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INFLUÊNCIA DA ENERGIA DE SÍNTESE NAS PROPRIEDADES FÍSICAS DE NANOPARTÍCULAS DE ÓXIDOS A. A. S. MEDEIROS 1 ; V. S. e MELLO 2 ; M. F. TRAJANO 2 ; S. M. ALVES 2 Caixa Postal 1524. Campus Universitário, Lagoa Nova, Natal/RN, Brasil. CEP: 59125-340. [email protected] 1. Escola de Ciência e Tecnologia 2. Departamento de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN. RESUMO As nanopartículas estão presentes em numerosas áreas do conhecimento, e essa escala nanométrica abre um leque de aplicações, sendo uma dessas na área de lubrificantes. As nanopartículas de óxidos têm sido utilizadas como aditivos de extrema pressão na lubrificação limite, apresentando resultados promissores. O grande desafio dessa tecnologia está no controle da dispersão dessas nanopartículas para garantir sua ação como aditivo antidesgaste. Esse trabalho teve como objetivo avaliar o papel da quantidade de energia de síntese nas propriedades dispersivas, tamanho e forma de nanopartículas sintetizadas por microondas, variando-se a quantidade de energia cedida durante o processo de síntese. A morfologia das nanopartículas foi avaliada por MEV e realizada a caracterização por DRX, para identificar o tamanho do cristalito e a formação dos óxidos de cobre. Os resultados mostraram que a quantidade de energia utilizada na síntese têm relação direta com a forma e tamanho de partícula e consequentemente na dispersão. Palavras Chaves: Nanopartículas, síntese, quantidade de energia, propriedades. INTRODUÇÃO A utilização de nanopartículas na lubrificação de sistemas mecânicos tornou-se uma linha de pesquisa bastante investigada. Segundo Viesca et al., (2011), a substituição de moléculas orgânicas por nanopartículas de material sólido não é simples e só tem sido considerada como uma opção viável em estudos recentes. 21º CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais 09 a 13 de Novembro de 2014, Cuiabá, MT, Brasil 4171

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INFLUÊNCIA DA ENERGIA DE SÍNTESE NAS PROPRIEDADES FÍSICAS DE NANOPARTÍCULAS DE ÓXIDOS

A. A. S. MEDEIROS1; V. S. e MELLO2; M. F. TRAJANO2; S. M. ALVES2

Caixa Postal 1524. Campus Universitário, Lagoa Nova, Natal/RN, Brasil. CEP: 59125-340. [email protected]

1. Escola de Ciência e Tecnologia

2. Departamento de Engenharia Mecânica

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.

RESUMO

As nanopartículas estão presentes em numerosas áreas do conhecimento, e essa escala nanométrica abre um leque de aplicações, sendo uma dessas na área de lubrificantes. As nanopartículas de óxidos têm sido utilizadas como aditivos de extrema pressão na lubrificação limite, apresentando resultados promissores. O grande desafio dessa tecnologia está no controle da dispersão dessas nanopartículas para garantir sua ação como aditivo antidesgaste. Esse trabalho teve como objetivo avaliar o papel da quantidade de energia de síntese nas propriedades dispersivas, tamanho e forma de nanopartículas sintetizadas por microondas, variando-se a quantidade de energia cedida durante o processo de síntese. A morfologia das nanopartículas foi avaliada por MEV e realizada a caracterização por DRX, para identificar o tamanho do cristalito e a formação dos óxidos de cobre. Os resultados mostraram que a quantidade de energia utilizada na síntese têm relação direta com a forma e tamanho de partícula e consequentemente na dispersão.

Palavras Chaves: Nanopartículas, síntese, quantidade de energia, propriedades.

INTRODUÇÃO

A utilização de nanopartículas na lubrificação de sistemas mecânicos

tornou-se uma linha de pesquisa bastante investigada. Segundo Viesca et al.,

(2011), a substituição de moléculas orgânicas por nanopartículas de material

sólido não é simples e só tem sido considerada como uma opção viável em

estudos recentes.

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Porém, sabe-se que um dos maiores problemas dessas nanopartículas é

a dispersão destas no óleo lubrificante. Para entender o comportamento das

nanoparticulas e melhorar ou desenvolver novas aplicações, faz-se necessário

realizar vários estudos relacionados com a estabilidade do fluido (dispersão

das nanopartículas), controle de tensoativos, tamanhos de partículas, os

materiais utilizados e o comportamento físico (LAURENT et al., 2008).

Na síntese em microondas, a taxa de crescimento dos produtos é muito

elevado para nanopartículas e, quase sempre, o produto apresenta uma

estreita distribuição de tamanho de partículas em consequência da rápida

homogênea nucleação (JANSEN et al., 1992). Os benefícios esperados pela

utilização de microondas não são apenas de redução de energia devido ao

aquecimento volumétrico, mas também as perspectivas de desenvolvimento de

novos materiais com propriedades melhoradas que não podem ser fabricadas

por meio de métodos convencionais. A técnica ainda permite a fácil

manipulação de parâmetros na síntese, como energia na forma de radiação e

temperatura (CHEN et al., 2003).

Para uma melhor dispersão faz-se necessário uma energia suficiente e

eficiente no momento da aditivação das nanopartículas no óleo lubrificante,

pois, a potência e a temperatura da síntese realizada podem influenciar

diretamente no tamanho e na dispersão das nanopartículas (TRAJANO, 2013).

Devido a essa dificuldade, o objetivo deste trabalho é avaliar o papel da

quantidade de energia de síntese nas propriedades dispersivas, tamanho e

forma de nanopartículas sintetizadas por microondas, variando-se a quantidade

de energia cedida durante o processo de síntese.

2.0 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Síntese das nanopartículas de CuO

As sínteses das nanopartículas foram preparadas a partir de uma solução

etanóica com acetato de cobre, sendo dissolvidos 2mmol de acetato de cobre

monohidratado em 40 mL de etanol; e uma solução etanóica com hidróxido de

sódio, sendo dissolvidas 8mmol de NaOH em 40 mL de etanol com mesma

razão estequiométrica.

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Em um reator de teflon foram misturadas 10 mL de cada uma das

soluções, em seguida, inseriu-se o reator no microondas (Panasonic

NN562BK) com variação de energia cedida nas sínteses de: Síntese A:

potencia de 99 Watts por 140 s, com pulso on/off de 20 s e 10 s, sendo este

pulso repetidos nove vezes para que fosse possível manter a mistura a uma

temperatura média de 80°C. Após esse procedimento resfriou-se o reator a

15°C por 5 min e recuperou-se a suspensão em um Becker; Síntese B:

potencia de 396 Watts por 140s, com pulso on/off/on/off de 25s, 20s e 5s, 20s

com pulso repetidos nove vezes para que fosse possível manter a mistura a

uma temperatura média de 63°C. Após esse procedimento resfriou-se o reator

a 15°C por 5 min e recuperou-se a suspensão em um Becker; Síntese C:

potencia de 396 Watts por 140s, com pulso on/off/on/off de 30s, 20s, 10s e 20s

com pulso repetidos nove vezes para que fosse possível manter a mistura a

uma temperatura média de 70°C.Após esse procedimento resfriou-se o reator a

15°C por 5 min e recuperou-se a suspensão em um Becker; Síntese D:

potência de 495 Watts por 15s com temperatura de reação média de 70°C.

Após esse procedimento resfriou-se o reator a 15°C por 5 min e recuperou-se a

suspensão em um becker. As temperaturas médias de síntese foram

calculadas com base na construção de uma curva de temperatura construída a

partir de cada pulso descrito acima.

Para recuperação das nanopartículas, procedeu- se a centrifugação da

suspensão por 5 min, depois fez-se uma lavagem com água morna e retornou-

se à centrifugação, repetindo-se as lavagens com água levemente aquecida e

a centrifugação. Finalmente faz-se uma lavagem do recuperado com etanol,

centrifugou-se o recuperado por 5 min e colocou-se em estufa pra secagem a

60°C por 2h ou até a evaporação completa do etanol.

2.2 Recobrimento

Para melhorar a dispersão das nanopartículas no óleo foi realizado o

recobrimento das mesmas, evitando assim a formação de aglomerados de

nanopartículas. O procedimento consiste na pesagem de 0,01g de ácido oleico

e 0,2g de nanopartículas de CuO, que foram adicionados a 20mL de etanol.

Agitou-se por 2h a 60°C e em seguida centrifugou-se por 10min. Ao final,

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procedeu-se a secagem em estufa por 2h ou até a evaporação completa do

etanol.

2.3 Aditivação

Foram utilizados 0,5 % em peso de nanopartículas de óxido de cobre a

uma velocidade de rotação 90 rpm por 4h à 50 °C no óleo sintético (PAO).

2.4 Caracterização das nanopartículas Para verificar a formação de CuO, foram realizadas as difratometrias de

raios X das amostras, bem como serviram de base para o cálculo do tamanho médio do cristalito.

Para o cálculo foi utilizada a equação 1 de Scherrer segundo Ibiapino et. al (2013):

D=0,9 λβcosθ, onde: (Equação 1)

D= tamanho de cristalito; K= 0,9 (constante para partículas esféricas); λCu= 1,5406 Ǻ (valor referente a radiação eletromagnética utilizada); β= é a contribuição dada pelo tamanho de cristalito à largura de meia-altura do pico de difração correspondentes em radianos; θ= é a metade do ângulo de difração ou ângulo de Bragg.

Para verificar a forma e aglomeração, imagens por microscopia eletronica de varredura das amostras foram geradas com ampliações de 200, 500, 1000, 3000, 5000 e 10000 vezes, com o intuito de verificar a dispersão das nanopartículas no óleo, foram realizadas imagens microscópicas do óleo aditivado com aumento de 500x.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Difratometria (Raio –X)

A Fig.1 mostra os padrões de difração de raios X das amostras CuO submetidas a diferentes potências. O tamanho médio de cristalito obtido para amostra “A” foi de 5,3nm, concordando os resultados de Medeiros et al.(2014) , para “B e C” o tamanho foi de 0,2nm e para a amostra “D” foi de 0,15nm.

Em todas as sínteses, foi observada a presença do monóxido de cobre, monoclínico. As únicas alterações são quanto à cristalinidade. Verifica-se que com o aumento na temperatura a amostra apresenta-se mais cristalina, com picos mais bem definidos (Andrade,2010). Ao mesmo tempo, o aumento da energia cedida na sintese mostrou influencia no tamanho médio dos cristais, diminuindo-a em cerca de 35X. Jamil et al. (2008), sugeriu que o tratamento e

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manipulação dos parâmetros da síntese por micro-ondas tem a capacidade de controlar a forma e o tamanho de partículas.

A)10% -80°C B)40%W -63°C

C)40%W -70°C D)50%W -80°C

Figura 1. Difratogramas do CuO.

Os difratogramas obtido das amostras sugerem a ocorrecia do óxido cúprico – CuO, pelos picos de baixa intensidade com angulação de 38,44°,estando dentro dos limites que o caracterizam 35,7 a 38,5º (Urquieta-González et al., 2002). Uma relaçao de intensidade foi encontrada, de modo que esta apresenta-se inversamente proporcional ao aumento da irradição cedida na sintese. Esta mesma relação foi encontrada nos trabalhos de Phoempoon e Sikong (2014). O aumento de radiação é capaz de converter uma estrutura monoclínica em um material mais cristalino quando tratados com maior potência de microondas.

3.2 Micrografias das NNPs

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A partir, da figura 2 tem-se as micrografias das amostras de CuO. Na síntese A, as partículas tem maior aglomeração de tal forma que não se pode ter uma aproximação de forma. Na síntese B, as partículas estão menos aglomeradas, mas mostram maior uniformidade de partículas em relação à forma esférica. Na síntese C, as partículas tem uma forma esférica mais bem definida, bem como estão melhores dispersas e na síntese D, as partículas parecem conter menores aglomerações e ainda é possível verificar o formato esférico do conjunto. A menor aglomeração de partículas parecidas com flocos, são alcançadas nas maiores potencias de síntese, assim também foram alcançadas nos trabalhos de Phoempoon e Sikong (2014). Uma razão para esse fenômeno foi descrita por Rybakov et al. (2008) justificada pelo enriquecimento de superfície aumentada devido à agitação térmica de moléculas do líquido em campo da radiação micro-ondas. Como as imagens foram feitas com aumento de 10000x ainda é considerável a aglomeração, já que as partículas obtidas apresentaram tamanho inferior a 1 nm. Porém, ainda há uma tendência das nanopartículas se aglomerarem de forma esférica.

A) 10%W -80°C 500X 10%W -80°C 3000X 10%W -80°C 5000X

B) 40%W -63°C 200X 40%W -63°C 1000X 40%W -63°C 10000X

C) 40%W -70°C 200X 40%W -70°C 1000X 40%W -70°C 10000X

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D) 50%W -80°C 200X 50%W -80°C 1000X 50%W -80°C 10000X

Figura 2. Micrografias das NNP’s

3.3 Microscopias das NNPs em óleo

A dispersão das nanopartículas em óleo sintético PAO (figura 4) foi avaliada a partir de suas microscopias (500X) em termos de concentrações de aglomeração, que passa a ser diminuida com o aumento da potencia de 10 (síntese A) para 40 e depois 50% da potencia total.

A)10%-80°C B) 40%W-63°C

C) 40%W -70°C D) 50%W -80°C

Figura 4: Microscopias das NNPs dispersas em óleo sintético PAO.

O tratamento com microondas reduz o tamanho das partículas e aumenta a homogeneidade dos materiais. Dessa forma, o aumento da potência na síntese proporcionou particulas mais homogeneas, que influenciou diretamente na dispersão. Como descrito por Rybakov et al. (2008), o enriquecimento de superfície aumentada diminui a aglomeração das partículas,

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como consequência, partículas mais homogêneas e menos aglomeradas devem apresentar melhores dispersões, dependendo da natureza do solvente.

4. CONCLUSÕES

Em vista dos diferentes aspectos apresentados sobre a influência da

energia na síntese de nanopartículas de óxidos, pelo método de microondas,

algumas conclusões podem ser obtidas:

• Através da análise de DRX, verifica-se que o aumento da energia

adicionada à síntese, diminui o tamanho médio do cristalito das

amostras;

• A temperatura de síntese afeta a cristalinidade das nanopartículas,

maiores temperaturas favorecem a formação de estruturas de óxidos de

cobre mais cristalinas.

• As nanopartículas de óxidos de cobre apresentaram forma geométrica

esférica e apresentam menores aglomerações com maior potência.

5. REFERÊNCIAS

ANDRADE, J.M . “Síntese de Óxido de Cobre II (CuO) pelo Método Hidrotermal assistido por Microondas”,2010.38p.Monográfia(Química)-UFPB.João Pessoa.2010. CHEN D., TANG, K., SHEN, G. et al., “Microwave-assisted synthesis of metal sulfides in ethylene glycol,” Materials Chemistry and Physics, vol. 82, no. 1, pp. 206–209, 2003. IBIAPINO, A. L; FIGUEIREDO, L. P; LASCALEA, G. E; PRADO, R. J. Síntese e Caracterização de CaZrO3 e BaZrO3 nanoestruturados. Quim. Nova, Vol. 36, No. 6, 762-767, 2013 JAMIL, M. R. AHMAD, Abdul HAFEEZ, Z.-U. Haq, N. AMIN, “Microwave assisted synthesis of fine magnetic manganese ferrite particles using co-precipitation technique,” Pakistan Journal of Agricultural Sciences, vol. 45, no. 3, pp. 59–64, 2008 JANSEN, J. C. ARAFAT, A., BARAKAT, A. K., van BEKKUM, H., “Microwave synthesis of nanocrystalline metal sulfides in formaldehyde solution,” in Synthesis of Microporous Materials, M. L. Occelli and H. E. Robson, Eds., vol. 1, chapter 33, pp. 507–521, Van Nostrand Reinhold, New York, NY, USA, 1992 LAURENT, Sophie; FORGE, Delphine; PORT, Marc; ROCH, Alain; ROBIC, Caroline; ELST, Luce Vander and MULLER, Robert N. Magnetic Iron Oxide Nanoparticles: Synthesis, Stabilization, Vectorization, Physicochemical Characterizations, and Biological Applications. Chemical Reviews. France, Vol. 108, No. 6, 2008.

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MEDEIROS, A.A.S.; Trajano,M.F.; Mello,V.S.; BARROS.B.S.; ALVES.S.M. Análise dos métodos de síntese nas características físicas de nanopartículas de óxidos.In: CONEM ,8.,2014,Uberlândia.0238...Uberlândia,2014. Phatcharee PHOEMPOON and Lek. SIKONG. Phase Transformation of VO2 Nanoparticles Assisted by Microwave Heating. The Scientific World Journal. Volume 2014, 8 pages. 2014 Y. TRAJANO, Marinalva Ferreira. Estudo Tribológico de Biolubrificantes com Adição de Nanopartículas de Óxidos (Zinco E Cobre). 2013. 87 f. Dissertação– Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal. 2013. URQUIETA-GONZÁLEZ, E.A., MARTINS L., PEGUIN R.P.S.,BATISTA M.S.. Identification of extra-framework species on Fe/ZSM-5 and Cu/ZSM-5 catalysts typical microporous molecular sieves with zeolitic structure. Materials Research, v. 5, n° 3, p. 321-327, 2002. VIESCA, J.L., HERNÁNDEZ A., BATTEZ, R. GONZÁLEZ, R. CHOU, CABELLO ,J.J.. Antiwear properties of carbon-coated copper nanoparticles used as an additive to a polyalphaolefin. Tribology International., Vol. 44, 829–833 p. (2011). INFLUENCE OF SYNTHESE ENERGY ON PHYSICAL PROPERTIES OF THE OXIDE NANOPARTICLES

ABSTRACT Nanoparticles are present in many research areas giving a range of applications, one of them is lubricant technology. Oxide nanoparticles have been used as extreme pressure additives in boundary lubrication with good results. The great challenge of this technology is in control of the nanoparticles dispersion to ensure their actions as anti-wear additive. This study goal was to evaluate the influence of the amount of energy synthesis in the dispersive properties, size and shape of nanoparticles synthesized by microwave, varying the amount of energy transferred during the synthesis process. The morphology of the nanoparticles was evaluated by SEM and XRD spectrum was used to identify the crystallite size and the formation of copper oxides. The results showed that the size and shape of the particle, and consequently the dispersion, are directly related to amount of energy used in the synthesis are directly related.

Key words: Nanoparticles, synthesis, energy, properties.

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