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2018 Semana 1521____2 5 mai
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Bixo SP
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io.
Bio.
Professor: Brenda Braga
Monitor: Carolina Matucci
B
io.
Respiração controle
e inibição
24
mai
RESUMO
Respiração Humana A respiração humana, além de oxigenar os tecidos, é responsável por regular a acidose no sangue
(quando há aumento de íons H+ no sangue). O controle da respiração é exercido pelo BULBO, que emite
sinais para o coração, pulmão, músculos intercostais e diafragma (que auxiliam na respiração). A respiração
atua em conjunto com o sistema circulatório, que através dos capilares sanguíneos, realizam as trocas gasosas
nos alvéolos. O bulbo também recebe estímulos dos quimioceptores dos vasos sanguíneos, sensíveis a
concentração de CO2 na corrente sanguínea.
As trocas gasosas ocorrem nos alvéolos pulmonares e, os órgãos e estruturas responsáveis pela
respiração, são:
FOSSAS NASAIS
-filtram, umedecer e aquecer o ar respirado
FARINGE
-comunicação da boca, fossas nasais e laringe.
LARINGE
-formada por cartilagem
-cordas vocais= produzem som (voz)
-pomo de adão
TRAQUÉIA
-formada por anéis de cartilagem
-revestida internamente por tecido epitelial pseudoestratificado ciliado, com células produtoras de muco
-o muco adere a poeira, bactérias e fungos.
*Carina= bifurcação da traqueia que dará origem aos brônquios
BRÔNQUIOS
-estruturas que entram no pulmão, ficando cada vez menores, dando origem aos BRONQUÍOLOS, que
terminam como ALVÉOLOS PULMONARES, responsáveis pelas trocas gasosas.
*Pleura= membrana que reveste o pulmão
DIAFRAGMA
-músculo que separa o tórax do abdome
-exclusivo em mamíferos
MÚSCULOS INTERCOSTAIS
-auxiliam na respiração puxando as costelas
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io.
HEMATOSE= trocas gasosas, que acontecem nos alvéolos pulmonares.
Biomecânica da Respiração
Quando a quantidade de CO2 no sangue é elevada, o sangue fica ácido e ativa o bulbo, que para
contornar esse quadro, eleva a frequência cardíaca, que por consequência, eleva a frequência respiratória.
Por outro lado, quando a quantidade de CO2 é baixa no sangue, aumenta a basicidade do mesmo, fazendo
INSPIRAÇÃO
-CONTRAÇÃO DO DIAFRAGMA
-CONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS
INTERCOSTAIS
-MECANISMO ATIVO (GASTA ATP)
EXPIRAÇÃO
-RELAXAMENTO DO DIAFRAGMA
-RELAXAMENTO DOS MÚSCULOS
INTERCOSTAIS
-MECANISMO PASSIVO
OBS: A DIFERENÇA DE PRESSÃO DO MEIO INTERNO (NOS PULMÕES) E
EXTERNO, FAZ COM QUE O AR ENTRE E SAIA DOS PULMÕES!
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io.
com que o bulbo diminua a frequência cardíaca e respiratória, mantendo assim, o equilíbrio do pH do sangue
(aproximadamente 7,4).
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS GERADAS PELA EXPOSIÇÃO À ALTITUDE:
• Aumento da frequência respiratória
• Aumento da frequência cardíaca
• Aumento do número de glóbulos vermelhos no sangue
CONTROLE E INIBIÇÃO DA RESPIRAÇÃO
O controle e a inibição da respiração é exercido pelo bulbo (centro respiratório). Ele emite sinais para o
pulmão, coração, músculos intercostais e diafragma. O bulbo também recebe estímulos dos
quimiorreceptores existentes nos vasos sanguíneos, que são sensíveis a concentração de gás carbônico
(CO2):
• Elevada concentração de CO2 no sangue (leva a acidez no sangue): aumenta a frequência e amplitude
respiratória
• Baixa concentração de CO2 no sangue (leva a base no sangue): diminui a frequência e amplitude
respiratória
Esse controle exercido pelo bulbo faz a homeostase, equilíbrio de gases e pH do sangue.
EXERCÍCIOS
1. Na figura, uma demonstração feita com garrafa pet, tubos e balões de borracha simula o
funcionamento do sistema respiratório humano.
B
io.
Sobre o sistema respiratório humano e as estruturas que o representam na demonstração, é correto
afirmar que
a) o movimento da mão esticando a borracha corresponde ao relaxamento do diafragma, em
resposta a estímulos de quimiorreceptores localizados no bulbo, que detectam a baixa
concentração de O2 no sangue e promovem a inspiração.
b) o movimento da mão esticando a borracha corresponde à contração do diafragma, por ação do
bulbo quando o pH do sangue circulante diminui em razão da formação de ácido carbônico no
plasma.
c) a garrafa pet corresponde à pleura, membrana dupla que envolve os pulmões e que apresenta
quimiorreceptores sensíveis à variação de O2 e CO2 nos capilares alveolares, desencadeando os
movimentos de inspiração e expiração.
d) a garrafa pet corresponde à parede da caixa torácica que, ao manter o volume torácico constante,
permite que os pulmões, representados pelos balões, se inflem na inspiração e se esvaziem na
expiração, expulsando o ar rico em CO2.
e) os tubos que penetram na garrafa correspondem à traqueia e aos brônquios que, embora não
apresentem movimentos de contração e relaxamento, favorecendo a movimentação do ar nas vias
respiratórias, possuem válvulas que impedem a mistura do ar rico em O2 com o ar rico em CO2.
2. Jogadores de futebol que vivem em altitudes próximas ao nível do mar sofrem adaptações quando
jogam em cidades de grande altitude. Algumas adaptações são imediatas, outras só ocorrem após uma
permanência de pelo menos três semanas. Qual alternativa inclui as realizações imediatas e as que
podem ocorrer em longo prazo?
a) aumentam a frequência respiratória, os batimentos cardíacos e a pressão arterial, em longo prazo
diminui o número de hemácias;
b) diminuem a frequência respiratória e os batimentos cardíacos; diminui a pressão arterial, em
longo prazo aumenta o número de hemácias
c) aumentam a frequência respiratória e os batimentos cardíacos; diminui a pressão arterial em
longo prazo diminui o número de hemácias;
d) aumentam a frequência respiratória, os batimentos cardíacos e a pressão arterial, em longo prazo
aumenta o número de hemácias;
e) diminuem a frequência respiratória, os batimentos cardíacos e a pressão arterial, em longo prazo
aumenta o número de hemácias.
3. Um atleta em repouso prepara-se para o início da corrida. Faz alguns exercícios para aquecimento e
põe-se a correr. Com a atividade muscular intensa, a taxa de _________________ aumenta em
decorrência da respiração celular, o que provoca _________________do pH sanguíneo. Essa alteração
do pH sanguíneo estimula o centro respiratório, que origina impulsos nervosos que
vão _____________. O ritmo respiratório intensifica-se, promove a eliminação mais rápida do CO2 e a
captação O2 para o sangue.
Assinale a alternativa que completa corretamente os espaços do texto.
a) gás carbônico ... uma redução ... contrair o diafragma os músculos intercostais
b) oxigênio ... um aumento ... contrair o diafragma e músculos intercostais
c) gás carbônico ... um aumento ... contrair o diafragma e os músculos intercostais
d) oxigênio ... um aumento ... contrair os alvéolos pulmonares
e) gás carbônico ... uma redução ... contrair os alvéolos pulmonares
B
io.
4. Em uma maratona ocorrem diversas alterações no corpo do maratonista. A pressão parcial de O2 (PO2)
nos tecidos musculares pode cair de 40 mmHg para 12 mmHg. A temperatura corporal sofre elevação
no início da corrida e depois se mantém estável, com ligeiras variações. Ao longo da prova, ocorre
diminuição do pH no interior das hemácias (cujos valores normais variam entre 7,35 e 7,45), embora o
pH do plasma não sofra grandes variações.
O gráfico experimental representa o efeito da temperatura corporal humana sobre a porcentagem de
saturação da hemoglobina com O2.
a) Por que ocorre elevação da temperatura corporal durante a maratona? Qual o efeito dessa
elevação sobre a oferta de O2 para os tecidos musculares?
b) O que provoca a redução de pH no interior das hemácias? Por que, apesar dessa redução, o pH
sanguíneo não diminui a ponto de se tornar ácido?
5. No homem, o controle dos movimentos respiratórios é exercido
a) pelo cérebro.
b) pelo cerebelo.
c) pelo bulbo.
d) pela medula.
d) pela hipófise.
6. No processo de respiração humana, o ar inspirado chega aos alvéolos pulmonares. O oxigênio
presente no ar difunde-se para os capilares sanguíneos, combinando-se com
a) a hemoglobina presente nas hemácias, e é transportado para os tecidos, sendo absorvido pelas
células e em seguida utilizado na cadeia respiratória, que ocorre no citosol.
b) a hemoglobina presente nas hemácias, e é transportado para os tecidos, sendo absorvido pelas
células e em seguida utilizado na cadeia respiratória, que ocorre na mitocôndria.
c) o plasma sanguíneo, e é transportado para os tecidos, sendo absorvido pelas células e em
seguida utilizado na glicólise, que ocorre no citosol.
d) o plasma sanguíneo, e é transportado para os tecidos, sendo absorvido pelas células e em
seguida utilizado na glicólise, que ocorre na mitocôndria.
7. A respiração é a troca de gases do organismo com o ambiente. Nela o ar entre e sai dos pulmões graças
à contração do diafragma. Considere as seguintes etapas do processo respiratório no homem:
I. Durante a inspiração, o diafragma se contrai e desce aumentando o volume da caixa torácica.
II. Quando a pressão interna na caixa torácica diminui e se torna menor que a pressão do ar
atmosférico, o ar penetra nos pulmões.
III. Durante a expiração, o volume torácico aumenta, e a pressão interna se torna menor que a pressão
do ar atmosférico.
IV. Quando o diafragma relaxa, ele reduz o volume torácico e empurra o ar usado para fora dos
pulmões.
B
io.
Indique as opções corretas:
a) I e II.
b) II, III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV.
e) Todas.
8. Analise o esquema abaixo, que representa o sistema respiratório
Feito isso, assinale a afirmativa incorreta:
a) O processo de trocas gasosas nos pulmões recebe o nome de hematose.
b) A baixa concentração de O2 no sangue dos capilares alveolares faz com que O2 no alvéolo passe
do ar alveolar para o sangue no capilar por difusão facilitada.
c) O CO2 é transportado pela corrente sanguínea principalmente na forma de HCO3 e HHb.
d) O controle da frequência dos movimentos respiratórios é muito influenciado pela concentração
circulante de CO2 e menos influenciado pela concentração circulante de O2
9. Leia atentamente o texto a seguir:
"Respirar é uma ação automática. Nós respiramos enquanto estamos acordados ou dormindo sem que,
para isso, tenhamos que fazer qualquer esforço consciente. Podemos variar o ritmo da respiração,
como em geral acontece quando paramos para pensar sobre isso, e podemos conscientemente
respirar mais profundamente". O que não podemos fazer é parar de respirar por mais de um minuto.
Se a respiração é contida por muito tempo, nosso encéfalo assume o controle, enviando
automaticamente impulsos nervosos ao diafragma e aos músculos intercostais, instruindo-os a se
contraírem. O ritmo e a profundidade da respiração também são controlados quimicamente. Durante
o esforço, os músculos aumentam a produção de gás carbônico, que começa a se acumular no sangue.
O centro respiratório do bulbo detecta esse aumento e acelera o ritmo e a profundidade dos
movimentos respiratórios de maneira a eliminar o excesso indesejável de gás carbônico através dos
pulmões."
Responda:
a) Por que respiramos diferentemente quando estamos dormindo e quando corremos?
b) Qual o principal mecanismo que nosso corpo usa para informar a necessidade de mudar o ritmo
respiratório?
10. Que relação existe entre respiração pulmonar e respiração celular?
B
io.
QUESTÃO CONTEXTO
Tanto as baleias como os golfinhos, mamíferos que pertencem ao grupo dos cetáceos, apresentam
respiração pulmonar e precisam deslocar-se até a superfície para respirar. Os pulmões da baleia são
excelentes: desde que inspira o ar até o momento em que o expira, às vezes transcorrem até 20 minutos. Isso
lhe permite mergulhar a grandes profundidades e permanecer submersa, enganando os baleeiros
(caçadores). As narinas de uma baleia localizam-se no alto de sua cabeça. Subindo à superfície, após a
submersão prolongada, a baleia expele através dela o ar quente e úmido dos pulmões, o qual se condensa
em contato com a atmosfera, formando uma coluna de gotículas de água, que se ergue à altura de mais de
seis metros. Os golfinhos respiram ar através do orifício localizado no alto de suas cabeças. Eles trocam de
80 a 95% do ar nos seus pulmões a cada vez, enquanto o homem apenas 15 a 25%. http://www.klickeducacao.com.br/bcoresp/bcorespmostra/0,5991,POR-6828-h,00.html
Sabendo como funciona a respiração de baleias e golfinhos, responda: é possível esses animais se afogarem?
B
io.
GABARITO
Exercícios
1. b
A mão puxando a borracha representa a contração do diafragma, controlada pelo bulbo (sob comando
de neurônios), em resposta à detecção, pelos quimiorreceptores presentes nos vasos sanguíneos, do pH
baixo do sangue em razão da formação de ácido carbônico no plasma.
2. d
De imediato ocorre o aumento da frequência cardíaca, respiratória e arterial, na tentativa de equilibrar a
quantidade de oxigênio (altas altitudes possuem menor concentração de oxigênio). A longo prazo, o
número de hemácias aumenta, possibilitando maior captura de oxigênio e, assim, não necessitando
elevar a frequência cardíaca, respiratória e arterial.
3. a
O gás carbônico altera o pH sanguíneo (deixa ele com aspecto ácido), com isso, para manter a
homeostase, os quimiorreceptores presentes nos vasos sanguíneos, percebem o pH mais ácido, levando
essa informação para o bulbo, que aumentará a frequência e amplitude respiratória, contraindo mais os
músculos responsáveis pela respiração.
a) Na maratona, a intensa atividade metabólica (dos músculos, por exemplo) é responsável pela
produção de calor endógeno, oriundo dos processos energéticos celulares. Isso eleva a temperatura
corporal. Quando isso ocorre, a porcentagem de saturação da hemoglobina com gás oxigênio
diminui, aumentando a oferta desse gás para os tecidos musculares.
b) A intensa atividade metabólica aumenta a concentração de CO2 no sangue. Esse gás se difunde para
o interior das hemácias, causando a redução do pH pela equação abaixo: 𝐶𝑂2 +
𝐻2𝑂 ←⃗⃗⃗ 𝐻𝐶𝑂3 ←⃗⃗⃗ 𝐻+ + 𝐻𝐶𝑂3−Além disso, as hemácias produzem ácido láctico pela fermentação, o
que também pode contribuir com a redução do pH em seu interior. O pH sanguíneo não sofre grande
alteração em virtude de um sistema químico de tamponamento e do aumento do ritmo respiratório,
que previne de uma maior redução de pH pelo aumento da expiração de CO2.
4. c
O controle da respiração é feito pelo centro respiratório localizado no bulbo, que se caracteriza
principalmente pelas concentrações de gás carbônico presente no sangue. Quando a concentração de
gás carbônico está alta a frequência respiratória aumenta. Já quando a concentração do gás carbônico
está baixa a frequência cai.
5. b
6. c
Embora muitos pensem que a contração é um "encolhimento" e o relaxamento é uma "frouxidão", isso
não acontece no diafragma: diafragma contraído desce e diafragma relaxado sobe; quando a pressão
interna na caixa torácica estiver menor que a pressão atmosférica o ar será empurrado para dentro dos
pulmões; para que o ar seja expulso dos pulmões o volume torácico diminui e a pressão interna se torna
maior que a pressão atmosférica; relaxamento do diafragma, redução do volume torácico e saída do ar
acorre na expiração.
7. b
A troca de gases, também chamada de hematoses, ocorre por meio de difusão simples; o CO2 é
transportado de três formas no sangue: sob a forma de íons bicarbonato (HCO3 ), combinado com a
B
io.
hemoglobina e dissolvido no plasma sanguíneo sob a forma de CO2; a frequência respiratória é
principalmente influenciada pelo CO2.
8. a) Quando estamos dormindo a atividade fisiológica é menor, logo, produz menos gás carbônico e o
movimento respiratório é mais lento.
b) Quando o nível de gás carbônico é alto no sangue, isso é captado por células quimiorreceptoras
localizadas na aorta e nas carótidas. O bulbo recebe os estímulos e coordena o ritmo respiratório,
estimulando os movimentos de inspiração e expiração, eliminando o gás carbônico a absorvendo mais
oxigênio.
9. Os pulmões são os órgãos respiratórios responsáveis pela hematose, transformação do sangue venoso
em arterial. O oxigênio transportado às células, nelas penetra e atinge as mitocôndrias, onde ocorrerá a
respiração celular, que leva a produção de energia.
F
il.
Fil.
Professor: Lara
Monitor: Leidiane Oliveira
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il.
Descartes e o Racionalismo 25
mai
RESUMO
Ambiente filosófico (século XVII) Diante da série de conflitos econômicos, sociais, científicos e religiosos que permeava a Europa,
vários filósofos passaram a defender o ceticismo, isto é, a doutrina filosófica segundo a qual não é possível
obter nenhum conhecimento seguro a respeito do que quer que seja. No fim das contas, tudo é relativo e só
nos resta a dúvida.
Projeto cartesiano Refutar o ceticismo, estabelecendo as bases fundamentais de um conhecimento absolutamente
seguro e, garantindo, assim, nossa possibilidade de compreender a realidade com segurança. Método
cartesiano (método da dúvida): devo tomar seriamente para mim o propósito de, ao menos uma vez na vida,
pôr todas, absolutamente todas as minhas convicções em dúvida (dúvida hiperbólica). Aquelas crenças que
sobreviverem à dúvida mais radical serão entendidas como conhecimentos firmes e inabaláveis, ou seja,
verdades indubitáveis.
Etapas do Método ✓ 1ª dúvida (argumento dos sentidos): Já fui mais de uma vez enganado por minha sensibilidade.
Ora, se os sentidos já me enganaram uma vez, que garantia tenho eu de que não me enganarão
novamente? O que sobrevive: As impressões sensíveis mais fortes (de minha própria existência,
por exemplo)
✓ 2ª dúvida (argumento do sonho): Já tive a experiência, inúmeras vezes, de sonhos intensos, que
me pareciam profundamente reais. Ora, se já estive dormindo e acreditava estar acordado, o que
me garante que não estou dormindo agora? O que sobrevive: Os elementos básicos da
percepção sensível (cor, tamanho, textura, tempo, etc.) e as verdades matemáticas
✓ 3ª dúvida (argumento do gênio maligno): Ora, e se houver uma ser todo-poderoso que me engana
a cada vez em que eu julgo possuir um conhecimento verdadeiro? É possível concebê-lo, portanto
é razoável duvidar. O que sobrevive: aparentemente nada
✓ -
método da dúvida me garante ao menos uma coisa que estou duvidando. Ora, se estou
duvidando, então penso. Se penso, logo existo Certeza adquirida: própria existência
A partir desta primeira certeza indubitável, base de todo saber, Descartes passa a deduzir uma série
de outras certezas. Nessa reconstrução do edifício do conhecimento, só que agora sob bases seguras, as
mais importantes verdades que Descartes acreditou provar foram: Se é através da minha capacidade de
pensar que posso garantir a minha própria existência, mesmo que eu ainda não saiba de qualquer outra coisa
(nem se tenho corpo), portanto, é esta capacidade de me pensar que define: minha essência é a
racionalidade, é a capacidade de pensar. Dentre todas as idéias que possuo, ainda sem saber se existe algo além de mim, há uma idéia diferente
de todas as outras: é a idéia de Deus. Esta idéia se diferencia por não dizer respeito a um ser finito, como as
outras, mas sim a um ser infinito. Ora, de onde pode me ter vindo esta idéia? Ela não pode ter vindo de mim,
pois eu sou um ser finito, enquanto esta idéia é infinita. Como o menor não pode dar origem ao maior, então
o finito não pode gerar o infinito. Assim, essa idéia não pode ter sido gerada por mim. Há, portanto, um Ser
infinito que pôs esta idéia em mim. A este ser chama-se Deus. Sendo infinito, Deus possui necessariamente
todas as perfeições, tanto de poder, quanto morais. Prosseguindo, se há um Deus perfeitamente poderoso e bom, então o mundo à nossa volta também
existe de fato, pois um Deus assim não permitiria que eu me enganasse tão radicalmente a respeito da
realidade. É compatível com a bondade infinita de um ser todo-poderoso permitir que eu me engane às
vezes, mas não que eu me engane sempre. Graças a Deus, portanto, pode-se dizer com certeza absoluta que
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il.
o mundo exterior à minha mente é real. - Por fim, se foi a descoberta do cogito, isto é, se foi a descoberta
de minha capacidade racional que legitimou todo o meu saber obtido de modo seguro, e, ao contrário, tudo
o que eu percebia pelos sentidos era desconfiável. Então, de acordo com o ponto de vista de Descartes, não
há dúvida de que a razão é o fundamento último do conhecimento humano e que só ela nos dá segurança
na busca da verdade. Os sentidos, ao contrário, só têm valor sob o comando da razão.
EXERCÍCIOS
1. Considerando-se as primeiras linhas das Meditações sobre a filosofia primeira de René Descartes: -me conta de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões
por verdadeiras e de que aquilo que depois eu fundei sobre princípios tão mal assegurados devia ser
apenas muito duvidoso e incerto; de modo que era preciso tentar seriamente, uma vez em minha vida,
desfazer-me de todas as opiniões que recebera até então em minha crença e começar tudo novamente
desde os fundamentos, se eu quisesse estabelecer alguma coisa de firme e de constante nas ciências.
(...) Agora, pois, que meu espírito está livre de todas as preocupações e que obtive um repouso seguro
numa solidão tranquila, aplicar-me-ei seriamente e com liberdade a destruir em geral todas as minhas
É correto afirmar sobre a teoria do conhecimento cartesiana que a) Descartes não utiliza um método ou uma estratégia para estabelecer algo de firme e certo no
conhecimento, já que suas opiniões antigas eram incertas. b) Descartes considera que não é possível encontrar algo de firme e certo nas ciências, pois até então
esse objetivo não foi atingido. c) Descartes, ao rejeitar o que a tradição filosófica considerou como conhecimento, busca
fundamentar nos sentidos uma base segura para as ciências. d) ao investigar uma base firme e indestrutível para o conhecimento, Descartes inicia rejeitando suas
antigas opiniões e utiliza o método da dúvida até encontrar algo de firme e certo. e) Descartes necessitou de solidão para investigar as suas antigas opiniões e encontrar entre elas
aquela que seria o verdadeiro fundamento do conhecimento.
2. Segundo a tradição racionalista, a verdade não reside nas próprias coisas, mas somente no juízo. De
acordo com essa concepção de verdade, é lícito afirmar: a) As ideias são verdadeiras por coincidirem naturalmente com as coisas. b) A verdade reside na atribuição do predicado inerente ao sujeito do juízo. c) A verdade reside no ato de julgar, porque é isento de qualquer valor cognitivo. d) A apreensão do objeto é produto de um julgamento exclusivamente ético. e) O sujeito do juízo não deve pertencer ao predicado, para se evitar um julgamento preconceituoso.
3. -me conta de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões
por verdadeiras e de que aquilo que depois eu fundei sobre princípios tão mal assegurados devia ser
apenas muito duvidoso e incerto; de modo que era preciso tentar seriamente, uma vez em minha vida,
desfazer-me de todas as opiniões que recebera até então em minha crença e começar tudo novamente
desde os fundamentos, se eu quisesse estabelecer alguma coisa de firme e de constante nas ciências.
que obtive um repouso seguro
numa solidão tranquila, aplicar-me-ei seriamente e com liberdade a destruir em geral todas as minhas
antigas opiniões. Ora, não será necessário, para atingir esse propósito, provar que elas todas são falsas,
o que talvez jamais realizasse até o fim; mas, visto que a razão já me persuade de que não devo menos
cuidadosamente impedir-me de acreditar nas coisas que não são inteiramente certas e indubitáveis do
que nas que nos parecem ser manifestamente falsas, a menor razão de duvidar que eu nelas encontrar
será suficiente para me fazer rejeitá-
F
il.
A partir da filosofia cartesiana, seguem as seguintes afirmações: I. A dúvida cartesiana é uma dúvida sobre os fundamentos do conhecimento, e seu objetivo é avaliar a
possibilidade da conquista de algo evidente e verdadeiro. II. A primeira certeza que conquistamos é a de que, embora nossos sentidos nos enganam às vezes,
não é possível duvidar da existência das coisas que nos rodeiam. III. A dúvida, quando generalizada ao máximo, será autodestrutiva, uma vez que ela é um ato de pensar
e, portanto, requer como certa a existência de uma entidade que é sujeito desse ato IV. Generalizar ao máximo a dúvida é uma atitude irracional e meramente negativa. V. A dúvida cartesiana traz como resultado um fato determinante para toda a filosofia moderna: só
temos acesso imediato às nossas percepções mentais, ao passo que o conhecimento de tudo o mais
(o mundo, Deus, etc.) deve ser provado como possível, dada a distância que há entre nossos
pensamentos e as demais coisas.
Das afirmações feitas acima a) apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. b) apenas as afirmativas I e III estão corretas. c) apenas as afirmativas I, III e V estão corretas. d) apenas a afirmativa IV está incorreta. e) todas as afirmativas estão corretas.
4. iversal inata e um conteúdo
particular oferecido pela experiência. O que existe como estrutura da razão é anterior à experiência.
Assim, forma é aquilo sem o que não haveria percepção ou captação da experiência. A razão tem a
percepção de todas as coisas como realidades espaciais e temporais. Assim, o espaço e o tempo
existem em nossa razão antes e sem a experiência. O conhecimento da realidade como ela é em si,
De acordo com o texto, assinale a alternativa CORRETA. a) Espaço e tempo são formas inatas existentes na razão. b) A forma universal inata é percebida na experiência. c) A razão pode conhecer a realidade em si. d) A realidade em si é a forma como ela se apresenta.
5. De há muito observara que, quanto aos costumes, é necessário às vezes seguir opiniões, que sabemos
serem muito incertas, tal como se fossem indubitáveis [...]; mas, por desejar então ocupar-me somente
com a pesquisa da verdade, pensei que era necessário agir exatamente ao contrário, e rejeitar como
absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida, a fim de ver se, após isso,
não restaria algo em meu crédito, que fosse inteiramente indubitável [...] E, tendo notado que nada há
no eu penso, logo existo, que me assegure de que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente
que, para pensar, é preciso existir, julguei poder tomar como regra geral que as coisas que
concebemos mui clara e mui distintamente são todas verdadeiras [...]. (DESCARTES, R. Discurso do Método. Quinta Parte. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991. p. 46-47.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Descartes, é correto afirmar. a) A dúvida metódica permitiu a Descartes compreender que todas as ideias verdadeiras procedem,
mediata ou imediatamente, das impressões de nossos sentidos e pela experiência. b) A clareza e a distinção das ideias verdadeiras representam apenas uma certeza subjetiva, além da
qual, apesar da radicalização da dúvida metódica, não se consegue fundamentar a objetividade da
certeza científica. c) Somente com o cogito, a concepção cartesiana das ideias claras e distintas, inatas ao espírito
humano, garante definitivamente que o objeto pensado pelo sujeito é determinado pela realidade
fora do pensamento. d) Do exercício da dúvida metódica, no itinerário cartesiano, a certeza subjetiva do cogito constitui a
primeira verdade inabalável e, portanto, modelo das ideias claras e distintas. e) A dúvida cartesiana, convertida em método, rende-se ao ceticismo e demonstra a impossibilidade
de qualquer certeza consistente e definitiva quanto à capacidade do intelecto de atingir a verdade.
F
il.
6.
mesma para todos os seres humanos, em todos os tempos e lugares. Essa estrutura é inata, isto é, não
é adquirida pela experiência. Por ser inata e não depender da experiência para existir, a razão é, do
ponto de vista do conhecimento, anterior à experiência e independente da experiência. Os conteúdos que a razão conhece e nos quais ela pensa, dependem da experiência. Sem ela (a
experiência) a razão seria sempre vazia, inoperante, nada conheceria. A experiência fornece a matéria
De acordo com o texto, assinale a alternativa CORRETA. a) O conteúdo, a matéria do conhecimento, é inato. b) A estrutura da razão é inata. c) A estrutura da razão é adquirida por experiência. d) A experiência fornece a forma do conhecimento para a razão.
7. Fui nutrido nas letras desde a infância, e por me haver persuadido de que, por meio delas, se podia
adquirir um conhecimento claro e seguro de tudo o que é útil à vida, sentia extraordinário desejo de
aprendê-las. Mas, logo que terminei todo esse curso de estudos, ao cabo do qual se costuma ser
recebido na classe dos doutos, mudei inteiramente de opinião. Pois me achava enleado em tantas
dúvidas e erros, que me parecia não haver obtido outro proveito, procurando instruir-me, senão o de
ter descoberto cada vez mais a minha ignorância. E, no entanto, estivera numa das mais célebres
escolas da Europa, onde pensava que deviam existir homens sapientes, se é que existiam em algum
lugar da Terra. (DESCARTES, R. Discurso do Método. 3ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, I994. p. 43.)
O texto aponta a insatisfação que assola Descartes ao término dos seus estudos. Dentre os motivos que conduziram Descartes a essa avaliação, pode-se citar: I. A situação da filosofia, envolta em multas dúvidas. II. A ausência de um método adequado, inspirado na matemática, capaz de conduzir com segurança
ao conhecimento do verdadeiro. III. A crítica à educação, cuja base epistemológica se mantém construída sobre pressupostos empíricos. IV. A separação, existente desde o século XV, entre ciências do espírito e ciências da natureza.
Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas II e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, lI e III são corretas. e) Somente as afirmativas I, lII e IV são corretas.
8. É amplamente conhecido, na história da filosofia, como Descartes coloca em dúvida todo o
conhecimento, até encontrar um fundamento inabalável; uma espécie de princípio de reconstituição
do conhecimento. Neste processo, Descartes elege uma regra metodológica que o orientará na busca
de novas verdades.
A regra geral que orientará Descartes na busca de novas verdades é a) a possibilidade do mundo externo. b) a possibilidade de unirmos corpo e alma. c) a clareza e distinção. d) a certeza dos juízos matemáticos. e) a ideia de que corpo e alma são entidades distintas.
F
il.
9. Segundo Descartes, para se alcançar a verdade das coisas, isto é, o conhecimento certo e evidente, é
necessário um método. É correto afirmar que esse método, proposto pelo autor, a) valoriza a dúvida e estabelece, por meio de suas regras, que se deve tomar como ponto de partida
as sensações e coisas particulares para, posteriormente, se ascender aos axiomas mais gerais. b)
pensamento verdadeiro aos dados oferecidos pelo conhecimento sensível. c) dá ênfase à dúvida e ao modelo matemático de raciocínio como procedimentos que se devem
utilizar para se alcançar a verdade e para se evitar os enganos e as opiniões prováveis. d) estabelece, como caminho seguro para se atingir ideias claras e evidentes, o raciocínio silogístico,
que parte de enunciados universais para enunciados particulares. e) fornece os procedimentos adequados, de observação e experimentação, que possibilitam
organizar e controlar os dados recebidos da experiência sensível, de modo a se obter um
conhecimento verdadeiro sobre as coisas.
10. Leia o seguinte texto de Descartes:
[...] considerei em geral o que é necessário a uma proposição para ser verdadeira e certa, pois, como
acabara de encontrar uma proposição que eu sabia sê-lo inteiramente, pensei que devia saber
igualmente em que consiste essa certeza. E, tendo percebido qu
me assegure que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, é preciso existir,
pensei poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos clara e distintamente são todas
verdadeiras. (DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução de Elza Moreira Marcelina. Brasília: Editora da Universidade de Brasília; São
Paulo: Ática, 1989. p. 57.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento cartesiano, é correto afirmar: a) Para Descartes, a
indubitavelmente verdadeira. b)
filosofia cartesiana. c) Tomando como base a proposição "penso, logo existo", Descartes conclui que o que é necessário
para que uma proposição qualquer seja verdadeira é que ela enuncie algo que possa ser concebido
clara e distintamente. d) Descartes é um filósofo cético, uma vez que afirma que não é possível se ter certeza sobre a
verdade de qualquer proposição. e) Tomando como exemplo a proposição "penso, logo existo", Descartes conclui que uma
proposição qualquer só pode ser considerada como verdadeira se ela tiver sido provada com base
na experiência.
F
il.
GABARITO
Exercícios
1. d A alternativa [D] é a única correta. Descartes busca um fundamento sólido para o conhecimento nas
ciências. Para tanto, utiliza-se do método da dúvida para destruir todas as falsas opiniões.
2. b
As ideias verdadeiras são ideias inatas, são claras e distintas que não residem nas coisas, mas no próprio
sujeito, no próprio espírito como instrumento para a apreensão de outras verdades.
3. c
A respeito do racionalismo cartesiano, as afirmações I, III e V estão corretas. No sentido de rejeitar todas
as verdades incertas, Descartes utiliza-se da dúvida metódica e universal, chegando à conclusão de que
não pode duvidar que pensa. Assim, a sua conclusão de que é uma coisa pensante se constitui na sua
primeira certeza, e é em base a ela que Descartes irá desenvolver sua filosofia racionalista.
4. a
O dualismo psicofísico de Descartes, ou seja, a dicotomia entre corpo e consciência, refere-se ao corpo
como uma realidade física e como tal possui massa e extensão no espaço e por outro lado, os fenômenos
mentais não tem extensão no espaço nem localização porque as principais atividades da mente, das ideias
inatas, são: recordar, raciocinar, esquecer e querer.
5. d
No trecho extraído do Discurso do Método, Descartes afirma que a única ideia verdadeira que pode ser
distinta que o pensador vai utilizar para chegar às outras verdades inatas através de seu método
científico.
6. b
A razão inata é exclusiva da capacidade humana de pensar. Não estão sujeitas ao erro. São ideias
verdadeiras que somente advém da razão.
7. a
No livro Discurso do Método, René Descartes procurou encontrar fundamentos seguros para o
desenvolvimento do conhecimento verdadeiro. Dado que havia muitas dúvidas filosóficas e científicas,
estas seriam solucionadas mediante um método rigoroso. Descartes, nisso, utilizou-se do modelo
matemático, considerado o conhecimento intelectual por excelência.
8. c
Todas as alternativas da questão apresentam concepções filosóficas de Descartes. Entretanto, somente
a alternativa [C] está de acordo com o enunciado. O que se busca é a regra metodológica a partir da qual
Descartes busca as novas verdades pelo seu método. Segundo o filósofo, uma certeza deveria ser uma
ideia clara e distinta. Todas as certezas, para ele, viriam como consequência da posse desses atributos.
9. c
O método cartesiano começa com a dúvida metódica, segundo a qual se duvida de todas as verdades
evidentes e de tudo aquilo que é apreendido pelos sentidos, causa dos principais enganos humanos.
Descartes considerava que a verdade seria conhecida a priori, através de um processo mental e
sistemático. A única alternativa correta, portanto, é a [C].
F
il.
10. c A alternativa [C] corresponde a uma justa explicação do texto do enunciado. Nele, Descartes reflete
eçam as
coisas verdadeiras.
F
ís.
Fís.
Professor: Silvio Sartorelli
Monitor: Arthur Vieira
F
ís.
Exercícios de movimento circular 24
mai
RESUMO
do
movimento em função do ângulo descrito em vez de usar as coordenadas lineares.
As grandezas lineares possuem equivalentes angulares. Assim se há uma variação S, há uma variação angular
ϕ; se há uma velocidade linear V, há uma velocidade angular.
Equações úteis:
• Relação entre grandezas lineares e angulares:
• Velocidade angular:
• Relação entre período e frequência (n é o número de voltas):
• Relação entre velocidade angular e frequência:
• Aceleração centrípeta:
• Função horária angular:
Transmissão de movimento
Os motores, geralmente, têm uma frequência de rotação fixa. Entretanto, as máquinas acionadas por eles
têm, quase sempre. Sistemas girantes que precisam de diferentes frequências de rotação. Muitas vezes essas
frequências são fornecidas por um único motor. Por isso, o eixo desse motor é acoplado a polias de
diferentes tamanhos por meio de correias ou engrenagens.
Duas polias podem ser acopladas das seguintes formas:
Acoplamento (associação) - mesmo eixo:
F
ís.
Nesta associação quando uma polia completa uma volta, a outra completa uma volta, logo ambas possuem
a mesma velocidade angular.
ωA = ωB
Acoplamento (associação) por correia - eixos distintos:
Nesta associação, quando a polia maior completa uma volta, a outra menor completa um número maior de
voltas. Contudo, por estarem presas por uma correia, elas possuem a mesma velocidade linear nos pontos
de contato com a correia.
VA = VB
Assim, ωARA = ωBRB. ARA BRB e fARA = fBRB, onde f é a frequência de rotação.
EXERCÍCIOS
1. Um automóvel viaja em uma estrada horizontal com velocidade constante e sem atrito. Cada pneu
desse veículo tem raio de 0,3 metros e gira em uma frequência de 900 rotações por minuto. A
velocidade desse automóvel é de aproximadamente:
(Dados: considere 3,1.)π =
a) 21m s
b) 28 m s
c) 35 m s
d) 42 m s
e) 49 m s
2. A invenção e o acoplamento entre engrenagens revolucionaram a ciência na época e propiciaram a
invenção de várias tecnologias, como os relógios. Ao construir um pequeno cronômetro, um relojoeiro
usa o sistema de engrenagens mostrado. De acordo com a figura, um motor é ligado ao eixo e
movimenta as engrenagens fazendo o ponteiro girar. A frequência do motor é de 18 rpm, e o número
de dentes das engrenagens está apresentado no quadro.
Engrenagem Dentes
A 24
B 72
C 36
D 108
F
ís.
A frequência de giro do ponteiro, em rpm, é
a) 1. b) 2. c) 4. d) 81. e) 162.
3. A figura abaixo representa um móvel m que descreve um movimento circular uniforme de raio R, no
sentido horário, com velocidade de módulo V.
Assinale a alternativa que melhor representa, respectivamente, os vetores velocidade V e aceleração
a do móvel quando passa pelo ponto I, assinalado na figura.
a)
b)
c)
d)
e)
4. Um ciclista movimenta-se com sua bicicleta em linha reta a uma velocidade constante de 18 km/h. O
pneu, devidamente montado na roda, possui diâmetro igual a 70 cm. No centro da roda traseira, presa
ao eixo, há uma roda dentada de diâmetro 7,0 cm. Junto ao pedal e preso ao seu eixo há outra roda
dentada de diâmetro 20 cm. As duas rodas dentadas estão unidas por uma corrente, conforme mostra
a figura. Não há deslizamento entre a corrente e as rodas dentadas. Supondo que o ciclista imprima
aos pedais um movimento circular uniforme, assinale a alternativa correta para o= número de voltas
por minuto que ele impõe aos pedais durante esse movimento. Nesta questão, considere 3 = .
F
ís.
a) 0,25 rpm. b) 2,50 rpm. c) 5,00 rpm. d) 25,0 rpm. e) 50,0 rpm.
5. Um pequeno motor a pilha é utilizado para movimentar um carrinho de brinquedo. Um sistema de
engrenagens transforma a velocidade de rotação desse motor na velocidade de rotação adequada às
rodas do carrinho. Esse sistema é formado por quatro engrenagens, A, B, C e D, sendo que A está
presa ao eixo do motor, B e C estão presas a um segundo eixo e D a um terceiro eixo, no qual
também estão presas duas das quatro rodas do carrinho.
Nessas condições, quando o motor girar com frequência Mf , as duas rodas do carrinho girarão com
frequência Rf . Sabendo que as engrenagens A e C possuem 8 dentes, que as engrenagens B e D
possuem 24 dentes, que não há escorregamento entre elas e que Mf 13,5 Hz,= é correto afirmar que
Rf , em Hz, é igual a
a) 1,5.
b) 3,0.
c) 2,0.
d) 1,0.
e) 2,5.
6. Considere uma polia girando em torno de seu eixo central, conforme figura abaixo. A velocidade dos
pontos A e B são, respectivamente, 60 cm s e 0,3 m s.
F
ís.
A distância AB vale 10 cm. O diâmetro e a velocidade angular da polia, respectivamente, valem:
a) 10 cm e 1,0 rad s
b) 20 cm e 1,5 rad s
c) 40 cm e 3,0 rad s
d) 50 cm e 0,5 rad s
e) 60 cm e 2,0 rad s
7. Anemômetros são instrumentos usados para medir a velocidade do vento. A sua construção mais
conhecida é a proposta por Robinson em 1846, que consiste em um rotor com quatro conchas
hemisféricas presas por hastes, conforme figura abaixo. Em um anemômetro de Robinson ideal, a
velocidade do vento é dada pela velocidade linear das conchas. Um anemômetro em que a distância
entre as conchas e o centro de rotação é r 25 cm,= em um dia cuja velocidade do vento é
v 18 km / h,= teria uma frequência de rotação de
Se necessário, considere 3.π
a) 3 rpm.
b) 200 rpm.
c) 720 rpm.
d) 1200 rpm.
8. Um professor utiliza essa história em quadrinhos para discutir com os estudantes o movimento de
satélites. Nesse sentido, pede a eles que analisem o movimento do coelhinho, considerando o módulo
da velocidade constante.
F
ís.
Desprezando a existência de forças dissipativas, o vetor aceleração tangencial do coelhinho, no
terceiro quadrinho, é
a) nulo.
b) paralelo à sua velocidade linear e no mesmo sentido.
c) paralelo à sua velocidade linear e no sentido oposto.
d) perpendicular à sua velocidade linear e dirigido para o centro da Terra.
e) perpendicular à sua velocidade linear e dirigido para fora da superfície da Terra.
9. Considere um computador que armazena informações em um disco rígido que gira a uma frequência
de 120 Hz. Cada unidade de informação ocupa um comprimento físico de 0,2 mμ na direção do
movimento de rotação do disco. Quantas informações magnéticas passam, por segundo, pela cabeça
de leitura, se ela estiver posicionada a 3 cm do centro de seu eixo, como mostra o esquema
simplificado apresentado abaixo?
(Considere 3.)π
a) 61,62 10 .
b) 61,8 10 .
c) 864,8 10 .
d) 81,08 10 .
10. As máquinas cortadeiras e colheitadeiras de cana-de-açúcar podem substituir dezenas de
trabalhadores rurais, o que pode alterar de forma significativa a relação de trabalho nas lavouras de
cana-de-açúcar. A pá cortadeira da máquina ilustrada na figura abaixo gira em movimento circular
uniforme a uma frequência de 300 rpm. A velocidade de um ponto extremo P da pá vale
(Considere 3.π )
a) 9 m/s.
b) 15 m/s.
c) 18 m/s.
d) 60 m/s.
F
ís.
11. Uma pequena planta é colocada no centro P de um círculo, em um ambiente cuja única iluminação é
feita por uma lâmpada L. A lâmpada é mantida sempre acesa e percorre o perímetro desse círculo, no
sentido horário, em velocidade constante, retornando a um mesmo ponto a cada período de 12 horas.
Observe o esquema. No interior desse círculo, em um ponto O, há um obstáculo que projeta sua sombra sobre a planta
nos momentos em que P, O e L estão alinhados, e o ponto O está entre P e L.
Nessas condições, mediu-se, continuamente, o quociente entre as taxas de emissão de O2 e de CO2
da planta. Os resultados do experimento são mostrados no gráfico, no qual a hora zero corresponde
ao momento em que a lâmpada passa por um ponto A.
As medidas, em graus, dos ângulos formados entre as retas AP e PO são, aproximadamente, iguais a:
a) 20 e 160
b) 30 e 150
c) 60 e 120
d) 90 e 90
12. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: As bicicletas possuem uma corrente que liga uma coroa dentada dianteira, movimentada pelos pedais,
a uma coroa localizada no eixo da roda traseira, como mostra a figura.
O número de voltas dadas pela roda traseira a cada pedalada depende do tamanho relativo destas
coroas.
Em que opção a seguir a roda traseira dá o maior número de voltas por pedalada?
a) c) e)
b) d)
F
ís.
13. Com relação ao funcionamento de uma bicicleta de marchas, onde cada marcha é uma combinação
de uma das coroas dianteiras com uma das coroas traseiras, são formuladas as seguintes afirmativas:
I. numa bicicleta que tenha duas coroas dianteiras e cinco traseiras, temos um total de dez marchas
possíveis onde cada marcha representa a associação de uma das coroas dianteiras com uma das
traseiras.
II. em alta velocidade, convém acionar a coroa dianteira de maior raio com a coroa traseira de maior
raio também.
III. em uma subida íngreme, convém acionar a coroa dianteira de menor raio e a coroa traseira de maior
raio.
Entre as afirmações anteriores, estão corretas:
a) I e III apenas.
b) I, II e III apenas.
c) I e II apenas.
d) II apenas.
e) III apenas.
14. Em voos horizontais de aeromodelos, o peso do modelo é equilibrado pela força de sustentação para
cima, resultante da ação do ar sobre as suas asas. Um aeromodelo, preso a um fio, voa em um círculo horizontal de 6 m de raio, executando uma volta
completa a cada 4 s.
Sua velocidade angular, em rad s, e sua aceleração centrípeta, em 2m s , valem, respectivamente,
a) π e 26 .π
b) 2π e 23 2.π
c) 2π e 2 4.π
d) 4π e 2 4.π
e) 4π e 2 16.π
15. A figura representa, de forma simplificada, parte de um sistema de engrenagens que tem a função de
fazer girar duas hélices, 1H e 2H . Um eixo ligado a um motor gira com velocidade angular constante e
nele estão presas duas engrenagens, A e B. Esse eixo pode se movimentar horizontalmente
assumindo a posição 1 ou 2. Na posição 1, a engrenagem B acopla-se à engrenagem C e, na posição
2, a engrenagem A acopla-se à engrenagem D. Com as engrenagens B e C acopladas, a hélice 1H
gira com velocidade angular constante 1ω e, com as engrenagens A e D acopladas, a hélice 2H gira
com velocidade angular constante 2.ω
F
ís.
Considere Ar , Br , Cr , e Dr , os raios das engrenagens A, B, C e D, respectivamente. Sabendo que
B Ar 2 r= e que C Dr r ,= é correto afirmar que a relação 1
2
ω
ω é igual a
a) 1,0.
b) 0,2.
c) 0,5.
d) 2,0.
e) 2,2.
QUESTÃO CONTEXTO
Para serrar ossos e carnes congeladas, um açougueiro utiliza uma serra de fita que possui três polias e um
motor. O equipamento pode ser montado de duas formas diferentes, P e Q. Por questão de segurança, é
necessário que a serra possua menor velocidade linear.
Por qual montagem o açougueiro deve optar e qual a justificativa desta opção?
a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades lineares iguais em pontos periféricos e a que tiver maior raio
terá menor frequência. b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequências iguais e a que tiver maior raio terá menor velocidade linear
em um ponto periférico. c) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências diferentes e a que tiver maior raio terá menor velocidade
linear em um ponto periférico. d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes velocidades lineares em pontos periféricos e a que tiver menor
raio terá maior frequência. e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes velocidades lineares em pontos periféricos e a que tiver maior
raio terá menor frequência.
F
ís.
GABARITO
Exercícios
1. b
f 900 rpm 15 Hz
v 2 Rf 2 3,1 0,3 15 v 27,9
mv 28s
π
= =
= = =
2. b
No acoplamento coaxial as frequências são iguais. No acoplamento tangencial as frequências (f) são
inversamente proporcionais aos números (N) de dentes;
Assim:
A motor
B B A A B B
C B
D D C C D D
f f 18 rpm.
f N f N f 72 18 24 f 6 rpm.
f f 6 rpm.
f N f N f 108 6 36 f 2 rpm.
= =
= = =
= = = = =
A frequência do ponteiro é igual à da engrenagem D, ou seja:
f 2 rpm.=
3. c
No movimento circular uniforme (MCU) a velocidade é representada por um vetor tangente ao círculo
em cada ponto ocupado pelo móvel, com isto, apesar do módulo da velocidade permanecer constante,
ao longo do movimento o vetor velocidade altera sua direção e sentido, sendo, portanto, um movimento
acelerado em que a aceleração é sempre perpendicular ao vetor velocidade apontando para o centro da
curva, chamada de aceleração centrípeta. Assim, a alternativa correta é a [C].
4. e
A figura abaixo mostra os diversos componentes do mecanismo e suas dimensões.
F
ís.
Denominemos Ω a velocidade angular da coroa e ω a velocidade angular da catraca e
consequentemente da roda, já que elas rodam solidárias.
Como a coroa e a catraca são interligadas por uma correia podemos dizer que as velocidades lineares de
suas periferias são iguais.
coroa catracar
V V R rR
ωΩ ω Ω= → = → = (01)
Por outro lado a velocidade da bicicleta pode ser calculada por: D 2V
V2 D
ω ω= → = (02)
Substituindo 02 em 01, vem:
2Vr
RDΩ = (03)
V =18km/h = 5,0m/s
D= 70cm = 0,7m
2R = 20cm → R = 0,1m
2r = 7cm → r = 0,035m
Substituindo os valores em 03, temos:
5rot
2.5.0,035 525,0rd / s 5,0rd / s 60 50RPM10,1 0,7 6
min60
πΩ Ω= = → = = = =
5. a
Os raios das engrenagens (R) e os números de dentes (n) são diretamente proporcionais. Assim:
CA A
B D B
RR n 8 1.
R R n 24 3= = = =
- A e B estão acopladas tangencialmente:
A B A A B B A A B B
MAA M M A B B B M M B
B
v v 2 f R 2 f R f R f R .
fR 1Mas : f f f R f R f f f f .
R 3 3
π π= = =
= = = = =
- B e C estão acopladas coaxialmente:
MC B
ff f .
3= =
- C e D estão acopladas tangencialmente:
C D C C D D C C D D
M MCD R C C R D R C R R
D
R R
v v 2 f R 2 f R f R f R .
f fR 1Mas : f f f R f R f f f f
R 3 3 9
13,5F f 1,5 Hz.
9
π π= = =
= = = = =
= =
6. c
Dados: A Bv 60cm s; v 0,3m s 30cm s; AB 10cm.= = = =
Da figura dada:
A B B AR R AB R R 10.= + = −
Os dois pontos têm mesma velocidade angular.
( )A BA B A A A
A B A A
v v 60 302 R 10 R R 20 cm.
R R R R 10ω ω= = = − = =
−
F
ís.
O diâmetro da polia é igual ao dobro do raio do ponto A.
AD 2 R D 40 cm. = =
A velocidade angular da polia é igual à do ponto A.
AA
A
v 603 rad s.
R 20ω ω ω= = = =
7. b
Dados: v 18 km/h 5 m/s; r 25 cm 0,25 m; 3.π= = = = =
v 5 5 5v 2 r f f Hz 60 rpm f 200 rpm.
2 r 2 3 0,25 1,5 1,5π
π= = = = = =
8. a
Como o módulo da velocidade é constante, o movimento do coelhinho é circular uniforme, sendo nulo
o módulo da componente tangencial da aceleração no terceiro quadrinho.
9. d
- Espaço ocupado por cada informação:
7L 0,2 m 2 10 m.μ −= =
- Comprimento de uma volta:
2 2C 2 r 2 3 3 10 18 10 m.π − −= = =
- Número de informações armazenadas em cada volta:
25
7
C 18 10n 9 10 .
L 2 10
−
−
= = =
- Como são 120 voltas por segundo, o número de informações armazenadas a cada segundo é:
5 8N n f 9 10 120 N 1,08 10 .= = =
10. c
Dados: f = 300 rpm = 5 Hz; π = 3; R = 60 cm = 0,6 m.
A velocidade linear do ponto P é:
v R 2 f R 2 3 5 0,6
v 18 m/s.
ω= =
=
11. c
Se a lâmpada passa pela posição A em t = 0 com período de 12 h, então a lâmpada passa por A nos
instantes registrados de 12 h e 24 h.
O alinhamento com o ponto O ocorre nas quedas do quociente de oxigênio e gás carbônico, pois a
sombra projetada reduz a quantidade de luz que atinge a planta. Então os alinhamentos ocorrem nos
instantes 10 h e 22 h.
Assim existe uma diferença de 12 10 = 2 h entre estar alinhado com O e estar na posição A do ponto de
vista da lâmpada giratória. Estas 2 h em relação ao período de 12 h corresponde a 2/12 = 1/6 de volta, ou
seja, 360/6 = 60, que é um dos ângulos formados pelas retas AP e PO. O outro ângulo é o suplementar
de 120.
12. a
Observe o esquema abaixo.
F
ís.
As velocidades lineares de A e B são iguais. Portanto:
rR r
R
ωΩ ω Ω= → =
Para que a velocidade angular da roda traseira ser a maior possível é que r seja maior e R menor.
13. a
[I] Correto. Para cada coroa dianteira temos 5 opções. Sendo assim: 2 5 10 = opções.
[II] Errado. A velocidade linear dos elos da corrente é constante.
Sendo assim: DT T D D T D
T
RR R
Rω ω ω ω = → =
Observe que a velocidade angular da roda traseira depende diretamente do raio da coroa dianteira e
inversamente do raio da coroa traseira. Para que a velocidade atinja a maior velocidade a velocidade
angular da roda traseira deve ser a maior possível. Sendo assim o raio dianteiro deve ser o maior possível
e o traseiro o menor possível
[III] Correto. Observe a figura abaixo.
A força de atrito deve ser paralela ao plano e igual à componente do peso na mesma direção.
Fat Psenθ=
O momento produzido pela força de atrito em relação ao centro da roda deve ser compensado pelo
momento da força feita pela corrente.
PR'senF R Fat R' Psen R' F
R
θθ = = → =
O momento produzido pela força motora exercida pelo ciclista deve ser igual ao feito pela força da
corrente.
mFr PR'sen r
F d Fr Fmd d R
θ = → = =
Para que a força feita pelo ciclista seja mínima: r deve ser mínimo e R deve ser máximo.
F
ís.
14. b
A velocidade angular ω em rad s é:
2 2 radrad s
T 4 s 2
π π πω ω= = =
E a aceleração centrípeta é calculada com:
2 22 2
c c3
a R rad s 6 m a m s2 2
π πω
= = =
15. d
Na posição 1:
B A
B BB A A A B A A
B A
C B C C A A
C 1 1 C A A
r 2 r .
v v v 2 r .
r 2 r
v v r 2 r .
r 2 r . (I)
ω ω ω ω ω
ω ω
ω ω ω ω
= = = = = = = = =
g
g
g
g
Na posição 2:
D A D D A A
2 D 2 C A A
C D
v v r r .
. r r . (II)
r r .
ω ω
ω ω ω ω
= =
= = =
g
g
g
Dividindo membro a membro (I) por (II):
1 C A A 1
2 C A A 2
r 2 r 2.
r r
ω ω ω
ω ω ω= =
Questão Contexto
A
A velocidade linear da serra é igual à velocidade linear (v) de um ponto periférico da polia à qual ela está
acoplada.
Lembremos que no acoplamento tangencial, os pontos periféricos das polias têm mesma velocidade linear;
já no acoplamento coaxial (mesmo eixo) são iguais as velocidades angulares ( ),ω frequências (f) e períodos
(T) de todos os pontos das duas polias. Nesse caso a velocidade linear é diretamente proporcional ao raio (v
=ωR).
Na montagem P:
Velocidade da polia do motor: v1.
Velocidade linear da serra: v3P.
F
ís.
( )
3P 3P 3
2P 3P2P
3P 2P 3 3P 32P22P
2
2P 1
1 33P
2
v R
v v R v R v
RR
v v
v Rv . I
R
ω
ω ω
ωω
=
=
= = =
=
=
Na montagem Q:
Velocidade da polia do motor: v1.
Velocidade linear da serra: v2Q.
( )
2Q 2Q 2
2Q 3Q3Q
2Q 3Q 2 2Q 23Q33Q
3
3Q 1
1 22Q
3
v R
v v R v R v
RR
v v
v Rv . II
R
ω
ω ω
ωω
=
=
= = =
=
=
Dividindo (II) por (I):
21 22Q 2Q2 2
3P 3 1 3 3P 3
v Rv vR R .
v R v R v R
= =
Como 2 3 2Q 3PR R v v .
Quanto às frequências, na montagem Q:
3Q 13Q 1 3Q 3 1 1
1 3
f Rv v f R f R .
f R= = =
Como 1 3 3Q 1R R f F .
G
eo
.
Geo.
Professor: Claudio Hansen
Monitor: Bruna Cianni
G
eo
.
Extremismo e refugiados 21
mai
RESUMO
O crescimento dos extremismos
No mundo atual, para entender a dinâmica geopolítica, é necessário analisar a volta do Nacionalismo
e do Radicalismo religioso. A volta do radicalismo religioso está ligada com a falta de perspectiva em
sociedades muito pobres e desestruturadas por guerras como uma fonte de motivação para o ingresso em
grupos radicais. A Europa como berço do estado moderno o qual nasceu fortemente ligado ao processo de
laicização, fazendo com que a religião fosse considerada uma questão doméstica. Porém, as opiniões sobre
o assunto começaram a mudar durante a década de 1990, quando explodiram conflitos religiosos na Europa
até então, imaginava que por ser o berço do iluminismo e da laicização, estaria livre do radicalismo
religioso. Desde então, a religiosidade passou a contar as disputas políticas mais que se esperava. Os países
europeus vêm se preocupando cada vez mais em impedir o avanço da religião islâmica em seu território. Por
exemplo, a proibição do uso de burca (peça do vestuário tradicional das mulheres muçulmanas,
principalmente as afegãs, e que é caracterizada por cobrir todo o corpo, o cabelo e o rosto. na França).
O Nacionalismo, segundo especialistas, pode estar ligado a problemas sociais, e pode sinalizar o
retorno de sentimento nacionalista reprimido e que hoje retornam como conflito separatista.
Com a Nova Ordem Mundial, o fim dos governos autoritários levou ao aumento de alguns desses
conflitos.
Por exemplo, conflitos no leste europeu e muitos conflitos na África. É importante destacar o retorno
do nacionalismo exacerbado em diversos países, inclusive em países ricos e pólo de atração populacional,
esse nacionalismo é tão forte que faz seus seguidores não aceitarem a convivência com indivíduos não
pertencentes a sua nação. Podemos utilizar os termos nazismo e xenofobia para descrever essa mesma
questão. Com esses elementos, cria-se uma situação em que pessoas pobres de diversos países periféricos
dirigem a países centrais em busca de melhores condições de vida. Do ponto de vista central de alguns
grupos de jovens de países centrais, a culpa do desemprego é dos estrangeiros, o que os leva a um
comportamento hostil e, muita vezes, ao ódio racial, do qual pode resultar a morte e linchamento de
estrangeiros em países como Alemanha, a França e Inglaterra, os Estados Unidos, entre outros.
Questão Palestina
Durante muitos anos e depois de inúmeras diásporas, os judeus buscavam sua terra santa. No fim do
século XIX, surgiu o movimento sionista, que tinha como objetivo criar um Estado judeu na região da
Palestina, considerada berço do judaísmo. No entanto, essa região estava ocupada por árabes-palestinos.
Uma grande quantidade de judeus, a partir da segunda metade do século XIX, migrou em massa em direção
aos territórios da Palestina, então habitados por cerca de 500 mil árabes. Essa região é reivindicada pelos
judeus por ter sido ocupada por eles até a sua expulsão pelo Império Romano, no século III d.C., dando início
à diáspora (dispersão de judeus pelo mundo). Com a ocupação da área, uma tensão estabeleceu-se entre os
povos das duas principais religiões do local, o que desencadeou uma série de conflitos. Após o final da
Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Organização das Nações Unidas (ONU), que ficou encarregada de
resolver a situação, estabeleceu um Estado duplo entre as duas nações em 1947. Dessa forma,
aproximadamente metade do território seria ocupada por cada povo, e Jerusalém, a capital, ficaria sob uma
administração internacional. Era a Partilha da ONU. No ano seguinte, no entanto, Israel não aceitou o tratado
e declarou independência na região, dando início ao processo de ocupação da Palestina. Em 1964, foi criada
a OLP (Organização para a Libertação Palestina), liderada por Yasser Arafat, para lutar pelos direitos perdidos
por esse povo na região com os acontecimentos então recentes. O principal grupo político da OLP, também
controlado por Arafat, era o Fatah, um grupo moderado ainda hoje existente.
Com a reação dos países árabes circundantes, que eram contrários à criação do Estado de Israel, teve
início a Guerra dos Seis Dias em 1967. Em apenas seis dias os israelenses tomaram a Faixa de Gaza e a Península
do Sinai do Egito, as Colinas de Golã da Síria, Jerusalém Oriental da Jordânia e a Cisjordânia.
Mesmo com a resolução posterior da ONU em que Israel deveria devolver tais territórios, estes
continuaram sob domínio israelense por um bom tempo. Em 1973, teve início a Guerra do Yom Kippur, em
que os países árabes derrotados na Guerra dos Seis Dias tentaram reaver os seus territórios. Todavia, Israel
conseguiu uma nova vitória, pois contava com o apoio indireto dos Estados Unidos. Os países árabes da
G
eo
.
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) realizaram uma grande represália aos Estados
Unidos, prejudicando toda a economia mundial: aumentaram os preços do barril de petróleo em 300%,
iniciando a primeira crise do petróleo, de 1973. Em 1979, Israel decidiu pela devolução da Península de Sinai
para o Egito após a mediação dos Estados Unidos no sentido de selar um acordo entre os dois países,
chamado de Acordos de Camp David. Com isso, os egípcios tornaram-se os primeiros povos árabes a
reconhecer oficialmente o Estado de Israel, gerando profunda revolta entre os demais países da região.
No ano de 1987 chegou ao auge a Primeira Intifada, uma revolta espontânea da população árabe
palestina contra o Estado de Israel, quando o povo atacou com paus e pedras os tanques e armamentos de
guerra judeus. A reação de Israel foi dura e gerou um dos maiores massacres do conflito, o que desencadeou
uma profunda revolta da comunidade internacional em virtude do peso desproporcional do uso da força nas
áreas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. No mesmo ano, foi criado o Hamas, que, mais radical, visava
destruição completa do Estado de Israel, ao contrário da OLP, que objetivava apenas a criação da Palestina.
Em 1993, mediado pelos Estados Unidos, israelenses e palestinos assinaram os Acordos de Oslo, no
qual representantes da OLP reconheceram a criação do Estado de Israel. No entanto, atualmente, setores
radicais israelenses e palestinos ainda mantêm intensos conflitos pela ocupação da região da Palestina.
A Questão Curda
Os curdos formam uma etnia composta por cerca de 30 milhões de pessoas, são descendentes do
reino mesopotâmico ou medo-persa e habitam uma região localizada em seis diferentes países: Turquia,
Armênia, Azerbaijão, Iraque, Irã e Síria. Em geral, os curdos professam a religião islâmica e reivindicam a área
em que ocupam nesses países para a criação de um Estado chamado Curdistão. Não obstante, a questão
curda estabelece-se no fato de esse povo formar a maior nação sem um Estado territorial. Até a Segunda
Guerra Mundial, os curdos habitavam áreas correspondentes ao que era os Impérios Turco-Otomano e Persa,
respectivamente. Atualmente, eles habitam os países sucessores ou herdeiros desses impérios, com destaque
maior para o Iraque e a Turquia, onde seus gritos por independência foram duramente reprimidos. No
território iraquiano, a maior onda de violência aconteceu durante o governo de Saddam Husseim, que
reprimiu duramente todo e qualquer ativismo curdo, incluindo o uso de armas químicas nos anos 1990. Na
Turquia, ainda nos dias atuais, os curdos são duramente reprimidos em suas manifestações pelo Estado, e a
comemoração de suas datas nacionais e o ensino da língua curda o indoirani e alguns outros dialetos nas
escolas são vedados. Em resposta às duras repressões, os curdos organizaram-se em diversos grupos armados
ligados ao PKK (Partido dos Trabalhadores Curdos). Os curdos estão na linha de frente de vários conflitos e
disputas territoriais geopolíticas no Oriente Médio. No Iraque, por exemplo, eles vêm formando a principal
linha de resistência que impede a expansão do grupo terrorista Estado Islâmico, que pretende constituir um
Estado regido pela sharia (lei islâmica). Já na guerra civil da Síria, embora boa parte dos curdos tenha optado
pela neutralidade, alguns deles formam grupos que atuam contra o governo de Bashar al-Assad e também
contra alguns grupos jihadistas que tentam tomar o poder no país, em uma complexa disputa geopolítica.
A GUERRA Irã x Iraque (1980 1988)
No Iraque, vizinho do Irã, cerca de 60% da população é xiita. Saddam Hussein, militar sunita, passou
a temer que a revolução islâmica se alastrasse também em seu país. Com apoio dos EUA e alegando questões
territoriais o Iraque declarou guerra contra o Irã. O conflito durou oito anos, causou mais de um milhão de
mortes e fez o preço do barril disparar.
Guerra do Golfo
Sob alegação de que o Kuwait estaria provocando a queda do preço do petróleo no mercado
internacional, Saddam Hussein invadiu o país vizinho em agosto 1990. Os EUA coordenaram uma formação
militar internacional para atacar o Iraque e forçar sua retirada do Kuwait. Saddam permaneceu no comando
do país por conseguir, de alguma forma, controlar as tensões internas entre sunitas, xiitas e curdos. Em 2003,
os EUA atacaram novamente o Iraque, dando início a Segunda Guerra do Golfo. Alegando uma suposta
produção de armas químicas de destruição em massa, a ação militar ignorou a resolução da ONU, contrária
ao ataque. O líder Saddam Hussein foi capturado por tropas norte-americanas e entregue à justiça iraquiana,
sendo julgado e condenado a morte em 2006. Somente em 2011 o presidente Barack Obama iniciou a retirada
de soldados do Iraque sem que a situação política estivesse pacificada.
G
eo
.
EXERCÍCIOS
1. O grupo Boko Haram, autor do sequestro, em abril de 2014, de mais de duzentas estudantes, que,
posteriormente, segundo os líderes do grupo, seriam vendidas, nasceu de uma seita que atraiu
seguidores com um discurso crítico em relação ao regime local. Pregando um islã radical e rigoroso,
Mohammed Yusuf, um dos fundadores, acusava os valores ocidentais, instaurados pelos colonizadores
www.cartacapital.com.br. Acessado em 13/05/2014. Adaptado.
O texto se refere
a) a uma dissidência da AlͲQaeda no Iraque, que passou a atuar no país após a morte de Sadam
Hussein.
b) a um grupo terrorista atuante nos Emirados Árabes, país economicamente mais dinâmico da
região.
c) a uma seita religiosa sunita que atua no Sul da Líbia, em franca oposição aos xiitas.
d) a um grupo muçulmano extremista, atuante no Norte da Nigéria, região em que a maior parte da
população vive na pobreza.
e) ao principal grupo religioso da Etiópia, ligado ao regime político dos tuaregues, que atua em
toda a região do Saara.
2. Um dos líderes da chamada Irmandade Muçulmana, Sayyd Qutb, pregava, na primeira metade do
século XX, que o Islã deveria voltar às origens e tirar o mundo da jahilya, a era da ignorância e da
rebelião contra Deus. Sabemos que grupos como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico têm suas bases
ideológicas e teológicas em muitos dos escritos de Qutb. No entanto, a origem do extremismo
islâmico é anterior à Irmandade Muçulmana; ela remete ao pensamento de:
a) Ali ibne Abu Talibe
b) Muhammad ibn Abd al-Wahhab
c) Yasser Arafat
d) Osma Bin Laden
e) Mustafá Kemal
3. Frequentemente o terrorismo recorre a ações de grande impacto. Contudo, seu objetivo maior é o de
influenciar os espíritos; antes de tudo, ele visa a aterrorizar, e se distingue da criminalidade. Invocando
reivindicações políticas, de natureza social, econômica ou religiosa, o terrorismo
a) realiza-se apenas no âmbito internacional, enquanto a criminalidade é marcada pelo objetivo
primeiro do ganho financeiro.
b) realiza-se nacional e internacionalmente, enquanto a criminalidade é marcada pelo objetivo
primeiro do ganho financeiro.
c) realiza-se apenas no âmbito internacional, enquanto a criminalidade é marcada basicamente por
objetivos ideológicos.
d) realiza-se nacional e internacionalmente, enquanto a criminalidade é marcada basicamente por
objetivos ideológicos.
4. Cada vez mais pessoas fogem da guerra, do terror e da miséria econômica que assolam algumas nações
do Oriente Médio e da África. Elas arriscam suas vidas para chegar à Europa. Segundo estimativas da
Agência da ONU para Refugiados, até novembro de 2015, mais de 850 mil refugiados e imigrantes
haviam chegado por mar à Europa naquele ano. Garton Ash, Timothy. Europa e a volta dos muros. O Estado de S. Paulo, 29/11/2015. Adaptado.
Sobre a questão dos refugiados, no final de 2015, considere as três afirmações seguintes:
I. A criação de fronteiras políticas no continente africano, resultantes da partilha colonial,
incrementou os conflitos étnicos, corroborando o elevado número de refugiados, como nos casos
do Sudão e Sudão do Sul.
II. Além das mortes em conflito armado, da intensificação da pobreza e da insegurança alimentar, a
guerra civil na Síria levou um contingente expressivo de refugiados para a Europa.
III. A política do apartheid teve grande influência na Nigéria, país de origem do maior número de
refugiados do continente africano, em decorrência desse movimento separatista.
G
eo
.
Está correto o que se afirma em:
a) I apenas.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
5. Os movimentos extremistas que surgiram na Europa, no século XX, pautavam-se pelo ideal de pureza
e superioridade cultural de um grupo étnico. Entre eles, o nazismo é o mais lembrado em virtude do
enorme impacto das atrocidades associadas a ele. Se os planos do regime nazista fossem concretizados
e o extermínio da população judaica fosse uma realidade, todo e qualquer traço da cultura judaica
estaria também exterminado.
A afirmação anterior está:
a) correta, já que nenhuma cultura permanece sem um povo para mantê-la.
b) correta, uma vez que o extermínio da população judaica estava ligado ao expurgo dos traços
culturais que cultivavam.
c) errada, já que era impossível exterminar todos os judeus que existiam no território alemão.
d) errada, pois sempre existirão traços remanescentes de uma cultura embebida em outra em razão
do processo de troca e assimilação cultural.
6. grande assunto ali era a guerra civil na vizinha Síria. Naquele verão, o foco estava sobre um homem
com aparência austera falando para as massas: Abu Bakr al-Baghdadi, que se proclamava líder, ou
um capítulo de um
depois se juntou ao Estado Islâmico. Por Dominic Casciani, BBC. Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/meu filho-me-deu-um-colar-de-diamantes-e-
depois-se-juntou ao-estado-islamico.ghtml
Os grupos extremistas ainda espalham o horror da violência e da intolerância pelo mundo. Atente ao
que se diz a seguir sobre esses grupos:
I. O Estado Islâmico possui o mesmo ideal de Guerra Santa de outros terroristas, como a Al-Qaeda,
tendo dentre os seus objetivos a expansão do modelo teocrático radical islâmico pelo mundo.
II. O Boko Haram é um grupo terrorista que tem forte atuação na Nigéria e regiões
vizinhas, destacando-se como um dos grupos extremistas mais violentos.
III. O Estado de Israel considera o Hamas como sendo uma organização terrorista e um braço político
do Islã.
Está correto o que se afirma em
a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) I e III apenas.
d) I, II e III.
7. Atente à seguinte descrição: a luta contra o regime ditatorial deste governo que está no poder há quase
50 anos comandado pelo mesmo partido, o Baath, teve início em março de 2011. Seu governante
anterior proibiu a criação de partidos de oposição. Contudo, em fevereiro de 2012, foi anunciada a
criação de uma nova constituição que entraria em vigor após as eleições presidenciais de 2014, e que
previa o pluripartidarismo.
O país árabe que passou por essa questão política, que influenciou os conflitos armados posteriores é
o(a)
a) Tunisia
b) Egito
c) Siria
d) Tuquia
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eo
.
8. Observe o mapa da distribuição dos drones (veículos aéreos não tripulados) norte-americanos na África
e no Oriente Médio.
Em suas declara ̧ ̃es, o governo norte-americano justifica o uso dos drones, principalmente, como
a) prote ̧ ̃o militar a pa ́ses com importantes la ̧os econ ̂micos com os EUA, principalmente na ́rea
de minerais raros.
b) necessidade de prote ̧ ̃o ̀s embaixadas e outras lega ̧ ̃es diplom ́ticas norte-americanas em
pa ́ses com trajet ́ria comunista.
c) meio de transporte para o envio de equipamentos militares ao Ir ̃, com a finalidade de desmonte
das atividades nucleares.
d) um dos pilares da sua estrat ́gia de combate ao terrorismo, principalmente em regi ̃es com
importante atua ̧ ̃o tribal/terrorista.
e) refor ̧o para a mega opera ̧ ̃o de espionagem, executada em 2013, que culminou com o asilo de
Snowden na R ́ssia.
9. e a outros alvos nos Estados Unidos completa 10 anos. O ataque mudou a história do país e marcou o
mundo todo. Em 11 de setembro de 2001, dois aviões sequestrados por terroristas da Al Qaeda foram
jogados contra as torres gêmeas. Outra aeronave caiu no prédio do Pentágono, em Washington DC.
Um quarto avião foi derrubado em uma cidade do estado da Pensilvânia. Ele ia em direção a
Washington, mas caiu quando os passageiros e a tripulação tentaram dominar os terroristas e retomar
o controle. Quase três mil pessoas morreram nos ataques. Quem tinha idade suficiente para se dar
conta do impacto daquele acontecimento ainda hoje consegue se lembrar de onde estava quando
recebeu a notícia. Com a ajuda da cobertura ao vivo da imprensa internacional, as cenas da tragédia
ganharam o mundo (Disponível em: Acesso em: 3 set. 2011).
A imprensa tem divulgado muitas notícias acerca dos atentados terroristas, nos Estados Unidos, há dez
anos. O governo norte-americano vem tomando medidas no sentido de evitar que novos ataques
aconteçam. Sobre esses ataques, podemos afirmar que:
a) foram planejados por Saddam Hussein, notável inimigo dos Estados Unidos, que se aliou à rede
terrorista Al Qaeda.
b) no dia 11 de setembro de 2001, dois aviões foram jogados sobre o principal símbolo religioso dos
norte- americanos, o World Trade Center, lugar que estava repleto de pessoas em oração.
c) o ódio da Al Qaeda aos Estados Unidos se justifica, em grande parte, devido à perseguição norte-
americana ao Estado de Israel.
d) os atentados de 11 de setembro mudaram a forma de os norte-americanos se comportarem,
desencadeando uma verdadeira caça aos comunistas.
e) os atentados de 11 de setembro mostraram ao mundo a vulnerabilidade dos Estados Unidos e
despertaram nos norte-americanos um sentimento de ódio a Osama Bin Laden, culminando com
sua morte, em Islamabad, capital do Paquistão, em maio de 2011
G
eo
.
10. O site Wikileaks, que tem como fundador o australiano Julian Paul Assange, ficou conhecido em 2010
por revelar milhares de documentos diplomáticos confidenciais do Departamento de Estado dos EUA.
Uma mensagem da Secretaria de Estado dos EUA à embaixada americana em Assunção relatou a
preocupação do governo americano da época, com a suposta presença de organizações como Al
Qaeda, o Hizbollah e o Hamas na tríplice fronteira (entre Brasil, Argentina e Paraguai), o que nunca foi
confirmado. Estas três organizações são, respectivamente:
a) uma organização paramilitar então chefiada por Osama bin Laden, uma milícia fundamentalista
islâmica xiita sediada no Líbano e uma organização palestina, de orientação sunita, que governa a
faixa de Gaza.
b) uma organização paramilitar sediada no Afeganistão, uma milícia fundamentalista chechena e uma
organização palestina xiita que controla a faixa de Gaza.
c) um grupo paramilitar iraquiano xiita, uma milícia fundamentalista saudita e um grupo paramilitar
iraniano.
d) uma milícia fundamentalista iraniana, uma organização palestina que controla a faixa de Gaza e
uma organização terrorista Líbia que era controlada por Muammar al-Gaddafi.
e) uma organização terrorista síria, um grupo paramilitar afegão e uma organização palestina de
orientação sunita, que comanda a faixa de Gaza.
11. Com base no mapa e nos seus conhecimentos sobre as migrações internacionais, assinale a alternativa
INCORRETA:
a) Alguns países europeus e os EUA apresentam um significativo número de cidades com grandes
contingentes de população imigrante.
b) A União Européia e os EUA têm estabelecido rigorosos controles de imigração, sobretudo em
relação aos imigrantes ilegais vindos do Canadá.
c) Os países americanos, em particular os EUA, receberam um número significativo de imigrantes
europeus até meados do século passado.
d) A Europa ocidental caracteriza-se atualmente por ser um pólo de atração de imigrantes, o que tem
levado a uma regulamentação mais severa no controle da imigração.
e) O Oriente Médio, a Austrália e a China apresentam algumas cidades com grandes contingentes de
população imigrante.
G
eo
.
12. Analise o mapa.
Na perspectiva dos Estados Unidos da América, os países assinalados no mapa
a) formam o conjunto de novos países industrializados que receberam investimentos do país para se
desenvolverem.
b) pertencem à Organização dos Países Exportadores de Petróleo, OPEP, que estabelece o valor do
óleo bruto no mercado internacional.
c) participam da Liga Árabe, que difunde pelo mundo o islamismo como doutrina política e religiosa.
d) integram o Eixo do Mal e promovem ações terroristas para diminuir a influência do Ocidente no
mundo.
e) constituem o principal bloco econômico do mundo árabe e comandam o diálogo com o país e o
desenvolvimento da região.
G
eo
.
GABARITO
Exercícios
1. d
Boko Haram é um grupo radical islâmico que atua principalmente na Nigéria no sentido buscar a
imposição da lei xaria por meio de atos terroristas.
2. b
Muhammad ibn Abd al-Wahhab faz parte do influente ramo de pensamento islamita que veio da Arábia
Saudita chamado wahhabita. O processo de radicalização do Islamismo foi feito aos poucos seguindo
diferentes linhas. O Wahhabismo busca conservar as tradições dos ensinamentos de Maomé.
3. b
O terrorismo trata-se de um fenômeno cuja ocorrência perpassa fronteiras e recebe um tratamento
interestatal, quando práticas terroristas estão associadas a movimentos insurretos ou nacionalistas que
afrontam os interesses do Estado ou de vários Estados. A criminalidade abrange um grande conjunto de
atividades tipificadas e consideradas ilícitas e que os Estados tentam coibir
4. b
Sobre o conflito separatista no continente africano, esses advém principalmente de políticas herdadas
do processo de descolonização, sobretudo nas regiões de fronteiras. No caso da Síria, a guerra civil em
seu território causou muitos deslocamentos forçados.
5. d
Os aspectos culturais são dinâmicos sobre o espaço. A aculturação é um conceito que diz que certos
hábitos e costumes ficam enraizados por serem predominantes na sociedade dominadora, em casos
como a colonização por exemplo, e ficam naturalizados em detrimento da própria cultura originária.
6. d
Para acertar a questão, é preciso conhecer algumas organizações radicais islâmicas como o Estado
Islâmico, a Al-Qaeda, Boko Haram e o Hamas.
7. c
Os conflitos da Síria que ocorrem atualmente foram motivados pelas diversas manifestações de oposição
ao governo ditatorial de Bashar Al Saad.
8. d
O principal argumento para o monitoramento com drones é a ideologia de combate ao terrorismo.
Grupos armados como o Boko Haram lutam pela negação dos hábitos ocidentais, considerados
implantados pela colonização.
9. e
Após os atentados do 11 de setembro houve um estimulo ao investimento econômico bélico e de
proteção a guerra ao terror.
10. a
A sede do Hezbollah, que não se trata de milícia, é no Libano e o Hamas é um grupo radial islâmico que
não é xiita, e sim sunita da Palestina.
G
eo
.
11. b
O que é mais necessário para resolver a questão é prestar atenção no comando dela. A questão pede
uma alternativa INCORRETA. Tendo isso em mente, achamos a resposta facilmente. Não são os
imigrantes vindos do Canadá que mais preocupam a Europa e os EUA.
12. d
Os países assinalados no mapa são, da esquerda para direita: Argélia, Egito, Jordânia, Irã, Arábia Saudita,
Iraque e Paquistão. Todos estes países islâmicos são considerados, pelo EUA, como pertencentes ao Eixo
do Mal ou incubadoras terroristas.
H
is.
His.
Professor: Renato Pelizzari
Monitor: Octavio Correa
H
is.
As Regências e a consolidação
do Império do Brasil 21
mai
RESUMO
Os Governos
Guarda Nacional, criação da trina.
O período de nove anos vividos entre 1831 e 1840 talvez tenha sido o período mais longo de
instabilidade política da história do Brasil monárquico, o Período Regencial, ou como muitos gostam de se
refer já que não havia nenhum Imperador no comando Império do Brasil. A
partir da abdicação de D. Pedro I até a mudança na constituição imperial que possibilitou a Pedro, filho de
D. Pedro I, se tornar D. Pedro II em 1840.
Nesses nove anos o Brasil foi dirigido por regentes eleitos pelo Senado. Logo após a abdicação de
D. Pedro I em 1831 foi eleita a Regência Trina Provisória, prevista na constituição imperial foi eleita pela
Assembleia Geral Legislativa mesmo em recesso parlamentar e no mesmo dia da abdicação (sete de abril).
Lima e Silva, Campos Vergueiro e Carneiro de Campos (respectivamente um militar, um liberal e um
conservador) tentaram apaziguar as revoltas já crescentes em Pernambuco e Minas Gerais, principalmente
entre portugueses e brasileiros.
D. Pedro II é aclamado imperador dois dias após a abdicação de seu pai, acenando ao povo de um
banquinho para poder ser visto, o Imperador de apenas cinco anos foi tutorado por José Bonifácio de
Andrada e Silva que foi nomeado por Pedro I já no navio para Portugal.
Em junho do mesmo ano foi eleita a Regência Trina Permanente pela Assembleia Geral, os eleitos
eram dois deputados (José da Costa Carvalho, da Bahia e João Bráulio Moniz, do Maranhão) e o senador
Francisco de Lima e Silva do Rio de Janeiro. Essa regência se caracterizou pela reforma liberal limitando o
poder moderador não permitindo sua interferência na câmara dos deputados e não podendo conceder
títulos nobiliários ou condecorações, nas províncias foi dado mais autonomia para os governantes locais.
O triunvirato a brasileira criou a Guarda Nacional, que se tornou a primeira força pública do Brasil,
visava conter revoltas e motins populares. Os cidadãos entre vinte um e sessenta anos teriam que se alistar
na guarda, o corpo militar estava subordinada as províncias e ao ministro da justiça em última instância assim
como na França onde a Guarda havia sido inspirada, isso dava uma autonomia não vista anteriormente, isso
de certo modo continha alguns ânimos separatistas.
H
is.
A regência em questão também enfrentou suas dificuldades no Rio de Janeiro, os Restauradores
(caramuru) liderados por José Bonifácio exigiam o retorno de D. Pedro I para governar o Brasil. Bonifácio
havia causado várias agitações na capital, assim o então ministro da justiça o padre Diogo Antônio de Feijó
exigia sua demissão ameaçando seu desligamento do governo caso não fosse atendido, a demissão do tutor
havia passado na câmara que tinha maioria moderada, porém foi barrada no Senado de maioria conservadora
onde José ainda tinha apoio.
Padre Diogo Feijó
Assim, Feijó se demitiu, e tentou junto com dois outros padres impor uma nova constituição que foi
impressa em Pouso Alegre em Minas Gerais a constituição incorporava as reformas liberais travadas na
câmara. O Golpe dos Três Padres como ficou conhecido fracassou já que os deputados eram essencialmente
legalistas quanto a constituição e os parlamentares tinham medo de influenciar outras revoltas pelo país.
Mas uma das pautas dos golpistas foi atendida, José Bonifácio foi destituído do cargo de Tutor Real,
a regência tinha medo de que o ex-tutor usasse a tentativa dos padres de instituir uma nova constituição
motivasse Bonifácio a tentar alguma retaliação, assim, este é demitido e depois de muita resistência preso
em sua casa de praia na ilha de Paquetá no Rio de Janeiro, seu julgamento o absolveu de seus crimes e este
morre poucos anos depois em 1838.
Em 1834, a Câmara dos Deputados, propõe um Ato Adicional de visava fazer profundas reformas na
constituição de 1824, encabeçado pelos deputados Francisco de Paula Sousa e Melo e José Cesário de
senador e dar mais autonomia as
províncias. Após uma sessão conjunta da Câmara e do Senado ficaram as seguintes demandas no ato: criação
das Assembleias Legislativas nas províncias para legislar sobre os assuntos provincianos estabelecia as regras
para a eleição da regência que seria exercida por uma pessoa só e com o mandato de quatro anos, cria o
Município Neutro como um território desmembrado da província do Rio e com sede na cidade de Niterói
(antiga Vila de Praia Grande) e extinguiu o Conselho de Estado que era vitalício e controlado pelo imperador.
As primeiras eleições para a regência foram realizadas em 1835, Diogo Antônio Feijó (do golpe dos
padres) foi eleito como o primeiro regente uno, seu mandato enfrentou muitas resistências no governo por
parte dos Regressistas (composto pelos antigos restauradores e liberais, que mais tarde formarão o Partido
Conservador), em resposta Feijó tentou sem sucesso criar o Partido Progressista que visava apoiar suas ideias.
Mesmo conseguindo conter revoltas menores e atender demandas populares o padre renuncia em setembro
de 1837, em seu lugar assume Araújo de Lima conservador que logrou uma relativa ordem social e
crescimento econômico.
Nas eleições de 1838 Araújo de Lima é eleito para um mandato efetivo, criou o Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro e reformou a Academia Militar, pôs um fim nas conquistas liberais como o Código de
Processo Penal e o Ato Adicional de 1834 aumentando a centralização do governo. Reprimiu os rebeldes com
pulso firme, porém em 1839 no seu segundo ano de mandato foi destituído e em seu lugar assumia com
quatorze anos D. Pedro II no episódio conhecido como Golpe da Maioridade.
As Revoltas
H
is.
As revoltas tomaram conta do território nacional do início ao fim do período regencial, a maior
dificuldade dos regentes com certeza foi lidar militarmente com essas insurreições, muito piores que as
pressões políticas no Rio de Janeiro estas ameaçavam em sua totalidade romper com a ordem vigente e
separar a unidade nacional.
A primeira delas foi a Cabanada nasceu em Pernambuco em 1832 e se espalhou para a província do
Alagoas e durou até 1835, protagonizada pelas camadas mais pobres chamava atenção para os efeitos
causados pelas mudanças ocorridas logo após a abdicação de D. Pedro I pedindo sua volta ao Brasil, seu líder
era Vicente de Paula de origem humilde e com muitas ideias religiosas, a revolta tinha a participação das
camadas mais pobres da sociedade contando inclusive com escravos. Com a morte de D. Pedro I a revolta
não tinha mais sentido e acabou com uma convecção de paz, mesmo assim Manuel de Carvalho Pais de
Andrade cercou os revoltosos e os prendeu.
O Levante dos Malês de 1835 foi uma revolta dos escravos de origem muçulmana em Salvador, todos
eles alfabetizados em árabe, saíram as ruas com a intenção de derrubar o governo e a igreja no Brasil e instituir
um governo muçulmano e o islamismo, além de obviamente libertar os escravos nos engenhos da Bahia. O
movimento durou menos de um dia sendo reprimido duramente pelas autoridades, mas seu efeito
psicológico nos senhores de escravos foi devastador.
No mesmo momento que se extinguia a Cabanada em Pernambuco e Alagoas outro levante
começava no Grão-Pará. A Cabanagem durou de 1835 até 1840, tendo início na cidade de Belém quando a
classe dominante se desentendeu na escolha do novo presidente da província, assim estes decidiram declarar
a independência paraense. Em reação os mestiços, negros e indígenas das classes média e baixas invadiram
a capital paraense sob a liderança de Eduardo Angelim pretendiam anular a independência, defender o
governo de D. Pedro II e expulsar os estrangeiros da província que exerciam grande influência no comando
da região. Além desse caráter anti-regencial a revolta pretendia buscar mais importância do Grão Pará no
cenário político nacional e atender a demanda das camadas mais baixas, como o fim da fome.
Eduardo Angelim, líder da Cabanagem
No mesmo ano de 1835 eclodia no Rio Grande do Sul a maior e talvez mais famosa revolta contra o
governo regencial. A Guerra dos Farrapos durou até 1845 e foi antes de tudo um confronto de ideologias, o
sul muito mais platino que brasileiro almejava sua autonomia do Brasil como uma república, suas causas
imediatas foram a falta de autonomia, representatividade no governo e o aumento dos impostos sobre os
estanceiros produtores de carne e couro para o mercado interno. Assim em vinte de setembro de 1835
declarou-se em Porto Alegre a República Rio Grandense e mais tarde a República Juliana em Santa Catarina,
até 1845 os embates foram sangrentos. Os revoltosos contavam com batalhões de artilharia e de cavalaria,
além de uma marinha de guerra, contou com o apoio dos carbonários italianos refugiados, dos Camisas
Vermelhas de Giuseppe Garibaldi e dos partidos Colorado e Unitários da Argentina.
A rebelião terminou com um tratado de paz, o Tratado de Poncho Verde, o tratado entre os
estancieiros e o governo imperial foi amplamente discutido a medida que os rebeldes iam sendo derrotados.
Dentre os pelotões combatentes havia um em particular, os Lanceiros Negros, que era um pelotão de negros
libertos que se alistaram no exército republicanos, um pouco antes com as grandes baixas havia sido
declarada a abolição da escravatura pela república, esperando uma maior da população negra.
Os lanceiros batalharam bravamente, em boa parte porque sabiam que a sua liberdade estava
condicionada a vitória gaúcha, porém nos tratados de paz sua existência tornara-se um problema, já que o
império não aceitaria ex-escravos, armados e com experiência em combate. Assim em 1844 o general
farroupilha David Canabarro ordenou que os lanceiros fossem para o cerro de Porongos desarmados e
H
is.
montassem acampamento, ao mesmo tempo Duque de Caxias ordenou que tropas imperiais fossem para lá
combater alguns farroupilhas, esse episódio ficou conhecido como Massacre de Porongos, as negociações
anistiaram os revoltosos brancos, indígenas pobres e os grandes estancieiros além de concessões a
exigências menores por parte do império.
A Sabinada dura somente um ano (1837 á 1838), a revolta soteropolitana teve seu nome derivado de
seu líder, Francisco Sabino que era médico e conseguiu tomar a capital Baiana fundando a República Bahiense
que curiosamente tinha caráter interino, ela seria ativa até
e sem nenhuma mudança significativa na Bahia. Seu presidente era João
Carneiro da Silva Rego (vice-governador da província) que permaneceu no cargo inoperante até a ocupação
de Salvador pelas tropas legalistas em treze de março de 1838.
O movimento maranhense chamado de Balaiada durou de 1838 até 1841, uma crise na produção de
algodão provocou o levante dos vaqueiros e escravos das grandes fazendas e conquistou rapidamente o
apoio dos liberais urbanos que faziam oposição aos senhores de terras. Liderados por Manuel Francisco dos
Anjos Ferreira, os revoltosos libertaram escravos (que se refugiaram nos quilombos das selvas) e tomaram a
cidade Caxias, as lutas duraram três anos causando enormes prejuízos aos algodoeiros, porém sem um
comando político bem definido a revolta acabou sendo sufocada pelas tropas imperiais.
EXERCÍCIOS
1. No Brasil, tanto no Primeiro Reinado, quanto no período regencial:
a) aconteceram reformas políticas que tinham por objetivo a democratização do poder.
b) ocorreram embates entre portugueses e brasileiros que chegaram a pôr em perigo a
independência.
c) disseminaram-se as ideias republicanas até a constituição de um partido político.
d) mantiveram-se as mesmas estruturas institucionais do período colonial.
e) houve tentativas de separação das províncias que puseram em perigo a unidade nacional.
2. O resultado da discussão política e a aprovação da antecipação da maioridade de D. Pedro II
representou:
a) o pleno congraçamento de todas as forças políticas da época.
b) a vitória parlamentar do bloco partidário liberal.
c) a trama bem-sucedida do grupo conservador que fundara a Sociedade Promotora da Maioridade.
d) a anulação da ordem escravista que prevalecia sobre os interesses particulares.
e) a debandada do grupo político liderado por um proprietário rural republicano.
3. "Sabinada" na Bahia, "Balaiada" no Maranhão e "Farroupilha" no Rio Grande do Sul foram algumas das
lutas que ocorreram no Brasil em um período caracterizado:
a) por um regime centralizado na figura do imperador, impedindo a constituição de partidos políticos
e transformações sociais na estrutura agrária.
b) pelo estabelecimento de um sistema monárquico descentralizado, o qual delegou às Províncias o
encaminhamento da "questão servil".
c) por mudanças na organização partidária, o que facilitava o federalismo, e por transformações na
estrutura fundiária de base escravista.
d) por uma fase de transição política, decorrente da abdicação de Dom Pedro I, fortemente marcada
por um surto de industrialização, estimulado pelo Estado.
e) pela redefinição do poder monárquico e pela formação dos partidos políticos, sem que se
alterassem as estruturas sociais e econômicas estabelecidas.
4. "Dois partidos lutam hoje em nossa pátria: o Restaurador e o Moderado. O primeiro foi leal ao monarca
que abdicou e defende os inquestionáveis direitos do Sr. Pedro II. O segundo é partidário do sistema
republicano e quer reduzir o Brasil a inúmeras Repúblicas 'fracas' e 'pequenas', e assim seus membros
poderiam tornar-se seus futuros ditadores." (Adaptado do jornal O CARAMURU de 12 de abril de 1832, citado por Arnaldo Contier, Imprensa e Ideologia em São Paulo, 1979)
H
is.
A partir do texto, responda:
a) Em que período da história política do Brasil o texto foi escrito?
b) Qual o regime político defendido pelos partidos citados no texto?
c) Quais são as críticas que o jornal O CARAMURU faz ao Partido Moderado?
5. Sobre a Guarda Nacional, é correto afirmar que ela foi criada:
a) pelo imperador, D. Pedro II, e era por ele diretamente comandada, razão pela qual tornou-se a
principal força durante a Guerra do Paraguai.
b) para atuar unicamente no Sul, a fim de assegurar a dominação do Império na Província Cisplatina.
c) segundo o modelo da Guarda Nacional Francesa, o que fez dela o braço armado de diversas
rebeliões no período regencial e início do Segundo Reinado.
d) para substituir o exército extinto durante a menoridade, o qual era composto, em sua maioria, por
portugueses e ameaçava restaurar os laços coloniais.
e) no período regencial como instrumento dos setores conservadores destinado a manter e
restabelecer a ordem e a tranquilidade públicas.
6. "Diante do Trono vazio defrontavam-se as províncias, com a propriedade territorial lhes ditando a
contextura política, sequiosas de comandar o governo-geral, espreitadas por um gigante tolhido, mas
ameaçador: o elemento monárquico, agarrado, em parte, ao manto roto de D. Pedro I e às fraldas do
Imperador menino." Identifique o período de nossa história a que se refere o texto acima e ofereça
subsídios adequados à compreensão dos motivos para as agitações políticas e sociais.
7. "Mais importante, o país é abalado por choques de extrema gravidade; não mais os motins... mas
verdadeiros movimentos revolucionários, com intensa participação popular, põem em jogo a ordem
interna e ameaçam a unidade nacional. Em nenhum outro momento há tantos episódios, em vários
pontos do país, contando com a presença da massa no que ela tem de mais humilde, desfavorecido.
Daí as notáveis conflagrações verificadas no Pará, no Maranhão, em Pernambuco, na Bahia, no Rio
Grande do Sul." (Francisco Iglésias, "BRASIL, SOCIEDADE DEMOCRÁTICA".)
Este texto refere-se ao período:
a) da Guerra da Independência.
b) da Revolução de 1930.
c) agitado da Regência.
d) das Revoltas Tenentistas.
e) da Proclamação da República.
8. Iniciado por holandeses e ingleses, o povoamento consolida-se com os portugueses. Em 1835, é palco
do movimento popular da Cabanagem. A economia fica estagnada até o fim do século XIX. O
crescimento é retomado com o ciclo da borracha e continua com a produção de madeira e castanha.
a) Paraíba
b) Paraná
c) Mato Grosso do Sul
d) Pará
e) Minas Gerais
H
is.
9. "Em 1627, jesuítas espanhóis criam missões na margem oriental do rio Uruguai, mas são expulsos pelos
portugueses, que, em 1680, criam a colônia de Sacramento, às margens do rio da Prata. Em 1687, os
jesuítas instalam novos povoados, os Sete Povos das Missões Orientais. A partir de 1824, a chegada de
imigrantes alemães e italianos dá uma feição especial ao desenvolvimento da região. No século XIX,
vive diversas rebeliões, como a Guerra dos Farrapos, que dura dez anos."
a) Piauí
b) Pernambuco
c) Rio Grande do Sul
d) Rio de Janeiro
e) Rondônia
10. -Pará o movimento armado mais popular do Brasil (... ). Foi uma das
rebeliões brasileiras em que as camadas inferiores ocuparam o poder..." Ao texto pode-se associar
a) a Regência e a Cabanagem.
b) o I Reinado e a Praieira.
c) o II Reinado e a Farroupilha.
d) o Período Joanino e a Sabinada.
e) a Abdicação e a Noite das Garrafadas.
11. No período de 1831 a 1845, ocorreram vários levantes armados no Brasil. Cite alguns deles. Por que
ocorreram? Procure caracterizá-los.
12. Do ponto de vista político podemos considerar o período regencial como:
a) uma época conturbada politicamente, embora sem lutas separatistas que comprometessem a
unidade do país.
b) um período em que as reivindicações populares, como direito de voto, abolição da escravidão e
descentralização política foram amplamente atendidas.
c) uma transição para o regime republicano que se instalou no país a partir de 1840.
d) uma fase extremamente agitada com crises e revoltas em várias províncias, geradas pelas
contradições das elites, classe média e camadas populares.
e) uma etapa marcada pela estabilidade política, já que a oposição ao imperador Pedro I aproximou
os vários segmentos sociais, facilitando as alianças na regência.
13. Bernardo Pereira Vasconcelos, político brasileiro do período regencial, afirmou na segunda metade
dessa fase da História do Brasil ser necessário "parar o carro da revolução".
a) Qual o contexto político e social a que ele se referiu com essa avaliação?
b) Como foi encaminhada a superação dessa situação?
14. A Sabinada, que agitou a Bahia entre novembro de 1837 e março de 1838,
a) Tinha objetivos separatistas, no que diferia frontalmente das outras rebeliões do período.
b) Foi uma rebelião contra o poder instituído no Rio de Janeiro que contou com a participação
popular.
c) Assemelhou-se à Guerra dos Farrapos, tanto pela postura anti-escravista quanto pela violência e
duração da luta.
d) Aproximou-se, em suas proposições políticas, das demais rebeliões do período pela defesa do
regime monárquico.
e) Pode ser vista como uma continuidade da Rebelião dos Alfaiates, pois os dois movimentos tinham
os mesmos objetivos.
H
is.
15. A descentralização política do Brasil, no período regencial, resultou em:
a) Deslocamento das atividades econômicas para a região centro-sul, através de medidas de
favorecimento tributário.
b) Ampla autonomia das províncias, de acordo com um modelo que veio a ser adotado, mais tarde,
pela Constituição de 1891.
c) Revoluções e movimentos sediciosos que exigiam um modelo centralizador, em benefício das
várias regiões do país.
d) Revoluções e movimentos sediciosos, exigindo que o futuro D. Pedro II assumisse o trono para
e) Autonomia relativa das províncias, favorecendo o poder das elites regionais mais significativas.
QUESTÃO CONTEXTO
O período regencial foi de inúmeras conturbações políticas e sociais, estas em sua maioria foram com
participação popular mesmo quando tinham uma liderança da elite ou burguesia urbana. Compare o fim da
Guerra dos Farrapos com a Revolta dos Malês.
H
is.
GABARITO
Exercícios
1. e
as rebeliões separatistas somente foram terminadas com o Golpe da Maioridade que colocou D. Pedro II
no trono do Brasil.
2. b
os liberais deram o golpe na intenção de retomar o poder e também na intenção de terminar com as
revoltas, colocando um poder mais reconhecido.
3. e
no período regencial a formação dos partidos Liberais e Conservadores passou pelas revoltas nos
estados.
4. a) Período Regencial.
b) Monarquia e República.
c) O caráter federativo fragmentaria o país e poderia criar pequenos estados governados por ditadores,
como os países da América espanhola.
Os dois partidos foram formados em um clima de disputa entre os partidos que se refletia nas publicações
políticas.
5. e) as guardas nacionais apesar de criadas pelo governo reuniam os capangas e moradores do entorno
dos principais fazendeiros de cada estado.
6. Período Regencial. Centralização do poder na aristocracia rural ao lado do Estado, além da pobreza e a
miséria vivida pela população.
A ausência de um imperador fez com que a legitimidade do governo fosse contestada e ocorressem
diversas revoltas pelo Brasil.
7. c
a seriedade das revoltas regenciais foi um destaque na história do Brasil, já que nenhum outro período
foi tão instável quanto esse.
8. d
a estagnação citada no texto foi o principal motivo da revolta paraense, no entanto depois disso o estado
reergueu-se com o extrativismo.
9. c
o povoamento jesuítico foi o marco da ocupação europeia da região, ainda sim o que deu a cultura e
formação atual foi a imigração italiana e germânica no século XIX e XX.
10. a
os movimentos regenciais foram motivadas principalmente por causas sociais, sendo que vários
movimentos, como a Cabanagem tiveram participação popular.
11. São as Rebeliões Regenciais (Cabanagem, Sabinada, Farroupilha e Balaiada). Movimentos de caráter
separatista ou populares contra a aristocracia, politicamente dominante do país.
H
is.
O acontecimento desses conflitos tem causas profundamente sociais nos que tiveram participação
popular, e aconteceram além dessas causa sociais pela falta de legitimidade do governo regencial.
12. d
as regências não inspiravam legitimidade, já que não havia um imperador por trás e havia a disputa de
poder entre conservadores e liberais.
13. a) As rebeliões regenciais.
b) A aristocracia rural reprimiu a esses movimentos com a guarda nacional.
As rebeliões foram paradas com a guarda nacional e com o golpe da maioridade.
14. b
a sabinada foi uma das inúmeras revoltas populares ocorridas no período regencial.
15. e
as elites regionais ficaram mais fortes no período regencial o que auxiliou no surgimento de revoltas.
Questão Contexto
A guerra dos farrapos e a revolta dos males foram revoltas totalmente diferentes desde o começo, e o fim
não poderia ser igual, a punição dada aos escravos revoltosos foi a morte enquanto a punição dos lideres da
revolução farroupilha foram reincorporados aos governos e as forças armadas. As diferenças sociais eram tão
grandes que nem os lideres e os soldados farroupilhas foram punidos da mesma maneira como no caso do
massacre de Porongos.
1
Lit
.
Lit.
Professor: Diogo Mendes
Monitor: Bruna Basile
2
L
it.
Realismo e Naturalismo: Aprofundamento
sobre Aluísio de Azevedo e Raul Pompeia
25
mai
RESUMO
Realismo
O realismo é uma escola literária de oposição ao Romantismo. Enquanto os escritores românticos
tinham uma postura assumidamente idealista, por conta de seu escapismo e negação da realidade, os
realistas vê
como ela é, sem alterações. O romance Madame Bovary, de Flaubert, é o que inaugura o Realismo na Europa. Nele, Emma é uma
moça ingênua e encantada por romances românticos, embora leve uma vida entediada e não esteja satisfeita
com seu casamento. Por tratar de temas como traição, este livro foi muito mal recebido à época de sua
publicação porém ficou na história como um marco realista. O que caracteriza o realismo é justamente essa preocupação em não atenuar em nada a realidade.
Temas como traições, casamentos por interesses e outros tabus, que não aparecem na literatura romântica,
são centrais na produção realista. O amor, que anteriormente era não apenas idealizado, mas visto como uma
salvação do indivíduo, aqui aparece bem mais contido: a mulher amada é real, com defeitos e qualidades, e
o amor não é necessariamente eterno ou solução de todos os problemas.
Naturalismo
O naturalismo é uma escola contemporânea ao realismo ambos têm em comum a negação do
romantismo. O que difere o naturalismo das outras escolas, porém, é a postura cientificista que ele assume.
O escritor naturalista tende a se embasar em teorias científicas ao pensar sua obra, especialmente as teorias
sociais em voga na época. O determinismo, ideia de que o indivíduo é determinado principalmente pelo meio em que vive é
uma das ideais mais presentes na produção literária dessa época. Também é comum a zoomorfização, na
qual as personagens são retratadas de forma animalesca, presas a seus instintos.
Realismo e Naturalismo no Brasil No Brasil, os principais nomes do Realismo são Machado de Assis e Raul Pompeia. Quanto ao
Naturalismo, o escritor mais importante é Aluísio de Azevedo.
Raul Pompeia
Nascido no Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX, Raul Pompéia é um escritor de grande
relevância para o Realismo brasileiro. Seu romance mais conhecido é O Ateneu, livro de caráter
autobiográfico. lembra suas experiências no Ateneu, um colégio
interno. O narrador critica principalmente a estrutura da instituição, comandada pelo rígido diretor Aristarco.
Notamos as características realistas especialmente no fato de o protagonista lembrar suas memórias sem
saudosismo, o que seria típico do romantismo.
Trecho de O Ateneu:
Eu tinha onze anos. Frequentara como externo, durante alguns meses, uma escola familiar do Caminho
Novo, onde algumas senhoras inglesas, sob a direção do pai, distribuíam educação à infância como melhor
lhes parecia. Entrava às nove horas, timidamente, ignorando as lições com a maior regularidade, e bocejava
até às duas, torcendo-me de insipidez sobre os carcomidos bancos que o colégio comprara, de pinho e
usados, lustrosos do contato da malandragem de não sei quantas gerações de pequenos. Ao meio-dia,
3
L
it.
davam-nos pão com manteiga. Esta recordação gulosa é o que mais pronunciadamente me ficou dos meses
de externato; com a lembrança de alguns companheiros um que gostava de fazer rir à aula, espécie
interessante de mono louro, arrepiado, vivendo a morder, nas costas da mão esquerda, uma protuberância
calosa que tinha; outro adamado, elegante, sempre retirado, que vinha à escola de branco, engomadinho e
radioso, fechada a blusa em diagonal do ombro à cinta por botões de madrepérola. Mais ainda: a primeira
vez que ouvi certa injúria crespa, um palavrão cercado de terror no estabelecimento, que os partistas
denunciavam às mestras por duas iniciais como em monograma.
Aluísio de Azevedo
Sua obra mais conhecida e representativa é O Cortiço. Nela, segue-se o cotidiano um cortiço no Rio
de Janeiro a partir do qual se desenrolam várias histórias, várias vivências. Afinal, são muitas pessoas vivendo
juntas. As características naturalistas presentes na obra são, dentre outras:
• Zoomorfização: as personagens são muitas vezes reduzidas ao instinto animalesco. Rita Baiana, por
exemplo, é uma personagem que é definida principalmente por sua sensualidade.
• Determinismo: representado principalmente pelo personagem Jerônimo que, no início da história, é
um pai e marido dedicado e afeito ao trabalho e, ao se apaixonar por Rita Baiana, passa a ser
preguiçoso no trabalho, desatencioso à família e boêmio.
• Temas como prostituição, homossexualidade, adultério, arranjos enganosos estão presentes na obra
como um todo.
Trecho de O Cortiço:
Rita havia parado em meio do pátio. Cercavam-na homens, mulheres e crianças; todos queriam novas dela.
Não vinha em traje de domingo; trazia casaquinho branco, uma saia que lhe deixava ver o pé sem meia num
chinelo de polimento com enfeites de marroquim de diversas cores. No seu farto cabelo, crespo e reluzente,
puxado sobre a nuca, havia um molho de manjericão e um pedaço de baunilha espetado por um gancho. E
toda ela respirava o asseio das brasileiras e um odor sensual de trevos e plantas aromáticas. Irrequieta,
saracoteando o atrevido e rijo quadril baiano, respondia para a direita e para a esquerda, pondo à mostra um
fio de dentes claros e brilhantes que enriqueciam a sua fisionomia com um realce fascinador. Acudiu quase
todo o cortiço para recebê-la. Choveram abraços e as chufas do bom acolhimento. Por onde andara aquele
diabo, que não aparecia para mais de três meses?
EXERCÍCIOS DE AULA
1. Relacione os trechos da obra O Cortiço, de Aluísio de Azevedo, às características realistas e naturalistas
seguintes que predominam nesses trechos e, a seguir, marque a alternativa CORRETA:
1. Detalhismo.
2. Crítica ao capitalismo selvagem.
3. Força do sexo.
-se de tal delírio de enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações.
Dormia sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de
-dia; ela era o calor vermelho das sestas de fazenda; era o aroma
quente dos trevos e
(
a) 2, 1, 3
b) 1, 3, 2
c) 3, 2, 1
d) 2, 3, 1
e) 1, 2, 3
4
L
it.
2. São características da linguagem naturalista, exceto:
a) Determinismo.
b) Preferência por temas de patologia social.
c) Objetivismo científico e impessoalidade.
d) Linguagem simples.
e) Subjetividade.
3. Assinale a alternativa incorreta sobre a prosa naturalista:
a) As personagens expressam a dependência do homem às leis naturais.
b) estilo caracteriza-se por um descritivismo intenso, capaz de refletir a visualização pictórica dos
ambientes.
c) Os tipos são muito bem delimitados, física e moralmente, compondo verdadeiras representações
caricaturais.
d) Tem como objetivo maior aprofundar a dimensão psicológica das personagens.
e) comportamento das personagens e sua movimentação no espaço determinam-lhe a condição
narrativa.
4. Pode-se entender o Naturalismo como uma particularização do Realismo que:
a) se volta para a Natureza a fim de analisar-lhe os processos cíclicos de renovação.
b) pretende expressar com naturalidade a vida simples dos homens rústicos nas comunidades
primitivas.
c) defende a arte pela arte, isto é, desvinculada de compromissos com a realidade social.
d) analisa as perversões sexuais, condenando-as em nome da moral religiosa.
e) estabelece um nexo de causa e efeito entre alguns fatores sociológicos e biológicos e a conduta
das personagens.
5. Das características abaixo, assinale a que não pertence ao Realismo:
a) Preocupação critica.
b) Visão materialista da realidade.
c) Ênfase nos problemas morais e sociais.
d) Valorização da Igreja.
e) Determinismo na atuação das personagens.
6. Podemos verificar que o Realismo revela:
I senso do contemporâneo. Encara o presente do mesmo modo que romantismo se volta para o
passado ou para o futuro.
II o retrato da vida pelo método da documentação, em que a seleção e a síntese operam buscando
um sentido para o encadeamento dos fatos.
III técnica minuciosa, dando a impressão de lentidão, de marcha quieta e gradativa pelos meandros
dos conflitos, dos êxitos e dos fracassos.
Assinale:
a) se as afirmativas II e III forem corretas;
b) se as três afirmativas forem corretas;
c) se apenas a afirmativa III for correta;
d) se as afirmativas I e II forem corretas;
e) se as três afirmativas forem incorretas.
7. O cortiço
Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo.
Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos. O
pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela
zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo
desespero. Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se
espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas
viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas. Os sinos da vizinhança começaram a
5
L
it.
badalar. E tudo era um clamor. A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa.
Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal
em brasa; a sua crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-
lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as
queimaduras e as feridas, vitoriosa no meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a sonhar
em segredo a sua alma extravagante de maluca. Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o
madeiramento da casa incendiada, que abateu rapidamente, sepultando a louca num montão de
brasas.
Em O cortiço, o caráter naturalista da obra faz com que o narrador se posicione em terceira pessoa,
onisciente e onipresente, preocupado em oferecer uma visão crítico-analítica dos fatos. A sugestão de
que o narrador é testemunha pessoal e muito próxima dos acontecimentos narrados aparece de modo
mais direto e explícito em: a) Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo. b) Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas. c) Da casa do Barão saíam clamores apopléticos... d) A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. e) Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada.
8. O caráter naturalista nessa obra de Aluísio Azevedo oferece, de maneira figurada, um retrato de nosso
país, no final do século XIX. Põe em evidência a competição dos mais fortes, entre si, e estes,
esmagando as camadas de baixo, compostas de brancos pobres, mestiços e escravos africanos. No
ambiente de degradação de um cortiço, o autor expõe um quadro tenso de misérias materiais e
humanas. No fragmento, há várias outras características do Naturalismo. Aponte a alternativa em que
as duas características apresentadas são corretas. a) Exploração do comportamento anormal e dos instintos baixos; enfoque da vida e dos fatos sociais
contemporâneos ao escritor.
b) Visão subjetivista dada pelo foco narrativo; tensão conflitiva entre o ser humano e o meio ambiente.
c) Preferência pelos temas do passado, propiciando uma visão objetiva dos fatos; crítica aos valores
burgueses e predileção pelos mais pobres.
d) A onisciência do narrador imprime-lhe o papel de criador, e se confunde com a ideia de Deus;
utilização de preciosismos vocabulares, para enfatizar o distanciamento entre a enunciação e os
fatos enunciados.
e) Exploração de um tema em que o ser humano é aviltado pelo mais forte; predominância de
elementos anticientíficos, para ajustar a narração ao ambiente degradante dos personagens.
9. Atente para os trechos a seguir: I- Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas
II- E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes
que se despejavam sobre as chamas.
No fragmento, rico em efeitos descritivos e soluções literárias que configuram imagens plásticas no
espírito do leitor, Aluísio Azevedo apresenta características psicológicas de comportamento
comunitário. Aponte a alternativa que explicita o que os dois trechos têm em comum. a) Preocupação de um em relação à tragédia do outro, no primeiro trecho, e preocupação de poucos
em relação à tragédia comum, no segundo trecho.
b) Desprezo de uns pelos outros, no primeiro trecho, e desprezo de todos por si próprios, no segundo
trecho.
c) Angústia de um não poder ajudar o outro, no primeiro trecho, e angústia de não se conhecer o
outro, por quem se é ajudado, no segundo trecho.
d) Desespero que se expressa por murmúrios, no primeiro trecho, e desespero que se expressa por
apatia, no segundo trecho.
e) -
gundo trecho.
6
L
it.
10. Assinale a alternativa em que se encontram características da prosa do Realismo. a) Objetivismo; subordinação dos sentimentos a interesses sociais; críticas às instituições decadentes
da sociedade burguesa.
b) Idealização do herói; amor visto como redenção; oposição aos valores sociais.
c) Casamento visto como arranjo de conveniência; descrição objetiva; idealização da mulher.
d) Linguagem metafórica; protagonista tratado como anti-herói; sentimentalismo.
e) Espírito de aventura; narrativa lenta; impasse amoroso solucionado pelo final feliz.
11. Sobre o Realismo, assinale a alternativa INCORRETA. a) O Realismo surgiu na Europa, como reação ao Naturalismo. b) O Realismo e o Naturalismo têm as mesmas bases, embora sejam movimentos diferentes. c) O Realismo surgiu como consequência do cientificismo do século XIX. d) Gustave Flaubert foi um dos precursores do Realismo. Escreveu Madame Bovary. e) Émile Zola escreveu romances de tese e influenciou escritores brasileiros.
12. Assinale a alternativa que contém a afirmação correta sobre o Naturalismo no Brasil. a) O Naturalismo, por seus princípios científicos, considerava as narrativas literárias exemplos de
demonstração de teses e ideias sobre a sociedade e o homem.
b) O Naturalismo usou elementos da natureza selvagem do Brasil do século XIX para defender teses
sobre os defeitos da cultura primitiva.
c) A valorização da natureza rude verificada nos poetas árcades se prolonga na visão naturalista do
século XIX, que toma a natureza decadente dos cortiços para provar os malefícios da mestiçagem.
d) O Naturalismo no Brasil esteve sempre ligado à beleza das paisagens das cidades e do interior do
Brasil.
e) O Naturalismo do século XIX no Brasil difundiu na literatura uma linguagem científica e hermética,
fazendo com que os textos literários fossem lidos apenas por intelectuais.
13. Leia as proposições acerca de O Cortiço.
I. Constantemente, as personagens sofrem zoomorfização, isto é, a animalização do comportamento
humano, respeitando os preceitos da literatura naturalista.
II. A visão patológica do comportamento sexual é trabalhada por meio do rebaixamento das relações,
do adultério, do lesbianismo, da prostituição, etc.
III. O meio adquire enorme importância no enredo, uma vez que determina o comportamento de todas
as personagens, anulando o livre-arbítrio.
IV. O estilo de Aluísio Azevedo, dentro de O Cortiço, confirma o que se percebe também no conjunto
de sua obra: o talento para retratar agrupamentos humanos.
Está(ão) correta(s):
a) todas.
b) apenas I.
c) apenas I e II.
d) apenas I, II e III.
e) apenas III e IV.
14. Analise o seguinte fragmento e responda:
. (Aluísio Azevedo)
Descrição de personagens pela acentuação de caracteres biológicos e raciais é característica do:
a) Romantismo.
b) Realismo.
c) Modernismo.
d) Impressionismo.
e) Naturalismo.
7
L
it.
15. u a minhocar, e
esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali
mesmo, daquele lameiro, a multiplicar-
O fragmento de cterística fundamental
do Naturalismo. Qual?
a) Uma compreensão psicológica do homem.
b) Uma compreensão biológica do mundo.
c) Uma concepção idealista do universo.
d) Uma concepção religiosa da vida.
e) Uma visão sentimental da natureza
QUESTÃO CONTEXTO
Observe a letra da música abaixo e identifique características pertencentes ao Realismo.
Muleque de Vila
Projota
Eu falei que era uma questão de tempo
E tudo ia mudar, e eu lutei
Vários me disseram que eu nunca ia chegar,
duvidei
Lembra da ladeira, meu?
Toda sexta-feira meu melhor amigo é Deus e o
segundo melhor sou eu
Eu tanto quis, tanto fiz, tanto fui feliz
Eu canto Xis, canto Péricles, canto Elis
Torcedor do Santos, desse pão e seco eu também
quis
Não sei feliz, mas geral merece não ser infeliz
(...)
Deus olhou pra mim, disse assim: Escuta, neguin
Pegue esse caderno e escreve cada folha até o fim
Eu disse: Senhor, sou tão tímido, sinto mó pavor
Só no subir no palco a perna congelou
Mas rodei o Brasil, CD na mochila foi 50 mil
Mão em mão, na rodoviária passando mó frio
Quem viu, viu, Curitiba, meu tesouro, foi estouro
25 mil, tio, DVD de ouro
Triunfo bombou, Leandro estourou, Michel
prosperou
Dei valor, só trabalhador, homens de valor
Minha cor não me atrapalhou, só me abençoou
Quem falou que era moda, hoje felizmente se
calou
Vai, vai lá, não tenha medo do pior
Eu sei que tudo vai mudar
Você vai transformar o mundo ao seu redor
Mas não vacila, muleque de vila, muleque de vila,
muleque de vila
Não vacila, muleque de vila, muleque de vila,
muleque de vila
Já fui vaiado, já fui humilhado, já fui atacado
Fui xingado, ameaçado, nunca amedrontado
Aplaudido, reverenciado, homenageado
Premiado pelos homens, por Deus abençoado
(...)
L
it.
GABARITO
Exercícios
1. d
A ordem entre as características do Naturalismo e os trechos é: 2, 3 e 1.
2. e
A subjetividade não faz parte da escola naturalista, uma vez que tal movimento preza pela objetividade e
pela descrição de cenas e da condição humana. Além disso, por conter um caráter mais impessoal,
rompe com traços da escola romântica.
3. d
O aprofundamento psicológico dos personagens faz referência à escola realista. No naturalismo, o autor
preocupava-se em explicar as causas sociais e biológicas dos personagens, por meio do determinismo.
4. e
O naturalismo apresenta um caráter mais radical que o Realismo, isso é perceptível pelas características
descritivistas dos personagens. O autor retrata a condição humana e sua relação de subsistência, baseada
na perspectiva determinista, de que o homem é produto do meio em que é gerado.
5. d
O movimento realista se desvincula de qualquer relação com os preceitos religiosos. O realismo possui
um olhar crítico para as ações dos personagens, que são reflexos do ser humano.
6. b
Todas as alternativas estão relacionadas ao movimento realista.
7. e
A -se
onde a bruxa iria se atirar. Ou seja, parece que ele estava ali, assistindo a tudo.
8. a
As principais características do Naturalismo são documentar e dissecar o comportamento humano e
social, explicando a influência que o meio ambiente pode exercer nos comportamentos tidos como
9. e
No primeiro trecho, com a confusão do incêndio no cortiço e o desespero dos moradores em salvar suas
vidas e seus pertences, o que prevalece é a questão da sobrevivência, propiciada pelo individualismo. Já
no segundo trecho analisado, percebe-se um anonimato entre os indivíduos por parte da cooperação
em ajudar ao próximo.
10. a
As outras alternativas apresentam características de outras escolas literárias, como a idealização amorosa,
dos personagens, final amoroso feliz e redenção pelo amor. Esses aspectos estão associados ao
Romantismo.
L
it.
11. a
O Realismo, assim como o Naturalismo, surgiu em resposta ao Romantismo, substituindo a visão subjetiva
da realidade proposta pelos escritores românticos pela visão que procurava ser objetiva, fiel e sem
distorções. Em vez de fugir à realidade, os realistas procuravam apontar suas falhas como forma de
estimular a mudança das instituições e dos comportamentos humanos: saem os heróis, de
comportamento irrepreensível, entram as pessoas comuns, dotadas de defeitos e limitações.
12. a
O naturalismo tentava explicar seu posicionamento perante a condição social e humana por meio de
conhecimentos científicos. Além disso, não há referência ao cenário natural, já que a prosa naturalista
atua em um cenário urbano e que reflete a condição dos indivíduos, de acordo com o meio em que estão
inseridos.
13. a
Todas as afirmativas estão corretas. Entre as características do naturalismo, temos a presença da
zoomorfização das personagens, a patologia do comportamento sexual, o determinismo e o retrato da
condição humana, dividido em grupos.
14. e O trecho faz referência ao movimento naturalista, perceptível pelas características descritivas e a
zoomorfização da personagem.
15. b
Como o naturalismo pretende explicar as coisas do mundo por uma visão mais científica, o fragmento
apresenta uma compreensão biológica do mundo, ou seja, com base na teoria do Evolucionismo, Darwin
afirma que há uma adaptação e uma evolução de seres vivos e elementos da natureza às alterações
ocorridas no meio ambiente.
Questão Contexto As características do Realismo presente na música do Projota é a oposição aos ideais românticos; a
linguagem coloquial, clara e objetiva; as descrições minuciosas; abordagem de temas sociais e foco
na análise de comportamentos humanos.
M
at.
Mat.
Professor: Gabriel Miranda
M
at.
Função Afim 23
mai
RESUMO
Definição
Uma função 𝑓: 𝑅 → 𝑅 chama-se função afim quando existem dois números reais 𝑎 e 𝑏 tal que 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏,
para todo 𝑥 ∈ 𝑅.
Exemplos:
1) 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 5
2) 𝑓(𝑥) = −𝑥 + 2
3) 𝑓(𝑥) =1
3𝑥
Função Linear
Seja 𝑓: 𝑅 → 𝑅 definida por 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥, para todo 𝑥 ∈ 𝑅.
Função Constante
Seja 𝑓: 𝑅 → 𝑅 definida por 𝑓(𝑥) = 𝑏, para todo 𝑥 ∈ 𝑅.
Função Identidade
Seja 𝑓: 𝑅 → 𝑅 definida por 𝑓(𝑥) = 𝑥, para todo 𝑥 ∈ 𝑅.
O gráfico da Função Afim
O gráfico da função afim é uma reta e ela pode ser crescente (caso a taxa de crescimento seja maior que
zero) ou decrescente (caso a taxa de crescimento seja menor que zero).
Exemplos de gráfico crescente:
Em uma função crescente quanto maior o x, maior será o f(x).
Exemplos de gráficos decrescente:
Em uma função decrescente quanto maior o x, menor será f(x).
M
at.
Zero da Função Afim
O valor de x para o qual a função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 se anula, ou seja, para o qual 𝑓(𝑥) = 0, denomina-se o zero
da função.
EXERCÍCIOS
1. Considere a função f:IR=>IR, definida por f(x)=2x-1. Determine todos os valores de 𝑚 ∈ 𝑅 para os quais
é válida a igualdade: f(𝑚2) 2 f (m) + f (2m)= 𝑚
2
2. O gráfico mostra o resultado de uma experiência relativa à absorção de potássio pelo tecido da folha
de um certo vegetal, em função do tempo e em condições diferentes de luminosidade.
Nos dois casos, a função linear y = mx ajustou-se razoavelmente bem aos dados, daí a referência a m
como taxa de absorção (geralmente medida em moles por unidade de peso por hora). Com base no
gráfico, se 𝑚1 é a taxa de absorção no claro e 𝑚2 a taxa de absorção no escuro, a relação entre essas
duas taxas é:
a) 𝑚1 = 𝑚2
b) 𝑚2 = 2𝑚1
c) 𝑚1. 𝑚2 = 1
d) 𝑚1. 𝑚2 = −1
e) 𝑚1 = 2𝑚2
3. Um operário ganha R$3,00 por hora de trabalho de sua jornada semanal regular de trabalho, que é de
40 horas. Eventuais horas extras são pagas com um acréscimo de 50%. Encontre uma fórmula algébrica
4. Uma pessoa obesa, pesando num certo momento 156kg, recolhe-se a um SPA onde se anunciam
perdas de peso de até 2,5kg por semana. Suponhamos que isso realmente ocorra. Nessas condições:
a) Encontre uma fórmula que expresse o peso mínimo, P, que essa pessoa poderá atingir após n
semanas.
b) Calcule o número mínimo de semanas completas que a pessoa deverá permanecer no SPA para sair
de lá com menos de 120 kg de peso
5. Para transformar graus Fahrenheit em graus centígrados usa-se a fórmula:
𝐶 =5(𝐹 − 32)
9
onde F é o número de graus Fahrenheit e C é o número de graus centígrados.
a) Transforme 35 graus centígrados em graus Fahrenheit.
M
at.
b) Qual a temperatura(em graus centígrados) em que o número de graus Fahrenheit é o dobro do
número de graus centígrados?
6. A troposfera, que é a primeira camada da atmosfera, estende-se do nível do mar até a altitude de 40.000
pés; nela, a temperatura diminui 2°C a cada aumento de 1.000 pés na altitude. Suponha que em um
ponto A, situado ao nível do mar, a temperatura seja de 20°C. Pergunta-se:
a) Em que altitude, acima do ponto A, a temperatura é de 0°C?
b) Qual é a temperatura a 35.000 pés acima do mesmo ponto A?
7. O custo de uma corrida de táxi é constituído por um valor inicial Q, fixo, mais um valor que varia
proporcionalmente à distância D percorrida nessa corrida. Sabe-se que, em uma corrida na qual foram
percorridos 3,6 km, a quantia cobrada foi de R$ 8,25, e que em outra corrida, de 2,8 km, a quantia
cobrada foi de R$ 7,25.
a) Calcule o valor inicial Q.
b) Se, em um dia de trabalho, um taxista arrecadou R$ 75,00 em 10 corridas, quantos quilômetros seu
carro percorreu naquele dia?
8. Em uma determinada região do planeta, a temperatura média anual subiu de 13,35 ºC em 1995 para 13,8
ºC em 2010. Seguindo a tendência de aumento linear observada entre 1995 e 2010, a temperatura média
em 2012 deverá ser de:
a) 13,83 ºC.
b) 13,86 ºC.
c) 13,92 ºC.
d) 13,89 ºC.
9. A tabela indica o gasto de água, em m3 por minuto, de uma torneira (aberta), em função do quanto seu
registro está aberto, em voltas, para duas posições do registro.
Sabe-se que o gráfico do gasto em função da abertura e uma reta, e que o gasto de agua, por minuto,
quando a torneira esta totalmente aberta, e de 0,034 m3. Portanto, e correto afirmar que essa torneira
estará totalmente aberta quando houver um giro no seu registro de abertura de 1 volta completa é
mais:
a) 1/2 de volta.
b) 1/5 de volta.
c) 2/5 de volta.
d) 3/4 de volta.
e) 1/4 de volta
10. Em um experimento com sete palitos de fósforo idênticos, seis foram acesos nas mesmas condições e
ao mesmo tempo. A chama de cada palito foi apagada depois de t segundos e, em seguida, anotou-
se o comprimento x, em centímetros, de madeira não chamuscada em cada palito. A figura a seguir
indica os resultados do experimento.
M
at.
Um modelo matemático consistente com todos os dados obtidos no experimento permite prever que o
tempo, necessário e suficiente, para chamuscar totalmente um palito de fosforo idêntico aos que foram
usados no experimento é de:
a) 1 minuto e 2 segundos.
b) 1 minuto.
c) 1 minuto e 3 segundos.
d) 1 minuto e 1 segundo.
e) 1 minuto e 4 segundos.
M
at.
GABARITO
1. f(𝑚2) = 2𝑚2- 1
f(m) = 2m -1
f(2m) = 2.(2m) - 1
4m - 1
f(m²) - 2f(m) + f(2m) = m/2.
2𝑚2 - 1 - 2(2m-1) + 4m - 1 = m/2 mmc = 2
4𝑚2 − 2 − 4(2𝑚 − 1) + 8𝑚 – 2 – 𝑚 = 0
4𝑚2 − 2 − 8𝑚 + 4 + 8𝑚 – 2 – 𝑚 = 0
4𝑚2 − 𝑚 = 0
𝑚(4𝑚 − 1) = 0 𝑚 = 0 𝑜𝑢 4𝑚 – 1 = 0
𝑚 = 0 𝑜𝑢 𝑚 =1
4
2. e
Sabemos que dois pontos definem uma reta, começamos pela reta azul.
Claro: 𝑚1
(3;12) e (4;16)
Função genérica
f(x) = ax + b
{12 = 3𝑚 + 𝑏 (𝐼) 16 = 4𝑚 + 𝑏 (𝐼𝐼) Subtraindo (I) de (II) temos que m = 4 e b = 0.
y = 4x
Fazendo agora com a reta vermelha, temos:
escuro: 𝑚2
(1;2) e (2;4)
Função genérica
f(x) = ax + b
{2 = 𝑚 + 𝑏 (𝐼𝐼𝐼) 4 = 2𝑚 + 𝑏 (𝐼𝑉) Subtraindo (III) de (IV) temos m = 2 e b = 0.
y = mx + b
y = 2x
Fazendo a relação 𝑚1
𝑚2,ficamos com:
𝑚1
𝑚2
=4𝑥
2𝑥
𝑚1 = 2𝑚2
M
at.
3. F(x) = ax + b
he = hora extra
y = horas a mais de jornada de trabalho
salário semanal = 3.40 = 120 reais
acréscimo de 50% em 3 reais = 1,5. 3 = 4,5 por hora de trabalho
hora extra = hora semanal + horas a mais
he = 40 + z
z = he - 40
y(z) = az+b
y = 4,5z + 120
y = 4,5 ( he-40) + 120
Y = 4,5 he 60
4. a) peso = peso inicial - perda de peso x nº de semanas
p = 156 -2,5n
b) substituindo p por 120 na fórmula
120 = 156 - 2,5n
-2,5n + 156 = 120
-2,5n + 36 = 0
n = 36 / 2,5 = 14,4 semanas
A pessoa deverá permanecer no spa por 15 semanas.
5. 𝐶 =5(𝐹−32)
9
a) 35 =5(𝐹−32)
9
5(𝐹 − 32) = 315 𝐹 − 32 = 63 𝐹 = 63 + 32 𝐹 = 95
b) F = 2C
𝐶 =5(2𝐶 − 32)
9
9𝐶 = 10𝐶 − 160 𝐶 = 160
6. Adotando o nível do mar=0;
40000 pés é a altura máxima e a temperatura diminui 2 graus a cada 1000 pés, então:
40000
1000= 40 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑣𝑎𝑖 𝑑𝑖𝑚𝑖𝑛𝑢𝑖𝑟
40 ∗ (−2) = −80 Montando um Sistema:
{0 = 20𝑎 + 𝑏 40000 = −80𝑎 + 𝑏 b=-20a
40000 = -100a
a = - 400;
logo, b=8000;
A função é f(x)=-400x+8000.
M
at.
7. a) Isso é uma função do 1° grau
y: preço
x: distancia
temos dois pontos
(3,6 ; 8,25) e ( 2,8 ; 7,25)
A função do 1° grau tem equação :
y = ax + b
𝑎 =𝑦2 − 𝑦1
𝑥2 − 𝑥1
𝑎 =8,25 − 7,25
3,6 − 2,8= 1,25
y = 1,25 x + b
vamos substituir qualquer um dos pontos
8,25 = 1,25 ( 3,6) + b
b = 3,75
3,75 ~> valor fixo
b) a função ficou
y = 1,25 . x + 3,75
10 corridas 75
1 x
Multiplica em cruz, temos:
x = 7,5
7,5 = 1,25 x + 3,75
7,5 - 3,25 = 1,25x
x = 3 km cada corrida , porém foram 10
3 .10 = 30 km
8. b
Do enunciado podemos construir o gráfico a seguir
9. b
F ( x ) = ax + b
Vamos considera o "f (x)" como sendo o Gasto em m³ em função das voltas (x).
Pegamos os dados da tabela e substituímos na função: 𝑎
2+ 𝑏 = 0,02
𝑎 + 2𝑏 = 0,04𝑎 + 𝑏 = 0,03
M
at.
Agora temos um sistema:
{𝑎 + 𝑏 = 0,03 𝑎 + 2𝑏 = 0,04 Vou usar o método da soma para resolver esse sistema:
Podemos montar a função:
Já temos 1 voltas, ou seja, 1,2 - 1 = 0,2.
0,2 =2
10=
1
5 𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎
10. c
Note-se que, dos dados apresentados, a cada 3 s que passa no tempo, o comprimento da madeira não
chamuscada diminui 0,5 cm. Assim, é possível supor que, para que o comprimento diminua 10,5 cm (ou
seja, o palito esteja totalmente chamuscado), teríamos:
Logo, o tempo necessário será 63 segundos, ou seja, 1 minuto e 3 segundos.
P
or.
Por.
Professor: Fernanda Vicente
Monitor: Rodrigo Pamplona
P
or.
Sujeito 22
mai
RESUMO
Definição O sujeito é o ser sobre o qual se faz uma declaração. Termo essencial da oração, é responsável por realizar
ou sofrer as ações/os estados indicados pelo verbo. Rege, também, as desinências verbais de número e
pessoa. Podem ser substantivos, numerais, pronomes, palavras ou expressões substantivadas e até mesmo
orações.
Tipos de sujeito:
I. Simples quando o sujeito tem um só núcleo, isto é, quando o verbo se refere a um só substantivo, ou a
um só pronome, ou a um só numeral, ou a uma só palavra substantivada ou a uma oração substantiva, o
sujeito é simples. Exemplo: O processo foi arquivado com sucesso.
II. Composto É composto o sujeito que tem mais de um núcleo, ou seja, o sujeito constituído de: Exemplos: a) mais de um substantivo: As vozes e os passos aproximam-se. b) mais de um pronome: Você e eu sabemos a matéria da prova. c) mais de uma palavra ou expressão substantivada: Quantos mortos e feridos não me precederam ali. d) mais de uma oração substantiva: Era melhor esquecer o nó e pensar numa cama igual à de seu Tomás da
bolandeira.
III. Sujeito oculto (determinado) é aquele que não está materialmente expresso na oração, mas pode ser
identificado: a) pela desinência verbal - Ficamos abalados com o acidente. (sujeito Nós, desinência -mos). b) Sujeito mencionado anteriormente em outra oração.
IV. Sujeito indeterminado algumas vezes o verbo não se refere a uma pessoa determinada, ou por se
desconhecer quem executa a ação ou por não haver interesse no seu conhecimento. Contaram--me,
V. Oração sem sujeito Chove. Anoitece. Faz frio. Nas orações mencionadas, somente o processo verbal é
significativo e a ele não é atribuído nenhum ser. Nesse caso, temos orações com verbos impessoais, onde o
sujeito é inexistente. Exemplo: Anoitecia e tinham acabado de jantar. (Verbo que indica ação da natureza) Faz hoje 8 dias que comecei a dieta. (Verbos haver, fazer e ir indicando tempo decorrido) na indicação de tempo em geral)
EXERCÍCIOS
1. Eu não creio, não posso mais acreditar na bondade ou na virtude de homem algum; todos
são mais ou menos ruins, falsos, e indignos; há porém alguns que sem dúvida com o fim de ser mais
nocivos aos outros, e para produzir maior dano, têm o merecimento de dizer a verdade nua e crua,
P
or.
I . algum e alguns são pronomes indefinidos. II. alguns é sujeito do verbo haver. III. algum equivale a nenhum.
Assinale a alternativa correta sobre as assertivas acima: a) apenas I é verdadeira. b) apenas II é verdadeira. c) apenas I e II são verdadeiras. d) apenas I e III são verdadeiras. e) I, II e III são verdadeiras.
2. A questão da descriminalização das drogas se presta a frequentes simplificações de caráter
maniqueísta, que acabam por estreitar um problema extremamente complexo, permanecendo a
discussão quase sempre em torno da droga que está mais em evidência. Vários aspectos relacionados ao problema (abuso das chamadas drogas lícitas, como
medicamentos, inalação de solventes, etc.) ou não são discutidos, ou não merecem a devida atenção.
A sociedade parece ser pouco sensível, por exemplo, aos problemas do alcoolismo, que representa a
primeira causa de internação da população adulta masculina em hospitais psiquiátricos. Recente
estudo epidemiológico realizado em São Paulo apontou que 8% a 10% da população adulta
apresentavam problemas de abuso ou dependência de álcool. Por outro lado, a comunidade mostra-
se extremamente sensível ao uso e abuso de drogas ilícitas, como maconha, cocaína, heroína, etc. Dois grupos mantém acalorada discussão. O primeiro acredita que somente penalizando
traficantes e usuários pode-se controlar o problema, atitude essa centrada, evidentemente, em
aspectos repressivos. Essa corrente atingiu o seu maior momento logo após o movimento militar de 1964. Seus
representantes acreditam, por exemplo, que "no fim da linha" usuários fazem sempre um pequeno
comércio, o que, no fundo, os igualaria aos traficantes, dificultando o papel da Justiça. Como solução,
apontam, com frequência, para os reconhecidamente muito dependentes, programas extensos a
serem desenvolvidos em fazendas de recuperação, transformando o tratamento em um programa
agrário. Na outra ponta, um grupo "neoliberal" busca uma solução nas regras do mercado. Seus
integrantes acreditam que, liberando e taxando essas drogas através de impostos, poderiam neutralizar
seu comercio, seu uso e seu abuso. As experiências dessa natureza em curso em outros países não
apresentam resultados animadores. Como uma terceira opção, pode-se olhar a questão considerando diversos ângulos. O usuário
eventual não necessita de tratamento, deve ser apenas alertado para os riscos. O dependente deve ser
tratado, e, para isso, a descriminalização do usuário é fundamental, pois facilitaria muito seu pedido
de ajuda. O traficante e o produtor devem ser penalizados. Quanto ao argumento de que usuários
vendem parte do produto: é fruto de desconhecimento de como se dão as relações e as trocas entre
eles. Duplamente penalizados, pela doença (dependência) e pela lei, os usuários aguardam melhores
projetos, que cuidem não só dos aspectos legais, mas também dos aspectos de saúde que são
inerentes ao problema. (Adaptado de Marcos P.T. Ferraz, Folha de São Paulo)
Como solução, apontam, com frequência, para os reconhecidamente muito dependentes, programas
extensos. Sobre a frase anterior é INCORRETO afirmar-se que: a) o sujeito é inexistente. b) "com frequência" é um adjunto adverbial. c) "os reconhecidamente muito dependentes" é o objeto indireto. d) "programas extensos" é o objeto direto. e) "extensos" é adjunto adnominal.
P
or.
3. "Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil." As gramáticas diriam que esta
flexão verbal está correta porque o sujeito é composto: a) de diferentes pessoas gramaticais. b) constituído de palavras mais ou menos sinônimas. c) posposto ao verbo. d) ligado por preposição. e) oracional.
4. Assinale a alternativa em que a oração sublinhada funciona como sujeito do verbo da oração principal. a) Não queria que José fizesse nenhum mal ao garoto. b) Não interessa se o trem solta fumaça ou não. c) As principais ações dependiam de que os componentes do grupo tomassem a iniciativa. d) Era uma vez um sapo que não comia moscas. e) Nossas esperanças eram que a viatura pudesse voltar a tempo de sair atrás do bandido.
5. Assinale a alternativa em que o pronome você exerça a função de sujeito do verbo sublinhado. a) Cabe a você alcançar aquela peça do maleiro. b) Não enchas o balão de ar, pois ele pode ser levado pelo vento. c) Ao chegar, vi você perambulando pelo shopping center da Mooca. d) Ei, você, posso entrar por esta rua? e) Na Estação Trianon-Masp desceu a Angelina; na Consolação, desceu você.
6. Considere o uso do particípio nas frases abaixo: I. Considerado um dos principais pensadores da educação no país, o economista Cláudio de Moura
Castro sintetiza a relação atual do diploma com o mercado de trabalho em uma frase (...). II. Equilibrados demais acessórios, igualado o preço, o motor pode desempatar a escolha do
consumidor. III. Brasileiro nascido na China, Wong observa que é em países como esses (...).
da oração principal e estabele (Cunha, C.; Cintra, L. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985:484)
Esta regra se aplica a) apenas a I. b) a I e II. c) a I e III. d) apenas a II. e) a II e III.
7. - a) sujeito b) índice da indeterminação do sujeito c) objeto direto d) objeto indireto e) pronome apassivador
8. Entre as frases a seguir somente UMA apresenta sujeito indeterminado. Assinale-a. a) Há a marca da vida nas pessoas. b) Não se necessita de lavadeira. c) Vai um sujeito pela rua. d) Não se engomou seu paletó
P
or.
9. ERRO DE PORTUGUÊS Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido o português.
(Oswald de Andrade)
Em: "Vestiu 'o índio' ..."" 'O índio' tinha despido ...", os termos entre aspas simples exercem,
respectivamente, as funções de objeto direto e sujeito agente. Assinale o par de frases em que, para
os destaques, a classificação sintática é, respectivamente, a mesma. a) "... e perdeu a 'calma'." "A 'calma' voltou a estabelecer-se." b) "Do mundo, 'nada' se leva." " 'Nada' se cria; tudo se recria." c) "O diretor exibiu 'cenas' do filme." "As 'cenas' foram exibidas na noite de estréia ..." d) "Encontraram-se 'vestígios' da ação." "Dos 'vestígios', nada fora encontrado." e) "Fundiam-se no 'personagem' sentimentos contraditórios." "O 'personagem' exibia sentimentos
contraditórios."
10. MEU CARO DEPUTADO O senhor nem pode imaginar o quanto eu e a minha família ficamos agradecidos. A gente imaginava
que o senhor nem ia se lembrar de nós, quando saiu a nomeação do Otavinho meu filho. Ele agora está
se sentindo outro. Só fala no senhor, diz que na próxima campanha vai trabalhar ainda mais para o
senhor. No primeiro dia de serviço ele queria ir na repartição com a camiseta da campanha mas eu não
deixei, não ia ficar bem, apesar que eu acho que o Otavinho tem muita capacidade e merecia o
emprego. Pode mandar puxar por ele que ele da conta, é trabalhador, responsável, dedicado, a
educação que ele recebeu de mim e da mãe foi sempre no caminho do bem. Faço questão que na
próxima eleição o senhor mande mais material que eu procuro todos os amigos e os conhecidos. O
Brasil precisa de gente como o senhor, homens de reputação despojada, com quem a gente pode
contar. Meu vizinho Otacílio, a mulher, os parentes todos também votaram no senhor. Ele tem
vergonha, mas eu peço por ele, que ele merece: ele tem uma sobrinha, Maria Lúcia Capistrano do
Amara, que é professora em Capão da Serra e é muito adoentada, mas o serviço de saúde não quer
dar aposentadoria. Posso lhe garantir que a moça está mesmo sem condições, passa a maior parte do
tempo com dores no peito e na coluna que nenhum médico sabe o que é. Eu disse que ia falar com o
senhor, meu caro deputado, não prometi nada, mas o Otavinho e a mulher tem esperanças que o
senhor vai dar um jeitinho. É gente muito boa e amiga, o senhor não vai se arrepender. Mais uma vez obrigado por tudo, Deus lhe pague. O Otavinho manda um abraço para o senhor. Aqui
vai o nosso abraço também. O senhor pode contar sempre com a gente. Miroel Ferreira (Miré)
Em relação à frase "O Brasil precisa de gente como o senhor, homens de reputação despojada, com
quem a gente pode contar", a única afirmação correta é: a) A expressão "homens de reputação despojada" funciona como aposto de um sujeito. b) As duas ocorrências de GENTE referem-se ao mesmo segmento humano. c) O termo BRASIL é equivalente a TERRITÓRIO NACIONAL. d) A regência do verbo CONTAR não foi respeitada. e) O adjetivo DESPOJADA está empregado inadequadamente.
11. Monsenhor Caldas interrompeu a narração do desconhecido: Dá licença? é só um instante. Levantou-se, foi ao interior da casa, chamou o preto velho que o servia, e disse-lhe em voz baixa:
João, vai ali à estação de urbanos, fala da minha parte ao comandante, e pede-lhe que venha cá
com um ou dois homens, para livrar-me de um sujeito doido. Anda, vai depressa. E, voltando à sala: Pronto, disse ele; podemos continuar.
Como ia dizendo a Vossa Reverendíssima, morri no dia vinte de março de 1860, às cinco horas e
quarenta e três minutos da manhã. Tinha então sessenta e oito anos de idade. Minha alma voou pelo
P
or.
espaço, até perder a terra de vista, deixando muito abaixo a lua, as estrelas e o Sol; penetrou finalmente
num espaço em que não havia mais nada, e era clareado tão-somente por uma luz difusa. Continuei a
subir, e comecei a ver um pontinho mais luminoso ao longe, muito longe. O ponto cresceu, fez-se sol.
Fui por ali dentro, sem arder, porque as almas são incombustíveis. A sua pegou fogo alguma vez? Não, senhor. São incombustíveis. Fui subindo, subindo; na distância de quarenta mil léguas, ouvi uma deliciosa
música, e logo que cheguei a cinco mil léguas, desceu um enxame de almas, que me levaram num
palanquim feito de éter e plumas. (Machado de Assis, A segunda vida. Obras Completas, vol. II, p. 440-441.)
A frase desceu um enxame de almas, no último parágrafo, tem o sujeito posposto. Assinale a alternativa
em que o sujeito também aparece posposto. a) De um atentado, um soldado consegue salvar seu companheiro. b) Segunda-feira faltou, de novo, um pouco de tinta de impressão. c) No salão de Paris, há um Audi com motor de 4,2 litros. d) Ler biografia de homens célebres é bastante útil. e) O mercado financeiro recebeu bem a inclusão das ações do Bradesco.
12. Que do sepulcro os homens desenterra, Aconteceu da mísera e mesquinha
Para o correto entendimento destes versos de Camões, é necessário saber que o sujeito do verbo
desenterra é a) os homens (por licença poética). b) ele (oculto). c) o primeiro que. d) o caso triste. e) sepulcro.
13. Uma feita em que deitara numa sombra enquanto esperava os manos pescando, o Negrinho do
Pastoreio pra quem Macunaíma rezava diariamente, se apiedou do panema e resolveu ajudá-lo.
Mandou o passarinho uirapuru. Quando sinão quando o herói escutou um tatalar inquieto e o
passarinho uirapuru pousou no joelho dele. Macunaíma fez um gesto de caceteação e enxotou o
passarinho uirapuru. Nem bem minuto passado escutou de novo a bulha e o passarinho pousou na
barriga dele. Macunaíma nem se amolou mais. Então o passarinho uirapuru agarrou cantando com
doçura e o herói entendeu tudo o que ele cantava. E era que Macunaíma estava desinfeliz porque
perdera a muiraquitã na praia do rio quando subia no bacupari. Porém agora, cantava o lamento do
uirapuru, nunca mais que Macunaíma havia de ser marupiara não, porque uma tracajá engolira a
muiraquitã e o mariscador que apanhara a tartaruga tinha vendido a pedra verde pra um regatão
peruano se chamando Venceslau Pietro Pietra. O dono do talismã enriquecera e parava fazendeiro e
baludo lá em São Paulo, a cidade macota lambida pelo igarapé Tietê. (Mário de Andrade, Macunaíma, o herói sem nenhum caráter.)
O sujeito da o
contexto linguístico interno. Trata-se de: a) sujeito indeterminado.
lto.
P
or.
QUESTÃO CONTEXTO
E estar entre vírgulas pode ser aposto
E eu aposto o oposto: que vou cativar a todos
Sendo apenas um sujeito simples
Um sujeito e sua oração
Sua pressa, e sua verdade, sua fé
Que a regência da paz sirva a todos nós
Cegos ou não
Que enxerguemos o fato
De termos acessórios para nossa oração
Separados ou adjuntos, nominais ou não
Façamos parte do contexto da crônica
E de todas as capas de edição especial
Sejamos também o anúncio da contracapa
Pois ser a capa e ser contra a capa
É a beleza da contradição
É negar a si mesmo
E negar a si mesmo é muitas vezes
Encontrar-se com Deus
Sendo apenas um sujeito simples Um sujeito e sua oração
explique seu sentido.
P
or.
GABARITO
Exercícios
1. d
O verbo haver, nesse caso, é impessoal, isto é, não admite sujeito.
2. a
No trecho em análise, trata-se de um sujeito indeterminado, formado pela terceira pessoa do plural, sem
referência anterior.
3. b
As gramáticas admitem que o verbo concorde com o núcleo do mais próximo quando todos os núcleos
significarem coisas semelhantes.
4. b
a antecede; o mesmo não ocorre nas outras alternativas. As orações sublinhadas são, respectivamente:
a) objeto direto; b) sujeito; c) objeto indireto; d) adjunto adnominal; e) predicativo.
5. a
Você é o sujeito do verbo caber. Na alternativa b, o sujeito do verbo sublinhado é oculto (tu); Na C,
subentende-
6. d
7. b
-se [das bocas unidas objeto indireto] [a
espuma
8. b
Uma das estratégias de indeterminação do sujeito é a utilização do verbo (desde que não seja transitivo
9. a
agente do verb
10. c
Todas as alternativas apresentam análises incorretas.
11. b
-
to, sujeito.
12. c
pronome é o sujeito.
P
or.
13. e
Pelo contexto, o texto nos permite inferir que o Negrinho do Pastoreio enviou o uirapuru.
Questão Contexto
O texto se vale de trocadilhos da aproximação das experiências de vida do eu-lírico com os assuntos da
sintático homônimo; coisa parecida acontece n
a pessoa devota ou os termos de um período sintático.
Q
uí.
Quí.
Professor: Abner Camargo
Monitor: Gabriel Pereira
Q
uí.
Gases 22
mai
RESUMO
Estudo da equação de estado dos gases ideais
Quaisquer que sejam as transformações sofridas por uma massa fixa de gás, a relação apresenta sempre
um valor constante que depende do número de mols do gás.
Para 1mol de qualquer gás . O valor de R nas CNTP (condições normais de temperatura e
pressão) pode então ser calculado:
P = 1 atm = 760 mmHg
T = 0 ºC = 273 K
Vmolar = 22,4 L mol-1
Genericamente, para um número qualquer de mol (n) temos:
Qualquer gás que obedeça essa lei será considerado um gás ideal.
Misturas Gasosas
Toda mistura de gases é sempre um sistema homogêneo.
Pressão Parcial
A pressão total de um sistema corresponde à soma das pressões exercidas pelos componentes de uma
mistura, ou seja:
Ptotal = P1 + P2 + .... + Pn (Sistema contendo n componentes).
Essa relação é conhecida como Lei de Dalton das pressões parciais.
A pressão parcial exercida por um gás é diretamente proporcional ao número de mol desse gás no sistema.
Logo, a pressão total é diretamente proporcional ao número total de mols do sistema.
A relação entre o número de mol de um gás e o número total de mol na mistura é conhecida por fração molar. forma:
Onde:
XA .........
N (A) ......Número de mols de A no sistema.
N(total)... Número de total de mols do sistema.
PA = XA . PT
Q
uí.
Onde:
PA ....... Pressão parcial de A
XA ....... Fração molar de A
PT ....... Pressão total
Densidade dos Gases
• Densidade absoluta dos Gases: a densidade absoluta de um gás ideal pode ser calculada para qualquer
combinação de temperatura e pressão através da relação:
Onde
d................. Densidade
P................. Pressão
M................ Massa Molar
R................ Constante
T................ Temperatura
• Densidade relativa dos gases: a densidade relativa entre dois gases é dada pela simples relação entre
suas densidades absolutas, medidas nas mesmas condições de pressão e temperatura.
Logo:
EXERCÍCIOS
1. Gases ideais são aqueles nos quais as interações entre átomos, íons ou moléculas em suas constituições
são desprezadas e esse comportamento se intensifica em pressões baixas. Na descrição desses gases
a equação de estado para gases perfeitos é a mais adequada. Considere uma quantidade de matéria
de 2,5 mols de um gás de comportamento ideal que ocupa um volume de 50 L à pressão de
1.246 mmHg. A temperatura desse gás nas condições citadas será de:
Dado: mmHg L
R 62,3K mol
=
a) 400 K
b) 127 K
c) 273 K
d) 200 K
e) 254 K
2. Bebidas gaseificadas apresentam o inconveniente de perderem a graça depois de abertas. A pressão
do 2CO no interior de uma garrafa de refrigerante, antes de ser aberta, gira em torno de 3,5 atm, e é
sabido que, depois de aberta, ele não apresenta as mesmas características iniciais. Considere uma
garrafa de refrigerante de 2 litros, sendo aberta e fechada a cada 4 horas, retirando-se de seu interior
250 mL de refrigerante de cada vez.
Nessas condições, pode-se afirmar corretamente que, dos gráficos a seguir, o que mais se aproxima
do comportamento da pressão dentro da garrafa, em função do tempo é o
Q
uí.
a)
b)
c)
d)
3. No carvão mineral do Rio Grande do Sul, é possível encontrar a pirita, um mineral de aparência metálica
que forma belos cristais dourados, apesar de não ser constituída de ouro. Isso levou a pirita, que na
contato com o ar, ela reage com o oxigênio e libera seu enxofre na forma de 2SO , um gás com odor
desagradável. É interessante notar que a massa do 2SO liberado é maior que a massa inicial de pirita:
por exemplo, a partir de 15 g de pirita, essa reação produz 16 g de 2SO . Isso porque a pirita é
representada por
Dados: Fe 56;= S 32;= O 16;= 1 1R 0,082 atm L mol K .− −=
a) FeS, e o gás liberado do seu aquecimento é um poluente causador de chuva ácida.
b) 2FeS , e 16 g de 2SO ocupam cerca de 6 L nas condições ambientes.
c) 2 3Fe S , e a liberação do 2SO viola a lei da conservação da massa.
d) 2Fe S, e em 16 g de 2SO há tantas moléculas quanto em 8 g de 2O .
e) 2 4Fe SO , e o gás liberado é constituído de moléculas apolares.
Q
uí.
4. O consumo brasileiro total de explosivos não militares é da ordem de 200mil t / ano por empresas
mineradoras como a Vale (Carajás e Itabira), MBR, Yamana, dentre outras. O principal explosivo
empregado é o nitrato de amônio, embalado em cartuchos. Sua ação como explosivo se deve à sua
instabilidade térmica. Por meio da ignição de um sistema detonador, esse sal se decompõe resultando
em produtos gasosos de acordo com a seguinte equação química:
14 3 2 2 22
NH NO N (g) 2H O(g) O (g)→ + +
(Explosivos em Expansão, em Posto de Escuta: crônicas químicas e econômicas. Albert Hahn, Editora Cla, 2012. Adaptado)
Considerando um cartucho com a capacidade de 1,0L, contendo 160g de nitrato de amônio, no
instante da ignição, quando ocorre a completa reação de decomposição do sal a 167 C, a pressão no
interior do cartucho, no instante de sua ruptura e explosão é, em atm, igual a aproximadamente
1 1(Dado: R 0,082atm L mol K ; N 14; O 16; H 1.)− −= = = =
a) 21,0 10 .
b) 31,0 10 .
c) 22,5 10 .
d) 32,5 10 .
e) 27,0 10 .
5. Assumindo que uma amostra de gás oxigênio puro, encerrada em um frasco, se comporta idealmente,
o valor mais próximo da densidade, em 1gL ,−
desse gás a 273 K e 1,0 atm é:
Considere: 1 1R 0,082 atm L mol K− −=
12M(O ) 32 g mol−=
a) 1,0 b) 1,2 c) 1,4 d) 1,6 e) 1,8
6. A tabela abaixo apresenta informações sobre cinco gases contidos em recipientes separados e selados.
Recipiente Gás Temperatura (K) Pressão (atm) Volume (l)
1 O3 273 1 22,4
2 Ne 273 2 22,4
3 He 273 4 22,4
4 N2 273 1 22,4
5 Ar 273 1 22,4
Qual recipiente contém a mesma quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L, contendo
H2, mantido a 2 atm e 273 K?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
Q
uí.
7. Créditos de carbono são certificações dadas a empresas, indústrias e países que conseguem reduzir a
emissão de gases poluentes na atmosfera. Cada tonelada de CO2 não emitida ou retirada da atmosfera
equivale a um crédito de carbono. (http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2012/04/credito-carbono. Adaptado)
Utilizando-se 1 1R 0,082 atm L mol K ,− −= a quantidade de CO2 equivalente a 1 (um) crédito de
carbono, quando coletado a 1,00 atm e 300 K, ocupa um volume aproximado, em m3, igual a
Dados: C = 12; O = 16.
a) 100. b) 200. c) 400. d) 600. e) 800.
8. O rótulo de uma lata de desodorante em aerosol apresenta, entre outras, as seguintes informações:
. A principal razão dessa advertência é:
a) O aumento da temperatura faz aumentar a pressão do gás no interior da lata, o que pode causar
uma explosão.
b) A lata é feita de alumínio, que, pelo aquecimento, pode reagir com o oxigênio do ar.
c) O aquecimento provoca o aumento do volume da lata, com a consequente condensação do gás
em seu interior.
d) O aumento da temperatura provoca a polimerização do gás butano, inutilizando o produto.
e) A lata pode se derreter e reagir com as substâncias contidas em seu interior, inutilizando o produto.
9. Enquanto estudava a natureza e as propriedades dos gases, um estudante anotou em seu caderno as
seguintes observações sobre o comportamento de 1 litro de hidrogênio e 1 litro de argônio,
armazenados na forma gasosa à mesma temperatura e pressão:
I. Têm a mesma massa.
II. Comportam-se como gases ideais.
III. Têm o mesmo número de átomos.
IV. Têm o mesmo número de mols.
É correto o que o estudante anotou em
a) I, II, III e IV. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) II e IV, apenas. e) III e IV, apenas.
10. O Brasil é um grande exportador de frutas frescas, que são enviadas por transporte marítimo para
diversos países da Europa. Para que possam chegar com a qualidade adequada ao consumidor
europeu, os frutos são colhidos prematuramente e sua completa maturação ocorre nos navios, numa
câmara contendo um gás que funciona como um hormônio vegetal, acelerando seu amadurecimento.
Esse gás a 27 C tem densidade 11,14 g L− sob pressão de 1,00 atm. A fórmula molecular desse gás é
Dado: 1 1R 0,082 atm L mol K− −=
a) Xe. b) 3O .
c) 4CH .
d) 2 4C H .
e) 2 4N O .
Q
uí.
11. Incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado, potencialmente perigosa para os seres vivos. Para
cada classe de fogo existe pelo menos um tipo de extintor. Quando o fogo é gerado por líquidos
inflamáveis como álcool, querosene, combustíveis e óleos, os extintores mais indicados são aqueles
com carga de pó químico ou gás carbônico.
Considerando-se a massa molar do carbono = 12 g.1mol− , a massa molar do oxigênio = 16 g.
1mol− e
R = 0,082 atm.L.1mol− .K 1, o volume máximo, em litros, de gás liberado a 27ºC e 1 atm, por um extintor
de gás carbônico de 8,8 kg de capacidade, é igual a:
a) 442,8. b) 2 460,0. c) 4 477,2. d) 4 920,0. e) 5 400,0.
12. Um laboratório químico descartou um frasco de éter, sem perceber que, em seu interior, havia ainda
um resíduo de 7,4 g de éter, parte no estado líquido, parte no estado gasoso. Esse frasco, de 0,8 L de
volume, fechado hermeticamente, foi deixado sob o sol e, após um certo tempo, atingiu a temperatura
de equilíbrio T = 37 ºC, valor acima da temperatura de ebulição do éter. Se todo o éter no estado
líquido tivesse evaporado, a pressão dentro do frasco seria
NOTE E ADOTE
No interior do frasco descartado havia apenas éter.
Massa molar do éter = 74 g
K = ºC + 273
R (constante universal dos gases) = 0,08 atm.L / (mol.K)
a) 0,37 atm. b) 1,0 atm. c) 2,5 atm. d) 3,1 atm. e) 5,9 atm.
13. O gás hélio é utilizado para encher balões e bexigas utilizados em eventos comemorativos e em festas
infantis. Esse gás pode ser comercializado em cilindros cujo conteúdo apresenta pressão de 150 bar a
300 K. Considerando-se que 1 atm = 1 bar, e que a massa de gás He no cilindro é 170 g, então, o valor
que mais se aproxima do volume de gás hélio contido naquele cilindro a 300 K é:
Dado: R = 0,082 atm.L.K 1.mol 1 a) 14 L. b) 7,0 L. c) 1,0 L. d) 500 mL. e) 140 mL.
14. A oxigenoterapia, tratamento terapêutico com gás oxigênio, é indicada para pacientes que apresentam
falta de oxigênio no sangue, tais como portadores de doenças pulmonares. O gás oxigênio usado
nesse tratamento pode ser comercializado em cilindros a elevada pressão, nas condições mostradas
na figura.
Q
uí.
No cilindro, está indicado que o conteúdo corresponde a um volume de 3 m3 de oxigênio nas
condições ambientes de pressão e temperatura, que podem ser consideradas como sendo 1 atm e 300
K, respectivamente.
Dado R = 0,082 atm.L.K-1.mol-1, a massa de oxigênio, em kg, armazenada no cilindro de gás
representado na figura é, aproximadamente:
a) 0,98. b) 1,56. c) 1,95. d) 2,92. e) 3,90.
15. Os desodorantes do tipo aerossol contêm em sua formulação solventes e propelentes inflamáveis. Por
essa razão, as embalagens utilizadas para a comercialização do produto fornecem no rótulo algumas
instruções, tais como:
- Não expor a embalagem ao sol.
- Não usar próximo a chamas.
- Não descartar em incinerador.
Uma lata desse tipo de desodorante foi lançada em um incinerador a 25 ºC e 1 atm. Quando a
temperatura do sistema atingiu 621 ºC, a lata explodiu. Considere que não houve deformação durante
o aquecimento. No momento da explosão a pressão no interior da lata era
a) 1,0 atm. b) 2,5 atm. c) 3,0 atm. d) 24,8 atm. e) 30,0 atm.
Q
uí.
QUESTÃO CONTEXTO
Um submarino com 1200 litros de O2 no estado gasoso encontram-se a uma pressão de 760 mmHg e à
temperatura de 300 K. Ao sofrer uma expansão isotérmica, seu volume passa para 1500 litros. Qual será a
nova pressão do gás?
Q
uí.
GABARITO
Exercícios
1. a
Aplicando a equação de estado para um gás ideal, vem:
1 1
1 1
1 1
mmHg LR 62,3 62,3 mmHg L K mol
K mol
V 50 L
m 2,5 mol
P 1.246 mmHg
P V n R T
1.246 mmHg 50 L 2,5 mol 62,3 mmHg L K mol T
1.246 mmHg 50 LT
2,5 mol 62,3 mmHg L K mol
T 400 K
− −
− −
− −
= =
=
=
=
=
=
=
=
2. b
Em cada abertura da garrafa ocorre o escape de gás carbônico 2(CO ) e a pressão interna diminui e se
iguala à externa, ou seja, 1atm.
Quando a garrafa é novamente fechada, a pressão interna aumenta com a liberação de gás carbônico,
porém não atinge o valor inicial de 3,5 atm.
Quanto mais gás escapa, menor a pressão interna após cada abertura. Este comportamento é mostrado
no gráfico [B].
3. b
A pirita possui persulfeto de ferro 2(FeS ) .
2 2 2FeS 2 O 2 SO Fe
120 g
+ → +
2 64 g
15 g
2SO
16 g
m 16n 0,25 mol
M 64= = =
Condições ambientes: 25 C (298 K) e 1atm.
1 1R 0,082 atm L mol K
P V n R T
1 V 0,25 0,082 298
V 6,109 L 6 L
− −=
=
=
=
Q
uí.
4. c
Teremos:
4 3
14 3 2 2 22
3,5 mols de gases
NH NO 80
NH NO 1N (g) 2H O(g) O (g)
80 g
=
→ + +1 4 4 4 4 4 2 4 4 4 4 4 3
3,5 mols
160 g gases
gases
1 1
2 2
n
n 7 mols
P V n R T
V 1,0 L
R 0,082 atm.L.mol .K
T 167 273 440 K
P 1,0 7 0,082 440
P 252,56 atm 2,5256 10 atm 2,5 10 atm
− −
=
=
=
=
= + =
=
= =
5. c
1
P V n R T
mP V R T
M
P M d R T
P M 32 1d 1,43 g L
R T 0,082 273
−
=
=
=
= = =
6. c
Cálculo da quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L, contendo H2, mantido a 2 atm e
273 K:
P V n R T
R constante
De acordo com a tabela :
T cons tante
V cons tante
Vn P
R T
n k P
=
=
=
=
=
=
2
n k 2 2k
Para o hidrogênio (H ) :
n 2 2k 4k
= =
= =
O número de mols é diretamente proporcional à pressão, então:
Recipiente Gás Temperatura
(K)
Pressão
(atm)
Volume
(l)
n
(mol)
Átomos
(mol)
1 O3 273 1 22,4 k 3k
2 Ne 273 2 22,4 2 k 2 k
3 He 273 4 22,4 4 k 4 k
4 N2 273 1 22,4 k 2k
5 Ar 273 1 22,4 k k
O gás do recipiente 3 (He) contém a mesma quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L,
contendo H2, mantido a 2 atm e 273 K, ou seja, 4k átomos.
Q
uí.
7. d
1 crédito equivale a 1 tonelada 6(10 g) de CO2, então:
6
6
3 3 3
mP V R T
M
101,00 V 0,082 300
44
V 0,559 10 L
V 559 10 L 559 m 600 m
=
=
=
= =
8. a
O aumento da temperatura faz aumentar a pressão do gás no interior da lata, o que pode causar uma
explosão do gás butano.
9. d
Análise das anotações:
I. Anotação incorreta. As massas são diferentes.
De acordo com o princípio de Avogadro, nas mesmas condições de temperatura e pressão o mesmo
volume de um gás possui o mesmo número de moléculas.
= = =
= =
2 2
22
2 2
H HAr ArH Ar
H Ar
Ar H Ar H
m mm mn n
M M 2 40
40m m m 20 m
2
II. Anotação correta. Comportam-se como gases ideais, ou seja, o volume das moléculas e a atração
intermolecular são desprezíveis e os choques são considerados perfeitamente elásticos.
III. Anotação incorreta. A molécula de hidrogênio tem dois átomos e o argônio é monoatômico.
IV. Anotação correta. Têm o mesmo número de mols, de acordo com a hipótese de Avogadro.
10. d
Teremos:
2 4
m m P MP V R T
M V R T
P M d R Td M
R T P
1,14 0.082 300M 28,044 28 g/mol
1
C H (eteno ou etileno) 28 g/mol
= =
= =
= = =
=
11. d
Teremos:
−=
= = = =
2
1COM 44 g.mol
m 88008,8 kg 8800 g n 200 mols
M 44
Q
uí.
− −
=
= =
= + =
=
=
=
1 1
P V n R T
P 1 atm; R 0,082 atm.K mol .K
T 27 273 300 K
n 200 mols
1 V 200 0,082 300
V 4920,0 L
12. d
A partir da equação de Clapeyron (equação do estado de um gás), vem:
P V = m
M R T
P 0,8 = 7,4
74 0,08 (37 + 273)
P = 3,1 atm
13. b
Da equação de estado de um gás, vem:
=
= = = =
mP.V .R.T
M
170 x 0,082 x 300m.R.TV V 6,97 L 7 L
P.M 150 x 4
14. e
Ao considerarmos um gás ideal dentro de um cilindro, poderemos calcular o número de mols desse gás
se soubermos os valores da pressão, da temperatura e do volume utilizando a equação do estado do gás
ideal:
Na qual:
P = pressão do gás
V = volume do gás
n = número de mols do gás
R = constante universal dos gases ideais
T = temperatura absoluta (Kelvin)
Como n = m/M (onde M é a massa molar do gás), substituindo esta expressão na equação anterior,
também podemos utilizar:
Teremos:
V = 3 m3 = 3000 L
P = 1 atm
M(O2) = 32 g/mol
T = 300 K
Substituindo na equação acima vem:
1 x 3000 = (m/32) x 0,082 x 300
m = 3902,4 g ou 3,9 kg
15. c
A partir da equação geral para um gás ideal, teremos:
inicial inicial final final
inicial final
P V P V
T T
1 atm V
=
finalP V
298 K
=
final
(273 621) K
P 3,0 atm
+
=
Q
uí.
Questão Contexto
P.V / T inicial = P . V / T final - isotermica, nao varia a temperatura
Logo,
P . V inicial = P. V final
760 . 1200 = Pfinal . 1500
P final = 608 mmHg
R
ed
.
Red.
Professor: Carol Achutti
Monitor: Pamela Puglieri
R
ed
.
Argumentação e utilização da
coletânea
23
mai
RESUMO
Ao elaborar uma redação de caráter dissertativo, é importantíssimo ter uma linha argumentativa.
Lembre que o que define um texto dissertativo é justamente não ser meramente expositivo, mas uma tomada
de posição sobre um assunto. Isso quer dizer que, ao escrever, deve-se defender um ponto de vista com uma
argumentação coerente.
Para elaborar uma boa linha argumentativa, é recomendável utilizar-se dos textos da coletânea, que
servem de base para se pensar o tema proposto. Entretanto, é preciso atentar-se para que não haja cópia
desses textos, o que anularia a redação.
A construção da argumentação (ou seja, do ponto de vista adotado) é essencial para um bom texto.
Para isso, ela deve ser:
coerente: manter a coerência argumentativa é importante para um bom texto e é um dos critérios de
avaliação. É importante não se contradizer a si próprio (escrevendo no desenvolvimento algo que contradiga
a tese, por exemplo) nem as informações prévias de mundo.
não infrigir os Direitos Humanos: qualquer linha argumentativa que vá contra os Direitos Humanos é suficiente
para anular uma redação
A utilização dos textos da coletânea é relevante ao se escrever uma redação por diversos motivos.
Primeiramente, a leitura atenta dos textos e sua compreensão evita a possibilidade de fuga do tema. Além
disso, esses textos são importantes para criar um repertório adequado, mesmo num assunto em que não se
tem muita familiaridade. Por fim, pode-se depreender da coletânea alguma linha argumentativa, já que ela
costuma apresentar diferentes posições sobre o objeto, o que ajuda a pensar mais sobre o tema.
Atente-se para a proposta de redação abaixo, da FUVEST 2010, e observe algumas redações
exemplares como essas constroem uma linha argumentativa e o quanto disso é retirada da coletânea.
R
ed
.
Redações exemplares
1.
R
ed
.
2.
R
ed
.
3.