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DIA ARQUIDIOCESANO DO CATEQUISTA 8 de setembro de 2012 Sameiro, Braga REAVIVAR A FÉ

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DIA ARQUIDIOCESANO DO CATEQUISTA 8 de setembro de 2012 – Sameiro, Braga

REAVIVAR A FÉ

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Conteúdo

1. Oração ....................................................................................... 3 1.1. ORAÇÃO DA MANHÃ ................................................................ 5

1.2. CELEBRAÇÃO DA PALAVRA ..................................................... 24

2. Programa e localização ............................................................. 37 2.1. PROGRAMA ............................................................................. 39

2.2. LOCALIZAÇÃO.......................................................................... 40

3. Ateliês ...................................................................................... 43 3.1. A FÉ QUE ATUA PELO AMOR .................................................. 45

3.2. CATEQUESE E PLANIFICAÇÃO PASTORAL ............................... 46

3.3. GRAÇA SACRAMENTAL ........................................................... 49

3.4. EUCARISTIA E FÉ ..................................................................... 50

3.5. MISSA PASSO A PASSO ........................................................... 52

3.6. SINAIS VOCACIONAIS EMERGENTES ....................................... 58

4. Oficinas de Oração .................................................................... 61 4.1. PASSO A REZAR ....................................................................... 63

4.2. REZAR COM CÂNTICOS DE TAIZÉ ............................................ 64

4.3. REZAR DIANTE DE JESUS EUCARISTIA ..................................... 71

4.4. REZAR O MEU DIA ................................................................... 78

4.5. REZAR O TERÇO ...................................................................... 83

5. Capela da Reconciliação ............................................................ 91 6. Planos e Programa para 2012/13 ............................................. 103

1.1. PLANO PARA A PASTORAL CATEQUÉTICA - 2012/13 ............ 105

1.2. PROGRAMA 2012/13 ............................................................ 106

1.3. PLANO DE FORMAÇÃO 2012/13 ........................................... 112

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1. Oração

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1.1. ORAÇÃO DA MANHÃ

CÂNTICOS DE CONGREGAÇÃO GRITA COMIGO Amigo, te canto a ti, o primeiro inconformista que, rompendo com a moda, criaste a anti-moda. Ao mesmo tempo choro por ti, porque a sociedade te cativou, e calou teu grito de protesto e de luta. E a tua moda apareceu nas galerias e desfiles, Valoriza-se o teu vestir e se vende a grande preço. Grita comigo que é possível avançar contra a corrente. Grita comigo que é possível, se te tiram as palavras será tua vida a que grita fortemente. Amigo, que fazer se o consumo e o conforto têm mais publicidade que a liberdade?! Manipulam e confundem a tua criatividade, e te envolvem na respeitável sociedade. Assassinando o amor em aventuras passageiras, procurando a evasão entre a vida que se escapa

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(A)BRAÇOS Braços no ar para gritar Braços a abrir para acolher Braços em cruz para dizer Aqui, aqui está Jesus Dou-te o braço direito Para abraçar o irmão Para lhe dar o que tenho Para ser a Tua mão Dou-te o braço esquerdo Para puxar o arado Para lançar as redes Do Teu apostolado Dou-te a perna direita Para andar o caminho Que Tu andaste, Senhor. Nunca estarei sozinho Dou-te a perna esquerda Para correr apressado Falando de Ti, de Deus Aqui e em todo o lado Dou-te a minha boca Para Te anunciar Para gritar ao mundo: É tão bonito amar. Dou-te o meu coração Tudo o que sinto e sou Leva-me onde quiseres Leva-me, contigo vou.

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AMBIENTAÇÃO

A vida nem sempre nos permite o sossego necessário para as nossas

reflexões. Na nossa relação com Cristo precisamos, sempre, de nos

sentirmos em intimidade com Ele. Neste sentido, e porque hoje todos

quantos aqui estamos somos porta-vozes da Sua mensagem, vamos fazer

acontecer e existir essa calma e esse silêncio necessários às nossas íntimas

preocupações, orações e pedidos, que temos para o nosso Deus.

Libertemos os nossos pensamentos, tentemos esvaziar a nossa mente de

tudo quanto o mundo exterior nos obriga, deixemos que a presença de

Cristo em nós se torne ocasião de comunhão, paz e profundo amor.

Preparemos então o nosso espírito para este encontro, começando com o

louvor do nosso Deus, o Deus de amor.

Cântico: Deus de Amor

Amor tão grande, profundo e sublime

Este é o amor do meu Criador.

Não há nada no mundo, que possa igualar-se

Ao terno amor do meu Bom Jesus.

Deus de Amor (Deus de Amor)

Oh Deus de Amor (Oh Deus de Amor)

Tu és o único (Tu és o único)

O Deus de Amor (O Deus de Amor)

Não há outro Deus (Não não há)

Fora de Ti (Fora de Ti)

Fora de Ti (Para mim)

Para mim, (Para mim)

Não há Amor.

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Só Ele nos Ama, nos compreende e nos guarda

De todos os males que existem aqui.

Por isso O Adoro, com toda a minha alma

Porque me deu o Senhor doce calma.

RITO INICIAL

Presidente: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Assembleia: Ámen

Presidente: A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e da

comunhão do Espírito Santo estejam convosco.

Assembleia: Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

ATO PENITENCIAL

Presidente: Por vezes a fé cristã é barrada por diversos obstáculos que

tendem a construir muros, bloqueando o caminho para a fonte, Jesus, o

Cristo vivo e presente na Igreja. Urge a necessidade de derrubar as

barreiras e de redescobrir a fé através da luz do Evangelho. Por isso Te

pedimos:

Pelas vezes em que nos resignamos com o que é fácil, pelas vezes

em que nos quisemos colocar como agente principal, aumentando

o nosso exibicionismo, e não como ponte para o Pai e pelos

momentos em que a angústia tomou conta do nosso ser e nos

toldou os movimentos e a liberdade de sermos Teus…. Te pedimos

perdão, cantando:

Senhor, tem piedade de nós, somos o teu povo pecador…

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Pelas vezes em que não fomos capazes de ser sair do nosso

comodismo para auxiliarmos o próximo, pelas vezes em que a

inveja nos controlou e não permitiu que nos entregássemos por

completo aos Teus desígnios…

Cristo, tem piedade de nós, somos o teu povo pecador…

Pelas vezes em que o nosso egocentrismo nos cegou e nos vimos

apenas a nós e não fomos transparentes perante a tua imagem,

acabando por permitir a indiferença nos nossos corações e

também pelos momentos em que a culpa das nossas atitudes nos

condiciona o entendimento e a capacidade do teu perdão…

Senhor, tem piedade de nós, somos o teu povo pecador…

ORAÇÃO DA COLETA

Senhor Nosso Deus,

que mostrais aos errantes a luz da Vossa verdade,

para podermos voltar ao bom caminho,

concedei a quantos se declaram cristãos

que, rejeitando tudo o que é indigno deste nome,

sigam fielmente as exigências da sua fé.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho

que é Deus Convosco na unidade do Espírito Santo.

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LITURGIA DA PALAVRA

Leitura I Is 58, 1-12

Leitura do Livro do Isaías

Eis o que diz o Senhor Deus:

«Clama em altos brados sem cessar,

ergue a tua voz como trombeta.

Faz ver ao meu povo as suas faltas

e à casa de Jacob os seus pecados.

Todos os dias Me procuram

e desejam conhecer os meus caminhos,

como se fosse um povo que pratica a justiça,

sem nunca ter abandonado a lei do seu Deus.

Pedem-Me sentenças justas,

querem que Deus esteja perto de si e exclamam:

‘De que nos serve jejuar, se não Vos importais com isso?

De que nos serve fazer penitência, se não prestais atenção?’

Porque nos dias de jejum correis para os vossos negócios

e oprimis todos os vossos servos.

Jejuais, sim, mas no meio de contendas e discussões

e dando punhadas sem piedade.

Não são jejuns como os que fazeis agora

que farão ouvir no alto a vossa voz.

Será este o jejum que Me agrada

no dia em que o homem se mortifica?

Curvar a cabeça como um junco,

deitar-se sobre saco e cinza:

é a isto que chamais jejum e dia agradável ao Senhor?

O jejum que Me agrada não será antes este:

quebrar as cadeias injustas,

desatar os laços da servidão,

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pôr em liberdade os oprimidos,

destruir todos os jugos?

Não será repartir o teu pão com o faminto,

dar pousada aos pobres sem abrigo,

levar roupa aos que não têm que vestir

e não voltar as costas ao teu semelhante?

Então a tua luz despontará como a aurora

e as tuas feridas não tardarão a sarar.

Preceder-te-á a tua justiça

e seguir-te-á a glória do Senhor.

Então, se chamares, o Senhor responderá;

se O invocares, dir-te-á: ‘Estou aqui’.

Se tirares do meio de ti toda a opressão,

os gestos de ameaça e as palavras ofensivas,

se deres do teu pão ao faminto

e matares a fome ao indigente,

brilhará na escuridão a tua luz

e a tua noite será como o meio-dia.

O Senhor será sempre o teu guia

e saciará a tua alma nos lugares desertos.

Dará vigor aos teus ossos

e tu serás como o jardim bem regado,

como nascente cujas águas nunca faltam.

Reconstruirás as ruínas antigas

e levantarás os alicerces seculares;

e serás chamado ‘reparador de brechas’,

‘restaurador de casas em ruínas’».

Assim falou a boca do Senhor.

Palavra do Senhor

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Cântico: Senhor, sois o meu Deus

Senhor, sois o meu Deus,

desde a aurora vos busco.

Em minh’ alma suspiro por Vós,

minh’ alma tem sede de Vós,

como terra sem água.

Eu quero contemplar

vosso amor, vossa glória;

visitar vosso templo e cantar:

minh’ alma tem sede de Vós

como terra sem...

Água.

Vossa graça vale mais do que a vida. Água...

A vida inteira não chega para vos bendizer,

a vida inteira não chega... p’ra amar.

Assim vos bendirei

por toda a minha vida

e em louvor abrirei minhas mãos;

minh’ alma tem sede de Vós

como terra sem água.

Senhor, quando ao deitar

por um momento vos sinto,

passo a noite a pensar em vós.

Minh’alma tem sede de Vós

como a terra sem...

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Evangelho Lc 10, 25-37

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,

levantou-se um doutor da lei

e perguntou a Jesus para O experimentar:

«Mestre,

que hei-de fazer para receber como herança a vida eterna?».

Jesus disse-lhe:

«Que está escrito na Lei? Como lês tu?».

Ele respondeu:

«Amarás o Senhor teu Deus

com todo o teu coração e com toda a tua alma,

com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento;

e ao próximo como a ti mesmo».

Disse-lhe Jesus:

«Respondeste bem. Faz isso e viverás».

Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus:

«E quem é o meu próximo?».

Jesus, tomando a palavra, disse:

«Um homem descia de Jerusalém para Jericó

e caiu nas mãos dos salteadores.

Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no

e foram-se embora, deixando-o meio-morto.

Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote;

viu-o e passou adiante.

Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar,

viu-o e passou também adiante.

Mas um samaritano, que ia de viagem,

passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão.

Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeite e vinho,

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colocou-o sobre a sua própria montada,

levou-o para uma estalagem e cuidou dele.

No dia seguinte, tirou duas moedas,

deu-as ao estalajadeiro e disse:

‘Trata bem dele; e o que gastares a mais

eu to pagarei quando voltar’.

Qual destes três te parece ter sido o próximo

daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?».

O doutor da lei respondeu:

«O que teve compaixão dele».

Disse-lhe Jesus:

Então vai e faz o mesmo».

Palavra da salvação.

Cântico: Na longa estrada de Jericó

Na longa estrada de Jericó

um homem sofre e eu vou passar.

Vou apressado, vou em missão,

mas bate forte meu coração.

Se eu penso em mim, tu ficas só.

Se eu penso em ti, seremos nós.

E a tua dor vai acabar

e eu mais seguro vou caminhar.

Seremos dois a enfrentar

a longa estrada de Jericó.

Não temerei, não temerás

os salteadores que espreitam lá.

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E na cidade de Jericó

vamos cear amor e pão.

E quem nos vir há-de pensar:

vale sempre a pena estender a mão.

HOMILIA

Bênção da água

Senhor nosso Deus:

Pelo vosso poder invisível,

realizais maravilhas nos vossos sacramentos.

Ao longo dos tempos preparastes a água

para manifestar a graça do Batismo.

Logo no princípio do mundo,

o vosso Espírito pairava sobre as águas,

prefigurando o seu poder de santificar.

Nas águas do dilúvio

destes-nos uma imagem do Batismo,

sacramento da vida nova,

porque as águas significam ao mesmo tempo

o fim do pecado e o princípio da santidade.

Aos filhos de Abraão

fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho,

para que esse povo, liberto da escravidão,

fosse a imagem do povo santo dos batizados.

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O vosso Filho Jesus Cristo,

ao ser batizado por João Baptista nas águas do Jordão,

recebeu a unção do Espírito Santo;

suspenso na cruz,

do seu lado aberto fez brotar sangue e água

e, depois de ressuscitado, ordenou aos seus discípulos:

«Ide e ensinai todos os povos

e baptizai-os em nome do Pai e do Filho

e do Espírito Santo.»

Olhai agora, Senhor, para a vossa Igreja

e dignai-Vos abrir para ela a fonte do Batismo.

Receba esta água, pelo Espírito Santo,

a graça do vosso Filho Unigénito,

para que o homem, criado à vossa imagem,

no sacramento do Batismo

seja purificado das velhas impurezas

e ressuscite homem novo pela água

e pelo Espírito Santo.

Desça sobre esta água, Senhor,

por vosso Filho,

a virtude do Espírito Santo,

para que todos,

sepultados com Cristo na sua morte pelo Batismo,

com Ele ressuscitem para a vida.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,

que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Amén.

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Cântico: Água viva

Manifesta a Tua Santidade em mim

Toma-me de entre a minha dispersão

Recolhe-me de onde me perdi

Enche-me de novo o coração!

Tu és a água viva

Tu és a água pura

Inunda-me, inunda-me

E tudo se transformará em Mim.

Minha terra se abrirá à Tua chuva

As minhas pedras não farão mal a ninguém.

Meus montes serão caminho para todos

Meu pasto abundante cura será

Para todo o que coma de mim

Eu serei a terra que emana leite e mel.

Dar-Me-ás umas entranhas novas

As minhas pedras não farão mal a ninguém

só acariciarão...

Infunde o Teu espirito em mim Senhor

Faz com que se apaixone por mim.

Que queira fazer morada em mim

E assim tenha sabor a Ti.

Então habitarei na terra que é minha

e eu serei o Teu povo

e Tu serás meu Deus.

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RENUNCIAÇÃO E PROFISSÃO DE FÉ

Presidente: Caríssimos catequistas,

Recordemos o momento em que pelo sacramento do Batismo, recebemos

do amor de Deus uma vida nova, pela água e pelo Espírito Santo.

Procuremos educar-nos e educar de tal modo na fé, que esta vida divina

seja defendida do pecado que nos cerca e cresça de dia para dia. Se,

guiados pela fé, estamos preparados para assumir esta missão,

recordemos o nosso Batismo, renunciando agora, de novo, ao pecado e

professando a nossa fé em Jesus Cristo, que é a fé da Igreja, na qual somos

batizados.

Dizei-me, pois: Renunciais ao pecado,

para viverdes na liberdade dos filhos de Deus?

Sim, renuncio.

Renunciais às seduções do mal,

para que o pecado não vos escravize?

Sim, renuncio.

Credes em Deus, Pai todo-poderoso,

criador do céu e da terra?

Sim, creio.

Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,

que nasceu da Virgem Maria,

padeceu e foi sepultado,

ressuscitou dos mortos

e está sentado à direita do Pai?

Sim, creio.

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Credes no Espírito Santo, na santa Igreja católica,

na comunhão dos santos, na remissão dos pecados,

na ressurreição da carne e na vida eterna?

Sim, creio.

Esta é a nossa fé.

Esta é a fé da Igreja, que nos gloriamos de professar,

em Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Ámen.

ORAÇÃO UNIVERSAL

Presidente: Irmãos: Neste novo dia que possamos redescobrir que por

meio de Jesus Cristo se encontra o caminho para poder chegar

definitivamente à salvação, oremos:

Recebe, Senhor, com fé, a nossa oração.

Pelo Papa Bento XVI, pelo nosso Arcebispo Jorge e bispos a ele unidos,

pelos presbíteros e diáconos para que sejam sempre fiéis à sua vocação,

oremos.

Pelos que trabalham em cada comunidade paroquial, para que sejam

construtores de verdadeira união fraterna, oremos.

Pelas famílias, para que sejam uma verdadeira igreja doméstica, onde

habite a paz, o amor e a concórdia, oremos.

Pelas crianças, adolescente e jovens, para que encontrem em Jesus Cristo

a verdadeira bússola que orienta os seus caminhos, oremos.

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Por aqueles que ainda não conhecem Jesus, Salvador do mundo, para que

um dia livremente encontrem a Luz do Evangelho, oremos.

Pelos catequistas, chamados continuamente a reavivar a fé, possam dar

testemunho comprometido, vivo e coerente da Palavra, oremos.

Pelos membros desta assembleia, para que possam responder livremente

à interpelação de Deus e se deixem transformar pela sua graça, oremos.

Presidente: Atendei, Senhor, as súplicas que os vossos servos Vos dirige.

Vós que Sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

Acender a vela

Pelo batismo fomos iluminados tornamo-nos e participantes da nova Luz,

Jesus Cristo. O círio Pascal, símbolo de Cristo Ressuscitado, representa a

comunhão dos filhos da luz. Unidos a Ele, somos convidados a abandonar a

escuridão que reina dentro de nós e a deixar irradiar a Luz que nos renova

interiormente.

Para recordar este dom e empenho do nosso batismo, iremos acender

uma vela no círio Pascal. Passá-la-emos de mão em mão. Cada um, ao

entregá-la, dirá: “Recebe a luz de Cristo”.

Cântico: Se algum dia

Se algum dia, te sentires mais só

E vês que os teus caminhos

Não condizem com a meta

Que traçaste, que traçaste

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Pára um pouco e vê que não estás só

Pára um pouco e vê que não estás só

Porque existe um amigo

Que vive em ti

Porque existe um amigo

Que irradia a luz que há em ti!

Luz, a tua luz, a tua luz, a tua luz!

Luz, a tua luz, a tua luz, a tua luz!

Se algum dia…

Luz, a tua luz, a tua luz, a tua luz!

Luz, a tua luz, a tua luz, que é Jesus!

Luz, a tua luz, a tua luz, a tua luz!

Luz, a tua luz, a tua luz, que é Jesus!

Luz, a tua luz, a tua luz, a tua luz!

Se algum dia! Se algum dia!

Se algum dia!

Pai Nosso

(breve silêncio)

Oração final

Deus eterno e Omnipotente, que pelo Batismo nos fizestes renascer para

uma vida nova, concedei que os vossos filhos, regenerados para a

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esperança da imortalidade, alcancem com a Vossa ajuda a plenitude da

glória. Por Nosso Senhor.

Intercessão a Maria

Concede-nos, Maria,

Mãe de Cristo e da Igreja

Um pouco de Luz para a nossa noite.

Um pouco de paz para a nossa luta.

Um pouco de fé para a nossa dúvida.

Um pouco de amor para o nosso ódio.

Um pouco de água para a nossa sede.

Um pouco de doação para o nosso egoísmo.

Um pouco de calor para a nossa frieza.

Um pouco de ideal para a nossa fraca vontade.

Um pouco de alegria para a nossa tristeza.

Um pouco de auxílio para a nossa necessidade.

Cântico: Salve Rainha

Salve Rainha, Mãe de misericórdia,

Vida, doçura, esperança nossa, Salve

Salve Rainha!

A Ti recorremos filhos degredados de Eva,

A Ti suspiramos, chorando neste vale de lágrimas.

Advogada nossa, volve a nós Teu olhar

Mostra depois deste exílio o fruto do teu ventre, Jesus.

Salve Rainha, Mãe de misericórdia,

Ó clemente, ó pia, ó doce Virgem Maria.

Salve Rainha.

23

Salve Rainha, Mãe de misericórdia,

Vida, doçura, esperança nossa, Salve

Salve Rainha!

Salve Rainha,

Salve, Salve!

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1.2. CELEBRAÇÃO DA PALAVRA

RITOS INICIAIS

Evangelizar é comunicar a alegria da Fé e criar condições para que esta

seja saboreada e celebrada em comunidade. Deus fala connosco e através

de nós quando lemos, ouvimos e proclamamos a sua mensagem. É a

presença do Deus da vida, na existência, na Fé de todos nós. É com toda a

alegria que nos vem da Fé que professamos que mais uma vez reunimos os

catequistas da nossa arquidiocese.

Cântico de entrada: Na tua casa eu canto a ti, Maria

Na tua casa eu canto a ti, Maria,

Toma nas tuas mãos toda a minha vida,

Acompanha o meu caminho para Deus

pela estrada que seguiste, tu, Maria.

Tu que viveste sempre na verdade,

Tu, exemplo de autêntica liberdade

do teu amor, o Amor, aprenderei

e ao mundo inteiro o levarei.

Fica junto a mim, oh mãe de Deus,

dá-me sempre da tua coragem.

Só o Amor, então, me guiará

e a tua luz a todos chegará.

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BÊNÇÃO INICIAL

Presidente: Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo

Assembleia: Ámen

SAUDAÇÃO INICIAL

Presidente: Que o amor de Deus Pai, manifestado em seu Filho Jesus, que

nos anunciou a sua Boa Nova, com a força do Espírito Santo, esteja

connosco!

Assembleia: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo

RITO PENITENCIAL

Presidente: Quando procuramos discernir os acontecimentos da nossa

vida à luz da Fé percebemos que nós somos o maior desafio de Deus! A

sua vontade é um projeto de comunhão de vida connosco, Ele não desiste

de nós. Não nos volta as costas, nem nos deixa sozinhos em face dos

nossos pecados. Por isso peçamos perdão pelos nossos erros cantando:

Cântico

Perdoa, Senhor, o nosso dia,

a ausência de gestos corajosos,

a fraqueza de atos consentidos,

a vida dos momentos mal amados.

Perdoa o espaço que Te não demos,

perdoa porque não nos libertámos,

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perdoa as correntes que pusemos

em Ti, Senhor, porque não ousámos.

Contudo, faz-nos sentir,

perdoar é esquecer a antiga guerra.

E partindo, recomeçar de novo,

como o sol, que sempre beija a terra.

Presidente : Deus é Amor, por isso perdão incondicional. Na alegria de nos

sentirmos perdoados cantemos com alegria o Hino do glória.

Glória, glória a Deus nas alturas,

Glória, glória a Deus e paz na terra aos Homens por Ele amados

Glória, glória a Deus!

Senhor Deus, Rei dos Céus,

Deus Pai, todo poderoso

Nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos,

Nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos,

Nós Vos damos graças por Vossa imensa glória.

Senhor Jesus Cristo, Filho Unigénito,

Senhor Deus, Cordeiro de Deus,

Filho de Deus, nosso Pai.

Vós que tirais o pecado do mundo,

Tende piedade de nós.

Vós que tirais o pecado do mundo,

Acolhei a nossa súplica,

Vós que estais à direita do Pai,

Tende piedade de nós.

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Só vós sois o Santo,

Só Vós o Senhor,

Só vós o Altíssimo, Jesus Cristo,

Com o Espírito Santo na glória de Deus nosso Pai,

Ámen.

Oração da Coleta

Senhor nosso Deus, que nos enviastes o Salvador

e nos fizestes vossos filhos adotivos,

atendei com paternal bondade as nossas súplicas

e concedei que, pela nossa fé em Cristo,

alcancemos a verdadeira liberdade e a herança eterna.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,

que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DA PALAVRA

Introdução às leituras

Nos dias que correm em que a crise aumenta a cada minuto o fosso entre

ricos e pobres, torna-se cada vez mais urgente encarar o desafio que nos é

proposto pela liturgia de hoje: mudar os critérios de vida e de seleção das

pessoas. Para Deus não há privilegiado. A igualdade e a fraternidade têm

de ser uma realidade entre os cristãos; não podemos ter medo e nem nos

deixarmos abater pelas dificuldades. Não basta professar a nossa fé, mas é

necessário mostrá-la através de ações, devemos a todo o custo tentar

evitar o desprezo pelo irmão, o descaso pela situação do Outro e o

fechamento nos nossos próprios problemas.

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LITURGIA DA PALAVRA

Primeira leitura Is 35,4-7a

Leitura do Livro de Isaías

Dizei aos corações perturbados:

«Tende coragem, não temais.

Aí está o vosso Deus;

vem para fazer justiça e dar a recompensa;

Ele próprio vem salvar-nos».

Então se abrirão os olhos dos cegos

e se desimpedirão os ouvidos dos surdos.

Então o coxo saltará como um veado

e a língua do mudo cantará de alegria.

As águas brotarão no deserto

e as torrentes na aridez da planície;

a terra seca transformar-se-á em lago

e a terra árida em nascentes de água.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL

Minha alma canta,

Canta a grandeza do Senhor.

E meu espírito rejubila de alegria em Deus,

Meu Salvador.

Porque olhou com bondade

A pequenez da sua serva.

De hoje em diante todos os povos

Me chamarão feliz,

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Me chamarão feliz,

Me chamarão feliz!

Derrubou do trono os poderosos

E exaltou os humildes.

Aos famintos encheu de bens

E despediu os ricos com as mãos vazias.

Minha alma canta a grandeza do Senhor

E meu espírito rejubila de alegria em Deus,

Meu Salvador.

Segunda leitura Tg 2, 1-5

Leitura da Epístola de São Tiago

Irmãos:

A fé em Nosso Senhor Jesus Cristo

não deve admitir aceção de pessoas.

Pode acontecer que na vossa assembleia

entre um homem bem vestido e com anéis de ouro

e entre também um pobre e mal vestido;

talvez olheis para o homem bem vestido e lhe digais:

«Tu, senta-te aqui em bom lugar»,

e ao pobre: «Tu, fica aí de pé»,

ou então: «Senta-te aí, abaixo do estrado dos meus pés».

Não estareis a estabelecer distinções entre vós

e a tornar-vos juízes com maus critérios?

Escutai, meus caríssimos irmãos:

Não escolheu Deus os pobres deste mundo

para serem ricos na fé

e herdeiros do reino que Ele prometeu àqueles que O amam?

Palavra do Senhor.

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Aclamação ao Evangelho

Aleluia!

Cantai ao Senhor um cântico novo,

Cantai ao Senhor, povos da terra.

Evangelho Mc 7, 31-37

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,

Jesus deixou de novo a região de Tiro

e, passando por Sidónia, veio para o mar da Galileia,

atravessando o território da Decápole.

Trouxeram-Lhe então um surdo que mal podia falar

e suplicaram-Lhe que impusesse as mãos sobre ele.

Jesus, afastando-Se com ele da multidão,

meteu-lhe os dedos nos ouvidos

e com saliva tocou-lhe a língua.

Depois, erguendo os olhos ao Céu,

suspirou e disse-lhe:

«Efatá», que quer dizer «Abre-te».

Imediatamente se abriram os ouvidos do homem,

soltou-se-lhe a prisão da língua

e começou a falar corretamente.

Jesus recomendou que não contassem nada a ninguém.

Mas, quanto mais lho recomendava,

tanto mais intensamente eles o apregoavam.

Cheios de assombro, diziam:

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«Tudo o que faz é admirável:

faz que os surdos oiçam e que os mudos falem».

Palavra da salvação.

Homilia

Profissão de fé

Presidente: Conscientes da necessidade de caminharmos juntos na missão

que é catequizar, queremos professar a nossa fé, a fé da Igreja da qual

fazemos parte:

Presidente: Credes em Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do Céu e da

Terra?

Assembleia: Eu creio sim, eu creio sim, e vivo alegre a minha fé!

Presidente: Credes em Jesus Cristo, seu Único Filho, nosso Senhor que

nasceu da Virgem Maria morreu, foi sepultado, ressuscitou de entre os

mortos e está sentado à direita do Pai?

Assembleia: Eu creio sim, eu creio sim, e vivo alegre a minha fé!

Presidente: Credes no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na

comunhão dos santos, no perdão dos pecados, na ressurreição da carne e

na vida eterna?

Assembleia: Eu creio sim, eu creio sim, e vivo alegre a minha fé!

32

Presidente: Esta é a nossa fé. Esta é a Fé da Igreja que nos gloriamos de

professar, em Jesus Cristo Nosso Senhor.

Assembleia : Amén

Oração Universal

Presidente: Irmãos e irmãs:

No tempo em que Jesus viveu na terra, levavam-Lhe todos os doentes para

que os curasse.

Agora que Ele está junto do Pai, peçamos-Lhe com toda a confiança:

R. Concedei-nos, Senhor, a vossa graça.

1. Pelo Papa Bento XVI e pelos seus colaboradores, pelos bispos e

servidores das dioceses, pelos párocos e pelos fiéis que os ajudam,

oremos, irmãos.

2. Pelos que defendem a paz entre as nações, pelos que se levantam

contra as injustiças e pelos que dão pão a quem tem fome,

oremos, irmãos.

3. Pelos cegos, pelos surdos e pelos mudos, pelos pobres dos países mais

pobres e por todos os que estão ao seu serviço,

oremos, irmãos.

4. Por todos nós aqui reunidos em assembleia, pelos que não puderam vir

por estarem doentes

e pelos que entre nós estão mais tristes,

oremos, irmãos.

33

5. Pelos nossos pais, irmãos e familiares defuntos, pelos que no mundo

inteiro são vítimas da violência e pelos que morrem por causa da sua fé,

oremos, irmãos.

Presidente : Senhor Jesus Cristo, que dais coragem aos desanimados e

soltais a língua dos mudos, escutai as nossas orações e dignai-Vos atendê-

las, segundo o vosso coração.

Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

Assembleia : Amén

Presidente: Jesus ao ensinar aos seus discípulos o Pai Nosso, não quis

ensinar-lhes apenas uma fórmula que pudesse ser repetida de cor, mas

uma forma nova de falar com o Pai. Oremos cantando

Pai Nosso …

Presidente: Por Nosso senhor Jesus Cristo, Vosso Filho que é Deus

convosco, na unidade do Espírito Santo.

34

Oração do catequista

(todos)

Senhor Jesus,

Em Ti exulto de alegria,

Porque só Tu fazes grandes e admiráveis coisas!

Tu és o Senhor da vida,

O penhor de toda a esperança,

O amor infinito traduzido na doce certeza

De que “a língua do mudo cantará de alegria” (Is 35, 6)!

Senhor, eis-me aqui,

Comprometido e imensamente feliz,

Porque Tu me confiaste a bela missão de Te anunciar

E me chamaste a ser catequista na Tua Igreja!

Abre os meus ouvidos e a minha boca…

Sou tantas vezes refém da surdez do pecado

E outras tantas emudecido pelo comodismo!

Faz-me ouvir e, sobretudo, ouvir-Te,

Para que eu escute, ame e cumpra a Tua Palavra…

Faz-me falar, falar de Ti a todos os homens,

Anunciando-Te com um entusiasmo sempre novo!

Ilumina-me e renova-me, Senhor,

Neste início de um novo ano pastoral e catequético,

Para que através do meu testemunho fiel

Outros possam reavivar o dom da fé

E afirmar com uma alegria sem ocaso:

“Eu sei em quem pus a minha confiança” (2Tm 1, 12)!

Ámen!

Saudação Final

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Cântico final: Como o veado anseia

Como o veado anseia plas águas vivas

Como este bando de aves em desejos de azul.

Como este rio, campos fora ondulado,

Por Te ver, espera ardente o meu olhar.

Como a semente anseia gotas de chuva,

Como esta flor aguarda por um raio de luz.

Como este vento que se enlaça em meu redor

Por Te ver, canto ardente em Dó Maior.

Por isso eu vou por esses campos fora

Porque eu Te quero e anseio por Ti.

Por isso eu vou navegar esses rios

Quero e anseio por Ti, Senhor.

Como o veado anseia plas águas vivas

Como este bando de aves em desejos de azul.

Como este vento que se enlaça em meu redor

Por Te ver, canto ardente em Dó Maior.

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2. Programa e localização

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39

2.1. PROGRAMA 09:00h Acolhimento 09:30h Oração da manhã A partir das 11:00h Em simultâneo:

Conferência “Quando a família é fecunda na fé” pela Dra. Cristina Sá Carvalho e P.e Vasco Gonçalves

Ateliês I

Oficinas de Oração II

Sacramento da reconciliação 13:00h Almoço 14:15h Em simultâneo:

Concerto oração

Ateliês I

Oficinas de Oração II 16:00h Celebração da Palavra, Presidida pelo Senhor Arcebispo Primaz, Dom Jorge Ortiga

II Ateliês

11:00 – 11:50 12:00 – 12:50 14:30 – 15:20

A fé que atua pelo amor

Catequese e planificação pastoral

Coordenar para acompanhar

Eucaristia e fé

Graça Sacramental

Missa passo-a-passo

Sinais Vocacionais emergentes

11:00 – 12:30 14:15 – 15:45

Uma experiência concreta de catequese intergeracional

II

Oficinas de Oração Contínuo

Passo a rezar

Rezar com cânticos de Taizé

Rezar diante de Jesus Eucaristia

Rezar o meu dia

Rezar o terço

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2.2. LOCALIZAÇÃO Ateliês 1 - Eucaristia e fé 2 – Uma experiência concreta de catequese intergeracional 3 – A fé que atua pelo amor 4 – Missa passo-a-passo 5 – Catequese e planificação pastoral 6 – Sinais Vocacionais emergentes 7 – Coordenar para acompanhar 8 – Graça Sacramental Oficina de Oração: 9 – Passo a rezar 10 – Rezar com cânticos de Taizé 11 – Rezar o meu dia 12 – Rezar o Terço Capela – Rezar diante de Jesus Eucaristia A – Arciprestados A – Informações B – Serviço de Formação C – Edições Salesianas No interior da cripta - Conferências - Capela da Reconciliação - Capela do Santíssimo - Concerto-oração

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3. Ateliês

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3.1. A FÉ QUE ATUA PELO AMOR

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3.2. CATEQUESE E PLANIFICAÇÃO PASTORAL Caro(a) catequista, venho-te apresentar uma síntese do que se vai passar neste atelier e para isso convido-te a fazer uma viagem no tempo, sim? Voltemos então à nossa infância ou à infância dos nossos filhos. Recordas-te da estória da Cinderela? Aquela menina que andava sempre muito atarefada e que queria ir ao baile? Claro que sim! Então centra-te na cena onde decorre a preparação do vestido a levar ao baile: “- Sabem uma coisa? A Cinderela não vai ao baile! – O quê? – Vocês vão ver: trabalho, trabalho, trabalho, … Ela não vai conseguir arranjar o vestido! E momento maior desalento alguém diz – Hei! Nós fazemos!” Deves estar a pensar que ligação, pode ter uma estória infantil, com a tua missão de catequista? Confia, tenta descobrir e encontrarás a solução. Na nossa vida como nas estórias nada acontece por acaso, por vezes não entendemos, mas depois, mais tarde tudo faz sentido. É assim também na catequese. Quem não faz planos para o futuro? Quem não prepara um belo banquete para receber quem mais ama? E porque fazemos isso? Na sua exortação apostólica Catechesi Tradendae, João Paulo II afirma que a catequese é uma formação orgânica e sistemática que necessita de ser estruturada e coerente. O nosso itinerário catequético está organizado para que as verdades da fé e a inserção na vida cristã seja feita de um modo progressivo, tendo em conta as caraterísticas dos destinatários. Portanto, torna-se imprescindível que os catequistas desenvolvam competências na área da programação e da planificação para que o itinerário catequético seja aplicado de forma organizado e coerente, inserido na vida da comunidade e, leve a uma maior vivência do ano litúrgico. Daqui decorre a necessidade de pensar, de organizar e de atualizar a catequese criando, entre todos os membros da comunidade, uma autêntica comunhão eclesial, pois todos partilham da missão evangelizadora da Igreja. O próprio Directório Geral da Catequese aponta para a importância de uma efetiva coordenação da catequese da comunidade cristã, uma vez que esta visa “a unidade da fé, a qual sustenta todas as acções da Igreja” (DGC 272). Com efeito, a organização da catequese na paróquia não é uma dimensão meramente superficial que

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pertença só ao pároco e ao catequista. Pelo contrário, é importante a formação de uma equipa coordenadora que assuma a sua missão articuladora e animadora da catequese, promovendo a união de esforços e fomentando, entre os seus membros, a participação, a cooperação, a co-rresponsabilidade, de forma a tornar eficaz todo o processo catequético. É tarefa desta equipa organizar o ano catequético e ajudar os diferentes catequistas a superar as suas dificuldades, mesmo no âmbito da organização por anos.

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Trabalho de grupos

Planear é simplificar! A planificação é essencial para a comunhão eclesial e

para a unidade da fé. Antes de se iniciar a planificação é importante ter

como ponto de partida a realidade da nossa comunidade, para assim,

podermos propor objetivos amplos que nos coloquem numa atitude de

permanente esforço para alcançar metas claras e bem definidas.

A equipa coordenadora planifica o ano catequético de forma global e

ajuda os diferentes catequistas responsáveis de cada ano e os seus

colaboradores a planificar o seu ano catequético tendo em atenção:

a planificação geral da catequese;

os objetivos a serem atingidos no final do ano catequético e em cada

um dos blocos, procurando que as sessões de catequese decorram ao

ritmo do ano litúrgico.

Tendo em conta o pequeno texto apresentado, partilhe com o seu grupo

as respostas às seguintes questões:

1. Na sua paróquia é elaborado um plano anual de catequese? Se

respondeu sim, quem é responsável por essa planificação?

2. Quais são as etapas fundamentais para elaborar um plano anual

de catequese?

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3.3. GRAÇA SACRAMENTAL

Conscientes da generosa colaboração que os leigos estão desenvolvendo

no âmbito da vida eclesial das comunidades cristãs, propomos um

momento de reflexão e formação no domínio específico dos “sacramentos

da nova Lei (que) foram instituídos por Cristo e são em número de sete, a

saber: o Batismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos

Enfermos, a Ordem e o Matrimónio. Os sete sacramentos tocam todas as

etapas e momentos importantes da vida do cristão: outorgam nascimento

e crescimento, cura e missão à vida de fé dos cristãos”. (CCE: 1210)

Através duma atividade interativa – Palavra de Deus e imagens,

pretendemos que cada um:

Compreenda que o sacramento é um encontro com Jesus Cristo

Ressuscitado e o encontro de Jesus Cristo com a Igreja;

Descubra a graça que, como cristão, recebe por meio dos sacramentos e

que o pode ajudar a colaborar na salvação dos outros e no crescimento da

Igreja – Corpo de Cristo.

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3.4. EUCARISTIA E FÉ

A Eucaristia é «…fonte e centro de toda a vida cristã… » (LG 11): ela é,

verdadeiramente, o “coração da Igreja”.

A catequese é a forma específica do ministério da Palavra que faz

amadurecer a conversão inicial, até fazer dela uma confissão de fé viva,

explícita e operante: «A catequese tem a sua origem na confissão de fé e

leva à confissão de fé» (DGC 82)

As tarefas fundamentais da catequese: ajudar a conhecer, a celebrar, a

viver e a contemplar o mistério de Cristo iniciando e educando para a vida

comunitária e para a missão.

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Da Igreja

«O Deus que criou o mundo e tudo quanto nele se encontra, Ele, que é o

Senhor do Céu e da Terra, não habita em santuários construídos pela mão

do homem…» At 17, 24ª

Do Silencio

«…o que é uma igreja? Para começar, é um edifício com paredes, abóbada,

colunas e espaço. Mas isso forma apenas uma parte do que o termo

"igreja" significa realmente: corpo. Quando nós dizemos que a santa missa

decorre numa "igreja" no termo igreja incluímos a comunidade. E dizemos

a comunidade e não apenas a assistência. Não basta que as pessoas

entrem na igreja e se sentem ou ajoelhem nos bancos para que haja

comunidade; teremos apenas um espaço ocupado por pessoas mais ou

menos piedosas. A comunidade nasce quando as pessoas ficam

interiormente presentes, quando elas entram em contacto umas com as

outras, quando se juntam num espaço espiritual, diria mesmo: quando as

pessoas empreendem abrir-se e formar esse espaço. Então, a comunidade

forma - com o edifício exterior que o representa – a "Igreja" onde a ação

sagrada pode ocorrer. Tudo isso não se pode fazer sem o silêncio. É a

partir do silêncio que se constrói um verdadeiro santuário. Tudo depende

então da capacidade dos crentes de formar uma comunidade, de fazer

crescer a sua Igreja no sítio onde se encontram, qualquer que seja o

estado de abandono ou de miséria dos lugares exteriores. (..)Se alguém

me perguntasse onde começa a vida litúrgica, eu responderia: com a

aprendizagem do silêncio.

Sem ele, tudo fica pouco sério e vão» Romano GUARDINI, La Messe

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3.5. MISSA PASSO A PASSO

“Quanto mais vivo for o amor pela Eucaristia no coração do povo cristão,

tanto mais clara lhe será a incumbência da missão: levar Cristo; não

meramente uma ideia ou uma ética n'Ele inspirada, mas o dom da sua

própria Pessoa. Quem não comunica a verdade do Amor ao irmão, ainda

não deu bastante. A Eucaristia enquanto sacramento da nossa salvação

chama-nos assim, inevitavelmente, à unicidade de Cristo e da salvação por

Ele realizada a preço do Seu sangue. Por isso, do mistério eucarístico

acreditado e celebrado nasce a exigência de educar constantemente a

todos para o trabalho missionário, cujo centro é o anúncio de Jesus, único

Salvador” (nº 86 da Exortação Apostólica pós-sinodal Sacramentum

Caritatis do Papa Bento XVI).

A Eucaristia é, por excelência, o Sacramento do amor, onde Cristo Se

manifesta, Se torna presente e Se revela para sempre Se entregar

inteiramente por nós!

A passagem bíblica referente aos Discípulos de Emaús (Anexo 1) é não só o

paradigma da catequese, mas também um texto que nos remete para as

diferentes partes da Eucaristia (Anexo 2). Desde o acolhimento feito por

Jesus aos dois homens que caminham, à explicação das Escrituras, até à

fracção do pão, encontramos um forte paralelismo entre este texto e as

partes que compõem a Santa Missa.

Assim, este workshop, ao mesmo tempo que ajuda cada catequista a

recordar as diferentes partes da Eucaristia, procura também redescobri-las

53

à luz deste texto bíblico que sempre nos recorda como Jesus fazia

catequese e como também hoje cada catequista a deve fazer.

Além disso, é ainda importante perceber, descobrir ou redescobrir que é

na Eucaristia que cada um reconhece Jesus Cristo – foi no partir do pão

que os discípulos de Emaús o reconheceram vivo e ressuscitado – ou seja,

é na celebração do Sacramento da Eucaristia que reavivamos a nossa fé e

crescemos no amor d’Aquele em quem colocamos toda a nossa confiança,

tal como nos sugere a temática proposta pela nossa Arquidiocese de Braga

para este novo Ano Pastoral 2012/2013.

Logo, é a partir desse reconhecimento e desse amor que nasce dentro de

cada um a interpelação de anunciar Jesus Cristo a todos os homens,

nomeadamente através da vocação de catequista. Assim, da mesma forma

que os discípulos de Emaús sentiram que o Seu coração ardia ao escutar

Jesus e depois de O reconhecerem voltaram imediatamente a Jerusalém

para contar a todos que Ele estava vivo, também cada cristão, e

nomeadamente cada catequista, deve, pela Eucaristia, crescer no desejo

ardente de “levar Cristo” a todos os homens, como refere o acima descrito

nº 86 da Exortação Apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis do Papa

Bento XVI.

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Anexo 1:

Do Evangelho segundo São Lucas

Dois dos discípulos de Jesus

iam a caminho duma povoação chamada Emaús,

que ficava a sessenta estádios de Jerusalém.

Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido.

Enquanto falavam e discutiam,

Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho.

Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem.

Ele perguntou-lhes:

«Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?»

Pararam entristecidos.

E um deles, chamado Cléofas, respondeu:

«Tu és o único habitante de Jerusalém

a ignorar o que lá se passou nestes dias».

E Ele perguntou: «Que foi?»

Responderam-Lhe:

«O que se refere a Jesus de Nazaré,

profeta poderoso em obras e palavras

diante de Deus e de todo o povo;

e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes

O entregaram para ser condenado à morte e crucificado.

Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel.

Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu.

55

É verdade que algumas mulheres do nosso grupo

nos sobressaltaram:

foram de madrugada ao sepulcro,

não encontraram o corpo de Jesus

e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos

a anunciar que Ele estava vivo.

Mas a Ele não O viram».

Então Jesus disse-lhes:

«Homens sem inteligência e lentos de espírito

para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram!

Não tinha o Messias de sofrer tudo isso

para entrar na sua glória?»

Depois, começando por Moisés

e passando por todos os Profetas,

explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito.

Ao chegarem perto da povoação para onde iam,

Jesus fez menção de seguir para diante.

Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo:

«Ficai connosco, porque o dia está a terminar

e vem caindo a noite».

Jesus entrou e ficou com eles.

E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção,

partiu-o e entregou-lho.

Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O.

Mas Ele desapareceu da sua presença.

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Disseram então um para o outro:

«Não ardia cá dentro o nosso coração,

quando Ele nos falava pelo caminho

e nos explicava as Escrituras?»

Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém

e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam:

«Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão».

E eles contaram o que tinha acontecido no caminho

e como O tinham reconhecido ao partir o pão.

Anexo 2:

Partes da Eucaristia

- Ritos iniciais:

Procissão de entrada

Saudação inicial

Acto penitencial

Glória

Oração colecta

- Liturgia da Palavra:

Primeira Leitura

Salmo

Segunda Leitura

Aclamação ao Evangelho

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Evangelho

Homilia

Credo

Oração dos fiéis

-Liturgia Eucarística:

Ofertório

Oração Eucarística

- Ritos da Comunhão:

Pai Nosso

Abraço da Paz

Fracção do Pão

Cordeiro de Deus

Comunhão

Oração pós-comunhão

- Ritos finais:

Bênção final

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3.6. SINAIS VOCACIONAIS EMERGENTES Ressoam ainda, com toda a ênfase, aos nossos ouvidos as palavras que o Papa Bento XVI nos dirigiu este ano, por ocasião do 49º Dia Mundial de Oração pelas Vocações: «… amados presbíteros, diáconos, consagrados e consagradas, catequistas, agentes pastorais e todos vós que estais empenhados no campo da educação das novas gerações, exorto-vos, com viva solicitude, a uma escuta atenta de quantos, no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se os sinais duma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração». Esta exortação tem, pois, de ecoar bem fundo dentro de nós e implicar-nos num processo de escuta, auditiva e afectiva, daquelas e daqueles que, efectivamente, acompanhamos no seu crescimento humano e cristão. A partir dessa escuta atenta, que também implica os mediadores, podemos, intuir quais são os sinais concretos que a uns e a outros podem ajudar na clarificação das motivações vocacionais e proporcionem um caminho de discernimento que conduza ao acolhimento e opção vocacional. Esses sinais, sejam eles designados da forma que for, assentam essencialmente nos desejos, nos valores, atitudes e comportamentos das pessoas a quem Deus chama, tanto para o sacerdócio como para a vida de especial consagração. Elencamos a seguir alguns que parecem mais emergentes, os quais, por sua vez, nos podem levar a acrescentar outros. 1. Sinais de uma vocação para o sacerdócio:

Gosto pela vida e responsabilidade nos estudos ou trabalho;

Desejo de um "algo mais" para a vida (jovem rico!);

Determinação nas convicções e firmeza nas decisões;

Gosto pela oração e participação na missa e a profundidade que

por vezes revelam;

Dons pessoais e determinadas leituras ou filmes;

Verbalização de determinados desejos e vontades;

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Desejo de integração na vida da comunidade paroquial, nos

diferentes ministérios:

acólito, leitor, catequista, animador do grupo coral, …;

Desejo de identificação com determinado sacerdote que se torna

referência (ser como);

Interesse pela vida dos Seminários;

2. Sinais de uma vocação para a vida de especial consagração:

Preocupação com os outros = alteridade: pobres, doentes,

injustiçados …;

Forma de estar, viver e trabalhar em grupo e os valores que

proclama: gratuidade, desprendimento, entrega,…;

Dons pessoais e o cultivo de ideais elevados ;

Abertura às questões fundamentais da existência: ;

Inquietações, perguntas, medos sobre os quais são capazes de

dialogar com quem têm confidencialidade;

Sensibilidade e disponibilidade para as questões da atualidade do

mundo e da Igreja;

Acolhimento das provocações que chegam através dos diferentes

agentes pastorais;

Compromissos apostólicos nos diferentes ministérios e a

dedicação pessoal à construção do Reino no seguimento de Jesus;

Necessidade da oração e a participação na celebração dos

sacramentos;

Desejo de identificação com determinada pessoa consagrada, que

se torna referência pelo testemunho de vida, e a simpatia pelo

carisma que ela vive;

Estranheza e/ou interesse pela vida das Comunidades de pessoas

de especial consagração;

Desejo de aventura a capacidade para aceitar desafios;

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Gosto pelas biografias dos santos;

Estes e outros sinais podem ser identificados tanto por familiares como por catequistas num primeiro momento. Depois de se darem conta disso no contexto familiar e/ou catequético e na relação pessoal, poderão pedir ajuda e acompanhamento a algum presbítero ou pessoa que vive já a especial consagração, pois estes saberão como colaborar com Deus para que o gérmen vocacional colocado no coração daquelas e daqueles em quem se manifestou, cresça, desabroche, floresça e produza fruto, os frutos que o próprio Deus espera.

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4. Oficinas de Oração (tenda do encontro)

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4.1. PASSO A REZAR

O projeto www.passo-a-rezar.net é uma iniciativa do Secretariado Nacional do Apostolado da Oração, uma obra da Companhia de Jesus (jesuítas) que se dedica à promoção da oração pessoal. No estilo de oração que propõe, bebe a sua inspiração nos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loiola, o fundador da Companhia de Jesus. A espiritualidade inaciana, como lhe chamamos, alimenta o objetivo a que nos propomos: facilitar, seguindo a intuição de Inácio, a relação imediata do Criador com a criatura e da criatura com o Criador [EE, 15]. Com o www.passo-a-rezar.net pretendemos adaptar a proposta da oração pessoal às circunstâncias da vida de todos os dias e à exigência de mobilidade que a caracteriza. A caminho do trabalho ou da faculdade, nos transportes públicos ou no trânsito, rezar não é uma “utopia” nem um “desejo irrealizável”: o www.passo-a-rezar.net oferece-te a possibilidade de fazeres de cada lugar um lugar de encontro com Deus, um ”espaço sagrado”. Para tornar realidade este projeto, contamos com o generoso apoio de várias instituições, da Rádio Renascença a várias editoras e artistas (que nos cederam os direitos de uso das músicas), e também com a empenhada colaboração de tantos voluntários, das “vozes” do www.passo-a-rezar.net aos escritores dos pontos de oração que ouvirás cada dia.

(retirado do site http://www.passo-a-rezar.net)

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4.2. REZAR COM CÂNTICOS DE TAIZÉ

Os cânticos meditativos

A oração através de cânticos é uma das expressões mais essenciais da busca de Deus. Cânticos breves, repetidos várias vezes, sublinham o caráter meditativo. Em poucas palavras, eles exprimem uma realidade fundamental, rapidamente captada pela inteligência. Repetida até ao infinito, esta realidade é pouco a pouco interiorizada pela pessoa na sua totalidade. Os cânticos meditativos abrem-nos assim à escuta de Deus. Numa oração comunitária, eles permitem a todos participar e permanecer juntos na espera de Deus, sem que o tempo seja demasiado cronometrado. Para abrir as portas da confiança em Deus, nada pode substituir a beleza das vozes humanas unidas pelo canto. Esta beleza pode fazer entrever «a alegria do céu sobre a terra», como o exprimem os cristãos do Oriente. E começa a desenvolver-se uma vida interior.

Estes cânticos também sustêm a oração pessoal. Eles constroem pouco a pouco uma unidade da pessoa em Deus e podem tornar-se subjacentes no trabalho, nas conversas, no descanso, ligando oração e vida quotidiana. Mesmo inconscientemente, eles prolongam em nós uma oração, no silêncio do nosso coração.

(retirado do site: http://www.taize.fr/pt)

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Oração Cântico | Laudate Omnes Gentes (5x) ~ Laudate omnes gentes, laudate Dominum. Laudate omnes gentes, laudate Dominum.

Cântico | Confitemini Domino (5x) Confitemini Domino, quoniam bonus. Confitemini Domino, alleluia.

Cântico Salmo | Nossa Alma Louva o Senhor (5x)

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Minh’alma louva o Senhor, Exulta em Deus meu salvador.

Cântico Facultativo | Aleluia (Todos em pé)

Leitura | Romanos 8,31-39

São Paulo escreve: Que mais havemos de dizer? Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós? Ele, que nem sequer poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não havia de nos oferecer tudo juntamente com ele? Quem irá acusar os eleitos de Deus? Deus é quem nos justifica! Quem irá condená-los? Jesus Cristo, aquele que morreu, mais, que ressuscitou, que está à direita de Deus é quem intercede por nós. Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? De acordo com o que está escrito: Por causa de ti, estamos expostos à morte o dia inteiro, fomos tratados como ovelhas destinadas ao matadouro. Mas em tudo isso saímos mais do que vencedores, graças àquele que nos amou. Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem a altura, nem o abismo,

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nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso. Cântico | De Noche De noche iremos, de noche que para encontrar la fuente, Sólo la sed nos alumbra, Sólo la sed nos alumbra.

Silêncio Cântico | De Noche Oração Universal | Pai Nosso Cântico | Kyrie 20 (facultativo, intercalado com as intercessões)

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Oração de intercessão ou de louvor

Cristo, tu preenches a nossa vida com a tua compaixão para que te

procuremos sempre.

Cristo, tu conheces a nossa espera: conduz-nos pelo caminho eterno.

Cristo, pedimos-te por aqueles que começam a conhecer-te.

Cristo, pedimos-te por aqueles que não podem acreditar: tu ofereces

sempre o teu amor.

Cristo, pedimos-te por aqueles que tendo começado o novo ano de

trabalho, arriscam novos horizontes.

Cântico | Cantarei ao Senhor Cantarei ao Senhor, enquanto viver. Louvarei o meu Deus, enquanto existir. Nele encontro a minha alegria. Nele encontro a minha alegria.

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Cântico | El Senyor O Senhor é a minha força, ao Senhor o meu canto. Ele é nosso Salvador. Nele eu confio e nada temo. Nele eu confio e nada temo.

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Oração de conclusão

Espírito Santo, nas provações és a nossa força; nas contrariedades inspiras-nos à perseverança. Dá-nos um coração que saiba discernir o bem e o mal, um coração que não julgue, mas que compreenda os outros.

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4.3. REZAR DIANTE DE JESUS EUCARISTIA INTRODUÇÃO Nós estamos face a face com Jesus presente na sagrada hóstia e em cada um de nós, que nos quer falar como quem fala a um amigo. Adorar Jesus Cristo na hóstia consagrada é contemplar o seu gesto de amor e responder positivamente aos desafios que, hoje, Ele continua a fazer a cada um de nós, apelando ao perdão, ao amor, à paz. Unamo-nos a Maria, e por sua intercessão peçamos a Deus um coração novo, sedento da alegria Pascal. Coloquemo-nos em verdadeira atitude de escuta. [Silêncio] DIÁLOGO COM JESUS EUCARISTIA Não faz falta, meu filho, que saibas falar muito e bem para que goste do que Me dizes. Basta-Me que me ames. Fala-Me com simplicidade, como farias com o teu melhor amigo; ou com a tua mãe, ou com o teu irmão. Queres pedir por alguém? Diz-Me o seu nome. Que queres para essa pessoa neste momento? Pede muito, muito. Não duvides se deves ou não pedir. Agrada-Me que tenhas um coração generoso, que te esqueças de ti próprio para pedir pelas necessidades dos outros. Fala-Me dos pobres a quem queres consolar, dos doentes que vês padecer, dos que sabes que não Me amam e tu desejas que voltem ao bom caminho. Fala-Me dos teus amigos, um por um. Que queres para eles?

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Faz-Me uma petição para cada um deles. Diz-Me uma palavra de amigo, uma palavra íntima e fervorosa. Recorda-Me que Eu prometi escutar todos os pedidos que saiam do coração e não é verdade que te saem do coração todas essas coisas que pedes pelas pessoas de quem gostas? Lembra-te de que sou o dono dos corações e que docilmente os levo, sem que deixem de ser livres, aonde eu quiser. E para ti ? Não necessitas de nenhuma graça? Faz agora uma lista de todas as coisas que queres melhorar em ti. Diz-Me sinceramente se sentes orgulho, ou amor à sensualidade e ao que é cómodo e fácil Diz-me se és egoísta, se só pensas em ti, se te preocupas pouco coMigo ou com os outros. Não tenhas vergonha. Pobre alma! Não te dás conta de que tenho à minha volta, no Céu, muitos santos que tiveram os mesmos defeitos que tu? Mas eles foram humildes, pediram-me ajuda, lutaram e venceram. Não hesites em pedir-Me tudo aquilo de que necessitas. Mesmo que sejam bens do corpo ou coisas materiais: saúde, memória, êxito nos teus trabalhos, negócios ou estudos. Não vês que tudo isso e muito mais posso dar-te? Pede-Me e dar-to-ei, desde que não se oponha aos planos que tenho para ti. Neste momento de que necessitas? O que é que posso fazer por ti? Se soubesses a vontade que tenho de te ajudar...! O teu trabalho, os teus estudos, servem-te para estar cada dia mais perto de Mim? Porque não Mo ofereces e assim, poder-te-ei dar toda a Minha graça? Em que andas metido agora? O que te preocupa? Em que pensas? Conta-Mo com detalhe: que posso Eu fazer por essas coisas? Diz-me: o que é que mais desejas? Tens os meios para consegui-lo? Pede-Me para que te possa ajudar. E para Mim? Não queres amar-Me mais? Tens desejos da minha glória? Porque não te decides a ser santo? Não te dás conta de que necessito de ti? Não poderias fazer algo por essas pessoas a quem tanto queres e que estão um pouco afastadas de Mim?

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Estás triste ou aborrecido com alguma coisa? Conta-Me devagar, com detalhe. Quem te magoou? Tens o coração magoado com alguma coisa? Pois aproxima-te do Meu coração, que tem um bálsamo eficaz para aliviar as feridas do teu. Conta-Me tudo e verás como, no fim, o teu coração se parecerá ao Meu e Me dirás que tudo perdoas, que tudo esqueces, tudo em troca da Minha consoladora bênção. Tens alguma tristeza profunda? Abandona-te nas mãos da Minha amorosa providência. Estou aqui, contigo, ao teu lado, ouvindo-te. Sentes que alguma pessoa a quem tu amas corresponde mal ou que se afasta de ti sem que haja algum motivo? Pede-Me por ela e, se te convém, farei que volte para ti. E não tens nenhuma alegria a comunicar-Me? Por que não me contas, já que sou teu amigo? Conta-Me o que desde a última vez que estiveste comigo te consolou ou o que fez sorrir o teu coração. Quem sabe se não tiveste alguma boa notícia ou alguma vitória nas tuas lutas! Sabes que foi obra Minha? Por que não Mo agradeces? Diz-Me, com simplicidade, como um bom filho para o seu pai: obrigado, meu Pai, obrigado! Agrada-Me que correspondas. Sê agradecido. Sabes quantas coisas boas te dei sem sequer teres dado conta? Vamos terminar. Agora, volta às tuas ocupações habituais. Não te esqueças da gratificante conversa que tivemos aqui os dois. Espero-te amanhã. Volta com um coração mais apaixonado porque no Meu encontrarás cada dia novos consolos, novo amor. [Silêncio]

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PALAVRA Do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 15, 1-5) «Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer. [Silêncio] Comentário Deus Pai é apresentado, neste texto, como o agricultor de uma vinha. O agricultor conhece, por natureza, as suas propriedades e sabe o que é melhor para elas. Sendo Deus o agricultor, Jesus é o pequeno “tesouro” da videira, no qual devemos permanecer. Também nós somos retratados neste cenário. Nós somos os ramos e, para darmos fruto, é necessário permanecermos onde corre a vida, ou seja, permanecer em Jesus. Caso contrário, afastando-nos da seiva da vida acabaremos por secar, afastando-nos do amor de Cristo. [Silêncio] ORAÇÃO DO PAI-NOSSO – Pai-Nosso, santificado seja o vosso nome...

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– Para que o vosso nome seja louvado, ó Pai do Céu, pelos vossos filhos espalhados pelo mundo inteiro, nós te dizemos: – Pai-Nosso, venha a nós o vosso Reino... – Para que os corações de todos os homens e mulheres vivam a liberdade, o amor, a paz, a partilha e o perdão, nós te dizemos: – Pai-Nosso, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu... – Para que seja feita sempre a vossa vontade e não a nossa e que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade, nós te dizemos: – Pai-Nosso, o Pão-nosso de cada dia nos dai hoje... – Dai-nos o pão, fruto da terra e do trabalho do homem; dai-nos também o Pão que nos faz viver eternamente; ensinai-nos a partilhar a nossa vida e o nosso alimento. – Pai-Nosso, perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido... – Perdoai-nos e fazei de nós pessoas amáveis que constroem a amizade e a paz. – Pai-Nosso, não nos deixeis cair em tentação! – Dai-nos a esperança e a confiança porque somos frágeis e precisamos de quem nos guie e oriente para o bem. – Pai-Nosso, livrai-nos do mal! – Dai-nos a doçura do coração e a alegria da fraternidade que supera todo o mal. – Pai-Nosso, amen! [Silêncio] SALMO 138 - Senhor, Tu examinaste-me e conheces-me, sabes quando me sento e quando me levanto; à distância conheces os meus pensamentos. - Vês-me quando caminho e quando descanso; estás atento a todos os meus passos.

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- Ainda a palavra me não chegou à boca, já Tu, Senhor, a conheces perfeitamente. - Tu me envolves por todo o lado e sobre mim colocas a tua mão. - É uma sabedoria profunda, que não posso compreender; tão sublime, que a não posso atingir! - Onde é que eu poderia ocultar-me do teu espírito? Para onde poderia fugir da tua presença? - Se subir aos céus, Tu lá estás; se descer ao mundo dos mortos, ali te encontras. - Se voar nas asas da aurora ou for morar nos confins do mar mesmo aí a tua mão há-de guiar-me e a tua direita me sustentará. - Se disser: «Talvez as trevas me possam esconder, ou a luz se transforme em noite à minha volta», nem as trevas me ocultariam de ti e a noite seria, para ti, brilhante como o dia. - A luz e as trevas seriam a mesma coisa! - Tu modelaste as entranhas do meu ser e formaste-me no seio de minha mãe. - Dou-te graças por tão espantosas maravilhas; admiráveis são as tuas obras. - Quando os meus ossos estavam a ser formados, e eu, em segredo, me desenvolvia, tecido nas profundezas da terra, nada disso te era oculto. - Os teus olhos viram-me em embrião. - Tudo isso estava escrito no teu livro. - Todos os meus dias estavam modelados, ainda antes que um só deles existisse. - Como são insondáveis, ó Deus, os teus pensamentos! Como é incalculável o seu número! - Se os quisesse contar, seriam mais do que a areia; e, se pudesse chegar ao fim, estaria ainda contigo. - Ó Deus, faz com que os ímpios desapareçam; afasta de mim os homens sanguinários. - Aqueles que maldosamente se revoltam,

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em vão se levantam contra ti. - Não hei-de eu, Senhor, odiar os que te odeiam? Não hei-de aborrecer os que se voltam contra ti? - Odeio-os com toda a minha alma. Considero-os como meus inimigos. - Examina-me, Senhor, e vê o meu coração; põe-me à prova para saber os meus pensamentos. - Vê se é errado o meu caminho e guia-me pelo caminho eterno. - Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo como era no princípio, agora e sempre. Ámen.

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4.4. REZAR O MEU DIA O exercício diário deste modo de orar tem como fruto tornar mais alertas os sentidos espirituais para a presença e os apelos do Senhor nas diferentes situações da vida diária: resulta ainda em tornar-nos mais afinados e sintonizados com tudo aquilo que é sinal e presença do Espírito através das coisas, das outras pessoas e acontecimentos históricos; ajuda-nos a perceber, por outro lado, as diferentes moções e movimentos deste mesmo Espírito no nosso coração. Trata-se, antes de mais, do reconhecimento da santidade de Deus e, sobretudo, de seu amor por mim. Por isto, antes de mais, louvo e dou graças. Esta santidade e este amor, no entanto, interpelam e chamam-me. Aproximam-se de mim e fazem-me uma proposta de aliança e de amor. Como tenho – ou não tenho – respondido a esta proposta que incessantemente me sai ao encontro no quotidiano da vida é o objecto do exame propriamente dito, que será seguido, então, do arrependimento humilde daquilo que em mim não foi resposta ao amor e disposição esperançosa para corrigir-me do que percebo como limite e fechamento da minha parte. Um coração que discerne O verdadeiro objectivo do exame de consciência é ajudar-me a tomar conhecimento da dimensão da fé da minha vida, colocando o meu verdadeiro “eu” diante de Deus. Ele está, constantemente a atrair-me para si, por um caminho único e íntimo.

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O exame é um exercício orante diário de discernimento, ajudando-me a responder ao convite amoroso de Deus, não exactamente durante o tempo do exame, mas, ao longo de todo o meu dia. Ajuda-me a encontrar Deus em todas as coisas. Assim, não se refere, primariamente, às boas e más acções mas ao que ocorre em nós antes da acção: os nossos mais profundos e íntimos sentimentos; como estamos a experimentar o apelo do Pai; como a nossa natureza de pescador nos afasta do Pai, com subtis disposições dentro de nós. Então, este é um exercício de consciência. Consciência de meu actual relacionamento com um Pai amoroso, cujos convites para nos chegarmos mais a Ele se apresentam sob novas formas a cada momento. Não me é possível fazer este tipo de exame sem confrontar a minha própria identidade em Cristo diante do Pai. O exame em cinco etapas 1. AGRADECIMENTO Se o exame é relacionado na minha visão com a prece, entenderei, prontamente, como é bom iniciá-lo com a acção de graças. Na minha oração-vida tenho meios de perceber o quanto sou pobre. Nada possuo, nem mesmo me possuo. Eu venho diante de Deus como alguém que foi presenteado por ele. Dele, possuo tudo. O aprofundamento de minha fé começa, e, com maior autenticidade, eu tomo consciência da minha total pobreza, e mais me torno marcado pela grande bondade de Deus para comigo. Este sentido de gratidão deve tornar-se uma permanente atitude em mim, parte integrante de minha própria consciência. Assim, dedico o tempo de exame a trazer a gratidão para o meu plano consciente, e, assim, posso aprender a possuir uma habitual consciência de quem é Deus e como Ele é Bondade. Gradualmente, experimentarei o que significa crer que tudo é dom, e esta consciência sozinha pode mudar a minha vida. Assim faço esta parte do exame, agradecendo a Deus especificamente pelos seus dons nas horas do dia que já decorreram. Expressando a minha gratidão, ajudar-me-ei a descobrir dons de Deus que ele quer me dar no futuro, e assim, me tornarei mais espontaneamente grato quando eles me forem dados.

O que aconteceu hoje; pelo que eu devo agradecer?

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Considerei os seus dons?

Toda minha vida está a tornar-se um “Muito Obrigado!” a Deus?

O que encontrei mais dificuldade em agradecer? 2. PEDIR A LUZ DO ESPÍRITO Não há dúvida que tenho cometido muitos erros na minha vida. Para compreender que ver claramente em assuntos espirituais não é tão fácil quanto usar a minha razão e senso comum. Desde que, apenas Deus me conhece completamente e sabe quem pretendo ser quando me tornar capaz de ser tudo quanto sou capaz de ser, é claro que somente Ele me pode dar o que necessito perceber na minha vida. Então, é importante que eu peça ao seu Espírito que me dê uma crescente inteligência do mistério que eu sou.

Eu também preciso de me questionar: estou a ser mais e mais conduzido pelo Espírito?

Estou aberto a todos os canais pelos quais ele me fala?

Permiti que ele me guiasse nos acontecimentos desta manhã, deste dia?

Experimentarei os seus dons: uma nova paz, amor, bondade, gentileza, paciência, fidelidade, autocontrolo?

3. EXAME Esta é a parte do exame que nos é mais familiar. Consiste em nos examinarmos. Mas sobre o que nos autoexaminaremos? No passado, muitos de nós revivíamos nossas ações nesta parte do dia e contabilizávamos as nossas derrotas e vitórias. Isto é justamente o que não devemos fazer! O nosso real interesse aqui é a fé e o que está a acontecer para nós e em nós, desde o último exame. Assim, as perguntas que me faço devem ser como estas:

Senti-me chamado pelo Senhor, em algum momento neste período, através de um amigo, um acontecimento, um bom livro, a natureza...?

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Para que me chamou Ele?

O que aprendi hoje sobre Ele e sobre os Seus caminhos nas ocasiões ordinárias? E nos momentos perdidos?

De que modo fui sinal da presença e do amor de Deus para os meus amigos, para pessoas com quem trabalho ou que encontrei?

Senti-me levado a estar isolado, desencorajado, necessitado?

Como me tornei mais consciente da obra de Deus na Igreja, no meu país, nos outros países do mundo?

Como tudo isto me tocou?

Tive a certeza de estar mais consciente de ser amado, da minha pecaminosidade, do meu desejo de reciprocidade, da minha dependência?

De que área do meu ser Jesus ainda não é o Senhor? Secundariamente consideramos as nossas ações, pelo aspeto de como respondem ao chamamento. Muito frequentemente, nós consideramos as nossas ações mais como nossas do que como movidas e motivadas pelo Espírito. É provável que o Senhor esteja a chamar-me à conversão em algum aspeto da minha vida. Aí, eu deveria responder em vez de procurar ocupar-me com um ponto que eu mesmo escolhi para trabalhar. Somente Deus pode revelar-me o meu estado pecador e Ele somente o faz no amor. 4. CONTRIÇÃO E ARREPENDIMENTO Uma crescente consciência do meu pecado (minha falta de resposta ao amor) pode levar-me:

Ao arrependimento e, então, à admiração de estar a ser constantemente levado à renovação;

A um sentido profundo de alegria e gratidão, porque tenho garantida a vitória através de Jesus;

Uma crescente desconfiança de mim próprio e firme confiança em Deus;

Uma humilde consciência da minha fraqueza;

Uma robusta fé de que estou a ser, progressivamente, convertido de pecador em filho de Deus.

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Neste período posso expressar meu arrependimento por ações específicas que tenham sido respostas inadequadas ao seu amor e à sua obra no meu coração. 5. ESPERANÇOSA RESOLUÇÃO PARA O FUTURO O que faço nesta parte do exame decorre, naturalmente, de tudo o que o precedeu. Entretanto, eu serei diferente cada dia. Se eu for o mesmo todos os dias, isto seria um sinal seguro de que não integrei os outros quatro elementos do exame. Como olharei para o futuro? Estou desalentado, temeroso, desencorajado? Se assim é, porquê? Devo ser honesto e não reprimir os meus verdadeiros sentimentos. Deveria haver um grande desejo de enfrentar o futuro com renovada visão e sensibilidade, então pedirei:

A graça de reconhecer os caminhos pelos quais Deus me chama em cada situação do futuro;

E de responder ao seu chamamento com mais fé, coragem, humildade; em especial como experiência do seu chamamento para uma contrita conversão em determinado ponto do meu coração.

Quanto mais eu confio no Senhor e deixo que Ele conduza a minha vida, tanto mais experimentarei a verdadeira esperança Nele, não só apesar de, mas, através da minha fragilidade, pena e pobreza. E esta experiência traz alegria! Deixo o passado para trás e, com todo o meu ser, continuo a correr em direção à meta (cf Fl 3, 14).

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4.5. REZAR O TERÇO

Rosário

O Rosário é o exercício de piedade popular mais recomendado pelos Papas. Surgiu nos meados do século XII, como substituto do Ofício Divino para os monges iletrados (correspondendo as 150 Avé Marias aos 150 Salmos do Saltério) e a sua divulgação deveu-se muito aos Dominicanos.

O Rosário divide-se em quatro «terços» e cada terço, contém cinco dezenas de Avé-Marias. Cada dezena começa com o Pai Nosso e termina com o Glória. Em cada dezena os fiéis são convidados a meditar num mistério da vida de Jesus, ao qual, se associa sua Mãe, Maria Santíssima.

Avé Maria (3) Em honra da pureza de Nossa Senhora

Pai Nosso

Salvé Rainha Consagração a Nossa Senhora

Avé Maria (10)

Glória

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Mistérios do Rosário

Mistérios Gozosos (Segunda e Sábado)

1. A anunciação do Anjo à Virgem Maria. 2. A visita de Maria a Santa Isabel. 3. O nascimento de Jesus em Belém. 4. A apresentação de Jesus no Templo. 5. A perda e encontro de Jesus no Templo.

Mistérios da Luz (Quinta)

1. O batismo de Jesus no Jordão. 2. A autorrevelação de Jesus nas bodas de Caná. 3. O anúncio do Reino e o convite à conversão. 4. A transfiguração de Jesus no Tabor. 5. A instituição da Eucaristia.

Mistérios Dolorosos (Terça e Sexta)

1. Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras. 2. Flagelação de Jesus, preso à coluna. 3. Coroação de espinhos. 4. Jesus carrega a cruz a caminho do Calvário. 5. Jesus é crucificado e morre na cruz.

Mistérios Gloriosos (Quarta e Domingo)

1. A ressurreição de Jesus. 2. A ascensão de Jesus ao céu. 3. A descida do Espírito Santo. 4. A assunção da Santíssima Virgem ao céu. 5. A coroação de Nossa Senhora, como Rainha do céu e da terra.

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Orações Pai Nosso Pai Nosso que estais nos Céus, santificado seja o vosso Nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do Mal. Avé Maria Avé Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Ámen Glória ao Pai Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era, no princípio, agora e sempre. Ámen.

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Salvé Rainha Salvé, Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve! A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva. A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E, depois deste desterro, nos mostrai Jesus, bendito fruto do Vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Consagração a Nossa Senhora Ó Senhora minha, ó minha Mãe, Eu me ofereço todo(a) a Vós e, Em prova da minha devoção para conVosco, Vos consagro, neste dia e para sempre, Os meus, os meus ouvidos, a minha boca, O meu coração e inteiramente todo o meu ser; E porque assim sou Vosso(a), ó incomparável Mãe, Guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade Vossa. Lembrai-Vos que Vos pertenço, terna Mãe, Senhora Nossa. Ah!, guardai-me e defendei-me como coisa própria Vossa.

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Rezar o Terço… MISTÉRIOS GOZOSOS (segundas e sábados) V. Deus, vinde em nosso auxílio. R. Senhor, socorrei-nos e salvai-nos. Glória ao Pai… Aleluia Primeiro Mistério | A ANUNCIAÇÃO DO ANJO A NOSSA SENHORA Maria disse então: Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.(Lc 1,38) Parece que nada pode resistir a Deus que chama. Porém, não é assim. Deus detém-se com respeito diante da liberdade dos seus filhos que criou livres. O Seu chamamento assume a força e a delicadeza de um convite. Vós sois livres, então decidi-vos. (Paulo VI) - Rezemos para que nas comunidades cristãs se crie o ambiente favorável à escuta do chamamento do Senhor. Segundo Mistério | A VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA A SUA PRIMA SANTA ISABEL Por aqueles dias, pôs-se Maria a caminho e dirigiu-Se à pressa para as montanhas, a uma cidade de Judá. (Lc 1,39) Os cristãos devem ser ensinados a não viverem só para si mesmos, mas segundo as exigências da nova lei da caridade. Uma comunidade que não viva generosamente segundo o Evangelho, só pode ser uma comunidade pobre de vocações. Mas na comunidade em que o sacrifício quotidiano mantém viva a fé e um alto grau de amor a Deus, as vocações sacerdotais continuam a ser numerosas. (Paulo VI)

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- Rezemos para que nas comunidades cristãs o espírito de serviço ao próximo desperte no coração dos jovens a vontade de se consagrarem a Deus. Terceiro Mistério | O NASCIMENTO DE JESUS NO PRESÉPIO DE BELÉM E quando ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogénito que envolveu em panos e recostou numa manjedoura por não haver lugar para eles na estalagem. (Lc 1,6- 7) A Igreja envia voluntários, envia homens livres que não são certamente pagos em proporção com o que o seu trabalho comporta de esforço, de risco e de mérito; ela envia homens de uma qualidade especial: pobres e generosos. (Paulo VI) - Rezemos para que, por parte das comunidades cristãs, a vivência do desapego dos bens deste mundo seja estímulo para que os jovens se decidam a optar por uma vida de desprendimento e generosidade. Quarto Mistério | A APRESENTAÇÃO DO MENINO JESUS NO TEMPLO E A PURIFICAÇÃO DE NOSSA SENHORA Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a lei de Moisés, levaram o Menino a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor. (Lc 2,22) A graça de uma vocação semeada por Deus numa alma, no fundo, não é mais do que uma dádiva abundante da caridade divina. Acontece frequentemente, nos nossos dias, não atingir a Graça a sua finalidade. Para que ela a atinja é necessário criar as condições favoráveis. (Paulo VI) - Rezemos para que os Pais, pela palavra e pelo exemplo, sejam para os filhos os primeiros arautos da fé e favoreçam a vocação própria de cada um, especialmente a vocação sagrada. (LG 11)

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Quinto Mistério | O ENCONTRO DO MENINO JESUS NO TEMPLO, ENTRE OS DOUTORES Jesus respondeu-lhes: Porque Me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de Meu Pai? (Lc 2,49). É necessário dar aos jovens a possibilidade de ouvir a voz de Deus que os chama e de Lhe responder. Aqui a responsabilidade das famílias é imensa, porque é em grande parte do ambiente que reina na família que depende a possibilidade de um frutuoso diálogo interior com Deus. Infelizmente, nalgumas famílias não há clima de fé, não há clima de amor. (Paulo VI) - Rezemos para que nas famílias cristãs se crie um clima de fé e amor favorável ao desabrochar da vocação sagrada.

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5. Capela da Reconciliação

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SACRAMENTO DA PENITÊNCIA

«Eis a mensagem que ouvimos de Jesus e vos anunciamos: Deus é luz e nele não há nenhuma espécie de trevas. Se dizemos que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Pelo contrário, se caminhamos na luz, como Ele, que está na luz, então temos comunhão uns com os outros e o sangue do seu Filho Jesus purifica-nos de todo o pecado. Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessamos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniquidade. Se dizemos que não somos pecadores, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.» (1 Jo 1, 5-10)

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O EXAME DE CONSCIÊNCIA Sem o exame de consciência (não só para a confissão, mas diário) não há progresso na vida cristã. Como posso ser melhor se não atendo ao que fiz de mal no dia-a-dia? Não é só ver os pecados que fiz. Deve ser antes uma oração: rezar a minha vida, o meu dia-a-dia, diante de Deus. É ver-me à luz de Deus com o meu lado bom (dons, trabalhos, esforço, o bem que fiz e as graças que recebi de Deus) e o meu lado negativo (gestos maus, quedas, faltas de amor, omissões, isto é, o que não fiz e devia ter feito).

PROPOSTA I I. Face a Deus

"Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças". (Dt 6,5)

Que importância tem Deus na minha vida? Procuro-O? Esforço-me por crescer na fé e ultrapassar as minhas dúvidas?

A CADA CONFISSÃO PERTENCEM: O exame de consciência; O arrependimento; O propósito; A confissão; A penitência.

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Rezo a Deus? Regularmente? Diariamente? Procuro evitar as distrações durante a oração, ou faço o possível por não "estar lá"? Esforço-me por conhecer sempre cada vez melhor a Jesus Cristo? Tenho aproveitado o sacramento da confissão para crescer no amor de Deus, tornando-me melhor? Sempre que caio em pecado mortal ou noutro pecado (cortando assim a minha relação com Deus), procuro logo que possível confessar-me e voltar para Deus? Confesso-me com frequência? Aos Domingos e Festas vou à missa? Participo na missa inteira ou já aponto para chegar atrasado ou sair a meio? Procuro estar com atenção e participar na celebração, ou estou distraído? Comungo habitualmente? Como é o meu ser cristão? Escondo-me e tenho vergonha, ou procuro preparar-me para ajudar os outros na fé e na vida cristã? II. Face ao próximo

"É este o meu mandamento, que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei". (Jo 13,34)

Face aos outros, a minha atitude é em geral de amor ou de desprezo? Estou zangado ou de relações cortadas com alguém? Procuro ser simpático e servir os outros, ou estou sempre a mandar neles? Evito conflitos, ou estou sempre a tecer intrigas e a criticar os outros pelas costas? Sou egoísta, ou procuro amar o próximo? Sou mentiroso, ou invejoso? Dou alguma atenção especial àquele que precisa (doentes, velhinhos, pobres)?

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Como são as minhas relações com os meus colegas, superiores, família (especialmente pais e filhos)?Estraguei de propósito alguma coisa dos outros? Roubei alguma coisa? Respeitei o corpo humano? Fiz mal a alguém batendo ou ferindo? Respeito o meu sexo? Evito alimentar pensamentos e desejos impuros? Quando cometo alguma falta aceito a minha responsabilidade, ou desculpo-me atirando para os outros as culpas daquilo que fiz? III. Face a mim mesmo "Sede perfeitos, como é perfeito o vosso Pai do Céu". (Mt 5,48) Sou egoísta, orgulhoso, caprichoso e avarento, ou esforço-me por me dedicar aos outros, sendo simples, simpático e generoso? Sou cuidadoso com o meu vocabulário, evitando escandalizar e ofender os que estão comigo, ou digo palavrões e insulto os outros? Respeito o meu corpo? Olho-o castamente, ou vejo-o como um mero instrumento de prazer sensual? Como emprego o meu tempo? Esforço-me por o não desperdiçar? Como estudo ou trabalho? Com preguiça, ou com consciência de que aquilo que faço é importante também na minha relação com Deus? Como com moderação, ou sou guloso e ganancioso? Dedico-me às coisas importantes da vida, ou sou vaidoso e fútil? IV. Face ao Mundo

"E Deus vendo toda a sua obra [a criação] considerou-a muito boa". (Gn 1,31)

Sou sensível à beleza da criação e esforço-me por encontrar a Deus através dela? Aprecio as coisas à minha volta ou consumo-as apenas...? A minha passagem por um lugar bonito caracteriza-se por não o estragar (lixo, barulho, atitudes que perturbem)?

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Respeito a natureza como a casa que Deus me dá, ou, responsavelmente, poluo o lugar onde vivo? Procuro manter-me informado e preferir os produtos "amigos do ambiente" ou tanto me faz, desde que não tenha chatices? Vivo a minha vida numa ganância de enriquecimento (no estudo ou no trabalho) ou preocupo-me por me situar numa lógica de realização pessoal, de partilha dos bens e de serviço aos outros? Crio em mim uma atenção pelos menos favorecidos, pela justa distribuição da riqueza? Que faço para conhecer a doutrina social da Igreja?

********** PROPOSTA II (à luz do Evangelho de Mateus 5, 3-10) BEM-AVENTURADOS OS POBRES EM ESPÍRITO, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS! Ando preocupado com riquezas? Uso os meios justos para possuir o que tenho? Sou justo no meu trabalho ou no meu emprego? Tenho sido fiel aos meus compromissos e contratos? Dou mais importância ao dinheiro, ao prazer, à beleza, ao desporto, aos artistas, aos animais de estimação do que a Deus? Leio e medito a Palavra de Deus com frequência? Honro o meu Batismo? Digo blasfémias contra as coisas santas e falo delas sem respeito? Falto ao respeito para com o nome de Jesus, da Santíssima Virgem Maria e dos Santos? BEM-AVENTURADOS OS QUE CHORAM, PORQUE SERÃO CONSOLADOS!

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Suporto com paciência as minhas aflições? Preocupo-me com os irmãos que sofrem? Tenho ódio aos outros? Alguma vez deixei de defender a inocência dos outros? BEM-AVENTURADOS OS HUMILDES, PORQUE POSSUIRÃO A TERRA! Sou violento com alguém? Ando em discórdia com alguém? Faço a oração da manhã e a oração da noite? Convido os meus familiares a rezar comigo? Visito, com frequência, Jesus presente no sacrário da minha igreja? Ofereço a Deus os meus trabalhos, alegrias e dores? A recitação do terço do Rosário faz parte da minha oração a Deus, por Maria? BEM-AVENTURADOS OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA, PORQUE SERÃO SACIADOS! Tenho sede de Deus? Esforço-me por ser santo? Sou justo nas minhas responsabilidades? Sou supersticioso? Recorro à adivinhação, à magia e à feitiçaria? Santifico o Domingo, dia da ressurreição de Jesus? Comungo o Corpo de Cristo com frequência? Faltei alguma vez à Eucaristia Dominical sem ser por doença ou por outro motivo sério? Impeço alguém de guardar o dia do Senhor? Celebro o sacramento da Penitência com frequência? Faço penitência nos dias propostos pela Igreja? Que tenho feito para aumentar a minha formação cristã? BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS, PORQUE ALCANÇARÃO MISERICÓRDIA! Tenho vontade de perdoar aos irmãos? Amo o próximo como Jesus nos amou? Mostro-me agradecido para com os meus pais? Cumpro o meu papel na vida da comunidade política, pagando os impostos e exercendo o direito de voto?

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Considero como meu próximo todo o ser humano? Atentei contra a vida dos outros, contra a sua integridade física, fama, honra ou bens? BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO, PORQUE VERÃO A DEUS! Sou escravo da concupiscência e dos desejos dos sentidos? Destruí o bom nome e a reputação de alguém? Tive maus pensamentos? Sou puro no meu olhar? Com a minha falta de decência tenho levado os outros a pecar? Guardei o meu corpo na pureza e na castidade? Disse palavras feias? Tenho feito leituras, assistido a espetáculos e participado em divertimentos feios? Observei a lei moral no uso do matrimónio? Digo sempre a verdade? BEM-AVENTURADOS OS QUE PROMOVEM A PAZ, PORQUE SERÃO CHAMADOS FILHOS DE DEUS! Procuro a paz na minha família, na minha escola, no meu trabalho, entre os meus amigos e na sociedade? Cobicei alguma coisa? Tenho inveja de alguém? Sou vingativo? Roubei alguma coisa? Restituí o que roubei? Estraguei voluntariamente alguma coisa a alguém? Restituí bens emprestados ou objetos perdidos? Desprezo os pobres, os fracos e os idosos? Estimo os animais e trato-os com delicadeza? BEM-AVENTURADOS OS QUE SOFREM PERSEGUIÇÃO POR AMOR DA JUSTIÇA, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS! Pratico a injustiça? Cometo discriminações, opressões e perseguições contra alguém? Já alguma vez tive medo ou vergonha de me apresentar como cristão? Dou bom exemplo? Desanimo com facilidade? Recorro a Deus nas tentações?

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O ARREPENDIMENTO

Depois de cada pecado reconhecido, ressuscitemos! Pecados, nem um instante os deixemos no coração.

Santo Cura d’Ares Do exame da culpa pessoal surge o desejo de se melhorar; a isto se chama arrependimento. A ele chegamos quando reparamos na contradição entre o amor de Deus e o nosso pecado. Então, enchemo-nos de dor pelo nosso pecado, propomo-nos a mudar a nossa vida e depositamos toda a nossa esperança na ajuda de Deus. O PROPÓSITO O propósito de no futuro não mais cometer este pecado A CONFISSÃO A confissão ao sacerdote constitui uma parte essencial do sacramento da Penitência: «Os penitentes devem, na confissão, enumerar todos os pecados mortais de que têm consciência, após se terem seriamente examinado, mesmo que tais pecados sejam secretíssimos e tenham sido cometidos apenas contra os dois últimos preceitos do Decálogo (47); porque, por vezes, estes pecados ferem mais gravemente a alma e são mais perigosos que os cometidos à vista de todos» (48):

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«Quando os fiéis se esforçam por confessar todos os pecados de que se lembram, não se pode duvidar de que os apresentam todos ao perdão da misericórdia divina. Os que procedem de modo diverso, e conscientemente ocultam alguns, esses não apresentam à bondade divina nada que ela possa perdoar por intermédio do sacerdote. Porque, "se o doente tem vergonha de descobrir a sua ferida ao médico, a medicina não pode curar o que ignora"» (49). (CCE 1456) A PENITÊNCIA A penitência é a reparação de uma injustiça cometida. Ela não deve acontecer apenas na cabeça, mas tem de se exteriorizar em atos de amor e em compromisso a favor dos outros. Também se faz penitência rezando, jejuando e promovendo os pobres espiritual e materialmente. A penitência liberta-nos e encoraja-nos a recomeçar. OS EFEITOS DESTE SACRAMENTO «Toda a eficácia da Penitência consiste em nos restituir à graça de Deus e em unir-nos a Ele numa amizade perfeita». O fim e o efeito deste sacramento são, pois, a reconciliação com Deus. Naqueles que recebem o sacramento da Penitência com coração contrito e disposição religiosa, seguem-se-lhe «a paz e a tranquilidade da consciência, acompanhadas duma grande consolação espiritual». Com efeito, o sacramento da reconciliação com Deus leva a uma verdadeira «ressurreição espiritual», à restituição da dignidade e dos bens próprios da vida dos filhos de Deus, o mais precioso dos quais é a amizade do mesmo Deus. (CCE 1468)

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AS FÓRMULAS

CONFISSÃO Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, Nosso Senhor.

ATO DE CONTRIÇÃO Meu Deus Porque sois tão bom Tenho muita pena de vos ter ofendido Ajudai-me a não tornar a pecar.

ABSOLVIÇÃO Deus, Pai de misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de Seu Filho, reconciliou o mundo Consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

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6. Planos e Programa para 2012/13

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1.1. PLANO PARA A PASTORAL CATEQUÉTICA - 2012/13

«Eu sei em quem pus

a minha confiança» (2Tm 1, 12 )

OBJETIVO GERAL 2012/2017

REAVIVAR, purificar, confirmar e confessar A FÉ

OBJETIVOS ESPECÍFICOS LINHAS DE AÇÃO 2012/2013

Tomar consciência da dimensão comunitária e dialogal da fé

Refletir sobre a Constituição Dogmática Lumen Gentium Conhecer o documento Fidei Depositum (CCE) Potenciar a Eucaristia como ponto de encontro.

Potenciar o grupo de catequistas

Realizar a reunião mensal do grupo de catequistas Realizar retiros espirituais e encontros de

reflexão/recoleção.

Potenciar laços com a família e grupos da comunidade.

Conhecer e divulgar projetos de catequese intergeracional

Apoiar a implementação do projeto de catequese intergeracional (SNEC)

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1.2. PROGRAMA 2012/13 Setembro 2012 1 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese da Póvoa de Lanhoso 8 – Dia Arquidiocesano do Catequista 10 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Fafe 14 - Encontro de catequistas coordenadores e equipa arciprestal da catequese de Esposende 15 - Reunião de coordenadores paroquiais da Catequese do Arciprestado de Barcelos 15 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese e coordenadores paroquiais da Póvoa de Lanhoso 22 - Reunião de coordenadores paroquiais da catequese do Arciprestato de Vila do Conde / Póvoa de Varzim 29 – Dia Arciprestal do catequista em Esposende Outubro 2012 1- Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Fafe 6 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Vieira do Minho 9- Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Celorico de Basto 12 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Cabeceiras de Basto 16- Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Amares 16- Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Terras de Bouro 20 – Reunião do Conselho Arquidiocesano para a Pastoral Catequética 22 - Encontro com Catequistas Coordenadores Paroquiais por zonas – Arciprestado de Vila Nova de Famalicão Novembro 2012 3 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Vieira do Minho 5- Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Fafe 9 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Cabeceiras de Basto

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9 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese da Póvoa de Lanhoso 13- Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Celorico de Basto 15 - Encontro de catequistas coordenadores e equipa arciprestal da catequese de Esposende 16 a 18 – Retiro para catequistas organizado pelo Arciprestado de Celorico de Basto 17 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese e coordenadores paroquiais da Póvoa de Lanhoso 17 – Encontro de reflexão do Clero e catequistas coordenadores do Arciprestado da Póvoa de Lanhoso 20 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Amares 20 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Terras de Bouro 23 a 25 - Retiro para catequistas organizado pela Equipa Arciprestal da Catequese de Esposende 24- Vigília de oração (Cristo Rei) com catequistas no Arciprestado Vieira do Minho Dezembro 2012 1 – Dia de formação para coordenadores de âmbito Diocesano 1 - Encontro de oração de catequistas do Arciprestado de Barcelos, por zonas inter-paroquiais 13 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Fafe 8 - Vigília de oração com catequistas no Arciprestado Fafe 11 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Celorico de Basto 14 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Cabeceiras de Basto 16 - Encontro de pais catequistas do arciprestado de Vieira do Minho, sobre “Catequese e família”. 17 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Amares 17 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Terras de Bouro Janeiro 2013 3 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese da Póvoa de Lanhoso

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5 - Dia Arquidiocesano do coordenador paroquial 7 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Fafe 8 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Celorico de Basto 11 - Encontro de catequistas coordenadores e equipa arciprestal da catequese de Esposende 12 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Vieira do Minho 12 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese e coordenadores paroquiais da Póvoa de Lanhoso 15 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Amares 15 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Terras de Bouro 26 – Dia Arciprestal do Catequista em Cabeceiras de Basto 26 – Encontro Arciprestal de Catequista de Vila Nova de Famalicão 26 - Encontros descentralizados de formação permanente de catequistas em Aver-o-mar - Arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim s/d - Reunião de coordenadores paroquiais da catequese do Arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim Fevereiro 2013 2 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Vieira do Minho 4 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Fafe 8 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Cabeceiras de Basto 8 a 10 – Retiro para catequistas organizado pela Equipa Arciprestal da Catequese de Vila Nova de Famalicão 9 – Reunião do Conselho Arquidiocesano para a Pastoral Catequética 9 - Encontros descentralizados de formação permanente de catequistas em Rates - Arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim 9 – Encontro de recoleção para catequistas do Arciprestado da Póvoa de Lanhoso 14 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Celorico de Basto 15 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese da Póvoa de Lanhoso 16 – Dia de recoleção para catequistas do Arciprestado de Celorico de Basto 16 – Dia de recoleção para catequistas do Arciprestado de Esposende 16 – Dia Arciprestal do Catequista em Barcelos

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19 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Amares 19 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Terras de Bouro 22 a 24 – Retiro para catequistas organizado pela Equipa Arciprestal da Catequese de Cabeceiras de Basto 23 - Encontro de oração de catequistas do Arciprestado de Barcelos, por zonas inter-paroquiais 23 - Encontros descentralizados de formação permanente de catequistas nas Caxinas - Arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim Março 2013 2 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Vieira do Minho 4 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Fafe 8 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Cabeceiras de Basto 8 - Encontro de catequistas coordenadores e equipa arciprestal da catequese de Esposende 12 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Celorico de Basto 15 a 17 – Retiro para catequistas organizado pelo Arciprestado de Vieira do Minho 15 a 17 – Retiro para catequistas organizado pelo Arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim 19 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Amares 19 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Terras de Bouro 22 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese da Póvoa de Lanhoso Abril 2013 6 – Encontro de reflexão / recoleção para catequistas do Arciprestado de Barcelos 6 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese e coordenadores paroquiais da Póvoa de Lanhoso 8 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Fafe 9 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Celorico de Basto 12 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Cabeceiras de Basto

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13 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Vieira do Minho 16 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Amares 16 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Terras de Bouro 19 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese da Póvoa de Lanhoso 20 – Dia Arciprestal do Catequista em Celorico de Basto 25 – Dia Arciprestal do Catequista em Amares 27 – Encontro Arciprestal de Catequistas da Póvoa de Lanhoso s/d - Reunião de coordenadores paroquiais da catequese do Arciprestato de Vila do Conde / Póvoa de Varzim Maio 2013 1 – Encontro das Equipas Arciprestais da Catequese 4 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Vieira do Minho 6 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Fafe 10 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Cabeceiras de Basto 10 - Encontro de catequistas coordenadores e equipa arciprestal da catequese de Esposende 14 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Celorico de Basto 17 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese da Póvoa de Lanhoso 18 – Dia Arciprestal do Catequista em Vieira do Minho 19 - Peregrinação Arciprestal da Póvoa de Lanhoso 21 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Amares 21 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Terras de Bouro Junho 2013 1 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Vieira do Minho 3 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Fafe 8 – Reunião do Conselho Arquidiocesano para a Pastoral Catequética 8 - Reunião de coordenadores paroquias da Catequese do Arciprestado de Barcelos 11 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Celorico de Basto

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14 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Cabeceiras de Basto 14 – Encontro de Avaliação com coordenadores paroquiais do arciprestado de Vila Nova de Famalicão 18 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Amares 18 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Terras de Bouro 21 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese da Póvoa de Lanhoso 22 – Dia Arciprestal do Catequista em Terras de Bouro 29 – Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese e coordenadores paroquiais da Póvoa de Lanhoso Julho 2013 6 - Dia do Catequista no Arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim 12 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Cabeceiras de Basto

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1.3. PLANO DE FORMAÇÃO 2012/13

Curso Acreditar

Destinatários: Para todos os adultos, membros das comunidades

paroquiais.

Local: A realizar nas zonas inter-paroquiais, em articulação com o

Serviço de Formação e de acordo com as solicitações.

Horário: duas vezes por semana das 21h às 23h

Inscrições a partir de Setembro.

Curso Iniciação

Destina-se para jovens e adultos, confirmados na fé, pretendam ser

catequistas ou animadores de grupo, a iniciar a 15 de janeiro às

segunda e quinta-feira das 21horas às 23 horas.

Local: A realizar em todos CAFCA onde haja pelo menos 12 inscritos.

Inscrições até 7 de Dezembro.

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Curso Geral

Destina-se para adultos com o Curso de Iniciação e organiza-se em

quatro módulos:

Introdução à Pastoral com inicio em 26 de setembro até 12

de dezembro a realizar-se às quartas-feiras

Inscrições até 21 de setembro.

Psicossociologia com inicio em 9 de janeiro a 20 de março a

realizar-se às quartas-feiras

Inscrições até 7 de dezembro.

Pedagogia da Fé e Didáctica com inicio em 8 de abril até 24

de junho a realizar-se às segundas-feiras.

Inscrições até 16 de março.

Local: A realizar em todos CAFCA onde haja pelo menos 12 inscritos.

Módulo de Espiritualidade

Realiza-se de 15 a 17 de Março, em Braga.

Inscrições até 22 de Fevereiro.

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Estágio de Catequistas

Inicia a 14 de Maio, nos 1º e 7º anos de catequese

Inscrições até 20 de Abril

Curso de Coordenação Paroquial

Destina-se àqueles que, nas Comunidades, realizam ou vão realizar

funções de coordenação pastoral, na área da Educação da Fé.

Inicia na segunda semana de Janeiro de 2013

Inscrições até 14 de Dezembro.

Local: A realizar em todos CAFCA onde haja pelo menos 12 inscritos.

As inscrições devem realizar-se nos Serviços Centrais da Arquidiocese ou através do email [email protected],

observando-se os prazos.