados como socialmente desajustados do Brasil.

A REFORMA DO ENSINO MÉDIO: Universalização, eqüidade e desigualdade

Dirce Maria Falcone GarciaUniversidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Este trabalho refere-se a uma reflexão sobre a reforma do Ensino Médio, em andamento após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº. 9394/ 96, e das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM), elaboradas pela Câmara de Educação Básica, do Conselho Nacional de Educação do Brasil e aprovadas em 01/06/1998. A partir da análise da norma legal e de documentos oficiais que explicitam o discurso normativo do Estado, procuramos analisar a proposta de universalização deste nível de ensino, na busca da eqüidade e da “formação para a vida” e as contradições que emergem no processo de implementação da reforma. O Ensino Médio, atinge apenas 25% da população alvo entre 15 e 17/18 anos, justificando, o empenho para que haja maior inclusão dos excluídos do sistema de ensino. Esta análise parte das evidências de que tal reforma, que procura adequar o Ensino Médio às mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais ocorridas no cenário mundial com a reestruturação do sistema produtivo, apresenta-se com um perfil progressista, obscurecendo o caráter conservador e excludente destas mesmas reformas, muito influenciadas pelo ideário dos organismos multilaterais e de sua lógica financeira.

A EXPANSÃO ESCOLAR GARANTE EMPREGABILIDADE.

Elcia Esnarriaga de ArrudaUniversidade Federal de Mato Grosso de Sul - UFMS

O objetivo dessa comunicação é analisar a importância da instituição escolar como geradora de empregos, na década de 90. Foi feito um levantamento do número de professores de 1 , 2º e 3º graus empregados nas redes particular e pública ( federal, estadual e municipal ) de ensino bem como a formação dos mesmos. O número de servidores técnico-administrativos

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empregados em instituições de ensino também foi um indicador considerado. Além disso realizou-se uma pesquisa junto à JUCEMS ( Junta Comercial de Mato Grosso do Sul) para determinar o número de instituições de ensino cadastradas, na década de 90.Os dados preliminares permitem apontar o fato de que num Estado como MS, em que o setor secundário não tem conseguido alavancar investimentos suficientes, o setor de serviços tem demonstrado um crescimento significativo. Os dados indicam, ainda, que a instituição escolar configura-se como um ramo, no setor de serviços que, de forma crescente garante empregabilidade. A tendência à inclusão, no ensino, de profissionais com “ outras formações” que não a licenciatura e/ou o magistério é um dado que reforça a tese de que diante da exclusão de trabalhadores do setor secundário a escola representa, para esses trabalhadores, uma possibilidade real de inserção no mercado de trabalho. Dessa forma a expansão da escolar sustenta-se não apenas por garantir a inclusão de crianças, jovens e adultos na escola mas, também, como uma resposta à necessidade de garantir um lugar no mercado para aqueles trabalhadores excluídos.

ESCOLA PÚBLICA E CLASSE MÉDIA: Práticas escolares e demandas educacionais

Ester SennaRegina Tereza Cestari de Oliveira

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Este estudo objetiva analisar como a política educacional do estado de Mato Grosso do Sul interage com as demandas da classe média por escola pública, privilegiando a atuação do estado no tocante ao ensino fundamental. A escolha desse estado visa criar possibilidades de aprofundamento de estudos históricos sobre a educação pública sul-mato-grossense. As categorias de análise que orientam a investigação estão assim constituídas: Estado; política educacional e classe média. Recorrendo a fontes primárias, destacando-se documentos da Secretaria de Educação sobre matrícula, movimento e rendimento escolar, por município, assim como documentos de arquivos de escolas públicas e particulares sobre transferência de alunos, o trabalho abrange o período de 1994 a 1998, no qual o governo central e o estado local operam no sentido da “modernização” da gestão educacional, baseando-se nos critérios de eficiência, eficácia e efetividade social. Ao mesmo tempo, no que se refere à política social, o governo pauta-se no princípio da focalização que aponta para o caráter estrito e emergencial da política educacional. Tais

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medidas entram em confronto com a demanda por vagas dos “novos clientes” do estado – as camadas médias. Ao realizar as articulações entre estado central e estado local procura-se expressar o contraponto singular e universal, por meio do qual pode-se elucidar a realidade, em seus nexos e tendências.

ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS E PROGRAMAS NA ÁREA DE EDUCAÇÃO DO GOVERNO LERNER: Resultados parciais

Francis Mary Guimarães NogueiraUniversidade do Oeste do Paraná - UNIOEST

Este trabalho tem como finalidade apresentar os resultados parciais da pesquisa em desenvolvimento que analisa e avalia as políticas e programas nas áreas de educação do governo Jaime Lerner (1995 – 2002). Para tanto, analisamos documentos do Banco Mundial/Bird, do BID, do Projeto Qualidade no Ensino Público do Estado do Paraná – PQE, Programa de Inovação, Expansão e Melhoria do Ensino Médio - PROEM e o Termo de Autonomia das Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES/PR). O Estudo em andamento tem evidenciado que existe uma estreita articulação entre a reforma administrativa do Estado brasileiro e as políticas educacionais do governo Lerner implementadas através do PQE , do PROEM e do Termo de Autonomia das IEES. A implementação destes programas indica a convergência da reforma do Estado brasileiro com as orientações/receituários do Bird e BID. Esses programas educacionais que abrangem o ensino fundamental e o ensino médio – formação geral e ensino profissional - quando propõem promover a qualidade desses níveis de ensino estão promovendo ao mesmo tempo a difusão e implementação de reformas estruturais administrativas e institucionais do Estado brasileiro sob a orientação do Banco Mundial/Bird. A implementação do PQE e do PROEM no diz respeito às reformas administrativas e institucionais tem sido viabilizada nas escolas pela proposta de gestão compartilhada, que significa a modernização gerencial e o estabelecimento de parcerias tendo em vista a “excelência” da educação. Tendo em vista essas prioridades que estão articuladas ao discurso da centralidade da Educação Básica que emergiram como oposição à responsabilidade do Estado em financiar o sistema estadual de ensino superior público. Como expressão dessa política o governo implementou a “autonomia” das IEES/PR que introduziu a obrigação das IEES/PR compartilharem com o Estado o financiamento de suas atividades através da

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busca de fontes alternativas de recursos endossando, dessa forma, as orientações dos organismos internacionais quanto á centralidade da educação Básica e a privatização do ensino superior.

A UNIVERSIDADE E A REPRODUÇÃO DA DESIGUALDADE

Geovânia da Silva ToscanoJosé Willington Germano (Orientador)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

A cada ano, no Brasil, mais de dois milhões de jovem competem em busca de um lugar no ensino superior. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte no período compreendido entre 1993 e 1998 houve um aumento de 74, 05% de postulantes a uma vaga nesta instituição. Os estudantes, com o apoio da família, investem tempo, dinheiro, renunciam lazer na tentativa de conquistar uma vaga. Analisamos neste estudo os fatores externos à Universidade que contribuem na definição da escolha de um curso na UFRN no ano de 1998. Nosso estudo está norteado por dados estatísticos sobre o perfil sócio-econômico dos inscritos e aprovados, levantamento bibliográfico, entrevistas e a contribuição teórica de Pierre Bordieu no tocante ao papel que a família e o sistema de ensino ercem na distribuição do capital cultural e na reprodução social.Em entrevistas realizadas em 1998, verificamos que entre as principais expectativas de um curso universitário estão a formação profissional, conhecimento geral, ascensão no emprego e vocação. Entre os aprovados tem destaque a idéia de formação profissional. Ao observamos a distribuição dos 19.380 inscritos no vestibular de 1998, para um total de 2.597 vagas, constatamos que 30,7% (5942) dos inscritos buscavam um lugar naqueles cursos tidos como o de maior valor no mercado de trabalho e no mercado de bens simbólicos. Quando analisamos o perfil social dos candidatos em nove cursos, identificamos que a escolha do curso vincula à posição social do indivíduo na sociedade: a escolarização dos pais, ocupação do pai, a renda familiar, se trabalha ou não, o tipo de escola. Desse modo, os estudantes, “escolhem” ou são “escolhidos” nos diferentes cursos em função desses fatores que antecedem ao acesso a Universidade e a elas estão relacionados.

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O PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE SERGIPE

Ilná Andrade Lobo Garcia MorenoUniversidade Federal de Uberlândia - UFU

O estudo em pauta encontra-se em andamento e pretende analisar a trajetória do ensino pré-escolar na Rede Estadual de Ensino de Sergipe durante o período do Regime Militar até a abertura política na década de 80, com destaque para o Programa Nacional de Educação Pré-Escolar implantado na referida rede de ensino no ano de 1981, haja vista a expansão no atendimento com relação aos anos anteriores. Explicitamente, o escopo deste sena a expansão da pré-escola para as crianças de 4 a 6 anos das camadas baixas das periferias urbanas afim de liberar as mãos para o mercado de trabalho, prestar às crianças um atendimento médico e de nutrição, favorecer o desenvolvimento pisicossocial e compensar as carências linguística e cultural objetivando eliminar as altas taxas de evasão e repetência nas primeiras séries. A pesquisa em andamento vem apontando que, o referido programa se constituía em mais um instrumento políticoeleitoreiro das oligarquias em controle do Estado visando o pleito de 82. Cabe ressaltar que o problema está sendo direcionado teoricamente a partir da concepção dialética de educação. Tal investigação pretende contribuir para tomadas de decisões políticas na área.

O ENSINO MÉDIO EM PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO DE SUA IDENTIDADE

Irene Rio Stefani

Pontifícia Universidade Católica de Campinas- PUCCAMP

O presente trabalho é resultado de uma pesquisa em andamento, realizada para fins de titulação no Curso de Mestrado em Educação da PUC-Campinas, sob a orientação da Profa.Dra. Olinda Maria NoronhaError! Bookmark not defined., ligada ao GP da PUC-Campinas-“História da Educação Brasileira.”. O título provisório do trabalho é: “ O Ensino Médio em processo de reconstrução de sua identidade “.A questão central que se propõe neste estudo é investigar como as diretrizes curriculares nacionais modificam o Ensino Médio no Estado de São Paulo e como se dá o movimento de transferência do mundo produtivo para a organização do trabalho na

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escola.Para desenvolver essa análise utilizaremos a categoria “unificação diferenciadora” que possibilitará o entendimento do processo capitalista de organização da sociedade que é, ao mesmo tempo, unificador e diferenciador.A pesquisa se constituirá de três partes: O contexto histórico de constituição do ensino médio no Brasil (capítulo I) (com um recorte histórico a partir da Reforma Campos) A globalização da sociedade e as implicações para a educação atual e para o ensino médio em particular (capítulo II) As novas diretrizes curriculares e as transformações do ensino médio em São Paulo: avanços ou retrocessos? (capítulo III)

POLÍTICAS EDUCACIONAIS DO ESTADO DO PARANÁ NAS DÉCADAS DE 80 E 90: Da prioridade à centralidade da “educação básica”

Ireni Marilene Zago FigueiredoUniversidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Este trabalho tem como objeto de pesquisa as políticas educacionais do estado do Paraná nas décadas de 80 e 90, procurando investigar como se efetivou a construção da prioridade à centralidade da “educação básica” e a quais objetivos ela está articulada. Desse modo, buscou-se compreender a construção da centralidade da “educação básica” não somente como resultado das orientações do Banco Mundial e outros organismos internacionais, mas também pela própria elaboração nacional de políticas institucionais pelos governos das esferas federal, estadual e municipal, bem como a partir de reivindicações de professores, de alunos e de alguns grupos organizados da sociedade brasileira. Neste sentido, mesmo que de forma superficial, buscamos compreender a construção da centralidade da “Educação Básica” na dinâmica que engloba a nova divisão internacional do capital e do trabalho, uma vez que esta relação produz conseqüências concretas quanto à esfera político-institucional-partidária, bem como na estrutura social e econômica da sociedade brasileira. Após esta reflexão trabalhamos na análise dos documentos dos governos do estado do Paraná nas décadas de 80 e 90, buscando dar transparência aos projetos educacionais, pois a educação ao ser concebida enquanto prática social, cuja atividade humana é histórica e se constrói no conjunto das relações sociais, no embate de grupos e classes, traduz a luta que se tem por diferentes projetos de sociedade e de educação, que levam a lugares diferentes e com possibilidades históricas diferenciadas.

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A GESTÃO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL DO ESTADO DO PARANÁ (1995-2000)

Isaura Monica Souza Zanardini Universidade Estadual de Cascavel

O presente trabalho tem o objetivo de analisar a concepção de gestão escolar que vem sendo implementada no Ensino Fundamental do Estado do Paraná a partir da orientações do Banco Mundial. Através da análise de documentos da Secretaria de Educação do Paraná e do Banco Mundial, investiga a proposta de gestão compartilhada que vem sendo divulgada enquanto possibilidade de construir a escola de excelência pretendida pelo governo do Estado. A proposta de gestão escolar implementada é analisada a partir do movimento de reorganização do capital e das propostas neoliberais. A pesquisa parte então, da necessidade de compreender a reforma em torno da gestão escolar a partir de uma reforma estrutural que vem exigindo do Estado e das políticas sociais, um novo papel. Aborda a modernização gerencial que vem sofrendo o aparelho do Estado, e sua transposição para a administração das políticas sociais, dentre elas a educação. A partir do entendimento da interferência dos organismos internacionais na educação dos países periféricos enquanto instância de materialização dos interesses do capital, justificamos a hipótese de que o Banco Mundial vem ercendo influência na concepção de gestão escolar que vem sendo implementada no Estado do Paraná. Na operacionalização desta concepção de gestão, evidenciamos a definição de um padrão de gestão e as características assumidas pelas categorias descentralização, autonomia e participação nesta proposta. A pesquisa aborda ainda a implantação da Pedagogia da Qualidade Total e do controle de resultados na administração das unidades escolares, enquanto resposta para a falta de eficiência demonstrada pela escola, sob o ponto de vista do Estado do Paraná e dos organismos que o assessoram.

"RECEITAS PRÁTICAS": Hegemonia Neoliberal e Educação

José Willington GermanoUniversidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Análise das políticas educacionais em contexto da globalização e neoliberalismo. O texto enfatiza que o paradigma hegemônico de organização da vida social está ancorado no "mercado como modelo". Nessa´perspectiva, a

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empresa é tomada como sinônimo de organização perfeita, a qual deve servir de espelho para o conjunto das instituições da sociedade, sejam elas privadas ou públicas. A competição desenfreada, a instrumentalidade e os interesses mercantis invadem as diferentes esferas da sociedade, afastando o Estado da regulação política das referidas forças do mercado. Reestruturação produtiva, reforma do Estado, ampliação do desemprego e da exclusão social. Em face desse quadro, surge uma nova questão social em decorrência da crise da sociedade salarial. Nessa conjuntura a educação assume cada vez mais uma dimensão instrumental mercadorizante em países como os da América Latina, entre os quais o Brasil.

A POLÍTICA EDUCACIONAL DE MATO GROSSO DO SUL E A MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL

Kátia Cristina Nascimento FigueiraUniversidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS

Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – UNIDERP

O objeto deste trabalho é a política educacional em Mato Grosso do Sul, no período de 1991 a 1994. Tal recorte foi estabelecido porque privilegia a análise sobre a implantação da “gestão democrática”, fio condutor das ações governamentais no campo em questão. A referida gestão democrática vincula-se as eleições diretas nas escolas da rede estadual, ao estabelecimento de gestão voltada para a descentralização, bem como à defesa da qualidade. Analisando os parâmetros preconizados como ideal para a educação dos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil, por órgãos multilaterais (como o Banco Mundial, por emplo) pôde-se perceber que a proposta educacional sul-mato-grossense incorpora alguns daqueles princípios. Para articular o universal com o singular fundamentou-se a análise do papel do Estado (aqui entendido enquanto instância superestrutural) nos estudos de Gramsci. Desta forma, a metodologia utilizada foi a pesquisa nas fontes primárias e secundárias e aplicação de entrevistas.

DA IDEALIZAÇÃO À CRIAÇÃO DA FACULDADE DE ENGENHARIA DE UBERLÂNDIA-MG (1955-70)

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Larisse Dias PedrosaWenceslau Gonçalves Neto(orientador)

Universidade Federal de Uberlândia - UFU

O presente resumo compartilha das pesquisas realizadas no âmbito do Núcleo de História e Historiografia da Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Dentre suas preocupações atuais, a imprensa local tem sido significativamente eleita como fonte de pesquisa histórica. Embora alguns a concebam como fonte suspeita, ela tem sido considerada por nós como reveladora de um discurso elitista circulante na vida urbana. O objetivo desta pesquisa é refletir sobre a criação da Escola de Engenharia de Uberlândia – MG, uma escola de cunho federal nascida sob a iniciativa do então Deputado Rondon Pacheco, no período de Governo de Juscelino Kubischek (31/01/56 a 31/01/61).Tal pesquisa ancora-se na análise dos jornais “O Repórter” e o “Correio de Uberlândia”, no intervalo compreendido entre 1955 e 1970. Em contato com as fontes mencionadas, conseguimos reunir cerca de cento e vinte matérias jornalísticas que apresentam conteúdos significativos para o estudo dos principais aspectos referentes à Escola de Engenharia. Também coletamos dados junto à Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (ACIUB), bem como junto à Universidade Federal de Uberlândia, onde conseguimos reaver os estatutos de instalação da própria escola. Partindo desta documentação, iniciamos o processo de análise da mesma e observamos a presença de um forte anseio, tanto por parte do público em geral como por parte dos setores políticos e empresariais, por instalar a Escola de Engenharia no município. Por parte do público em geral, o interesse era por desenvolvimento intelectual e realização pessoal; por parte dos setores políticos e empresariais a escola deveria oferecer mão-de-obra qualificada através de uma educação profissional, capaz de solidificar a posição geo-política de Uberlândia como futuro centro industrial. Comprovou-se, neste estudo, que esta campanha em favor da construção da Escola de Engenharia em Uberlândia, se configurou como manifestação dos setores industriais, uma vez que a cidade buscava alcançar o ritmo de desenvolvimento do país da década de 50.

PRÁTICAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS DOS ANOS 80-90

Lizia Helena NagelUniversidade Estadual de Maringá - UEM

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Partindo da necessidade de se pensar a educação no interior do espectro da contradição que coloca lado a lado a mudança e a permanência, as novas formas do trabalho na velha relação de produção de mercadorias, autora analisa historicamente a forma como as reivindicações educacionais no Brasil, a partir dos anos 80, caminham pari passu à doutrina liberal que se atualiza progressivamente na América Latina, tendo como marco político a ditadura militar do Chile e como marco econômico não só a chamada “crise do petróleo” como o endividamento progressivo do Estado Nacional.A partir do período conhecido como Nova República , sob a gestão de Sarney, os discursos a favor da modernização das práticas institucionais ou pedagógicas enfatizam princípios como os da autonomia, descentralização, desregulamentação, não intervenção, negação do formalismo, diversidade, flexibilidade, tolerância e responsabilidade pessoal que, entre outros abstraídos de sua compreensão mais radical e postos apenas como bandeiras de luta contra o anterior regime militar, passam a (re)afirmar, em escala crescente, o ideário (neo)liberal. Subsumida na defesa inconteste da democracia (nunca reconhecida como burguesa), a modernização educacional desdobra-se no tempo em emulações retóricas, fundamentalmente presas à sedução das palavras. Isso revela o grau de despreocupação dos educadores com o afastamento do significado dos termos empregados em relação à materialidade que lhes daria sustentação. No caso, a prática da chamada “globalização”, que, preservando as relações capitalistas, incluiria, em níveis mais amplos, a desnacionalização, a desestatização e a desregulamentação do trabalho.

AS TRANSFORMAÇÕES DO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO E O ENSINO MÉDIO

Manoel Nelito M. NascimentoPontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCCAMP / UEPG

Este trabalho busca compreender quais são as implicações para a educação, principalmente na etapa do Ensino Médio, das transformações do capitalismo no final do século XX, caracterizadas pela reestruturação produtiva, pela globalização e pelas políticas neoliberais. Entre as conseqüências destas transformações, tem crescido o contingente de desempregados, em boa parte, devido à fala de formação em nível das exigências atuais do mercado de trabalho. Inúmeros estudos, têm revelado que a área da educação nos países periféricos vem sendo escolhida como campo prioritário de atuação do Banco Mundial, principal ideólogo da reestruturação do capitalismo para os países periféricos, com o intuito de

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implantar políticas educacionais sob rígido controle econômico, com o critério de democratizar o acesso ao ensino fundamental, e acima deste nível ser oferecido o acesso somente aos selecionáveis, de acordo com as demandas do meio produtivo. Nestes termos a educação é considerada como elemento estratégico para a manutenção das promessas de redução da pobreza e inclusão social dos pobres. O trabalho enfoca o Ensino médio por considerar que é a fase educacional mais vulnerável à desigualdade social, que mais sofre com as políticas excludentes, acirradas com a disputa entre as históricas orientações mais profissionalizantes ou mais acadêmicas para destinatários determinados pela origem social, e atualmente agravadas com as novas demandas por um tipo de trabalhador mais qualificado, para um mercado de trabalho cada vez mais reduzido.

QUALIDADE NA EDUCAÇÃO: Uma reflexão sobre as propostas educacionais no período de 1964-1994 no estado do Paraná

Marcos Paulo Honório da SilvaMaria Elisabeth Blanck Miguel (orientadora)

Pontifícia Universidade Católica do Paraná-PUC – PR

O trabalho realiza uma reflexão sobre as propostas educacionais desenvolvidas no período de 1964-1994 no Estado do Paraná, referentes a qualidade na educação. Tais reflexões partem da realidade social, econômica e política do período, tanto em âmbito federal quanto estadual, estabelecendo um paralelo de como esta realidade influenciou a política educacional paranaense. A partir da apresentação das ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Educação, na tentativa de promover e adequar a educação estadual às exigências históricas que se apresentavam naquele momento, procuramos identificar o que era considerado qualidade na educação tecendo uma crítica a este padrão de qualidade tendo, como base de pensamento, a educação comprometida com a formação do homem crítico, capaz de escolhas e com entendimento de seu papel na sociedade. O trabalho ainda procurou perceber as relações que se processaram entre os organismos internacionais, USAID e Banco Mundial, e os governos federal e estadual na orientação e elaboração de projetos e políticas públicas na área educacional. Após procedermos a aproximação crítica da opção de qualidade que a educação

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assumiu e aos fins a ela propostos, apresentamos algumas proposições que devem orientar as reflexões sobre educação no intuito de formar homens conscientes e críticos, protagonistas de mudanças sociais. Para subsidiar as reflexões deste trabalho buscamos em autores como: Dermeval Saviani, Marília Fonseca, Ester Buffa, Paolo Nosella, Gaudêncio Frigotto, Acacia Kuenzer, Octávio Ianni, Boris Fausto, entre outros, o aporte teórico necessário para realizar este trabalho.

CENÁRIOS DAS TRANSFORMAÇÕES DO MUNDO TRABALHO E AS IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO

Maria Lília Imbiriba Sousa ColaresOrganização Paulistana Educacioanl e Cultural - OPEC

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMPAnselmo Alencar Colares (orientador)

Universidade Federal do Pará - UFPAUniversidade Estadual de Campinas – UNICAMP

O avanço do desenvolvimento tecnológico, atendendo aos interesses do capital, inicialmente operou profundas mudanças no processo produtivo com a substituição da força física do homem; hoje, com o auxílio da informática, substitui ações inteligentes e amplia seu espectro desagregador das relações sociais uma vez que, pelo menos 75% da força de trabalho na maior parte das nações industrializadas estão desempenhando funções que são pouco mais do que simples tarefas repetitivas, ou seja, podem ser facilmente substituídas por máquinas. Estudo da Federação Internacional dos Metalúrgicos, em Genebra, prevê que dentro de 30 anos, menos de 2% da atual força de trabalho em todo o mundo será suficiente para produzir todos os bens necessários para atender a demanda total. Projeções deste tipo alimentam o debate em torno da qualificação e da requalificação profissional do

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trabalhador. Várias questões se colocam como fundamentais neste debate, como por emplo: como realizar tal tarefa?; até que ponto o sistema capitalista pode absorver tantos desempregados? E as respostas passam, sem dúvida, pela retomada da discussão em torno do processo educativo, de tal maneira que este possa dar conta de uma formação ampla, onde o pensar e o fazer estejam integrados. Mas também exigem um profundo questionamento da própria ordem econômica mundial. Falar em cenários não significa fazer previsões, mas chamar a atenção para possibilidades que se colocam, e, ao mesmo tempo, lançar um convite e um desafio para uma tomada de posição em favor da construção de um mundo melhor.

A CONCEPÇÃO DE JOÃO RIBEIRO À CIÊNCIA DA HISTÓRIA

Marta Vieira Cruz Universidade Federal de Sergipe -UFS

O historiador sergipano João Batista Ribeiro de Andrade Fernandes considerado por urna grande parte de cientistas brasileiros como inovador de uma concepção de 1 listória no Brasil é o objeto de estudo deste trabalho. O seu pensamento dc natureza enciclopédica e dc densidade teórica abrange as áreas de Língua Portuguesa e de estudos Filológicos, da crítica literária, do folclore e da Literatura. Corno historiador, se consagrou com o trabalho História do Brasil editado no Rio do janeiro — 1900, visto corno urna síntese dc nossa evolução política, social e econômica. Para alguns estudiosos do pensamento do autor, foi Ribeiro o primeiro intelectual a vincular nossa formação sócio-histórica às causas gerais oríginais da expansão do comércio internacional de que as navegações e descobertas foram efeitos. Com esta obra inovadora avança na interpretação da história como processo social, influenciando, posteriormente, Capistrano de Abreu, Luclides da Cunha e Gilberto rreire. Baseado na filosofia alemã (idealismo) e nas teorias sociológicas clássicas que circulavam na Europa do século XIX, o autor contribuiu para os estudos históricos acerca do descobrimento até o Império. A influência da filosofia moderna em sua obra deve-se em grande parte a sua estada na Alemanha nos anos 1895-1877. Este periodo o colocou também em contato com reformadores da Instrução Pública na Europa, o que muito refletiu em suas práticas pedagógicas, na qualidade de docente no Colégio Pedro II (Rio de Janeiro.

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LEGISLAÇÃO ESCOLAR: Uma reflexão de seu uso como fonte para a história da educação (1834-1889)

Mauricéia AnaniasUniversidade Estadual de Campinas-UNICAMP

Utilizamo-nos da legislação educacional sancionada tanto pelos Presidentes da Província de São Paulo como pelos sucessivos mandatos da Assembléia Provincial entre os anos de 1834 a 1889 como instrumentais para a realização de uma pesquisa que pretende em última instância resgatar as origens da instrução pública primária paulista.O pioneirismo das pesquisas, que se utilizam dessa legislação como fonte primária, e a conseqüente falta de textos bases que possam referendar esse trabalho nos remetem a necessidade de refletirmos sobre o uso, ou não, dessa documentação no campo da história da educação. Neste texto pretendemos realizar essa reflexão a partir da tentativa de construção de arcabouços teóricos que possam referendar e legitimar a utilização da legislação educacional como instrumento capaz de auxiliar na reconstituição não só da proposta educacional mas também da própria sociedade da época.

A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO CONTEXTO DA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: Uma análise crítica do Planafor

Michel Marcelino RodriguesAmélia Kimiko Noma

Universidade Estadual de Maringá - UEM

O objetivo é analisar a questão da educação profissional buscando elucidar os propósitos e fundamentos do Plano Nacional de Qualificação de Trabalhador- PLANFOR, programa do Ministério de Trabalho, que foi estruturado em 1995 e implementado a partir de 1996, com recursos do FAT – Fundo de Amparo do Trabalhador. Aborda-se a problemática tendo como cenário as transformações que estão ocorrendo na forma da produção e na organização política determinadas pelo movimento geral do capitalismo no final do século XX. Considera-se que o PLANFOR emerge como resposta à crise do emprego e trabalho e o conseqüente processo de exclusão social, em um contexto de reconfiguração do Estado, a partir das diretrizes da política social do atual governo federal. A pesquisa utiliza como fontes os documentos

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oficiais referentes ao PLANFOR e a bibliografia especializada relacionada a temática tratada. Estabelece-se um debate crítico com as mesmas, explicitando os conceitos referentes a questão da educação e educação profissional, tais como qualificação, desqualificação, requalificação, qualidade, competência, empregabilidade, entre outros.

SINDICALISMO DE DIREITA E EDUCAÇÃO

Patrícia Vieira TrópiaPontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCCAMP

O tema da pesquisa que venho desenvolvendo é o neoliberalismo no movimento sindical, mais precisamente, o impacto e a recepção da ideologia e das práticas políticas neoliberais no interior das base metalúrgica da Força Sindical. Discuto se a orientação dominante da Força Sindical - a defesa e a militância em torno de algumas práticas neoliberais como o privatismo, o anti-estatismo e a flexibilização dos direitos trabalhistas - tem ressonância e apoio em suas bases sociais e porquê. A ideologia neoliberal teria impactado no sindicalismo brasileiro de forma heterogênea (relativamente à CUT e CGT), porém, segundo nossa hipótese, encontraria na Força Sindical, mais do que uma base fértil de suas proposições, uma militante organização. Esta penetração, entretanto, vai além das direções dos principais sindicatos filiados. Nossa pesquisa busca demonstrar que houve uma penetração do privatismo, do anti-estatismo – expresso através da crítica difusa aos “privilégios” do funcionalismo público e do apoio às privatizações – entre os trabalhadores daqueles sindicatos. No plano educacional, as centrais sindicais sofreram profundas mudanças na década de 90. A CUT que teve, até então, forte experiência com a organização de cursos voltados para a formação política crítica – cursos de história brasileira, história do movimento operário e sindical no Brasil, economia, política, entre outros, – hoje aposta em uma educação utilitarista e, pretensamente, formadora para mercado de trabalho através dos cursos de qualificação profissional. No caso da Força Sindical, a central realiza, para seus quadros, cursos de formação política voltados para a vulgarização da ideologia neoliberal, bem como constitui uma das principais centrais disseminadoras dos cursos de formação e qualificação profissional. O significado desta prática e concepção educacional utilitarista na direita sindical, nesta conjuntura, será objeto de nossa análise.

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PROJETO QUALIDADE NA ESCOLA: A transposição dos conceitos oriundos dos sistemas produtivo para a educação

Paulo Edyr Bueno de CamargoUniversidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS

Nos anos de 1993 a 1996, à Prefeitura Municipal de Campo Grande —MS desenvolveu um programa que abrangeu todas as secretarias e órgãos da administração municipal denominado de Programa de Qualidade e Produtividade. Dentre todas as secretarias, segundo a Prefeitura, foi a área educacional, através do Projeto Qualidade na Escola, a que alcançou os melhores resultados. O nosso objeto de pesquisa foi o Projeto Qualidade na Escola – concebido a partir dos princípios da gerência da qualidade total do sistema produtivo – cuja origem, por sua vez, ocorre devido às metamorfoses do mundo do trabalho, e a sua aplicação na área educacional. Procuramos reconstruir historicamente nosso objeto, a fim de mostrar o porquê dos seus principais conceitos norteadores ganharem sentido no atual momento da sociedade. Para a coleta de dados realizamos, em primeiro lugar, uma análise dos principais documentos que embasaram o Projeto Qualidade na Escola. Todavia, as informações documentais, na maioria dos casos, não são suficientes para a compreensão adequada do que ocorreu, de fato, na realização do projeto. Com isso, optamos, num segundo momento, por complementá-las com entrevistas semi-estruturadas. O principal objetivo do projeto era aumentar o índice de produtividade da escola, através da redução dos índices de evasão e repetência, atingindo, dessa maneira, a sua concepção de qualidade de ensino. Nessa perspectiva, a emplo do que ocorre com o sistema produtivo, o conceito de qualidade é identificado com a redução do desperdício de recursos. Além do conceito de qualidade, foi analisada também a concepção de participação da comunidade na vida escolar. Concluímos que essa modalidade de participação, desenvolvida no projeto, através da APM (Associação de Pais e Mestres) na organização de festas, bingos, gincanas, rifas, etc representa, na verdade, unia maneira do Estado deixar de cumprir sua tarefa de custeio da educação, delegando-a a sociedade civil. E, for fim, analisamos o projeto diante das novas necessidades sociais impostas pelo capitalismo contemporâneo.

GLOBALIZAÇÃO E SISTEMAS EDUCATIVOS

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Regina Móvio de LaraUniversidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP

O presente trabalho tem por objetivo buscar, de maneira breve, um olhar para as políticas neoliberais e suas primícias históricas e a necessidade de uma nova compreensão sobre a idéia de escola nos dias atuais, articulando as conotações comumente usadas tais como: instituição escolar, estabelecimento de ensino, visando apontar a idéia de organização escolar que vem discutir no atual contexto.

OS MOTIVOS FINANCEIROS E AS RAZÕES IDEOLÓGICAS DA POLÍTICA EDUCACIONAL PARANAENSE PARA O ENSINO MÉDIO E

PROFISSIONAL

Roberto Antonio Deitos Universidade Estadual de Cascavel

A presente pesquisa está centrada na análise das propostas educacionais do PROEM – Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Paraná, desencadeado pelo Governo do Estado do Paraná (1995-1999). Desse modo, este estudo pretende verificar como as propostas educacionais expressas no PROEM, considerando a sua relação com as orientações do BID e BIRD e as condicionalidades requeridas para o financiamento externo mediante contrapartida, respondem a motivos financeiros e desempenham importantes funções ideológicas, no período em questão. Examinamos em que medida uma suposta ou real inadequação da política educacional não viria a servir como pretexto para a formulação de uma política educacional atrelada aos interesses econômicos e políticos dominantes em âmbito nacional, e a partir dessas condições rearticulá-los aos novos interesses externos, o que explicaria o reforço da concepção da educação como “promotora” do desenvolvimento, como condição para a ascensão social e à empregabilidade, e assim como eficiente instrumento de reprodução e acumulação de capital, implícitas no processo de endividamento e financiamento externo da economia brasileira.

AS PROPOSTAS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO MAIS AMPLO DA LUTA PELA ESCOLA PÚBLICA NO SÉCULO XIX

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Rosangela Aparecida MelloMaria Rosemary Coimbra Campos Sheen (orientadora)

Universidade Estadual de Maringa - UEM

Este trabalho parte da consideração de que a necessidade da Educação Física escolar e a sua forma é um problema posto pelos homens tendo como suporte as condições históricas concretas e que, portanto, o entendimento desta questão só será possível a partir do momento em que se for capaz de identificar e analisar os determinantes históricos que levaram os homens a perceberem a Educação Física, especialmente a escolar, como uma necessidade.Considera, ainda, que o reconhecimento da Educação Física, enquanto disciplinar escolar, está subordinado às mesmas determinações que levaram à configuração do universo escolar. Assim sendo, a análise histórica da Educação Física escolar só ganha sentido quando contextualizada no âmbito das questões que envolvem a organização e o desenvolvimento dos sistemas de ensino.Começando pela investigação da forma concreta de trabalho e de organização da sociedade, o trabalho busca compreender as necessidades históricas que levaram às propostas de inclusão da Educação Física nos currículos escolares no final do século XIX.

“A ESCOLA DE APRENDIZES ARTÍFICES EM SERGIPE:O ensino profissionalizante e sua implantação no estado.” (1911-1942)

Solange PatrícioTerezinha Alves de Oliva

Universidade Federal de Sergipe - UFS

Este trabalho pretende reconstruir e analisar a trajetória da instalação do ensino profissionalizante no estado de Sergipe, através do resgate histórico da Escola de Aprendizes Artífices. Esse resgate tem o intuito de compreender, analisar e explicar historicamente a implantação desta instituição profissionalizante dentro do processo de modernização do estado sergipano, articulando-o com as condições sociais de produção da época e com a política

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educacional brasileira vigente no período. Os primeiros anos da consolidação do regime republicano brasileiro foram determinados por processos intensos e medidas políticas sócio-econômicas que marcaram os encaminhamentos da nova ordem do país. Nesse contexto, o Presidente da República Nilo Peçanha, assinou o decreto n.o 7566 de 23 de setembro de 1909, instituindo em dezenove capitais do país, as Escolas de Aprendizes Artífices, sob a jurisdição do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Destinadas ao ensino profissional primário e gratuito, as escolas impunham como condição básica para o seu ingresso, que os alunos fossem de classes sociais menos favorecidas. Nessa época, intensificavam-se os debates e discussões a respeito da educação. O país começava a organizar uma política de educação a nível nacional que se concretizaria mais tarde, em 1930 com a criação do Ministério da Educação e Saúde Pública. Esta pesquisa de natureza documental pretende realizar este estudo baseado nos aportes metodológicos da investigação histórica. Constitui um estudo significativo para a compreensão do papel desta instituição de ensino no contexto da época e as contribuições que a sua criação permitiu à sociedade sergipana.

DESCENTRALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO NO BRASIL DOS ANOS 90

Vera Maria Vidal PeroniUniversidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS

O objetivo desta pesquisa foi o de verificarmos o modo como estão se materializando, na educação, as redefinições do papel do Estado nestes anos 90, tendo como pressuposto o fato de que a política educacional não é, simplesmente, determinada pelas mudanças que estão ocorrendo no Estado, mas é parte constitutiva dessas mudanças. Através do levantamento dos projetos do Ecutivo e do Legislativo apresentados nos anos 90, evidenciamos que a política educacional desse período, apresenta-se de forma fragmentada e que diferentes estudos têm privilegiado o entendimento desses pontos específicos. Esta pesquisa teve, também, por objetivo, reunir as peças desse “quebra-cabeças” para, numa perspectiva de totalidade, buscar as múltiplas relações do próprio objeto de pesquisa - política educacional dos anos 90 - e deste com a redefinição do papel do Estado, que é parte de um movimento maior da crise do capitalismo. Analisamos, ainda, o modo como estão se materializando os projetos de política educacional, em especial o da proposta de descentralização, em duas realidades: Porto Alegre e Campo Grande, onde poderíamos pesquisar tanto o processo de descentralização entendido como a

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mudança de uma esfera de governo para outra como entendida como maior qualidade de ensino e participação e controle social. Verificamos, assim, a complexidade do termo descentralização em se tratando de políticas sociais no período histórico analisado, assim como a dificuldade de se discutir o termo em si, fora de seu contexto. Constatamos que o conteúdo da descentralização é construído no embate entre forças que defendem projetos de sociedade e de educação antagônicos.

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ÍNDICE REMISSIVO POR NOME DE AUTOR

Acácio Nascimento Figuerêdo, 130Ademir Gebara, 38Ademir Quintilio Lazarini , 38, 52Adolfo Ramos Lamar, 39Adriana Regina de Jesus Santos, 22Afonso Celso Scocuglia, 86Alboni Marisa D. Pianovski Vieira, 111Alexandre Borges Miranda, 87Amélia Kimiko Noma, 40, 52, 147Ana Carrilho Romero Grunennvaldt, 88Ana Clara Bortoleto Nery, 40Ana Lúcia Bentes Dias, 41Ana Paula Seco, 42Analete Regina Schelbauer, 52Anamaria Gonçalves Bueno De Freitas, 23Anilde Tombolato Tavares da Silva, 43Anselmo Alencar Colares, 63, 145Antonia Núbia de Oliveira Alves, 43Antonio Carlos Ferreira Pinheiro, 88Antônio da Conceição Ramos, 89Aparecida Favoreto, 63Ariclê Vechia, 130Azilde L. Andreotti, 90Carla Villamaina Centeno, 24Carlos Henrique de Carvalho, 64, 67Carmelindo Rodrigues da Silva, 25Celi Corrêa Neres, 131Célia Kapuziniak, 132Celina Midori Murasse, 44Célio Juvenal da Costa, 25Celso Conti, 26Cherlane Maranhão Rêgo, 126Círian Gouveia Máximo, 65Cirlei Francisca Gomes Carneiro, 57, 91Cléia M. da Luz Rivero, 68Cristina Pedrosa Cruz, 133Dalcy da Silva Cruz, 66Damião De Oliveira, 73David Victor Emmanuel Tauro, 91

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Décio Gatti Júnior, 92Diane Valdez, 93Diogenes Nielsen Júnior, 94Dirce Maria Falcone Garcia, 134Elcia Esnarriaga de Arruda, 134Elenar Luisa Berghahn, 96Elenita Conero Pastor Manchope, 66Elias Boaventura, 94Elizabeth Lannes Bernardes, 27Ester Senna, 135Eugênia Maria Dantas, 45Felismina Dalva Teixeira Silva., 27Fernando Krob Meneghetti, 33Filomena Maria Formaggio, 46Flávia Anastácio de Paula , 95Flávia Cristina Ribeiro de Aragão, 67Flávia Obino Corrêa Werle , 96Flávio César Freitas Vieira, 67Francis Mary Guimarães Nogueira, 136Francisco Baccarin, 68Gema Galgani da Fonseca, 69Geovana Ferreira Melo Moura, 96Geovânia da Silva Toscano, 137Geraldo Inácio Filho, 59, 69, 96, 98, 105, 107Gilberto Luiz Alves, 97Gildenir Carolino Santos, 46Giseli Cristina do Vale Gatti, 98Guaraciaba Aparecida Tullio, 43, 47, 52, 81Idalice Ribeiro Silva, 99Ilná Andrade Lobo Garcia Moreno, 137Irene Rio Stefani, 138Ireni Marilene Zago Figueiredo, 139Isabel Batista de Almeida, 100Isaura Monica Souza Zanardini, 139Janaína de Paula do Espírito Santo, 70Jânio Costa, 71Jean Vincent Marie Guhur 52João Carlos da Silva, 72Jordana Duenha Rodrigues, 100Jorge Uilson Clark, 101José Antonio Spinelli Lindoso, 28

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José Carlos Araújo, 132José Carlos Souza Araújo, 72, 82, 106, 127José Claudinei Lombardi, 112José Damiro de Moraes, 102José Maria de Paiva, 29José Tarcísio Grunennvaldt, 73José Willington Germano, 105, 137, 140Josineide Silveira de Oliveira, 48Karl M. Lorenz, 130Karla Patricia Resende, 103Katiuska Fernandes Araújo, 126Larisse Dias Pedrosa, 141Leandro Pereira Morais, 104Lizia Helena Nagel, 142Lucélia Carlos Ramos, 105Lucia de Fátima Vieira da Costa, 105Lúcia Helena Moreira de Medeiros de Oliveira, 106Luciana Backes, 96Luciana Beatriz de Oliveira Bar de Carvalho, 107Luciana Storck de Mello Auzani, 96Lucilene Maria da Conceição Santos, 126Luiz Bezerra Neto, 74Luíz Carlos Barreira, 125Luiza Aparecida Delfino, 108Luzia Borsato Cavagnari, 57, 108Luzia Cristina Pereira Brito, 74Magda Sarat Oliveira, 29Maísa Dos Reis Quaresma, 48Manoel Brito Neto, 30Manoel Nelito M. Nascimento, 143Mara Regina Martins Jacomelli, 94Marcília Rosa Periotto, 49Marcos Francisco Martins, 50Marcos Paulo Honório da Silva, 144Maria Cecília Marins De Oliveira, 109Maria Aparecida Leopoldino Tursi Toledo, 51Maria Augusta Pereira Jorge, 57Maria Augusta Pereira Jorge, 91Maria Auxiliadora Cavazott, 109Maria Cristina dos Santos Bezerra, 31Maria Cristina Gomes Machado, 51, 52

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Maria Cristina Rosa Wenzel, 75Maria de Lourdes Pinto de Almeida, 76Maria do Amparo Borges Ferro, 53Maria do Perpétuo Socorro G. de S. A. de França, 110Maria do Socorro Costa Coelho, 63Maria Elisabeth Blanck Miguel, 111, 121, 144Maria Inalva Galter, 76Maria Inês Sucupira Stamatto, 112Maria Isabel Moura Nascimento, 57, 70, 100, 112, 125Maria José de Souza Martinelli, 113Maria Julieta Weber Cordova, 31Maria Lília Imbiriba Sousa Colares, 145Maria Luísa Furlan Costa, 114Maria Rosemary Coimbra Campos Sheen, 52, 54, 150Maristela Iurk Batista, 115Marta Maria de Araújo, 77Marta Vieira Cruz, 145Mauricéia Ananias, 146Michel Marcelino Rodrigues, 147Miguel André Berger, 116Nailda Marinho da Costa Bonato, 55Neiva de Oliveira Moro, 57, 116Olinda Maria Noronha, 117Ortenila Sopelsa, 32Patrícia Vieira Trópia, 147Paulo Edyr Bueno de Camargo, 148Peter Johann Mainka, 33Regina Maria Monteiro, 56Regina Maria Zanatta, 118Regina Móvio de Lara, 149Regina Tereza Cestari de Oliveira, 135Rejane Maria Ghisolfi da Silva, 77Rita de Cássia Ribeiro Barbosa, 119Roberta Costa de Carvalho, 126Roberto Antonio Deitos, 149Roberto Valdés Puentes, 33Ronalda Barreto Silva, 120Rosália Maria Ribeiro de Aragão, 78Rosana Nadal de Arruda Moura, 57, 121Rosangela Aparecida Mello, 150Rosemary Passos, 46

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Rute Teixeira Salomé, 79Ruth Vieira Dornelles, 96Samira Saad Pulchério Lancillotti, 79Sandra de F. K. Gusso, 121Sandra Regina Ferreira de Oliveira, 122Sauloéber Társio de Souza, 34Sérgio Castanho, 56Silvana Fernandes Lopes, 80Silvana Maura Batista de Carvalho, 57, 121Silvia Helena Andrade de Brito, 123Sílvia Nogueira Chaves, 81Silvina Rosa, 114Simone Sartori Jabur, 81Sirlene de Castro Oliveira, 82Solange Patrício, 151Sonia Cristina Pimentel de Santana, 83Sueli Rosani Gonzatti, 96Tânia Maria Lima Beraldo 35Tânia Maria Teixeira Nakamura, 83Teresa Jussara Luporini, 57Terezinha Alves de Oliva, 151Terezinha Valim Oliver Gonçalves, 84Valquiria E. Renk, 36Vânia de Vasconcelos Gico, 43, 58Vera Lúcia Abraão Borges , 124Vera Lucia Martiniak, 125Vera Maria Vidal Peroni, 151Vicente Batista de Moura Sobrinho, 59Viviane Santana Mendes, 125Wenceslau Gonçalves Neto, 60, 65, 133, 141Wojciech Andrzej Kulesza, 126Zélia Leonel, 52Zilda de Carvalho de Mendonça, 127

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ÍNDICE REMISSIVO POR TÍTULO

(IN) FORMANDO, DIVULGANDO E EDUCANDO: Uma Década de imprensa periódica em São Paulo, 40

“LIVRO PRETO”: A disciplina e a indisciplina nas escolas da região dos Campos Gerais- a utilização do livro de penalidades e sanções, 116

A EDUCAÇÃO DOS IMIGRANTES ALEMÃES CATÓLICOS DE CURITIBA ( 1896-1938). O estudo de caso do Colégio Bom Jesus, 36A EDUCAÇÃO MINEIRA DOS ANOS 80, 83A “CAUSA EDUCAÇÃO” NO MEIO POLÍTICO FRANCANO, 34A CARREIRA DO PROFESSOR PRIMÁRIO (1822-1889), 112A CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA NA LITERATURA INFANTIL, 75A CONTRIBUIÇÃO DE JOÃO RIBEIRO À CIÊNCIA DA HISTÓRIA, 145A DEFESA DO TRABALHO, DA PROPRIEDADE E DA EDUCAÇÃO NA

FILOSOFIA POLÍTICA DE LOCKE, 47A EDUCAÇÃO DA MULHER EM “A REPÚBLICA” DE PLATÃO, 35A EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS NO SÉCULO XIX SOB O OLHAR

ESTRANGEIRO, 29A EDUCAÇÃO DO TRABALHADOR NOS ERVAIS DE MATO GROSSO

(1870-1930), 24A EDUCAÇÃO ESCOLAR E O IMAGINÁRIO URBANO UBERLANDENSE, 72A EDUCAÇÃO FÍSICA,AS NORMALISTAS E AS PROFESSORAS; A

EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA NORMAL DE SERGIPE, 88A EDUCAÇÃO NO PARANÁ: O papel social das escolas particulares, 109A EDUCAÇÃO PARA A ORDEM E O PROGRESSO DO BRASIL: O Liceu de artes

e ofícios do Rio de Janeiro (1856-1888), 44A EDUCAÇÃO PARA A PAZ NOS TEMPOS MODERNOS – OS GRANDES

PLANOS PARA A PAZ NO MUNDO , 33A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO CONTEXTO DA REESTRUTURAÇÃO

PRODUTIVA: Uma análise crítica do Planafor, 147A ERA DAS CADEIRAS ISOLADAS NA PARAÍBA (1849-1915), 88A ESCOLA DE APRENDIZES ARTÍFICES EM SERGIPE: O ensino

profissionalizante e sua implantação no estado (1911-1942), 151A ESCOLA NORMAL BRASILEIRA: Uma leitura histórica de sua emergência, 109A ESPIRAL DO PROGRESSO E A FELICIDADE DA NAÇÃO: A instrução do povo

para o advento do trabalho livre no Brasil de 1840 a 1850, 49A EXPANSÃO ESCOLAR GARANTE EMPREGABILIDADE, 134A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO: Da pedagogia da Escola Nova à pedagógica

tecnicista, 111

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A GESTÃO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL DO ESTADO DO PARANÁ (1995-2000), 139

A HISTÓRIA ORAL COMO ARGUMENTO PARA COMPREENSÃO DE UMA VIDA CONCRETA OU DE UMA COMUNIDADE PARTICULAR, 81

A HISTÓRIA DA ESCOLA ESTADUAL DE UBERLÂNDIA NA PERSPECTIVA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS (1929-1950), 98

A INFÂNCIA SOCIALMENTE DESAJUSTADA NO BRASIL: Do Código Brasileiro de Menores (1979) ao Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), 133

A INTERFACE PROGRESSO E SOCIEDADE NA PESQUISA: As concepções de L. Laudan e Th. Popkewitz, 39

A LEGISLAÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO EM UBERABINHA, MG: 1892-1905, 60A MULHER, SEU PAPEL HISTÓRICO NO DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL E SUA INSERÇÃO NO MERCADO CAPITALISTA DE TRABALHO, 30

A NOÇÃO DE TEMPO HISTÓRICO NA CRIANÇA, 122A PESQUISA ACADÊMICA E A HEGEMONIA DO CAPITALISMO, 76A POLÍTICA EDUCACIONAL DE MATO GROSSO DO SUL E A

MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL, 141A PRESENÇA DA MULHER LONDRINENSE NO MAGISTÉRIO NOS ÚLTIMOS

50 ANOS DO SÉCULO XX: Um olhar sob o ponto de vista do ensino fundamental, 22

A PRESENÇA DO ESCOLANOVISMO NA FORMAÇÃO TEÓRICA DO PENSAMENTO DE INEZIL PENNA MARINHO, 71

A REFORMA DO ENSINO MÉDIO: Universalização, Eqüidade e Desigualdade, 134A SINGULARIDADE DO PROJETO EDUCACIONAL DE ROUSSEAU, 38A SOCIEDADE BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA E O " DOUTOR”: Um

estudo da produção jornalística de Lima Barreto, 80A UNIVERSIDADE E A REPRODUÇÃO DA DESIGUALDADE, 137ABORDAGENS DA HISTÓRIA ORAL: A voz docente em histórias de leitura, 46ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS E PROGRAMAS NA ÁREA DE

EDUCAÇÃO DO GOVERNO LERNER: Resultados parciais, 136ANÍSIO TEIXEIRA E A DÉCADA DE 30 NO BRASIL: Uma tentativa de entender a

relação educação e sociedade , 63ANOS DE CHUMBO: Educação e Subversão da Ordem, 105AS ESCOLAS METODISTAS PAULISTAS E SUA ATUAÇÃO DURANTE O

PERÍODO DE RENOVAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: 1930-1945, 101AS IDÉIAS CASCUDIANAS SOBRE EDUCAÇÃO, 43AS PRÁTICAS EDUCATIVAS PRODUZIDAS PELO MST E SUAS RELAÇÕES

COM O RURALISMO PEDAGÓGICO, 74

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AS PROPOSTAS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO MAIS AMPLO DA LUTA PELA ESCOLA PÚBLICA NO SÉCULO XIX., 150

AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NUMA PERSPECTIVA TEÓRICA: Interfaces entre o real e o simbólico, 69

AS TRANSFORMAÇÕES DO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO E O ENSINO MÉDIO, 143

CAIO PRADO JUNIOR: Um organizador da Cultura, 66CÂMARA CASCUDO: Cartas como fonte de pesquisa, 58CENÁRIOS DAS TRANFORMAÇÕES DO MUNDO DO TRABALHO E AS

IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO, 145CONGRESSO AGRÍCOLA DO RIO DE JANEIRO DE 1878, EDUCAÇÃO E

SOCIEDADE, 66CONSIDERAÇÕES SOBRE NACIONALISMO E EDUCAÇÃO: O caso de Mato

Grosso (1937-1945), 123DA IDEALIZAÇÃO À CRIAÇÃO DA FACULDADE DE ENGENHARIA DE

UBERLÂNDIA-MG (1955-70), 141DA ORDEM EDUCACIONAL À CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

(UBERABINHA-MG 1920-1930), 64DAURIL ALDEN E OS JESUÍTAS COMO EMPRESA COLONIAL, 91DE ESCOLAS ISOLADAS A ESCOLAS ESTADUAIS: Uma Lacuna histórica

preenchida pelo resgate da história oral, 121DE PROFESSORA À TIA: Que metamorfose é esta ?, 26DEMOCRACIA E DIFERENÇAS CULTURAIS: Implicações, contradições e

paradoxos entre o universal e o singular, 22DESCENTRALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA REDEFINIÇÃO

DO PAPEL DO ESTADO NO BRASIL DOS ANOS 90, 151DIFERENTES GERAÇÕES DE IMIGRANTES E EDUCAÇÃO:Uma opção

metodológica, 61DOS INCONFIDENTES A JOSÉ BONIFÁCIO: Uma contribuição para a história da

educação, 114EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA: Alem do estado e do mercado A Experiência da

Campanha Nacional de Escolas da Comunidade-CNEC (1985-1998), 120EDUCAÇÃO e CULTURA BRASILEIRA Estudo das expressões de religiosidade,

próprias da cultura portuguesa, no processo de formação da cultura brasileira: 1500-1600, 29

EDUCAÇÃO E CULTURA BRASILEIRA: O caso "Jean des Boulez", 79EDUCAÇÃO E CULTURA: Um estudo sobre o teatro de Anchieta, 41EDUCAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO, PRINCIPAIS MOTIVOS PARA O

SURGIMENTO DAS ESCOLAS PROTESTANTES DE ORIGEM ÉTNICA ALEMÃ EM

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CURITIBA, 121EDUCAÇÃO E TRAJETÓRIA DE VIDA, 28EDUCAÇÃO ESCOLAR E A FORMAÇÃO DA NACIONALIDADE BRASILEIRA

NO SUBSTITUTIVO DO DEPUTADO JOSÉ AUGUSTO (1915), 77EDUCAÇÃO NO BRASIL IMPÉRIO: Um olhar dos viajantes-educadores, 42EDUCAÇÃO, IMPRENSA, MASSIFICAÇÃO: Aspéctos históricos do ensino,

Uberlândia-MG (1940-1960), 59EDUCAR e INSTRUIR (aspectos de um discurso sobre a construção da nação), 56EM BUSCA DE CRITÉRIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS PARA AS PRÁTICAS

DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA NO ATUAL CONTEXTO, 68EMPREGO, REORGANIZAÇÃO PRODUTIVA E RESTRUTURAÇÃO DO

ENSINO E QUALIFICAÇÃO: Análise da realidade de Piracicaba (SP) – décadas de 1970 a 1990, 104

ESCOLA COMO CASA DE CULTURA, 108ESCOLA NORMAL :Processo histórico e trabalho, 113ESCOLA PÚBLICA E CLASSE MÉDIA: Práticas escolares e demandas escolares

educacionais, 135EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONCEITO DE CONFESSIONALIDADE NO

METODISMO BRASILEIRO, 94FONTES DO ARQUIVO PERMANENTE DO COLÉGIO ESTADUAL PAULO DE

FRONTIN :A formação da mão-de-obra feminina no Rio de Janeiro republicano, 55

FONTES E MEMÓRIA ESCOLAR DE TELÊMACO BORBA - PR, 91FONTES E NARRATIVAS PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇAO, 38GINÁSIO ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL: Contribuição das escolas

particulares, 96GLOBALIZAÇÃO E SISTEMAS EDUCATIVOS, 149GRUPO DOS CAMPOS GERAIS DO PARANÁ: A memória educacional da

região, 57HISTÓRIA CULTURAL E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: Diversidade disciplinar ou

simples especialização?, 56HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO PROGRESSIVA DO PENSAMENTO

CIENTÍFICO-PEDAGÓGICO DE UM GRUPO DE FORMADORES DE PROFESSORES, 84

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: O desenvolvimento do pensamento científico no ensino superior no Brasil: Benjamin Constant e Fernando de Azevedo - dois momentos da “pedagogia da prosperidade”., 117

HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DOCENTE: A singularidade da escola Normal de Rio Verde, GO (1933-1974), 127

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HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO CONFESSIONAIS: Um estudo de caso do colégio Nossa Senhora Das Lágrimas, 105

HISTÓRIA DAS LDBs E PNE, 132HISTÓRIA E MEMÓRIA EDUCACIONAL: A escola Estadual de Uberlândia

(1912-1929), 125HISTÓRIA E MEMÓRIA EDUCACIONAL: Um estudo a respeito do Colégio Santa

Tereza (Ituiutaba-MG, 1939 - 1961), 106HISTÓRIA ORAL E HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES EM

UBERLÂNDIA-MG, NA PRIMEIRA REPÚBLICA, 124HISTÓRIA, EVOLUCIONISMO E EDUCAÇÃO: O materialismo científico de Chales

Darwin e Thomas H. Huxley, 81HISTÓRIA, TRABALHO, EDUCAÇÃO: Da participação da mulher e da criança no

trabalho fabril à feminização da prática escolar., 43HISTÓRIAS DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE “SER PROFESSOR”, 77IMIGRAÇÃO ALEMÃ PARA A CIDADE DE LIMEIRA, 31IMPRENSA E EDUCAÇÃO FEMININA, EM CUIABÁ, NA PRIMEIRA

REPÚBLICA, 27InEEDUC- BASE DE DADOS DE EVENTOS SOBRE EDUCAÇÃO:Levantamento

dos eventos realizados na faculdade de educação da Unicamp no período de 1972 - 2000, 46

INSTITUIÇÃO ESCOLAR E CARÁTER NACIONAL DA EDUCAÇÃO EM MINAS: O ginásio mineiro de Uberlândia (1926-1930), 103

INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS E MODERNIZAÇÃO EM UBERLÂNDIA (1950-2000), 92

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO “RUI BARBOSA” E O NOVO IDEÁRIOPEDAGÓGICO, 74

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO RUI BARBOSA E SUA CONTRIBUIÇÃO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM SERGIPE, 116

LA CONVERSIÓN DEL GENTIO EN BRASIL: El Cristiano como obstáculo, 33LEGISLAÇÃO ESCOLAR: Uma reflexão sobre seu uso como fonte para a história da

educação. 1834-1889, 146LEVANTAMENTO E CATALOGAÇÃO DAS FONTES PRIMÁRIAS E

SECUNDÁRIAS DE APOIO À PESQUISA EM EDUCAÇÃO DO DFE-UEM., 52

LIBERALISMO E REFORMA EDUCACIONAL, 119LIÇÃO,PALMATÓRIA E TABUADA:Imagens da educação nas terras goyanas do

século XVIII e XIX”, 93LICEU PARAIBANO, ANOS SESSENTA: Criação histórica, micropoder, vigilância e

punição, 86MANOEL BOMFIM E A HISTÓRIA DA PSICOLOGIA EDUCACIONAL, 83

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MÃOS E MENTES NA ARTE DE APRENDER: Escola profissional Ferroviária Cel. Tibúrcio Cavalcanti de Ponta Grossa, 115

MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO, CONTRA MEMÓRIA DE ALFABETIZADORES DA ZONA OESTE DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E BUIQUE/PE, 48

MODERNIDADE E CIVILIDADE: O grupo escolar e suas representações sociais em Uberabinha (1911-1929), 107

MOVIMENTOS EDUCACIONAIS EM UBERABINHA: Entusiasmo educacional e otimismo pedagógico (1919 – 1930), 67

MOVIMENTOS ESTUDANTIL: A JVC em Sergipe (1958-1964), 89MUDANÇA SOCIAL E EDUCAÇÃO NOS ANAIS DA PRIMEIRA

CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE 1927, 76NATUREZA DA INVESTIGAÇÃO NARRATIVA, 78O ARQUÍVO HISTÓRICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO E A INSTRUÇÃO

PÚBLICA, 90O CINEMA COMO FONTE PARA A PESQUISA HISTÓRICA EM

EDUCAÇÃO, 40O COLÉGIO SANT’ANA NA COMUNIDADE PONTAGROSSENSE, 100O CURRÍCULO DE 1855 DO COLÉGIO DE PEDRO II:ENSINO

PROFISSIONALIZANTE x PROPEDÊUTICO, 130O DEBATE SOBRE O ENSINO RELIGIOSO E LAICO NA IMPRENSA

UBERABENSE (1924-1934), 82O DIÁRIO DOS CAMPOS E SUAS REPRESENTAÇÕES SOBRE O ENSINO, 70O DIRETOR E A CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPES PEDAGÓGICAS DAS

PRIMEIRAS ESCOLAS NORMAIS NA REGIÃO DOS CAMPOS GERAIS/PARANÁ, 108

O ENSINO DE HISTÓRIA E A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE PARANAENSE: Memória e patrimônio tombado na Lapa, 31

O ENSINO MÉDIO EM PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE SUA IDENTIDADE, 138

O IDEÁRIO PEDAGÓGICO DE BENJAMIN CONSTANT, 72O MALOGRO DA EDUCAÇÃO POPULAR NA PARAÍBA (1930-1945), 126O MEMORIAL ABELARDIANO E A COMPLEXIDADE DA PRÁTICA

EDUCATIVA., 48O OLHO E A MÃO: A fotografia como fonte histórica, 45O PENSAMENTO DE MANOEL BONFIM EM LIÇÕES DE PEDAGOGIA SOBRE

A CULTURA FÍSICA, 73O PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NA REDE

ESTADUAL DE ENSINO DE SERGIPE, 137O PROJETO DE RUI BARBOSA: O papel da educação na modernização da

sociedade, 51

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O SURGIMENTO TARDIO DA UNIVERSIDADE BRASILEIRA SEGUNDO A ÓTICA DE ROQUE SPENCER MACIEL DE BARROS, 118

ORDEM E PROGRESSO: Um anseio pedagógico (UBERLÂNDIA, MG – 1920-1945), 65

ORIGENS DA ESCOLA MODERNA NO BRASIL: A contribuição jesuítica, 97OS FANTASMA NÃO MORREM: Reflexões acerca da teoria do capital humano, 63OS JESUÍTAS E OS EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SUSTENTANDO AS

ATIVIDADES EDUCATIVAS DO BRASIL COLONIAL, 100

OS MOTIVOS FINANCEIROS E AS RAZÕES IDEOLÓGICAS DA POLÍTICA EDUCACIONAL PARANAENSE PARA O ENSINO MÉDIO E PROFISSIONAL, 149

OS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS – ASPECTOS HISTÓRICOS, 131

OS PRIMEIROS PROFESSORES DA ESCOLA NOS CAMPOS GERAIS- PR, 112OS PROFESSORES APOSENTADOS EM FACE DE SUA TRAJETÓRIA NO

MAGISTÉRIO: Uma construção da identidade do curso Normal, 125POLÍTICA EDUCACIONAL E HEGEMÔNIA: A criação das primeiras universidades

estaduais do Paraná na década de 1960., 54POLÍTICAS EDUCACIONAIS DO ESTADO DO PARANÁ NAS DÉCADAS DE

80 E 90: Da prioridade á centralidade da “educação básica”, 139POR TRÁS DOS MUROS ESCOLARES: Um estudo da educação feminina no

Colégio Nossa Senhora das Dores (Uberaba/MG 1940/1960), 96PORTUGUESES BRASILEIROS: Brasil, século XVI, 25PÓS-MODERNIDADE:Uma negação ontológica, gnosiológica e axiológica a serviço

da manutenção da hegemonia., 50PRÁTICAS POLÍTICO EDUCACIONAIS DOS ANOS 80-90, 142PRINCÍPIOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA ESCOLA NOVA NO

PENSAMENTO DE JONATHAS SERRANO, 118PRINCÍPIOS POLíTICOS E A PRÁTICA EDUCATIVA DO CENTRO SERGIPANO

DE EDUCAÇÃO POPULAR (CESEP), 130PROFISSIONALIZAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: Debate de uma

proposta, 79PROJETO QUALIDADE NA ESCOLA: A transposição dos conceitos oriundos do

sistemas produtivo para a educação, 148PROPOSTAS DE EDUCAÇÃO FEMININA, VEICULADAS PELA REVISTA

RENOVAÇÃO, EM SERGIPE,NO INÍCIO DA DÉCADA DE 30, 23QUALIDADE NA EDUCAÇÃO: Uma reflexão sobre as propostas educacionais no

período de 1964-1994, no estado do Paraná., 144

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RAÍZES HISTÓRICAS DO ENSINO SECUNDÁRIO PÚBLICO NA PROVÍNCIA DO GRÃO PARÁ: Liceu Parense 1840-1889, 110

RATIO STUDIORUM: Uma leitura dos elementos da Didática, 27RECEITAS PRÁTICAS: Hegemonia neoliberal e educação, 140SABERES EM DISPUTA: Emprego, conhecimento tácito e formal na crise do

capitalismo monopolista., 131SANTO ANSELMO, A ESCOLÁSTICA E OS JESUÍTAS, 25SEMEADORES DO COMUNISMO: Estrelas vermelhas encimam instituições

educacionais e outras arenas políticas de Uberlândia (1930 - 1954), 99SENTIDOS E SIGNIFICADOS HISTÓRICOS DE “CORPO HUMANO” NO

PRESENTE, 32SINDICALISMO DE DIREITA E EDUCAÇÃO, 147SOCIEDADE MODERNA, EDUCAÇÃO E HISTÓRIA ENSINADA NAS SÉRIES

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL, 51TENDÊNCIAS HISTORIOGRÁFICAS PRESENTES NAS PRINCIPAIS EDITORAS

DA ÁREA DA EDUCAÇÃO NA ÚLTIMA , 53TRABALHO/ QUALIDADE NA EDUCAÇÃO PÓS-MODERNA, 67TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL:

Primeiros apontamentos, 94UM OLHAR LITERÁRIO SOBRE A ESCOLA BRASILEIRA, 53UMA HISTÓRIA DE UMA PRÁTICA ESCOLAR ATRAVÉS DE SUA

PRESCRIÇÃO AOS PROFESSORES NOS MANUAIS: A tarefa de casa, 95UMA TRAJETÓRIA ANARQUISTAS: Escolas e Centros de Cultura no Brasil, 102UNIVERSIDADES ESTADUAIS MINEIRAS: A Criação da UEMG e da

UNIMONTES nos anais da IV Assembléia Estadual Constituinte de 1988/89, 87

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