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CARTILHA PARA CRIAO DE RUFIVENTRIS Elaborada por Raimundo Vidarico do Nascimento 1) ESPCIES E SUBESPCIES - IDENTIFICAO MELIPONA RUFIVENTRIS Nomes cientficos: Melpona rufiventris brachychaeta (Moure & Kerr) Nova classif: Melipona brachychaeta Melpona rufiventris dbia (Moure & Kerr) Nova clasif: Melipona dbia Melpona rufiventris flavolineata (Friese) Nova classif: Melpona flavolineata Melpona rufiventris rufiventris (Lepeletier) Nova classif.: Melpona mondory Smith(as da Mata Atlntica) Melpona rufiventris Lepeletier (as do Brasil Central). Melipona rufiventris paraensis Ducke Nova classif: Melpona paraensis Melpona rufiventris amazonensis(???) (Dis C. Castanho) Nomes populares: Tujuba (tupi: tuyuba = abelha amarela) variao:tujuva, tuiuva. Boca de ralo Uruu amarela Irau Bugia Guaraipo amarela Uruu do planalto central Uruu amarela da Amaznia oriental Tuiuva mirim(flavolineata) Os nomes populares causam muita confuso. O Pomplio Vieira de Souza fez um levantamento dos nomes populares das nossas abelhas sem ferro e, relativamente, s denominadas abelhas rufiventris, transcrevo de seu trabalho as seguintes denominaes: "IRAU ou MOMBUCA BIRA. Melipona rufiventris - Hymenoptera, Apidae, Sub-famlia Meliponinae - Tribo Meliponini. - No Cear, so conhecida por Mombuca Bira. ........................................................................................................... ........... IRAU OU MOMBUCA MIRIM

Melipona rufiventris flavolineata Friese -Sub-familia Meliponinae - Tribo Meliponini. encontrada da Central da Bacia Amaznica e no interior do Maranho. A entrada do ninho fica no centro de raias convergentes de barro. S passa uma abelha de cada vez. Existem ainda: Irau ou Uru amarela. ........................................................................................................... ...... IRAU OU TUJUBA MIRIM Melipona rufiventris flavolineata Friese. Sub-familia Meliponinae - Tribo Meliponini. Se encontra no Brasil Central. Na Bacia Amaznica e no interior do Maranho. A entrada do ninho fica no centro de raias convergentes de barro. S passa, sai ou entra uma abelha de cada vez. ............................................................................................................. ............ TUJUBA -TUIVA Melipona rufiventris Monduri e Melipona rufiventris Lepeletier - sub-familia Meliponinae - Tribo Meliponini. Reune sob esse nome, as subespcies de maiores tamanhos dos meliponini. Os Professores Moure e Ker consideram possvel distinguir em grupo de formas, de tamanho maior e outro e outro de dimenses menores. A denominao "TUIVA", usado no centro e no norte do Brasil. Ambos os nomes designam abelhas muitos diferentes. Tratase do mais bonito de todos os meliponneos do Brasil. Sua cr preta, com muitos desenhos amarelo-rivo. Armazena o mel em potes de 4 a 5 cm. Alguns ninhos podem produzir at 2 quilos de mel, que muito doce e aromtico. Pode ser encontrada desde o continente boliviano, at s Guianas. No Brasil: Bahia, e Santa Catarina. Seus favos so horizontais. No fazem celas reais. S entra e sai uma abelha de cada vez na entrada da colmia. Potes com 4cm de altura. So agressivas, beliscando a pele do meliponicultor. Favos com crias horizontais ou helicoidais. O que se sabe, s nidifica em cos de rvores. A prpolis existente na colmeia um pouco pegajoso. ............................................................................................................. ...... URUU AMARELA

Meliponaa rufiventris rufiventris - Subfamilia Meliponinae - Tribo Meliponini. Ocupa cos de rvores de aproximadamente 40cm de altura.Uma ocupa madeira morta, mas j foram encontradas em formigueiros abandonados e at em casa de Joo de Barro. ............................................................................................................. .... URUU AMARELA DO MARANHO OU IRU Melipona rufiventris rufiventris subsp - Subfamilia Meliponinae - Tribo Meliponini. ............................................................................................................. .... URUU AMARELA DO PAR Melipona rufiventris rufiventris subsp - Subfamilia Meliponinae - Tribo Meliponini. ............................................................................................................. .. URUU AMARELA DO PLANALTO CENTRAL Melipona rufiventris rufiventris subsp - Subfamilia Meliponinae - Tribo Meliponini. ............................................................................................................. .... URUU CABOCLA Melipona rufiventris subsp - Subfamilia Meliponinae - Tribo Meliponini." "Em 1950, Moure & Kerr dividiam-na em cinco sub-espcies, entre as quais M.r.rufiventris seria a presente em Minas Gerais, bem como em toda regio que se estende da Bahia, sul de Gois e Mato Gosso, como limite norte, at Santa Catarina como limite sul. Hoje em dia, entretanto, todas essas subespcies so consideradas como espcies separadas (Silveira et al., 2002), o que aumenta a importncia de se preservar as populaes encontradas em Minas Gerais." Pompeu O Victor destacou em mensagem de 10/11/2003, da ABENA, respondendo a Agostinho: "Bem, essas abelhas ocorrem desde Sta Catarina at Amaznia. Segundo informaes so conhecidas 5 subespcies desta abelha. M. rufiventris rufiventris, M. rufiventris flavolineata, M. rufiventris paraensis, M. rufiventris brachychaeta e M. rufiventris

dubia. Porem alguns acha q na verdade estas "subespcies" possam na verdade ser diferentes especies. Parece q os pesquisadores ainda sabem muito pouco sobre nossas abelhas. Dentro destas subespcies, tem aquelas q so naturais do cerrado, clima seco e as da Mata Atlantica, clima umido." Em 05/12/2003 (Beebr), oVictor complementou as suas informaes anteriores, no seguinte teor: "Segundo recentes estudos, as M. rufiventris ocorrem desde SC at a Amaznia. Esta espcie, tem conhecidamente 5 subespcies: M. rufiventris rufiventris M. rufiventris flavolineata M.rufiventris paraensis M. rufiventris brachychaeta M. rufiventris dubia Entretanto, alguns pesquisadores acham q ao invs de termos 5 subespcies, na verdade temos diferentes espcies. Isto ainda matria de estudo. As M rufiventris rufiventris so consideradas em perigo de extino em Minas Gerais. Tem algumas diferenas de hbito entre estas subespcies. Sei q as rufiventris q ocorrem no cerrado so bem diferentes das q ocorrem nas regioes de Mata Atlantica. As de Mata Atlantica, realmente, pelo menos aqui no Rio, so encontradas nos mesmos habitats das M bicolor." Em resposta a uma solicitao de Agostinho, Fernando Silveira deu alguns esclarecimentos, pela Abena em 04/12/2003: "Prezado Agostinho, Estamos fazendo aguns estudos sobre a M. rufiventris no estado de Minas Gerais. A espcie, como compreendida hoje, ocorre de Santa Catarina at o Maranho. At pouco tempo, era dividida em vrias subespcies que, atualmente, esto sendo consideradas por muitos autores como espcies distintas. Um exemplo a Melipona flavolineata, da Amaznia. A Melipona rufiventris no seu sentido mais restrito (antiga M. rufiventris rufiventris), ocorre na Mata Atlntica e no Cerrado. Entretanto, estudos morfolgicos e moleculares tm indicado que as populaes de cada um desses biomas constituem duas espcies diferentes. Por isto, ser publicada, em breve, pelo professor Gabriel Melo, da UFPR, uma proposta para que se reconhea o antigo nome Melipona mondury para a M. rufiventris da mata atlntica. Contudo, possvel que parte das rufiventris do cerrado constituam,

ainda, uma terceira espcie!" DIFERENCIAO DAS SUBESPCIES OU ESPCIES: Em resposta a um questionamento, em 08/06/2001, na BeeBr, o Joo Vaz da Silva deu os seguintes esclarecimentos: "Prezado Paulo Monteiro, A Melipona rufiventris realmente apresenta vrias subespcies. As diferenas entre elas so difceis de serem percebidas para um leigo. Eh conhecida na literatura como uruu amarela ou uruu do planalto central do Brasil, apesar de hoje a conhecermos no Maranho, Acre e Esprito Santo. E uma habitante do cerrado, pois prefere vegetao mais aberta do que as matas. Realmente se tornou uma raridade aqui em Minas, devido ao desmatamento, e como j noticiei, j a encontrei em casa de joo de barro e cupim de rvore. Conheo dois tipos desta abelha: O primeiro tipo, uma abelha amarela, com pelos escuros (negros) nas laterais do abdomen e nos tergitos finais e apresenta tambm a corbcula negra. Quando se faz reviso em suas caixas, assumem atitude defensiva e enroscam nos cabelos e barba do examinador. Nas colnias, apenas uma abelha fica de guarda na entrada, onde observamos a sua cabea. o tipo mais comum. O segundo tipo, uma abelha mais amarela, no apresentando pelos escuros ou a corbcula negra. mais difcil de se lidar com ela, as colnias so mais populosas, e se observa que sempre umas trs abelhas ficam de guarda pousadas do lado de fora do orifcio de entrada. uma abelha mais rara. Paulo, este segundo tipo, eu tenho dvidas se uma rufiventris ou uma melipona bicolor bicolor." 2) NIDIFICAO NATURAL Por vrios depoimentos e constataes, considerando as de clima seco e as de clima nidos, as de clima mido so extremamente dependentes da mata ou da proximidade de mata. As da regio amaznica, normalmente ocorrem em mata fechada e de locais inundveis durante o inverno ou pico das cheias. As da regio da mata atlntica tambm, de regio mida. O Marcos Wasilewski em duas mensagens da beebr, para a regio do Paran, informa tambm tal condio de nidificao: a primeira em 25/01/2001: "Sei por relatos de pessoas idoneas que esta especie existe nas matas, " a segunda em 06/02/201: "Todas as informaes so de epocas passadas, quando ainda existia a extrao de madeira. Nossa regio faz parte da APA de GUARATUBA em que

no se permite a retirada de nenhum extrato de madeira da Natureza. Esta espcie ocorre apenas serra abaixo como falam os nativos. Muitos cortadores de madeira tiveram a oportunidade de conhecer esta abelha e portanto posso afirmar que se trata de uma espcie que no se adapta em area muito frias....diferente das mandassaias e guaraipos (bicolor)." - AMBIENTE DE OCORRNCIA: 14 - AMBIENTE DE OCORRNCIA: Destaca bem o Victor Coelho: Dentro das subespcies, tem aquelas que so naturais do cerrado, clima seco e as da Mata Atlntica, clima mido. As de clima mido: Melpona rufiventris rufiventris:(Melipona mondury) Aqui, na Serra da Ibiapaba, no Cear, temos trs zonas ecolgicas bem definidas; Zona mida, carrasco (zona seca) e serto. A M. rufiventris, ocorre somente na zona mida. Nesta regio ainda existem resqucios de mata atlntica. F. A. Macambira. Melpona rufiventris flavolineata: Geralmente encontrada na base de troncos de rvores, como na regio Bragantina quase somente so encontradas rvores grossas prximo dos igaps (matas ciliares ou parcialmente inundveis), ali que hoje encontramos a maioria dos ninhos naturais desta espcie. G. Venturieri. Melpona rufiventris paraensis: Melpona rufiventris amazonensis: As de clima seco: Melipona rufiventris brachichaeta; - SUBSTRATOS DE NIDIFICAO Informou Fernando Silveira (Abena-04/12/2003): "A uruu amarela ou tujuba nidifica preferencialmente em cos de rvores vivas. Entretanto, encontramos um ninho em cupimzeiro e um ninho em um ninho abandonado de joo-de-barro." - ELEMENTOS DO ENXAME: ENTRADA 12 Entrada: cada espcie ou subespcie tem entrada caracterstica. FLAVOLINEATA: Sua entrada bem caracterstica formando uma pequena plataforma com a borda recortada. G. Venturieri. PARAENSIS: Um furo simples sem raias. Apenas uma abelha fica de guarda na entrada. A entrada deixa passar apenas uma abelha. construda com resina, cera,

barro, sementes, pedriscos (AO PASSAR A MO PARECE UM RALO, DA A DENOMINAO AQUI NO AMAZONAS DE: BOCA DE RALO); Ao perceberem perigo (arapu e formiga) fecham a entrada com bolas de resina e no entram nem mesmo as abelhas da colnia que esto fora. Passado o perigo, abrem ou pode ser aberto com arame. RUFIVENTRIS: MONDURI: BRACHYCHAETA: DUBIA: AMAZONENSIS: POPULAO: 7 POPULAO: Ihering (1930) estimou a populao de M. rufiventris em 7.000 indivduos. (Bruno Almeida de Souza tese de mestrado sobre a abelha M.asilvai, pg. 27) Ou nas prprias palavras de Ihering:"Pareceu-me ser o ninho mais populoso que examinei at agora e certamente havia nele um nmero de abelhas pelo menos igual ao das celulas, que, como j foi dito, importavam em 7.000." 3 - No deve haver falta de espao na colmia em relao a populao do enxame ( ver item populao). -trabalham muito e enchem rpido as melgueiras. Observei que todas as colnias onde ocorreu o abandono (diminuio repentina das operrias adultas/enxameao), normalmente estavam com melgueiras totalmente completas/ocupadas com potes de mel e plen, denotando a influncia da falta de espao. -Nunca deixar faltar espao para trabalho: colocando mais melgueiras ou extraindo o mel. INVLUCRO DISCOS DE CRIAS -CASTAS: Castas de fcil identificao:

OPERRIAS operria: diferente da princesa e do zango. RAINHA PRINCESA princesa: de cor castanha, do tamanho das princesas de outras espcies. ZANGO zango: (M.paraensis)apresenta trs tracinhos brancos na face. Para no faltar zango ( machos) e rainhas (princesas), sobretudo na criao racional, bom manter a colmia bastante alimentada, como forma de sempre haver as duas castas. Veja a observao de Marcia Maus-Venturieri, em sua dissertao de mestrado, sobre a Flavolineata: "Quando h bastante alimento disponvel no ninho, machos e rainhas virgens so encontradas com frequncia." Dentro do manejo deve sempre observar a presena de rainhas virgens como bom sintoma do enxame, pois como observa Kerr ao destacar o nascimento de 3% a 25% de rainhas virgens, como um verdadeiro "seguro de vida" da colmia. OUTROS ELEMENTOS: (REALEIRA) (PRISO REAL) FAUNA ASSOCIADA Na tese sobre Flavolineata a Mrcia Maus ainda observa: "Foi observada a existncia de muitos caros no ninho instalado no laboratrio, identificados como Macrocheles sp, Tyrophagus putrescentia e Hemileius initialis, ficavam nas paredes da caixa e no batume (proximo ao vidro), aparentemente alimentando-se dos fungos que se acumulam nestes locais, e nos montes de lixo." COMPORTAMENTO: 13 COMPORTAMENTO OBSERVADO a) Iniciam o trabalho s 5 horas. Das 12 s 15 horas, diminuem o ritmo de trabalho; b) Desidratam o nctar e o xarope fora da colmia; Observao do Dr. Kerr: d) As M. rufiventris tm uma vantagem sobre outras abelhas. Elas descobriram que, nas condies da Amaznia, melhor desidratar o mel fora da colmia, onde sempre tero uma umidade de 3 a 30% abaixo que dentro da colmia. c) Quando h ataque de outras abelhas, inclusive da mesma espcie, as abelhas que saem da colmia vibram as asas incitando a sada de mais abelhas para

defender o enxame; d) excelente produtora de mel, desde que haja florada; e) h uma tendncia de abandono quando a colmia tem pouca populao; f) defensiva: Veja a observao de Davi Said Aidar: Encontrei colnias extremamente agressivas aqui na Amaznia. As operrias atracam as mandbulas no nosso rosto dificultando muito a manipulao do ninho. Nunca notei isso nas rufiventris do sul. Este comportamento varia de colnia para colnia da mesma espcie. Compare com as observaes de Victor Coelho e Eduardo Porto: Posso te dizer, que so abelhas muito dceis e por vez ou outra beliscam ou brigam (Victor Coelho); a observao me faz dizer que so abelhas extremamente dceis, aparentemente em maior nmero que as mandaias. (Eduardo Porto). 3) CRIAO RACIONAL: "Para uma boa criao de abelhas so necessrias boas colmias. Uma boa colmia aquela que oferece todas as condies requeridas pelas abelhas, com um espao interno ideal para sua acomodao e uma boa proteo contra parasitas e variaes do clima. As colmeias devem facilitar o crescimento das colnias e permitir que elas sejam divididas artificialmente sem maiores danos s colmias. Elas tambm, como mencionado por Aidar (1996), devem proporcionar melhor aproveitamento e facilidade na colheita dos produtos elaborados pelas abelhas, alm de no prejudicar os favos de cria, o que pode comprometer o desenvolvimento das colnias." Pompeu COLMIA RACIONAL: PARA RUFIVENTRIS COLMEIA Em conversa com Pedro Paulo, criador apaixonado de Terespolis/RJ, ele fez a observao de que a altura de duas alas pequena pois a colmia dele tem 20 centmetros de altura para o ninho e a rufiventris enche de favos de crias at em cima (fundo da melgueira). Segundo H. von Ihering, a rufiventris tem uma populao de 7000 abelhas, o que exige um bom espao para a populao e a dinmica entre postura e perda condiciona a uma maior quantidade de discos de crias. "Uma das caractersticas importantes das colmias utilizadas por ns a espessura de suas paredes, de quatro centmetros e que corresponde mdia mnima encontrada nos ninhos naturais. Colmias com paredes mais espessas ajudam no controle trmico dentro dos ninhos, j que,

segundo Roubik e Peralta (1983), a termorregulao do ninho por M. rufiventris no perfeita. Nesta espcie, as temperaturas internas da cmara de cria, dos potes de alimento e do espao da cavidade do ninho acompanham as flutuaes da temperatura ambiente externo, de acordo com estes autores."Pompeu. (grifo meu). No tocante colmia, o Fernando Silveira, um dos orientadores de Pompeu, j destacava, em 04/12/2003(ABENA): "Entre outras coisas, estamos testando modificaes nas colmias para ver se aumenta a nossa eficincia na reproduo das colnias." Uma indicao de que a colmia est pequena para o enxame a presena de favos novos misturados com favos maduros. Eu observei nas colmeias de 15 x 15, com altura de 16cm. justamente a existncia de favos de crias novos ao lado de favos maduros. Em conversa com Rogrio Marcos, observou ele que usa para a rufiventris a mesma colmia utilisada para a Uruu do nordeste (M. scutellaris). Ao conversar com a Glria sobre o tamanho da colmia, falou-me ela que a colmia utilizada pelo Peralta para a rufiventris era realmente grande. Em conversa com Joo Fernandes (Salsicha), afirmou ele que tem tido sucesso com a Boca de ralo em colmias de 15 x 15, mas com um ninho e dois sobreninhos, mais ou menos 24 centmetros de altura. E quanto capacidade da colmia, nada melhor que a transcrio do texto, sobre Melipona rufiventris Lep. - Tujuba, feita por H. von Ihering, s pginas 460/463, do qual podem ser tiradas boas lies: "Em 15 de Maro de 1901 adquiri de um caipira um ninho desta espcie e que j h alguns anos se encontrava em seu poder. Estava num tronco de cedro e o batume superior fora substituido por um pedao de tbua, ao passo que em baixo havia o batumen natural, de barro, com 12 cms. de espessura. Aqui estava a porta de entrada, com 15mms. de largura, por 10 mms. de altura, seguindo-se, para cima, o canal de 26 cms. de comprimento, que conduzia ao ninho propriamente dito. Este consistia de uma parte mediana, os favos com seu invlucro e lamelas de cera e para baixo, para os lados e para cima achavam-se os potes. O canal terminava junto aos potes inferiores, no alcanando o conjunto dos favos. A cavidade util, entre os dois batumens, media 56cms., em cima com 15 cms., em baixo com 25 cms. de diametro. Por toda a parte, as paredes achavam-se revestidas com cera escura. Os potes, em geral, com paredes bastante finas, mediam 45 x 35 a 40 mms.; quasi todos continham mel, s um ou dois continham polen. Ao todo havia cerca de litro e meio de mel, de cor quase amarelo-esverdeada, muito doce, mas sem aroma especial. Os favos eram em nmero de 15, os inferiores um pouco

menores, os do meio com cerca de 24 fileiras de clulas, num e noutro sentido, perfazendo 576 clulas e ao todo cerca de 7.000. Os favos, em posio horizontal, ligavam-se uns aos outros por meio de pilastras curtas e no havia orifcio de comunicao de um favo para outro. O intervalo entre dois favos media 7 a 8 mms., cada clula 10 a 11 mms. x 5,5mms. No havia clulas reais. Os 10 favos superiores eram de construo regular, feitos de cera bruno-amarelada, ao passo que os 5 favos inferiores tinham estrutura irregular, a cor era bruno-escura e tando os fundos como as tampas revestidos com cera escura, de modo muito aparente. Estes favos, de reconstruo portanto, eram os mais recentes, pois continham um mingau lquido e somente ovos, estes com as seguintes dimenses: 3 a 3,5mms. de comprimento e 1 a 1,2 mms de espessura. Dos favos superiores, os 7 primeiros continham cria madura, os 3 subsequentes, larvas bem desenvolvidas. Os 4 primeiros eram completos aos 3 seguintes, porm, faltava a parte central, que havia sido retirada, depois de ecluidos os imagos. Este trabalho de demolio das clulas servidas comea pela parte superior. Havia machos neste ninho e tambm certo nmero de parasitas, principalmente coleopteros e acaros. O ninho, depois de examinado, foi com todo cuidado transportado para uma caixa de observao. Por isto, no foi possvel proceder contagem da populao, extraordinariamente numerosa. Pareceu-me ser o ninho mais populoso que examinei at agora e certamente havia nele um nmero de abelhas pelo menos igual ao das celulas, que, como j foi dito, importavam em 7.000. Ao fazer a transferncia do ninho para a caixa de observao, coloquei os favos e parte dos potes na parte inferior, o restos dos potes na diviso superior. As abelhas cuidaram logo dos arranjos mais necessrios, esforando-se em primeiro lugar por fixar o ninho nas paredes da caixa. Para tal fim elas destruiam alguns potes da parte central, aproveitando esta cera para alargar os potes marginais. Assim aconteceu que aqueles potes, que se encostavam nos vidros de observao, apresentavam-se como que em seco, podendo-se assim observar como eram enchidos com mel, o que conseguiram ao cabo de 15 dias; tambm ocupavam-se em trazer polen, como proviso. A este tempo j havia tantos potes novos, que eles todos quasi se ligavam. Na diviso inferior e no fundo da caixa havia sido depositado barro, para a formao do batumen. Penoso tornava-se s abelhas retirar as companheiras mortas, caidas no fundo da caixa, pois que era preciso transportar os cadveres dai at a entrada, na parte de cima. Para facilitar-lhes a tarefa, abri outra entrada em baixo, mas as abelhas pouco se utilizavam desta passagem e quase s para o transporte dos mortos, que eram arrastados, com grande esforo, at o orifcio, mas depois transportados voando. Tambm a cera velha era constantemente rejeitada e todos o ninho mantido em asseio. Em fins de

Maro pude observar a eliminao dos machos. Um destes estava sendo transportado por uma abelha e caiu no cho, quase morto, provavelmente ferido a mordidas. Dentro do ninho os machos eram agarrados pelas asas e arrastados para a porta; certa vez duas obreiras agarraram um macho, cada uma por uma asa, mas a vtima pode se livrar das atacantes e esconder-se. Certa vez pude observar a rainha ao perambular pesadamente na parte externa do ninho, mas logo depois ela sumiu outra vez, em meio dos favos. A entrada sempre guardada de modo que outras abelhas no podem penetrar facilmente no ninho; uma vez descobertas l dentro, so logo mortas e transportadas para fra. A pouca distncia desta colmia havia outra, de M. anthidioides, "mandassaia", e como as duas caixas eram inteiramente semelhantes, as abelhas s vezes se enganavam. Assim pude reparar que os guardas da mandassaia se defendiam energicamente contra algumas tuiuvas, que sempre de novo procuravam penetrar nesse ninho e que afinal pagaram com a morte por sua obstinao.(4)." (bruno - deve ser: brumo?) Ao esclarecer o que uma colmia fraca e uma colmia forte a um criador com problema com rufiventris, Victor, em 25/02/2005, na ABENA, escreveu: "Uma colonia de rufis forte, tem mais de 16 discos!!.... j vi colonia com mais de 20!!!!. 4 discos, como j disse uma colonia muito fraca!" Cabe experimentar a formao da colmia com maior altura para os discos de crias, sobrepondo: lixeira+ melgueira permanente + ninho + ala sem fundo + sobreninho (fig....). MELIPONRIO: SUPORTES: Os suportes devem ser individuais, ter protetor contra formiga e besuntados contra cupim. Deve obedecer a distncia de cinco metros. LOCAL correta a observao que fez o Victor Coelho a respeito do local de criao das rufiventris, em orientao a um criador que estava com problemas com rufiventris, na mensagem datada de 25/02/2005, na ABENA: "Para tentar salvar suas colmias eu sugiro lev-las para um lugar onde h mata. Estas abelhas so difceis de criar. Como vc mora em bairro populoso e industrial, acho q no conseguir criar estas abelhas.""Tudo devemos fazer para salvar estas abelhinhas q so extremamente dependentes de mata para a

sobrevivncia." O Jean Locateli, em 11/12/2003, na Beebr, emitiu a sua acertada concluso: "O que conclui at o momento, sem fundamentao concreta, que esssas abelhas dependem em muito do local em que vivem, quer seja de flores de rvores nativas, quer de algum outro item desconhecido (gua potvel, ar limpo, terra vegetal para construo do ninho, algum inseto simbionte,etc). Colmias transferidas para a cidade podem sofrer demasiadamente com a questo urbana (luminosidade, barulho, poluio, insolao, predadores...), por serem menos adaptveis do que outras espcies estressam muito o que deve concorrer para com sua morte," Observou o Victor em 05/12/2003: "Tlvz vc tenha problemas, pois precisam de matas ao redor e so bastante seletivas na coleta de polm." PROTEO Aqui a proteo geral, abrangendo outros itens abordados em separado. Proteo contra chuva, contra ventos fortes, contra queda de galhos, contra formiga e cupins. PASTAGEM MELIPONCOLA No Cear, J.A. Macambira cita as seguintes plantas visitadas pela rufiventris:"Tenho observado que poucas plantas so visitadas por elas, como marmeleiro, leucena, accia chuva de ouro, goiaba e uruc." Aqui no Amazonas j observei a paraensis em goiaba de anta (beluscia),.... SOL X SOMBRA Aplica-se a todas as abelhas sem ferro a regra de no expor as colmias ao sol quente. A sombra faz-lhe bem. O sol quente faz mal postura. DIREO sempre bom colocar a direo da entrada/sada para o nascente. DISTNCIA 10 COLOCAO DAS COLMIAS No colocar recebendo o sol, pois muito sensvel ao calor; Nunca colocar colmias a menos de trs metros. Melhor a cinco metros, Se transportar mais de uma colmia para outro meliponrio, aconselhvel no

abri-las no mesmo horrio que as outras vizinhas. CALOR X FRIO 4) TRANSFERNCIA DE NINHOS NATURAIS Observou Joo Vaz da Silva, em 08/06/2001, na BeeBr, quanto ao difcil manejo da M. rufiventris: "Quando coletadas e colocadas em caixas racionais e mudadas para outro lugar comum que a colonia sobreviva somente um ano ou pouco mais, denotando a integrao que ela tinha com o seu ambiente natural e a sua falta de adaptao a outros ambientes." A observao acima serve de orientao para quem pretende criar as rufiventris, pois deve instal-las em condies aproximadas de clima e oferta de alimentos. 5) CAPTURA COM CAIXA ISCA POCA DE ENXAMEAO PREPARO DE CAIXA ISCA INSTALAO DE CAIXA ISCA TRANSFERNCIA DA CAIXA ISCA PARA CAIXA RACIONAL 6) MULTIPLICAO DE ENXAME 9 MULTIPLICAO Alguns consideram a multiplicao como problemtica. J dizia Joo Vaz da Silva (Beebr- 08/08/2001: "A rufiventris de manejo muito dirfcil do que a mandaaia, difcil para que a diviso de uma colnia em duas ocorra sem problemas;" A multiplicao deve ser feita quando pressentir que a colmia est superpopulosa para evitar o problema do abandono (enxameao ?) das abelhas adultas; _ Lembre-se do que uma colmia forte, como observou o Victor, para selecionar a colmia a ser multiplicada; Na diviso/ multiplicao, a colnia matriz no deve perder/ceder a maior parte das abelhas adultas. Deve-se evitar o desequilbrio populacional, especialmente das campeiras, na colmia matriz. A maior parte deve ficar com a colnia matriz; O Sr. Sebastio de Paula Pereira Sobrinho, de Braslia, (fone 61 628.2250) passou-me as seguintes observaes, ainda no confirmadas ou experimentadas: -aps a diviso, s abrir o invlucro depois de trinta dias;

-a colmia filha s deve ser multiplicada aps um ano; -a colnia matriz pode ser divida aps seis meses. - Na tcnica de multiplicao por sobreninho, o enxame se recupera mais rpido do que a multiplicao pela tcnica tradicional . 5)Segundo um amigo no Rio de Janeiro, as divises de Rufiventris so feitas com pelo menos 3 discos de cria e de acordo com a sua afirmao no falha nunca. J tive uma situao de abandono de colmias, ficando a rainha e discos de cria, como a rufiventris precisa de muita abelha para a formao da colmia, apenas no perdi por ter outra que forneceu as campeiras (Marco Torres) Abena/26/10/05. 6) Momento de multiplicao para evitar enxameao, conforme informao pessoal por telefone dada por Pedro Paulo do Rio de Janeiro: Quando os favos de cria chegarem em cima, encostando na 1 melgueira (caixa vertical) ou na tampa(caixa horizontal). 7) Dificuldade de formao e aceitao de rainha: Afirma ainda o Sr. Pedro Paulo que h dificuldade de aceitao e formao de rainha. Formar o enxame com trs discos e se at o terceiro disco de cria no houver rainha, devem ser acrescentado mais dois discos. O Pedro Paulo no tem perdido enxames, mas apenas verifica morte de princesas ou dificuldade de formao de rainhas. Para escolha e formao de rainha, quando for vista princesa, pode ser adotada a prtica do Pe Bruenning: fechar a colmia. Dificuldade de formao de rainha, pois as abelhas matam as princesas: -Formar ncleos s com abelhas jovens; -Aps eleita e fecundada a rainha, oferecer novos favos de crias maduros para aumentar a populao; ou -Capturar abelhas adultas, deixando-as em quarentena por 48 horas, e depois juntar ao ncleo. A propsito transcrevo uma mensagem do Rudy de 23/10/2005, que primeiro demonstra a dificuldade de formao de rainha e segundo a necessidade de se ter mais de uma famlia para socorrer a outra em caso de necessidade e tambm evitar parentesco na fecundao: "OL A TODOS. ESTOU COM UM PROBLEMA, SE ALGUM PUDER AJUDAR: ANTES DO FRIO, MINHA TUJUBA(M.RUFIVENTRIS), ESTAVA TIMA, TINHA 11 OU 12 DISCOS DE CRIA, ASSIM Q COMEOU A ESQUENTAR ELA DEU SINAIS CLARO DE ENXAMEAGEM, FALEI COM O CRIADOR QUE ME VENDEU E ELE ME DISSE PARA DIVIDIR LOGO.

FIZ ISSO, MAS NO FORMOU RAINHA NA NOVA CAIXA, E PRA COMPLETAR A CAIXA ME, AGORA TAMBM EST ORF, FAZ ALGUM TEMPO. TEM DISCOS DE CRIA NAS DUAS CAIXAS, MAS SO TODOS DE OPERRIAS, DELES NASCEM APENAS MACHOS, E NENHUMA OPERRIA OU PRINCESA. ELAS VO ACABAR EM POUCO TEMPO, ASSIM Q MORREREM TODAS AS OPERRIAS. OBS: OS ESTOQUES DE MEL E POLM SO MUITO BONS. J CONTACTEI COM 2 CRIADORES CONHECIDOS, TODOS COM MAIS DE 13 COLNIAS DE RUFIVENTRIS, MAS........., ELES DISSERAM QUE NO TINHAM DISCOS MADUROS AGORA, E OLHA QUE PRA COMPRAREM. NO DEMAIS? DESSA FORMA SE ALGUM PUDER AJUDAR, EU GOSTARIA DE ADQUIRIR UNS DOIS DISCOS E TENTAR SALVAR MINHAS CAIXAS." Alm do mais, os machos nascidos sem a presena da rainha normalmente so inviveis. No se pode deixar a colmia por muito tempo (faz algum tempo) sem rainha sob pena de ficar zanganeira e as operrias no aceitarem princesas introduzidas ou nascidas de favos de cria. (Localizao de realeiras) Diviso dos discos de crias Discos de crias novas(verdes) Discos de crias velhos(maduros) TCNICA TRADICIONAL DE MULTIPLICAO TCNICA DE SOBRENINHO OU SIMILAR DE MULTIPLICAO Transferncia da colmia matriz - distncia mnima Dicas para evitar retorno ou saque pela colmia matriz na colmia filha 7) MANEJO: PROBLEMAS E SOLUES A Rufiventris a abelha de mais dificil manejo, diferente de todas as outras que crio e criei, ocorrem situaes como abandono inesperado do ninho e outras tantas coisas j descritas pelo Sr Raimundo Vidarico. Quem cria

Mandaaia ou Guaraipo no tem idia da dificuldade que criar a rufiventris, hoje disponho de algumas colmias recentemente divididas, mas peridicamente monitoradas.Marco Aurlio Torres. REVISO; 11 REVISO A reviso deve ser freqente para soluo de problemas (falta de rainha, falta de alimento, falta de operria, excesso de lixo, presena de fordeos), Bom sintoma: bastante abelhas ao redor da entrada desidratando nctar ou xarope. Havendo diminuio, procurar examinar; Quando houver invlucro grosso e da cor dos potes (escuro), procure verificar a rea das crias, pois procuram esconder a destruio dos favos de crias; Quando notar queda do movimento das campeiras, tambm deve ser examinada a colmia, para se identificar a causa; Normalmente, quando mexida a colmia forte ou mesmo batida, saem muitas abelhas e causam alvoroo e rebolio. Da a necessidade de um certo afastamento entre colmias; Se durante as revises constatar um falso invlucro (grosso e escuro), deve o mesmo ser afastado, fazendo-se o mesmo se constatar os alvolos ressecados: verificada a existncia de rainha, fazer fortalecimento e acompanhar se h postura; se destroem, provavelmente, indica problema da rainha; tendo muitas abelhas, basta introduzir princesa ou rainha em bob por seis horas, antes de se tornar zanganeira (s nasce macho); tendo poucas abelhas, dar um favo de crias e fortalecer com abelhas (mudana de local). Por outro lado, observou a pesquisadora Yasmine que no se deve abrir muito a colmia de rufiventris. De certo modo, parece ser verdadeiro tal procedimento esperado pois caixas antigas de rufiventris continuam com a efetiva troca de rainhas. inclusive o conselho de Sebastio, de Braslia, de s abrir o invlucro aps trinta dias da diviso. Mas aconselhava Victor, em 5/12/2003: "No so abelhas to rsticas assim, faa inspees regularmente." Assim, para facilitar a visualizao do enxame, o ninho de crias dever ser colocado por sobre as melgueiras, provida de uma entretampa de vidro/acrlico/plstico, o que vai possibilitar acompanhar o desenvolvimento da diviso sem abrir a colmia, o que normalmente bom e benfico. Um conselho dado pelo sr Jean Locatelli: Nunca abra uma Rufiventris noite, deve ser seguido risca pois as mesmas vo todas para a borda da caixa numa situao defensiva, quase impossvel colocar a tampa a menos que se

use o plstico (Marco Torres- Abena 26/10/05). Quando o ninho fica forte estas abelhas so muito agressivas, defendendo sua colmia com muita coragem. Recomendamos que no manejo dessa espcie, sempre seja utilizado um vu de fil sobre a cabea. G.Venturieri. Para manejar as bugias (dos meus amigos) que estou cuidando, sempre fecho a entrada com uma folha, da elas no incomodam at a gente terminar o servio. Conclusa a alimentao ou faxina e a cx fechada, se retira a folha e sai de perto que elas fazem uma revoada e se acalmam... tente pra ver se as tuas aceitam esse manejo?(Jean Carlos Locateli). ALIMENTAO: 8 ALIMENTAO: - Consomem bastante alimento. Dar bastante alimentao; - Em alimentadores coletivos, sempre ocorrem brigas. Vo a alimentadores de outros enxames, se externos, mesmo que individuais e afastados; - Usar sempre alimentador individual, de preferncia interno; - Diminuindo a freqncia no alimentador interno, demonstra diminuio de populao, sendo sinal de problema com rainha, no existe ou no nasceu nova; - Manter todas com alimentao equilibrada para no haver saque em outras colmias fracas (enxame forte com pouca alimentao saqueia enxame fraco com bastante alimentao). J dizia Joo Vaz da Silva (Beebbr- 08/08/2001: "se vrias colnias convivem no meliponrio e se usa um alimentador coletivo abelhas de colnias diferentes brigamentre si at a morte." Frmula do xarope Joozinho(Belterra) Bombom Cappas Frmula Marco Aurlio Torres COLETA DE NECTAR E PLEN: "O peso e a samora no variaram significativamente entre as estaes e o mel se apresentou em maiores quantidades no estao seca. O volume de mel estocado inversamente correlacionado com perodos de chuva, ao contrrio do que ocorre coma samora, que influenciada positivamente pela chuva, alm da temperatura do ambiente." Pompeu "Uma maior quantidade de chuva acumulada em duas semanas corresponde a uma maior estocagem subsequente de samora...." idem "A menor quantidade de mel na estao seca corrobora com alguns dados da literatura para meliponinas de outras regies." Idem "A ocorrncia de menores estoques de mel aps perodos chuvosos poderia

ser explicada tambm de outras duas formas. Nos perodos de chuva, o nctar poderia estar sendo diludo pela alta umidades relativa do ar (Kevan & Baker, 1982), ou estar sendo lavado, pela chuva, das flores de corolas mais abertas. A outra explicao seria, simplesmente, a reduo drstica da coleta de alimento durante a chuva, em que a atividade de forrageamento das abelhas, com exceo de algumas mamangavas durante chuvas fracas, interrompida (KEVAN & BAKER, 1983), mas seu consumo pelas operrias continua dentro das colnias." Idem "Era de se esperar que o tamanho populacional de operrias fosse correlacionado quantidade de plen armazenado nas colnias, nos meses anteriores, uma vez que a produo de cria depende destes estoques (Roubik, 1982). A relao entre os estoques de plen e tamanho populacional, entretanto, parece no ser to simples e direta, existindo vrios fatores interligados. Uma grande disponibilidade de plen na colnia possivelmente acarreta em maior oviposio pela rainha, o que leva a um maior consumo de alimento para aprovisionamento das clulas de cria. Como resultado, o aumento no forrageamento e, como consequncia ao aumento da populao de operrias leva, segundo Harbo (1986), a maiores quantidades de alimentos estocados compensando assim o alimento consumido anteriormente." Idem "A maior ou menor atividade das colnias por certo , em grande parte, resultado de seus tamanhos populacionais, como demonstrado pela correlao entre estes fatores, mas a disponibilidade de alimento, de acordo com Imperatriz-Fonseca (et al. 1985), tambm uma questo relevante." Idem " sugerido que a alimentao artificial com mel (ou xarope), para manter as colnias sempre fortes ou fortalecer as mais fracas, deve ocorrer principalmente na estao seca, quando os estoques de mel esto mais baixos, e o plen fermentado deve ser administrado sempre que as colnias apresentem escassez deste recurso."Idem "A alimentao artificial, recomendada por Nogueira-Neto(1970, 1997) e Kerr (1996), uma medida preventiva para se manter colnias sempre fortes ou uma medida de fortalecimento das mais fracas. Ela deve ocorrer sempre que as colnias necessitem, entretanto, podemos esperar que o mel (ou xarope), deva ser introduzido em maior quantidade na estao chuvosa, quando os estoques de mel nas colnias esto baixos (Veja captulo 2). Ao contrrio, no h uma poca ideal para a suplementao de plen (veja captulo 2). Ele deve ser empregado naquelas colnias que, por ventura, apresentem escassez deste alimento. Neste caso, para evitar a infestao da colmia por fordeos, deve-se introduzir potes de plen fechados, previamente preenchidos em um local livre destes insetos."Idem

ENXAMEAO: 2 O enxame est forte/populoso e, de repente, a populao fica reduzida. Deixa de haver movimento, as campeiras no saem para coleta e no h entrada de plen. abandonos inexplicveis dos ninhos (Fernando Silveira). De novo, a observao de Joo Vaz da Silva (BeeBr- 08/08/2001): "Em certas pocas do ano parece que a populao da colnia diminui bastante sugerindo sua susceptibilidade a mudanas no ambiente." Considero que seja a sada de enxame (enxameao), pois no h abelhas mortas no interior da colmia e normalmente ficam as abelhas jovens e a rainha. Creio que se trata de enxameao pois observou bem Edson Souza Lima de Nova Xavantina/MT, em mensagem de 04/10/2005 (abena): "faa logo antes que parte delas procurem nova moradia." Orientao: 1-o momento certo para multiplicao quando o enxame demonstra grande populao, a qual no sendo feita resulta certamente no citado abandono; 2-Constatada a queda da populao pelo pouco movimento, deve o meliponicultor continuar a alimentao, pois saram as abelhas adultas e ficaram as abelhas jovens, ainda sem condies de forragear. O enxame se recupera mais rpido; 3-Usar sempre alimentador individual e interno; 4Acompanhar a recuperao; 5-Feche a colmia para evitar perda de abelhas jovens e entrada de fordeos; 6-Coloque bolinhas de plen umedecido ou fresco; 7-Uma entretampa de vidro/acrlico/plstico: ajuda a acompanhar a recuperao. FORMIGA E CUPIM:ATAQUE/CONTROLE ...... FORDEOS: 6 - FORDEOS Das colmias que perdi de rufiventris, a maioria foi por ataque de fordeos, normalmente quando estava viajando, sem poder combat-los. Apesar de a entrada ficar sempre ocupada por uma nica abelha (no passa mais que uma), seria de se esperar que dificilmente entrariam fordeos. A rufiventris capaz de pegar fordeo no ar e normalmente jogam as larvas foram. Todos que criaram e criam so unnimes: so frgeis aos fordeos. Orientao: Deixar armadilhas contra fordeos, as quais devem ser revisadas pois normalmente as abelhas tapam a entrada da armadilha, o que torna ineficaz

a armadilha. MINHA PRTICA: para evitar o fechamento do furo da armadilha, uso o tubo branco que acondiciona filme fotogrfico e introduzo num bob para cabelo, de modo que a parte de cima do bob encoste na tampa e impea a entrada das abelhas e os fordeos passam pelas frestas do bob. (BOB DOMPEL- N 4 Ref. 354 - Ind. Plstica e Metalrgica Ltda Caxias do Sul RS). Em mensagem de 9/22/03, respondia Victor para Agostinho: "Caro amigo Agostinho, minha experincia com as rufiventris mostra q essas abelhas so muito doceis e de facil criao. Porem saliento q estou numa area de ocorrncia natural dessa espcie. De modo geral o unico cuidado q tomo com os forideos." Ainda em 05/12/2003, complementou Victor: "Posso te dizer, q so abelha muito doceis e por vz ou outra beliscam ou brigam. Quando isso ocorrer, e vc tiver alguma colonia, fique atento, pois certamente algo de errado esta ocorrendo com a colonia. Fordeos, por exemplo. Tenho observado q elas so muito frageis e suscetveis a ataques destas mosquinhas. Mantenha sempre armadilhas para forideos!" ARANHA ...... REFORO DE ENXAMES: CRIAS, OPERRIAS E ALIMENTAO: 4 - Os trs problemas anteriores (1-briga, 2-enxameao e 3-falta de espao para a populao) dificultam a manuteno dos enxames fortes e populosos. dificuldade pura e simples de manter fortes as colnias (Fernando Silveira). -Quando o problema de alimentao, o fornecimento de xarope restabelece o movimento da colnia; -Quando o problema de operria em decorrncia da diviso, a melhor soluo fornecer favo de cria nascente. Fortalecimento com operrias adulta ( mudana de local) resulta em luta/briga, a no ser quando quase no existem operrias; -Quando o problema resultante do abandono repentino das abelhas adultas e, havendo rainha, basta continuar a alimentao. Deve ser fechada a colmia para amadurecimento das abelhas jovens e evitar a entrada de fordeos. DISCOS DE CRIAS

importante verificar e ter conhecimento da quantidade de discos de crias do enxame de Rufiventris, visto que a quantidade de uma boa colmia de mais de dez discos de crias. H. von Ihering escreveu: "Os favos eram em nmero de 15, os inferiores um pouco menores, os do meio com cerca de 24 fileiras de clulas, num e noutro sentido, perfazendo 576 clulas e ao todo cerca de 7.000. Os favos, em posio horizontal, ligavam-se uns aos outros por meio de pilastras curtas e no havia orifcio de comunicao de um favo para outro. O intervalo entre dois favos media 7 a 8 mms., cada clula 10 a 11 mms. x 5,5mms." Veja o relato de um criador iniciante do RJ quanto as suas colmias e a observao de uma pessoa experiente (Mensagem ABENA de 25/02/2005): "Comigo ocorreu algo quase desesperador. Tinha as colmias com 4 e 5 discos (quatro e cinco andares) de ninho. As colmias estavam fortes dando gosto de ver. Do final do ano para c no bastasse a diminuio expressiva de nmeros de campeiras, as abelhas destruiram o ninho por dentro (Por dentro da bola de cera) deixando apenas dois discos ou seja, DOIS ANDARES de discos de cria." (felipe.nunes) "Uma colonia de M rufiventris com 4 ou 5 discos, no uma colonia forte, pelo contrrio, ou se trata de uma recente diviso ou uma colonia em decadncia. No houve nada de especial no clima do Rio de dezembro pra ca que justifique algum problema para as rufis ou qualquer outra espcie. Se vc esta tendo algum problema, deve ser por m acomodao de sua colonia ou manejo improprio. ................................................................................................................ ................................... A criao e manejo destas abelhas no deve ser feito por quem no as conhece, elas no so "rusticas" ou faceis de criar como so as mandacaias."(Victor) AUSNCIA DE DISCOS DE CRIAS Pode ter duas causas : Ausncia de rainha e hibernao (INTRODUO DE REALEIRA)/(INTRODUO DE DISCOS DE CRIAS) FALTA DE RAINHA Troca de rainha durante o inverno - problema: Hiptese:

diminuio da oferta de plen, pela dificuldade de coleta; a rainha diminui a postura; as abelhas ento matam a rainha. Soluo: - fornecer plen. O problema acima j foi observado com a devida orientao para soluo por Marco A. Torres,em mensagem particular, com relao a Guaraipo: "Algumas espcies de abelhas cessam a postura quando em perodos muito grande de ausncia de proteina que o caso do Guaraipo (melipona bicolor schenki) que em condies adversas ao clima da regio de ocorrncia cessam a postura ou no trocam de rainha porm sacrificam a poedeira e esta no substituda ficando a colmia rf acabando por perecer. Quando no morta a fisogstrica, adicionamos plem de scaptotrigona a esa colmia e esta em 5 dias (na experincia que tive) o guaraipo voltou postura." A observao de Marco se aplica a M. rufiventris, sobretudo quando criada fora de se habitat natural (em condies adversas ao clima da regio de ocorrncia), devendo o criador agir preventivamente quando iniciar o tempo adverso ao forrageio das abelhas. No norte, especificamente durante as torrenciais chuvas do perodo de inverno. INTRODUO DE RAINHA O acompanhamento da existncia de rainha muito importante, pois percebida logo a ausncia pode-se adotar providncias saneadoras, evitando que a colmia se torne zanganeira, donde norlmente s nascem machos inviveis. INTRODUO DE PRINCESA Como j destacado, sempre bom observar a presena de princesas no enxame antes de fazer qualquer diviso ou multiplicao, pois s assim haver certeza de formao de rainha em qualquer das colmias Mtodos:peralta/marco a. torres. COLETA DE CAMPEIRAS Frmula Marco A. Torres: incenso HIBERNAO Hibernaao um comportamento biolgico das abelhas para superar dificuldades climticas. semelhante dormncia de algumas sementes, que

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s germinam quando h as condies favorveis para o desenvolvimento da planta. No caso das abelhas ocorre o mesmo quando sentem que as condies so de dificuldade para o desenvolvimento do enxame e das crias. Vejamos alguns depoimentos: Egon Roepke, em 27/04/2005-ABENA: "O noso amigo Capas creio que est serto pois pasei por isto a alguns anos. As minhas madaaias ficaram sem crias no mes de maro fiquei assustado no momento mas tudo voltou ao normal depois de algum tempo." No entanto, h soluo para superar a hibernao, a qual s deve ser aplicada com os devidos cuidados para que no se exponham as abelhas a riscos climticos externos, especialmente em regies, onde elas possam ficar congeladas. Exemplo de superao de hibernao o ensinamento de Valtair Andreotti (abena 27/04/2005): "MORO NO NORTE DO ESTADO DO PARAN, E MINHAS MANDAAIAS NO PARAM A POSTURA, MESMO NOS MESES DE FRIO (JUNHO/JULHO). EU AS ALIMENTO TODO O ANO, MAS NO PERODO DO FRIO A ALIMENTAO REFORADA (MAIS ALIMENTO)." ABELHA LIMO ... CONSANGUINIDADE Em dvida, adotar medidas de variabilidade gentica. Trocar favos de criar, trocar enxames com outros criadores e, quando for dividir, utilizar favos de crias de outro meliponrio. UMIDADE ...... SAQUE/PILHAGEM Veja o relato dde F.A.MACAMBIRA (Ubajara-Cear) em mensagem de 09/02/2004, na ABENA: "No curto intervalo para o almoo, fui verificar uma caixa com um famlia de Scaura latitarsis, que h 5 dias retirei de um cupinzeiro areo, que havia se desprendido de uma rvore. Qual no foi a minha surpresa, quando vi as minhas rufiventris atacando esta caixa e mais uma de Nannotrigona punctata, que h seis meses convivia ao lado das rufiventris. Registro para o grupo, pois

a primeira vez que observo este comportamento nas Meliponas rufiventris.," BRIGA: 1 - So abelhas muito brigonas: Das colmias que brigaram com grande mortandade, todas pereceram; foram ficando fracas, destruram os alvolos com crias para se alimentarem e mataram a rainha ou esta morreu por falta de quem a alimentasse e as larvas j desenvolvidas ressecam nos alvolos. lutas entre colnias que resultam em grande mortalidade(Fernando Silveira) Veja um conselho dado pela pesquisadora Yasmine, em mensagem de 28/09/2004, na ABENA: "Prezado Francisco a Melipona rufiventris uma abelha bastante agressiva e ao mesmo tempo muito frgil. As colnias devem ficar longe umas das outras e vc deve interferir o menos possvel." No devem ser colocadas prximas as colnias. Pelo menos, 3 metros de distncia. Ideal: cinco metros. Estas observaes logicamente so feitas para a criao em meliponrios, quando so aglomeradas muitas colmias, pois na natureza as condies so mais equilibradas. No dar alimentao coletiva; Deixar todas as colmias com alimentao equilibrada LIMPESA: 5 Depositam muitas fezes dentro da colmia e ao mesmo tempo no removem para fora, demorando tambm na retirada da pelcula formada pelo fundo dos alvolos de crias (escutelos). Normalmente, no final da tarde fazem remoo do lixo. Durante as revises, devem ser removidos o lixo e restos ressequidos de potes e invlucro e do fundo dos alvolos de onde nasceram as abelhas. No remova a fauna associada ou se o fizer que seja para socorrer outra colmia. FAUNA ASSOCIADA Verifique se h fauna associada. No havendo colete de outras colmias um pouco de lixo com fauna associada e coloque na colmia. Veja um problema apontado por Eduardo Porto e a soluo dada por Pedro Martini, em decorrncia da ausncia de fauna associada que combate fungos: "Pessoal, constatei que uma das minhas caixas de Mandaaia apresentou alguns discos de cria com alguns ovos secos, isto podia-se ver

os ovulos sem a parte de cima e com a parte de alimento das larvas ressecada e sem sinal das abelhas jovens, isto progrediu at quase a falncia do enxame, coloquei discos novos e consegui estabiliza-lo quando estava progredindo bem, de novo apareceram ovos secos do meio para fora do disco isto aconteceu por tres vezes, estou tentando novamente alguem saberia o porque? considerando que houve uma troca de rainha no perodo em que reforcei com discos novos. este acontecimento estranho uma vez que acontece apenas em uma caixa.... eduardo porto spsp" "Al Eduardo Os favos de cria parecem um tiro de espalha chumbo, cheios de falhas? As larvas morrem e so removidas ficando o resto do alimento no fundo. Pode ser plen contaminado por fungos. Se tiver alguma caixa com aqueles piolhos esbranquiados, remova um pouco de batume com esses bichinhos e introduza na caixa com o problema. Dentro de um ms os favos devem estar cheios, sem falhas. Boa sorte, Martini." Caso sua criao no esteja em local em que possa existir a fauna associada, deve providenciar urgentemente, pois a presena da mesma atua para a estabilidade biolgica da colmia. Diferentemente da mosca, cuja origem a umidade da madeira que atrai a oviposio com penetrao da larva por brechas da colmia. PRTICAS PARA MANEJO PRODUTIVO DE RUFIVENTRIS: Colocar as colmias a 5 metros de distncia. Dar alimentao individual, interna. Colocar caa-fordeos permanente (sistema bob). Equilibrar a alimentao dos enxames. Aumentar no perodo difcil de coleta maior quantidade de alimento, especialmente plen. Dividir os enxames fortes. No deixar faltar espao para armazenagem de mel: sempre acrescentar melgueira vazia, podendo utilizar a melgueira cheia para fortalecer enxames fracos. Dividir o enxame filho s aps um ano. Proporcionar certa umidade ao enxame.

Em resumo, como diz o Jean Locateli(mensagem em pvt) "Controle de fordeo com iscas de vinagre. Alimentao contnua." PRTICAS A SEREM EXPERIMENTADAS E ACOMPANHADAS: Fazer enxames com rainha fisogstrica de outro enxame. Fazer enxame utilizando crias de mais de uma colmia e abelhas de outra( fig..). Fazer enxame na forma de ncleo com princesa do enxame A e abelhas e crias do enxame B. H referncia de que trocam a rainha durante o inverno e muitas vezes no h princesas: dividir o enxame antes do inverno para que, sendo jovem a rainha, no haja a troca no inverno. Durante o inverno, colocar as melgueiras em baixo e o ninho em cima, com entretampa de vidro/acrlico/plstico, para acompanhar a presena da rainha. Comprovar se dando mais espao o enxame continuar forte e populoso; Fazer ncleo a partir de rainhas, na forma de produo massiva adotada por Gonzaga. Adotar a base do Marco Agostinho/Eduardo Porto:bandeja com gua prximo base da colmia para envolver a colmia com mais umidade(fig. ). 8) OS PRODUTOS DAS ABELHAS MEL "O mel produzido pela uruu amarela delicioso mas a podutividade das colnias (pelo menos nas condies do noroeste de Minas) muito pequena em mdia, cerca de 100-300 ml por ano..."Fernando Silveira (Abena 04/12/2003) PLEN PRPOLIS BATUME ENXAME 9) PORQUE CRIAR RUFIVENTRIS Mensagem de Marco Agostinho, j falecido, de 11/11/2003: "H dez anos atras as mandaaias eram bem mais raras do que hoje, se obtivessemos um enxame de cada criador s da regio SUL, inicialmente, j poderamos iniciar o repovoamento no que restou da

nossa mata atlantica. Porisso entendo importante que criadores mais antigos em manejo tentem recuperar estas espcies quase extintas e mais sensiveis para que futuramente elas cheguem aos niveis populacionais das mandaaias e outras. Certamente as dificuldades sero maiores, porm o prazer da preservao tambm. Neste sentido que professo a unio dos meliponicultores com o objetivo de fazer um cadastro de criadores de espcies raras, como as rufiventris, guaraipos e outras. O intercmbio de material proporcionar condies genticas de multiplicao e preservao das espcies, porque uma "andorinha no faz vero", de que adianta ter uma ou duas caixas de espcies raras se no vai poder aumentar a populao por causa dos custos genticos, em pouco tempo o criador ver que enxames enfraquecem por falta de opes para evitar consaguinidade." O Jean Carlos Locateli expressou palavras que tambm motivam a criao da rufiventris, em 12/06/2001: "No texto da Soraya, ela cita o isolameno geogrfico dos enxames, devido aos desmatamentos, queimadas das nossas florestas, e pela ao indiscriminada dos meleiros. Isso, nos imprime uma responsabilidade, ainda maior, de preservarmos os enxames existentes. Portanto h de se saber onde esto, de forma a se permutar material gentico, a fim de evitar o definhamento e consequente extino da espcie, o que pode ocorrer devido ao fracionamento desses enxames em regies no comunicveis. No somos donos do mundo, e sim filhos dele. Ou melhor, temos de nos desapegar materialmente do que nos foi concedido a sua guarda. O sentimento de posse e o cime, que eu tambm conservo pelas minhas colnias, tem de ceder espao a conscientizao ecolgica e a responsabilidade de recuperarmos o nmero mnimo de famlias por regio (segundo Kerr 44), propiciando s mnimas condies da espcie se manter na natureza." Eis um alerta de Fernando Silveira, abena 04/12/2003: "A espcie est se tornando muito rara em Minas Gerais, principalmente devido ao desmatamento extensivo. Entretanto, onde ainda h populaes selvagens, elas sofrem com a explorao predatria pelos meleiros. O mesmo tem ocorrido em outras partes do Brasill. A seguirem as coisas como esto, bem possvel que a M. rufiventris seja includa na lista de espcies ameaadas de extino do Brasil, em suas verses futuras."

10) PERGUNTAS E RESPOSTAS. H umas perguntas formuladas em 06/06/2001, por Paulo Monteiro, redator- Grande Rio - Globo: "Amigos a lista: sobre a Melipona rufiventris, relatada em recentes mensagens, acho que do Jean, tenho uma dvida e gostaria que os especialistas esclarecessem. H vrias subespcies ou uma s? como em mandaaia, que as subespcies se cruzam num hbrido? Quem puder, me responda." Em 06/06/2006, o Mrcio Kipper da Silva, na Beebr, deu uma resposta: "Existem pelo menos seis subespecies conhecidas de Melipona rufiventris. Acredito que todas elas so capazes de cruzar entre si, mas isso pode no ser verdade para todas. A Biologia e uma Ciencia muito complexa com muitas possibilidades." Em parte foi esclarecida por Soraya Matos de Vasconcelos e pela nova classificao sobre as rufiventris. 11) CRIADORES CONHECIDOS/SUAS ESPCIES Ivan Costa e Souza /BA-Mondory/ Joozinho/Belterra/PA-Flavolineata J.A. Macambira/Ubajara/CE-Mondory/ Pedro Paulo/Terespolis/RJ-Mondory/ Marcos Wasilewski/SC/Mondory/ Rogerio Marcos/BA-Mondory/ Marco Torres/P.Alegre/RS-Mondory(do Rio de Janeiro) e Paraensis (do Par) Raimundo Vidarico/Manaus/AM -Paraensis e Santarm/PA-Flavolineata Wilson Melo/Barra do Corda/MA-Rufiventris Sebastio de Paula Pereira Sobrinho/Braslia/DF, (fone 61 3628.2250)Rufiventris Edson Souza Lima de Nova Xavantina/MT/Rufiventris Walmir Zge/PO/RS/ Mondory/ Rudy P. Vasconcelos/Itibirana/SP-???? Arnold Luyten/Cuiab/MT/Rufiventris Carlinhos/Rio de Janeiro/RF/Mondory/ Jos Emdio/ Salvador/BA- Mondory Comunidade rural orientada por Ordilena (Lena do INPA)/AMParaensis Neuzilena (Dis)/Careiro Castanho/AM-Amazonensis(?)

A relao acima segue a concluso de Gabriel A. R. Melo e foi colocado o nome da espcie segundo a regio de ocorrncia, de modo que os criadores com espcies iguais podem socorrer-se entre si, para salvar e variar geneticamente os seus enxames. 12) LITERATURA/TESES/DISSERTAO/ARTIGOS/ETC, SOBRE M. RUFIVENTRIS CAMILO-ATIQUE, Clusa - Variabilidade do comportamento de Melipona rufiventris rufiventris (Hymenoptera, Apoidea). CAMILO-ATIQUE, Cleusa - Estudos sobre o comportamento das abelhas sem ferro com especial referncia ao processo de oviposio das clulas.VIII. Melipona rufiventris Lepeletier CECCATO, Suzette R. - Diviso de trabalho entre as operrias de Melipona rufiventris flavolineata (Hymenoptera, Apoidea). MAUS-VENTURIERI, Mrcia - Aspectos etolgicos do processo de oviposio em Melipona rufiventris flavolineata Friese, 1900 (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae). PESSOTI, Isaas - Discriminao condicional em Melipona (Micheneria) rufiventris Lepeletier. MATOS DE VASCONCELOS, Soraya - Divergncia Gentica em Populaes de M. rufiventris (HYMENOPTERA, APIDAE, MELIPONINAE). SANTOS POMPEU, Maurcio, Aspectos Bionmicos de Melipona rufiventris (Hymenoptera: Meliponina) e Sugestes para sua conservao. Costa, RG, Santana, AG, Serro, jE.2002. Morfologia das glndulas hipofarngeas em Melipona rufiventris. Fidalgo, AO, Kleinert, ]amp.2002. Botanical and climate influenses on nectar and pollen foraging by Melpona rufiventris. Fidalgo, AO, Leinert, AMP, 2002. Foraging patterns of Melipona rufiventris. Lima, MAP.2004. Aspectos da biologia de Melipona rufiventris Lepeletier, 1836 e de Melipona mondury Smith, 1863. Lima-Siqueira, MA, Campos, LAO.2004. Biology of Melipona mondory and Melipona rufiventris. Marsaaioli, AJ, Flach, A, Fernandes, MS, Pedroni, J, Patrcio, EFLRA.2004. Melipona rufiventris Lepeletier, 1836 and Melipona scutellaris Latreile, 1811, wax chemical composation changes due to a temporary association. Matoso, S, Silveira, FA, Bastos, EMAF.2004. Differential exploitation of floral resources by differente colonies of Melipona rufiventris (Hymenoptera,

Apidae:Meliponina) In a 'cerrado" area in northeaster MinasGerais, Brazil. Pompeu, MS, Silveira, FA.2002. Variao mensal da atividade e nmero de abelhas campeiras de colnias de Melipona rufiventris. Soares, SM, Silveiria, FA. 2002. Recursos florais para Melipona rufiventris no Cerrado de Minais Gerais. Soares, SM. 2003. Fontes de alimento para Melipona rufiventris (Hymenoptera, Apidae), uma espcie ameaada no cerrado de Minais Gerais. Mara, GT, Campos, LAO. Reproduo de colnias de Melipona rufiventris. Mara, GT e outros. Variabilidade gentica em populao de Melipona do grupo Rufiventriis ( ) no estado de Minas Gerais. Mara, GT. 2004. Reproduo de colnias de Melipona rufiventris Lepelletier, 1836, em condies controladas. Souza, S.C.F. Notes on pillage behavior of Melipona rufiventris flavolineata (Hymenoptera, Apoidea). KERR, W.E., ROCHA, R. Comunicao em Melipona rufiventris e Melipona compressipes. JHERING, H. von. 1930. Biologia das abelhas melliferas do Brasil. LINS, A.C.S. e outros - Estudo qumico de plen apcola de Melipona rufiventris e anlise da atividade antiradicalar dos polens apcolas de M. rufiventris, M. compressipes, M. subnitida e Scaptotrigona bipunctata. Souza, Pomplio Vieira de, Meliponinae - Abelhas sem ferro. Melo,Gabriel A.R. - Notas sobre meliponneos neotropicais, com a descrio de trs novas espcies (Hymenoptera, Apidae).