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11 nov Teatro Helena Sá e Costa Rua da Alegria 503 Rua da Escola Normal 39 4000-045 Porto Informações www.esmae-ipp.pt/thsc [email protected] Reservas 961 631 382 / 225 193 765 Bilheteira Só em dias de espetáculo, duas horas antes do início. Horário Reservas / Dias úteis 10h30 às 12h30 — 14h30 às 17h30 Programa sujeito a alterações Direção Francisco Beja, Tomás Belo, José Parra, Pedro Soares, José Quinta-Ferreira Direção de Produção Luisa Moreira Assistência de Produção Rui Araújo Direção Técnica Fernando Coutinho Direção de Cena Ana Carolina Oliveira Direção de Cena (estagiária) Ana Fernandes Técnicos de Luz (estagiários) Cláudia Valente, Rui Pinto Leite Técnicos de Som (estagiários) Rafael Silva, Tiago Ralha Web Design Joaquim Madail Operadora de Bilheteira Marina Freitas Frente de Casa Sofia Fernandes 25 E 26 out A 20 dE novEmbro Fotografia Jorge Gonçalves individualidade seja, certamente, um dos grandes temas anti-utópicos. A transcen- dência da vida individual encontra recor- rentemente representações na ficção cien- tífica, onde, muitas vezes, funciona como um reajuste da biologia individual aos rit- mos incomparavelmente mais temporais da própria história. Uma terceira via em que o tempo individual e coletivo é identi- ficado com o outro é a própria experiência da vida quotidiana, de acordo com Roland Barthes, o sinal por excelência da repre- sentação utópica: ‘la marque de l’Utopie, c’est le quotidien’. Reconsiderar a espacia- lidade utópica para além de concepções anarquistas - uma espacialidade crítica - oferece uma visão sobre a natureza da subjetividade, poder e transformação do espaço social. Texto Tiago Patrício entre outros Direção artística, dramaturgia, ence- nação, dispositivo cénico, desenho de luz e vídeo Emanuel de Sousa Figurinos e adereços Ponto Teatro Interpretação Daniela Gonçalves, Olin- da Favas, Pedro Dias, Rita Vieira, Ema- nuel de Sousa, entre outros. Produção Ponto Teatro Apoios Direção-geral das Artes / Governo de Portugal, Secretário de Estado da Cul- tura, O Espaço do Tempo Bilhetes 3,5 a 10 euros teatro — machina beckett teatro plÁstico 16 a 24 novembro 21h30 Com ‘Machina Beckett’ o Teatro Plástico dá continuidade ao ciclo de trabalho que tem vindo a dedicar a Samuel Beckett com encenações que reavaliam o legado Beckettiano e fazem uma releitura des- te incontornável universo dramatúrgico na múltipla dimensão teatral, poética e multimédia e enquanto território físico e mental que marcou de forma essencial a cultura contemporânea. Ao explorar as características eminentemente audiovi- suais deste universo e incluir fragmentos de poesia e narrativa, teatro radiofónico e material audiovisual diverso, este espe- táculo pretende explorar as particularida- des da estética Beckettiana identificando os elementos comuns e trabalhando as especificidades que cada médium vai in- troduzindo numa obra que põe em ação os códigos e mecanismos cénicos da grande engrenagem poético-teatral de Beckett. Direção Artística / Encenação Francisco Alves Direção Técnica Mário Bessa Espetáculo para maiores de 16 anos Bilhetes 3,5 a 10 euros teatro — labaret 3 a morte clown laboratori 28 a 30 novembro 21h30 O Clown Laboratori é uma plataforma de formação, criação e experimentação da arte do palhaço. Este projeto, lançado em 2010, reside atualmente na Fábrica da Rua da Alegria (ESMAE, Porto). Conta até à data com três produções em formato cabaret, com números em que se explora o efeito cómico através da sim- plicidade, ingenuidade e generosidade do palhaço. Não adianta estar com paninhos quentes, Labaret 3 é um cabaret sobre a Morte. As crianças também podem vir? Sim, não há qualquer realismo mas sim aquilo que de hilariante pode ser encon- trado sob este tema. De que forma olha um palhaço para a morte? Como habitam os coveiros, os algozes, os cadáveres e as almas penadas, o mundo da comédia? Até onde pode ir a imaginação e a capacidade de rir diante da realidade mais obscura e inelutável da existência humana? Depois de 2 anos a solidificar um percurso forma- tivo rigoroso e eficaz na arte de fazer rir, os elementos do Clown Laboratori Porto construíram o seu cabaret mais negro, en- cenados mais uma vez por Pedro Fabião, da companhia Rei Sem Roupa. Prosseguindo a ênfase do grupo numa energia cénica desarmante, encontramos contudo neste Labaret 3 uma respiração diferente, quan- do comparado com o anterior espetáculo. Focámo-nos nos detalhes de construção de um número, na atenção ao detalhe e ao uso do silêncio. Esperamos que caia nova- mente nas boas graças do público, e que a morte do palhaço não seja em vão. Direção Artística / Encenação Pedro Fabião Espetáculo para maiores de 3 anos Bilhetes 3,5 a 10 euros teatro produÇÃo 3º ano curso de teatro 18 a 22 dezembro 21h30 Os alunos do 3º ano da curso de Teatro da ESMAE, sobem ao palco do THSC, entre 18 e 22 de dezembro, para apresentar a primeira de duas produções que marcam o início do fim do seu programa de estudos superiores neste estabelecimento de ensino artístico. Esta primeira produção, que incidirá sobre um texto clássico do teatro ocidental, de- safiará por um lado a capacidade do grupo na verificação das ferramentas adquiridas. Encenação Lee Beagley Bilhetes 4 euros teatro helena sÁ e costa pro grama ÇÃo PSST / www.pedroserapicos.com sEtEmbro outubro novEmbro dEzEmbro Fotografia Trijital Capa Cabaret 3 A morte

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11no

v

Teatro Helena Sá e CostaRua da Alegria 503Rua da Escola Normal 394000-045 Porto

Informaçõeswww.esmae-ipp.pt/[email protected]

Reservas 961 631 382 / 225 193 765

Bilheteira Só em dias de espetáculo, duas horas antes do início.

Horário Reservas / Dias úteis10h30 às 12h30 — 14h30 às 17h30Programa sujeito a alterações

Direção Francisco Beja, Tomás Belo,José Parra, Pedro Soares,José Quinta-Ferreira

Direção de Produção Luisa MoreiraAssistência de Produção Rui AraújoDireção Técnica Fernando CoutinhoDireção de Cena Ana Carolina Oliveira Direção de Cena (estagiária)Ana FernandesTécnicos de Luz (estagiários)Cláudia Valente, Rui Pinto LeiteTécnicos de Som (estagiários)Rafael Silva, Tiago RalhaWeb Design Joaquim MadailOperadora de BilheteiraMarina FreitasFrente de CasaSofia Fernandes

25 E 26 outA 20 dE novEmbro

Foto

graf

ia Jo

rge

Gon

çalv

es

individualidade seja, certamente, um dos

grandes temas anti-utópicos. A transcen-

dência da vida individual encontra recor-

rentemente representações na ficção cien-

tífica, onde, muitas vezes, funciona como

um reajuste da biologia individual aos rit-

mos incomparavelmente mais temporais

da própria história. Uma terceira via em

que o tempo individual e coletivo é identi-

ficado com o outro é a própria experiência

da vida quotidiana, de acordo com Roland

Barthes, o sinal por excelência da repre-

sentação utópica: ‘la marque de l’Utopie,

c’est le quotidien’. Reconsiderar a espacia-

lidade utópica para além de concepções

anarquistas - uma espacialidade crítica

- oferece uma visão sobre a natureza da

subjetividade, poder e transformação do

espaço social.

Texto Tiago Patrício entre outros

Direção artística, dramaturgia, ence-

nação, dispositivo cénico, desenho de

luz e vídeo Emanuel de Sousa

Figurinos e adereços Ponto Teatro

Interpretação Daniela Gonçalves, Olin-

da Favas, Pedro Dias, Rita Vieira, Ema-

nuel de Sousa, entre outros.

Produção Ponto Teatro

Apoios Direção-geral das Artes / Governo

de Portugal, Secretário de Estado da Cul-

tura, O Espaço do Tempo

Bilhetes 3,5 a 10 euros

TEATRO — MACHINA BECKETTTEATRO PLÁSTICO16 A 24 NOvEMBRO21H30

Com ‘Machina Beckett’ o Teatro Plástico

dá continuidade ao ciclo de trabalho que

tem vindo a dedicar a Samuel Beckett

com encenações que reavaliam o legado

Beckettiano e fazem uma releitura des-

te incontornável universo dramatúrgico

na múltipla dimensão teatral, poética e

multimédia e enquanto território físico

e mental que marcou de forma essencial

a cultura contemporânea. Ao explorar as

características eminentemente audiovi-

suais deste universo e incluir fragmentos

de poesia e narrativa, teatro radiofónico

e material audiovisual diverso, este espe-

táculo pretende explorar as particularida-

des da estética Beckettiana identificando

os elementos comuns e trabalhando as

especificidades que cada médium vai in-

troduzindo numa obra que põe em ação os

códigos e mecanismos cénicos da grande

engrenagem poético-teatral de Beckett.

Direção Artística / Encenação

Francisco Alves

Direção Técnica Mário Bessa

Espetáculo para maiores de 16 anos

Bilhetes 3,5 a 10 euros

TEATRO — LABARET 3A MORTECLOWN LABORATORI 28 A 30 NOvEMBRO21H30

O Clown Laboratori é uma plataforma de

formação, criação e experimentação da

arte do palhaço. Este projeto, lançado em

2010, reside atualmente na Fábrica da

Rua da Alegria (ESMAE, Porto).

Conta até à data com três produções em

formato cabaret, com números em que

se explora o efeito cómico através da sim-

plicidade, ingenuidade e generosidade do

palhaço. Não adianta estar com paninhos

quentes, Labaret 3 é um cabaret sobre a

Morte. As crianças também podem vir?

Sim, não há qualquer realismo mas sim

aquilo que de hilariante pode ser encon-

trado sob este tema. De que forma olha

um palhaço para a morte? Como habitam

os coveiros, os algozes, os cadáveres e as

almas penadas, o mundo da comédia? Até

onde pode ir a imaginação e a capacidade

de rir diante da realidade mais obscura e

inelutável da existência humana? Depois

de 2 anos a solidificar um percurso forma-

tivo rigoroso e eficaz na arte de fazer rir,

os elementos do Clown Laboratori Porto

construíram o seu cabaret mais negro, en-

cenados mais uma vez por Pedro Fabião, da

companhia Rei Sem Roupa. Prosseguindo

a ênfase do grupo numa energia cénica

desarmante, encontramos contudo neste

Labaret 3 uma respiração diferente, quan-

do comparado com o anterior espetáculo.

Focámo-nos nos detalhes de construção

de um número, na atenção ao detalhe e ao

uso do silêncio. Esperamos que caia nova-

mente nas boas graças do público, e que a

morte do palhaço não seja em vão.

Direção Artística / Encenação

Pedro Fabião

Espetáculo para maiores de 3 anos

Bilhetes 3,5 a 10 euros

TEATRO PRODUÇÃO 3º ANOCURSO DE TEATRO 18 A 22 DEzEMBRO21H30

Os alunos do 3º ano da curso de Teatro da

ESMAE, sobem ao palco do THSC, entre 18 e

22 de dezembro, para apresentar a primeira

de duas produções que marcam o início do

fim do seu programa de estudos superiores

neste estabelecimento de ensino artístico.

Esta primeira produção, que incidirá sobre

um texto clássico do teatro ocidental, de-

safiará por um lado a capacidade do grupo

na verificação das ferramentas adquiridas.

Encenação Lee Beagley

Bilhetes 4 euros

TEATROHELENA SÁ

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GRAMAÇÃO

PSST / www.pedroserapico

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DANÇA — INFERNOFILIPE MOREIRA23 E 24 OUTUBRO — 21H30

INFERNO é um espetáculo de dança cons-

truído a partir de um poema de Bocage e

de testemunhos de pessoas sobre os te-

mas da paixão, adição, trabalho, guerra

e fome. Com uma forte componente tea-

tral, o espetáculo conta com um elenco

de bailarinos que dão corpo a histórias de

relações humanas intensas e ambíguas.

“A frouxidão no amor é uma ofensa,

Ofensa que se eleva a grau supremo;

Paixão requer paixão; fervor, e extremo;

Com extremo e fervor se recompensa.

Vê qual sou, vê qual és, vê que diferença!

Eu descoro, eu praguejo, eu ardo,

eu gemo; Eu choro, eu desespero, eu cla-

mo, eu tremo, […]” Notando Insensibili-

dade na Sua Amada

Bocage

Direção, Cenografia, Iluminação e Fi-

gurinos Filipe Moreira

Música Steffa Vale

Intérpretes Cláudia Eiras, Isabel Costa,

Mariana Amorim

Website filipe-moreira.wix.com/official

Espetáculo para maiores de 3 anos

Bilhetes 3,5 a 10 euros

TEATRO — A 20 DE NOvEMBRO ARTÍSTAS UNIDOS25 E 26 OUTUBRO — 21H30

Durante os meus 18 anos de existência

aprendi que só podemos ser felizes

se nos diluirmos na multidão anónima

se nos adaptarmos à sociedade

como uns idiotas

Mas eu não podia

não o queria fazer

Lars Norén

A 20 de Novembro de 2006, Sebastian

Bosse atirou sobre alunos e professores

do seu antigo liceu antes de se suicidar.

A partir do seu diário íntimo publicado

na Net, Lars Norén escreve um texto in-

tenso, frio e clínico. A partir deste diário

deixado pelo adolescente, Lars Norén

transpõe o texto para a sua escrita dra-

matúrgica e escreve um monólogo onde

a poesia se mistura com a narração vio-

lenta e clínica de um massacre e de um

suicídio programados. Texto intenso,

concreto, realista e trágico onde a memó-

ria passa como sombras na consciência,

A 20 de Novembro é uma chamada de

socorro mas a ajuda não chega a tempo.

É um requisitório que descreve uma so-

ciedade que esmaga os seus indivíduos

mais fracos. O texto ultrapassa o fait-di-

vers para expor o mecanismo de humilha-

ção, a confusão de valores, o fascínio pela

guerra e pelas armas, o sentimento de ex-

clusão e desprezo vividos pelo jovem. As

palavras do jovem Sebastian Bosse, redu-

zidas à sua expressão mais simples, são

singulares e excessivas. As referências à

cultura juvenil e global dos jogos vídeo

e a interpretação crítica da sociedade

ocidental encontram necessidade de um

público mais vasto, de um público que se

encontra para além das fronteiras da sua

língua original impelindo-o por vezes

a falar em inglês, a linguagem global,

para que o mundo inteiro o compreen-

da. As interpelações constantes ao pú-

blico, o seu diálogo com ele (num teatro

de proximidade, de intervenção) tornam

os espectadores testemunhas ou cúm-

plices desta terrível aventura pela qual

ninguém pode ficar indiferente. Porque

ninguém está inocente.

Francis Seleck

Texto Lars Norén

Tradução Francis Seleck

Direcção Francis Seleck

Ator João Pedro Mamede

Produção Cena Múltipla/Associação Cul-

tural O Mundo do Espetáculo

Apoio Câmara Municipal de Almada

Espetáculo para maiores de 16 anos

Bilhetes 3,5 a 10 euros

TEATRO — UTOPIATM

PONTO TEATRO31 OUTUBRO A 10 NOvEMBRO 21H30

UTOPIATM, primeira Instância da ‘Trilogia

do Lugar’, trilogia de experiências perfor-

mativas sobre a temática do ‘lugar’ (topos)

- utopia, distopia e heterotopia - que par-

tem da justaposição de textos dramáticos

e não dramáticos clássicos e textos de no-

vos autores nacionais e internacionais na

exploração da técnica de ‘dètournement’

como dispositivo formal. Explorando a

contaminação e cruzamento de lingua-

gens assente numa ideia de transdiscipli-

naridade sob uma mesma linha de inves-

tigação estética ‘intermédia’ comum às

três instâncias da trilogia, prevê-se que as

produções sejam apresentadas de forma

individual até à estreia da última instân-

cia e a partir dessa altura sejam passíveis

de serem apresentadas de forma consecu-

tiva numa experiência performativa úni-

ca, enquanto objecto artístico que desafie

a percepção de intérpretes e público, das

noções de espaço e do tempo, da noção de

‘lugar’. Na discussão da temporalidade

e da espacialidade sempre bifurcam dois

caminhos de experiências existenciais

(em que questões de memória parecem

predominar) e do tempo histórico (com

os seus interrogatórios sobre o futuro), no

entanto, esta fusão de tempo individual e

coletivo não pressupõe um eclipse da sub-

jetividade, embora a perda da (burguesa)

TEATRO — CONFERÊNCIACRINABEL TEATRO11 E 12 OUTUBRO — 21H3013 OUTUBRO 18H00

“Reunião em que se discute um assunto

comum: estar em conferência. Reunião

de diplomatas, de chefes de governo ou de

ministros, de que participam assessores,

com o propósito de determinar, regular,

fixar, pautar um problema político de

ordem internacional: a conferência do

desarmamento. Palestra feita diante de

um público sobre diferentes questões (li-

terárias, religiosas, científicas, políticas,

etc.). Entrevista coletiva. Ação ou efeito

de conferir, cotejar.” Decidimos em con-

junto o que discutir: o amor, a felicidade,

o entretenimento, as touradas, a morte,

a moralidade, a condição física do Ho-

mem e da Humanidade, o indivíduo, os

coletivos, o rock e a ópera, o teatro e as

suas recorrências, o teatro e as suas novas

“formas de fazer” que rapidamente se tor-

nam recorrências, as grandes ideias e os

pensamentos fugazes. Procuramos junto

da obra de Rainer Maria Rilke linhas de

pensamento sobre o indivíduo e o coleti-

vo, as idiossincrasias das unidades, o pen-

samento e a visão poética e filosófica sobre

a existência, para as transformarmos em

qualquer outra coisa e de tudo isto fizemos

um programa para um ato de partilha de

vontades, duvidas, delírios e tratados a

que chamamos “Conferencia”. Trazemos

para cena uns quantos artifícios, pro-

curando entupir a mecânica cénica com

distrações e habilidades, dificultando ao

espectador o entendimento do que cre-

mos dizer, porque tal como na vida e no

dia-a-dia a relação entre as gentes não é

um ato fácil nem cómodo, é árduo, ardilo-

so e muitas vezes tão pouco claro, que nos

obriga a caminhar as escuras por dentro

de cada pessoa que nos rodeia. Por isso

não venham a esta “Conferência” espe-

rando que vos levemos ao colo, venham

sim com os sentidos despertos e prontos

para correr atrás de nós.

Criação coletiva Crinabel Teatro

Encenação Marco Paiva

Assistência de encenação de Tiago Gon-

çalves e Milu Neto

Textos Rainer Marie Rilke e Crinabel

Teatro

Desenho de Luz Nuno Samora

Espaço sonoro Marco Paiva

Ambiente vídeo Marco Paiva

Direcção Técnica Nuno Samora

Produção Executiva Crinabel Teatro

Fotografias “Trigital”

Duração 50m (aprox.)

Classificação etária M/12

Intérpretes António Coutinho, Ana Isa-

bel Dias, Ana Rosa Teixeira, Andreia Fa-

rinha, Carlos Jorge, Carolina Sousa

Mendes, Filipe Madeira, Joana Honório,

João Leon, João Pedro Conceição, Manue-

la Ferreira, Rui Fonseca, Sérgio Fonseca e

Tomás de Almeida.

Este espetáculo insere-se na programação

do MEXE 2 Encontro Arte e Comunidade

Bilhetes 3,5 a 10 euros

ÓPERA — A FLAUTA MÁGICA DE W A MOzART19 E 20 OUTUBRO — 21H00

Todos sabemos A FLAUTA MÁGICA foi

composta por Mozart, o divino. Mas:

não o deixou ao abandono a sociedade

vienense ligada à Ópera? Todos sabemos:

este foi o homem que morreu em 1791,

aos 36 anos de idade.Mas: como nos pode

falar um morto? Falar-nos a nós, que es-

tamos vivos? Todos sabemos: A FLAUTA

MÁGICA é uma obra maravilhosa, com

maravilhosa música, maravilhosa tra-

ma e maravilhosos figurinos. Mas: duas

pessoas querem-se suicidar. Isso é mara-

vilhoso? Todos sabemos: na FLAUTA MÁ-

GICA ganha o bom – o homem. O mau é

aniquilado – a mulher. Mas: a ditadura

do bom não é também uma ditadura?

Peter Konwitschny

Encenação Peter Konwitschny

Ópera Estúdio da ESMAE

Orquestra Sinfónica da ESMAE

Libreto Schikaneder

Tradução do libreto Alexandre Delgado

Espetáculo para maiores de 3 anos

Bilhetes 4 euros

A Pós-Graduação em Ópera e Estudos Mú-

sico-Teatrais da ESMAE vem preencher

uma lacuna no panorama nacional na

área da formação especializada em ópera

nas suas diversas vertentes, e na sua re-

lação intrínseca no processo de conceção,

produção, realização e apresentação do

espetáculo ÓPERA. A Escola Superior de

Música e Artes do Espectáculo do Porto,

enquanto escola que abarca numa mes-

ma unidade de escolar, de uma forma in-

tegrante e globalizada, as várias áreas do

ensino da música e do teatro, constitui-se

assim como o lugar privilegiado, em Por-

tugal, para a fundação de um Estúdio de

Ópera. A Flauta Mágica de W. A. Mozart

(em português) é encenada por um dos

mais importantes e polémicos encena-

dores do mundo da ópera da atualidade.

A sua presente encenação faz renascer a

Flauta Mágica como nunca a havíamos

visto anteriormente, uma história do

nosso tempo: “o nosso mundo, nas suas

aflições e fraturas” (P. Konwitschny).

António Salgado

Coordenador da Pós-Graduação

em Ópera e Estudos Músico-Teatrais

da ESMAE

MúSICA — ORqUESTRASINFÓNICA DA ESMAE21 E 22 SETEMBRO17H00Dia 21 e 22 de setembro sobe ao palco do

Teatro Helena Sá e Costa a Orquestra Sin-

fónica da ESMAE.

Maestro António Saiote

Programa

J. Brahms — Abertura Trágica

Tchaikovsky — 6ª Sinfonia

Bilhetes 4 euros

TEATRO — HOMENAGEMA JOÃO vILLARET / A COMUNA – TEATRO DE PESqUISA24 A 28 SETEMBRO — 21H3029 DE SETEMBRO — 18H00Assinalando o seu centenário, “Homena-

gem a João Villaret” (1913-2013) é um espe-

táculo que recria os grandes números que

o ator João Villaret criou em vários espetá-

culos de revista e que se tornaram em ver-

dadeiros exemplos daquele género de teatro

popular em meados do século passado. O

espetáculo recria também alguns dos poe-

mas originais que foram escritos para o ator

por António Botto, António Lopes Ribeiro,

entre outros, e ainda alguns poetas que

Villaret revelou ao público português atra-

vés dos seus inesquecíveis recitais. O espe-

táculo é também uma viagem pela vida do

grande ator, a sua formação, os trabalhos

que marcaram a sua presença no teatro e

no cinema, pontuados sobretudo por reco-

lhas de entrevistas do ator que nelas refle-

te sobre a criação, a poesia, a intervenção

do teatro junto das camadas populares e a

função da televisão, que então aparecia em

Portugal e de que João Villaret se tornaria

numa das suas grandes primeiras vedetas.

João Villaret foi pelo seu talento, o seu ri-

gor, a sua grande exigência e, sobretudo,

pelo grande amor que tinha pela língua

portuguesa uma figura fundamental da

cultura portuguesa do século XX, que sou-

be, como poucos, dignificar a atividade do

ator em Portugal e dar-lhe uma dimensão

ímpar no panorama teatral de então. João

Villaret merece esta Homenagem e merece

que a sua memória seja perpetuada como

exemplo de coerência e rigor, numa época

tão difícil e fechada como aquela em que

viveu: o Estado Novo em Portugal. É ainda

este trabalho um reencontro com aquilo

que a Revista Portuguesa teve de melhor

qualidade e ousadia, e que tornaram aquele

género de teatro no mais popular no nosso

país durante mais de 80 anos. Carlos Paulo

Comuna Teatro de Pesquisa

Espetáculo Carlos Paulo

Elenco Carlos Paulo e Ana Lúcia Palmilha

Música Hugo Franco

Duração 50 Minutos

Bilhetes 3,5 a 10 euros

TEATRO — NÓS — PELE4 E 5 DE OUTUBRO — 21H306 DE OUTUBRO — 18H00

Nos silêncios guardamos a memórias de

NÓS mesmos. Com os gestos rasgamos os

NÓS que nos prendem no tempo e no es-

paço, enchendo os dias de memórias vivi-

das ou ainda por viver.

“Eu fiquei com aquele dia atravessado no

peito” Valter Hugo Mãe

Uma Criação PELE, pelo Grupo de Teatro

de Surdos do Porto. Inspirado na obra lite-

rária de Valter Hugo Mãe, “A Maquina de

Fazer Espanhóis”.

Produção PELE em Coprodução: Associa-

ção de Surdos do Porto. Este espetáculo inse-

re-se na programação do MEXE 2 Encontro

Arte e Comunidade. Projeto apoiado pela

DGArtes – Secretaria Estado da Cultura.

A PELE e a A.S.P. - Associação de Surdos

do Porto, com desejo partilhado de

cimentarem pontes de comunicação entre

a comunidade Surda e Ouvinte, têm vindo

a estabelecer um diálogo através do Teatro

– enquanto linguagem universal, desde

2008. Resultaram três criações teatrais

e um Livro: “Nascemos da Água e à Água

Voltaremos”, em 2008; “Eram umas quan-

tas vezes”, em 2009; “Quase Nada”, em

2011 ambos estrearam na cidade do Porto.

A partir do segundo processo/espetáculo

construímos o Livro “Eram umas quantas

vezes – registo de um processo” que foi edi-

tado em Outubro de 2011 (a acompanhar a

estreia da criação teatral “QUASE NADA”),

Dar continuidade ao trabalho desenvol-

vido pela PELE, de forma a consolidar e

apoiar o Grupo de Teatro de Surdos do Por-

to, em novas pesquisas artísticas e novas

criações é um dos objetivos deste projeto.

Espetáculo Bilingue Língua Gestual Por-

tuguesa e Língua Portuguesa

Criação Coletiva

Direção João Pedro Correia

Direção Musical Filipe Fernandes

Texto Valter Hugo Mãe, in “A Maquina de

fazer Espanhóis”

Interpretação Adélia Silva, Diana Silva,

Eduardo Gonçalves, Filipe Fernandes,

Hugo Rafaelo, Ilda Martins, Joana Sil-

veira, Margarida Carvalho, Margarida

Prelada, Maria Elisa Silva, Melissa Silva,

Nelson Rodrigues, Ricardo Cottin, Rosá-

rio Costa, Simão Luís, Sofia Gomes, Sofia

Quintas e Tânia Reis.

Fotografia Carlota Leitão

Espetáculo para maiores de 6 anos

Bilhetes 3,5 a 10 euros

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