82101 quadro sintese cantigas

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  • 7/25/2019 82101 Quadro Sintese Cantigas

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    Novo Plural 10. ano

    www.raizeditora.pt

    Quadro sntese, pg. 43

    Esquema comparativo cantigas de

    amigo/cantigas de amorCAN!"A# $E A%!"& CAN!"A# $E A%&'

    &'!"E% De origem peninsular (noroeste dapennsula Ibrica), tradicional, popular,rural.ultivadas pelos trovadores e !ograis, "uese inspiraram na tradi#$o das cantigasrituais %emininas.

    De origem proven#al.& sua in'uncia espalou*se pelascortes europeias, tendo cegado aPortugal atravs de !ograis e nobrestrovadores "ue integraram as comitivasde D. +enri"ue e de princesas noivasdos reis, desde D. &%onso +enri"ues.

    #()E!&*&+!C&

    o- %eminina a !ovem don-ela apai/onada o su!eito potico usa, abitualmente, a1. pessoa do singular.

    o- masculina o cavaleiro apai/onado o su!eito potico usa, abitualmente,a 1. pessoa do singular, no entanto,em algumas cantigas cu!o tema secentra no retrato da amada, predominaa 2. pessoa do singular.

    CA'ACE'!A-&$A %(0E'

    & don-ela pertence ao mundo rural ondevive e se ocupa de tare%as comuns 3 suacondi#$o vai 3 %onte, lava*se nos rios, vai 3romaria. 4o-a, portanto, de uma liberdade"ue n$o era comum 3s !ovens nobres,encerradas nos seus castelos. 5ssaliberdade permite*le viver a vida comalegria e energia e viver os seus amores.&pai/onada pelo seu amigo, a sua vidaapenas pode ser ensombrada pelos ci6mesou pelo medo de "ue ele n$o regresse daguerra.

    & muler amada e re%erida nas cantigasde amor (a 7senor8) nobre e, emprincpio, casada. Distante einacessvel, n$o mostra corresponderao amor do su!eito potico. 5le v*acomo a mais per%eita das criaturascriadas por Deus. 9ela como nenumaoutra muler, re6ne um con!unto de"ualidades morais, psicol:gicas ecomportamentais "ue a tornamsuperior a todas as outras bondade,lealdade, serenidade, gra#a,inteligncia, bom senso (7bom sem8),

    simpatia, pudor, gra#a. ;evela, aomesmo tempo, uma inacessibilidadecruel.

    'EA-&A%&'A

    &mor vivido com naturalidade, muitas ve-escorrespondido e consumado em encontrosassumidos ou clandestinos.

    &mor corts amor pai/$o, "ue pode oun$o ser correspondido, e "ue sealimenta do pr:prio so%rimento, semousar esperar nada em troca. < omemapai/onado sente*se a morrer de amor,mas n$o desiste de amar, antes amasempre mais.

    'EA-&C&% ANA('EA

    = ntima a rela#$o com a Nature-a, "ue est>muito presente nas cantigas de amigo. Podeser o cen>rio dos encontros, pois osnamorados encontram*se na %onte, noscampos, nas margens do lago e do mar, no

    adro da romaria. Pode ter o papel decon?dente da rapariga, "ue pergunta 3s'ores do pineiro e 3s ondas do marnotcias do seu amigo pode ter umadimens$o simb:lica o veado a representaro amigo, as aves %eridas pelo ca#ador arepresentarem as raparigas apai/onadas, a%onte a simboli-ar tambm o elemento%eminino.

    N$o e/iste re%erncia 3 Nature-a nascantigas de amor, como se tudo sepassasse num plano abstrato eideali-ado, ao contr>rio da dimens$oconcreta, umana e natural das

    cantigas de amigo.

    E#'(('A1&'%A

    ariedade de estruturas, no entanto, o usodo re%r$o prevalece.& estrutura mais original e %re"uentementeusada a paralelstica per%eita.Por in'uncia das cantigas de amor, >algumas cantigas de amigo de mestria.

    & cantiga de mestria a maisrepresentativa do modelo inspiradopela poesia proven#al. < recurso aoverso longo e@ou decassil>bico %re"uente. 5/istem, contudo muitascantigas de re%r$o, por in'uncia dascantigas de amigo.

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