9 como se ouve a missa do galo e presepes

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Como se ouve a missa do “galo” & Presepes Grupo: Gabriel Martins, Gabriel Paniago e Thiago Prieto. Ano: 1º “B” Professora: Maria Lúcia Peres Matéria: Literatura.

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Como se ouve a missa do “galo”

& Presepes

Grupo: Gabriel Martins, Gabriel Paniago e Thiago Prieto.

Ano: 1º “B”

Professora: Maria Lúcia Peres

Matéria: Literatura.

Como se ouve a missa do “galo”

O autor começa o texto explorando o motivo do evento: “Por que ocorre a missa do ‘galo’?”. Celebração cristã em nome do nascimento de Cristo, que – em sua origem – chamava-se missa da hora do ‘gallicinium’ ou hora que os galos cantam, porque era celebrada após a meia-noite.

A missa do "galo" não começa precisamente à meia-noite e não tem a obrigação de acabar antes de uma da manhã. A missa só, sem galo, o divino sacrifício de que os casuístas espanhóis do século XIII faziam a anatomia – talvez tivesse em tempos remotos uma hora precisa, exata, confirmada pelo dogma. O galo, porém, varia e canta, ou adiantado ou com atraso.

Se em sua origem havia respeito e devoção, o narrador vai percebendo que na modernidade ela perde muito do seu significado. A missa é muito mais um motivo de encontro social, do que realmente religioso.

O narrador faz uma peregrinação pelas celebrações na cidade do Rio de Janeiro e verifica que seja na igreja das comunidades mais ricas, seja nas mais pobres a população se esquece completamente o momento sagrado e se entrega à atitudes profanas.

A crônica destaca os desfiles das famílias, dos rapazes e das moças, a busca pelos olhares dos outros. Pais de família viram solteiros, o recato dá lugar à libertinagem e o ar solene perde para o deboche.

Como se ouve a missa do galo? Se ouve a missa do galo? Para uma cidade inteira a tradição, a fé e o real significado se perderam no tempo, mas na crônica existem ilhas, pessoas que em meio a todos os desvios resgatam e fazem renascer a mensagem real da missa do galo.

De joelhos? Na missa do galo? Deus! Quem seria aquele pobre coitado? Aproximei-me. Era um rapaz – teria no máximo vinte anos. Ao lado o seu chapelão de coco repousava junto à grossa bengala. No seu corpo ajustava-se demais um grosso fato de inverno aldeão. De mãos postas, a face ingênua voltada para o altar, esse ser, numa noite báquica, era tão anormal, tão extraordinário, que eu cheguei bem perto, olhei bem, fui ao ponto de curvar-me para lhe espiar os olhos. O pobre sobressaltou-se.

João do Rio utiliza-se do humor para narrar tudo que vê – como um bom flaneur – desse caráter de festa, dionisíaco da população que enchem as igrejas para as missas natalinas.

Presepes

Os presepes são uma criação popular. Antes dos artistas de Paris e Viena, que expõem nos salões do Campo de Marte e no Kunstlerhaus, o povo criou nos presepes o anacronismo religioso, o anacronismo que, segundo la Sizeranne, é a fé; pôs, como Breughel nos Peregrinos de Emaús e Beraud na Madalena entre os Fariseus, homens de hoje nas cenas do Velho Testamento.

O presépio é talvez a mais antiga forma de caracterização do Natal. Sabe-se que foi São Francisco de Assis, na cidade italiana de Greccio, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal qual o conhecemos hoje. A idéia surgiu enquanto lia, numa de suas longas noites, um trecho de São Lucas que lembrava o nascimento de Cristo. Resolveu então monta-lo em tamanho natural, numa gruta de sua cidade. O que restou desse presépio encontra-se atualmente na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.Presépio ( em hebraico ebus e urvã em latim praesepium) significa em hebraico "a manjedoura dos animais", mas também o termo é usado frequentemente para indicar o próprio estábulo.