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  • Para saber mais, visite:

    www.objetivosdomilenio.org.br

    www.nospodemos.org.br

    ISBN

  • Editorial

    03

    Imagine que hoje voc resolveu no comer nada. Mais: no estabeleceu

    um prazo para o fim desse jejum. As primeiras horas foram difceis, mas

    suportveis. Depois, veio aquela sensao progressiva de vazio. Um misto de

    tontura, irritao, sono, que aponta para o desespero. Isso a fome.

    Comer a mais bsica das necessidades humanas. Por isso, a fome o

    ltimo alarme da misria. Como diz a letra de uma msica popular, a fome

    impaciente, a fome come a gente.

    A misria e a fome persistem, como um elo entre a civilizao e a barbrie,

    porque as sociedades humanas, por ato ou omisso, assim o admitem.

    No por acaso o primeiro dos 8 Objetivos do Milnio propostos pela ONU

    em 2000 justamente Acabar com a Fome e a Misria. No Brasil, esses

    objetivos so os 8 Jeitos de Mudar o Mundo.

    Pelo planeta, milhares de cientistas, organizaes no-governamentais,

    polticos, educadores tomaram para si o desafio de tentar mudar esse quadro

    que s vezes choca, s vezes envergonha - e tambm, muitas vezes, nos d a

    sensao de que no podemos mudar nada. Mas podemos, acredite!

    Evidentemente, no h solues mgicas. Onde houver grandes

    desigualdades sociais e desemprego, haver misria e fome. Mas possvel

    avanar muito, se cada um tomar para si o primeiro desafio do milnio.

    O propsito deste livro justamente mostrar que no Brasil ns todos

    podemos fazer algo transformador, duradouro e sustentvel para ajudar a

    diminuir a pobreza e a fome.

    Mas como? Se voc chegou at esta linha, comeou bem. O prxima

    passo virar a pgina.

    texto

    Paulo de Camargo

    Produo

    Dirk Hegmanns

    Katia Gonalves Mori

    Maria Lucia Meirelles Reis

    Priscila Cruz

    Renata Nogueira

    Suzanne Locke

    Projeto Grfico e diagramao

    Qualis Comunicao

    Reviso

    Ftima Mendona Couto

    Realizao e coordenao

    Faa Parte - Instituto Brasil Voluntrio

    Programa dos Voluntrios das Naes Unidas

    SPO/BR/2005/PI/H/8

  • Editorial

    03

    Imagine que hoje voc resolveu no comer nada. Mais: no estabeleceu

    um prazo para o fim desse jejum. As primeiras horas foram difceis, mas

    suportveis. Depois, veio aquela sensao progressiva de vazio. Um misto de

    tontura, irritao, sono, que aponta para o desespero. Isso a fome.

    Comer a mais bsica das necessidades humanas. Por isso, a fome o

    ltimo alarme da misria. Como diz a letra de uma msica popular, a fome

    impaciente, a fome come a gente.

    A misria e a fome persistem, como um elo entre a civilizao e a barbrie,

    porque as sociedades humanas, por ato ou omisso, assim o admitem.

    No por acaso o primeiro dos 8 Objetivos do Milnio propostos pela ONU

    em 2000 justamente Acabar com a Fome e a Misria. No Brasil, esses

    objetivos so os 8 Jeitos de Mudar o Mundo.

    Pelo planeta, milhares de cientistas, organizaes no-governamentais,

    polticos, educadores tomaram para si o desafio de tentar mudar esse quadro

    que s vezes choca, s vezes envergonha - e tambm, muitas vezes, nos d a

    sensao de que no podemos mudar nada. Mas podemos, acredite!

    Evidentemente, no h solues mgicas. Onde houver grandes

    desigualdades sociais e desemprego, haver misria e fome. Mas possvel

    avanar muito, se cada um tomar para si o primeiro desafio do milnio.

    O propsito deste livro justamente mostrar que no Brasil ns todos

    podemos fazer algo transformador, duradouro e sustentvel para ajudar a

    diminuir a pobreza e a fome.

    Mas como? Se voc chegou at esta linha, comeou bem. O prxima

    passo virar a pgina.

    texto

    Paulo de Camargo

    Produo

    Dirk Hegmanns

    Katia Gonalves Mori

    Maria Lucia Meirelles Reis

    Priscila Cruz

    Renata Nogueira

    Suzanne Locke

    Projeto Grfico e diagramao

    Qualis Comunicao

    Reviso

    Ftima Mendona Couto

    Realizao e coordenao

    Faa Parte - Instituto Brasil Voluntrio

    Programa dos Voluntrios das Naes Unidas

  • dirigido especialmente a educadores (diretores, coordenadores,

    professores), que tero a misso de dar o pontap inicial nesse jogo no qual

    todos ganham.

    Aqui esto disponveis, em linguagem acessvel e de modo direto, diversos

    tipos de informao importantes, bem como sugestes de trabalho.

    Graficamente, procuramos fazer com que, nas mesmas pginas, os

    educadores possam encontrar todos os subsdios necessrios.

    Os contedos podem ser agrupados da seguinte forma:

    1. Idias sobre como desenvolver projetos de voluntariado educativo

    em trs nveis:

    a escola, como instituio, centraliza aes importantes para a

    comunidade;

    os educadores propem atividades educativas nas quais os alunos

    aprendem, ao mesmo tempo em que levam informao,

    conhecimento e desenvolvimento comunidade; e

    os alunos, por meio de iniciativas prprias de voluntariado

    educativo, mobilizam-se para mudar o mundo.

    2. Informaes:

    sobre a misria e a fome.

    sobre a ONU e sobre o que esse organismo representa para o

    mundo;

    sobre o Faa Parte e sua misso principal, que consiste em

    estimular prticas de voluntariado educativo; e

    04 05

    O ingrediente principal a

    EducaoNo por falta de nmeros, no por falta de estudos, diagnsticos e

    estatsticas que o drama da misria subsiste como uma doena social

    crnica. Nem por falta de denncias, reportagens, retratos cortantes da

    fome, que diariamente nos chocam, mas so incapazes de, sozinhos,

    provocar solues duradouras.

    O que alimenta a fome a sensao de que um problema que no nos

    pertence, e contra o qual pouco podemos fazer.

    Mas ns, que vivemos o cotidiano da educao, todos os dias plantando

    uma semente de futuro, sabemos: , sim, possvel mudar o rumo das coisas,

    se conseguirmos levar s crianas, aos adolescentes, aos adultos um

    alimento que no se empacota, se pesa ou se pega, e que quanto mais

    oferecemos, mais temos para dar: o conhecimento.

    Se h soluo para o problema da misria, ela passa muito perto da sala

    de aula.

    Esta publicao tem um objetivo simples: mostrar, de forma didtica e

    direta, como a escola pode, por meio de projetos consistentes de

    voluntariado educativo, participar desse desafio, ao mesmo tempo global e

    local, que eliminar a misria - do estmago, da mente, do corao e da vida

    dos homens.

    O primeiro trabalho bvio: educar bem, manter as crianas na escola,

    faz-las acreditar que o mundo melhor no um destino, mas um caminho

    em construo.

    O segundo comea agora: mostrar aos alunos que, mesmo to jovens

    como so, j podem ser agentes da mudana, j podem ensinar, promover

    transformaes.

    Este livro no contm receitas, mas oferece excelentes ingredientes para

    quem quer ajudar o Brasil a vencer o desafio lanado pela ONU.

  • dirigido especialmente a educadores (diretores, coordenadores,

    professores), que tero a misso de dar o pontap inicial nesse jogo no qual

    todos ganham.

    Aqui esto disponveis, em linguagem acessvel e de modo direto, diversos

    tipos de informao importantes, bem como sugestes de trabalho.

    Graficamente, procuramos fazer com que, nas mesmas pginas, os

    educadores possam encontrar todos os subsdios necessrios.

    Os contedos podem ser agrupados da seguinte forma:

    1. Idias sobre como desenvolver projetos de voluntariado educativo

    em trs nveis:

    a escola, como instituio, centraliza aes importantes para a

    comunidade;

    os educadores propem atividades educativas nas quais os alunos

    aprendem, ao mesmo tempo em que levam informao,

    conhecimento e desenvolvimento comunidade; e

    os alunos, por meio de iniciativas prprias de voluntariado

    educativo, mobilizam-se para mudar o mundo.

    2. Informaes:

    sobre a misria e a fome.

    sobre a ONU e sobre o que esse organismo representa para o

    mundo;

    sobre o Faa Parte e sua misso principal, que consiste em

    estimular prticas de voluntariado educativo; e

    04 05

    O ingrediente principal a

    EducaoNo por falta de nmeros, no por falta de estudos, diagnsticos e

    estatsticas que o drama da misria subsiste como uma doena social

    crnica. Nem por falta de denncias, reportagens, retratos cortantes da

    fome, que diariamente nos chocam, mas so incapazes de, sozinhos,

    provocar solues duradouras.

    O que alimenta a fome a sensao de que um problema que no nos

    pertence, e contra o qual pouco podemos fazer.

    Mas ns, que vivemos o cotidiano da educao, todos os dias plantando

    uma semente de futuro, sabemos: , sim, possvel mudar o rumo das coisas,

    se conseguirmos levar s crianas, aos adolescentes, aos adultos um

    alimento que no se empacota, se pesa ou se pega, e que quanto mais

    oferecemos, mais temos para dar: o conhecimento.

    Se h soluo para o problema da misria, ela passa muito perto da sala

    de aula.

    Esta publicao tem um objetivo simples: mostrar, de forma didtica e

    direta, como a escola pode, por meio de projetos consistentes de

    voluntariado educativo, participar desse desafio, ao mesmo tempo global e

    local, que eliminar a misria - do estmago, da mente, do corao e da vida

    dos homens.

    O primeiro trabalho bvio: educar bem, manter as crianas na escola,

    faz-las acreditar que o mundo melhor no um destino, mas um caminho

    em construo.

    O segundo comea agora: mostrar aos alunos que, mesmo to jovens

    como so, j podem ser agentes da mudana, j podem ensinar, promover

    transformaes.

    Este livro no contm receitas, mas oferece excelentes ingredientes para

    quem quer ajudar o Brasil a vencer o desafio lanado pela ONU.

  • No houve evoluo social importante no mundo sem que a educao

    desempenhasse um papel fundamental nesse processo.

    Educar transformar, desenvolver pessoas, abrir horizontes. Na

    realidade vivida pelo Brasil hoje, mais do que nunca o papel do educador

    fundamental.

    Na escola, todos os ingredientes da transformao se combinam: o

    conhecimento, a esperana no ser humano, a vontade de fazer.

    O Faa Parte nasceu justamente dessa absoluta confiana no potencial

    das escolas, no envolvimento do professor e, especialmente, na capacidade

    do jovem de ser um protagonista de sua prpria histria e das

    transformaes do mundo.

    Quando o instituto comeou seu trabalho, esse era um pressuposto, quase

    uma esperana. Hoje, uma certeza, confirmada pelo envolvimento de

    milhes de jovens espalhados por todo o pas.

    Alguns educadores dizem que h uma revoluo silenciosa na educao.

    Pois, para o Faa Parte, essa revoluo nada tem de silenciosa. Seus efeitos

    se fazem ouvir cada vez mais forte, cada vez mais longe.

    O Faa Parte - Instituto Brasil Voluntrio uma

    organizao social empenhada em estimular o

    desenvolvimento da cultura do voluntariado no Brasil.

    Em outras palavras, uma instituio que procura

    mobilizar pessoas, escolas, comunidades em torno da

    idia do voluntariado educativo.

    Criado h trs anos, o Faa Parte desenvolveu um

    considervel acervo de publicaes como esta,

    e conseguiu reunir milhares de experincias de

    voluntariado educativo.

    Tudo bem. Mas, por que a escola?

    06 07

    8 jeitos de mudar o mundo

    No ano 2000, depois de uma srie de fruns, debates e discusses

    realizados em todo o mundo, a ONU lanou um programa mundial de melhora

    de qualidade de vida humana, que se tornou conhecido no Brasil como Os 8

    Jeitos de Mudar o Mundo.

    No Brasil, o Faa Parte e a UNV, entidade da ONU que promove o trabalho

    voluntrio, encamparam a proposta, sob a tica do voluntariado educativo.

    A idia estimular as escolas que acreditam no potencial educativo e

    fazer do voluntariado o motor de novos projetos em cada um dos 8 Jeitos de

    Mudar o Mundo.

    Para saber mais:

    Sites:

    www.facaparte.org.br www.objetivosdomilenio.org.br

    Publicaes:

    8 Jeitos de Mudar o Mundo na Escola - Faa Parte e Editora Educar

    8 Dicas de Voluntariado - Faa Parte e Editora Educar

  • No houve evoluo social importante no mundo sem que a educao

    desempenhasse um papel fundamental nesse processo.

    Educar transformar, desenvolver pessoas, abrir horizontes. Na

    realidade vivida pelo Brasil hoje, mais do que nunca o papel do educador

    fundamental.

    Na escola, todos os ingredientes da transformao se combinam: o

    conhecimento, a esperana no ser humano, a vontade de fazer.

    O Faa Parte nasceu justamente dessa absoluta confiana no potencial

    das escolas, no envolvimento do professor e, especialmente, na capacidade

    do jovem de ser um protagonista de sua prpria histria e das

    transformaes do mundo.

    Quando o instituto comeou seu trabalho, esse era um pressuposto, quase

    uma esperana. Hoje, uma certeza, confirmada pelo envolvimento de

    milhes de jovens espalhados por todo o pas.

    Alguns educadores dizem que h uma revoluo silenciosa na educao.

    Pois, para o Faa Parte, essa revoluo nada tem de silenciosa. Seus efeitos

    se fazem ouvir cada vez mais forte, cada vez mais longe.

    O Faa Parte - Instituto Brasil Voluntrio uma

    organizao social empenhada em estimular o

    desenvolvimento da cultura do voluntariado no Brasil.

    Em outras palavras, uma instituio que procura

    mobilizar pessoas, escolas, comunidades em torno da

    idia do voluntariado educativo.

    Criado h trs anos, o Faa Parte desenvolveu um

    considervel acervo de publicaes como esta,

    e conseguiu reunir milhares de experincias de

    voluntariado educativo.

    Tudo bem. Mas, por que a escola?

    06 07

    8 jeitos de mudar o mundo

    No ano 2000, depois de uma srie de fruns, debates e discusses

    realizados em todo o mundo, a ONU lanou um programa mundial de melhora

    de qualidade de vida humana, que se tornou conhecido no Brasil como Os 8

    Jeitos de Mudar o Mundo.

    No Brasil, o Faa Parte e a UNV, entidade da ONU que promove o trabalho

    voluntrio, encamparam a proposta, sob a tica do voluntariado educativo.

    A idia estimular as escolas que acreditam no potencial educativo e

    fazer do voluntariado o motor de novos projetos em cada um dos 8 Jeitos de

    Mudar o Mundo.

    Para saber mais:

    Sites:

    www.facaparte.org.br www.objetivosdomilenio.org.br

    Publicaes:

    8 Jeitos de Mudar o Mundo na Escola - Faa Parte e Editora Educar

    8 Dicas de Voluntariado - Faa Parte e Editora Educar

  • Ok. Sua escola se preocupa com o drama da misria e freqentemente

    organiza campanhas de doao de alimentos no-perecveis, roupas,

    brinquedos.

    Literalmente, esse o arroz-com-feijo do voluntariado. Mas outros

    ingredientes so necessrios para que possamos dar um passo alm.

    Um deles a vitamina da sustentabilidade, da transformao da

    realidade do indivduo e da coletividade.

    A velha mxima oriental vale sempre: importante dar a vara, mas

    imprescindvel ensinar a pescar.

    As campanhas podem continuar, mesmo porque aes emergenciais

    muitas vezes so necessrias.

    Mas sua escola e seus alunos ganharo se

    compreenderem que a simples doao de

    alimentos, roupas e outros produtos so

    remdios que atenuam os sintomas, mas no

    curam as doenas.

    Portanto, h muito mais a ser feito. Idias, exemplos

    e referncias no faltam.

    Quem l jornais ou v televiso j ouviu falarda Organizao das Naes

    Unidas (ONU), em suas conferncias, em suas resolues, nas suas

    propostas. Em tempos de tantos conflitos armados, muito se tem falado no

    papel dessa que a principal instituio supragovernamental, mas poucos

    compreendem a real dimenso de sua importncia. Pois tempo de

    relembr-la.

    A ONU foi criada ao trmino da II Guerra Mundial, por 191 pases

    signatrios, como uma instncia de equilbrio entre os poderes, as aspiraes

    e os dilemas das diferentes naes.

    A ONU no existe somente para mediar conflitos, mas tem um papel

    sobretudo propositivo: busca, por meio de suas agncias e programas,

    estabelecer metas internacionais, envolver lideranas e comprometer os

    povos na soluo de problemas que dizem respeito a toda a humanidade.

    uma fome absorvente, come e nunca suficiente.

    Toda a fome to carente, come o amor que a gente sente.

    A fome come eternamente, no passado e no presente.

    A fome sempre descontente.

    Paulo Tatit e Sandra Peres/Luis Tatit

    O que a ONU e o que busca Campanha de arrecadao e doao de alimentos

    e roupas? Sim, mas possvel fazer mais.

    No passado, as Naes Unidas lidavam apenas

    com governos. Mas, agora, sabemos que a paz e a

    prosperidade no podem ser alcanadas sem a

    parceria de governos, organizaes internacionais,

    iniciativa privada e sociedade civil. No mundo de

    hoje, dependemos uns dos outros.

    Kofi Annan, no Frum Econmico Mundial, em 1999

    O conceito de sustentabilidade

    implica em buscar o

    desenvolvimento humano

    equilibrado e permanente.

    Conhecer a ONU no apenas

    interessante. Sua criao faz parte de

    um momento importante da evoluo da

    civilizao. Portanto, trazer esse tema

    para a sala de aula implica em fazer

    parte dessa histria.

    08 09

  • Ok. Sua escola se preocupa com o drama da misria e freqentemente

    organiza campanhas de doao de alimentos no-perecveis, roupas,

    brinquedos.

    Literalmente, esse o arroz-com-feijo do voluntariado. Mas outros

    ingredientes so necessrios para que possamos dar um passo alm.

    Um deles a vitamina da sustentabilidade, da transformao da

    realidade do indivduo e da coletividade.

    A velha mxima oriental vale sempre: importante dar a vara, mas

    imprescindvel ensinar a pescar.

    As campanhas podem continuar, mesmo porque aes emergenciais

    muitas vezes so necessrias.

    Mas sua escola e seus alunos ganharo se

    compreenderem que a simples doao de

    alimentos, roupas e outros produtos so

    remdios que atenuam os sintomas, mas no

    curam as doenas.

    Portanto, h muito mais a ser feito. Idias, exemplos

    e referncias no faltam.

    Quem l jornais ou v televiso j ouviu falarda Organizao das Naes

    Unidas (ONU), em suas conferncias, em suas resolues, nas suas

    propostas. Em tempos de tantos conflitos armados, muito se tem falado no

    papel dessa que a principal instituio supragovernamental, mas poucos

    compreendem a real dimenso de sua importncia. Pois tempo de

    relembr-la.

    A ONU foi criada ao trmino da II Guerra Mundial, por 191 pases

    signatrios, como uma instncia de equilbrio entre os poderes, as aspiraes

    e os dilemas das diferentes naes.

    A ONU no existe somente para mediar conflitos, mas tem um papel

    sobretudo propositivo: busca, por meio de suas agncias e programas,

    estabelecer metas internacionais, envolver lideranas e comprometer os

    povos na soluo de problemas que dizem respeito a toda a humanidade.

    uma fome absorvente, come e nunca suficiente.

    Toda a fome to carente, come o amor que a gente sente.

    A fome come eternamente, no passado e no presente.

    A fome sempre descontente.

    Paulo Tatit e Sandra Peres/Luis Tatit

    O que a ONU e o que busca Campanha de arrecadao e doao de alimentos

    e roupas? Sim, mas possvel fazer mais.

    No passado, as Naes Unidas lidavam apenas

    com governos. Mas, agora, sabemos que a paz e a

    prosperidade no podem ser alcanadas sem a

    parceria de governos, organizaes internacionais,

    iniciativa privada e sociedade civil. No mundo de

    hoje, dependemos uns dos outros.

    Kofi Annan, no Frum Econmico Mundial, em 1999

    O conceito de sustentabilidade

    implica em buscar o

    desenvolvimento humano

    equilibrado e permanente.

    Conhecer a ONU no apenas

    interessante. Sua criao faz parte de

    um momento importante da evoluo da

    civilizao. Portanto, trazer esse tema

    para a sala de aula implica em fazer

    parte dessa histria.

    08 09

  • Para saber mais:

    Sites:

    www.pnud.org.br

    Publicao:

    Abramovay, Ricardo. O que fome, Editora Brasiliense:

    So Paulo, 1984.

    Como organismo voltado para as questes mundiais, a ONU desenvolve

    grandes programas e estabelece metas. Os 8 Objetivos do Milnio no foram

    a primeira proposta nesse sentido. J houve outras.

    Essa proposta, no entanto, veio carregada de uma simbologia especial: a

    possibilidade de se ter um novo marco.

    Depois de grandes expectativas, especialmente pelo avano tecnolgico

    do sculo XX, a entrada do terceiro milnio trouxe um misto de esperana,

    mas tambm de frustrao, pela desigualdade social, pelos problemas

    ambientais e pelo recrudescimento das guerras.

    A partir das concluses de grandes conferncias internacionais sobre

    populao, meio ambiente, direitos humanos, entre outras, a ONU reuniu um

    conjunto de propostas, somando os esforos de todas as naes para

    resolver problemas fundamentais para a qualidade da vida humana.

    Assim, foram divulgados 8 Objetivos do Milnio, 18 metas e mais de 40

    indicadores que balizam as aes para que se obtenham grandes avanos

    at 2015.

    Por que a ONU lanou esse programa?

    Ns no devemos poupar esforos para livrar a

    humanidade, principalmente nossos filhos e netos, da

    ameaa de viver em um planeta destrudo pelas

    atividades humanas, onde os recursos sero insuficientes

    para atender a suas necessidades.

    Declarao do Milnio da ONU - 2000

    10 11

    Uma pessoa precisa de 1900 calorias

    dirias para sobreviver. Os nmeros mostram que

    os alimentos produzidos no Brasil podem fornecer

    2.960 calorias dirias. Ou seja: acabar com a

    fome possvel, sim.

    Fome de informao

    Os preconceitos originados pela desinformao esto entre os pilares que

    impedem avanos no sentido de conter a misria e a fome.

    Um deles pensar que fome somente a falta de comida. To grave como

    a sensao fsica da fome a desnutrio provocada pela alimentao

    insuficiente e/ou desequilibrada, que no repe no organismo os elementos

    bsicos para seu bom funcionamento.

    Tecnicamente, a desnutrio se caracteriza por

    um desequilbrio celular entre o fornecimento

    de nutrientes e energia e as demandas que

    asseguram o crescimento, a manuteno e outras

    funes especficas do corpo. tambm facilmente tratvel.

    Sua escola pode fazer muita diferena no combate a um dos principais

    alimentos da desnutrio, a desinformao, ao :

    elaborar campanhas de conscientizao e produzir materiais

    informativos sobre o conceito de desnutrio e sobre a

    alimentao ideal, seja para alunos, pais ou pessoas da comunidade;

    reunir e divulgar receitas da chamada culinria do aproveitamento, ou

    seja, de formas de se aproveitar ao mximo os alimentos. H diversas

    publicaes a respeito que podem ser consultadas;

    pesquisar sobre os hbitos alimentares na escola e na comunidade,

    discutir os resultados em sala de aula e divulg-los para todos; e

    montar uma feira de cincias sobre a temtica da nutrio e convidar toda

    a comunidade, em um dia de mobilizao.

  • Para saber mais:

    Sites:

    www.pnud.org.br

    Publicao:

    Abramovay, Ricardo. O que fome, Editora Brasiliense:

    So Paulo, 1984.

    Como organismo voltado para as questes mundiais, a ONU desenvolve

    grandes programas e estabelece metas. Os 8 Objetivos do Milnio no foram

    a primeira proposta nesse sentido. J houve outras.

    Essa proposta, no entanto, veio carregada de uma simbologia especial: a

    possibilidade de se ter um novo marco.

    Depois de grandes expectativas, especialmente pelo avano tecnolgico

    do sculo XX, a entrada do terceiro milnio trouxe um misto de esperana,

    mas tambm de frustrao, pela desigualdade social, pelos problemas

    ambientais e pelo recrudescimento das guerras.

    A partir das concluses de grandes conferncias internacionais sobre

    populao, meio ambiente, direitos humanos, entre outras, a ONU reuniu um

    conjunto de propostas, somando os esforos de todas as naes para

    resolver problemas fundamentais para a qualidade da vida humana.

    Assim, foram divulgados 8 Objetivos do Milnio, 18 metas e mais de 40

    indicadores que balizam as aes para que se obtenham grandes avanos

    at 2015.

    Por que a ONU lanou esse programa?

    Ns no devemos poupar esforos para livrar a

    humanidade, principalmente nossos filhos e netos, da

    ameaa de viver em um planeta destrudo pelas

    atividades humanas, onde os recursos sero insuficientes

    para atender a suas necessidades.

    Declarao do Milnio da ONU - 2000

    10 11

    Uma pessoa precisa de 1900 calorias

    dirias para sobreviver. Os nmeros mostram que

    os alimentos produzidos no Brasil podem fornecer

    2.960 calorias dirias. Ou seja: acabar com a

    fome possvel, sim.

    Fome de informao

    Os preconceitos originados pela desinformao esto entre os pilares que

    impedem avanos no sentido de conter a misria e a fome.

    Um deles pensar que fome somente a falta de comida. To grave como

    a sensao fsica da fome a desnutrio provocada pela alimentao

    insuficiente e/ou desequilibrada, que no repe no organismo os elementos

    bsicos para seu bom funcionamento.

    Tecnicamente, a desnutrio se caracteriza por

    um desequilbrio celular entre o fornecimento

    de nutrientes e energia e as demandas que

    asseguram o crescimento, a manuteno e outras

    funes especficas do corpo. tambm facilmente tratvel.

    Sua escola pode fazer muita diferena no combate a um dos principais

    alimentos da desnutrio, a desinformao, ao :

    elaborar campanhas de conscientizao e produzir materiais

    informativos sobre o conceito de desnutrio e sobre a

    alimentao ideal, seja para alunos, pais ou pessoas da comunidade;

    reunir e divulgar receitas da chamada culinria do aproveitamento, ou

    seja, de formas de se aproveitar ao mximo os alimentos. H diversas

    publicaes a respeito que podem ser consultadas;

    pesquisar sobre os hbitos alimentares na escola e na comunidade,

    discutir os resultados em sala de aula e divulg-los para todos; e

    montar uma feira de cincias sobre a temtica da nutrio e convidar toda

    a comunidade, em um dia de mobilizao.

  • Fome de apoio social, emprego e renda

    O problema da misria complexo, e dar conta de sua abrangncia est

    alm de um s governo ou uma s instituio.

    Por isso, importante que seu projeto mantenha os ps no cho e busque

    sempre a soma de esforos e a realizao de parcerias.

    Existem, por exemplo, diversos servios de proteo social. Os alunos de

    sua escola podem:

    disponibilizar para a comunidade um banco de dados sobre os servios

    de proteo social que existem e muitas vezes so desconhecidos, tais

    como o bolsa-famlia, os restaurantes populares, os bancos de leite

    materno;

    levantar informaes sobre microcrdito, projetos de apoio ao trabalho

    comunitrio, formao de cooperativas (como as de catadores de

    papel e latas), entre outras aes de incluso social;

    fazer levantamentos sobre as falhas existentes nos servios disponveis

    para sua comunidade, e comunic-los aos jornais do bairro e da cidade,

    bem como s autoridades competentes; e

    mobilizar polticos da regio e meios de comunicao para atrair

    servios de proteo social ou criar alternativas viveis.

    Para se definir o nmero de pessoas em situao de

    extrema pobreza, h diversos critrios. Estima-se que o

    nmero de pessoas que se enquadram nessa triste

    situao esteja entre 8 milhes e 17 milhes de pessoas

    - mais do que a populao de diversos pases.

    A proposta da ONU no diminuir a misria de

    maneira genrica. Do ponto de vista da ONU, essas

    questes esto estruturalmente ligadas reduo da pobreza, mas podem

    ser atenuadas pela educao, pela suplementao alimentar, pela melhora

    das condies de vida e educao da mulher, entre outros fatores.

    H uma srie de parmetros tcnicos que tornam realistas os objetivos

    perseguidos. Foram tomadas como referenciais as estatsticas do ano de

    1990. Veja com mais detalhes como foi descrito o primeiro objetivo do

    milnio:

    1) reduzir no mundo pela metade a proporo de pessoas que vivem com

    renda inferior a um dlar (R$ 3 reais, aproximadamente) por dia at 2015. Se

    as metas forem atingidas, em 2015 o mundo ter ainda 890 milhes de

    pessoas vivendo em condies de extrema pobreza;

    2) reduzir pela metade, at 2015, a proporo da populao que sofre os

    efeitos da fome. As projees, no entanto, indicam que a meta no dever

    ser atingida. Quando chegarmos a 2015, estima-se que 550 milhes de

    pessoas ainda estejam sendo atingidas pela desnutrio.

    O desafio nmero 1

    Acabar com a misria e a fome

    12 13

    Cooperativas so uma forma de

    organizao de trabalhadores que vm se

    mostrando um caminho interessante.

    Existem diversos servios de orientao

    para a formao de parcerias, como o

    Sebrae.

  • Fome de apoio social, emprego e renda

    O problema da misria complexo, e dar conta de sua abrangncia est

    alm de um s governo ou uma s instituio.

    Por isso, importante que seu projeto mantenha os ps no cho e busque

    sempre a soma de esforos e a realizao de parcerias.

    Existem, por exemplo, diversos servios de proteo social. Os alunos de

    sua escola podem:

    disponibilizar para a comunidade um banco de dados sobre os servios

    de proteo social que existem e muitas vezes so desconhecidos, tais

    como o bolsa-famlia, os restaurantes populares, os bancos de leite

    materno;

    levantar informaes sobre microcrdito, projetos de apoio ao trabalho

    comunitrio, formao de cooperativas (como as de catadores de

    papel e latas), entre outras aes de incluso social;

    fazer levantamentos sobre as falhas existentes nos servios disponveis

    para sua comunidade, e comunic-los aos jornais do bairro e da cidade,

    bem como s autoridades competentes; e

    mobilizar polticos da regio e meios de comunicao para atrair

    servios de proteo social ou criar alternativas viveis.

    Para se definir o nmero de pessoas em situao de

    extrema pobreza, h diversos critrios. Estima-se que o

    nmero de pessoas que se enquadram nessa triste

    situao esteja entre 8 milhes e 17 milhes de pessoas

    - mais do que a populao de diversos pases.

    A proposta da ONU no diminuir a misria de

    maneira genrica. Do ponto de vista da ONU, essas

    questes esto estruturalmente ligadas reduo da pobreza, mas podem

    ser atenuadas pela educao, pela suplementao alimentar, pela melhora

    das condies de vida e educao da mulher, entre outros fatores.

    H uma srie de parmetros tcnicos que tornam realistas os objetivos

    perseguidos. Foram tomadas como referenciais as estatsticas do ano de

    1990. Veja com mais detalhes como foi descrito o primeiro objetivo do

    milnio:

    1) reduzir no mundo pela metade a proporo de pessoas que vivem com

    renda inferior a um dlar (R$ 3 reais, aproximadamente) por dia at 2015. Se

    as metas forem atingidas, em 2015 o mundo ter ainda 890 milhes de

    pessoas vivendo em condies de extrema pobreza;

    2) reduzir pela metade, at 2015, a proporo da populao que sofre os

    efeitos da fome. As projees, no entanto, indicam que a meta no dever

    ser atingida. Quando chegarmos a 2015, estima-se que 550 milhes de

    pessoas ainda estejam sendo atingidas pela desnutrio.

    O desafio nmero 1

    Acabar com a misria e a fome

    12 13

    Cooperativas so uma forma de

    organizao de trabalhadores que vm se

    mostrando um caminho interessante.

    Existem diversos servios de orientao

    para a formao de parcerias, como o

    Sebrae.

  • Fome de cuidados com a infncia

    Uma das mais graves formas da desnutrio provocada pelo aleitamento

    materno por tempo insuficiente, bem como pela carncia de nutrientes

    fundamentais para o desenvolvimento infantil.

    A desnutrio pode comprometer o potencial da criana e predispor a

    inmeras doenas.

    Por isso, fundamental que as mes estejam conscientes da importncia

    de alimentar bem os filhos, desde a concepo.

    Assim, em sua escola, os alunos podem:

    atuar junto s creches da regio no sentido de estimular as mes a

    manter o aleitamento por pelo menos seis meses, que o tempo

    mnimo recomendado pela Organizao Mundial da Sade, ligada

    ONU;

    produzir cartazes, jornais, vdeos sobre a infncia,

    mostrando como essa etapa crucial para todo

    o desenvolvimento posterior da criana; e

    realizar campanhas sobre a importncia do

    pr-natal, da boa alimentao da gestante e

    dos perigos do fumo, do lcool e das drogas

    durante a gestao.

    Para saber mais:

    Sites:

    Pastoral da Criana: www.pastoraldacrianca.org.br

    Care Brasil: www.care.org.br

    Cren: www.cren.org.br

    Publicao:

    Vencendo a Desnutrio, uma coleo editada pelo

    Centro de Recuperao e Educao Nutricional (Cren).

    Apesar da tendncia positiva do aumento de renda no Brasil,

    a distribuio do bolo cresce bem devagar. Em 1992,

    segundo relatrio do PNUD (Programa das Naes Unidas

    para o Desenvolvimento), os 20% mais pobres detinham

    somente 3% da renda nacional. Em 2002, o porcentual subiu

    para 4,2, o que realmente muito pouco. Por isso, o Brasil

    continua sendo um dos pases mais desiguais do mundo.

    O Brasil vem avanando,

    mas ainda precisa de sua fora

    A discusso sobre a pobreza no Brasil oferece argumentos para os

    otimistas e para os pessimistas. Portanto, o melhor caminho, como sempre,

    ser realista.

    Por exemplo: verdade que o Brasil est muito prximo de atingir diversos

    objetivos propostos pela ONU, inclusive o primeiro.

    Em 1990, 8,8% dos brasileiros viviam com menos de um dlar por dia. No

    ano 2000, essa proporo caiu para 4,7%. Para que o Brasil atinja a meta,

    essa porcentagem deve ser reduzida para 4,4% at 2015.

    Porm, 4,4% em um populao de quase 180 milhes de pessoas ainda

    muita gente, e um dlar por dia muito pouco. O resgate da cidadania

    depende de um esforo permanente.

    A boa notcia s serve para nos dar nimo para avanar cada vez mais.

    Vale lembrar, tambm, que o estabelecimento dos 8 Objetivos do Milnio

    no foi a primeira iniciativa da ONU nesse sentido. Outras propostas

    mundiais j foram feitas, com muito sucesso.

    14 15

    Desnutrio sinnimo de

    crescimento deficiente: crianas

    desnutridas tm estatura e peso

    menores e mais vulnervel a

    doenas.

  • Fome de cuidados com a infncia

    Uma das mais graves formas da desnutrio provocada pelo aleitamento

    materno por tempo insuficiente, bem como pela carncia de nutrientes

    fundamentais para o desenvolvimento infantil.

    A desnutrio pode comprometer o potencial da criana e predispor a

    inmeras doenas.

    Por isso, fundamental que as mes estejam conscientes da importncia

    de alimentar bem os filhos, desde a concepo.

    Assim, em sua escola, os alunos podem:

    atuar junto s creches da regio no sentido de estimular as mes a

    manter o aleitamento por pelo menos seis meses, que o tempo

    mnimo recomendado pela Organizao Mundial da Sade, ligada

    ONU;

    produzir cartazes, jornais, vdeos sobre a infncia,

    mostrando como essa etapa crucial para todo

    o desenvolvimento posterior da criana; e

    realizar campanhas sobre a importncia do

    pr-natal, da boa alimentao da gestante e

    dos perigos do fumo, do lcool e das drogas

    durante a gestao.

    Para saber mais:

    Sites:

    Pastoral da Criana: www.pastoraldacrianca.org.br

    Care Brasil: www.care.org.br

    Cren: www.cren.org.br

    Publicao:

    Vencendo a Desnutrio, uma coleo editada pelo

    Centro de Recuperao e Educao Nutricional (Cren).

    Apesar da tendncia positiva do aumento de renda no Brasil,

    a distribuio do bolo cresce bem devagar. Em 1992,

    segundo relatrio do PNUD (Programa das Naes Unidas

    para o Desenvolvimento), os 20% mais pobres detinham

    somente 3% da renda nacional. Em 2002, o porcentual subiu

    para 4,2, o que realmente muito pouco. Por isso, o Brasil

    continua sendo um dos pases mais desiguais do mundo.

    O Brasil vem avanando,

    mas ainda precisa de sua fora

    A discusso sobre a pobreza no Brasil oferece argumentos para os

    otimistas e para os pessimistas. Portanto, o melhor caminho, como sempre,

    ser realista.

    Por exemplo: verdade que o Brasil est muito prximo de atingir diversos

    objetivos propostos pela ONU, inclusive o primeiro.

    Em 1990, 8,8% dos brasileiros viviam com menos de um dlar por dia. No

    ano 2000, essa proporo caiu para 4,7%. Para que o Brasil atinja a meta,

    essa porcentagem deve ser reduzida para 4,4% at 2015.

    Porm, 4,4% em um populao de quase 180 milhes de pessoas ainda

    muita gente, e um dlar por dia muito pouco. O resgate da cidadania

    depende de um esforo permanente.

    A boa notcia s serve para nos dar nimo para avanar cada vez mais.

    Vale lembrar, tambm, que o estabelecimento dos 8 Objetivos do Milnio

    no foi a primeira iniciativa da ONU nesse sentido. Outras propostas

    mundiais j foram feitas, com muito sucesso.

    14 15

    Desnutrio sinnimo de

    crescimento deficiente: crianas

    desnutridas tm estatura e peso

    menores e mais vulnervel a

    doenas.

  • Pobreza dor; ela di como uma doena. Ataca as

    pessoas no s materialmente, mas tambm

    moralmente. Ela come a dignidade da pessoa e a

    conduz ao desespero. (de uma mulher da Moldvia -

    extrado do livro Vencendo a desnutrio).

    Toda ao voluntria sempre bem-vinda, claro. Mas as chances de

    sucesso e as possibilidades pedaggicas esto diretamente ligadas

    consistncia do projeto.

    O Faa Parte sugere as seguintes etapas para elaborar um projeto de

    voluntariado:

    Convocao

    Convidar, chamar, informar, integrar e comprometer os participantes num

    mesmo objetivo, conquistando o seu interesse e apoio.

    Diagnstico

    Identificar quais so as reais necessidades do pblico-alvo do projeto, bem

    como a motivao dos alunos que nele estaro envolvidos.

    Planejamento

    Por que fazer? O que fazer? Como e quando fazer? Quais so os resultados

    esperados?

    Ao

    Colocar em prtica o que foi definido nas etapas anteriores e comprometer-

    se com o planejamento que foi feito.

    Reflexo

    Avaliar cada etapa do projeto e, se necessrio, redirecion-lo.

    Registro

    Para que a experincia possa ser divulgada, ampliada e servir de exemplo.

    Reconhecimento e comemorao

    Essa uma etapa que no pode ser esquecida: reforar o esprito de equipe

    estimula novas aes.

    Para fazer um projeto de voluntariado

    16 17

    Para saber mais:

    Publicao:

    Construindo um projeto de voluntariado

    Fome de vida comunitria

    A soluo de qualquer problema ligado cidadania e qualidade de vida

    passa diretamente pela organizao comunitria.

    Comunidades desorganizadas, sem vnculos, so incapazes de mobilizar-se

    para a soluo de seus problemas.

    O entusiasmo dos jovens e sua capacidade de empreender podem ser

    muito teis, por exemplo:

    no estmulo formao de conselhos municipais, associaes de bairro

    e outras entidades representativas;

    na organizao de projetos coletivos, como uma horta comunitria, a

    exemplo do que ocorre em muitos lugares do pas;

    na formao de um grmio estudantil atuante, que pode tornar a escola

    um ponto de encontro para a discusso de problemas locais; e,

    buscando parcerias que ajudem a enriquecer a merenda.

  • Pobreza dor; ela di como uma doena. Ataca as

    pessoas no s materialmente, mas tambm

    moralmente. Ela come a dignidade da pessoa e a

    conduz ao desespero. (de uma mulher da Moldvia -

    extrado do livro Vencendo a desnutrio).

    Toda ao voluntria sempre bem-vinda, claro. Mas as chances de

    sucesso e as possibilidades pedaggicas esto diretamente ligadas

    consistncia do projeto.

    O Faa Parte sugere as seguintes etapas para elaborar um projeto de

    voluntariado:

    Convocao

    Convidar, chamar, informar, integrar e comprometer os participantes num

    mesmo objetivo, conquistando o seu interesse e apoio.

    Diagnstico

    Identificar quais so as reais necessidades do pblico-alvo do projeto, bem

    como a motivao dos alunos que nele estaro envolvidos.

    Planejamento

    Por que fazer? O que fazer? Como e quando fazer? Quais so os resultados

    esperados?

    Ao

    Colocar em prtica o que foi definido nas etapas anteriores e comprometer-

    se com o planejamento que foi feito.

    Reflexo

    Avaliar cada etapa do projeto e, se necessrio, redirecion-lo.

    Registro

    Para que a experincia possa ser divulgada, ampliada e servir de exemplo.

    Reconhecimento e comemorao

    Essa uma etapa que no pode ser esquecida: reforar o esprito de equipe

    estimula novas aes.

    Para fazer um projeto de voluntariado

    16 17

    Para saber mais:

    Publicao:

    Construindo um projeto de voluntariado

    Fome de vida comunitria

    A soluo de qualquer problema ligado cidadania e qualidade de vida

    passa diretamente pela organizao comunitria.

    Comunidades desorganizadas, sem vnculos, so incapazes de mobilizar-se

    para a soluo de seus problemas.

    O entusiasmo dos jovens e sua capacidade de empreender podem ser

    muito teis, por exemplo:

    no estmulo formao de conselhos municipais, associaes de bairro

    e outras entidades representativas;

    na organizao de projetos coletivos, como uma horta comunitria, a

    exemplo do que ocorre em muitos lugares do pas;

    na formao de um grmio estudantil atuante, que pode tornar a escola

    um ponto de encontro para a discusso de problemas locais; e,

    buscando parcerias que ajudem a enriquecer a merenda.

  • Fome de educao

    Um dos remdios mais eficientes para o combate misria a educao.

    Analfabetismo tem tudo a ver com fome e com pobreza extrema.

    Esse o campo de atuao da escola por excelncia. Portanto, d tratos

    bola, pois h muito o que fazer.

    Por exemplo:

    organizar cursos profissionalizantes ou de recolocao profissional;

    abrir vagas para a alfabetizao de adultos, tendo como voluntrios

    alunos e professores. Se no houver metodologia adequada em sua

    instituio, incentive os alunos a procurar outros locais que j tenham

    cursos de alfabetizao;

    oferecer a possibilidade de os alunos atuarem como monitores de

    crianas com dificuldades de aprendizagem. Muitas vezes, os jovens

    so a ponte entre os adultos e as crianas, possibilitando um suporte

    pedaggico efetivo; e

    tornar a escola um centro de informao para a comunidade sobre

    possibilidades de cursos supletivos, educao continuada e cursos

    profissionalizantes.

    A fome certamente a mais dramtica das carncias humanas, mas no

    a nica. Faz parte de um complexo conjunto de privaes que afetam a

    dignidade da existncia humana.

    Para entender mais sobre isso, vale a pena conhecer o ndice de

    Desenvolvimento Humano, um indicador desenvolvido pela ONU que leva em

    conta os mais diversos fatores, como educao, PIB, longevidade, entre

    outros.

    O Brasil est em 72o lugar, entre 177 pases. Est mal colocado, mas um

    dos pases que mais conseguiram avanos desde que o ndice comeou a ser

    calculado.

    Esse um excelente tema para ser trabalhado

    em sala de aula, pois permite uma abordagem

    multidisciplinar do problema da misria.

    A pobreza e o desenvolvimento humano

    18 19

    Analfabetismo no apenas no saber

    reconhecer palavras. Hoje, para ser

    considerado uma pessoa alfabetizada,

    qualquer cidado precisar saber utilizar a

    lngua na comunicao diria - por exemplo,

    para escrever cartas ou ler (e entender) o

    manual de um novo equipamento.

    O BRASIL E O IDH - 2004

    O Brasil ocupou a 72 a posio

    no Relatrio do IDH, em 2004.

    Veja alguns pases que ficaram

    nossa frente:

    1 Noruega

    2 Sucia

    --

    8 Estados Unidos

    9 Japo

    --

    26 Portugal

    27 Eslovnia

    28 Coria do Sul

    --

    43 Chile

    44 Kuwait

    45 Costa Rica

    46 Uruguai

    --

    68 Venezuela

    69 Romnia

    70 Ucrnia

    --

    72 Brasil

    73 Colmbia

    Para saber mais:

    Leia o relatrio publicado pelo Programa das

    Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

    sobre o desenvolvimento humano, que pode ser

    encontrado no site: www.pnud.org.br. L tambm

    h muitos textos interessantes sobre os 8

    Objetivos do Milnio.

  • Fome de educao

    Um dos remdios mais eficientes para o combate misria a educao.

    Analfabetismo tem tudo a ver com fome e com pobreza extrema.

    Esse o campo de atuao da escola por excelncia. Portanto, d tratos

    bola, pois h muito o que fazer.

    Por exemplo:

    organizar cursos profissionalizantes ou de recolocao profissional;

    abrir vagas para a alfabetizao de adultos, tendo como voluntrios

    alunos e professores. Se no houver metodologia adequada em sua

    instituio, incentive os alunos a procurar outros locais que j tenham

    cursos de alfabetizao;

    oferecer a possibilidade de os alunos atuarem como monitores de

    crianas com dificuldades de aprendizagem. Muitas vezes, os jovens

    so a ponte entre os adultos e as crianas, possibilitando um suporte

    pedaggico efetivo; e

    tornar a escola um centro de informao para a comunidade sobre

    possibilidades de cursos supletivos, educao continuada e cursos

    profissionalizantes.

    A fome certamente a mais dramtica das carncias humanas, mas no

    a nica. Faz parte de um complexo conjunto de privaes que afetam a

    dignidade da existncia humana.

    Para entender mais sobre isso, vale a pena conhecer o ndice de

    Desenvolvimento Humano, um indicador desenvolvido pela ONU que leva em

    conta os mais diversos fatores, como educao, PIB, longevidade, entre

    outros.

    O Brasil est em 72o lugar, entre 177 pases. Est mal colocado, mas um

    dos pases que mais conseguiram avanos desde que o ndice comeou a ser

    calculado.

    Esse um excelente tema para ser trabalhado

    em sala de aula, pois permite uma abordagem

    multidisciplinar do problema da misria.

    A pobreza e o desenvolvimento humano

    18 19

    Analfabetismo no apenas no saber

    reconhecer palavras. Hoje, para ser

    considerado uma pessoa alfabetizada,

    qualquer cidado precisar saber utilizar a

    lngua na comunicao diria - por exemplo,

    para escrever cartas ou ler (e entender) o

    manual de um novo equipamento.

    O BRASIL E O IDH - 2004

    O Brasil ocupou a 72 a posio

    no Relatrio do IDH, em 2004.

    Veja alguns pases que ficaram

    nossa frente:

    1 Noruega

    2 Sucia

    --

    8 Estados Unidos

    9 Japo

    --

    26 Portugal

    27 Eslovnia

    28 Coria do Sul

    --

    43 Chile

    44 Kuwait

    45 Costa Rica

    46 Uruguai

    --

    68 Venezuela

    69 Romnia

    70 Ucrnia

    --

    72 Brasil

    73 Colmbia

    Para saber mais:

    Leia o relatrio publicado pelo Programa das

    Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

    sobre o desenvolvimento humano, que pode ser

    encontrado no site: www.pnud.org.br. L tambm

    h muitos textos interessantes sobre os 8

    Objetivos do Milnio.

  • Para estimular os jovens a desenvolverem posturas crticas, a se

    sensibilizarem pela realidade vivida por outras pessoas, antes de tudo

    preciso coloc-los em contato com essas situaes.

    A pobreza e a fome trazem seqelas psicolgicas graves, provocando dor

    fsica, dor emocional e dor moral.

    Por isso, estimule:

    a formao de um jornal ou de atividades nas quais os alunos precisem

    traar perfis, entrevistar, tirar fotos, conversar com pessoas em

    situao de misria;

    a formao de grupos de apoio, nos quais os alunos faam

    apresentaes, atividades ou brincadeiras para alegrar a vida de quem

    est em hospitais, creches, albergues ou outros lugares onde se atende

    pessoas em situao de pobreza.

    Existem diversos tipos de desigualdade. Em 2002,

    a situao de extrema pobreza atingia 5,2% dos

    moradores da regio Sudeste. No Nordeste, a proporo

    era quase cinco vezes maior: 25,2%. Dentre o 1% mais rico

    da populao, 86% eram brancos em 2002; dentre os 10%

    mais pobres, 65% eram negros ou pardos.

    Uma mudana de olhar...

    na sociedade

    Uma mudana de olhar...

    na escola

    20 21

    importante que os educadores percebam que para agir contra a misria

    e contra a fome preciso, antes de tudo, uma mudana no olhar.

    Todos ns temos a idade de nossos preconceitos, disse um filsofo.

    assim, tambm, com relao misria e fome.

    Basta ver que, apesar de os jornais noticiarem periodicamente as

    tragdias da fome pelo mundo todo, as mudanas so muito lentas.

    Para que a misria e a fome deixem de existir, preciso que se tornem

    insuportveis para todos ns, e no apenas para quem delas sofre.

    possvel. Basta acreditar, querer, fazer parte.

    A est. No faltam motivos para, agora,

    voc arregaar as mangas e trabalhar. Para comear, pode ir

    discutindo com os alunos alguns dos temas apresentados neste livro.

    Por exemplo:

    a fome e suas conseqncias;

    os ndices que medem a pobreza,;

    o papel da ONU; e

    os critrios de uma boa alimentao, entre muitos outros.

    Pode ter certeza: tudo o que voc propor certamente

    far diferena.

  • Para estimular os jovens a desenvolverem posturas crticas, a se

    sensibilizarem pela realidade vivida por outras pessoas, antes de tudo

    preciso coloc-los em contato com essas situaes.

    A pobreza e a fome trazem seqelas psicolgicas graves, provocando dor

    fsica, dor emocional e dor moral.

    Por isso, estimule:

    a formao de um jornal ou de atividades nas quais os alunos precisem

    traar perfis, entrevistar, tirar fotos, conversar com pessoas em

    situao de misria;

    a formao de grupos de apoio, nos quais os alunos faam

    apresentaes, atividades ou brincadeiras para alegrar a vida de quem

    est em hospitais, creches, albergues ou outros lugares onde se atende

    pessoas em situao de pobreza.

    Existem diversos tipos de desigualdade. Em 2002,

    a situao de extrema pobreza atingia 5,2% dos

    moradores da regio Sudeste. No Nordeste, a proporo

    era quase cinco vezes maior: 25,2%. Dentre o 1% mais rico

    da populao, 86% eram brancos em 2002; dentre os 10%

    mais pobres, 65% eram negros ou pardos.

    Uma mudana de olhar...

    na sociedade

    Uma mudana de olhar...

    na escola

    20 21

    importante que os educadores percebam que para agir contra a misria

    e contra a fome preciso, antes de tudo, uma mudana no olhar.

    Todos ns temos a idade de nossos preconceitos, disse um filsofo.

    assim, tambm, com relao misria e fome.

    Basta ver que, apesar de os jornais noticiarem periodicamente as

    tragdias da fome pelo mundo todo, as mudanas so muito lentas.

    Para que a misria e a fome deixem de existir, preciso que se tornem

    insuportveis para todos ns, e no apenas para quem delas sofre.

    possvel. Basta acreditar, querer, fazer parte.

    A est. No faltam motivos para, agora,

    voc arregaar as mangas e trabalhar. Para comear, pode ir

    discutindo com os alunos alguns dos temas apresentados neste livro.

    Por exemplo:

    a fome e suas conseqncias;

    os ndices que medem a pobreza,;

    o papel da ONU; e

    os critrios de uma boa alimentao, entre muitos outros.

    Pode ter certeza: tudo o que voc propor certamente

    far diferena.

  • Se sua escola comprometida com uma educao fundamentada nos ideais

    de solidariedade, participao e cidadania, pode receber o Selo Escola

    Solidria 2005.

    O Selo foi lanado em 2003, com grande sucesso. Mais de 8.500 escolas

    em todo o Brasil receberam o Selo. Ele um sinal de reconhecimento para

    toda a comunidade escolar.

    As experincias coletadas mostram o enorme potencial do voluntariado

    educativo nas instituies de ensino brasileiras o que s comprova a vocao

    existente na sociedade brasileira para a ao voluntria.

    Em 2001, o Faa Parte coordenou o Ano Internacional do Voluntariado no

    Brasil.

    De acordo com a Organizao das Naes Unidas, o Brasil foi um dos pases

    onde a mobilizao social em torno do voluntariado foi mais expressiva.

    Algumas pessoas podem pensar que as metas propostas pela ONU so

    utpicas, e tm carter de simples estmulo. Nada disso. Ao longo do tempo,

    a ONU lanou diversos objetivos que, amparados em bases tcnicas e aes

    efetivas, foram plenamente alcanados.

    H muitos exemplos eloqentes, como a reduo da mortalidade infantil

    em pases em desenvolvimento, bem como do nmero de morte por diarria,

    que caiu pela metade, no perodo ento estabelecido.

    Aqui vo outros exemplos:

    O ltimo caso de varola, em todo o mundo, foi registrado em 1977, 11

    anos aps a ONU ter adotado sua erradicao como objetivo global.

    O acesso a recursos de gua potvel aumentou muito na ltima dcada

    do sculo XX, como conseqncia dos esforos da ONU. Em 90, 71% da

    populao mundial tinham acesso gua potvel. Em 2000, esse

    percentual passou para 78%.

    Um dos maiores sucessos da sade pblica - a imunizao em massa -

    tambm se deveu ao trabalho da entidade. O nmero de crianas

    vacinadas cresceu de 30%, em 1980, para quase 80%, em 2000.

    Isso mostra que os Objetivos do Milnio so plenamente alcanveis.

    Basta que pessoas como voc se envolvam e levem frente esse desafio.

    S pode dar certo.

    O Selo Escola Solidria 2005

    22

    Os objetivos da ONU:

    uma histria de sucessos

  • Se sua escola comprometida com uma educao fundamentada nos ideais

    de solidariedade, participao e cidadania, pode receber o Selo Escola

    Solidria 2005.

    O Selo foi lanado em 2003, com grande sucesso. Mais de 8.500 escolas

    em todo o Brasil receberam o Selo. Ele um sinal de reconhecimento para

    toda a comunidade escolar.

    As experincias coletadas mostram o enorme potencial do voluntariado

    educativo nas instituies de ensino brasileiras o que s comprova a vocao

    existente na sociedade brasileira para a ao voluntria.

    Em 2001, o Faa Parte coordenou o Ano Internacional do Voluntariado no

    Brasil.

    De acordo com a Organizao das Naes Unidas, o Brasil foi um dos pases

    onde a mobilizao social em torno do voluntariado foi mais expressiva.

    Algumas pessoas podem pensar que as metas propostas pela ONU so

    utpicas, e tm carter de simples estmulo. Nada disso. Ao longo do tempo,

    a ONU lanou diversos objetivos que, amparados em bases tcnicas e aes

    efetivas, foram plenamente alcanados.

    H muitos exemplos eloqentes, como a reduo da mortalidade infantil

    em pases em desenvolvimento, bem como do nmero de morte por diarria,

    que caiu pela metade, no perodo ento estabelecido.

    Aqui vo outros exemplos:

    O ltimo caso de varola, em todo o mundo, foi registrado em 1977, 11

    anos aps a ONU ter adotado sua erradicao como objetivo global.

    O acesso a recursos de gua potvel aumentou muito na ltima dcada

    do sculo XX, como conseqncia dos esforos da ONU. Em 90, 71% da

    populao mundial tinham acesso gua potvel. Em 2000, esse

    percentual passou para 78%.

    Um dos maiores sucessos da sade pblica - a imunizao em massa -

    tambm se deveu ao trabalho da entidade. O nmero de crianas

    vacinadas cresceu de 30%, em 1980, para quase 80%, em 2000.

    Isso mostra que os Objetivos do Milnio so plenamente alcanveis.

    Basta que pessoas como voc se envolvam e levem frente esse desafio.

    S pode dar certo.

    O Selo Escola Solidria 2005

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    Os objetivos da ONU:

    uma histria de sucessos

  • Para saber mais, visite:

    www.objetivosdomilenio.org.br

    www.nospodemos.org.br

    ISBN

    Pgina 1Pgina 2Pgina 3Pgina 4Pgina 5Pgina 6Pgina 7Pgina 8Pgina 9Pgina 10Pgina 11Pgina 12p2.pdfPgina 1Pgina 2Pgina 3Pgina 4Pgina 5Pgina 6Pgina 7Pgina 8Pgina 9Pgina 10Pgina 11Pgina 12

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