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Como Escapei do Triângulo das Bermudas Autor: Michael Henry Dupont Tradutor: Joaquim Sanches Huerta Capítulo 1 Eram 6h da tarde do dia 20 de janeiro de 1973 quando nos preparávamos para embarcar no avião que nos deveria conduzir desde o aeroporto de Jacksonville em vôo direto, sem escalas até as ilhas Bermudas para desfrutarmos das nossas tão esperadas férias. Na realidade é um prolongamento do nosso descanso que tinha começado nas praias de Miami, lugar este, onde o meu companheiro de viagem e eu tínhamos feito amizade com as outras quatro pessoas que nos acompanhavam, todas elas de origem norte-americana. O fato de que meu acompanhante e eu fôssemos latino- americanos não constituiu nenhum obstáculo para que simpatizássemos desde o primeiro momento com estes dois casais por sua jovialidade e caráter aventureiro que coincidia também em muitos pontos, com o nosso. Foi numa das nossas diárias reuniões, nas ensolaradas praias quando tivemos a idéia de realizar uma visita a estas ilhas, das quais a propaganda turística fala verdadeiras maravilhas, pelas suas belezas naturais e sua quietude reinante, que na realidade era o que mais desejávamos, e coisa quase impossível de conseguir nas barulhentas praias onde nos encontrávamos, por isso, imediatamente, encomendamos a reserva do respectivo vôo numa agência turística. Entre todos tínhamos formado uma barulheira infernal e as brincadeiras iam de um para outro, consolidando nossa camaradagem. Sentados já na aeronave comercial com mais outras vinte e três pessoas, além da equipagem, foram divulgadas as recomendações de rotina pelas bilíngües aeromoças e partimos, sim, partimos, sem saber que a minha acepção, seria para o resto do pessoal uma viagem sem retorno 1

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Como Escapei do Tringulo das BermudasAutor: Michael Henry Dupont Tradutor: Joaquim Sanches HuertaCaptulo 1 Eram 6h da tarde do dia 20 de janeiro de 1973 quando nos preparvamos para embarcar no avio que nos deveria conduzir desde o aeroporto de Jacksonville em vo direto, sem escalas at as ilhas Bermudas para desfrutarmos das nossas to esperadas frias. Na realidade um prolongamento do nosso descanso que tinha comeado nas praias de Miami, lugar este, onde o meu companheiro de viagem e eu tnhamos feito amizade com as outras quatro pessoas que nos acompanhavam, todas elas de origem norte-americana. O fato de que meu acompanhante e eu fssemos latino-americanos no constituiu nenhum obstculo para que simpatizssemos desde o primeiro momento com estes dois casais por sua jovialidade e carter aventureiro que coincidia tambm em muitos pontos, com o nosso. Foi numa das nossas dirias reunies, nas ensolaradas praias quando tivemos a idia de realizar uma visita a estas ilhas, das quais a propaganda turstica fala verdadeiras maravilhas, pelas suas belezas naturais e sua quietude reinante, que na realidade era o que mais desejvamos, e coisa quase impossvel de conseguir nas barulhentas praias onde nos encontrvamos, por isso, imediatamente, encomendamos a reserva do respectivo vo numa agncia turstica. Entre todos tnhamos formado uma barulheira infernal e as brincadeiras iam de um para outro, consolidando nossa camaradagem. Sentados j na aeronave comercial com mais outras vinte e trs pessoas, alm da equipagem, foram divulgadas as recomendaes de rotina pelas bilnges aeromoas e partimos, sim, partimos, sem saber que a minha acepo, seria para o resto do pessoal uma viagem sem retorno e que viveriam a mais extraordinria e derradeira aventura de suas vidas. Abstendo-me de dar os nomes das pessoas que me acompanhavam porque se o presente relato cair nas mos dos seus familiares e amigos, teria que dar muitas explicaes, que, no momento prefiro reservar-me, j que no fim, sabero o acontecido a todos eles, se continuarem a leitura desse livro; e no desejo ser localizado por nenhum deles, nem ainda, pelos meus amigos, pois devo conservar o anonimato pelas razes que podero compreender no transcorrer da narrao dos fatos, tais e como sucederam-se e, onde no deixo transparecer nenhuma fantasia de minha mente. Alerto-os, meus irmos, seres humanos, sem preconceitos raciais; ningum poder sentir-se mais estrangeiro do que eu tenho me sentido na minha convivncia com "eles", por isto, no obstante os vossos mltiplos defeitos, habitantes do planeta Terra, a cuja raa perteno, no sabeis como vos adoro, e que feliz me sinto de poder estar novamente com vocs, e Oxal, que esta

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felicidade se prolongue at o fim dos meus dias. E, mais agora ao divulgar estes acontecimentos, por ter sido seqestrado por "eles" levando-me ao seu mundo, de onde tornar-se-ia verdadeiramente impossvel retornar a este nosso universo, iluminado pelo nosso bem amado sol. A decolagem foi perfeita, as aeromoas nos ensinaram a usar o salva-vidas e, ato contnuo comearam a nos servir um aperitivo, excelente por certo, porm no sei porque cargas d`gua a essas alturas o meu apetite, sempre voraz, diminuiu terrivelmente, no tendo nenhuma vontade de ingeri-lo. Se tivesse sabido que por muito tempo os meus gostos gastronmicos iriam ver-se restringidos a um menu to diferente, nada teria ficado naquela apetitosa bandeja. Meu lugar achava-se na frente da asa, e distanciei-me um pouco da conversao dos meus companheiros os quais sempre referiam-se ao que realizaramos nas ilhas; levaramos aproximadamente quarenta minutos de vo e eu no queria perder detalhes do pr do sol. Aqueles que tm tido oportunidade de observ-lo de um avio, sabem o maravilhoso e emocionante que resulta v-lo daquela altitude (aproximadamente doze mil metros), dada a variedade de matizes produzidas pelas nuvens oferecendo-nos um espetculo sem igual que somente a natureza nos pode brindar. Devia olhar um pouco para trs, dado que o nosso rumo era em direo leste a asa obstaculazava-me a viso e fazia com que seu metal me ofuscasse, pelos raios que o sol refletia e que ao serem desviados por algumas nuvens mais altas, davam a estas uma tonalidade avermelhada. Fiz partcipe do espetculo ao meu amigo Alexandro, que achava-se sentado ao meu lado e, em silncio continuamos nossa contemplao, ao igual que deuses do Olimpo, dando nossa aprovao a to maravilhoso expoente de beleza que nos era ofereido por nossa me natureza. Foi nesses momentos que observamos que o resplandor das asas ia em aumento, transformando-se j num brilho luminoso, refulgante, porm no o avermelhado recebido do sol, seno uma cor entre amarelo e branco, isto ia em aumento e a asa estava se transformando num resplandor intenso, tal como a luminosidade produzida pelo raio. Este fato comeou a inquietar-nos, mas como no tnhamos nenhuma comunicao ou alarme dimanada da cabina do piloto, continuamos observando. Quero relatar nos mnimos detalhes tudo o que ocorreu em continuao, com a finalidade de que os que porventura vierem a l-lo possam tirar suas prprias concluses daquilo que nos estava acontecendo. O resplendor tinha j chegado a um grau de grande irritao para nossas pupilas, e os outros passageiros tinham-se j precatados do que ocorria e os comentrios generalizavam-se. Os que iam sentados no lado oposto observavam idntico fenmeno na asa do seu lado, de repente, das mesmas comearam a desprender-se fascas, sim, fascas como as que produz um pedao de ao ao ser passado pelo esmeril, era possvel v-las por todas as bordas da asa, isto alarmou os passageiros e sobretudo as damas que comearam a dar gritinhos histricos e, pude observar como duas aeromoas e o comissrio de bordo passaram apressados, quase correndo, para a cabina de comando. Naquele momento escutou-se pelos alto-falantes a voz da aeromoa que aconselhava a abotoar os cintos de segurana e no fumar, igualmente acendiam-se os letreiros luminosos, situados nas paredes superiores do interior do avio.2

Contagiados de idntico nervosismo, comeamos de imediato a cumprir as ordens, os comentrios iam em aumento, e em alguns olhos viam-se brilhar as lgrimas, pois o primeiro que nos veio ao pensamento foi que tinha havido um curto-circuito, causado pelas fascas que vamos nas asas, ainda lembrei que fenmenos de eletricidade esttica poderiam produzir os referidos efeitos, no obstante e para dar maior apoio primeira hiptese, desligaram-se todas as luzes do aparelho: as do corredor, as dos letreiros e algumas individuais que tinham sido ligadas pelos passageiros para ler; tambm foi cortada abruptamente a transmisso das palavras alentadoras que dos alto-falantes nos fazia chegar aeromoa. Observei meu amigo Alexandro, seu rosto estava lvido, indubitavelmente o meu semblante estaria igual, sabamos que alguma coisa estava acontecendo com a aeronave. Apesar da no existncia de luzes no interior do avio dava para vislumbrar todos os detalhes, devido ao resplendor que saa das asas. Espervamos a qualquer momento uma exploso ou ainda uma queda vertiginosa, ou alguma coisa inesperada que teria que acontecer porque aquela situao no poderia prolongar-se por mais tempo, ainda que no mais profundo de nossas almas desejssemos que fosse o que fosse, ficasse arrumado logo e que tudo no passasse de um pequeno susto. Nossos desejos no se realizaram porque o que aconteceu em nenhum momento poderamos imagin-lo por ilgico e incomum. O avio parecia ter parado seus motores, nada nele dava sensao de funcionamento, no obstante ainda, mantinha-se voando, sem movimento algum que desse para demonstrar qualquer anormalidade. Se algum estivesse dormindo, indubitavelmente no teria suspeitado o que estava acontecendo. Instintivamente dei uma olhada no relgio e observei que o ponteiro dos segundos no funcionava, pensei que estava sem corda, mas percebi que estava quase toda ela dada. Quando conservamos, o mesmo relgio durante muitos anos, sabemos, somente com o tato, quanta corda lhe resta, porque j se tem integrado nossa pessoa. Foi por isso que perguntei ao Alexandro pela hora, este notou que tambm sua mquina estava parada, quase no mesmo momento que a minha, dizer, eram 6:45 da tarde. Isto terminou por desconcertar-nos e, nem menos, coment-lo, quando sentimos um som muito forte como aquele que se sente quando entramos a muita velocidade num tnel. Quando olhei para fora, pude observar que as fascas da asa tinham desaparecido, mas no a luminosidade que nesse momento transformou-se em azul e, foi a que os nossos temores aumentaram, j que toda a aeronave comeou a trepidar. As sacolejadas eram tremendas e intermitentes, parecia que o avio no resistiria a tanta comoo e, foi nesse momento que se fez forte a impresso de estarmos entrando num tnel, o som fez-se ensurdecedor e a sensao de queda no era percebida na vertical, apenas obliquamente, numa linha bem reta, talvez com destinao definida. Sabamos que l embaixo, somente nos esperavam as guas do oceano, que estvamos longe de toda ilha ou continente; s nos animava a esperana de que houvesse alguma rota martima por perto. Mas, esperana de que? se ainda no tnhamos cado e no sabamos se da queda poderamos sair ilesos. incrvel como nesses momentos em que pressentimos o fim da nossa existncia, acumulam-se na nossa mente tantas coisas ao mesmo tempo, pesando diversas3

possibilidades de salvamento, ainda que fiquemos com leses ou privados de algum dos sentidos, porm desejamos viver, de qualquer forma, em qualquer estado, embora sozinhos numa ilha, longe da civilizao, das riquezas, dos seres queridos, mas salvar-se viver, de qualquer forma; mas viver. Algum pode negar que isto o que sentimos quando passamos por este transe? Todavia quem tiver passado e hoje puder cont-lo, sabe que assim mesmo. Em quanto isto, entre os passageiros reinava o caos, todos naquele momento lembravam-se de Deus e o invocavam aos gritos; provavelmente queriam lembrlo do importante que eram eles na terra, o bem que se tinham comportado cumprindo e observando suas diversas religies e credos. Alguns tinham-se desprendido do cinto de segurana e tentavam se aproximar da cabina, pois a partir do momento em que comearam a ocorrer estes fatos, os membros da equipagem no tiveram contacto conosco; a palavra e presena destes indivduos, to necessrias nestas circunstncias, brilhavam pela sua ausncia. Esta conduta deixava muito que desejar sobre as suas imagens, ainda que eu compreendesse que, nesses momentos, eles deveriam estar como ns, pensando sobre o futuro incerto que se nos avizinhava. Aqueles destemidos que tinham a inteno de levantar-se, voltavam de imediato aos seus assentos ao ver que o avio inclinava-se e comeava a descer. Pode-se imaginar a srie de gritos, choros e maldies dos passageiros; por sua parte, Alexandro no falava, continuava plido e enxerguei o brilho nos seus olhos de duas incipientes lgrimas; seguramente pensava nos seus entes queridos, aos quais no voltaria a ver e, resignava-se com valentia a sua sina, pois assim era ele, valente e nobre, o querido amigo a quem no voltarei mais a ver, ao menos nesta vida, composta de trilogia humana; j compreendero porque digo isto. Eu, pelo meu lado, sentia uma intensa emoo, sabia que s poderia esperar a morte, mas no estava disposto a desapontar os meus Gurus e Rhisis da ndia dos quais tantos ensinamentos tenho recebido no que se refere morte, pelo que s sentia essa intensa emoo e angstia por saber que aproximava-se algo to emocionante como a morte mesma. Saber que entraria num mundo completamente diferente, outro plano, como prefira chamar-se, mas, por suposto, muito superior ao que nos toca viver, pelo que para mim, apesar de ser jovem, no representava a morte o que para o comum da gente que pensa na desagregao da matria, seno, mais um bem merecido prmio, ao passar para um estado superior; ainda assim no acreditava ter cumprido a misso a que me tinha forjado ou proposto antes de me encarnar nesta matria que ainda ostento. Agora que cheguei ao conhecimento de qual a minha misso, devo tratar de cumpri-la e essa a causa de meus cuidados para no ser individualizado por "eles", at que no esteja finalizada devo preservar esta matria e, uma das minhas misses a de tornar do conhecimento de todos vocs a aventura que tenho vivido e explicar-lhes em que consiste o mistrio que oculta o "Tringulo da Morte". Continuvamos a queda, mas a velocidade parecia diminuir e, de repente o aparelho deixou de trepidar, o zumbido aumentava e j no duvidava que estvamos descendo por um tnel, mas imaterial, ou ao menos no era de matria densa pois dava para ver o exterior, e como ainda era dia pude observar que atravessvamos as nuvens muito brancas e densas, e quando j estvamos por baixo delas, vi as guas calmas e de um verde-azulado intenso. A velocidade diminua cada vez mais, mas ainda era excessiva para uma amaragem bem4

sucedida; as esperanas eram bem remotas. Achvamo-nos a uns seiscentos metros da superfcie quando observei na nossa frente o espao para onde encaminhava-se o aparelho; em forma reta achava-se uma plataforma, ou uma espcie de ilha; sabia que nessas latitudes no existia nenhum promontrio rochoso, e menos ainda uma ilha, pelo que levei um grande sobresalto. Sendo isto possvel, a aterrizagem suave tornava-se bem remota; nos quebraramos em mil pedaos sobre essa ilha, j que a velocidade era excessiva. Bem nesses momentos, acudiram minha mente os relatos qua havia lido, alm dos informes oficiais, sobre as desaparies, no setor que ora atravessvamos, de navios, avies e inclusive frotilhas de bombardeiros dos quais jamais houve sinais. Muito se tinha falado sobre o mesmo problema, pelo que no desejo repetir tais informaes, das quais tem-se conhecimento desde o sculo passado e s quais dei crdito, tendo me feito muitas perguntas sobre os referidos mistrios, sem pensar que eu seria o predestinado para dar conhecimento e luz sobre os mesmos. No tinha mais remdio que pensar no sobrenatural, mas, o sobrenatural de que? J que dos fatos que ocorreram sobre a terra pode-se argumentar, embora que sejam hipteses do ocorrido, porm no o mesmo que estar sobre o mar ou as guas do misterioso oceano com suas insondveis profundidades para onde nos precipitvamos vertiginosamente e, o fato s poderia aplicar-se a um fenmeno ignorado da natureza porque dele no se tinha o mnimo conhecimento, j que talvez todos os que nos antecederam nesta experincia tinham desaparecido por morte, ou talvez, passado a outra dimenso, ou a antimatria, ou por outras circunstncias das que no poderamos ter, nem sequer, uma idia aproximada. De todas as formas, o tempo que tnhamos para pensar era pouco ou quase nada; s a nossa maravilhosa mente em to breves instantes, pode dedicar-se a discernir; talvez no nosso esprito esteja realmente enraizado o conhecimento da nossa mortalidade, pelo que a despeito dos momentos que estvamos vivendo, no deixava de atuar, como se tivesse todo o tempo do mundo. Alguns j no gritavam mais pois tinham desmaiado, algum vomitava e a, ento, deixei de me preocupar por tudo aquilo que me rodeava e comecei a recitar em snscrito uma orao que me ensinara o meu mestre indu para que o meu esprito, ao deixar esta matria, no tivesse turbaes, nem perdesse tempo nas salas de climatizao do novo estado que advm aps a morte fsica, porque aquele que j tem conhecimento sobre a mesma, sabe que no se deve perder tempo, seno que se deve seguir e aprendendo, encontrando-se no nvel ou plano em que se achar e assim entrar em contacto imediato com os seres que seriam nossos guias no novo plano de existncia. O choque com a ilha j no poderia demorar, era iminente; ento o aparelho, como se tivesse sido detido no ar por uma gigantesca mo, deteve-se, sim, deteve-se e comeou a girar suavemente, como se entrasse em espiral; novamente comeou a cair mais suave, muito suavemente e sempre girando; comecei a sentir que a minha cabea tambm girava com o aparelho, invadiu-me uma sonolncia tremenda, quis erguer-me no meu assento mas somente senti que eu me afundava para a frente, sustentado pelo cinto de segurana, j no pude erguer-me mais, sentindo uma espcie de tontura suave e tranqila. No sentia nem rudos nem o meu corpo, nada de nada, como quando se entra no5

relax profundo, e nessa espcie de sonolncia perdi a noo de tudo. Captulo 2 Sinto-me cavalgando sobre volutas de fumo, dou passos gigantescos, dizer, que quando movimento a perna para frente me desloco como em uma cmara lenta, mas percorrendo grandes distncias antes que o p novamente se apie e, assim sucessivamente cada vez que repito a operao. Tenho os olhos fechados mas sinto uma espcie de msica, alguma coisa muito suave que , ao mesmo tempo, uma voz que me chamava, esta faz-se mais imperiosa e me arrasta at cair dentro de algo parecido a uma camisa de fora molhada. A sensao desagradvel, sei que a tinha sentido antes quando realizava relax profundo por muitas horas e ao tomar contato e realidade com meu corpo voltava a sentir esta impresso. No fim me adapto com meu pobre corpo porque sinto que estou nele e abro lentamente os olhos. Meus olhos esto abertos, sim, mas minha mente no quer aceitar o que vem porque o considera ilgico. Oh! No! O que se passa muito simples, estou morto! O que estou vendo s o plano ao qual iria ascender, de repente, vem minha mente tudo o que acontecera no avio e assim compreendo. No o esperava to fcil, no tenho sofrido nenhuma dor fsica, no senti leso alguma, sei que posso mexer qualquer parte do meu corpo e isto no me produz nenhuma dor. Meu corpo? Mas... que ainda continuo nele? Ser que tenho uma rplica do anterior? Bom, ponhamo-nos de acordo, talvez este seja uma cpia exata do mesmo e esto aguardando que me aperceba do meu novo esprito para que pouco a pouco consiga me adaptar ao corpo que se me proporcionar, ou melhor dito, aquele que sair luz ao desfazer-me do atual, como a transmutao do bicho da seda em borboleta. Tudo est muito bem, mas no vejo porque tambm ter feito a rplica do meu velho relgio de pulso. Isto j me resulta ainda mais interessante. Estou deitado e embora no possa me mexer sinto a possesso e perfeito estado de todos meus membros e rgos, a respirao normal; a luz que d aos meus olhos branca, suave, sem poder distinguir de onde ela vem, mesmo porque no posso girar a cabea. De repente, meu campo visual v-se interceptado por uma cabea, sim, uma cabea de aparncia humana, no humana ao meu entender porque continuo pensando que eu tenho sado do plano material. Os traos desta cabea, de sexo masculino, so nobres e perfeitamente delineados, maior que o comum, em aproximadamente cinqenta por cento; a pele totalmente branca, um brnco nacarado, um branco que quase se transparenta; sorri mostrando uma dentadura perfeita, transmite uma grande paz e amizade, resulta tremendamente agradvel, fez-me sentir muito bem, tranqilo e sem pensar em que alguma coisa m pudesse ocorrer-me; seu cabelo tambm completamente branco e suavemente ondulado, d a impresso de encontrarme ante uma esttua grega, mas no... esta mexe-se e tambm, em quanto sorri me fala, no escuto som algum, isto corrobora meu pensamento de que desencarnei, mas de repente lembro que ainda estou com o relgio, embora no possa v-lo. As roupas me foram tiradas e acho-me coberto por uma espcie de camisola longa. Creio que o "ser" que est do meu lado falou-me, mas eu no escutei som algum, interpretei claramente que me enviava uma mensagem de tranqilidade6

como que dizendo: -logo compreender tudo - Sempre com esse sorriso maravilhoso que me fazia lembrar o dos meus queridos gurus, afastou-se suavemente do lugar onde eu repousava. Ao partir, pude girar lentamente minha cabea e segui-lo com o olhar; estava vestido com uma blusa de mangas compridas e colarinho aberto, calas ajustadas de tecido elstico mas muito suave e leve e um par de botas de cano curto que se adaptavam perfeitamente aos seus ps. Em tudo, assemelhavam-se a ns; sua estatura era de aproximadamente dois metros e meio; tudo nele era branco, seu corpo, sua pele, cabelo e tambm a roupa que usavam, o mesmo que suas botas. Sua idade? indefinida, tanto poderia ter 30 como 40 anos. De andar elstico, atltico mas suave, to suave que parecia que se escorregava. Tudo isso observei em breves segundos e continuei com minha explorao nesse novo mundo onde eu acreditava ter-me correspondido logo aps a minha morte. At aqueles momentos no pensava que pudesse ser outra coisa, tomava-o com grande paz e sentia-me feliz sem saber porque. O momento temido por todos ns tinha passado, havia-o superado e me dispunha a empreender a minha nova existncia e pelo que apercebi, considerava um mundo muito melhor. Observei ao meu lado esquerdo, ali tambm havia uma maca onde se encontrava, ao parecer dormindo com o semblante muito tranqilo, Nory, a esposa de um dos meus amigos norte-americanos. Em continuao desta, havia tambm outras macas, todas ocupadas por passageiros do avio, todos, ao parecer, dormindo placidamente. A sala era imensa e de forma circular, tnhamos sido colocados em semicrculo, frente a frente a duas sadas ou portas e, pude observar que por uma delas retirou-se o ser que esteve junto a mim alguns momentos antes. Ao meu lado direito encontravam-se cinco camas e, na contgua minha achava-se meu amigo Alexandro, podem imaginar a minha alegria ao pensar que essa outra vida ia compartilh-la com meu querido amigo. A felicidade que me invadiu foi indescritvel, queria abra-lo, pois me falara, mas quando tencionei faz-lo no tive foras para erguer-me, meus msculos estavam completamente frouxos, isto fez-me pensar que alguma coisa estava fora dos meus clculos, j no me sentia to seguro de estar desencarnado e de encontrar-me em outro plano; comecei a suspeitar que me encontrava dentro do meu prprio corpo. Mil idias acumulavam-se em minha mente. Onde estvamos ento? Tinham atravessado, talvez, alguma barreira invisvel como uma janela para outra dimenso ou para a antimatria, ou tinhamos viajado para o futuro, ou estvamos nas mos dos to propalados extraterrqueos? Estas e outras mil perguntas eu fazia e nesses momentos me apercebi que estava suando, outra possibilidade a menos de que estivesse da posse de outro corpo; isso senti-o como muito meu e nada original. Ao levantar o olhar para o que eu acreditava ser o teto, observei que a cinco metros de altura encontrava-se uma espcie de sacada, totalmente de cristal, como os postos de observao dos centros cirrgicos dos hospitais, de onde os estudantes podem observar as intervenes, mas, por suposto, muito maiores. Este estava ocupado por cinco daqueles seres, trs masculinos e dois femininos, podia observ-los mui nitidamente, seus vesturios iguais aos que descrevi do ser anterior e aos que chamarei pelo nome da raa a que pertencem e que logo eu saberia. A estavam os ltimos expoentes de uma raa que por muitos sculos7

foram considerados e chamados deuses em todas as civilizaes antigas e que tm deixado suas marcas e suas obras por todo o universo. Eles eram os que ainda gostavam de ser chamados filhos do sol, OS ALMARAN, e por este nome os continuarei chamando no sucessivo. Sem compreender ainda como estava vivo, nem porque, me apercebi que se devia interveno destes seres, mas no podia imaginar-me onde me achava. Eles me observavam e sorriam e como o indivduo anterior, sentia como se me falassem e, me enviaram mensagens com a finalidade de me tranqilizar, de que era bem-vindo entre eles e que tudo iria bem. Observei que as mulheres eram realmente formosas, de pele e cabelos brancos, longos, penteados simplesmente, caindo at os ombros. Todos tinham o mesmo ar familiar e em seus rostos notava-se uma aberta e superior inteligncia, fazendo-me sentir como protegido por eles na sua inegvel sabedoria. A mtua contemplao demorou ainda por alguns minutos, logo me vi envolvido numa grande sonolncia e adormeci num profundo sono. Ao acordar, desconheo as horas que pude ter estado dormindo, a sala continuava com a mesma iluminao, ao meu lado encontravam-se dois daqueles seres do sexo masculino, tambm com a mesma vestimenta, agora ao sentir-me completamente lcido pude observ-los com mais detalhes, falavam-me apenas mexendo levemente os lbios e sempre sorrindo, mas sem emitir som algum, no obstante, podia compreender perfeitamente o que tentavam dizer-me, como se os estivesse interpretando por meios telepticos. Mais adiante pude saber que tinham a grande faculdade de fazer-se compreender transmitindo suas idias, de forma to intensa, que qualquer um poderia compreend-las, mas que no podiam receber na sua mente nossos pensamentos por no estarmos ligados na sua mesma freqncia. Inclusive para comunicar-se entre eles mesmos tinham que "sintonizar-se" ou seja, que a transmisso no era vontade, sem poder ningum, penetrar indiscretamente nos ntimos pensamentos dos demais. Estes verdadeiros gigantes me pareciam muito mais altos ao descer da maca em que me achava e ficar parado entre eles, o meu um e oitenta pareceu minguar. Comunicavam-me que devia vestir-me com as roupas que naqueles momentos estavam-me entregando, que eram iguais s que eles levavam, mas de cor celeste, logo saberia o porque desta diferenciao. A estas alturas j tinha-me apercebido perfeitamente de que minha teoria anterior sobre a desencarnao tinha desaparecido e que estava de posse do meu velho e querido corpo, o que ignorava era quem poderiam ser estes seres que mostravam-se tao amigveis, onde estava e como tinham-me salvado. Ao olhar em torno de mim pude observar que tambm os outros companheiros do avio eram atendidos da mesma forma que eu. Para vestir-me, deveria tirar essa espcie de camisola que tinha posta, mas debaixo da mesma no tinha nenhuma outra prenda e como havia algumas senhoras na sala me resisti a tir-la, creio que essa situao era a mesma para todos os que se achavam ali, especialmente as senhoras que resistiam a mudar de roupa na nossa frente. Isto criou uma espcie de confuso entre estes seres que pareciam no compreender o que estava acontecendo, observaram-nos por alguns instantes seriamente e logo, ao parecer, interpretaram as causas da nossa turbao, isto ocasionou que riram abertamente e mexendo a cabea nos indicaram aos de sexo masculino que os segussemos. Passamos de imediato a8

uma sala contgua, esta era de forma hexagonal; todos os quartos que conhecera da pra frente seriam neste formato. A circular em que nos tinham colocado em primeiro termo, era uma sala de reabilitao, que precisava ter essa forma de acordo com os seus conhecimentos mdicos; ali fomos bombardeados por raios por ns desconhecidos e que tinham a propriedade de esterilizar-nos e reabilitarnos de qualquer afeio orgnica que pudssemos estar sofrendo; como no tnhamos sentido nada, embora no pudssemos nos precatar de que ocorresse alguma coisa assim. Todos os que me acompanharam encontravam-se, como eu, completamente atnitos, pelo que nenhum articulava palavra alguma e obedeciam cegamente as instrues dos ALMARAN, que usavam para conosco uns modais sumamente gentis mas que denotavam firmeza a que no se poderia deixar de obedecer. Dentro dos quartos no existia nenhuma moblia, nem quadros e cadeiras, a exceo de uma mesa circular baixinha que se achava no centro e que igualmente poderia servir de mesa ou de assento. Ao terminar de vestirmo-nos, comprovei que as prendas ajustavam-se perfeitamente; os dois gigantes que me acompanhavam pediram-me para seguilos e fomos por uma porta que ia dar num espaoso corredor onde em ambos lados havia mveis semelhantes a poltronas, por certo bastante grandes para mim e, onde indicaram que devia sentar-me, fazendo eles o mesmo; num instante as poltronas deslocaram-se para perto da parede por onde corria uma espcie de fita transportadora, ali acoplaram-se as poltronas automaticamente e fomo-nos deslizando pela mesma atravz do longo corredor. medida que passvamos, amos enxergando portas, aparentemente escritrios ou quartos em cujo interior adivinhava-se movimento de pessoas. Tambm cruzamos com muitos destes seres, mas minha presena no lhes chamou a ateno, como se estivessem habituados a ver-me constantemente. No tinha notado nenhuma modificao na minha respirao pelo que pensei que esta gente tambm utilizava no seu sistema respiratrio o oxignio na mesma proporo que ns e que, sem dvidas todo seu organismo era igual ao nosso, ainda que sua pele e estatura fossem diferentes. Tambm via-se uma grande superioridade f'sica e intelectual. Terminou nosso passeio cinco minutos depois, e nos dirigimos, sempre guiados amavelmente pelos sorridentes acompanhantes, at uma grande sala; indicaram que deveria sentar-me numa outra poltrona, tambm bastante grande para meu tamanho, que se encontrava frente a uma grande mesa hexagonal de amplas dimenses, porm no muito alta. Poucos minutos depois foram chegando os meus companheiros de aventura, ou, infort'unio?, os quais colocaram-se tambm, em volta da mesa. No sei porque esta gente, nos inspirava tanto respeito ou temor que ningum de ns atinava a falar ou fazer perguntas. Todos estvamos como que aguardando acontecimentos, como se a realidade no existisse ou tudo fosse um sono do qual cedo ou tarde acordaramos; troquei um olhar de interrogao com meu amigo Alexandro, e este respondeu-me com um sorriso e um leve levantar de ombros, como dizendo: Sei tanto quanto voc meu amigo! De improviso em nossa frente, sobre a mesa abriu-se uma espcie de painis, surgindo depois um grande vaso que naquele momento me lembrou um liquidificador em cujo interior constavam vrias divises; podia-se aperceber isto9

j que o liquidificador estava construdo numa espcie de vidro ou plstico transparente e com algum brilho, mas na realidade no era nenhum daqueles materiais, dando ao seu contedo uma ligeira aparncia de fragrncia. De cada diviso do vaso saam sendas boquilhas, seis em total, e as quais aqueles seres nos convidaram a pegar. No comeo nos entreolhamos um pouco indecisos, porm aos poucos e vencendo nossa desconfiana, comeamos a sugar daqueles lquidos. A verdade que eram muito agradveis. Provei-os todos, e todos me agradaram, assemelhavam-se a sucos de frutas tropicais, um pouco espessos, que ao mesmo tempo acalmavam nossa sede e tiravam o apetite, que por certo, naqueles momentos, era bem, agudo. Enxerguei o rosto de satisfao dos meus companheiros, os quais estavam bastante tranqilos, como se estivessem desfrutando de umas frias programadas. Parecia que ningum se lembrava de suas famlias ou problemas, que os estavam aguardando nas suas respectivas residncias. Todos tnhamos tomado o nosso alimento, que no pude chamar de caf da manh, almoo, merenda ou ceia, porque ignorava que horas poderiam ser, pois o meu relgio continuava sem funcionar, no tinha visto nenhuma janela ou abertura por onde pudesse projetar-se a luz do sol ou a obscurido da noite; a iluminao era perfeita, tudo continuava sendo branco, ignorava de onde vinha a luz, parecia que as paredes a irradiavam. Logo ficaria sabendo que efetivamente, assim era, pois estavam forjadas num material que fazia com que se produzisse essa luminosidade; talvez ns, em nossos avanos tecnolgicos tambm o consegussemos algum dia. Esta luz permanente e no produz cansao na vista e alm disto, permite dormir perfeitamente. Em seguida abriu-se um painel na parede que se encontrava minha frente e do seu interior surgiu uma ampla poltrona, na qual se encontrava sentado um daqueles gigantes, aparentando mais idade que os anteriores, suas feies perfeitamente delineadas davam-lhe mais ou menos 50 anos, era todo um santo, o mesmo sorriso de bondade, mas consegui adivinhar dentro de toda aquela doura e paz um pouco de tristeza. Ficamos estticos, apesar de que nos encontrarmos completamente tranqilos no que se refere a nossa segurana pessoal pela confiana que nos inspirava estes seres. Sentimos como um recolhimento religioso ao ficar na presena de um ser superior; a mesma sensao tinha eu sentido quando tive a imensa alegria de ser recebido por um guru, do qual tinha obtido certa iniciao e da qual no vem ao caso falar aqui. Rodeava este homem uma aurola brilhante de cor dourada, a partir dos ombros e por toda a cabea, tal e como podemos observar nas estampas de santos e virgens de crena catlica. (Talvez assim fossem vistos por aqueles que nos legaram suas imagens). Comeou este ser superior a nos falar, no com a linguagem comum a que estamos habituados, mas como indiquei anteriormente, mexendo os lbios, porm sem sair deles o som, no obstante, suas palavras soavam nitidamente em nosso crebro, como se tivssemos um rdio receptor individual no nosso interior. -"Irmos habitantes da superfcie do Planeta Terra, dou-lhes boas-vindas em nome do nosso Conselho Supremo, Diretores, Superiores e Irmos, todos se nossa raa Almaran. Quero vos dizer que no sofrereis dano fsico algum, tudo lhes ser dado, nada ser exigido em volta, mas desde este momento sinto-me na obrigao de vos comunicar que o vosso retorno superfcie e vida anterior10

completamente impossvel, e que este um mundo bem diferente daquele que conheceis, portanto deveis adaptar-vos a ele".O silncio que at aquele momento tinha reinado rompeu-se como que por encanto, todos ns queramos falar ao mesmo tempo, exigindo explicaes, as mulheres soluavam e estavam beira do histerismo, alguns dos homens estavam desesperados e principalmente o piloto, cuja presena se fez destacar, era quem mais queria falar, dando nfase ao cargo que ocupava e s responsabilidades que tinha. O superior ergueu-se, pediu calma, sempre com seu sorriso de compreenso e sentimos na nossa mente como um estouro que nos relaxou e nos fez recobrar a calma e o silncio; imediatamente continuou com seu peculiar modo de expresso sempre demonstrando seu autocontrole e, domnio dos outros. -"Irmos, comearei relatando o que lhes tem acontecido e, no s o escutareis como o enxergareis, para o que vos peo dirijais vosso olhar por cima de mim".Efetivamente, por cima dele e adossado na parte superior do painel achava-se uma meia esfera, muito grande, da cor do ao. No obstante a luz reinante, poder-se-ia ver perfeitamente o cran do aparelho, que poderamos comparar com um ultramoderno televisor a cores e, o que mais poderosamente chamou nossa ateno foi o fato de que as imagens eram transmitidas em trs dimenses, como se estivssemos assistindo as cenas do teatro em forma direta. Ento ali, apresentou-se-nos um avio em pleno vo; reconhecemos de imediato nosso prprio avio, no podia ser outro, j que nos tinham prometido mostrar todos os fatos acontecidos. Depois a imagem nos mostrou uma imensa plataforma metlica sobre o mar, inicialmente parecia com uma ilha, mas depois nos apercebemos de que artificial. Do centro desta plataforma abre-se uma cavidade de onde comea a sair um enormo barulho, depois uma radiante luz que se projeta nas alturas e deu de cheio na aeronave. O facho em forma de refletor acompanha durante um trecho o avio, e depois d a impresso como se o detivesse no ar e comea a traz-lo para a ilha em forma direta, porm diagonalmente. O avio vem baixando a grande velocidade, de repente para e comea a girar suavemente, ao chegar grande abertura da plataforma, deixa de girar e penetra pela mesma. Tudo isto estava sendo comandado de quatro cubculos ou torrentas que se encontravam em redor do grande fosso e que se assemelha com os iglus dos esquims; ali vemos estes seres manobrando uma srie de aparelhos e controles como os das cabinas dos avies. Uma vez engolido o avio no interior da plataforma, grandes pranchas de metal cobriram automaticamente a abertura, e, depois a plataforma toda submergeu-se, ficando totalmente coberta pelas guas do Atlntico, depois, tudo pareceu voltar monotonia milenar do Oceano. Agora o cran devolvia-nos a imagem do avio que, pousado sobre um enorme elevador, parecia descender s profundidades. Logo saberamos que tinha percorrido aproximadamente 3.000 metros sob o nvel do mar. Terminou seu recorrido numa ampla prancha onde o esperava um grupo destes seres, os quais de imediato deram-se tarefa de abrir o avio e comear a retirar, com grande delicadeza os corpos inconscientes da passagem. Sim ramos ns, e estvamos sendo colocados em macas acolchoadas que se encontravam sobre uma fita transportadora, e nos conduziam at uma sala, onde um a um fomos desvestidos,11

depois passaram nossos corpos por debaixo de uma srie de aparelhos que projetavam raios de diversas cores, estes eram, segundo transmitiu-nos o Superior, raios que cumpriam a misso de destruir todo germe ou bactria que pudssemos transportar, e produziam uma reestruturao total do corpo para aqueles que estivessem afetados de alguma doena. Aps passar por estes aparelhos recebemos uma espcie de banho com espuma que saa de mltiplas torneiras, parecamos automveis dentro de lavadores automticos. Passamos depois pela secagem com ar e por ltimo nos enfronharam nas camisolas que vestamos quando acordamos. Tambm, por outra srie de fitas transportadoras fomos expedidos sala circular que j tivemos oportunidade de descrever. Pude observar que um casal de velhos e uma freira de bastante idade que se encontravam entre os passageiros foram encaminhados para outras dependncias e naquele momento no se achavam ali conosco contemplanto a transmisso dos fatos. Em realidade, nunca mais vi estas pessoas, depois ficaria sabendo do fim das mesmas. A voz que nos chegava de forma to esquisita nos falou da situao deles para conosco quando do seqestro do avio e o fato de que no nos encontrssemos todos l, naquele instante, compreendemo-lo quando tivemos conhecimento do seguinte relato: "Somos, disse o Superior, descententes dos habitantes do planeta que Vocs conhecem como Vnus. Encontramo-nos aqui h aproximadamente 9.000 anos, por causa dos fatos que aparecero a seguir no cran". Efetivamente apresentou-se-nos, girando suavemente, um planeta coberto por uma massa irregular parecida com nuvens, mas de uma cor cinzenta; dava a impresso de uma grande massa de levedura. Depois a imagem atravessaria aquelas densas e compactas nuvens e nos mostraria a superfcie do planeta sob uma luz entre avermelhada e azulada. Viam-se os mares e continentes, ao aproximar-se mais na imagem observamos que as terras tinham grandes zonas coloridas, verde, marrom e amarelo; montanhas baixinhas e grande profuso de cidades que nos pareciam gigantescas, de arquitetura bem diferente das conhecidas por ns e na sua maior parte construdas com pedras lavradas com perfeio e, sempre na base das referidas montanhas. A terra firme estava dividida em duas sees e interligando-as percebiam-se algumas ilhas. Chamou-me a ateno no ver estradas embora observssemos grande quantidade de veculos de diversas formas, em todas as direes e por todas as partes voando a diversas altitudes, mas a maioria o fazia muito baixo. A voz que chagava at ns dizia que os mesmos eram propulsados por pequenos aparelhos adossados aos veculos que produziam um campo de antigravitao e que, por meio de simples controles, podiam dirigi-los ao seu bel prazer; todavia, no queimando carburante impediam a contaminao do ar. Vimos tambm todas as praias, de areias muito brancas, o mar transparente e de tonalidades mutantes, assemelhando-se bastante s praias cariocas do Brasil. Tudo isto ia passando no cran rapidamente. Tambm foi-nos mostrada a vida em famlia destes seres, em sociedade, praticando diversos esportes, alm de muitos aparelhos desconhecidos para ns, mas a voz ia explicando as respectivas finalidades. Igualmente viam-se movimentar naves areas a grande altitude e velocidade, de12

estranhas formas, na maior parte cilndricas. Estivemos assim um bom perodo de tempo vendo como desenvolvia-se a vida desta gente, que aparentava felicidade, paz e bonana. Tambm, devo acrescentar que nos mostraram o que eram os seus aeroportos, onde decolavam as naves; naves de grande tamanho, que segundo explicou-nos a voz, provinham de viagens de muitos anos pelo espao infinito em visita a outros planetas. A voz tambm nos disse, que naquela poca tinham tido contato com habitantes do nosso planeta, especialmente, com os do continente da Atlntida, desaparecida depois da hecatombe produzida por eles mesmos e os quais, segundo o nosso narrador, tinham estatura fsica quase como a deles alm de serem muito semelhantes. Explicou-nos que tinha sucumbido tal civilizao, por no saber manobrar com as foras que possa da natureza. Continuou dizendo-nos: -"Esta desgraa acontecida a vossos antepassados teria que haver servido de exemplo a ns, mas no foi assim, e por isto fomos tambm castigados pela natureza. Observem o que nos sucedeu". No cram podamos ver a gente convulsionada, falando agitado e correndo, alguns a p, outros em seus veculos. Estava produzindo-se, ao parecer, um caos. De repente vimos no cu uma srie de projteis que explodiam em pleno ar; deles surgia uma espcie de chuvisco que ao cair acima de alguma pessoa a transformava totalmente em cinzas. No afetava os materiais. Em continuao observamos diversos tipos de aeronaves, confrontando-se entre si e disparando raios que ao tocar em alguma delas explodiam de imediato, ficando depois reduzidos a fumo e poeira. O cu comeou, tambm, a trocar de cor e vimos que se tinham desencadeado terrveis furaces e tormentas, ventos incontidos e muito destruidores. A temperatura aumentava terrivelmente. Podamos observar que nos aeroportos havia longas filas de pessoas lamuriadas e apressadas, subindo nas gigantescas naves interplanetrias, as quais logo partiam para o espao. Algumas delas no conseguiam e espatifavam-se contra o cho. A gente comeou tambm, a cair nas ruas, o calor continuava em aumento, as guas evaporavam-se, j pouca vida restava naquele mundo, somente alguns mantinham-se em refgios espaciais. Num dado momento, tudo ficou escuro e tremendo, raios eltricos, percorreram toda a superfcie. Fortes temores sacolejaram o planeta que logo quebrou-se, levantaram-se vulces, a lava corria por toda parte, tudo restou destrudo pela fria da natureza e a pouca vida que tivesse podido restar j no tinha nenhuma esperana de sobrevivncia. A imagem desenvolveu-nos a vista do planeta j em calma, porm no mais o mesmo, nele observamos somente uma massa, como de pedra-pomes, no h gua, vegetao nem alguma outra forma de vida, o calor imenso, aproximadamente 700 graus, conforme nos explicam. Ocorreu como sempre, a codocia e nsia do poder tinham-se apossado de um dos seus dirigentes e, confrontado por outro setor oposto s suas idias desatou-se uma guerra, que, dada potncia de suas armas e no podendo control-las, rasgaram a capa protetora que o planeta possua e que os protegia contra a inclemncia dos raios solares, j que na distncia a que se encontravam com relao ao sol, isso era fatdico para todo o tipo de vida orgnica por ns conhecida. Ao ficar destruda a referida barreira s podia esperar-se a destruio total de qualquer ser vivo, permanecendo inabitvel para o futuro.13

As aeronaves sobreviventes que pertenciam a ambas faces em litgio dirigiram-se a diversos pontos do espao, e algumas delas para nosso planeta Terra. Quando chegaram aqui, havia transcorrido j 3.000 anos da desapario dos Atlantas. No tiveram nenhum inconveniente para instalar-se, j que eram superiores em todos os sentidos, tambm os nativos s contavam com armas muito primitivas e no resistncia ante essa evidente superioridade. dizer, ento, estes acontecimentos ocorreram faz aproximadamente nove mil anos. O cran continuava nos trazendo imagens e a voz ressoava em nossos crebros explicando-nos os detalhes. Os que tinham sobrevivido da faco atacada refugiaram-se em nosso planeta, algo assim como duzentos mil seres, que instalaram-se em diversas partes do globo. Uns o fizeram entre as altas montanhas do Peru, dos quais restam inmeras runas, entre elas as de Machu Pichu e muitas outras que ainda no foram descobertas; outros no Mxico, em Centro Amrica; no Sul do cho Americano preferiram os altos Andes, onde muitas das suas runas esto cobertas de neve e outras so de difcil acesso e que possivelmente algum dia tambm sero descobertas. Outros no Tibet. No Continente Europeu o fizeram na Espanha e nas Ilhas Britnicas. Tambm instalaram-se no Japo. Estiveram em algumas partes de forma temporria. Percorreram tudo buscando as zonas onde poderiam ambientar-se mais facilmente, nesta procura acharam restos e monumentos dos Atlantas, e compreenderam as mensagens por eles deixadas (tais como as Pirmides Egpcias e muitas outras coisas que ainda restam dessa raa extinta. Foram em todas as partes bem acolhidos pelos terrestres que viam neles deuses que vinham do Sol. Porm trataram de no viver nos arredores e para isto construram suas cidades em lugares quase inacessveis para os nativos; no obstante foram selecionados os mais inteligentes dentre eles que lhes deram ensinamentos sobre remdios naturais, do melhor aproveitamento das terras para sua agricultura e moradias. Durante sculos e muito lentamente iam preparando-os para ter a sua prpria civilizao, pois no desejavam, nem podiam alterar a ordem evolutiva natural da raa original de cada planeta do universo, pois tudo cumpre-se por ciclos, assim como tambm no podiam cruzar as raas, por quanto seus corpos encontravam-se mais evoludos e suas vidas prolongavam-se at os dois mil anos. Mais tarde enviaram instrutores para que morassem entre os nativos (a Bblia fala daqueles que viviam tantos anos e eram gigantes) a estes lhes visitavam com suas aeronaves periodicamente e mantinham uma grande confraternizao e ajuda mtua. Estavam juramentados para no usar a violncia e menos ainda provocar a morte, nem entre eles nem aos demais. Seus ensinamentos se fizeram cada vez mais amplos para uns grupos determinados de cada zona (os sacerdotes) aos que proporcionavam conhecimentos muito extensos sobre as cincias fsicas e espirituais tais como: a natureza da nossa terra, do espao sideral por eles conhecido e do mundo espiritual que nos espera alm da morte, conhecimentos estes que ainda hoje encontramos nos ensinamentos orientais e yogusticos. Transcorreram desta forma aproximadamente trs mil anos, tinham-se adaptado a nossa terra e mantinham uma vida tranqila sem participar de forma muito direta sobre as raas primitivas deste planeta que evoluam muito lentamente. Construram tambm suas pistas de pouso interplanetrias em muitas zonas14

rochosas, as principais no Chile (ainda esto l) e de onde realizavam viagens aos outros planetas onde achavam-se colnias de outros grupos de sobreviventes (este intercmbio espacial ainda segue-se produzindo em nossos dias) e parecia que o que ocorrera no seu amado Vnus j pertencia ao esquecimento, mas isto no era assim. Os sobreviventes da faco rival tambm acharam um local onde habitar, mas tambm levaram com eles o dio para seus congneses e ao contrrio destes, foram busc-los e destru-los totalmente, achando-se onde se acharam, para o que os ensinamentos para seus descendentes eram cheios de rancores e dio. Especializaram-se na construo de armas mortferas e prepararam-se para uma luta prxima. Achando que j estavam em condies para executar sua vingana comearam a percorrer planetas e sistemas solares e, onde achavam colnias ou sobreviventes da faco inimiga travavam com eles tremendas lutas, at ficar uma delas totalmente destruda. Pelos conhecedores, destes fatos, os que se acham na nossa terra, comearam a no se deixar ver muito pelos motivos apontados. Abandonaram algumas das suas cidades e retiraram-se a maiores alturas em recnditos vales, ao mesmo tempo que preparavam aeronaves e armamentos para sua defesa. Sua populao tinha alcanado algo mais ou menos de um milho de habitantes, pois reproduziram-se muito pouco e com controle sobre a natalidade, pois sabem o perigo de uma superpopulao (a mesma coisa nos acontece) ademais o processo educativo muito longo e os encarregados so os prprios pais, pelo que no poderiam atender muitas crianas em ensinamentos to especiais. Os casais costumavam ter somente trs filhos, um cada cem anos aproximadamente. Tambm continuaram um imenso tnel de grandes dimenses, com grandes salas que podiam salvaguardar milhes de pessoas e onde poderiam conseguir alimentos; um deles acha-se sob a maior proteo para qualquer cataclismo sob a Cordilheira dos Andes, que atravessa quase a totalidade do Continente Americano, com conexes do mar por onde conseguiam os alimentos. Tambm, outro menor acha-se nas Montanhas Tibetanas (o primeiro descoberto em partes e tem sido habitado por muito pouco tempo, no assim o do Tibet que ainda achase habitado em pleno uso). Assim chegou o dia em que foram localizados pelos inimigos, mas no desejosos de apresentar batalhas, e para manter seu juramento de no agresso e destruio de outros seres, abandonaram todas as cidades do exterior e refugiaram-se naqueles tneis. Ao chegarem os cruis invasores, somente acharam nativos, mas observaram as marcas do progresso deixadas pelos seus convenusianos, por isto os aprisionaram submetendo-os a rigorosos interrogatrios para saber deles o seu paradeiro, mas suas solicitaes resultaram em vo, j que eles no podiam esquecer a ajuda que durante sculos tinham recebido de seus bondosos protetores. No podiam ser capazes de delat-los, mas... apareceu o judas dos terrestres e falou, contou quanto sabia, mas no pode precisar o lugar onde tinham-se refugiado, em vista do que os novos visitantes, cheios de clera difundiram por toda a terra, por diversas formas e meios, para que os Almaran tivessem conhecimento de que se no se apresentassem para lutar ou render-se, tomariam represlias com os nativos. Souberam esses, mas pensando que no dando sinais de vida os invasores15

terminariam por cansar-se e ir-se embora, no responderam ao desafio. No obstante, a ameaa no foi em vo e bem caro a pagariam os humanos. Lanaram suas bombas sobre as cidades de Sodoma e Gomorra e de tal fato a Bblia possue um amplo relato, destruindo completamente aquelas duas cidades. O grande traidor foi aquele senhor cujo nome tambm d-se e que fora salvo pelos "anjos" (agora sabemos que eram invasores) que lhe preveniram para afastar-se da cidade com sua famlia e que no se virasse; sua mulher no obedeceu e como castigo foi transformada em cinzas ou sal atmico, como ocorrera com os seres que haviam sucumbido na guerra do seu planeta. Ante to espantosa crueldade cometida sobre povos indefesos, os Almaran comunicaram sua deciso de lutar e assim foi que chegaram a enfrentar-se nume luta exterminadora. Captulo 3 Numa regio da ndia realiza-se a mortfera batalha que durou trs dias e trs noites. Levou-se a efeito totalmente no ar sendo testemunhas do fato os nativos que deixaram um extenso relato da mesma, tendo chegado at ns, nos Livros Indus, nos trechos das narraes picas do Mahabarato e as Cosmogonias populares dos Purana, tudo isto acha-se nos Livros Vedas com grande amplitude de detalhes; ali a batalha est perfeitamente descrita, incluindo os navios de guerra utilizados, armas, descrio das mesmas e seus efeitos, os quais remeto ao leitor. Foi uma luta to impressionante que no se poderia esquecer dela por muitos sculos e, seu assentamento foi feito nos mencionados livros 600 anos A.C. Da ao no houve restos porque as armas eram to mortais que o tocado pelos seus raios ficava reduzido a nda. Restaram muito poucos sobreviventes, o pacto era de lutar at que uma das faces ficasse totalmente destruda, sem fazer refns. De ambos os lados portaram-se valentemente indo para o combate cheios de coragem. A faco vitoriosa reuniu-se na presena dos nativos e um dos chefes arengou extensamente. Falava com energia e muita tristeza, depois acenou um adeus dizendo-lhes que sua despdida era definitiva, que nunca mais voltariam a saber deles, coisa que produziu grande pena entre os nativos pelo muito que deviam a estes seres aos quais chegaram a chamar deuses do cu (anjos, filhos do Sol, etc), de quem recebiam ensinamentos e proteo. O choro destes, parece que enterneceu-os e, no se sabe se para conform-los, prometeram-lhes um retorno s nos momentos crticos de suas existncias. Fizeram muito mais pelos Hebreus aos quais lhes entregaram um aparelho rdio transmissor para comunicar-se com eles quando necessitassem dos seus conselhos. Todos sabemos da existncia da Arca da Grande Aliana, justamente da aliana com eles. Atualmente tentou-se construir esse aparelho, que a Bblia descreve perfeitamente indicando como era e como estava construdo. Era um aparelho eletrnico de tremenda voltagem, no momento, impossvel de manobrlo. A mesma Bblia diz de uma srie de cuidados que deveriam ser tomados para manipil-lo, confundindo-os com rituais. Quando todos estes cuidados ou rituais eram realizados, ento ficava eletrocutado. Lembremos ainda que daquele aparelho saa a voz de Deus quando era manejado pelos Sacerdotes (ou tcnicos eletrnicos). Os sobreviventes entraram em suas aeronaves e partiram para o cu azul com16

rumo desconhecido. Depois vemos todas as aeronaves dos Almaran que se renem num ponto da terra, ao que parece, centro Amrica; ainda no so numerosos, sobre oitocentos mil. Iniciam a construo de cidades no meio dum impenetrvel mato para estarem a coberto do contato e olhar dos nativos. Destacam entre as construes os observatrios astronmicos e com diversos equipamentos observam o cu permanentemente. No h dvida que temem a chegada de novas hostes de invasores. Finalmente consideram que viver nessa angstia no lgico, pelo que, reunido o Grande Conselho, decidem construir uma grande cidade, onde possam ter todas as suas comodidades anteriores e continuar com seus hbitos e formas de vida to avanados nossas civilizaes e, que estivesse oculta vista dos habitantes deste planeta, para no interferir na sua vida e progresso, dado que o plano csmico devia continuar sem sua interveno para evitar os pulos no progresso e evitar qualquer tipo de alterao da natureza. Eles j haviam construdo os grandes tneis da Cordilheira dos Andes, tambm os do Tibet; os primeiros j eram conhecidos pelos Sacerdotes e algumas tribos (com eles desapareceram os grandes tesouros e povos inteiros, quando eram perseguidos pelos insaciveis bandidos espanhis, que depois seriam conhecidos por "colonizadores"), pelo qual ficava descartado seu uso, ainda que deixassem neles marcas inconfundveis do seu passo e evidncias suficientes para, que o futuro ficasse sabendo da autoria das referidas construes (nas paredes destas cavernas observa-se a ao dos raios desagregantes de matria, que foram usados para sua construo). As cavernas do Tibet ainda guardavam seu segredo, ningum conhecia sua existncia, por isto decidiram-se a deixar nestas ltimas, um grupo de estudiosos e observadores do desenvolvimento de nossas civilizaes e com ordens de intervir somente no caso de apresentar-se um cataclisma mundial que pudesse pr em perigo o planeta mesmo, cuidando para isto; que sua interveno no fosse observada. Todavia deviam continuar com as observaes astronmicas para prevenir a chegada de futuras invases, por parte dos seus inimigos ou de outras criaturas do espao, que viessem com fins intervencionistas ou desejos de apoderar-se deste planeta. -Lester, voc nunca perguntou-se porque isto no tem acontecido, sabendo que no espao infinito h milhes de planetas que, sem lugar a dvida esto povoados por seres muito avanados no conhecimento e, que poderiam ter feito em tempos remotos quando nossos antepassados no tinham meios de defesa, e eram por demasiado primitivos? -Muito simples, porque tnhamos nossos protetores, com suas poderosas armas e mais que nada, seu extraordinrio controle mental. Deram-se ento tarefa de construir a grande cidade; em realidade foram duas e uma base. A menor que, mais que cidade, faria as vezes de base, na que nos achamos nesses momentos; a segunda, a que fica submersa frente ao Japo, no mar oriental da China; e a base da Antrtida, de onde saem, periodicamente, na atualidade suas aeronaves de observao e que ns chamamos O.V.N.I. Para a construo de suas cidades iniciavam por derreter alguns tipos de17

rocha que quando lhes eram aplicados raios de mquinas desconhecidas para ns, se transformavam numa massa esponjosa. Por exemplo, uma rocha de aproximadamente um metro quadrado, ao sofrer tal processo dava um material esponjoso, leve, altamente resistente, em quantidades de cinqenta metros quadrados, com o que construam painis finamente polidos, recobertos depois com uma espcie de tinta luminosa que era a que nos estava iluminando naqueles instantes. Ao observar na transmisso, a composio e formato dado s unidades habitacionais ou dependncias para os diversos fins necessrios, nas cidades, parecia-nos que eram similares a painis de abelhas, e os quartos em forma de hexgono, comunicando-se entre si por intrincados corredores formando vrios blocos em forma de raios, convergindo para o centro, qual uma roda de carro. Tudo isto construdo sobre uma plataforma circular feita do mesmo material que as edificaes, com um dimetro de vinte quilmetros. Era uma obra prpria de gigantes. A tarefa demorou muitos anos, aproximadamente cinqenta; trabalhavam sem descanso, mas com tranqilidade e sem erros. Todos colaboravam, homens, mulheres, crianas. Cada um tinha especificada uma tarefa e todos estavam alegres e bem dispostos. Terminadas as cidades procedeu-se a extrao das montanhas prximas e tambm de outras algo mais distantes, de diversos tipos de materiais, a maior parte de mica, que transportavam em grandes plataformas circulares, s que eram acrescentadas quatro pequenos aparelhos antigravitacionais. Construram gigantescos fornos de fundio, impossveis de comparar com algo conhecido, assim como as tcnicas empregadas; derreteram todo aquele material que antes mencionara e, que era coado atravs de uma espcie de grande funil articulado, cujo bico transformava-se em um tnel, do qual saa o material fundido, quase transparente, que, j ia tomando aquela forma com dimetro de cem metros e comprimento de 3Km; a secagem e consolidao do mesmo realizava-se de maneira instantnea. Destes canos, foram construdos dois, alm d`outro com menor comprimento. Por outro processo colocaram o funil no espao, mas em forma invertida. Da terra e mediante canos de alimentao era enviado o material derretido. Este material ao sair pela parte mais larga do funil formava uma cpula que ao tomar contato com a terra adquiria as dimenses exatas para cobrir aquelas cidades. Estas cpulas eram transparentes e faziam um s corpo com as cidades que estavam cobrindo. Na parte superior da cpula foi deixado um orifcio do mesmo dimetro do grande cano. Foi fabricada tambm uma pequena cpula para cobrir a plataforma menor, antes mencionada. Concludos os trabalhos de construo veio o translado das cidades para a beira do mar. Essa transladao foi possvel, graas colocao de motores antigravitacionais, a duzentos metros um do outro. No produziam rudo, nem fumaa. No tenho a mnima idia de seu funcionamento. Mais tarde foi-me dada uma explicao, que procurarei relatar da melhor forma possvel. Assim as grandes cidades protegidas pelas suas correspondentes cpulas, foram elevadas at 5.000m de altitude, e, de l conduzidas muito lentamente, at o mar, situado a 50Km. Foram depositadas beira das guas, assim como os grandes canos. Uma vez no lugar, a populao foi distribuda entre as duas cidades. Um grupo18

ficou para ocupar a plataforma menor e, de l cada qual encaminhou-se para o seu destino, navegando sobre as guas. Uma destas cidades, era onde nos encontrvamos naquele instante, no lugar que hoje ocupa o "Tringulo das Bermudas", j que no permanecem sempre no mesmo lugar. Transladam-se periodicamente de conformidade com as misses ou tarefas para sua manuteno e sempre a uma profundidade de trs mil metros; a outra cidade viajaria at submergir-se tambm a essa profundidade no mar Oriental da China, onde acha-se atualmente; e, a pequena base transladar-se-ia para a Antrtica, onde cumpre tambm perfeitamente sua misso anteriormente descrita. No momento de submergir a cidade, foi acoplado o grande cano parte superior da cpula e lentamente foi desaparecendo nas profundidades da gua. Continuavam aderidas ao conjunto os motores antigravitacionais que eram, evidentemente, a fora que permitia afundar aquela enorme bolha, pois no sendo assim, flutuaria. Para poder afundar, os motores antigravitacionais funcionavam ao contrrio, e direi, que de igual maneira podiam propulsar grandes massas para o espao, como podiam manter ancorados os mesmos volumes, tanto em terra como embaixo d`gua. Continuou submergindo at que o cano ficou rente com a superfcie d`gua. Por esta abertura comunicar-se-iam com o exterior, bem como os habitantes da cidade, situados a 3.000 metros de profundidade, poderiam renovar os seus suprimentos de oxignio. Os locais escolhidos pelos ALMARAN, eram e so totalmente estratgicos pela sua situao e, totalmente impossveis de se achar; eles no o permitem, j que tm a possibilidade de deslocar-se para qualquer ponto que quiserem, seja via martima, submergidos com toda a cidade, ou pelo espao mediante as suas velozes naves interplanetrias, de diversos tamanhos, nunca maiores que o dimetro do tnel que liga suas cidades com o mundo exterior. Isto permitia-lhes continuar a sua civilizao sem interferir em nada no desenvolvimento da vida terrestre e sem que pudssemos ach-los, pois, nem ainda com a evoluo que acreditamos ter, podemos nos pr em contato oficialmente, dadas as grandes diferenas atingidas em todos os aspectos, acrescentando-se a isto o fato de que eles so absolutamente pacifistas e, ns incrivelmente belicosos. Somente com determinadas pessoas e na forma que tinham feito conosco e com a finalidade explcita que nos indicaram, podiam permitir-se manifestaes de domnio e fora. Levaram bastante tempo a aclimatar-se a nova vida e, mais ainda aos novos cardpios alimentares, que eram constitudos por aquilo que podiam extrair do mar. Igualmente com a falta de contato com o sol, que fora substitudo, no interior de cada metrpole, por uma espcie de esferas que projetavam luz e calor radiante e uniforme. Eram trs e situadas convenientemente no espao superior da cpula. Alm destas esferas, as paredes da referida cpula, eram transparentes e havia uma luz difusa bem agradvel. A temperatura, constante, de 22 ou 23 graus, permitia um clima ideal. Continuamos vendo a forma de vida atual daquela gente, como distribuam as tarefas, a alimentao, os remdios; como produziam tudo o que consumiam, e ademais, o relacionado com a vida social e at a forma de solucionar seus19

problemas. Tudo isto achei muito original e avanado, pelo que gostaria de chegar a vocs na melhor forma que possa descrever, para que saibam, como eu cheguei a conhecer estes seres e tirem suas prprias concluses a respeito e tambm, para que avaliem as grandes diferenas de qualidade mental e espiritual que nos separam. Comearei com os indivduos em si, na forma fsica e depois com o domnio e desenvolvimento da mente e por ltimo com a sua espiritualidade e crenas religiosas que mantinham como sua grande verdade. Fisicamente temo-os detalhado, so os que para ns descreveramos, como formosos exemplares, tanto de rostos como de corpos, sempre elsticos e geis; tanto homens como mulheres, parecem estar sempre bem dispostos e teis, com um sorriso amplo que infunde confiana e amizade. Todos usam o mesmo tipo de roupa, s que com diversidade de cores, e em tonalidades suaves. A idade que aparentam ter, est em torno dos 30/40 anos, os restantes parecem ter mais idade, mas sempre mostrando juvntude. No existem ancies, entre eles, mas tambm apercebi-me de que no existem crianas. Tudo o que vos relato, informei-me graas ao tempo que transcorri entre eles, a dizer, que no nos foi dito como aconteceu. O motivo de que no houvesse ancies devia-se a que conseguiam por certos procedimentos especiais, revitalizar e manter seus corpos em perene juventude. Sua longevidade prolonga-se em alguns casos, at a casa dos dois mil anos. Com referncia falta de crianas, era esse o seu grande problema. Devido diferena de clima e vida a que tinham sido forados, pouco a pouco foram perdendo a propriedade de reproduzir-se. O problema afetava principalmente aos homens, cujos espermatozides no tinham a energia necessria para fecundar o vulo das fmeas e transformavam-se em estreis. A coisa comeou aos quatro mil anos de permanncia sob o mar e tinha-se agravado tanto que fazia mais ou menos duzentos anos que naquela colnia no tinha nascido criana alguma. A populao achava-se reduzida metade desde que ingressaram no fundo do mar, a dizer, que existem na mesma, aproximadamente umas duzentas mil pessoas, pelo que uma raa sujeita extino. Realizaram todo tipo de provas e ensaios para salvar sua raa, inclusive utilizaram espermas que tinham conservado desde sculos atrs e que pertenciam aos seus antecessores, sendo suas mulheres enseminadas, mas ao nascerem os bebs, aperceberam-se que desgraadamente nasciam seres com considervel retardo mental, completamente primitivos e inferiores. Ao crescer, por certo, tendo para nossos olhos um tamanho gigantesco e no podendo destrulos, por respeito a suas convices, os levaram ao Tibet, onde cumprem tarefas inferiores e colaboram com os seres que se acham naqueles refgios (tm sido vistos muitas vezes, em diversas misses que cumprem prximos aos humanos, como por exemplo, quando recolhem certas ervas medicinais a grandes alturas nas montanhas). Denominam-se "Yetis" ou abominveis homens das neves. So completamente inofensivos e fogem, por ordens expressas, do contacto com os humanos. Existem muitos deles e, reproduzem-se entre si, pelo que atualmente constituem uma colnia de algo mais de mil indivduos. Ante estes fracassos desistiu-se de tais idias e por certo perodo de tempo resignaram-se a desaparecer j que nem conosco (terrquios), nem com nenhuma outra raa20

podiam conseguir cruzar-se ou reproduzir-se. Mas seus extraordinrios cientistas acharam a forma de imortalizar-se e essa era a razo de nos encontrarmos ali. Fazia mais de duzentos anos que um dos seus cientistas teve a feliz idia (para eles) de pensar que se no conseguiam manter sua matria podiam quando sentissem que iam deix-la, fazer com que os seus espritos com seu corpo causal ou ego, com plena e total conscincia do fato, no se projetasse ao lugar que os espera depois da morte fsica (provavelmente so planos diversos daqueles para onde ns iremos), mas tomasse possesso de outro corpo que conservasse sua juventude e com possibilidades de reproduzir-se. Embora no podendo viver tanto tempo com eles, pelo menos podiam atingir a casa dos mil anos. Com seu nvel tecnolgico mdico, poderiam conseguir o rejuvenescimento celular, e esses corpos, eram precisamente o que mais abundava e tinham em mos: OS NOSSOS. Seria o que ns conhecemos como a transmutao das almas, perfeitamente possvel e que se realiza mais comumente do que a gente supe ou pode imaginar. Assim to simplesmente que eles conseguiro sua imortalidade de forma permanente pois podem renovar nossos corpos, pelo menos com a tcnica atual que possuem e, mant-los em forma de perfeito uso por um perodo mximo de mil anos; mas ao rejeitar este corpo terrestre repetiriam a operao e assim at o infinito, imortalizando-se para sempre. Ademais que o projeto muito amplo, no s imortalizam-se seno tambm, como podem reproduzir-se, embora em corpos imferiores, podem entregar-se no nosso mundo externo e com suas supermentes comear a ocupar diversos cargos em todas as atividades humanas e assim podem pensar que devido sua evoluo, rapidamente sobressair-se-o em capacidade e inteligncia. Tambm preparam seus filhos, aos que conservaro, pelo menos uns mil anos em suas matrias e pouco a pouco ocuparo os postos chave no planeta, e terao centralizados todos os poderes e nos governaro. Como poderemos identific-los se tero os mesmos corpos que ns? Se eles so muito inteligentes e evoludos? Agora apresentava-se-lhes o problema do que fazer com as nossas pobres almas que de acordo com seus conceitos no podiam, sem mais, ocupar nossos corpos e deixar nossa entidade que o ocupava sem cumprir com plano de evoluo csmica, pelo que, dentro dos seus projetos espirituais, tinham decidido deixar-nos viver mais ou menos, o perodo de tempo para o qual estvamos programados, isto , eles calculavam que o ser humano tem uma existncia de mais ou menos oitenta anos. Por exemplo, capturando um indivduo de quarenta anos, permitia-se-lhe viver ainda mais outros quarenta, integrado na sua sociedade e com pleno conhecimento do que lhe acontecia ao chegar aos oitenta, para o qual devia prestar-se obedientemente, alm do que era preparado desde aquele momento para conhecer o plano em que entraria, dando-lhe conhecimentos metafsicos e tornando-lhe conhecida sua futura vida por meio de viagens astrais. Todo aquele que tenha consguido viver esta experincia e conhecido o blelo mundo que nos espera depois da barreira do alm, no poder, evidente, pr nenhuma objeo para deixar seu corpo e muito menos, depois de ter vivido os anos que mais ou menos todos sabemos que vamos durar sobre a terra. claro que mesmo que no nos agradasse, no teramos outro remdio que aceitar, pelo que comeavam de imediato, o tratamento de manuteno da21

juventude do nosso corpo, porque at cumprirmos com o perodo destacado de vida amos nos manter sem envelhecer nada. Isto resultava muito agradvel por certo: saber que nos salvvamos do desagradvel processo do envelhecimento. Esta foi a razo de que tivessem retirado do nosso grupo aquele casal de ancies e tambm a velha freira. Depois soube que os tratavam muito bem e assim continuariam at que desencarnassem por meios naturais e vontade de Deus. Eles viveriam como um sonho, tudo isto, to inesperado. At lhes seria permitido ver por meio de televisores tridimensionais, a seus familiares e seres queridos na superfcie, e por este meio parecia que estavam presentes. Com estes aparelhos podiam ver tudo o que transcorria na superfcie, com imagens irradiadas por seus prprios satlites, tal como fazemos com nossas imagens televisveis, quando transmitido algum evento a todo o mundo por meio destes artefatos. Tambm os deixavam continuar com seus costumes habituais. Este era em sntese seu tremendo plano, clculo que datar j de duzentos anos e ns sem sab-lo, nos acharemos governados por seres que no pertencem nossa raa. Esta a causa principal da minha narrao, se quiserem, uma espcie de denncia ao mundo do que se prope. No sei se algum tomar isto em considerao, tambm no sei se poderiam fazer alguma coisa, somente sei que tenho cumprido com minha conscincia e dever de humano para com minha raa, para isto consegui fugir e poder fazer chegar a vocs minha verso real dos fatos que tive que viver. Decidiram-se levar em frente este plano, que puseram de imediato em prtica, j que h duzentos anos produzem-se as desaparies no Tringulo das Bermudas. Como dizem as crnicas, navios com todos os seus tripulantes, e s vezes somente as tripulaes e ultimamente, isto , desde o incio deste sculo e desde que usa-se o trfego areo, o desaparecimento de tantos avies, dos quais no fica o mnimo rasto. Um fato similar ocorre na outra cidade submersa no mar da China e dentro dos limites da China, Japo e Coria, onde tambm tm ocorrido mltiplos desaparecimentos. Desde o incio do sculo eles j tm conseguido infiltrar-se nas nossas entidades terrertres ocupadas com suas mentes e espritos. Fazem isto com indivduos seqestrados dos navios em meados do sculo passado; estes logo destacam-se por sua capacidade e ocupam postos de relevncia, aparentam uma progressiva velhice e logo desaparecem para recomear noutro lugar, outras tarefas que lhe encomendam. Esto em todas as partes. Calculo que nestes momentos tero na superfcie da terra algo mais de dois mil, mas ainda so muito poucos. Periodicamente vm infiltrar-se novos seres, embora estejam esperando novas remessas deles para finais deste sculo, quando aproveitaro o caos em que viveremos e traro reformas religiosas que devero obter grande aceitao, por serem claras e definidas e por carecermos de uma f religiosa firme. So sempre os mesmos ensinamentos dos nossos antepassados, que os receberam de grandes superdotados. Acontece que ns mesmos temos estado desvirtuandoos e acomodando-os para nosso benefcio, perdendo assim toda sua essncia. Tambm utilizam outros meios para levar gente para sua cidade e us-la para seus fins. Um deles o seqestro direto com as naves que vemos sempre sulcando o espao. Nem todas, mas muitas delas pertencem-lhes e, outro, so os22

supostos profetas ou santes que pregam gente falando de um mundo melhor fora de nossa terra e que convidam para uma viagem espacial e a conhecer o seu mundo. Sei que muita gente tem aceito estes convites e, naturalmente tem feito a viagem, mas podem estar certos que esta foi sem retorno, a no ser que pudesse acontecer-lhes algum fato igual ao meu. Quando todos eles estiverem j providos de seus respectivos corpos humanos, estaro em condies de ocupar todos os mais altos postos do mundo. Em tais posies, eles sero os donos do planeta e por tempo indefinido, paulatinamente podendo reproduzir-se, iro formando toda uma humanidade diferente e, de seu ponto de vista, muito melhor que a atual. No obstante, poderei estar errado, e talvez sob o seu comando vivssemos muito melhor, mas devo ser um terrestre fantico de minha condio como tal, o certo que fui para eles o acidente imprevisto, que sempre Deus coloca para todo sono dos homens, sejam da raa que sejam, a fim de que sejam cumpridos seus desgnios, que so sem lugar a dvidas, os mais justos e os que mais nos convm para a evoluo. No querendo trocar, sei que vivemos em constante erro e dominados pelo egosmo e baixas paixes, mas com o tempo conseguiremos vencer todas estas debilidades e tambm ns estaremos em condies de atingir um mundo melhor, cheio de paz, progresso e felicidade; somente falta que nos proponhamos consegui-lo e tenhamos vencido a ignorncia. Quando o indivduo j tiver cumprido com o ciclo de vida estipulado por eles e, previamente aceit-lo, fazem com que ele se apronte, como se fosse para uma viagem, despedindo-se de todas as suas amizades e pessoas a que tenha algum carinho e enviam-no para um relax muito profundo que o faz sentir-se muito feliz, at que o seu esprito desprenda-se sutil e suave, entrando nas regies do plano que lhe couber de acordo com sua evoluo espiritual. Ignoro que explicaes poder dar aos mestres-guias que o esperam do outro lado, porque tem que realizar o que vem a chamar-se o "Samadhi" que s est reservado aos mestres com matria e que eles consideram o momento de deixar para cumprir outras misses; mas no creio que entre os desncarnacionistas nesta forma to compulsria, encontra-se nem sequer, um dos mestres capacitados para realizar este fato. Deitado ao lado de quem deixa seu corpo com aparncia jovem, embora conte com oitenta anos ou mais, acha-se o Almaran que passar a apossar-se do mesmo, mas que por sua vez deixar sua matria que no destruda mas que passa a ser conservada no interior de uma caixa hermtica, da qual, talvez algum dia volte a sair se eles conseguirem descobrir a forma de manter indefinidamente jovens os seus corpos, o que s o tm conseguido parcialmente. Se tiverem xito, revitalizaro os mesmos e voltaro a ocup-los; da a obrigatoriedade de conserv-los. No podem servir-se de imediato do novo corpo, devem sofrer um treinamento para caminhar, e esse adestramento tem a durao de um ano, quando ento podem cumprir com ele todas as tarefas a que estiverem habituados e podem us-lo como o seu corpo anterior. Pude conhecer vrios deles que estavam treinando para seu retorno superf'icie e misturavam-se conosco a fim de aprender a falar pois no poderiam aflorar superfcie e comunicar-se telepaticamente como esto habituados a fazer. Esta uma das coisas que mais custa-lhes, pois no seu perodo de23

existncia, de quase dois mil anos, jamais se comunicaram como ns o fazemos. Este perodo de aprendizado leva para eles um perodo de quase vinte anos, pois no querem cometer erros, nem ser descobertos em hiptese alguma. Captulo 4 O primeiro problema a resolver, quando decidiram viver sob as guas do oceano foi a alimentao. Solucionaram-no cultivando no mar; sim, cultivando-o com diversas plantas aquticas e algas. Grandes extenses do mar foram cobertas por estas plantas. Esta zona conhecida desde a antigidade e evitada pelos navios, j que em vrias oportunidades tinham ficado detidos entre essa vegetao, ocasionando grandes aborrecimentos aos seus passageiros. Tambm disto h grande quantidade de testemunhos e as zonas cobertas por estes herbceos existem na atualidade e qualquer um pode ir v-las. Estes vegetais aquticos constituem sua alimentao, so preparados de mltiplas maneiras, que proporcionam diversos sabores. So aproveitados ao mximo, at o ponto de que deles se extraem fibras que utilizam para elaborar os tecidos dos seus vesturios, evidentemente combinando-os com outras substncias. Quando necessitam minerais, extraem diretamente de minas submersas lavradas com seus prprios meios. Utilizam eletricidade e magnetismo de forma diversa que estamos habituados a fazer; s tenho visto aplicarem esta energia em aparelhos que produzem raios para purificao e revitalizao, ou, para produzir raios atravs de uma espcie de vidros e com diversas finalidades. Igualmente podiam us-la como armas muito mortais, porm eles no as criavam com essa finalidade. No conheo eletrnica, portanto no era muito o que podia deduzir, mas soube que a energia magntica era utilizada para aparelhos que controlavam e dominavam a gravidade e, que seus navios tinham como combustveis o mercrio que se projetava numa decomposio nuclear para ser utilizado nos motores das aeronaves nas viagens a outras galxias. Tinham conseguido decompor e utilizar a energia em expanso das mesmas molculas que integram o tomo decomposto. (Na atualidade realizam-se estudos e pesquisas a este respeito; utilizando para isto os mais avanados microscpios eletrnicos, de que dispe nossa cincia). Isto , produzem uma reao atmica controlada, de tomos desagregados, os quais voltam a dividir-se, produzindo uma exploso multinuclear num dos tomos infinitesimais. Tm um poder to grande que ao no ser controlado, poderia desintegrar o planeta em segundos. A energia controlada o que lhes serve de propulso nos seus aparelhos, nas viagens siderais, produzindo uma velocidade que nem toda a fantasia de nossa mente, pode, nem remotamente, compreender. Seu meio de transporte na cidade atravs de fitas transportadoras que, em confortveis poltronas, transladam a qualquer um, para onde quiser. No tm os nossos clssicos problemas de locomoo, no existem veculos particulares, seno os que pertencem a toda a comunidade. Como no queimam carburante para os motores propulsionadores, no existe problema de poluio ambiental. Os dejetos, tanto os provenientes das pessoas, como os sobrantes de qualquer ndole so dissolvidos por diversos processos e transformados em matrias qumicas. Suas naves no necessitam pistas, j que a decolagem na vertical direta.24

Alm disso no creio que as necessitem, pela forma circular que possui a maioria delas. So os clssicos discos voadores de que temos tantos testemunhos e que tm esse nome pelo seu formato como um disco. Estes tm, mais ou menos, vinte metros de dimetro e o pouso na terra faz-se mediante uma espcie de ps articulados bem no centro do disco. Em redor desses ps e, tambm em forma circular, saem do aparelho uma srie de caminhos por onde so expulsos os gases de diversas cores, os quais vo mudando de tonalidade medida que a nave vai se afastando no infinito. Eu somente pude observ-las de longe, mas os livros especializados do amplos detalhes e so muitos os governos que sabem da existncia e formato dos mesmos, mas insistem em neg-lo. Por isto eu pergunto: -Se tudo isto mentira, para que gastar grandes somas de dinheiro em equipes de pesquisa e comisses de informao? Eu acho que no h forma de pesquisar alguma coisa que no existe. Quase a metade da cidade acha-se despovoada pelos motivos antes assinalados (sua decadncia na procriao), e, tm determinado um setor exclusivamente para alojar as pessoas da superfcie da terra que seqestraram, reservando-se para eles os lugares estratgicos da cidade para poder manter constante vigilncia nos mesmos. De forma que eles ocupam lugares tais como os que correspondem a base de lanamento de suas naves, as equipes de controle, as plantas de produo de alimentos, de gua, de energia, de manuteno da cidade, de saneamento e de todas as atividades que compem o aprovisionamento, defesa e manuteno de suas vidas. Construram suas moradias de forma tal que pudessem cercar todas estas zonas vitais, para evitar o perigo de intromisso de estranhos. Vivem acasalados, em aparncia muito harmoniosamente; trabalham por equipes, umas quatro horas dirias. Depois retiram-se para suas salas de estudo e aprendizado. Eles esto constantemente estudando e aprendendo diversas cincias no transcorrer de suas vidas. Alguns temas so desconhecidos para ns, tais como a pesquisa de outras dimenses. Ao que parece mantm contato por rdio e televiso com seres de outros planetas e tambm com as suas colnias de gente de sua mesma raa, espalhadas por todo o mundo sideral. Pude ver, em diversas oportunidades, painis de transmisso visual onde se projetam entes completamente diversos de ns na sua conformao, e que, comunicavam-se com os Almaran por meio de sons leves, completamente incompreensveis para mim. Parecia que falavam muito rapidamente para nossa compreenso. Trato de lembrar tudo o que me permitiram e pude ver, com a finalidade de que ns possamos tirar algum proveito dos conhecimentos desta velha raa to adiantada nossa civilizao. Talvez alguma pessoa lendo este livro tenha idias que possa lev-las prtica para nossa benefcio. No tm como os terrestres suas salas de espetculo, s existe um salo, muito amplo, onde diversos Superiores encarregados das respectivas tarefas, reuniam-se diariamente ante o Conselho Supremo, integrado pelos mais sbios e de maior idade, com a finalidade de informar sobre as realizaes. L eram analisados os problemas que houvesse e eram dadas as ordens para cada caso especfico. Essas reunies prolongavam-se durante muitas horas, mas nunca nos deixavam entrar nas mesmas. Somente podamos entrar no Salo, uma vez por semana, era o dia do concerto, onde se apresentavam uns msicos,25

no praticavam nenhuma arte cnica, somente tocavam uma srie de instrumentos musicais. Deles s me lembro de uma espcie de piano gigantesco que era executado ao mesmo tempo por cinco msicos, mas em vez do clssico teclado tinha um conjunto de botes de diversas cores; na parte supeior do referido piano, canos infinitos, muito finos, cheios de lquidos coloridos. A msica que executavam era clssica, muito bela e doce; ao execut-la no podia deixar de ento-la, fechar os olhos e tratar de sabore-la, se podemos chamar assim. Nos sentamos como transportados, flutuando para lugares desconhecidos e agradveis. Essa sensao permanecia durante todo o tempo em que era executada a msica. No desejvamos que terminasse, j que nos produzia um verdadeiro embelezamento e, ficvamos depois muito felizes, esquecidos de todos os nossos problemas, por um bom nmero de horas. Era esta uma das coisas mais agradveis que podamos desfrutar e desejvamos sempre que chegasse o dia previsto para tais espetculos. Depois tnhamos nossa disposio os aparelhos televisivos, havia um em cada quarto dos que nos tinham destacado, mas a imagem no era projetada de uma emissora, mas vontade, introduzindo uma espcie de minicassete, dentre uma coleo existente. Havia cassetes sobre todos os temas da cincia, sua histria; outros referiam-se evoluo do nosso planeta e outros sobre temas to incrveis e insuspeitos, que os relatando ningum poderia acreditar. Bastante difcil vai-me resultar que acreditem nos acontecimentos que tenho vivido e que aqui relato, menos ainda poderiam aceitar as coisas que somente pude ver no cran, j que eu mesmo tenho minhas dvidas a respeito delas. Por isto, abstenho-me de referi-las, s direi que o espao infinito est densamente povoado, nada do criado est por azar, tudo est cumprindo uma funo e um ciclo de desenvolvimento e superao, isto , tudo evoluciona, nada perde-se, tudo se transforma e utiliza-se novamente. Como j lhes disse, faz uns duzentos anos que entre eles no h crianas, mas quando havia, apenas nasciam, a comunidade tomava-as ao seu encargo. Seus pais ocupavam-se de suas tarefas habituais e podiam estar com elas quando quisessem, mas em todos os aspectos eram criadas por especialistas, que as tinham a seu cargo para seu desenvolvimento e educao. Adquiriam a aparncia fsica de um adulto mais ou menos aos cinqenta anos dos nossos, mas mentalmente, desde pequenas eram muito desenvolvidas. Nessa aparncia fsica permaneciam por mais de mil anos e logo, atravs dos sculos acentuavase-lhes a maturidade, adquirindo um aspecto de pessoas adultas, mas nunca o de ancio como ns nos convertemos. At sua desencarnao seus corpos mostram-se fortes e jovens. Devido a esta propriedade, os corpos so conservados, tendo um edifcio para tal finalidade. Seus estudos so permanentes e jamais se aborrecem nas suas tarefas. Freqentemente fazem viagens pelo exterior da terra, de longa durao, uns cinqenta anos terrestres, para realizarem suas exploraes no espao. Sem lugar a dvidas, tm contato com muitas civilizaes de outras galxias e sistemas solares. Eu sempre me perguntava: -Se eles se apresentavam como habitantes do planeta Terra, ante os outros mundos, em que posio ficaremos ns se algum dia tambm chegarmos a realizar essas mesmas viagens? Bom, se os seus planos se cumprirem, sero eles os que continuaro viajando26

com nossas aparncias fsicas. O desenvolvimento mental e seus profundos conhecimentos de todas as cincias, de outros planetas, de outros mundos, conferiu-lhes um grande domnio sobre si mesmos e at nas suas relaes sexuais mantinham seu autodomnio, pois realizavam tais atos s para cumprir com uma necessidade fisiolgica. O normal entre eles s se relacionarem uma vez por ms, mas no perdiam suas faculdades e podiam continuar desta forma at o fim de seus dias. E quanto a ns, logo que o Superior cumpriu com o prometido de nos mostrar o que nos acontecera, a histria de sua raa e os seus planos para conosco, fomos transladados muito gentilmente para um passeio pela cidade, sentados nas poltronas das fitas transportadoras. amos de surpresa em surpresa, tudo nos maravilhava. No fim, levaram-nos ante um conglomerado de edifcios e nos comunicaram que dali em diante e at o fim de nossas existncias, l seriam nossas moradias. Tudo era muito amplo, como se fora construdo para gente de seu tamanho; muito limpo e com as caractersticas que antes apontei quanto moblia e compartimentos. Aos homens que tinham viajado sozinhos, destacaram um quarto para cada dois, das mesmas caractersticas hexagonais. Tinham por cama uma espcie de colches de plstico inflados, muito grossos e sobre os quais se descansava muito bem. Sem fronhas, nem outras prendas, coisa que no era necessria porque a temperatura ambiente no permitia que pudssemos adoecer ou pegar algum resfriado. Tambm havia uma srie de bancos, uma espcie de mesa circular no centro e um mvel com aparncia de primitivo, onde j tinham colocado vesturios de reserva e um televisor tridimensional com as caractersticas anteriormente mencionadas. O lavatrio, ou melhor, os lavatrios, achavam-se fora dos quartos e todos dispostos em um setor; embora pequenos tinham todos os elementos necessrios para a higiene. Depois do chuveiro, e pelo mesmo aparelho propulsor de gua saa um ar seco que me deixava totalmente enxuto e pronto para novamente vestir-me completamente reconfortado; isto devia-se a que ao sair a gua de forma to forte, proporcionava-nos uma espcie de massagem em todo o corpo, ativando assim a nossa circulao. Tambm o televisor tinha um dispositivo que nos foi ensinado a manejar, para o caso que quisssemos nos comunicar com nossos guardies, em caso de necessidade ou quando eles tinham que nos dar alguma ordem, a ser por ns executada. Podamos ficar descansando ou olhando pelo aparelho televisivo, ou sair pela cidade dentro do setor determinado at o momento em que estivssemos aclimatados e em condies de realizar alguma tarefa, de acordo com nossos gostos ou habilidades, exercida por ns na terra e que pudesse ser de alguma utilidade para eles; embora as tarefas que eles realizam sejam completamente diversas s executadas por ns. Por exemplo, no meu caso, meus conhecimentos mdicos lhes eram muito inferiores e de impossvel aplicao entre eles e ainda entre os de minha raa, pois seus mtodos eram altamente positivos e eficazes e de ao imediata. Tenho-me proposto a escrever sobre seus remdios e tratamentos, reservando para tal, um captulo desta narrao, porque so possveis de aplicar entre ns, por seus esquemas simples e por seus resultados espetaculares que27

no necessitam de nenhuma farmacopia. O quarto, eu compartilhei-o, graas a Deus, com meu amigo Alexandro; dada a mtua confiana, ao menos com ele ia ficar muito bem. Pude por fim, ver pessoas que se achavam ali desde diversas pocas, mas aparentemente ningum tinha mais de quarenta anos, no mximo quarenta e cinco. Todos tinham sido preparados para no envelhecerem. Tambm havia crianas; toda uma colnia. Alm disso, achavam-se junto, em perodo de adaptao e aprendizado dos nossos costumes, a fim de levar a cabo os planos que deveriam cumprir na superfcie da Terra, os Almaran que tinham se apoderado dos corpos dos humanos que haviam sido desencarnados. Estavam sempre com grupos humanos e no deixavam de observar tudo o que realizvamos ou falvamos. Tambm se exercitavam na linguagem falada, claro que por sua superioridade, isto lhes resultava fcil. Quanto a ns, nos custava distinguir quem eram os que ainda tinham alma terrestre e quem j estava ocupado pelos Almaran. Quando estivemos frente a eles pela primeira vez ficamos chateados pois no compre