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2018 Semana 14 14____1 8 mai Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Bixo SP

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2018 Semana 1414____1 8mai

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

Bixo SP

B

io.

Bio.

Professor: Brenda Braga

Monitor: Carolina Matucci

B

io.

Geração de energia e

desenvolvimento sustentável

17

mai

RESUMO

GERAÇÃO DE ENERGIA

Energia solar: proveniente do Sol, uma fonte inesgotável. Os painéis solares possuem células fotoelétricas

que transformam a energia proveniente dos raios solares em energia elétrica. Tem a vantagem de não

produzir danos ao meio ambiente.

Energia nuclear: energia térmica transformada em energia elétrica. É produzida nas usinas nucleares por

meio de processos físico-químicos.

Energia eólica: utilizada, com o auxílio de turbinas, para produzir energia elétrica. Não causa danos

ambientais e tem baixo custo de produção em relação a outras fontes alternativas de energia. Já foi

utilizada para produzir energia mecânica nos moinhos.

Energia mecânica: usada nas indústrias automobilísticas para trabalhos pesados.

Hidrelétricas: obtenção de energia pela força das águas. Essa energia é produzida pelo aproveitamento

do potencial hidráulico, ou seja, da força das águas dos rios, mediadas pela construção de usinas

hidrelétricas.

Petróleo: elemento importante nos meios de transporte, além de também poder ser utilizado na fabricação

de produtos derivados, notadamente o plástico. A queima dos combustíveis oriundos do petróleo é

responsável pela emissão de poluentes na atmosfera.

Carvão mineral: utilizado a partir das revoluções industriais resultantes do capitalismo e é ainda hoje uma

fonte de energia bastante utilizada em todo o mundo, perdendo somente para o petróleo. A queima do

carvão mineral é considerada ainda mais poluente que a do petróleo.

Gás natural: mistura de hidrocarbonetos leves na forma gasosa, tais como o metano, etano, propano,

butano e outros. Contrário do petróleo e do carvão mineral, o gás natural é menos poluente, embora a sua

combustão ainda sim apresente alguns níveis de poluição que causam danos à atmosfera.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

É o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de

atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o

futuro.

O desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos

naturais são finitos e, sugere qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e

produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem. O conceito de desenvolvimento sustentável não se

limita apenas à noção de preservação dos recursos naturais. Para construir sociedades sustentáveis é

necessário ter por princípio, a equidade econômica, a justiça social, o incentivo à diversidade cultural e

defesa do meio ambiente.

B

io.

EXERCÍCIOS DE AULA

1. O Brasil é um dos países que apresentam os maiores potenciais hidrelétricos do mundo, o que justifica,

em partes, o fato de esse tipo de energia ser bastante utilizado no país. As usinas hidrelétricas são

bastante elogiadas por serem consideradas ambientalmente mais corretas do que outras alternativas

de produção de energia, mas vale lembrar que não existem formas 100% limpas de realizar esse

processo.

Assinale a alternativa que indica, respectivamente, uma vantagem e uma desvantagem das

hidroelétricas.

a) não emitem poluentes na atmosfera; porém não são muito eficientes.

b) são ambientalmente corretas; porém interferem diretamente no efeito estufa.

c) a produção pode ser controlada; porém os custos são muito elevados.

d) ocupam pequenas áreas; porém interferem no curso dos rios.

e) a construção é rápida; porém duram pouco tempo.

2. mais equilibrada entre as nações mais populosas ou ricas do planeta. A média mundial de uso de

energias renováveis é de 12,7%; essa média cai para 6,2% entre os 30 países-membros da Organização

para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que inclui os Estados Unidos e as mais

ricas MONTÓIA, P. Brasil: Energia múltipla. Planeta Sustentável. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br. Acesso

em: 05 jun. 2015.

Os recursos naturais renováveis e não renováveis, respectivamente, mais utilizados como fontes de

energia no Brasil são:

a) gás natural e carvão mineral petróleo e etanol

b) ventos e luz solar gás natural e hidroeletricidade

c) água e biomassa petróleo e gás natural

d) átomo e etanol carvão vegetal e gás de xisto

e) energia atômica e hidrelétrica petróleo e carvão mineral

3. A força das águas tem viabilizado a construção de usinas hidrelétricas de grande porte no Brasil, sendo

Itaipu um exemplo. Com base nos conhecimentos sobre desenvolvimento e a questão socioambiental,

considere as afirmativas a seguir.

I. A retirada das populações das áreas atingidas por construção de hidrelétricas tem produzido

impactos sociais, como o desenraizamento cultural.

II. Itaipu é um exemplo da prioridade dada à preservação dos habitat naturais no projeto nacional-

desenvolvimentista defendido pelos militares pós- 64.

III. As incertezas sobre os impactos ambientais com a construção de usinas hidrelétricas trouxeram,

por desdobramento, a formação de movimentos dos atingidos pelas barragens.

IV. A construção de hidrelétricas liga-se, também, à preocupação com a crise energética mundial

prevista para as próximas décadas.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

4. Vivemos numa sociedade extremamente consumista, havendo grande utilização dos recursos naturais

e degradação ambiental. Com os atuais modos de produção e consumo é possível alcançar o

desenvolvimento sustentável?

B

io.

5. As fontes de energia podem ser classificadas em renováveis e não renováveis, mas também em

primárias e secundárias. A primeira divisão refere-se à capacidade de recomposição de uma dada fonte

energética, enquanto a segunda está relacionada com a forma pela qual é encontrada e transformada

pelo homem.

Diante dessas considerações, analise as afirmativas a seguir:

I. O Petróleo refinado pode ser considerado uma fonte de energia secundária e não renovável.

II. A energia solar, na sua função de aquecimento do ambiente e iluminação da Terra, deve ser

entendida como uma fonte primária.

III. O Etanol, em virtude de sua produção agrícola geralmente ineficiente, não pode mais ser

considerado uma fonte de energia renovável.

IV. Podemos concluir que toda energia primária é renovável.

Estão corretas as alternativas:

a) I e II

b) II e IV

c) I, II e III

d) I, II e IV

6. Avalie as questões a seguir que tratam das fontes de energia e sua importância:

I. As fontes de energia exercem papel importante nas atividades humanas. Delas se originam

eletricidade e combustíveis, que são úteis para a produção e transporte de bens e mercadorias.

II. São as fontes de energia mais utilizadas no Brasil: petróleo, hidrelétrica, carvão mineral e

biocombustíveis.

III. A evolução das fontes de obtenção de energia teve impacto direto no trabalho humano. A

energia facilitou e agilizou as atividades produtivas.

IV. No Brasil, as fontes de energia são prioritariamente as renováveis, como a energia eólica, energia

solar e hidrelétrica.

Estão incorretas as alternativas:

a) I e IV.

b) II e III.

c) Apenas a alternativa III.

d) Apenas a alternativa IV.

e) Todas as alternativas.

7. circulação nacional, pouco antes do início do racionamento do consumo de energia elétrica, em 2001.

No Brasil, a relação entre a produção de eletricidade e a utilização de recursos hídricos, estabelecida

nessa manchete, se justifica porque:

a) a geração de eletricidade nas usinas hidrelétricas exige a manutenção de um dado fluxo de água

nas barragens.

b) o sistema de tratamento da água e sua distribuição consomem grande quantidade de energia

elétrica.

c) a geração de eletricidade nas usinas termelétricas utiliza grande volume de água para

refrigeração.

d) o consumo de água e de energia elétrica utilizadas na indústria compete com o da agricultura.

e) é grande o uso de chuveiros elétricos, cuja operação implica abundante consumo de água.

B

io.

8. amplamente empregada para designar a preservação da

natureza, com vistas à promoção de uma maior conscientização ambiental na sociedade. Esse termo

designa, especificadamente:

a) A interrupção das práticas econômicas para garantir, primeiramente, a conservação dos

elementos naturais.

b) A manutenção do desenvolvimento econômico de modo a garantir a preservação da natureza e

dos recursos naturais para as gerações futuras.

c) A adoção de medidas de expansão das áreas naturais sobre as zonas de ocupação humana, de

forma a reconstruir o império dos domínios da natureza.

d) A ampliação das medidas socioeducativas para o uso consciente da natureza, de modo a garantir,

sobretudo, o desenvolvimento econômico e urbano.

9. A ideia de desenvolvimento sustentável tem sido cada vez mais discutida junto às questões que se

referem ao crescimento econômico. De acordo com este conceito considera-se que:

a) o meio ambiente é fundamental para a vida humana e, portanto, deve ser intocável.

b) os países subdesenvolvidos são os únicos que praticam esta ideia, pois, por sua baixa

industrialização, preservam melhor o seu meio ambiente do que os países ricos.

c) ocorre uma oposição entre desenvolvimento e proteção ao meio ambiente e, portanto, é

inevitável que os riscos ambientais sustentem o crescimento econômico dos povos.

d) deve-se buscar uma forma de progresso socioeconômico que não comprometa o meio ambiente

sem que, com isso, deixemos de utilizar os recursos nele disponíveis.

e) são as riquezas acumuladas nos países ricos, em prejuízo das antigas colônias durante a expansão

colonial, que devem, hoje, sustentar o crescimento econômico dos povos.

10. Cite algumas possíveis atitudes individuais para promover o desenvolvimento sustentável.

QUESTÃO CONTEXTO

- antiga Salto Segredo -, em

Mangueirinha, no sudoeste do Paraná, causou um vazamento de óleo que atingiu o Rio Iguaçu. De acordo

com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), na tarde de quarta-feira (15), um curto circuito danificou

dois transformadores. Barreiras de contenção conseguiram conter parte do óleo, porém cerca de mil litros

http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2015/04/acidente-em-usina-hidreletrica-no-rio-iguacu-provoca-vazamento-de-

oleo.html

As hidrelétricas são muito comuns no Brasil e servem como fonte de energia. Porém, além de gerar

energia, elas também geram impactos ambientais, como o descrito acima. Cite alguns impactos que as

hidrelétricas causam no ambiente, animais e população de onde são construídas.

B

io.

GABARITO

Exercícios de aula

1. c

Entre as vantagens das hidroelétricas: não emitem poluentes, são renováveis, a produção pode ser

controlada ou administrada; possui uma eficiência considerável; duram muito tempo.

Entre as desvantagens: não são totalmente corretas no campo do meio ambiente; ocupam grandes

áreas; possuem custos elevados de construção; interferem nos cursos d'água; a construção é

demorada.

2. c

Os dois recursos mais utilizados como fontes renováveis de energia no Brasil são a água

(hidroeletricidade) e a biomassa (biocombustíveis).

Já os recursos não renováveis mais empregados no Brasil são o petróleo e o gás natural.

3. e

I. Verdadeira: Registra-se a ocorrência de problemas sociais advindos da retirada de populações de

pequenas cidades em função das inundações de grandes áreas para a geração de eletricidade, dentre

eles o desenraizamento cultural das populações atingidas.

II. Falsa: Itaipu não pode considerada um exemplo de preservação dos habitat naturais, uma vez que a

sua barragem ocupa várias extensões de regiões naturais.

III. Verdadeira: O MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), dentre outras organizações do mesmo

tipo, pretende defender e auxiliar as populações que sofrem com as inundações de áreas ocasionadas

pelas barragens das hidroelétricas.

IV. Verdadeira: Uma das estratégias brasileiras para evitar e combater as crises energéticas são as

hidroelétricas.

4. Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de

que os recursos naturais são finitos. Essa forma de desenvolvimento socioeconômico pressupõe a

utilização de formas mais racionais de exploração da natureza. Portanto, para que seja realizado o

desenvolvimento econômico aliado à preservação ambiental, faz-se necessário a utilização racional dos

recursos naturais, redução do uso de matérias primas, aumento da reutilização e reciclagem, utilização

de fontes energéticas renováveis, entre outros fatores.

5. a

O Petróleo é um recurso finito e como foi primeiramente refinado antes de ser utilizado e transformado

em outros elementos, como o diesel e a gasolina, tornou-o um recurso secundário; a energia solar pode

ser uma fonte primária, pois é utilizada diretamente pelo ser humano; o etanol é uma fonte de energia

renovável, pois sua produção acompanha a demanda de sua utilização; uma fonte primária refere-se à

forma de utilização de uma fonte de energia, e não às suas características em si mesmas.

6. d

Embora tenha havido uma ampliação da produção e utilização da energia eólica e solar no Brasil, a matriz

energética do país ainda está centrada nas seguintes fontes de energia: petróleo, hidrelétrica, carvão

mineral e biocombustíveis.

7. a

a) a geração de eletricidade nas usinas hidrelétricas exige a manutenção de um dado fluxo de água nas

barragens.

B

io.

Comentário: Correto: para o sistema hidroelétrico funcionar é necessário um mínimo que é adquirido

através da recarga de mananciais e da captação de bacias hidrográficas.

b) o sistema de tratamento da água e sua distribuição consomem grande quantidade de energia elétrica.

Comentário: Incorreto: incorreto, o sistema de tratamento de água e distribuição não fazem parte do

assunto abordado no texto.

c) a geração de eletricidade nas usinas termelétricas utiliza grande volume de água para refrigeração.

Comentário: Incorreto: a refrigeração pode ser feita com água reciclada e não potável.

d) o consumo de água e de energia elétrica utilizadas na indústria compete com o da agricultura.

Comentário: Incorreto: o sistema de distribuição atende todos os setores sem a necessidade de

competição, o sistema de geração de energia elétrica muitas vezes está conectado ao sistema de

captação na realidade brasileira

e) é grande o uso de chuveiros elétricos, cuja operação implica abundante consumo de água.

Comentário: Incorreto: o uso doméstico de água é expressivo mas não é o que mais utiliza água no

cenário brasileiro, a indústria e a agricultura consomem mais dependendo da região e da economia.

8. b

O desenvolvimento sustentável visa à utilização dos recursos naturais e da natureza de modo a garantir

sua disponibilidade para as gerações futuras, isso sem necessariamente comprometer o desenvolvimento

econômico das nações.

9. d

O desenvolvimento socioeconômico deve ser planejado, e os recursos naturais são de fundamental

importância nesse processo, no entanto, devem ser utilizados com responsabilidade, de forma que não

prejudique as futuras gerações.

10. É de fundamental importância que haja uma mudança comportamental individual para que ocorra uma

mudança em outras escalas. Algumas atitudes são:

-Evitar o consumismo desnecessário;

-Diminuir o desperdício de água;

-Adquirir produtos biodegradáveis;

-Evitar os produtos descartáveis;

-Utilização de iluminação natural ou lâmpadas de baixo consumo;

-Realizar a conscientização ambiental em seu ciclo social.

Questão Contexto

Os principais impactos para a construção de hidrelétricas são: deslocamento de populações que vivem na

área; animais são retirados e/ou perdem seu habitat natural, morte de peixes e outros organismos, devido à

força das águas, desmatamento, perda da biodiversidade local.

F

il.

Fil.

Professor: Gui de Franco

Monitor: Debora Andrade

F

il.

Exercícios de revisão 18

mai

EXERCÍCIOS

1. O trecho abaixo faz uma referência ao procedimento investigativo adotado por Sócrates.

-me quando falo ou me encontro

no desempenho de minha missão, quer se trate de moço ou velho (...) me disponho a responder a

todos por igual, assim os ricos como os pobres, ou se o preferirem, a formular-lhes perguntas, ouvindo

PLATÃO. Apologia de Sócrates. Belém: EDUFPA, 2001. (33a b)

a) Sócrates nada ensina porque apenas transmite aquilo que ouve do seu daímon. Seu procedimento

consiste em discursar, igualmente para qualquer ouvinte, com longos discursos demonstrativos

retirados da tradição poética ou com perguntas que levam o interlocutor a fazer o mesmo. A ironia

é o expediente utilizado contra os adversários, cujo objetivo é somente a disputa verbal.

b) A profissão de ignorância e a ironia de Sócrates fazem parte do seu procedimento geral de

refutação por meio de perguntas e respostas breves (o élenkhos), e constituem um meio de

reverter os argumentos do interlocutor para fazê-lo cair em contradição. A refutação socrática

revela a presunção de saber do adversário, pela insuficiência de suas definições e pela aporia.

c) Sócrates nunca ensina pessoa alguma, porque a profissão de ignorância caracteriza o modo pelo

qual encoraja seus discípulos a adquirirem sabedoria diretamente do deus do Oráculo de Delfos.

A ironia socrática é uma dissimulação que, pela zombaria, revela as verdadeiras disposições do

pequeno número dos que se encontram aptos para a Filosofia.

d) Sócrates nunca ensina pessoa alguma sem antes testar sua aptidão filosófica por meio de perguntas

e respostas. Seu procedimento consiste em destruir as definições do adversário por meio da ironia.

A ignorância socrática encoraja o adversário a revelar suas opiniões verdadeiras que, pela

refutação, dão a medida da aptidão para a vida filosófica

2. Do lado oposto da caverna, Platão situa uma fogueira fonte da luz de onde se projetam as sombras

e alguns homens que carregam objetos por cima de um muro, como num teatro de fantoches, e são

desses objetos as sombras que se projetam no fundo da caverna e as vozes desses homens que os

prisioneiros atribuem às sombras. Temos um efeito como num cinema em que olhamos para a tela e

não prestamos atenção ao projetor nem às caixas de som, mas percebemos o som como

proveniente das figuras na tela. MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. 2001.

Explique o significado filosófico da Alegoria da Caverna de Platão, comentando sua importância para

a distinção entre aparência e essência.

3. A República de Platão consiste na busca racional de uma cidade ideal. Sua intenção é pensar a política

para além do horizonte da decadência da cidade-Estado no século de Péricles. O esquema a seguir

mostra como se organizam as classes, segundo essa proposta.

F

il.

Com base na obra de Platão e no esquema, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

( ) As três imagens do Bem na cidade justa de Platão, o Anel de Giges, a Imagem da Linha e a da

Caverna, correspondem, respectivamente, à organização das três classes da República.

( ) Na cidade imaginária de Platão, em todas as classes se contestam a família nuclear e a propriedade

privada, fatores indispensáveis à constituição de uma comunidade ideal.

( ) Na cidade platônica, é dever do filósofo supri-la materialmente com bens duráveis e alimentos,

bem como ser responsável pela sua defesa.

( ) O conceito de justiça na cidade platônica estende-se do plano político à tripartição da alma, o que

significa que há justiça na República mesmo havendo classes e diferenças entre elas.

( ) O filósofo, pertencente à classe dos magistrados, é aquele cuja tarefa consiste em apresentar a

ideia do Bem e ordenar os diferentes elementos das classes, produzindo a sua harmonia.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

a) V V F F F.

b) V F V V F.

c) F V V F V.

d) F V F V F.

e) F F F V V.

4. A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida

Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos

que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas,

Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria

ignorância.

a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.

b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da

filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.

c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a filosofia é o saber que estabelece verdades

dogmáticas a partir de métodos rigorosos.

F

il.

d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos,

preocupando-se apenas com causas abstratas.

5. Para

natureza (physei), é feito para a vida da cidade (bios politikós, a comunidade política). Essa definição

revela a intenção teleológica do filósofo na caracterização do sentido último da vida do homem: o

viver na polis, onde o homem se realiza como cidadão (politai) manifestando, no termo de um processo

de constituição de sua essência, a sua natureza.

Sobre a natureza política do ser humano, de acordo com o pensamento de Aristóteles, não é correto

afirmar que:

a)

desvio semântico resultou num sentido alargado do termo grego que acabou se identificando com

o social. Para Aristóteles, o social significava mais o instinto gregário, algo que os homens

compartilham com algumas espécies de animais.

b) O simples viver junto, em sociedade, não caracteriza a destinação última do homem: a

deve almejar a organização política, que é uma forma

superior. A partir da compreensão da natureza do homem determinados aspectos da vida social

adquirem um estatuto eminentemente político, tais como: a noção de governo, de dominação, de

liberdade, de igualdade, do que é comum, do que é próprio, entre outras.

c) Aristóteles acreditava que a sociedade nascia de um consenso, e que, portanto, não era natural, a

despeito da natureza política do homem. Isso implica em que, o homem poderia viver fora da

comunidade política.

d) Entre os filósofos contemporâneos, Marx é um daqueles que faz referência explicita ao

pensamento aristotélico e a sua definição de homem como animal político, especialmente em Os

fundamentos da crítica da economia política escrito em 1857/1858.

e) Reconhecer a natureza política do homem é, para Aristóteles, uma forma de publicizar a ética de

forma a considerá-la como uma instância de governo das relações sociais que tem sempre em vista

o Bem coletivo.

6. rminar de que maneira, e com quem e por que motivos, e por quanto tempo

devemos encolerizar-nos; às vezes nós mesmos louvamos as pessoas que cedem e as chamamos de

amáveis, mas às vezes louvamos aquelas que se encolerizam e as chamamos de viris. Entretanto, as

pessoas que se desviam um pouco da excelência não são censuradas, quer o façam no sentido do mais,

quer o façam no sentido do menos; censuramos apenas as pessoas que se desviam consideravelmente,

pois estas não passarão despercebidas. Mas não é fácil determinar racionalmente até onde e em que

medida uma pessoa pode desviar-se antes de tornar-se censurável (de fato, nada que é percebido

pelos sentidos é fácil de definir); tais coisas dependem de circunstâncias específicas, e a decisão

depende da percepção. Isto é bastante para determinar que a situação intermediária deve ser louvada

em todas as circunstâncias, mas que às vezes devemos inclinar-nos no sentido do excesso, e às vezes

no sentido da falta, pois assim atingiremos mais facilmente o meio-termo e Aristóteles. Ética a Nicômaco. Livro II. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 150. Coleção Os Pensadores.

Uma vez que Aristóteles antes define as virtudes como disposições de caráter e, na passagem,

acrescenta que as virtudes situam-se num -

Por quê?

7. Em meados do século IV a.C., Alexandre Magno assumiu o trono da Macedônia e iniciou uma série de

conquistas e, a partir daí, construiu um vasto império que incluía, entre outros territórios, a Grécia. Essa

dominação só teve fim com o desenvolvimento de outro império, o romano. Esse período ficou

conhecido como helenístico e representou uma transformação radical na cultura grega. Nessa época,

um pensador nascido em Élis, chamado Pirro, defendia os fundamentos do ceticismo. Ele fundou uma

escola filosófica que pregava a ideia de que:

a) seria impossível conhecer a verdade.

b) seria inadmissível permanecer na mera opinião.

c) os princípios morais devem ser inferidos da natureza.

F

il.

d) os princípios morais devem basear-se na busca pelo prazer.

8. Afirma o filósofo Epicuro (séc. III a.C.), conhecido pela defesa de uma filosofia hedonista:

primitivo e natural

e é a partir dele que se determinam toda escolha e toda recusa e é a ele que retornamos sempre,

medindo todos os bens pelo cânon do sentimento. Exatamente porque o prazer é o bem primitivo e

natural, não escolhemos todo e qualquer prazer; podemos mesmo deixar de lado muitos prazeres

(EPICURO, A vida feliz. In: ARANHA, M. L.; MARTINS, M. P. Temas de filosofia. 3.ª ed. rev. São Paulo: Moderna, 2005, p.

228.)

Considerando os conceitos de Epicuro, é correto afirmar que

(01) estudar todo dia não é bom porque a falta de prazer anula todo conhecimento adquirido.

(02) todas as escolhas são prazerosas porque naturalmente os seres humanos rejeitam toda dor.

(04) comer uma refeição nutritiva e saborosa em demasia é ruim porque as consequências são danosas

ao bem estar do corpo.

(08) a beleza corporal é uma finalidade da vida humana porque o prazer de ser admirado é a maior

felicidade para o ser humano.

(16) o prazer não é necessariamente felicidade porque ele pode gerar o seu contrário, a dor.

SOMA: ( )

9. Segundo o texto abaixo, de Agostinho de Hipona (354-430 d. C.), Deus cria todas as coisas a partir de

modelos imutáveis e eternos, que são as ideias divinas. Essas ideias ou razões seminais, como também

são chamadas, não existem em um mundo à parte, independentes de Deus, mas residem na própria

mente do Criador,

divinas, imutáveis e eternas razões de todas as

Considerando as informações acima, é correto afirmar que se pode perceber:

a) que Agostinho modifica certas ideias do cristianismo a fim de que este seja concordante com a

filosofia de Platão, que ele considerava a verdadeira.

b) uma crítica radical à filosofia platônica, pois esta é contraditória com a fé cristã.

c) a influência da filosofia platônica sobre Agostinho, mas esta é modificada a fim de concordar com

a doutrina cristã.

d) uma crítica violenta de Agostinho contra a filosofia em geral.

10. tianiza Aristóteles. Fique claro que ele

nunca pensou que, com a razão se pudesse entender tudo; não, ele continuou acreditando que tudo

se compreende pela fé: só quis dizer que a fé não estava em desacordo com a razão, e que, portanto,

era possível dar-se

É correto afirmar, segundo esse texto, que:

a) Tomás de Aquino, com a ajuda da filosofia de Aristóteles, conseguiu uma prova científica para as

certezas da fé, por exemplo, a existência de Deus.

b) Tomás de Aquino se empenha em mostrar os erros da filosofia de Aristóteles para mostrar que esta

filosofia é incompatível com a doutrina cristã.

c) o estudo da filosofia de Aristóteles levou Tomás de Aquino a rejeitar as verdades da fé cristã que

não fossem compatíveis com a razão natural.

d) a atitude de Tomás de Aquino diante da filosofia de Aristóteles é de conciliação desta filosofia com

as certezas da fé cristã.

11. Bruno ter extraído dela certas conseqüências filosóficas. Bem depressa Giordano Bruno estava a afirmar

F

il.

a infinidade do mundo. Rejeitava, pois, por completo, a noção de "centro do universo". O Sol, perdido

DELUMEAU, Jean. "A civilização do Renascimento". Lisboa: Editorial Estampa, 1994. p. 147. [Adaptado].

O texto refere-se à importância dos pronunciamentos de Giordano Bruno para a constituição da noção

moderna de Universo, que se relaciona com

a) a definição de um Universo concebido como fechado e finito.

b) o abandono da idéia de um Universo criado por Deus.

c) a ruptura da concepção geocêntrica do Universo.

d) a percepção de que o Universo é contido numa esfera.

e) a compreensão heliocêntrica do Universo.

12. Coube ao cientista italiano Galileu Galilei, que viveu no final do Renascimento, definir os princípios

que até hoje orientam a pesquisa científica. Ele defendia a plena liberdade de pesquisa e afirmava que

os conhecimentos científicos devem ser avaliados exclusivamente à luz da observação, da razão e da

experimentação.

Comente essas ideias e discorra sobre a influência da atividade científica para a formação da

consciência dos seres humanos.

.

F

il.

GABARITO

Exercícios

1. b

A ironia socrática não é nem dissimulação, nem mera disputa verbal, tampouco uma refutação de

opiniões verdadeiras. Trata-se sim de um procedimento purgativo, que tinha como objetivo fazer o

interlocutor reconhecer sua própria ignorância, a fim de que ele pudesse buscar retamente o

conhecimento.

2. A Alegoria da Caverna foi usada por Platão para demonstrar a concepção de que vivemos em um mundo

que é apenas reflexo do mundo verdadeiro, isto porque o apreendemos pelos sentidos e não pela razão.

Esta condição do ser humano privado de razão o coloca em um estado de ignorância, a caverna escura,

na qual fica acorrentado. O homem, na alegoria, não vê as imagens do mundo exterior, fica de costas e

acompanha seus reflexos no fundo da caverna. O reflexo é a aparência, percebida pelos sentidos, e a

realidade exterior à caverna é a essência, à qual o homem chega apenas pelo pensamento, pela razão.

Para Platão, portanto, a transição da aparência para a essência se daria pelo uso da razão.

3. e

Na pólis ideal de Platão, a sociedade seria dividida em três classes, cada uma responsável pela realização

de uma tarefa específica: a manutenção da subsistência da sociedade, a defesa da sociedade e o governo

da sociedade. Os filósofos, pautados pelo conhecimento da Ideia do Bem, de que apenas eles dispõem,

teriam o último papel e receberiam para isto uma formação adequada, vivendo também um tipo de vida

muito diferente daquele dos da classe dos trabalhadores: entre os filósofos não haveria nem propriedade

privada nem casamento.

4. a Correta.

b) Incorreta. Reconhecer sua própria ignorância não era um exercício de humildade apenas na cultura

dos sábios do passado. Além disso, a função da filosofia não era reproduzir os ensinamentos dos filósofos

gregos; Sócrates era grego, viveu no período hoje denominado Antiguidade Clássica, e ele e seus

contemporâneos produziam hipóteses e pensamentos sobre os mais variados assuntos concernentes à

sua sociedade e cultura.

c) Incorreta. A filosofia não estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.

Diferentemente das ciências naturais e exatas, ela permite abordagens mais plurais dos mais variados

temas, estabelecendo múltiplas interpretações sobre seus objetos.

d) Incorreta. A filosofia não se preocupa apenas com questões abstratas, mas também com questões

práticas. A cidadania, os direitos dos cidadãos e a organização da sociedade eram temas de interesse e

cuja materialidade podia ser sentida no cotidiano da população grega.

5. c

Na perspectiva aristotélica, o homem é naturalmente um ser social e naturalmente um ser político. Estas

duas realidades são indissociáveis, isto é, não basta reconhecer que o homem tem um instinto gregário,

uma inclinação à convivência (isto outros animais também possuem). É preciso notar que o homem tem

uma tendência a viver em comunidades politicamente organizadas.

6. O vício é uma disposição de caráter (para agir e sentir), é um hábito, uma maneira de agir. Porque o vício

situa-se num excesso ou numa falta. Porque o vício se origina nas ações, assim como a virtude (uma vez

que ambos estão no mesmo espectro contínuo, no qual a virtude é o meio-termo).

7. a

Segundo o ceticismo, é impossível estabelecer qualquer tipo de conhecimento seguro, sobre o que quer

que seja.

8. 4 + 16.

F

il.

A questão visa mostrar que Epicuro não é um hedonista, defensor de uma busca irracional e irresponsável

pelo prazer. Assim, para filósofo o, diferente do que diz (02), nem todas as escolhas são boas ou

prazerosas. Da mesma maneira, segundo ele, diferente do que diz (08), o prazer de ser admirado não é o

maior, uma vez que o bem da alma está acima do be do corpo. Por fim, para Epicuro, e diferente do que

diz (01), é perfeitamente legítimo suportar dor por longo tempo em vista de um bem maior.

9. c

Agostinho aproxima-

stancia-se de Platão na medida em que defende

10. d

Tal como todos os grandes filósofos medievais, Santo Tomás teve como grande projeto revelar a unidade

entre fé e razão, ainda que reconhecendo as diferenças entre ambas. No seu caso, tratava-se de conciliar

em especial a doutrina cristã com a filosofia de Aristóteles.

11. c

A mais famosa tese de Giordano Bruno, segundo a qual o universo é infinito e, portanto, não tem centro,

está diretamente conectada à crítica do geocentrismo feita por Nicolau Copérnico, bem como sua defesa

do heliocentrismo.

12. O aspecto histórico da questão diz respeito ao esforço de Galileu para argumentar em favor da distinção

entre a verdade da religião e o conhecimento científico, de modo que ficasse claro a dependência da

primeira em relação à revelação e à Igreja, e a autonomia do segundo, cuja verdade deve pautar-se

exclusivamente por sua comprovação, racionalidade e verificação. Quanto ao método científico

proposto por Galileu, ele envolvia estes procedimentos de observação dos fenômenos, de formulação

teórica (sobretudo matemática) de sua explicação e a realização de experiências para suscitar

explicações ou para comprovar ou refutar as que tivessem sido concebidas.

F

ís.

Fís.

Professor: Silvio Sartorelli

Monitor: Arthur Vieira

F

ís.

Exercícios de lançamento horizontal e

oblíquo

17

mai

RESUMO

• Lançamento Horizontal

O lançamento horizontal é aquele que ocorre quando a velocidade do objeto é horizontal e a partir

daí ele fica sob ação exclusiva da gravidade.

Os casos comuns são aqueles em que um avião lança uma bomba, uma bola rola sobre uma mesa

e cai ou semelhantes.

Para resolver um problema de lançamento horizontal é preciso entender que o movimento é o

resultado de dois movimentos:

No eixo horizontal o objeto não possui nenhuma aceleração, fazendo, portanto, um movimento

uniforme (e usando as equações de MU).

No eixo vertical o corpo executa uma queda livre sob ação da gravidade (usa-se, portanto, as

equações contraídas de MUV equações da queda livre).

Um detalhe importante é perceber que (sem resistência do ar) um objeto abandonado em

movimento por outro, continua exatamente abaixo dele. É o caso do avião que solta uma bomba.

A velocidade horizontal da bomba será a mesma do avião, a diferença é que ela se afastará da linha

horizontal que foi largada em queda livre.

Os vetores velocidade horizontal e velocidade vertical são ilustrados na figura a seguir.

Veja que a velocidade horizontal V0x fica constante todo o tempo de queda, enquanto a velocidade

vertical inicia-se no zero e vai aumentando. A velocidade do objeto é a soma vetorial das

componentes e ficará tangente à trajetória.

F

ís.

• Lançamento Oblíquo

O lançamento oblíquo é o resultado de um lançamento vertical (para cima) com um movimento

uniforme para frente.

A trajetória parabólica do lançamento oblíquo é resultado da junção desses dois movimentos.

Conceitualmente é importante entender que a velocidade horizontal não se modifica, enquanto

que a velocidade vertical vai diminuindo na subida (até se anular) e então começar o processo de

queda livre.

Para um lançamento com velocidade V0 e ângulo θ com a horizontal, temos:

No eixo x usamos as equações de UM:

No eixo y usamos as equações de MUV (geralmente com orientação do sentido positivo para cima)

onde V0y=V0senθ.

Os problemas de lançamento oblíquo em que o objeto sai de um plano e retorna ao mesmo plano

são mais simples, pois o tempo de subida é igual ao de descida e assim o problema pode ser

resolvido usando a ideia de queda livre e suas equações contraídas.

Pode-se demonstrar que o alcance desse lançamento é:

Assim, o alcance máximo desse lançamento ocorre para θ = 45o.

EXERCÍCIOS DE AULA

F

ís.

1. O gol que Pelé não fez

Na copa de 1970, na partida entre Brasil e Tchecoslováquia, Pelé pega a bola um pouco antes do meio

de campo, vê o goleiro tcheco adiantado, e arrisca um chute que entrou para a história do futebol

brasileiro. No início do lance, a bola parte do solo com velocidade de 108 km/h (30 m/s), e três

segundos depois toca novamente o solo atrás da linha de fundo, depois de descrever uma parábola no

ar e passar rente à trave, para alívio do assustado goleiro.

Na figura vemos uma simulação do chute de Pelé.

Considerando que o vetor velocidade inicial da bola após o chute de Pelé fazia um ângulo de 30°

com a horizontal (sen30° = 0,50 e cos30° = 0,85) e desconsiderando a resistência do ar e a rotação da

bola, pode-se afirmar que a distância horizontal entre o ponto de onde a bola partiu do solo depois

do chute e o ponto onde ela tocou o solo atrás da linha de fundo era, em metros, um valor mais

próximo de

a) 52,0. b) 64,5. c) 76,5. d) 80,4. e) 86,6.

2. Um míssil AX100 é lançado obliquamente, com velocidade de 800 m s, formando um ângulo de 30,0

com a direção horizontal. No mesmo instante, de um ponto situado a 12,0 km do ponto de lançamento

do míssil, no mesmo plano horizontal, é lançado um projétil caça míssil, verticalmente para cima, com

o objetivo de interceptar o míssil AX100. A velocidade inicial de lançamento do projétil caça míssil, para

ocorrer a interceptação desejada, é de

a) 960 m s

b) 480 m s

c) 400 m s

d) 500 m s

e) 900 m s

3. Na modalidade esportiva do salto à distância, o esportista, para fazer o melhor salto, deve atingir a

velocidade máxima antes de saltar, aliando-a ao melhor ângulo de entrada no momento do salto que,

nessa modalidade, é o 45 . Considere uma situação hipotética em que um atleta, no momento do

salto, alcance a velocidade de 43,2 km h, velocidade próxima do recorde mundial dos 100 metros

rasos, que é de 43,9 km h. Despreze o a

saltador como um ponto material situado em seu centro de gravidade.

Nessas condições, qual seria, aproximadamente, a distância alcançada no salto?

Adote o módulo da aceleração da gravidade igual a 210 m s .

Dados: sen 45 cos 45 0,7 = =

F

ís.

a) 7 m

b) 10 m

c) 12 m

d) 14 m

4. Uma esfera é lançada com velocidade horizontal constante de módulo v=5 m/s da borda de uma mesa

horizontal. Ela atinge o solo num ponto situado a 5 m do pé da mesa conforme o desenho abaixo.

Desprezando a resistência do ar, o módulo da velocidade com que a esfera atinge o solo é de:

Dado: Aceleração da gravidade: g=10 m/s2 a) 4 m / s

b) 5 m / s

c) 5 2 m / s

d) 6 2 m / s

e) 5 5 m / s

5. A fotografia mostra um avião bombardeiro norte-americano B52 despejando bombas sobre

determinada cidade no Vietnã do Norte, em dezembro de 1972.

Durante essa operação, o avião bombardeiro sobrevoou, horizontalmente e com velocidade vetorial

constante, a região atacada, enquanto abandonava as bombas que, na fotografia tirada de outro avião

F

ís.

em repouso em relação ao bombardeiro, aparecem alinhadas verticalmente sob ele, durante a queda.

Desprezando a resistência do ar e a atuação de forças horizontais sobre as bombas, é correto afirmar que:

a) no referencial em repouso sobre a superfície da Terra, cada bomba percorreu uma trajetória

parabólica diferente. b) no referencial em repouso sobre a superfície da Terra, as bombas estavam em movimento retilíneo

acelerado. c) no referencial do avião bombardeiro, a trajetória de cada bomba é representada por um arco de

parábola. d) enquanto caíam, as bombas estavam todas em repouso, uma em relação às outras. e) as bombas atingiram um mesmo ponto sobre a superfície da Terra, uma vez que caíram verticalmente.

6. Os gráficos abaixo foram obtidos da trajetória de um projétil, sendo y a distância vertical e x a distância

horizontal percorrida pelo projétil. A componente vertical da velocidade, em m/s, do projétil no

instante inicial vale:

Dado: 2

g 10 m s=r

a) zero b) 5,0 c) 10 d) 17 e) 29

7. Um zagueiro chuta uma bola na direção do atacante de seu time, descrevendo uma trajetória

parabólica. Desprezando-se a resistência do ar, um torcedor afirmou que

I. a aceleração da bola é constante no decorrer de todo movimento.

II. a velocidade da bola na direção horizontal é constante no decorrer de todo movimento.

III. a velocidade escalar da bola no ponto de altura máxima é nula.

Assinale

a) se somente a afirmação I estiver correta. b) se somente as afirmações I e III estiverem corretas. c) se somente as afirmações II e III estiverem corretas. d) se as afirmações I, II e III estiverem corretas. e) se somente as afirmações I e II estiverem corretas.

8. Em um jogo de futebol, o goleiro, para aproveitar um contra-ataque, arremessa a bola no sentido do

campo adversário. Ela percorre, então, uma trajetória parabólica, conforme representado na figura,

em 4 segundos.

F

ís.

Desprezando a resistência do ar e com base nas informações apresentadas, podemos concluir que os

módulos da velocidade V,ur

de lançamento, e da velocidade HV ,ur

na altura máxima, são, em metros por

segundos, iguais a, respectivamente,

Dados:

sen 0,8;

cos 0,6.

β

β

=

=

a) 15 e 25.

b) 15 e 50.

c) 25 e 15.

d) 25 e 25.

e) 25 e 50.

9. Para um salto no Grand Canyon usando motos, dois paraquedistas vão utilizar uma moto cada, sendo

que uma delas possui massa três vezes maior. Foram construídas duas pistas idênticas até a beira do

precipício, de forma que no momento do salto as motos deixem a pista horizontalmente e ao mesmo

tempo. No instante em que saltam, os paraquedistas abandonam suas motos e elas caem praticamente

sem resistência do ar.

As motos atingem o solo simultaneamente porque

a) possuem a mesma inércia.

b) estão sujeitas à mesma força resultante.

c) têm a mesma quantidade de movimento inicial.

d) adquirem a mesma aceleração durante a queda.

e) são lançadas com a mesma velocidade horizontal.

10. Um projétil é lançado obliquamente, a partir de um solo plano e horizontal, com uma velocidade que

forma com a horizontal um ângulo α e atinge a altura máxima de 8,45 m. Sabendo que, no ponto mais alto da trajetória, a velocidade escalar do projétil é 9,0 m / s, pode-se

afirmar que o alcance horizontal do lançamento é:

Dados:

intensidade da aceleração da gravidade 2g 10 m / s=

despreze a resistência do ar

a) 11,7 m

b) 17,5 m

c) 19,4 m

d) 23,4 m

e) 30,4 m

F

ís.

11. Na Antiguidade, algumas pessoas acreditavam que, no lançamento obliquo de um objeto, a resultante

das forças que atuavam sobre ele tinha o mesmo sentido da velocidade em todos os instantes do

movimento. Isso não está de acordo com as interpretações científicas atualmente utilizadas para

explicar esse fenômeno.

Desprezando a resistência do ar, qual é a direção e o sentido do vetor força resultante que atua sobre

o objeto no ponto mais alto da trajetória? a) Indefinido, pois ele é nulo, assim como a velocidade vertical nesse ponto.

b) Vertical para baixo, pois somente o peso está presente durante o movimento.

c) Horizontal no sentido do movimento, pois devido à inércia o objeto mantém seu movimento.

d) Inclinado na direção do lançamento, pois a força inicial que atua sobre o objeto é constante.

e) Inclinado para baixo e no sentido do movimento, pois aponta para o ponto onde o objeto cairá.

12. Um lançador de granadas deve ser posicionado a uma distância D da linha vertical que passa por um

ponto A. Este ponto está localizado em uma montanha a 300 m de altura em relação à extremidade

de saída da granada, conforme o desenho abaixo.

A velocidade da granada, ao sair do lançador, é de 100 m s e forma um ângulo “ ”α com a horizontal;

a aceleração da gravidade é igual a 210 m s e todos os atritos são desprezíveis. Para que a granada

atinja o ponto A, somente após a sua passagem pelo ponto de maior altura possível de ser atingido por

ela, a distância D deve ser de:

Dados: =Cos 0,6;α =Sen 0,8.α

a) 240 m

b) 360 m

c) 480 m

d) 600 m

e) 960 m

13. Do alto de uma montanha em Marte, na altura de 740 m em relação ao solo horizontal, é atirada

horizontalmente uma pequena esfera de aço com velocidade de 30 m/s. Na superfície deste planeta a

aceleração gravitacional é de 3,7 m/s2. A partir da vertical do ponto de lançamento, a esfera toca o solo numa distância de, em metros,

a) 100

b) 200

c) 300

d) 450

e) 600

14. Em um experimento escolar, um aluno deseja saber o valor da velocidade com que uma esfera é

lançada horizontalmente, a partir de uma mesa. Para isso, mediu a altura da mesa e o alcance horizontal

atingido pela esfera, encontrando os valores mostrados na figura.

F

ís.

A partir dessas informações e desprezando as influências do ar, o aluno concluiu corretamente que a

velocidade de lançamento da esfera, em m/s, era de

a) 3,1

b) 3,5

c) 5,0

d) 7,0

e) 9,0

15. Dois amigos, Berstáquio e Protásio, distam de 25,5 m. Berstáquio lança obliquamente uma bola para

Protásio que, partindo do repouso, desloca-se ao encontro da bola para segurá-la. No instante do

lançamento, a direção da bola lançada por Berstáquio formava um ângulo θ com a horizontal, o que

permitiu que ela alcançasse, em relação ao ponto de lançamento, a altura máxima de 11,25 m e uma

velocidade de 8 m/s nessa posição. Desprezando o atrito da bola com o ar e adotando g = 10m/s2,

podemos afirmar que a aceleração de Protásio, suposta constante, para que ele consiga pegar a bola

no mesmo nível do lançamento deve ser de

a) 1

2m/s2

b) 1

3m/s2

c) 1

4m/s2

d) 1

5m/s2

e) 1

10m/s2

F

ís.

QUESTÃO CONTEXTO

Um jogador de futebol do Real Madrid chuta uma bola a 30 m do gol adversário. A bola descreve uma

trajetória parabólica, passa por cima da trave e cai a uma distância de 40 m de sua posição original. Se, ao

cruzar a linha do gol, a bola estava a 3 m do chão, a altura máxima por ela alcançada esteve entre

a) 4,1 e 4,4 m. b) 3,8 e 4,1 m. c) 3,2 e 3,5 m. d) 3,5 e 3,8 m.

F

ís.

GABARITO

Exercícios

1. c

Dados: v0 = 30 m/s; θ = 30°; sen 30° = 0,50 e cos 30° = 0,85 e t = 3 s.

A componente horizontal da velocidade (v0x) mantém-se constante. O alcance horizontal (A) é dado por:

( )( )0x 0A v t A v cos30 t A 30 0,85 3

A 76,5 m.

= = =

=

2. c

O míssil AX100 é lançado simultaneamente com o projétil. Logo:

y(AX100) (AX100)

p y(AX100)

0 0

0 0

V V sen30 (1)

V V (2)

=

=

Substituindo (1) em (2), temos:

p (AX100)

p p

0 0

0 0

V V sen30

1V 800 V 400 m s

2

=

= =

3. d

2

20

43,2

V 3,6S sen2 S sen90

g 10

S 14,4 m S 14 m

Δ θ Δ

Δ Δ

= =

=

4. e

O tempo de queda da esfera é igual ao tempo para ela avançar 5 m com velocidade horizontal constante

de v0 = 5 m/s.

0

x 5t 1 s.

v 5= = =

A componente vertical da velocidade é:

( )y 0y y yv v g t v 0 10 1 v 10 m/s.= + = + =

Compondo as velocidades horizontal e vertical no ponto de chegada:

2 2 2 2 20 yv v v v 5 10 v 125

v 5 5 m/s.

= + = + =

=

5. a

Como o avião bombardeiro tem velocidade horizontal constante, as bombas que são abandonadas têm

essa mesma velocidade horizontal, por isso estão sempre abaixo dele. No referencial do outro avião que

segue trajetória paralela à do bombardeiro, o movimento das bombas corresponde a uma queda livre,

uma vez que a resistência do ar pode ser desprezada. A figura mostra as trajetórias parabólicas das

bombas 1 2 3B , B , B e 4B abandonadas, respectivamente, dos pontos 1 2 3P , P , P e 4P no referencial em

repouso sobre a superfície da Terra.

F

ís.

6. e

Do primeiro gráfico extraímos que no eixo x foi deslocado 4 m enquanto que no eixo y houve 20 m de

deslocamento. Há necessidade de se saber qual o tempo em que isto ocorreu e visualizamos no segundo

gráfico a informação de posição em x e tempo. Esta componente tem uma dependência linear com o

tempo (no eixo horizontal temos um MRU) e retiramos o tempo para um deslocamento horizontal de 4

m a fim de equalizar com a informação do primeiro gráfico.

t 4 16t 0,8 s

4 20 20= = =

O movimento vertical representa um movimento retilíneo uniformemente variado, sendo a equação da

posição vertical dada por:

20 0y

1y y v t gt

2= + −

Substituindo os valores:

20y

0y

20 0 v 0,8 5 (0,8)

20 3,2v 29 m / s

0,8

= + −

+= =

7. e

[I] Correta. Se a resistência do ar é desprezível, durante todo o movimento a aceleração da bola é a

aceleração da gravidade.

[II] Correta. A resultante das forças sobre a bola é seu próprio peso, não havendo forças horizontais sobre

ela. Portanto, a componente horizontal da velocidade é constante.

[III] Incorreta. A velocidade escalar da bola no ponto de altura máxima é igual a componente horizontal

da velocidade em qualquer outro ponto da trajetória.

8. c

No eixo horizontal, o movimento é uniforme com velocidade constante Hv , portanto com a distância

percorrida e o tempo, podemos calculá-la.

H H Hs 60 m

v v v 15 m st 4 s

Δ

Δ= = =

F

ís.

Com o auxílio da trigonometria e com a velocidade horizontal Hv , calculamos a velocidade de

lançamento v.

H Hv v 15 m scos v v 25 m s

v cos 0,6β

β= = = =

Portanto, na ordem solicitada na questão a resposta correta é alternativa [C].

9. d

Sendo desprezível a resistência do ar, durante a queda as duas motos adquirem a mesma aceleração, que

é a aceleração da gravidade ( )a g .=r r

10. d

Sabendo que no ponto mais alto da trajetória (ponto de altura máxima) a componente vertical da

velocidade é nula, pode-se calcular o tempo de descida do projétil.

y

2

máx o

2

g tS h v

2

10 t8,45

2

t 1,3 s

Δ

= = +

=

=

Como o tempo de descida é o mesmo da subida, então temos que o tempo total do movimento é o

dobro da descida.

Analisando somente o movimento na horizontal, podemos analisa-lo como um movimento retilíneo

uniforme (MRU). Assim,

x TS v t

S 9 2,6

S 23,4 m

Δ

Δ

Δ

=

=

=

11. b

No ponto mais alto da trajetória, a força resultante sobre o objeto é seu próprio peso, de direção vertical

e sentido para baixo.

12. d

Decompondo a velocidade em componentes horizontal e vertical, temos:

x 0

y 0

V V .cos 100x0,6 60 m/s

V V .sen 100x0,8 80 m/s

α

α

= = =

= = =

Na vertical o movimento é uniformemente variado. Sendo assim:

2 2 2y y

1S V .t gt 300 80t 5t t 16t 60 0

2Δ = + → = − → − + =

Como o projétil já passou pelo ponto mais alto, devemos considerar o maior tempo (10s).

Na horizontal, o movimento é uniforme. Sendo assim:

x xS V .t D 60x10 600mΔ = → = =

13. e

O movimento na vertical é uniformemente variado:

2 20

1 1S V .t at 740 3,7t t 20s

2 2 = + → = → =

F

ís.

O movimento na horizontal é uniforme:

S V.t 30 20 600m = = =

14. d

Como a esfera caiu de 0,80 m podemos calcular o tempo de queda.

S = S0 + v0.t + gt2/2

0,80 = 0 + 0 + 10.t2/2

0,80 = 5.t2

0,16 = t2 → t = 0,4 s

Este também é o tempo de avanço da bolinha.

Como na horizontal não existem forças durante a queda, na horizontal o movimento é uniforme.

S 2,80v 7 m / s

t 0,4

= = =

15. b

Dados: D = 25,5 m; H = 11,25 m; vx = 8 m/s; g = 10 m/s2.

Sabemos que no ponto mais alto a componente vertical (vy) da velocidade é nula. Aplicando, então, a

equação de Torricelli ao eixo y:

( )( )2 2 2y 0y 0y 0y

0y

v v 2 g y 0 v 2 g H v 2 g H 2 10 11,25 225

v 15 m / s.

Δ= − = − = = =

=

Aplicando a equação da velocidade, também no eixo y, calculemos o tempo de subida (ts).

0yy 0y 0y s s s

v 15v v g t 0 v g t t t 1,5 s.

g 10= − = − = = =

O tempo total (tT) é:

( )T s Tt 2 t 2 1,5 t 3 s.= = =

Na direção horizontal a componente da velocidade (vx) é constante. O alcance horizontal (A) é, então:

( )x TA v t A 8 3 A 24 m.= = =

Para pegar a bola, Protásio deverá percorrer:

S D A 25,5 24 S 1,5 m.Δ Δ= − = − =

Como a aceleração é suposta constante, o movimento é uniformemente variado. Então:

( )22 2

T1 1 1

S a t 1,5 a 3 a m / s .2 2 3

Δ = = =

Questão Contexto B

OBS: Essa questão foi cobrada na prova de Matemática, mas admite solução através de conceitos Físicos,

aliás, solução bem mais simples e curta. Serão dadas aqui as duas soluções.

1ª Solução (Matemática):

Encontremos, primeiramente, a equação da parábola que passa pelos pontos dados:

F

ís.

A equação reduzida da parábola de raízes x1 e x2 é: ( )( )1 2y a x x x x .= − −

Nesse caso temos: x1 = 0 e x2 = 40.

Substituindo esses valores na equação dada:

( )( ) 2y a x 0 x 40 y ax 40ax.= − − = −

Para x = 30 y = 3. Então:

( ) ( )2 1

3 a 30 40a 30 3 900a 1200a a .100

= − = − = −

Assim, a equação da parábola mostrada é:

2 2x 1 x 2

y 40 x y x.100 100 100 5

− = − − = − +

Para x = 20 h = H. Então:

( )( )

220 2

H 20 H 4 8 100 5

H 4 m.

= − + = − +

=

2ª Solução (Física):

Pela regra de Galileu, sabemos que, para qualquer movimento uniformemente variado (M.U.V.) com

velocidade inicial nula, os espaços percorridos em intervalos de tempo (t) iguais e subsequentes, as

distâncias percorridas são: d, 3d, 5d, 7d...

Ora, a queda livre e o lançamento horizontal na direção vertical são movimentos uniformemente variados a

partir do repouso, valendo, portanto a regra de Galileu. Assim, se a distância de queda num intervalo de

tempo inicial (t) é h, nos intervalos iguais e subsequentes as distâncias percorridas na queda serão: 3h, 5h,

7h...

O lançamento oblíquo, a partir do ponto mais alto (A), pode ser considerando um lançamento horizontal.

Como a componente horizontal da velocidade inicial se mantém constante (vx = v0x), os intervalos de tempo

de A até B e de B até C são iguais, pois as distâncias horizontais são iguais (10 m).

Assim, se de A até B a bola cai h, de B até C ela cai 3h, como ilustrado na figura.

Então:

3h 3 h 1 m.

Mas : H 3h h 3 1 H 4 m.

= =

= + = + =

3ª Solução (Física):

Como as distâncias horizontais percorridas entre A e B e entre B e C são iguais, os intervalos de tempo entre

esses pontos também são iguais, pois a componente horizontal da velocidade se mantém constante (vx = v0x).

Assim, se o tempo de A até B é t, de A até C é 2t.

F

ís.

Equacionando a distância vertical percorrida na queda de A até B e de A até C, temos:

( )

2

2 2

gA B : h t

2 H 4h.

g gA C : H 2t H 4 t

2 2

→ =

=

→ = =

Mas, da Figura: H h 3 4h h 3 h 1 m.− = − = =

Como H 4h H 4 m.= =

G

eo

.

Geo.

Professor: Claudio Hansen

Monitor: Bruna Cianni

G

eo

.

União Europeia e EUA no

contexto migratório

14

mai

RESUMO

Migrante é todo aquele indivíduo que se desloca de um local para outro em busca de melhores condições

que aquelas encontradas na área de origem. Nesse sentido, existem alguns termos que ajudam a entender se

essa pessoa está saindo ou chegando. São eles:

➢ Emigrante: refere-se ao indivíduo ou população que sai de uma área.

➢ Imigrante: refere-se ao indivíduo ou população que chega em uma área.

Devido aos fatores atrativos e repulsivos, é possível falar de países de emigrantes e de imigrantes. Nos últimos

anos, os principais movimentos migratórios adquiriram um caráter econômico em que alguns países se

destacaram como países de emigração, como México, Índia e Cuba, e outros como países de imigração,

como Canadá, Estados Unidos e Austrália. O exemplo mais conhecido de migração mundial é a de latinos

para os Estados Unidos, destacando-se a migração ilegal através da fronteira México-Estados Unidos, apesar

de ser completamente fechada, com a presença de câmeras, sensores, muros e guardas, cenário que tende

a se agravar com a política Trump. Visando à redução da entrada de latinos, o país adotou diversas medidas,

como a legalização dos latinos que já residem no país, o fortalecimento da fronteira e o estímulo à instalação

de indústrias maquiladoras no México. Em alguns casos, a realidade enfrentada pelos migrantes em seu novo

local de residência é diferente do esperado, enfrentando a exploração de mão de obra, o preconceito

(xenofobia) e a ausência de direitos

sociais.

Os refugiados

Definem-se como refugiados pessoas que deixam seus países para escapar da guerra e da perseguição

(política, econômica, étnica, religiosa) e que podem provar isso de alguma forma. Diferenciar o que é um

imigrante de um refugiado parece ser complexo. A questão é saber se a pessoa está sendo empurrada para

fora de seu país ou se está sendo atraída por outro país. De acordo com a Convenção de Refugiados de

1951, realizada pela ONU, desde que solicitado o asilo, essas pessoas não podem ser enviadas de volta aos

países onde suas vidas são ameaçadas. Nos últimos anos, tem-se observado o grande número de migrantes

em direção à Europa, sobretudo indivíduos advindos da Síria e da Líbia. Entre as razões desse deslocamento,

destaca-se a guerra civil, como a verificada na Síria, com a atuação do Estado Islâmico, que gera uma

instabilidade política no país. Países do norte da África também compõem um grande número de imigrações

para a Europa. Isso ocorre pois o continente europeu é abastado economicamente e está cercado por países

passando por dificuldades econômicas e sociais. Ao mesmo tempo que parece justo a tentativa de começar

uma nova vida em outro país, a Europa pode se complicar no planejamento, uma vez que o contingente

populacional cresce bastante, e assim a concorrência por empregos, demanda por políticas de direitos e

infraestrutura são cada vez mais demandadas. Apesar disso, tanto no caso dos EUA como no da Europa, os

imigrantes passam a compor a renda dos países por serem uma parcela significativa que acaba encontra

nichos de trabalho para se estabelecer.

EXERCÍCIOS

1. Com base no mapa e nos seus conhecimentos sobre as migrações internacionais, assinale a alternativa

INCORRETA:

G

eo

.

a) Alguns países europeus e os EUA apresentam um significativo número de cidades com grandes

contingentes de população imigrante.

b) A União Européia e os EUA têm estabelecido rigorosos controles de imigração, sobretudo em

relação aos imigrantes ilegais vindos do Canadá.

c) Os países americanos, em particular os EUA, receberam um número significativo de imigrantes

europeus até meados do século passado.

d) A Europa ocidental caracteriza-se atualmente por ser um pólo de atração de imigrantes, o que tem

levado a uma regulamentação mais severa no controle da imigração.

e) O Oriente Médio, a Austrália e a China apresentam algumas cidades com grandes contingentes de

população imigrante.

2. Logo após a entrada de milhares de imigrantes norte africanos na Itália, em abril deste ano, o presidente

da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro ministro da Itália, Silvio Berlusconi, fizeram as seguintes

declarações a respeito de um consenso entre países da União Europeia (UE) e associados.

Queremos mantê-lo vivo, mas para isso é preciso reformá-lo. - Nicolas Sarkozy

Não queremos colocá-lo em causa, mas em situações excepcionais acreditamos que é preciso fazer

alterações, sobre as quais decidimos trabalhar em conjunto. - Silvio Berlusconi http://pt.euronews.net. Acesso em julho/2011. Adaptado.

Sarkozy e Berlusconi encaminharam pedido à UE, solicitando a revisão do

a) Tratado de Maastricht, o qual concede anistia aos imigrantes ilegais radicados em países europeus

há mais de 5 anos.

b) Acordo de Schengen, segundo o qual Itália e França devem formular políticas sociais de natureza

bilateral.

c) Tratado de Maastricht, que implementou a União Econômica Monetária e a moeda única em todos

os países da UE.

d) Tratado de Roma, que cirou a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e suprimiu os controles

alfangedarios nas fronteiras internas.

e) Acordo de Schengen, pelo qual se assegura a livre circulação de pessoas pelos países signatários

desse acordo.

3. O número total de refugiados por causa da guerra civil na Síria chegou a 2 milhões, informa nesta terça-

feira [03. 09.2013] o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur. De acordo com um

informe da agência, não hã previsão de melhora na situação, que já dura dois anos e meio. Ainda de

acordo com o Acnur, o número de refugiados representa um salto de quase 1,8 milhão em 12 meses.

Há exato um ano, o número de sírios registrados como refugiados ou aguardando registro era de 230

mil. (http://g1 .globocom. Adaptado.)

G

eo

.

Considerando as diversas causas que determinam a natureza dos fluxos demográficos, o termo que

melhor qualifica o tipo de migração retratado no texto é migração

a) sazonal.

b) espontânea.

c) forçada.

d) pendular.

e) de retorno.

4. Um tema recorrente no debate contemporâneo é a migração global. A Organização das Nações Unidas

estima que existam 232 milhões de migrantes em todo o mundo (ONU, 2013). Há, atualmente, mais

mobilidade que em qualquer outra época da história mundial. Comparando a migração atual com a do

século XIX, é correto afirmar:

a) Até o século XIX, as nações norte-americanas destacaram-se como emissoras de migrantes,

enquanto, hoje em dia, encontram-se entre as principais receptoras desses fluxos, sobretudo os

originários do continente africano.

b) Diferentemente do que ocorreu no século XIX, os recursos envolvidos são um traço diferenciador

na atualidade, pois remessas enviadas por migrantes originários de nações pobres, como Haiti e

Jamaica, são, muitas vezes, utilizadas para sustentar suas famílias no país de origem, além de

representarem parte significativa do PIB desses países.

c) Países europeus, como Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, foram importantes emissores de migrantes

no século XIX e continuam a figurar, hoje em dia, dentre os países com maior fluxo migratório para

os EUA.

d) No século XIX, a emissão e a recepção de migrantes concentravam-se na Europa, enquanto, na

atualidade, a emissão restringe-se à América do Sul e a recepção tem alcance global.

e) O movimento migratório do continente africano para a Ásia foi significativo no século XIX e,

atualmente, apresenta importante crescimento decorrente de políticas de cooperação

internacional (Ásia/África) para o desenvolvimento socioeconômico africano, especialmente para

Angola e África do Sul.

5. Imigrantes cruzam a Macedônia para chegar ao Norte da Europa

Figura 4. Última fase do crescimento populacional

G

eo

.

Indique a afirmação correta a respeito dos grandes fluxos migratórios atuais no contexto da

globalização.

a) Envolvem imigrantes da América Latina, do norte da África e do Oriente Médio, atraídos pela

industrialização fordista da Europa e dos Estados Unidos, que gera trabalho nas fábricas e na

construção civil.

b) Direcionam-se para os países ricos ou em crescimento econômico e envolvem aquelas áreas de

expulsão, cujas populações de origem sempre tiveram culturalmente vocação para a realização de

grandes deslocamentos.

c) Resultam das diferenças entre a situação econômica dos países pobres e ricos e se direcionam para

os lugares em que as populações falam a mesma língua ou possuem proximidades culturais.

d) Assumem distintas direções, sendo que uma das rotas dos imigrantes para a Europa inicia-se em

países do Oriente Médio e da costa oriental do norte da África, indo até a Grécia, com travessia pelo

mar Mediterrâneo.

6. Os refugiados são pessoas que escaparam de conflitos armados ou perseguições. Com frequência, sua

situação é tão perigosa e intolerável que devem cruzar fronteiras internacionais para buscar segurança

acesso à assistência dos Estados, da ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e de outras

organizações. ADRIAN EDWARDS. Adaptado de acnur.org, outubro/2015.

O conceito de refugiado, apresentado no texto, está diretamente associado aos problemas políticos e

econômicos que afetam diversos países na atualidade. Nos últimos anos, a região de origem que tem

contribuído com o maior número de refugiados em direção a países da União Europeia é:

a) Leste Europeu

b) Oriente Médio

c) Extremo Oriente

d) Península Balcânica

7. Texto I

Mais de 50 mil refugiados entraram no território húngaro apenas no primeiro semestre de 2015.

de um muro de quatro metros de

altura e 175 km ao longo de sua fronteira com a Sérvia, informou o ministro húngaro das Relações

a imigração é muito demorada, e

a Hungria não pode esperar. Temos qu Disponível em: www.portugues.rfi.fr. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado).

Texto II

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) critica as manifestações de

xenofobia adotadas pelo governo da Hungria. O país foi invadido por cartazes nos quais o chefe do

executivo insta os imigrantes a respeitarem Para

o ACNUR, a medida é surpreendente, pois a xenofobia costuma ser instigada por pequenos grupos

radicais e não pelo próprio governo do país. Disponível em: http://pt.euronews.com. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado).

O posicionamento governamental citado nos textos é criticado pelo ACNUR por ser considerado um

caminho para o(a)

a) alteração do regime político.

b) fragilização da supremacia nacional.

c) expansão dos domínios geográficos.

d) cerceamento da liberdade de expressão.

e) fortalecimento das práticas de discriminação.

G

eo

.

8. As migrações transnacionais, intensificadas e generalizadas nas últimas décadas do século XX,

expressam aspectos particularmente importantes da problemática racial, visto como dilema também

mundial. Deslocam-se indivíduos, famílias e coletividades para lugares próximos e distantes,

envolvendo mudanças mais ou menos drásticas nas condições de vida e trabalho, em padrões e valores

socioculturais. Deslocam-se para sociedades semelhantes ou radicalmente distintas, algumas vezes

compreendendo culturas ou mesmo civilizações totalmente diversas. IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.

A mobilidade populacional da segunda metade do século XX teve um papel importante na formação

social e econômica de diversos estados nacionais. Uma razão para os movimentos migratórios nas

últimas décadas e uma política migratória atual dos países desenvolvidos são

a) a busca de oportunidades de trabalho e o aumento de barreiras contra a imigração.

b) a necessidade de qualificação profissional e a abertura das fronteiras para os imigrantes.

c) o desenvolvimento de projetos de pesquisa e o acautelamento dos bens dos imigrantes.

d) a expansão da fronteira agrícola e a expulsão dos imigrantes qualificados.

e) a fuga decorrente de conflitos políticos e o fortalecimento de políticas sociais.

9. Os imigrantes brasileiros enviaram US$ 7 bilhões ao país a partir dos EUA em 2006, segundo estudo do

BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) obtido pelo "Financial Times". Assim, os brasileiros só

perdem para os mexicanos (US$ 23 bilhões em 2006) no ranking de remessas de latino-americanos para

seus países de origem. Sem o dinheiro enviado pelos imigrantes, entre 8 milhões e 10 milhões de

famílias viveriam abaixo da linha da pobreza. http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=343070

Considerando as características dos movimentos demográficos atuais, analise as afirmações abaixo:

I) A fronteira mexicana e a Costa Oeste norte-americana revelam- se as principais portas de entrada

dos imigrantes ilegais, assim como os países do Mediterrâneo o são para a Europa.

II) Imigrantes geralmente são essenciais para as economias desenvolvidas, pois servem comomão-de-

obra barata e com poucos benefícios sociais e econômicos.

III) Apesar do surgimento de uma classe local de extrema direita, fortemente xenófoba e racista, nos

países ricos, o imigrante do Terceiro Mundo pode ter papel importante na reversão do

envelhecimento daquelas populações.

IV) Na realidade, o impacto da imigração ilegal pode ser sentido no elevado índice de desemprego

dos países centrais, que é maior que nos países subdesenvolvidos, pois concorrem com os baixos

salários pagos aos clandestinos.

Estão corretas:

a) apenas I.

b) apenas I e II.

c) apenas I, II e III.

d) todas as afirmações.

e) nenhuma das afirmações.

10. O entendimento dos processos sociais envolvidos nos fluxos de pessoas entre países, regiões e

continentes passa pelo reconhecimento de que sob a rubrica migração internacional estão envolvidos

fenômenos distintos, com grupos sociais e implicações diversas. A migração internacional, no

contexto da globalização, é inevitável e deve ser entendida como parte das estratégias de

sobrevivência, de impulso para alcançar novos horizontes, e a globalização, nesse contexto, age como

fator de estímulo.

Explique por que a globalização é um estímulo à migração internacional. Cite dois aspectos

ou

G

eo

.

GABARITO

Exercícios

1. b

O que é mais necessário para resolver a questão é prestar atenção no comando dela. A questão pede

uma alternativa INCORRETA. Tendo isso em mente, achamos a resposta facilmente. Não são os

2. e

O Acordo de Schengen foi consensual entre os países da União Europeia que defendiam a livre circulação

de pessoas. Com a massiva entrada de imigrantes africanos na Itália, o país cedeu documentos para que

esses imigrantes pudessem circular livremente pela Europa, fato que incomodou o governo Francês.

3. c

A migração é forçada a partir do momento em que existe um contexto de guerra onde as pessoas se

veem obrigadas a sair do território em busca de condições de sobrevivência.

4. b

A questão da migração é polemica pois os migrantes incorporados nas economias dos países

desenvolvidos se tornam parte significante do PIB e da produção daquele país. Muitas vezes eles tem

condições diferentes do trabalho, mais lucrativas para o empregador.

5. d

O principal fluxo migratório para a Europa vem do oriente médio, regiões de guerra, e do norte da África

em busca de melhores condições de vida.

6. b

Pôr no Oriente Médio existirem muitos conflitos políticos, religiosos e econômicos, e sua proximidade

com o continente mais rico do mundo, existem muitas migrações para lá.

7. e

A decisão da Hungria de construir um muro por conta própria foi mal vista por fortalecer um discurso

anti-migracionista, que não resolve os problemas da desigualdade de oportunidades e xenofobia na

região.

8. a

Para resolver a questão, deve-se ter cuidado com o comando dela, ou seja, o que a questão pede. Uma

razão para os movimentos migratórios está associada com a busca de melhores condições de vida e

emprego e uma política dos países desenvolvidos é tentar conter esse avanço.

9. c

Os países centrais não possuem mais desemprego do que os países subdesenvolvidos. Os imigrantes

ilegais dificilmente conseguem empregos formais para concorrer com os nativos.

10. O desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação, a concentração de renda e oportunidade

em determinados países, e a formação de blocos econômicos são fatores que influenciam a migração

internacional. O motivo das migrações se relaciona com a busca por melhores condições de vida.

H

is.

His.

Professor: João Daniel

Monitor: Octavio Correa

H

is.

O Processo de Independência

do Brasil 14

mai

RESUMO

D. João VI Rei de Portugal

O processo de independência brasileiro começou alguns anos antes com a vinda da corte portuguesa

para o Rio de Janeiro, o Príncipe Regente D. João (que governava em nome de sua mãe a Rainha D. Maria de

Portugal) introduziu uma série de mudanç -

infraestrutura como a Real Academia de Belas Artes e fundou o Banco do Brasil.

Essas medidas ajudaram o Brasil, mesmo ainda sob o domínio de Portugal a ter certa autonomia

política, como por exemplo, ter representantes nas Cortes portuguesas. Com a Revolução do Porto de 1820,

que exigia a volta de D. João VI (agora Rei de Portugal) para a elaboração de uma nova constituição e o

rebaixamento do Brasil á categoria de colônia a Corte portuguesa volta a Lisboa em março de 1821 deixando

como príncipe regente D. Pedro I filho de D. João.

As Cortes portuguesas continuavam a pressionar o rei pela restauração da posição de colônia do

Brasil, porém as elites econômicas brasileiras, ligadas ao café, gostaram da autonomia e dos lucros

proveniente da abertura dos portos, assim em 9 de janeiro de 1822 D. Pedro recebeu uma carta com 8.000

assinaturas dessa elite cafeeira pedindo sua permanência após várias pressões da coroa portuguesa pela sua

volta, este dia ficou conhecido como Dia Do Fico.

D. Pedro tinha o apoio de grande parte da população brasileira, porém não tinha muito apoio entre

os colonos portugueses e os administradores e militares da coroa. O general Avilés tentou forçar o embarque

do Regente, porém foi impedido pelos partidários de D. Pedro que resistiram as tropas do comandante das

forças portuguesas no Brasil.

Chegada da família real no Brasil

H

is.

O Príncipe Regente sofreu várias demissões dos seus ministros portugueses e leais as Cortes, assim

D. Pedro convocou um novo ministério com os movimentos emancipatórios sob a liderança de José

Bonifácio que era Vice-Presidente da Junta Governativa de São Paulo e convocou uma Assembleia

Constituinte.

Promulgou uma lei dizendo que todas as ordens vindas de Portugal teriam que ser aprovadas por ele,

ainda formou uma marinha de guerra contratando mercenários do Lorde Cochrane e expulsou os soldados

portugueses do território brasileiro. Na Bahia os portugueses em sua maioria comerciantes organizaram uma

resistência contra as medidas que protegiam a autonomia brasileira de D. Pedro, nesse momento o Brasil

estava praticamente independente, a autonomia de Reino Unido foi ampliada com a formação de forças

armadas independentes e a os vetos as ordens de Portugal deram uma condição de independência.

Retrato de corte de D. Pedro I

O rompimento definitivo com a metrópole veio em 7 de setembro de 1822, porém antes dessa data

as medidas de D. Pedro já tinham sido tornadas ilegais, foi ordenada o fim da Assembleia e o regresso

imediato do príncipe a Lisboa. Assim no Dia da Independência D. Pedro quando voltava de uma viajem a

Minas e São Paulo para conseguir apoio da elite agrícola, enquanto voltava de Santos recebeu uma carta

quando passava pela região do Ipiranga em São Paulo pedindo o retorno imediato. Lá D. Pedro deu o famoso

No dia 12 de outubro de 1822 D. Pedro foi aclamado Imperador do Brasil, sendo coroado como o

primeiro de seu nome (D. Pedro I) no dia 1º de dezembro do mesmo ano. Após isso se sucedeu um processo

de instalação seguido de lutas no norte como Bahia e Piauí e no sul na Província da Cisplatina que durou

praticamente até sua abdicação em 1831.

EXERCÍCIOS DE AULA

1. A vinda da Família Real ao Brasil está diretamente ligada ao seguinte episódio:

a) a adesão portuguesa ao Bloqueio Continental decretado por Napoleão;

b) o desafio de Portugal ao decreto napoleônico do Bloqueio Continental e sua aliança com a

Inglaterra;

c) a habilidade diplomática de D. João que fez aliança com a França e Inglaterra para sair da Europa

em guerra;

d) o apoio português às tropas franco-hispânicas para evitar as guerras de independência na América;

e) a articulação entre os fazendeiros de café do Vale do Paraíba e as Cortes portuguesas para a

independência do Brasil.

2. No tocante à economia açucareira do Brasil, ao longo do século XIX, podemos afirmar que:

a) praticamente desapareceu pois, o café se tornou o produto quase exclusivo das exportações.

b) regrediu consideravelmente devido à concorrência norte-americana e à introdução do açúcar de

beterraba na Europa.

H

is.

c) conheceu um relativo renascimento, graças ao fim da exploração em grande escala de metais

preciosos que drenava todos os recursos.

d) ficou estagnada, acompanhando o baixo nível das atividades econômicas em declínio após o fim

da exploração de metais preciosos em grande escala.

e) regrediu consideravelmente devido à concorrência antilhana e à introdução de açúcar de

beterraba na Europa.

3. Quando se estabelece uma comparação entre monarquia brasileira e os períodos coloniais e

republicanos, imediatamente anteriores e posteriores, é relevante mencionar que:

a) a grande marca da monarquia foi a liquidação da grande propriedade que predomina nos outros

períodos;

b) coube à República e ao Período Colonial apresentar diferenças, como o trabalho imigrante e o

escravismo, que o Império não conheceu;

c) a monarquia fez predominar uma tendência centralizadora muito contrária ao federalismo da

República e à subordinação da Colônia;

d) o Período Colonial e também a Primeira República fizeram valer apenas a autoridade nacional,

enquanto, no Império, os governos provinciais eram escolhidos por eleições locais;

e) enquanto Colônia e República apresentaram, com destaque, economias voltadas para a

exportação, em todo o Império predominou a atividade introvertida.

4. Apesar do Alvará de Liberdade Industrial de 1808, o desenvolvimento industrial brasileiro não ocorreu,

dentre outros fatores, porque:

a) a elite agrária, defensora das atividades manufatureiras, não tinha, contudo, expressão política.

b) a falta de capital anulava as vantagens da excelente rede de transportes e comunicação da época.

c) o tratado de 1810, com a Inglaterra, anulava nosso esforço industrial, já que oferecia a este país o

controle de nosso mercado.

d) embora com grande mercado e mão-de-obra qualificada, faltava-nos tecnologia.

e) a manutenção do rígido monopólio colonial impedia o sucesso de nossa industrialização.

5. Como em 1822, a união contra o perigo comum levou de vencida os adversários. O 7 de abril aparece

como o complemento necessário do 7 de setembro.

(1822 Dimensões - Carlos Guilherme Mota)

O perigo comum a que se refere o texto e a complementação referida seriam:

a) a ameaça de recolonização liderada pelo partido português derrotado na Independência e na

Abdicação a 7 de abril de 1831.

b) a oposição dos grandes proprietários, que na Independência e Abdicação pretendiam liquidar com

a escravidão.

c) o apoio dos democratas do Partido Brasileiro em ambas as ocasiões à política absolutista de Pedro

I.

d) a união da Maçonaria e Apostolado para implantar a República nestes dois momentos históricos.

e) a coincidência de projeto de nação entre as elites portuguesa e brasileira em ambas as

oportunidades.

6. "Odeio cordialmente as revoluções... Nas reformas deve haver muita prudência... Nada se deve fazer

aos saltos, mas tudo por graus como manda a natureza... Nunca fui nem serei absolutista, mas nem por

isso me alistarei jamais debaixo das esfarrapadas bandeiras da suja e caótica democracia". (José Bonifácio de Andrada e Silva, 1822.)

Analise o texto, associando-o ao processo de independência do Brasil no que se refere:

a) à forma assumida pela monarquia no Brasil.

b) à participação popular.

7. Caio Prado Júnior, falecido em novembro de 1990, foi um dos mais importantes historiadores

brasileiros deste século. No livro FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO, de 1942, escreveu

H

is.

"O início do século XIX não se assinala para nós unicamente por esses acontecimentos relevantes que

são a transferência da sede da monarquia portuguesa para o Brasil e os atos preparatórios da

emancipação política do Brasil. Ele marca uma etapa decisiva em nossa evolução e inicia em todos os

terrenos, social, político e econômico, uma fase nova."

Para cada um dos "terrenos" mencionados por Caio Prado Jr. ("social, político e econômico") indique

e analise uma transformação importante ocorrida no século XIX.

8. Realizada a emancipação política em 1822, o Estado no Brasil:

a) surgiu pronto e acabado, em razão da continuidade dinástica, ao contrário do que ocorreu com

os demais países da América do Sul.

b) sofreu uma prolongada e difícil etapa de consolidação, tal como ocorreu com os demais países da

América do Sul.

c) vivenciou, tal como ocorreu com o México, um longo período monárquico e uma curta ocupação

estrangeira.

d) desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras externas e conflitos

internos.

e) adquiriu um espírito interior republicano muito semelhante ao argentino, apesar da forma exterior

monárquica.

9. O mapa a seguir mostra a Europa Ocidental nos anos iniciais do século XIX

A situação assinalada resultou na vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808. Portanto, o mapa

retrata:

a) O Tratado de Comércio e Navegação, assinado entre D. João e Lord Strangford, que garantia

liberdade comercial para ingleses e portugueses.

b) O Tratado de Fontainebleau, assinado por França e Espanha, que supunha a invasão de Portugal e

divisão de suas colônias.

c) A Convenção Secreta, acordo entre Inglaterra e Portugal, que determinava a defesa marítima dos

lusitanos pelos ingleses.

d) o Bloqueio Continental determinado por Napoleão Bonaparte, que proibia os países europeus de

comercializarem com os ingleses.

10. Observe a charge abaixo.

H

is.

(Fonte: NOVAES, Carlos Eduardo & LOBO, César. História do Brasil para principiantes. São Paulo, Ática, 1998.)

A charge SATIRIZA

a) o estabelecimento de casas comerciais inglesas no Brasil.

b) a procura de produtos ingleses pela população devido aos baixos preços.

c) o incremento do comércio de produtos brasileiros devido ao desenvolvimento industrial.

d) a entrada maciça de produtos ingleses no Brasil após a assinatura do Tratado de 1810.

e) a política protecionista adotada por D. João VI através da concessão de privilégios aos produtos

portugueses.

11. A vinda da Corte para o Brasil marca a primeira ruptura definitiva do Antigo Sistema Colonial. (Fernando A Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1981. p. 298)

A ruptura a que o autor se refere estava intimamente relacionada, dentre outros fatores, à decisão da

Coroa portuguesa de:

a) conceder liberdade para o estabelecimento de fábricas nas cidades brasileiras.

b) interromper o comércio de escravos praticado entre a colônia e a Inglaterra.

c) proibir o comércio de manufaturas feito entre a colônia e a burguesia inglesa.

d) romper os laços comerciais com a Inglaterra por exigência dos franceses.

e) abrir os portos brasileiros ao livre-

12. Por volta de 1820, a burguesia portuguesa inicia uma revolução liberal. Controlando o poder, propõe-

se a recuperar a economia do Reino e exige medidas imediatas como:

a) alianças com a Inglaterra e acordos para iniciar a industrialização;

b) aplicação de leis protecionistas para ampliação do mercado interno português;

c) coroar D. Pedro. Imperador de Portugal e adotar uma constituição liberal;

d) desligar-se da dependência inglesa;

e) regresso de D. João VI à Metrópole e recolonização do Brasil

13. A transferência da Corte portuguesa alterou o estatuto colonial brasileiro, com a adoção de inúmeras

medidas, entre elas a assinatura da Carta Régia de 1808, que permitia a abertura dos portos brasileiros

para o exterior. Essa abertura dos portos significou para o Brasil:

H

is.

a) a proibição de instalação de manufaturas que pudessem concorrer com os produtos ingleses;

b) a manutenção do Pacto Colonial, garantindo ao Brasil o estatuto de colônia portuguesa;

c) a penetração do Brasil no mercado internacional, como parceiro igual das grandes potências

mundiais;

d) um passo no processo de emancipação política do Brasil e seu ingresso na órbita de influência

britânica;

e) a afirmação da economia brasileira, que deixa de ser área de influência norte-americana.

14. Com o desenvolvimento dos movimentos de independência dos Estados Unidos e das Américas

portuguesa e espanhola, surgiu um novo reordenamento político-econômico mundial. Com relação a

este processo, marque a alternativa CORRETA:

a) A abertura dos portos às nações amigas e os Tratados de 1810 acabaram com o monopólio colonial

português no Brasil. A maior beneficiária destas medidas foi a Inglaterra, que passou a ter o

mercado brasileiro como o maior consumidor de seus produtos industrializados;

b) A independência dos Estados Unidos, tardia em relação às outras colônias do Novo Mundo, ao

romper com o pacto colonial em meados do século XIX, abriu espaço para a ascensão holandesa

e francesa no continente norte-americano;

c) Os movimentos de independência das colônias latino-americanas, mesmo sendo conduzidos pelas

elites locais, estavam profundamente comprometidos com a expansão inglesa de Oliver Cromwell;

d) A monarquia portuguesa, ao conseguir a sua restauração após a expulsão dos exércitos

napoleônicos, aliou-se à Espanha contra a Inglaterra, reassumindo plenamente o controle da

colônia brasileira.

15. Não parece fácil determinar a época em que os habitantes da América lusitana, dispersos pela

distância, pela dificuldade de comunicação, pela mútua ignorância, pela diversidade, não raro, de

interesses locais, começam a sentir-se unidos por vínculos mais fortes do que todos os contrastes ou

indiferenças que os separam, e a querer associar esse sentimento ao desejo de emancipação política.

No Brasil, as duas aspirações a da independência e a da unidade não nascem juntas e, por longo

tempo ainda, não caminham de mãos dadas.

volume 1, 2ª ed., São Paulo: DIFEL, 1965, p. 9.

ue o autor se

refere.

b) Indique e caracterize ao menos um acontecimento histórico relacionado a cada uma das aspirações

mencionadas no item a).

QUESTÃO CONTEXTO

O período joanino preparou o Brasil para sua independência, as construções de D. João IV e a vinda de

autoridades do reino foram os fatores que deram as bases para a formação do estado brasileiro. Explique

como essas novas estruturas materiais e legislativas formaram o estado brasileiro.

H

is.

GABARITO

Exercícios

1. b

Portugal era um importante aliado dos ingleses, assim mesmo com o bloqueio continental Portugal

continuou comercializando com os ingleses, o que provocou a invasão napoleônica.

2. e

o açúcar antilhano e o da beterraba eram muito mais baratos do que o açúcar brasileiro, isso gerou uma

decadência a cultura aqui no Brasil.

3. c

a monarquia centralizou demasiadamente o poder no Brasil sendo que esse foi um dos principais motivos

para a abdicação de D. Pedro I.

4. c

os produtos ingleses dominavam o mercado brasileiro não deixando espaço para os produtos brasileiros.

5. a

a abdicação na visão do autor seria a finalização da formação do estado brasileiro, a consolidação da

independência.

6. a) o estabelecimento de uma monarquia constitucional assegurou a unidade política e territorial do Brasil

e a manutenção da estrutura aristocrática e escravista da sociedade em favor da elite agrária.

b) A participação popular na independência do Brasil, restringiu-se à Conjuração Baiana (1798) e na

Guerra de Independência (1822) nas províncias da Bahia e do Pará, na condição de massa de manobra

manipulada pela elite dominante.

José Bonifácio na sua fala é a caricatura do governo brasileiro naquele período, a independência foi uma

reforma praticamente, já que a maior parte da estrutura do período colonial foi mantida a mesma.

7. O Brasil viveu sua independência política, porém marcou-se a dependência do capitalismo inglês (divisão

internacional do trabalho) e a sociedade viveu sua organização aristocrática e a população excluída do

regime.

Apesar da mesma estrutura escravista e aristocrata a independência brasileira colocou mudanças na

realidade daqui, como a dependência das indústrias inglesas e a criação de uma nova aristocracia.

8. b

a consolidação do estado brasileiro foi longa, já que enfrentou duas guerras (independência e Cisplatina)

além das batalhas políticas internas que iriam acalmar-se relativamente no golpe da maioridade e 1840.

9. d

o bloqueio continental foi a principal razão para a vinda da corte portuguesa para o Brasil, ele previa que

os ingleses sufocariam sem matérias primas e sem vender seus produtos

10. d

os produtos ingleses entraram massivamente no mercado brasileiro depois da abertura dos portos, isso

acabou sendo quase um pagamento pela escolta dos portugueses ao Brasil.

11. e

H

is.

a abertura dos portos é uma quebra no pacto colonial já que agora os negociantes brasileiros podiam

negociar com outros países diretamente.

12. e

apesar de liberal, a revolução pedia a recolonização do Brasil a fim de recuperar a exploração econômica

exclusiva.

13. d

a abertura dos portos colocou o Brasil no capitalismo mundial, já que agora negociava diretamente com

as nações amigas.

14. a

o Brasil entrou na esfera da Inglaterra como colônia e continuou depois da independência por causa da

abertura dos portos.

15. a) As aspirações de independência e de unidade aparecem ao longo de boa parte da história colonial e

monárquica do Brasil. A repressão aos movimentos separatistas e a discussão entre federalismo e

centralismo são exemplos dessas aspirações antagônicas. A diferença está nos projetos de organização

política e econômica do Brasil. Por um lado, o separatismo e as independências, fragmentariam a América

lusitana; por outro lado, o unitarismo desejava manter, ainda que pela força, a unidade territorial e

procurava impor a construção de um país de dimensões continentais, a partir de um poder centralizado.

-se citar como exemplo a outorga da constituição de 1824, de

caráter monárquico, centralista, autoritário e sustentada politicamente no poder moderador. Entretanto,

a implementação daquela carta gerou reações em algumas províncias coadjuvantes naquela conjuntura

política. Um dos mais relevantes exemplos é a Confederação do Equador (1824), republicana e

separatista, contrapondo-se aos pilares da monarquia que surgia e servindo, portanto, como exemplo da

A unidade nacional não foi consolidada logo depois da independência, foram anos onde esta foi

conseguida definitivamente somente com o fim das revoltas regenciais.

Questão Contexto

As estruturas instaladas no Rio de Janeiro como a Academia Militar e a Academia de Belas Artes por D. João

IV eram as primeiras instaladas no Brasil, sem essas instalações e sem o fim das proibições sobre as indústrias

ou a criação do Banco do Brasil o estado não teria a mínima estrutura para funcionar.

L

it.

Lit.

Professor: Diogo Mendes

Monitor: Bruna Basile

L

it.

Romantismo: Exercícios de

aprofundamento

18

maio

EXERCÍCIOS

1. Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária, tornado mais vivo

depois da como caminho favorável à

expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e modelos que permitiam

afirmar o particularismo, e portanto a identidade, . (Antonio Candido, O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.)

Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história do

período, é correto afirmar que

a) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808, quando houve

a introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no país.

b) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais, expressando um

viés decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos.

c) os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que expressava

aspectos da natureza, da história e das sociedades locais.

d) a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à atuação dos

literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos negros.

2. Zé Araujo começou a cantar num tom triste, dizendo aos curiosos que começaram a chegar que uma

mulher tinha se ajoelhado aos pés da santa cruz e jurado em nome de Jesus um grande amor, mas

jurou e não cumpriu, fingiu e me enganou, pra mim você mentiu, pra Deus você pecou, o coração tem

razões que a própria razão desconhece, faz promessas e juros, depois esquece.

O caboclo estava triste e inspirado. Depois dessa canção que arrupiou os cabelos da Neusa, emendou

com uma valsa mais arretada ainda, cheia de palavras difíceis, mas bonita que só a gota serena. Era a

história de uma boneca encantadora vista numa vitrine de cristal sobre o soberbo pedestal. Zé Araújo

fechava os olhos e soltava a voz:

Seus cabelos tinham a cor/ Do sol a irradiar/ Fulvos raios de amor/Seus olhos eram circúnvagos/ Do

romantismo azul dos longos/ Mãos liriais, uns braços divinais,/ Um corpo alvo sem par/E os pés muito

pequenos./ Enfim eu vi nesta boneca/ Uma perfeita Vênus. CASTRO, N. L. As pelejas de Ojuara: o homem que desafiou o diabo. São Paulo: Arx, 2006. Adaptado.

O comentário do narrador do romance "[...] emendou com uma valsa mais arretada ainda, cheia de

palavras difíceis, mas bonita que só a gota serena" relaciona-se ao fato de que essa valsa é

representativa de uma variedade linguística

a) detentora de grande prestigio social.

b) específica da modalidade oral da língua.

c) previsível para o contexto social da narrativa.

d) constituída de construções sintáticas complexas.

e) valorizadora do conteúdo em detrimento da forma.

L

it.

3. O Romantismo não é só um período literário, ele também é um movimento que abarca as artes

plásticas. Assim analise as imagens a seguir.

Acerca dos textos acima, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com as F as falsas.

( ) É possível afirmar que esses textos têm em comum complexos valores ideológicos, próprios da

expressão plástica romântica.

( ) A imagem 1 expressa uma das temáticas do Romantismo, isto é, a liberdade contra a tirania.

( ) A imagem 2 dialoga com o Romantismo por tratar de uma temática cara aos românticos, que é a

exaltação do passado histórico e de caráter nacionalista.

( ) A imagem 3 expressa, de forma dramática, a tragédia de um naufrágio. Nessa obra, é possível

identificar um das características do Romantismo, a hipervalorização dos sentimentos, tanto as do

mundo físico natural como as emoções pessoais.

( ) A imagem 4 dialoga com a obra de José de Alencar, o Uraguai, cuja protagonista é Iracema.

A sequência CORRETA, de cima para baixo é:

a) V V V V F

b) F F V V F

c) F V V F F

d) V V V F V

e) V F V F V

4. Outro traço importante da poesia de Álvares de Azevedo é o gosto pelo prosaísmo e o humor, que

formam a ver- tente para nós mais moderna do Romantismo. A sua obra é a mais variada e complexa

no quadro da nossa poesia romântica; mas a imagem tradicional de poeta sofredor e desesperado

atrapalhou a reconhecer a importância de sua veia humorística.

L

it.

A veia humorística ressaltada pelo crítico Antonio Candido na poesia de Álvares de Azevedo está bem

exemplificada em:

a) Cavaleiro das armas escuras, Onde vais pelas trevas impuras Com a espada sanguenta na mão? Por

que brilham teus olhos ardentes E gemidos nos lábios frementes Vertem fogo do teu coração?

b) Ontem tinha chovido... Que desgraça! Eu ia a trote inglês ardendo em chama, Mas lá vai senão

quando uma carroça Minhas roupas tafuis encheu de lama...

c) Pálida, à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite

embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia!

d) Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de

saudades morreria Se eu morresse amanhã!

e) Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por

mim nem uma lágrima Em pálpebra demente.

5. É ela! é ela! murmurei tremendo,

e o eco ao longe murmurou é ela!

Eu a vi... minha fada aérea e pura

a minha lavadeira na janela.

Dessas águas furtadas onde eu moro

eu a vejo estendendo no telhado

os vestidos de chita, as saias brancas;

eu a vejo e suspiro enamorado!

Esta noite eu ousei mais atrevido,

nas telhas que estalavam nos meus passos,

ir espiar seu venturoso sono,

vê-la mais bela de Morfeu nos braços!

Como dormia! que profundo sono!...

Tinha na mão o ferro do engomado...

Como roncava maviosa e pura!...

Quase caí na rua desmaiado! AZEVEDO, Álvares de. É ela! É ela! É ela! É ela. In: Álvares de Azevedo. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 44.

Tanto a pintura quanto o excerto apresentados pertencem ao Romantismo. A diferença entre ambos,

porém, diz respeito ao fato de que

L

it.

a) no fragmento verifica-se o retrato de um ser idealizado, ao passo que no quadro tem-se uma figura

retratada de modo pejorativo.

b) na pintura tem-se o retrato de uma mulher de feições austeras, ao passo que no poema nota-se a

descrição de uma mulher sofisticada.

c) no excerto tem-se a descrição realista e não idealizada de uma mulher, ao passo que na pintura

retrata-se uma mulher pertencente à burguesia.

d) na imagem tem-se uma moça cuja caracterização é abstrata, ao passo que no poema tem-se uma

mulher cujo aspecto é burguês e requintado.

e) no quadro constata-se a imagem de uma moça simplória, ao passo que no poema nota-se a

caracterização de uma donzela de vida airada.

6. Alfredo Bosi, em sua História concisa da literatura brasileira, diz a respeito de Inocência, de Visconde

de Taunay:

romântico a sua versão mais sóbria. Homem de pouca fantasia, muito senso de observação, formado

no hábito de pesar com a inteligência as suas relações com a paisagem e o meio (era engenheiro,

militar e pintor), Taunay foi capaz de enquadrar a história de Inocência (1872) em um cenário e em um

conjunto de costumes sertanejos onde tudo é verossímil. Sem que o cuidado de o ser turve a atmosfera

agreste e idílica que até hoje dá um renovado encanto à leitura da obra". (BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 2003, p. 144 -145).

Com base no trecho acima, é possível dizer que:

a) Visconde de Taunay, com Inocência, é o introdutor do realismo no Brasil.

b)

c) Por sua pouca fantasia, Inocência não pode ser classificada como obra do romantismo.

d) O senso de observação de Visconde de Taunay em Inocência o leva às portas do naturalismo.

e) A fantasia, aliada ao senso de observação, tornam esta obra o melhor representante do

regionalismo ultrarromântico.

7. Ultrapassando o nível modesto dos predecessores e demonstrando capacidade narrativa bem mais

definida, a obra romanesca deste autor é bastante ambiciosa. A partir de certa altura, este autor

pretendeu abranger com ela, sistematicamente, os diversos aspectos do país no tempo e no espaço,

por meio de narrativas sobre os costumes urbanos, sobre as regiões, sobre o índio. Para pôr em prática

esse projeto, quis forjar um estilo novo, adequado aos temas e baseado numa linguagem que, sem

perder a correção gramatical, se aproximasse da maneira brasileira de falar. Ao fazer isso, estava

tocando o nó do problema (caro aos românticos) da independência estética em relação a Portugal.

Com efeito, caberia aos escritores não apenas focalizar a realidade brasileira, privilegiando as

diferenças patentes na natureza e na população, mas elaborar a expressão que correspondesse à

diferenciação linguística que nos ia distinguindo cada vez mais dos portugueses, numa grande aventura

dentro da mesma língua. (Antonio Candido. O romantismo no Brasil, 2002. Adaptado.

O comentário do crítico Antonio Candido refere-se ao escritor

a) Raul Pompeia.

b) Manuel Antônio de Almeida.

c) José de Alencar.

d) Machado de Assis.

e) Aluísio Azevedo.

L

it.

8. Analise o item que possui um trecho com características nítidas do período literário conhecido como

Romantismo:

a)

cabelos de boninas,/ Nos troncos gravarei os teus l

b) -lhe a fronte a coroa das virgens; sobe-lhe ao rosto a vemelhidão

c) -se de corpo e alma, à sedução da linda rapariga (...) quisera

saciar-se do gozo por muit

d)

e)

embriagante do vinho dos encantos da voz e do sorriso; não lhes sentem o perfume delicado de

9. Considere as afirmações a seguir, referentes às três gerações da poesia romântica brasileira.

I. Gonçalves de Magalhães, com seus Suspiros poéticos e saudades, traduz fielmente, na forma e nos

temas, o espírito do Romantismo, sendo considerado até hoje, pela crítica, como o maior expoente da

primeira geração.

II. Nos autores da segunda geração, como Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu, o nacionalismo e

o indianismo da geração precedente cedem lugar a uma poesia marcada pelo individualismo, pela

confissão íntima e pelo extravasamento subjetivo. III. Em Castro Alves, representante principal da terceira geração, a poesia social e a defesa de causas

humanitárias andam, lado a lado, com poemas dedicados à mulher e ao amor sensual.

Está correto apenas o que se afirma em:

a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.

10. Leia:

No plano estético, presencia-se a reação violenta contra os clássicos: recusando as regras, os modelos,

as normas... Aos gêneros estanques opõem a sua mistura, conforme o livre arbítrio do escritor, à ordem

clássica, a aventura, ao equilíbrio racional, a anarquia, o caos, ao universalismo estético, o

interior. (Massaud Moisés, Dicionário de Termos Literários, Cultrix, p.463)

O autor está discorrendo sobre o:

a) Barroco

b) Arcadismo ou Neoclassicismo

c) Romantismo

d) Naturalismo

e) Modernismo

11.

Quando Seixas achava-se ainda sob o império desta nova contrariedade, apareceu na sala a Aurélia

Camargo, que chegara naquele instante. Sua entrada foi como sempre um deslumbramento; todos os

olhos voltaram-se para ela; pela numerosa e brilhante sociedade ali reunida passou o frêmito das fortes

sensações. Parecia que o baile se ajoelhava para recebê-la com o fervor da adoração. Seixas afastou-

se. Essa mulher humilhava-o. Desde a noite de sua chegada que sofrera a desagradável impressão.

Refugiava-se na indiferença, esforçava-se por combater com o desdém a funesta influência, mas não

o conseguia. A presença de Aurélia, sua esplêndida beleza, era uma obsessão que o oprimia. Quando,

como agora, a tirava da vista fugindo-lhe, não podia arrancá-la da lembrança, nem escapar à admiração

que ela causava e que o perseguia nos elogios proferidos a cada passo em torno de si. No Cassino,

Seixas tivera um reduto onde abrigar-se dessa cruel fascinação. Acesso em: 17.09.2015. Adaptado.

L

it.

É correto afirmar que essa obra pertence ao

a) Romantismo, pois ela critica os valores burgueses, exalta a natureza e a vida simples do campo,

denunciando a corrupção e a hipocrisia na sociedade fluminense do século XX.

b) Romantismo, pois ela enaltece a fragilidade da mulher e exprime de forma contida os sentimentos

das personagens, situando-as no contexto da sociedade paulista do século XX.

c) Romantismo, pois ela exalta a figura feminina, expõe, de maneira exacerbada, os sentimentos das

personagens, tendo como pano de fundo os costumes da sociedade fluminense do século XIX.

d) Modernismo, pois ela idealiza a mulher e a juventude e trata da infelicidade dos amores não

correspondidos, inserindo as personagens na sociedade fluminense do século XX.

e) Modernismo, pois ela se opõe ao exagero na expressão dos sentimentos e ao papel de submissão

destinado às mulheres, retratando o cotidiano da sociedade paulista do século XX.

12. Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se

porém do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o

emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas

viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das praças

de Lisboa, saloia rochonchuda e bonitota. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo

de sua mocidade mal-apessoado, e sobretudo era maganão. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada

à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão

assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se

como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas

da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia

de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de

serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e

familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um Sargento de Milícias.

Embora de fato pertençam ao Romantismo, as Memórias de um sargento de milícias não apresentam

as características mais típicas e notórias desse movimento. No entanto, analisando-se o trecho aqui

reproduzido, verifica-se que nele se apresenta claramente o seguinte traço do Romantismo:

a) preferência pela narração de aventuras fabulosas e extraordinárias.

b) tendência a emitir juízos morais sobre as condutas da personagens.

c) livre expressão de conteúdos eróticos incomuns e chocantes.

d) tematização franca e aberta da vida popular e cotidiana.

e) busca do raro e do exótico, como meio de fuga da realidade burguesa.

13.

VAGABUNDO

Eu durmo e vivo no sol como um cigano,

Fumando meu cigarro vaporoso,

Nas noites de verão namoro estrela;

Sou pobre, sou mendigo, e sou ditoso!

Ando roto, sem bolsos nem dinheiro;

Mas tenho na viola uma riqueza:

Canto à lua de noite serenatas,

E quem vive de amor não tem pobreza.

(...)

Oito dias lá vão que ando cismado

Na donzela que ali defronte mora.

Ela ao ver-me sorri tão docemente!

Desconfio que a moça me namora!...

Tenho por meu palácio as longas ruas;

L

it.

Passeio a gosto e durmo sem temores;

Quando bebo, sou rei como um poeta,

E o vinho faz sonhar com os amores.

O degrau das igrejas é meu trono,

Minha pátria é o vento que respiro,

Minha mãe é a lua macilenta,

E a preguiça a mulher por quem suspiro.

Escrevo na parede as minhas rimas,

De painéis a carvão adorno a rua;

Como as aves do céu e as flores puras

Abro meu peito ao sol e durmo à lua.

Ora, se por aí alguma bela

Bem doirada e amante da preguiça

Quiser a nívea mão unir à minha

Há de achar-me na Sé, domingo, à Missa.

Álvares de Azevedo

Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 2000.

Na quinta estrofe do poema Vagabundo, Álvares de Azevedo, poeta da segunda geração do

Romantismo, aborda um tema muito frequente entre os primeiros românticos.

Identifique o tema e explique a diferença entre a abordagem desse tema por Álvares de Azevedo e

pelos poetas românticos da primeira geração.

14. O Desaparecido

Tarde fria, e então eu me sinto um daqueles velhos poetas de antigamente que sentiam frio na alma

quando a tarde estava fria, e então eu sinto uma saudade muito grande, uma saudade de noivo, e penso

em ti devagar, bem devagar, com um bem-querer tão certo e limpo, tão fundo e bom que parece que

estou te embalando dentro de mim. Ah, que vontade de escrever bobagens bem meigas, bobagens

para todo mundo me achar ridículo e talvez alguém pensar que na verdade estou aproveitando uma

crônica muito antiga num dia sem assunto, uma crônica de rapaz; e, entretanto, eu hoje não me sinto

rapaz, apenas um menino, com o amor teimoso de um menino, o amor burro e comprido de um

menino lírico. Olho-me ao espelho e percebo que estou envelhecendo rápida e definitivamente; com

esses cabelos brancos parece que não vou morrer, apenas minha imagem vai-se apagando, vou ficando

menos nítido, estou parecendo um desses clichês sempre feitos com fotografias antigas que os jornais

publicam de um desaparecido que a família procura em vão. Sim, eu sou um desaparecido cuja

esmaecida, inútil foto se publica num canto de uma página interior de jornal, eu sou o irreconhecível,

irrecuperável desaparecido que não aparecerá mais nunca, mas só tu sabes que em alguma distante

esquina de uma não lembrada cidade estará de pé um homem perplexo, pensando em ti, pensando

teimosamente, docemente em ti, meu amor. (BRAGA, R. 200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 2013. p.465.)

Quanto à natureza dessa correlação, assinale a alternativa correta.

a) Despontam a melancolia e a nostalgia como modos de representar práticas amorosas

malsucedidas, acompanhando os padrões dos poemas modernistas da primeira fase.

b) Destacam-se a expressão de sentimentos e a correspondência entre manifestações da natureza e

estado da alma, assim como em poemas do Romantismo.

c) Evidencia-se a incompatibilidade do homem com o ritmo veloz da vida urbana, assim como nos

poemas árcades.

d) Projeta-se a espontaneidade que favorece a exteriorização de instintos irrefreáveis, como acontece

em poemas do Naturalismo.

e) Sobressaem a frieza e a impassibilidade como retratos predominantes do espírito lírico, como

ocorre em poemas parnasianos.

L

it.

15. Há no Romantismo nacional uma expressão evidente do culto da nacionalidade, o qual, tomado num

sentido mais amplo, se manifesta também em lutas pela afirmação da liberdade política e determina a

exaltação de valores e tradições. Esse sentimento é tomado também nos seus aspectos sociais, sob o

apanágio dos direitos do homem livre, razão de ser do movimento abolicionista e matéria para o

romance, para o teatro e para a poesia da época. (Adaptado de: CANDIDO, Antonio e CASTELLO, José Aderaldo. Presença da Literatura Brasileira I. Das origens ao

Romantismo. São Paulo: DIFE, 1974, p. 207-208)

Deve-se depreender do texto que, no século XIX,

a) há uma relação de causa e efeito entre a eclosão do movimento abolicionista e a do indianismo.

b) a poesia abolicionista de um Castro Alves integra a valorização que então se empresta à luta pelos

direitos humanos.

c) a riqueza do teatro, da ficção e da poesia da época é integralmente devedora do sentimento

nacionalista.

d) é a retomada de valores e tradições do século anterior que dá base às conquistas do Romantismo.

e) os ideais abolicionistas foram decisivos para a estabilização dos gêneros da poesia, do teatro e da

ficção no Brasil.

QUESTÃO CONTEXTO

A imagem acima retrata algumas características relacionadas ao Romantismo, estilo de época que se

opunha ao classicismo, ao racionalismo e ao Iluminismo que influenciou a literatura, a pintura, a

música, entre outros. Cite quais são essas características.

L

it.

GABARITO

Exercícios

1. c

O Romantismo é um estilo literário nacionalista e ufanista. Esse estilo literário sofreu influências dos ideais

expressar aquilo que lhe é próprio fato ocorrido também no Brasil. Enquanto na Europa era valorizado

a Idade Média, no Brasil valorizou-se o indígena.

2. a

-personagem reforçam um exemplo de

variação linguística às classes de maior prestígio, as quais ele não pertence e por isso ele acha bonito.

3. a

Verdadeiro. As imagens representam valores do Romantismo. As imagens 1 e 3 fazem menção ao estilo

de arte clássica combatido Delacroix retrata o elemento feminino em um contexto violento, ressaltando

a liberdade pós contexto de tirania e Géricault retoma a questão da violência pela ocorrência do

canibalismo após o naufrágio que o inspirou no típico exagero sentimental romântico. Já as imagens 2 e

4 representam o nacionalismo no Brasil, nação recém-independente.

Verdadeiro. Delacroix retrata o elemento feminino em um contexto violento, ressaltando a liberdade pós

contexto de tirania.

Verdadeiro. A Batalha dos Guararapes foi um episódio brasileiro marcado pelo embate de brasileiros

contra invasores holandeses no século XVII.

Verdadeiro. Géricault retoma a questão da violência pela ocorrência de canibalismo após o naufrágio

que o inspirou, no típico exagero sentimental romântico.

Falso. Iracema é um romance indianista de José de Alencar, retratado na imagem por José Maria de

Medeiros.

4. b

O humor em Álvares de Azevedo fica evidente no trecho da alternativa B, pois isso decorre da descrição

de uma cena cômica em que o eu lírico, elegantemente vestido (roupas tafuis), se vê enlameado por

conta da passagem de uma carroça após um dia de chuva.

5. c

O excerto apresenta uma descrição realista da mulher, da classe trabalhadora e a pintura retrata uma

mulher admirável para os padrões da época de aparência refinada com feições leves e simpáticas,

pertencente à burguesia.

6. b

observação, formado no hábito de pesar com a inteligência as suas relações com a paisagem

percebe-se, então, distanciamento dos parâmetros subjetivos do Romantismo e, portanto, um foco

realista atenuado.

7. c

O comentário de Antônio Cândido faz referência a uma obra que pretendeu apresentar, de forma

abrangente, a cultura nacional, os costumes urbanos, a história e as regiões brasileiras com uma

Logo, é possível concluir que o fragmento se refere a José de Alencar devido ao seu

projeto de literatura.

L

it.

8. b

O fragmento apresentado é romântico de autoria de Alexandre Herculano em Eurico, o Presbítero. Trata-

se da descrição idealizada de Hermengarda durante uma visão febril de Eurico.

9. e

II Correta Os poetas citados são representantes da segunda geração romântica no Brasil, que

enfatizava a confissão e o extravasamento das emoções mais subjetivas.

III Correta Em Castro Alves tem-se uma poesia que trata de temas humanitários, como a abolição dos

escravos, como também a importância pelos versos apaixonados.

10. c

Os Românticos buscam a quebra de valores estabelecidos anteriormente a eles, inclusive por se tratar de

um estilo que nasce com a Revolução Francesa. Está na gênese do estilo literário a valorização da

subjetividade.

11. c

O trecho carrega traços do Romantismo típico dos folhetins do século XIX, como a exaltação da mulher

e a idealização de sua beleza e carisma, tudo com certo exagero, o que é bem típico desse período

romântico, p -

se para ela, parecia que o baile se ajoelhava para recebê-

fundo era a sociedade burguesa carioca da época.

12. d

O fragmento apresentado narra o primeiro encontro entre Leonardo Pataca e Maria das Hortaliças,

completamente distanciado da idealização defendida pelas obras românticas. O rápido envolvimento de

popular e cotidiana.

13. Na quinta estrofe do poema Vagabundo, aborda-se um tema característico da primeira geração de

poetas românticos, que é o da pátria, imortalizado no célebre Canção do exílio, de Gonçalves Dias. Os

primeiros românticos, movidos por um forte sentimento nacionalista e pelo intuito de contribuir para a

construção da identidade nacional, celebraram a pátria e suas belezas naturais, sua origem grandiosa e

seus heróis, notadamente seu primitivo habitante: o índio. Já Álvares de Azevedo, poeta da segunda

geração romântica, considera a pátria sob a ótica individual e subjetiva que caracteriza essa geração de

poetas do Romantismo. Sob tal ótica, a pátria se identifica com a liberdade que o poeta deseja para si

mesmo.

14. b

Os procedimentos indicados são recursos da crônica em questão e de poemas do Romantismo.

15. b

será tema da 3ª geração romântica,

principalmente nos versos de Castro Alves.

Questão Contexto

A imagem representa o Romantismo por meio do egocentrismo, visto que o indivíduo passa a ser o centro

das atenções, o sentimentalismo e a supervalorização das emoções pessoais.

M

at.

Mat.

Professor: Gabriel Miranda

M

at.

Semelhança de triângulos 16

mai

RESUMO

diferentes. Dizemos, assim, que elas são semelhantes entre si. Ex.: O logo do descomplica em tamanhos diferentes são semelhantes.

Semelhança de polígonos:

Polígonos são semelhantes quando possuem: - Ângulos respectivamente iguais. - Lados respectivamente proporcionais.

Semelhança de triângulos:

de seus ângulos

forem congruentes.

Temos que: Vale ressaltar que suas respectivas alturas também são proporcionais!

proporcionais e se os ângulos formados por esses lados forem congruentes.

os três lados respectivamente

proporcionais.

RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

M

at.

Quando trabalhamos em um triângulo retângulo, a altura relativa à hipotenusa divide a base do triângulo em

dois segmentos, chamados de projeções dos catetos.

a Hipotenusa b Cateto c Cateto h Altura m e n Projeções dos catetos

Podemos ver que temos triângulos semelhantes entre si. Dessas semelhanças, surgem as relações métricas

do triângulo retângulo.

1) Projeções X Altura:

2) Projeções X Cateto X Hipotenusa:

3) Catetos X Hipotenusa X Altura:

4) Teorema de Pitágoras:

Somando as equações do item 2, temos:

EXERCÍCIOS

1. A sombra de um poste vertical, projetada pelo Sol sobre um chão plano, mede 12 m. Nesse mesmo

instante, a sombra de um bastão vertical de 1 m de altura mede 0,6 m. A altura do poste é:

a) 6 m

b) 7,2 m

c) 12 m

d) 20 m

e) 72 m

M

at.

2. A figura abaixo tem as seguintes características:

- o ângulo E é reto;

- o segmento de reta AE é paralelo ao segmento BD;

- os segmentos AE, BD e DE, medem, respectivamente, 5, 4 e 3.

O segmento AC, em unidades de comprimento, mede

a) 8.

b) 12.

c) 13.

d) √61.

e) 5√10.

3. Duas cidades, marcadas no desenho abaixo como A e B, estão nas margens retilíneas e opostas de um

rio, cuja largura é constante e igual a 2,5 km, e a distâncias de 2,5 km e de 5 km, respectivamente, de

cada uma das suas margens. Deseja-se construir uma estrada de A até B que, por razões de economia

de orçamento, deve cruzar o rio por uma ponte de comprimento mínimo, ou seja, perpendicular às

margens do rio. As regiões em cada lado do rio e até as cidades são planas e disponíveis para a obra

da estrada. Uma possível planta de tal estrada está esboçada na figura abaixo em linha pontilhada:

Considere que, na figura, o segmento HD é paralelo a AC e a distância HK' = 18km. Calcule a que

distância, em quilômetros, deverá estar a cabeceira da ponte na margem do lado da cidade B (ou seja,

o ponto D) do ponto K, de modo que o percurso total da cidade A até a cidade B tenha comprimento

mínimo.

4. Às 10h15 min de uma manhã ensolarada, as sombras de um edifício e de um poste de 8 metros de altura

foram medidas ao mesmo tempo. Foram encontrados 30 metros e 12 metros, respectivamente,

conforme a ilustração abaixo.

M

at.

De acordo com as informações acima, a altura h do prédio é de:

a) 12 metros.

b) 18 metros.

c) 16 metros.

d) 14 metros.

e) 20 metros.

5. Seja um triângulo ABC, conforme a figura. Se D e E são pontos, respectivamente, de AB e AC, de forma

que AD = 4, DB = 8, DE = x, BC = y, e se DE||BC, então:

a) y = x + 8

b) y = x + 4

c) y = 3x

d) y = 2x

6. Em um dia ensolarado, às 10h da manhã, um edifício de 40 metros de altura produz uma sombra de 18

metros. Nesse mesmo instante, uma pessoa de 1,70 metros de altura, situada ao lado desse edifício,

produz uma sombra de

a) 1,20 metro. b) 3,77 metros. c) 26,47 centímetros. d) 76,5 centímetros. e) 94 centímetros.

7. A sombra de uma torre mede, 4,2 metros de comprimento. Na mesma hora, a sombra de um poste de

3 metros de altura é de 12 metros de comprimento. Qual é a altura da torre?

a) 95 m.

b) 100 m.

c) 105 m.

d) 110 m.

M

at.

8. Determine o valor de x no triângulo abaixo.

9. Na figura a seguir, os ângulos C = E =100o . Os ângulos B = D =50o , BC = 2 cm, AB = 4 cm, DE = 6 cm e

AE = 9 cm

Calcule AC = x e AD = y

10. O soldado Ryan reside no 13º andar de um prédio de 15 andares. Sabe-se a distância entre o piso do

andar onde mora o soldado Ryan e o piso térreo é de 39 m. Uma pessoa com altura de 1,8 m na parada

ao lado desse edifício projeta uma sombra de 30 cm. Neste mesmo instante, a sombra projetada pelo

edifício onde mora o soldado Ryan é igual a:

a) 7 m

b) 8 m

c) 9 m

d) 10 m

e) 11 m

M

at.

GABARITO

1. d

x 12

1 0,6

Multiplicando em cruz, temos:

0,6x=12

x=12/0,6

x=20

20m

2. e

Desde que os triângulos ACE e BCD são semelhantes por AA, vem

CD/CE = BD/AE

CD/ (CD+3) = 4/5

CD = 12

Portanto, aplicando o Teorema de Pitágoras no triângulo ACE, encontramos

AC² = AE² + CE²

AC² = 5² + 15²

AC = 5 √10

3. DK = 12 km

Considere a figura.

O trajeto ACDB tem comprimento mínimo quando B, D e H são colineares. Com efeito, se D' é um ponto

da reta DK e C' é o pé da perpendicular baixada de D' sobre a reta HK', então, pela Desigualdade

Triangular, BD' + D'H + BD' + AC' > BD + DH = BH.

Portanto, como os triângulos BDK e DHC são semelhantes por AA, segue-se que:

DK/CH = BK/CD

DK/ (18-DK) = 5/2,5

DK = 12 km

4. e

Para obter a altura, basta aplicar a semelhança de triângulos, e neste caso, temos a seguinte relação:

30=

8

12

h = 20 metros.

5. c

Sendo DE||BC, tem-se que os triângulos ABC e ADE são semelhantes por AA. Portanto, segue que

𝐴𝐷

𝐴𝐵=𝐷𝐸

𝐵𝐶

4

12=𝑥

𝑦

y = 3x

M

at.

6. d

Considerando que é a medida da sombra da pessoa, podemos escrever que:

Portanto, a medida da sombra da pessoa será:

7. c

Por semelhança de triângulos:

4,2=

3

0,12

h = 105 m.

8. A razão é entre os triângulos ABC e AMN, logo:

𝑥

30=

8

10

10x =240

x = 24

9. Os triângulos ABC e ADE são semelhantes nas seguintes proporções:

9

𝑥=6

2

6x = 18

x = 3

𝑦

4=6

2

2y = 24

y = 12

10. b

Temos que Ryan mora no 13º andar e que a distância do seu piso até o piso térreo é de 39 metros.

Considerando que cada andar é da mesma altura, temos 12 andares mais o térreo, ou seja, 13 pavimentos.

Se são 39 metros, e 13 pavimentos, cada pavimento mede 3 metros de altura. Somando-se as alturas dos

andares 13, 14 e 15, temos que o edifício mede 48 metros.

Sabendo que o sol forma o mesmo angulo com o prédio e com a pessoa, podemos calcular usando

semelhança de triângulos.

M

at.

P

or.

Por.

Professor: Fernanda Vicente

Monitor: Rodrigo Pamplona

P

or.

Exercícios sobre verbos 15

mai

EXERCÍCIOS

1. Assinale a frase em que há um erro de conjugação verbal:

a) Requeiro-lhe um atestado de bons antecedentes.

b) Ele interviu na questão.

c) Eles foram pegos de surpresa.

d) O vendeiro proveu o seu armazém do necessário.

e) Os meninos desavieram-se por causa do jogo

2. Assinale a frase que não está na voz passiva:

a) O atleta foi estrondosamente aclamado.

b) Que exercício tão fácil de resolver!

c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes.

d) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado.

e) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores.

3. Considerando a necessidade de correlação entre tempos e modos verbais, assinale a alternativa em

que ela foge às normas da língua escrita padrão:

a) A redação de um documento exige que a pessoa conheça uma fraseologia complexa e arcaizante.

b) Para alguns professores, o ensino da língua portuguesa será sempre melhor, se houver o domínio

das regras de sintaxe.

c) O ensino de Português tornou-se mais dinâmico depois que textos de autores modernos foram

introduzidos no currículo.

d) O ensino de Português já sofrera profundas modificações, quando se organizou um Simpósio

Nacional para discutir o assunto.

e) Não fora a coerção exercida pelos defensores do purismo linguístico, todos teremos liberdade de

expressão.

4. Assinale a alternativa em que é incorreto flexionar o infinitivo:

a) Importa entendermos a situação.

b) Devemos provarmos o que dizemos.

c) Para chegardes à igreja, ainda tereis de caminhar muito.

d) É tempo de saberes de teus direitos.

e) Vi os escravos se curvarem perante seu amo.

5. cidade

a) fato futuro, anterior a outro fato futuro

b) fato futuro, relacionado com o passado

c) suposição, relativamente a um momento futuro

d) suposição, relativamente a um momento passado

e) configuração de um fato já passado

6. Aquele bêbado

Juro nunca mais beber e fez o sinal da cruz com os indicadores. Acrescentou: Álcool.

O mais, ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário

Quintana. Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana embebedava-se de Ìndia Reclinada, de

Celso Antônio.

Curou-se 100% de vício comentavam os amigos.

P

or.

Só ele sabia que andava bêbado que nem um gambá. Morreu de etilismo abstrato, no meio de uma

carraspana de pôr de sol no Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras

anônimos. ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991.

A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto

porque, ao longo da narrativa, ocorre uma

b) aproximação exagerada da estética abstracionista.

c) apresentação gradativa da coloquialidade da liguagem.

e) citação aleatória de nomes de diferentes artistas.

7. O presente do indicativo foi usado para marcar um fato futuro em:

a) Ao olhar melancolicamente as fotografias, admiro-me de sua juventude.

b) E tua lembrança emerge de teu misterioso retrato.

c) No próximo inverno, acompanho, de minha casa, as imensas migrações dos pássaros.

d) Sabe me dizer se é funda esta água grossa e carnal?

e) Surpreende-me saber que estávamos começando a caminhada.

8. A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um

dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em

Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando

por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do

século XVI, encontram-

clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância,

Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua.

Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir

o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante

de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra? CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado, In: Cadernos de Letras

da UFF, n.° 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).

a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.

b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.

c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.

d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.

e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.

9. Marque a alternativa em que o verbo destacado está classificado corretamente quanto à transitividade.

VXD - verbo transitivo direto

VTI - verbo transitivo indireto

VI - verbo intransitivo

a) [...]devemos duvidar (ou ao menos manter certa ressalva) de proposições imediatistas e

aparentemente fáceis. - VTD

b) Na maioria das vezes, o discurso midíático perde seu significado original na controversa relação

emissor/receptor. - VTI

c) A mídia é apenas um, entre vários quadros ou grupos de referência, aos quais um indivíduo recorre

como argumento para formular suas opiniões. - VTI

d) Nesse sentido, competem com os veículos de comunicação como quadros ou grupos de

referência fatores subjetivos/psicológicos [...] - VTD

e) Evidentemente, o peso de cada quadro de referência tende a variar de acordo com a realidade

individual. - VI

P

or.

10. Colocando- -se

a) um período composto por coordenação, uma oração sindética, outra assindética, um verbo

transitivo e outro intransitivo;

b) um período composto por subordinação e dois verbos transitivos;

c) um período composto por coordenação, duas orações assindéticas, um verbo transitivo e outro

intransitivo;

d) um período simples, uma oração absoluta e dois verbos intransitivos;

e) um período misto, com duas orações, um verbo transitivo direto e outro indireto.

P

or.

GABARITO

Exercícios

1. b

Portanto, o correto seria: ele interveio.

2. e

Ocorre voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é, recebe a ação do verbo. Nas alternativas A, B, C

e D, ocorreu voz passiva. No entanto, na letra E, ocorreu a voz reflexiva, pois o sujeito é, ao mesmo

tempo, agente e paciente da ação. Os dois competidores praticaram a ação de olhar e receberam essa

ação, mutuamente.

3. e

O fato de alguns tempos e modos verbais manterem correlação significa que algumas formas verbais se

combinam, enquanto outras não. A frase contida na letra E não faz sentido, pois não há correspondência

modo-temporal. É fácil perceber que a sonoridade da frase é estranha. Uma alternativa seria dizer: Não

fosse a coerção exercida pelos defensores do purismo linguístico, todos teríamos liberdade de

expressão.

4. b

O infinitivo tanto pode ser impessoal, assim considerado pelo fato de se referir apenas ao processo verbal

em si, como pode ser pessoal, fazendo referência a uma pessoa gramatical. Não podemos flexionar o

infinitivo nas locuções verbais, portanto, o certo seria: Devemos provar o que dizemos. No cado das

outras opções, o infinitivo pôde ser flexionado.

5. d

Um dos valores semânticos do futuro do pretérito é a expressão de uma dúvida. Na questão, essa dúvida

ocorre em relação a um fato no passado, por isso a opção correta é a letra D.

6. a

que o personagem bebe paisagens, músicas e versos. Há uma metaforização do sentido expresso no

texto.

7. c

8. e

ao questionar uma visão hierárquica do uso da língua sobre apenas um dos verbos.

9. c

complemento objeto indireto: Um indivíduo recorre a vários quadros ou grupos de referência. Como o

aos quais.

P

or.

10. a

[Fecho a casa] Verbo transitivo direto + objeto direto - Oração coordenada assindética

[e saio devagar] conjunção aditiva + verbo intransitivo - oração coordenada sindética aditiva

Q

uí.

Quí.

Professor: Abner Camargo

Monitor: Gabriel Pereira

Q

uí.

Relações numéricas 15

mai

RESUMO

Massa Atômica (M.A) 1 u.m.a (unidade de massa atômica) ou simplesmente 1u =112 C12, ou seja, uma unidade de massa

atômica é equivalente a um doze avos da massa do Carbono 12.

Ex:

Átomo M.A (dados presentes na tabela periódica.)

H 1 u

F 19 u

S 32 u

Cl 35,5 u

PSIU! Massa Atômica em isótopos:

Calcula-se uma média ponderada entre esses isótopos, levando em consideração a sua

porcentagem de aparição na natureza.

Massa Molecular

Soma das massas atômicas dos elementos presente na molécula.

Ex:

Molécula Massa Molecular

H2O 2.1 + 16 = 18u

O2 2.16 = 32u

NH3 14 + 3.1 = 17u

H2SO4 2.1 + 32 + 4.16 = 98u

Número de avogadro

O número de Avogadro é a quantidade de entidades elementares (átomos, elétrons, íons,

moléculas) presentes em 1 mol de qualquer substância.

1 mol = 6,02 x 1023 unidades elementares

Massa molar

É a massa em gramas presente em 6,02 x 1023 unidades elementares de determinada espécie, ou

seja, a massa presente em 1 mol de qualquer substância. Numericamente as massas atômica e molar são

iguais.

Ex.:

1 mol O2 = 6,02 x 1023 moléculas de O2 = 32g de massa molar

1 mol H2SO4 = 6,02 x 1023 moléculas de H2SO4 = 98g de massa molar

1 mol Fe = 6,02 x 1023 átomos de Fe = 56g de massa molar

Q

uí.

Volume molar

O volume molar é o volume ocupado por 1 mol de qualquer gás.

Volume molar nas CNTP

1 mol = 22,4 litros

CNTP = Condições normais de temperatura e pressão, Em que a pressão é igual a 1 atm e a

temperatura é de 273 K (0ºC).

Para provarmos que 1 mol de qualquer gás nas CNTP ocupa o volume de 22,4L, podemos jogar tais

valores na equação de Clapeyron.

P . V = n . r . T

Onde:

P = pressão (atm)

V = volume (litros)

n = número de mol

r = constante dos gases (valor = 0,082)

T = temperatura (Kelvin)

Para gases nas CNTP:

P . V = n . r . T

1 . V = 1 . 0,082 . 273

V = 22,4L

Importante!

CATP = Condições Ambientais de Temperatura e Pressão, em que a pressão também é de 1 atm,

mas a temperatura é de 298 K (25 ºC), o volume molar passa a ser 25 L, ou seja, 1 mol = 25 litros.

P . V = n . r . T

1 . V = 1 . 0,082 . 298

V = 25L

Ex.:

Nas CNTP:

1 mol O2 = 22,4L

2 mol O2 = 44,8L

½ mol N2 = 11,2L

Volume molar fora das CNTP

Para calcular os volumes molares fora das CNTP, utilizamos a equação de Clapeyron.

P . V = n . r . T

Onde:

P = pressão (atm)

V = volume (litros)

n = número de mol

r = constante dos gases (valor = 0,082)

T = temperatura (Kelvin)

Ex.: Qual o volume ocupado por 1 mol de O2 a 2 atm e 100k.

P . V = n . r . T

2 . V = 1 . 0,082 . 100

V = 16,4L de O2

Q

uí.

EXERCÍCIOS

1. A grafite de um lápis tem quinze centímetros de comprimento e dois milímetros de espessura. Dentre

os valores abaixo, o que mais se aproxima do número de átomos presentes nessa grafite é

Nota:

1) Assuma que a grafite é um cilindro circular reto, feito de grafita pura. A espessura da grafite é o

diâmetro da base do cilindro.

2) Adote os valores aproximados de:

32,2g / cm para a densidade da grafita;

12g / mol para a massa molar do carbono;

23 16,0 10 mol− para a constante de Avogadro

a) 235 10

b) 231 10

c) 225 10

d) 221 10

e) 215 10

2. A adição de cloreto de sódio na água provoca a dissociação dos íons do sal. Considerando a massa

molar do cloreto de sódio igual a 58,5 g mol, a constante de Avogadro igual a 23 16,0 10 mol− e a

carga elétrica elementar igual a 191,6 10 C,− é correto afirmar que, quando se dissolverem totalmente

117 mg de cloreto de sódio em água, a quantidade de carga elétrica total dos íons positivos é de

a) 21,92 10 C.

b) 23,18 10 C.

c) 24,84 10 C.

d) 41,92 10 C.

e) 43,18 10 C.

3. Considere amostras de 1g de cada uma das seguintes substâncias: eteno 2 4(C H ), monóxido de

carbono (CO) e nitrogênio 2(N ). Essas três amostras

a) apresentam a mesma quantidade, em mol, de moléculas. b) apresentam a mesma quantidade, em mol, de átomos. c) apresentam ligações covalentes polares. d) são de substâncias isômeras. e) são de substâncias simples.

4. A tabela abaixo apresenta informações sobre cinco gases contidos em recipientes separados e selados.

Recipiente Gás Temperatura (K) Pressão (atm) Volume (l)

1 O3 273 1 22,4

2 Ne 273 2 22,4

3 He 273 4 22,4

4 N2 273 1 22,4

5 Ar 273 1 22,4

Qual recipiente contém a mesma quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L, contendo

H2, mantido a 2 atm e 273 K?

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

Q

uí.

5. Entre os vários íons presentes em 200 mililitros de água de coco há aproximadamente 320 mg de

potássio, 40 mg de cálcio e 40 mg de sódio. Assim, ao beber água de coco, uma pessoa ingere

quantidades diferentes desses íons, que, em termos de massa, obedecem à sequência:

potássio sódio cálcio. = No entanto, se as quantidades ingeridas fossem expressas em mol, a

sequência seria:

Dados de massas molares em g/mol: cálcio = 40; potássio = 39; sódio = 23.

a) potássio > cálcio = sódio. b) cálcio = sódio > potássio. c) potássio > sódio > cálcio. d) cálcio > potássio > sódio.

6. Aspartame é um edulcorante artificial (adoçante dietético) que apresenta potencial adoçante 200 vezes

maior que o açúcar comum, permitindo seu uso em pequenas quantidades. Muito usado pela indústria

alimentícia, principalmente nos refrigerantes diet, tem valor energético que corresponde a 4

calorias/grama. É contraindicado a portadores de fenilcetonúria, uma doença genética rara que

provoca o acúmulo da fenilalanina no organismo, causando retardo mental. O IDA (índice diário

aceitável) desse adoçante é 40 mg/kg de massa corpórea. Disponível em: http://boaspraticasfarmaceuticas.blogspot.com. Acesso em: 27 fev. 2012.

Com base nas informações do texto, a quantidade máxima recomendada de aspartame, em mol, que

uma pessoa de 70 kg de massa corporal pode ingerir por dia é mais próxima de

Dado: massa molar do aspartame = 294g/mol

a) 1,3 10 4. b) 9,5 10 3. c) 4 10 2. d) 2,6. e) 823.

7. Acidentes de trânsito causam milhares de mortes todos os anos nas estradas do país. Pneus

contribuem para elevar o número de acidentes de trânsito.

Responsável

recebe punição de 5 pontos na carteira de habilitação. A borracha do pneu, entre outros materiais, é

constituída por um polímero de isopreno (C5H8) e tem uma densidade igual a 0,92 g cm-3. Considere

que o desgaste médio de um pneu até o momento de sua troca corresponda ao consumo de 31 mols

de isopreno e que a manta que forma a banda de rodagem desse pneu seja um retângulo de 20 cm x

190 cm. Para esse caso específico, a espessura gasta do pneu seria de, aproximadamente,

Dados de massas molares em g mol-1: C=12 e H =1.

a) 0,55 cm. b) 0,51 cm. c) 0,75 cm. d) 0,60 cm.

8. A nanotecnologia é a tecnologia em escala nanométrica (1 nm = 10-9 m). A aplicação da nanotecnologia

é bastante vasta: medicamentos programados para atingir um determinado alvo, janelas autolimpantes

que dispensam o uso de produtos de limpeza, tecidos com capacidade de suportar condições

extremas de temperatura e impacto, são alguns exemplos de projetos de pesquisas que recebem

vultosos investimentos no mundo inteiro. Vidro autolimpante é aquele que recebe uma camada

ultrafina de dióxido de titânio. Essa camada é aplicada no vidro na última etapa de sua fabricação.

A espessura de uma camada ultrafina constituída somente por TiO2 uniformemente distribuído, massa

molar 80 g/mol e densidade 4,0 g/cm3, depositada em uma janela com dimensões de 50×100 cm, que

contém 6×1020 átomos de titânio (constante de Avogadro = 6×1023 mol-1) é igual a

a) 4 nm. b) 10 nm. c) 40 nm. d) 80 nm. e) 100 nm.

Q

uí.

9. O brasileiro consome em média 500 miligramas de cálcio por dia, quando a quantidade recomendada

é o dobro. Uma alimentação balanceada é a melhor decisão pra evitar problemas no futuro, como a

osteoporose, uma doença que atinge os ossos. Ela se caracteriza pela diminuição substancial de massa

óssea, tornando os ossos frágeis e mais suscetíveis a fraturas. Disponível em: www.anvisa.gov.br. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).

Considerando-se o valor de 23 16 10 mol− para a constante de Avogadro e a massa molar do cálcio

igual a 40 g/mol, qual a quantidade mínima diária de átomos de cálcio a ser ingerida para que uma

pessoa supra suas necessidades?

a) 217,5 10

b) 221,5 10

c) 237,5 10

d) 251,5 10

e) 254,8 10

10. A ductilidade é a propriedade de um material deformar-se, comprimir-se ou estirar-se sem se romper.

A prata é um metal que apresenta excelente ductilidade e a maior condutividade elétrica dentre todos

os elementos químicos. Um fio de prata possui 10 m de comprimento (l) e área de secção transversal

(A) de 7 22,0 10 m− .

Considerando a densidade da prata igual a 310,5 g/cm , a massa molar igual a 108 g/mol e a constante

de Avogadro igual a 23 16,0 10 mol− , o número aproximado de átomos de prata nesse fio será

a) 221,2 10

b) 231,2 10

c) 201,2 10

d) 171,2 10

e) 236,0 10

Q

uí.

QUESTÃO CONTEXTO

Uma fechadura de ferro de ferro com 224g teve 50% da sua massa de Fe convertida em óxido férrico -

Ferrugem (Fe2O3). Qual a quantidade em mol de oxido férrico formado.

a) 1 mol b) 2 mol c) 3 mol d) 4 mol e) 5 mol

Q

uí.

GABARITO

Exercícios

1. c

Cálculo do volume da grafita:

3 1

1

cilindro

2cilindro

1 2cilindro

3cilindro

3grafita

3

diâmetro 2 mm de espessura 2 10 m 2 10 cm

raio 1mm de espessura 10 m

altura 15 cm

V (Área da base) (altura)

V r h

V (10 ) 15

V 0,471 cm

d 2,2 g / cm

1 cm

π

π

− −

= = =

= =

=

=

=

=

=

=

3

2,2 g

0,471 cm grafita

grafita

m

m 1,0362 g

12 g de grafita

=

236,0 10 átomos de carbono

1,0362 g de grafita

22

x

x 5,18 10 átomos de carbono=

2. a

+ −⎯⎯→ +NaC Na C

58,5 g

l l

+1mol de Na

58,5 g + 236,0 10 cátions Na

Então :

58,5 g

− +

23 19

3

1,6 16,0 10 (

117

0

10

C)

g

− −

= =

+=

3 123 9

2

1,6 1

Q

117 10 g 6,0 10 (Q

58,5 g

Q 192 C 1,

)

92

C

10

0

C

3. a

=

= = = = = =

2 4 2

2 4

C H CO N 1

2

C H 28m 1 g

CO 28 n n n 0,036 molM 28 g mol

N 28

4. c

Cálculo da quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L, contendo H2, mantido a 2 atm e

273 K:

Q

uí.

P V n R T

R constante

De acordo com a tabela :

T cons tante

V cons tante

Vn P

R T

n k P

=

=

=

=

=

=

2

n k 2 2k

Para o hidrogênio (H ) :

n 2 2k 4k

= =

= =

O número de mols é diretamente proporcional à pressão, então:

Recipiente Gás Temperatura

(K)

Pressão

(atm)

Volume

(l)

n

(mol)

Átomos

(mol)

1 O3 273 1 22,4 k 3k

2 Ne 273 2 22,4 2 k 2 k

3 He 273 4 22,4 4 k 4 k

4 N2 273 1 22,4 k 2k

5 Ar 273 1 22,4 k k

O gás do recipiente 3 (He) contém a mesma quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L,

contendo H2, mantido a 2 atm e 273 K, ou seja, 4k átomos.

5. c

Cátion potássio:

1mol

+K

39 g

n −

=

3

3

K

320 10 g

n 8,2 10 mol

Cátion cálcio:

1mol

+2Ca

40 g

n

+

= 2

3

3

Ca

40 10 g

n 1,0 10 mol

Cátion sódio:

1mol

+Na

23 g

n

+

=

3

3

Na

40 10 g

n 1,74 10 mol

A sequência seria: + + + 2K Na Ca .n n n

6. b

De acordo com o enunciado o IDA (índice diário aceitável) desse adoçante é 40 mg/kg de massa

corpórea:

Q

uí.

1kg (massa corporal) 40 mg (aspartame)

70 kg (massa corporal) aspartame

aspartame

m

m 2800 mg 2,8 g

294 g

= =

1mol (aspartame)

2,8 g aspartame

3aspartame

n

n 9,5 10 mol−=

7. d

Teremos:

C5H8 = 68 g/mol

Cálculo da massa de isopreno consumida:

1 mol C5H8 ⎯ 68 g

31 mol C5H8 ⎯ m

m = 2108 g

Cálculo do volume de isopreno consumido (a partir da densidade):

1 cm3 ⎯ 0,92 g C5H8

V ⎯ 2108 g

V = 2291, 30 cm3

Sendo:

A = área do retângulo da manta de rodagem.

Espessura = espessura gasta da manta de rodagem.

V = A Espessura

2291, 30 cm3 = 20 cm 190 cm Espessura

Espessura = 0,60 cm.

8. c

80 g ---- 6 x 1023 átomos de Ti

m ---- 6 x 1020 átomos de Ti

m = 0,08 g

1 cm3 ----- 4 g

v ----- 0,08 g

v = 0,02 cm3

volume = área da base x h

0,02 = 5000 x h

h = 4 x 10-6 cm = 40 nm.

9. b

A quantidade recomendada é o dobro de 500 mg por dia, ou seja, 1000 mg de cálcio por dia, então:

31000 mg 1000 10 1 g

40 g de cálcio

−= =

236 10 átomos de Ca

1 g de cálcio

Ca

23 22Ca

n

n 0,15 10 1,5 10 átomos de cálcio= =

10. b

Cálculo do volume do fio:

Q

uí.

7 2 6 3

3 6 3

V A 2,0 10 m 10 m 2,0 10 m

1 m 10 cm

− −= = =

=

l

3V 2 cm=

A partir do valor da densidade, teremos:

31 cm

3

10,5 g

2 cm m

m 21 g

108 g

=

236,0 10 átomos de prata

21 g

23

23

n

n 1,16666 10 átomos de prata

n 1,2 10 átomos de prata

=

=

Questão Contexto

Gabarito A

224g ___ 100%

X ______ 50% X = 112g de Fe

112g Fe ___ Y

56g______ 1mol Y = 2 mol

1 mol Fe ___ 0,5 mol Fe2O3

2 mol Fe____ Z Z = 1 mol de Fe2O3

R

ed

.

Red.

Professor: Carol Achutti

Monitor: Pamela Puglieri

R

ed

.

Exercícios de introdução 16

mai

RESUMO

Vimos na aula passada que a realização de uma boa introdução em um texto argumentativo é o

primeiro passo para que se chegue a um resultado final satisfatório. Esse resultado, no entanto, só será

atingido com treino. Como nem sempre é possível que se faça muitas redações por semana, uma boa forma

de treinar a escrita de introduções é escrevendo somente ela, sem se estender à escrita do desenvolvimento

e da conclusão (mas é claro que, se possível, escrever a redação toda é sempre uma boa ideia. Essa aula visa

trazer propostas de redação para que você, com base nas dicas da aula anterior, escreva introduções. Antes

de iniciar, vale a pena listar, rapidamente, as principais dicas da aula passada:

1. Objetividade: evite rodeios, vá direto ao ponto!

2. Clareza e concisão: seja breve e uso o vocabulário mais claro quanto possível.

3. A contextualização de ideias: coloque, na introdução, a contextualização das ideias a serem

expostas no desenvolvimento.

4. O perigo dos clichês: fuja de frases e ideias prontas.

A seguir, temos 3 temas de redação da FUVEST e da UNESP adaptados de anos anteriores, para que

você escreva a introdução e compare com a de alguns dos textos modelos.

1.UNESP 2007

O texto "Escultura" e trecho de "O garimpeiro" focalizam o tema da beleza, particularmente da beleza

das mulheres, em diferentes épocas. As frases apresentadas como base para esta redação, todas

fundamentadas em matérias de revistas dirigidas para a cultura física, estética e emagrecimento, colocam a

questão da busca da beleza física, não apenas pelas mulheres, mas também pelos homens nos dias atuais.

Estimulada intensamente pela mídia, a busca da saúde se confunde frequentemente com a busca,

pelo homem e pela mulher, de um corpo esbelto, bem composto e delineado, capaz de causar inveja e de

impressionar o sexo oposto. Para atingir esse objetivo, muitas pessoas fazem quaisquer tipos de sacrifícios,

não poucas vezes dando maior importância à aparência do que à própria saúde física e mental.

Com base neste comentário e, se julgar necessário, nas frases que serviram como exemplo, elabore

a introdução de uma redação, de gênero dissertativo, sobre o tema: A BUSCA DA BELEZA DO CORPO NOS

DIAS ATUAIS.

Leia os textos abaixo e reflita sobre o tema:

ESCULTURA

Cansado de tanto amar,

Eu quis um dia criar

Na minha imaginação

Uma mulher diferente

De olhar e voz envolvente

Que atingisse a perfeição.

Comecei a esculturar

No meu sonho singular

Essa mulher fantasia.

Dei-lhe a voz de Dulcinéia,

A malícia de Frinéia

E a pureza de Maria.

Em Gioconda fui buscar

O sorriso e o olhar,

Em Du Barry o glamour,

E, para maior beleza,

Dei-lhe o porte de nobreza

De madame Pompadour.

R

ed

.

E assim, de retalho em retalho,

Terminei o meu trabalho,

O meu sonho de escultor,

E, quando cheguei ao fim,

Tinha diante de mim

Você, só você, meu amor. (Adelino Moreira e Nelson Gonçalves. Escultura. In: "Nelson Gonçalves. A volta do boêmio". CD n0 . 7432128956-2,

Sonopress BMG Ariola Discos, Ltda., São Paulo, 1996.)

O GARIMPEIRO

Lúcia tinha dezoito anos, seus cabelos eram da cor do jacarandá brunido, seus olhos também eram

assim, castanhos bem escuros. Este tipo, que não é muito comum, dá uma graça e suavidade indefinível à

fisionomia. Sua tez era o meio termo entre o alvo e o moreno, que é, a meu ver, a mais amável de todas as

cores. Suas feições, ainda que não eram de irrepreensível regularidade, eram indicadas por linhas suaves e

harmoniosas. Era bem feita, e de alta e garbosa estatura. Retirada na solidão da fazenda paterna, desde que

saíra da escola, Lúcia crescera como o arbusto do deserto, desenvolvendo em plena liberdade todas as suas

graças naturais, e conservando ao lado dos encantos da puberdade toda a singeleza e inocência da infância.

Lúcia não tinha uma dessas cinturas tão estreitas que se possam abranger entre os dedos das mãos; mas era

fina e flexível. Suas mãos e pés não eram dessa pequenez e delicadeza hiperbólica, de que os romancistas

fazem um dos principais méritos das suas heroínas; mas eram bem feitos e proporcionados. Lúcia não era

uma dessas fadas de formas aéreas e vaporosas, uma sílfide ou uma "bayadere"*, dessas que fazem o encanto

dos salões do luxo. Tomá-la-íeis antes por uma das companheiras de Diana a caçadora, de formas esbeltas,

mas vigorosas, de singelo mas gracioso gesto. Todavia era dotada de certa elegância natural, e de uma

delicadeza de sentimentos que não se esperaria encontrar em uma roceira. (*) Bayadere (francês): dançarina

das Índias, dançarina de teatro. (Bernardo Guimarães. "O garimpeiro" - romance. Rio de Janeiro: B.L. Garnier Livreiro-Editor do Instituto, 1872, p. 14-16.)

INSTRUÇÃO: Leia atentamente as frases seguintes, que podem ser encontradas em textos de toda a

mídia.

Em apenas cinco minutos, você pode chapar a barriga - Detone quatrocentas calorias em uma hora

- Experimente a nova dieta anticelulite - Elimine os sinais de envelhecimento - Ganhe uma barriguinha seca

e um corpo em forma em nossa academia - A nossa dieta enxuga a gordura do corpo e deixa a cintura fininha

- Faça ginástica facial para eliminar rugas e linhas de expressão - Dez exercícios para esculpir suas pernas e

coxas - Desenvolva rapidamente seus bíceps - Ganhe músculos em seis meses e conquiste todas as gatas -

Torne-se um homem de corpo sarado e jeito de menino - Desfile na praia com o corpo dos seus sonhos -

Turbine seus lábios - Você pode ter um culote sequinho - Deixamos sua barriga zerada - Você pode ser mais

bonita: rinoplastia, lipoaspiração, mamoplastia de aumento, mamoplastia de redução, lifting facial - Ganhe

pernas e bumbum torneados - Exercícios para ficar com seios exuberantes - Com alguns minutos por dia,

deixamos seu corpo douradinho - Você pode mudar a cor de seus olhos - Só tem cabelos brancos quem

quer.

Introdução exemplar:

A preocupação com a aparência faz parte da cultura moderna. Nesse contexto, o grande filósofo

a superficialidade da sociedade de consumo que valoriza os padrões estéticos, na atualidade. Assim, em

decorrência desse assunto, percebe-se a necessidade de uma análise crítica acerca dos exageros

relacionados à busca do corpo ideal. (disponível em <https://www.projetoredacao.com.br/temas-de-redacao/padrao-de-beleza-e-sociedade/a-busca-do-

corpo-perfeito-1/5388d1e995>, adaptado)

2. FUVEST 2009

R

ed

.

fronteira

substantivo feminino

1. parte extrema de uma área, região etc., a parte limítrofe de um espaço em relação a outro.

Ex.: Havia patrulhas em toda a f.

2. o marco, a raia, a linha divisória entre duas áreas, regiões, estados, países etc. Ex.: O rio servia

de f. entre as duas fazendas.

3. Derivação: por extensão de sentido. o fim, o termo, o limite, especialmente do espaço. Ex.:

Para a ciência, o céu não tem f.

4. Derivação: sentido figurado. o limite, o fim de algo de cunho abstrato.Ex.: Havia chegado à f.

da decência.

Fonte: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Adaptado.

As fronteiras geográficas são passíveis de contínua mobilidade, dependendo dos movimentos sociais e

políticos de um ou mais grupos de pessoas.

m sentido

figurado, specialmente, quando se refere a diferentes campos do conhecimento. Assim, existem fronteiras

psicológicas, fronteiras do pensamento, da ciência, da linguagem etc.

***

Com base nas idéias sugeridas acima, escolha uma ou até duas delas, como tema, e redija uma dissertação

em prosa, utilizando informações e argumentos que dêem consistência a seu ponto de vista.

Indrodução exemplar:

A principal marca do ser humano é a sua diversidade e, por conseguinte, são numerosos os grupos

de indivíduos semelhantes. Aquilo que os divide pode ser tido como fronteira, e delimita as suas zonas de

influência. Nesse contexto, sejam físicas ou não, as fronteiras determinam o grau de integração de

sociedades.

3. UNESP 2010

PROPOSIÇÃO

Embora seja um tema tão antigo quanto a própria civilização, a busca da felicidade ainda constitui o

problema maior de todos os seres humanos no século XXI. Para alguns, ser feliz só é possível com o acúmulo

de bens e de riqueza, vivendo nas grandes cidades e usufruindo de todos os prazeres possíveis, inclusive

daqueles que a moderna tecnologia oferece. Para outros, a felicidade só se encontra no despojamento das

ambições e na busca das coisas simples, já que a posse de fortuna não garante por si mesma a satisfação

integral do homem. Afinal, o que é importante para ser feliz? Riquezas, prazeres, tecnologia, sucesso

profissional e pessoal? Ou simplicidade, tranquilidade, renúncia às grandes ambi - ções, busca do bem estar

individual na autenticidade do ser, na natureza e na própria natureza humana? O im portante, enfim, é ter?

ou ser? Seria possível um meio termo para essa busca?

Com base nesta orientação, escreva a introdução de uma redação de gênero dissertativo sobre o

tema: A FELICIDADE, ENTRE O TER E O SER.

Introdução exemplar:

Pensar em felicidade é pensar em busca. As pessoas tomam decisões, fazem escolhas para toda uma

vida baseadas em quão felizes elas se tornarão. Isso se torna um problema quando, em uma sociedade como

a do século XXI, em que o consumo de mercadorias ganhou um espaço muito grande, associa-se felicidade

à posse.