[714]gestao de operacoes e logistica i (1)

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Gestão de Operações e Logística I Disciplina na modalidade a distância

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  • Gesto de Operaes e Logstica I

    Disciplina na modalidade a distncia

  • CrditosUnisul Universidade do Sul de Santa CatarinaUnisulVirtual Educao Superior a Distncia

    Reitor UnisulAilton Nazareno Soares

    Vice-Reitor Sebastio Salsio Heerdt

    Chefe de Gabinete da ReitoriaWillian Mximo

    Pr-Reitora AcadmicaMiriam de Ftima Bora Rosa

    Pr-Reitor de AdministraoFabian Martins de Castro

    Pr-Reitor de EnsinoMauri Luiz Heerdt

    Campus Universitrio de Tubaro Diretora: Milene Pacheco Kindermann

    Campus Universitrio daGrande Florianpolis Diretor: Hrcules Nunes de Arajo

    Campus Universitrio UnisulVirtualDiretora: Jucimara RoeslerDiretora Adjunta: Patrcia Alberton

    Equipe UnisulVirtual

    Gerncia Acadmica Mrcia Luz de Oliveira (Gerente) Fernanda Farias

    Gerncia Administrativa Renato Andr Luz (Gerente)Marcelo Fraiberg MachadoNaiara Jeremias da RochaValmir Vencio Incio

    Gerncia de Ensino, Pesquisa e ExtensoMoacir Heerdt (Gerente)Clarissa Carneiro MussiLetcia Cristina Barbosa (Auxiliar)

    Gerncia FinanceiraFabiano Ceretta (Gerente)Alex Fabiano WehrleSheyla Fabiana Batista Guerrer

    Gerncia de LogsticaJeferson Cassiano Almeidada Costa (Gerente)Abrao do Nascimento GermanoCarlos Eduardo Damiani da SilvaFylippy Margino dos SantosGeanluca Uliana Guilherme LentzPablo Darela da SilveiraRubens Amorim

    Gerncia de Produo e LogsticaArthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)Francini Ferreira Dias

    Gerncia Servio de Ateno Integral ao AcadmicoJames Marcel Silva Ribeiro (Gerente)Adriana da CostaAndiara Clara FerreiraAndr Luiz PortesBruno Ataide MartinsEmanuel Karl Feihrmann GalafassiGisele Terezinha Cardoso FerreiraHoldrin Milet BrandoJenniffer CamargoJonatas Collao de Souza

    Juliana Cardoso da SilvaMaria Isabel AragonMaurcio dos Santos AugustoMaycon de Sousa CandidoMicheli Maria Lino de MedeirosNidia de Jesus MoraesPriscilla Geovana PaganiRychard de Oliveira PiresSabrina Mari Kawano GonalvesTaize MullerTatiane Crestani TrentinVanessa Trindade

    Avaliao Institucional Dnia Falco de Bittencourt (Coord.)Rafael Bavaresco Bongiolo

    Biblioteca Soraya Arruda Waltrick (Coord.)Paula Sanhudo da SilvaRenan CascaesRodrigo Martins da Silva

    Capacitao e Assessoria ao DocenteAngelita Maral Flores (Coord.)Adriana SilveiraCaroline Batista Cludia Behr ValenteElaine SurianPatrcia Meneghel Simone Perroni da Silva Zigunovas

    Coordenao dos CursosAdriana RammeAdriano Srgio da Cunha Alosio Jos Rodrigues Ana Luisa Mlbert Ana Paula Reusing Pacheco Bernardino Jos da SilvaCarmen Maria Cipriani Pandini Charles Cesconetto Diva Marlia Flemming Eduardo Aquino Hbler Eliza Bianchini Dallanhol LocksFabiana Lange Patrcio (Auxiliar) Itamar Pedro BevilaquaJairo Afonso Henkes Janete Elza Felisbino Jorge Alexandre Nogared CardosoJos Carlos Noronha de OliveiraJucimara Roesler Karla Leonora Dahse Nunes Luiz Guilherme Buchmann Figueiredo Luiz Otvio Botelho Lento Marciel Evangelista CatneoMaria Cristina Schweitzer VeitMaria da Graa Poyer Maria de Ftima Martins (Auxiliar) Mauro Faccioni FilhoMoacir Fogaa Nazareno MarcineiroNlio Herzmann Onei Tadeu Dutra Raulino Jac Brning Roberto IunskovskiRose Clr Estivalete BecheRodrigo Nunes LunardelliTania Regina GoularteWaltemann (auxiliar)

    Criao e Reconhecimento de CursosDiane Dal Mago Vanderlei Brasil

    Desenho Educacional Carolina Hoeller da Silva Boeing (Coord.)

    Design Instrucional Ana Cludia TaCarmen Maria Cipriani Pandini Cristina Klipp de OliveiraDaniela Erani Monteiro WillFlvia Lumi Matuzawa Lucsia PereiraLuiz Henrique Milani QueriquelliMrcia LochMarina Cabeda Egger MoellwaldMichele CorreaNagila Cristina HinckelSilvana Souza da Cruz Viviane Bastos

    Acessibilidade Vanessa de Andrade Manoel

    Avaliao da AprendizagemMrcia Loch (Coord.) Elosa Machado SeemannGabriella Arajo Souza EstevesLis Air FogolariSimone Soares Haas Carminatti

    Ncleo Web AulaClio Alves Tibes Jnior

    Design Visual Pedro Paulo Alves Teixeira (Coord.) Adriana Ferreira dos Santos Alex Sandro XavierAlice Demaria Silva Anne Cristyne PereiraDiogo Rafael da SilvaEdison Rodrigo ValimFrederico Trilha Higor Ghisi LucianoJordana SchulkaNelson RosaPatrcia Fragnani de MoraesVilson Martins Filho

    Multimdia Srgio Giron (Coord.)Clio Alves Tibes JniorCristiano Neri Gonalves RibeiroDandara Lemos ReynaldoFernando Gustav Soares Lima Srgio Freitas Flores

    PortalRafael Pessi Luiz Felipe Buchmann Figueiredo

    Disciplinas a Distncia Enzo de Oliveira Moreira (Coord.)Franciele Arruda Rampelotti (auxiliar)Luiz Fernando Meneghel

    Gesto DocumentalLamuni Souza (Coord.)Clair Maria CardosoJanaina Stuart da CostaJosiane LealMarlia Locks FernandesRicardo Mello Platt

    Logstica de Encontros Presenciais Graciele Marins Lindenmayr (Coord.)

    Ana Paula de AndradeAracelli Araldi HackbarthCristilaine Santana MedeirosDaiana Cristina BortolottiEdesio Medeiros Martins FilhoFabiana PereiraFernando Oliveira SantosFernando SteimbachMarcelo Jair Ramos

    Formatura e Eventos Jackson Schuelter Wiggers

    Monitoria e SuporteRafael da Cunha Lara (Coord.)Andria Drewes Anderson da Silveira Anglica Cristina Gollo Bruno Augusto Zunino Claudia Noemi Nascimento Cristiano Dalazen Dbora Cristina Silveira Ednia Araujo Alberto Karla Fernanda Wisniewski Desengrini Maria Eugnia Ferreira Celeghin Maria Lina Moratelli Prado Mayara de Oliveira Bastos Patrcia de Souza Amorim Poliana Morgana Simo Priscila Machado

    Produo IndustrialFrancisco Asp (Coord.)Ana Paula Pereira Marcelo Bittencourt

    Relacionamento com o Mercado Walter Flix Cardoso Jnior

    Secretaria de Ensino a Distncia Karine Augusta Zanoni (Secretria de ensino) Andra Luci Mandira Andrei RodriguesBruno De Faria Vaz SampaioDaiany Elizabete da SilvaDjeime Sammer Bortolotti Douglas SilveiraGiane dos PassosLuana Borges Da SilvaLuana Tarsila Hellmann Marcelo Jos SoaresMiguel Rodrigues Da Silveira JuniorPatricia Nunes Martins Rafael BackRosngela Mara Siegel Silvana Henrique Silva Vanilda Liordina Heerdt Vilmar Isaurino Vidal

    Secretria Executiva Viviane Schalata MartinsTenille Nunes Catarina (Recepo)

    Tecnologia Osmar de Oliveira Braz Jnior (Coord.) Andr Luis Leal Cardoso JniorFelipe Jacson de FreitasJefferson Amorin OliveiraJos Olmpio Schmidt Marcelo Neri da Silva Phelipe Luiz Winter da SilvaRodrigo Battistotti Pimpo

    Campus UnisulVirtualAvenida dos Lagos, 41 | Cidade Universitria Pedra Branca | Palhoa SC | 88137-100 Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: [email protected]: www.unisul.br/unisulvirtual

  • 5 edio revista e atualizada

    Design instrucional

    Dnia Falco de BittencourtFlavia Lumi Matuzawa

    Jos Roberto Sampaio

    Moacir Fogaa

    Palhoa

    UnisulVirtual

    2010

    Gesto de Operaese Logstica I

    Livro didtico

  • Edio Livro Didtico

    Professor ConteudistaJos Roberto Sampaio

    Moacir Fogaa

    Design InstrucionalDnia Falco de Bittencourt

    Flvia Lumi Matuzawa Michele Antunes Corra (5 edio rev. e atual.)

    Projeto Grfico e CapaEquipe UnisulVirtual

    DiagramaoSandra Martins

    Alice Demaria Silva (5 edio rev. e atual.)Jordana Paula Schulka (5 edio rev. e atual.)

    Reviso OrtogrficaB2B

    Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Universitria da Unisul

    Copyright UnisulVirtual 2010

    Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prvia autorizao desta instituio.

    658.78S18 Sampaio, Jos Roberto

    Gesto de operaes e logstica I : livro didtico / Jos Roberto Sampaio, Moacir Fogaa ; design instrucional Dnia Falco de Bittencourt, Flavia Lumi Matuzawa ; [assistente acadmico Michele Antunes Corra]. 5. ed. rev. e atual. Palhoa : UnisulVirtual, 2010.

    280 p. : il. ; 28 cm.

    Inclui bibliografia.

    1. Logstica empresarial. I. Fogaa, Moacir. II. Bittencourt, Dnia Falco de. III. Matuzawa, Flavia Lumi. IV. Corra, Michele Antunes. V. Ttulo.

  • Apresentao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07Palavras do professor conteudista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    UNIDADE 1 Logstica Empresarial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17UNIDADE 2 Previso de demanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33UNIDADE 3 Papel Estratgico da Gesto Patrimonial e

    de Material . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67UNIDADE 4 Logstica Reversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111UNIDADE 5 Conceitos de Qualidade Aplicados Logstica e

    Nvel de Servio ao Cliente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123UNIDADE 6 Fundamentos da Logstica Internacional e

    Operadores Logsticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151UNIDADE 7 Localizao de Fbricas e Centros de Distribuio e

    Sistemas de Informao Aplicados Logstica . . . . . . . . 173UNIDADE 8 Gesto de Estoques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193UNIDADE 9 Princpios da Gesto da Cadeia de Suprimentos . . . . . . . 215UNIDADE 10 Gesto de Compras e Negociao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231

    Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259 Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261Sobre os professores conteudistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265Respostas e comentrios das atividades de autoavaliao . . . . . . . . . . . . . 267

    Sumrio

  • Apresentao

    Este livro didtico corresponde disciplina Gesto de Operaes e Logstica I. O material foi elaborado, visando a uma aprendizagem autnoma. Com este objetivo, aborda contedos especialmente selecionados e relacionados sua rea de formao. Ao adotar uma linguagem didtica e dialgica, objetivamos facilitar-lhe o estudo a distncia, proporcionando condies favorveis s mltiplas interaes e a um aprendizado contextualizado e eficaz.Lembre-se que sua caminhada, nesta disciplina, ser acompanhada e monitorada constantemente pelo Sistema Tutorial da UnisulVirtual, por isso a distncia fica caracterizada somente na modalidade de ensino que voc optou para sua formao, pois na relao de aprendizagem professores e instituio estaro sempre conectados com voc.Ento, sempre que sentir necessidade, entre em contato. Voc tem sua disposio diversas ferramentas e canais de acesso, tais como telefone, e-mail e o Espao UnisulVirtual de Aprendizagem, este que o canal mais recomendado, pois tudo o que for enviado e recebido fica registrado para seu maior controle e comodidade. Nossa equipe tcnica e pedaggica ter o maior prazer em lhe atender, pois sua aprendizagem o nosso principal objetivo.

    Bom estudo e sucesso!

    Equipe UnisulVirtual

  • Palavras do professor

    Caros acadmicos, A disciplina Gesto de Operaes Logstica I traz conceitos importantssimos para a perfeita compreenso deste campo de estudos. Com esse nome, a Logstica um campo de trabalho bem novo no Brasil, embora de forma inominada, a Logstica vinha sendo trabalhada h muito tempo. Veja, por exemplo, transportes, compras etc, j eram feitos mesmo que com nomes diferentes. Mas, enfim, s mudou o nome? No. Houve mudanas significativas em termos estratgicos e que levaram a mudanas na operacionalizao propriamente dita. Foram verificadas redues de custo na medida em que se trabalhava a integrao logstica, o nvel de servio ao cliente, ECR (Efficient Consumer Response), CPFR (Collaborative Planning Forecasting and Replenishment), EDI (Eletronic Data Interchange). Novos conceitos como cadeia de abastecimento, logstica reversa etc, passaram a ser bem conhecidos. Procure assimilar os contedos aqui apresentados para que voc possa ampliar sua base de conhecimentos e com isso disputar as melhores oportunidades oferecidas aos bons profissionais, pelo mercado de trabalho. Espero que voc tire o mximo proveito do assunto aqui tratado.Professor Moacir Fogaa

  • Plano de estudo

    O plano de estudos visa orient-lo/a no desenvolvimento da Disciplina. Nele, voc encontrar elementos que esclarecero o contexto da Disciplina e sugeriro formas de organizar o seu tempo de estudos. O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva em conta instrumentos que se articulam e se complementam. Assim, a construo de competncias se d sobre a articulao de metodologias e por meio das diversas formas de ao/mediao.So elementos desse processo:

    o livro didtico; o Espao UnisulVirtual de Aprendizagem - EVA;

    as atividades de avaliao (complementares, a distncia e presenciais).

    Ementa

    O papel estratgico da Gesto Patrimonial e de Materiais. Compras e novas tendncias em compras. Negociao. Previso de Demanda. Gesto dos Estoques. Controle de Inventrio. Origem e Evoluo da Logstica. Logstica Reversa. Processamento de Pedidos. Conceitos da Qualidade aplicados Logstica. Gesto da Cadeia de Suprimentos. Fundamentos da Logstica Internacional. Gesto da Distribuio Fsica. Nvel de Servio ao Cliente. Localizao de Fbricas e Centros de Distribuio. Armazenagem, Movimentao e Equipamentos para a movimentao de materiais. Sistemas de Informao aplicados a Logstica. Operadores Logsticos.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Carga Horria

    60 horas 4 crditos

    Objetivos

    Geral:

    Estabelecer as bases para a compreenso da logstica Empresarial em todos os seus aspectos e nuances.

    Especficos:

    Entender e possibilitar aplicaes das tcnicas de previso de demanda.

    Conhecer as principais tcnicas de Gesto Patrimonial.

    Assimilar e trabalhar com o conceito de Logstica Reversa.

    Reconhecer os princpios conceituais da Qualidade.

    Aprender as bases para entender a Logstica Internacional e os Operadores Logsticos.

    Entender as formas bsicas como so estudadas a Localizao de fbricas e Cds.

    Pesquisar e entender os principais sistemas de informao aplicados a Logstica.

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Contedo programtico/objetivos

    Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de conhecimentos que voc dever deter para o desenvolvimento de habilidades e competncias necessrias sua formao. Neste sentido, veja a seguir as unidades que compem o livro didtico desta disciplina, bem como os seus respectivos objetivos.

    Unidades de estudo: 10

    Unidade 1 Logstica Empresarial

    Esta unidade ir abordar a evoluo histrica da Logstica, seu relacionamento com o Marketing e seu papel na empresa moderna. Voc ir conhecer tambm como a Logstica melhora o nvel de servio ao cliente.

    Unidade 2 Previso de demanda

    O objetivo bsico desta unidade oportunizar ao aluno as tcnicas de se fazer previso de compras ou de vendas (demanda).

    Unidade 3 Papel Estratgico da Gesto Patrimonial e de Material

    Esta unidade tem o objetivo de mostrar ao aluno detalhes sobre a Gesto Patrimonial e forma de efetuar alguns clculos.

    Unidade 4 Logstica Reversa

    Esta unidade permitir entender os aspectos fundamentais envolvidos com a devoluo e ou reciclagem de produtos / matrias-primas.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Unidade 5 Conceitos de Qualidade Aplicados Logstica e Nvel de Servio ao Cliente

    Nesta unidade ser apresentada a base conceitual da qualidade, de forma genrica, no sentido de que se possa mensurar a importncia da qualidade na atualidade.

    Unidade 6 Fundamentos da Logstica Internacional e Operadores Logsticos

    Esta unidade tem como finalidade entender o que acontece em termos de Logstica em outros pases e suas implicaes em nosso Pas.

    Unidade 7 Localizao de Fbricas e Centros de Distribuio e Sistemas de Informao aplicados Logstica

    O objetivo desta unidade estudar as decises relativas localizao das fbricas e CDs. Tambm sero estudados alguns dos aspectos ligados aos sistemas de informaes aplicados Logstica.

    Unidade 8 Gesto de Estoques

    Esta unidade tratar dos objetivos e funes dos estoques nas organizaes, das polticas de estoque, do custo de manter estoques e das tcnicas de reposio destes.

    Unidade 9 Princpios da Gesto da Cadeia de Suprimentos

    Nesta unidade voc ir entender como se formam e as formas de gesto das cadeias de suprimentos.

    Unidade 10 Gesto de Compras e Negociao

    Esta unidade tem o objetivo de estudar a gesto de compras nas empresas e as tcnicas de negociao.

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Agenda de atividades/ Cronograma

    Verifique com ateno o EVA, organize-se para acessar periodicamente o espao da Disciplina. O sucesso nos seus estudos depende da priorizao do tempo para a leitura; da realizao de anlises e snteses do contedo; e da interao com os seus colegas e professor tutor.

    No perca os prazos das atividades. Registre no espao a seguir as datas, com base no cronograma da disciplina disponibilizado no EVA.

    Use o quadro para agendar e programar as atividades relativas ao desenvolvimento da Disciplina.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Atividades

    Demais atividades (registro pessoal)

  • 1UNIDADE 1Logstica empresarialObjetivos de aprendizagem

    Conhecer a evoluo histrica da funo da Logstica;

    Identificar o relacionamento entre Logstica e Marketing;

    Entender o papel estratgico da Logstica na empresa moderna;

    Conhecer como a Logstica melhora o nvel de servio ao cliente.

    Sees de estudo

    Seo 1 O que Logstica empresarial?

    Seo 2 Como so constitudas as atividades Logsticas?

    Seo 3 Qual o relacionamento entre Logstica e Marketing?

    Seo 4 O que servio ao cliente?

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Para incio de estudo

    Quando voc atende um cliente, atende simultaneamente um objetivo da empresa (vender, prestar servio, etc.). E este processo de atendimento s necessidades do cliente externo e aos objetivos do negcio precisa ser feito com eficcia. Neste ponto que aparece a Logstica.

    SEO 1 - O que Logstica Empresarial?

    A resposta e o grau de sua importncia voc j obter ao responder algumas perguntas-problema citadas por Lambert et al (1998), acompanhe:

    quantas vezes voc foi adquirir um produto anunciado em promoo e no o encontrou?

    j aconteceu de encomendar uma mercadoria (por fone ou pedido) e receber a entrega errada?

    voc j enviou uma mercadoria e o destinatrio no recebeu ou chegou trocada?

    E assim poderiam ser citados outros tantos problemas que, felizmente, so minoria, pois a maioria das vezes conseguimos encontrar a promoo, receber e enviar os produtos com sucesso.

    Ento a Logstica cuida disto tudo? Logstica isso?

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 1

    Segundo o CLM (Council of Logistics Management), Conselho de Gerenciamento da Logstica (1988), um dos mais famosos grupos de profissionais de Logstica e com milhares de associados, a definio diz que gesto Logstica :

    O processo de planejamento, implementao e controle do fluxo e armazenamento eficiente e econmico de matrias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informaes a eles relativas, desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com o propsito de atender s exigncias dos clientes

    Para compreender melhor, a seguir acompanhe em detalhe o que quer dizer alguns trechos desta definio:

    fluxo e armazenamento eficiente e econmico: quer dizer que toda a movimentao (fluxo) dos produtos, inclusive sua armazenagem temporria, deve ocorrer de modo eficiente (alta produtividade) e ao custo adequado;

    matrias-primas: insumos que so partes integrantes de um produto final, por exemplo, o fio que faz a malha;

    materiais semi-acabados: insumos que esto em processo; por exemplo, uma gola de camisa;

    produto acabado: por exemplo, a camisa pronta;

    informaes relativas: a Logstica 50% fluxo de mercadorias e 50% fluxo de informaes; por exemplo, quando faz um pedido, voc precisa confirmar a data que vai receber;

    ponto de origem: geralmente inicia no fornecedor da matria prima;

    ponto de destino: cliente direto do produto;

    exigncias do cliente: toda a Logstica gira em torno da exigncia do cliente.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Existem crticas as definies de ponto de origem e ponto de destino, Ballou (2001) por exemplo, que entende que elas restringem a viso da Logstica rea da empresa, sendo que atualmente busca-se transpor as fronteiras da organizao na busca pela colaborao entre as mesmas.

    Qual a origem da Logstica?

    A palavra Logstica sempre esteve ligada atividade da guerra: manter as tropas abastecidas (armas, munio e comida) para vencer o inimigo.

    Hoje a competio entre as empresas no deixa de ser uma batalha na qual o vendedor precisa colocar o produto para o cliente de modo eficaz e econmico.

    SEO 2 - Como so constitudas as atividades Logsticas?

    Bom, agora que voc j sabe o que Logstica e para que ela serve, j est preparado para avanar na investigao de quais atividades so exercidas pela administrao da Logstica. A prxima pergunta a fazer :

    Quais so as principais atividades da administrao Logstica?

    Muitas empresas tratam a Logstica como um processo voltado unicamente para a reduo dos custos operacionais, pois ficam atentas no potencial de economia que uma boa gesto da

  • 21

    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 1

    Logstica pode viabilizar. Mas, todos os especialistas desta rea bem sabem que:

    A Logstica um conjunto de atividades integradas.

    As economias obtidas pontualmente numa atividade podem gerar uma queda de performance em outra.

    Por exemplo: atravs de uma consolidao (acmulo) de cargas mais voltadas para aproveitamento do caminho, voc pode reduzir o custo do transporte e gerar uma significativa economia para a empresa. No entanto, pode haver um aumento do prazo de entrega dos pedidos aos clientes e estes comearem a procurar outro fornecedor.

    Lamber et al (1998) citam que:

    Em empresas que no adotarem uma abordagem integrada de sistemas, a Logstica pode tornar-se um conjunto de atividades fragmentadas, sem coordenao e pulverizadas em diversas funes organizacionais.

    O objetivo deve ser os custos logsticos total, que a somatria de todos os custos logsticos. Isto pode significar eventualmente um aumento, por exemplo, no custo do frete, porm gerando um ganho de market share significativo (mais clientes, mais volume) que reduzir o custo de produo.

    Para entender melhor esta integrao das atividades Logsticas, conhea a seguir quais so os seus principais componentes.

  • 22

    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Quais so os componentes da administrao da Logstica?

    Uma vez que a Logstica um conjunto de atividades integradas, so diversos os componentes da administrao Logstica. A seguir, acompanhe com ateno os componentes da administrao da Logstica segundo Lambert, Stock e Vantine (1998).

    1. Servio ao cliente: cada elemento do sistema logstico de uma empresa pode impactar o recebimento pelo cliente, do produto certo, no lugar certo, nas condies certas, ao custo certo e no momento certo.

    2. Processamento de pedidos: a velocidade do processamento de pedidos tem muito a ver com o nvel de servio ao cliente e pode ser um grande diferencial competitivo.

    3. Controle de inventrio: atividade crtica, em funo da necessidade financeira de manter um nvel de estoque em quantidade adequada para satisfazer clientes e produo.

    4. Previso de demanda: consiste na determinao da quantidade de produtos e servios que os clientes (internos e externos) necessitaro em determinado momento.

    5. Trfego e transporte: consiste no gerenciamento da movimentao dos produtos desde o ponto de origem at o ponto final (cliente). Envolve:

    a) escolha do meio de transporte (areo, ferrovirio, rodovirio, martimo, dutovirio, etc.);

    b) escolha do(s) fornecedores (negociao, qualificao e treinamento);

    c) escolha da rota especifica buscando agilidade e reduo de custos;

    d) conhecimento das leis e normas regulamentadoras de trnsito e transportes (municipais, estaduais, nacionais e internacionais).

    6. Armazenagem e estocagem: determinao dos volumes e localizao dos estoques, em funo da poltica definida. Atividades tpicas:

    a) escolher entre atividades prprias, alugadas ou terceirizadas;

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 1

    b) layout do armazm e fluxo de movimentao; c) equipamentos e dispositivos de armazenagem.

    7. Localizao de fbricas, armazns/depsitos: a localizao pode melhorar o servio ao cliente, porm pode aumentar demasiadamente os custos operacionais. Fatores a considerar:

    a) custo e qualidade da mo de obra;b) servios de transportes e armazenagem (operadores logsticos);c) impostos municipais e estaduais; incentivos; d) segurana e outras disponibilidades (gua, energia, etc.)

    8. Movimentao de materiais: manuseio e controle do fluxo total de produtos, com os seguintes objetivos:

    a) eliminar, reduzir ou mecanizar o manuseio;b) minimizar as distncias;c) reduzir os produtos semi-acabados em processo.

    9. Compras e suprimentos: atividades de aquisio e manuteno das disponibilidades de materiais e servios necessrios. Atividades tpicas:

    a) escolha das fontes de fornecimento;b) forma de aquisio dos insumos;c) negociao e programao das compras.

    10. Suporte de peas de reposio e servios: envolve atividades ligadas ao ps-vendas e que visam proporcionar suporte adequado ao cliente. Constitui parte da Logstica reversa e so atividades tpicas:

    a) manuteno de estoques estratgicos de peas de reposio;b) acionamento de servios de assistncia tcnica;c) movimentao de equipamentos e retirada de produtos com

    defeito;d) medio e avaliao de performance.

  • 24

    Universidade do Sul de Santa Catarina

    11. Embalagem: a embalagem adequada deve atender as funes bsicas do Marketing e da Logstica, sendo para esta, as principais aplicaes:

    a) proteo do produto contra avarias da movimentao e armazenagem;

    b) melhorar a armazenagem e o manuseio, reduzindo custos;

    c) facilitar a separao e a expedio de produtos, garantindo acuracidade.

    12. Reaproveitamento e remoo de refugos: controle e destinao dos subprodutos dos processos visando completar o fluxo total de materiais. Constitui parte da Logstica reversa e so atividades tpicas:

    a) identificao e mapeamento de todos os refugos gerados na atividade;

    b) desenvolver fornecedores ou depsitos para os subprodutos;

    c) conhecer a legislao vigente para cada tipo de destinao;

    d) recebimento de embalagens de produtos perigosos (prticas ambientais).

    13. Administrao de devolues: trata do retorno dos produtos rejeitados ou para troca e assistncia tcnica pelos clientes. Constitui outra parte da Logstica reversa e procura considerar os seguintes aspectos:

    a) custo elevado do retorno de produtos;

    b) clientes exigem cada vez mais flexibilidade nas devolues (satisfao);

    c) estratgia de Marketing definida para o mercado.

  • 25

    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 1

    14. Gesto da cadeia de suprimentos: a cadeia de suprimentos constitui o conjunto de empresas que participam do atendimento ao cliente, desde a extrao da matria-prima, fabricante, transportador, distribuidor, lojista, etc. A Logstica no pode ficar restrita empresa, sendo necessrio ento:

    a) parcerias com os fornecedores e clientes;

    b) colaborao entre as empresas (planejamento integrado);

    c) visualizao em conjunto de oportunidade de reduo de custos.

    Uma vez conhecido quais so os componentes da administrao Logstica, o prximo passo ser estudar o relacionamento entre a Logstica e o Marketing.

    SEO 3 - Qual o relacionamento entre Logstica e Marketing?

    Um dos fatores crticos de sucesso das empresas tem relao direta com o sucesso das aes de Marketing, que visam conquistar e manter os clientes. Costuma-se dizer que os clientes (e no os patres) que pagam os salrios dos funcionrios da empresa de quem compram. Pois considere o seguinte: so realmente os clientes que pagam esses salrios, mas fazem-no comprando os produtos que lhes so disponibilizados.

    Ou seja, se o produto estiver disponvel quando desejarem, estiver de acordo com as especificaes e ao preo combinado, ocorre a compra. Caso contrrio, o cliente procura outra opo de compra.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Segundo Lambert et al (1998),

    o objetivo de uma empresa alocar recursos aos componentes: produto, preo, promoo e lugar (posse), de maneira que leve ao maior nvel de lucros em longo prazo.

    Veja no quadro o relacionamento de cada componente de Marketing com a Logstica:

    Produto

    cada vez mais difcil diferenciar uma empresa com base no produto, pois com a disseminao da informao e tecnologia, muitas organizaes tm condies e acesso a know-how antes indisponvel. Para algumas empresas existe um alto custo de desenvolvimento de novos produtos () por exemplo - equipamentos mdia), mas para outras, novos produtos sero apenas extenses da linha atual () por exemplo - um novo sabor de biscoitos). A Logstica ser um dos diferenciais para deciso nos lanamentos de novos produtos, e decises de mercado.

    Preo

    O preo que o fabricante recebe por seus produtos difere, dependendo do canal de distribuio utilizado. A empresa sabe que o preo o montante de dinheiro que o fabricante recebe pelo produto, considerando ainda o tempo (prazo) que leva para receb-lo. Variaes no preo dos produtos, combinadas com variaes no preo do mesmo produto ou similar promovidos pela concorrncia, podem alavancar as vendas e aumentar o lucro, mesmo reduzindo o preo. A Logstica contribui fortemente para competitividade dos preos, atravs de uma reduo integrada de custos.

    Promoo

    A promoo consiste em alocar recursos como propaganda e oferta para atingir determinados objetivos de venda. Nem sempre a resposta do mercado ser proporcional a este esforo, pois existe uma capacidade absoro do mesmo demanda potencial existente do produto. Neste caso, a Logstica pode proporcionar um diferencial medida que possibilita capacidade de operar com custos menores.

    Lugar (posse)

    A disponibilidade do produto representa a concluso do processo de venda (no o financeiro) e isto ocorre com o acesso do cliente ao produto. Alm disso, os outros componentes de Marketing (produto, preo e promoo) podem ser facilmente copiados pela concorrncia, porm o servio ao cliente resultante das operaes logsticas (o produto certo, no local certo, no tempo certo, quantidade e especificaes certas e ao preo acordado) certamente constitui um diferencial difcil de ser copiado.

    Quadro 1.1 : Componentes do Marketing e a Logstica Fonte: Elaborado pelo autor, 2008

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 1

    Quais so os canais de distribuio ou de Marketing?

    Segundo a Associao Americana de Marketing, citada por Lambert et al (1998), so as estruturas de unidades organizacionais dentro da empresa e seus agentes, as firmas comerciais fora da empresa, atacado e varejo, atravs dos quais uma mercadoria, produto ou servio comercializado.

    Clientes podem ser atendimentos por canais distintos, como distribuidores e varejistas, ou at pela prpria indstria (dependendo do volume adquirido).

    Recentemente pequenas empresas no ramo supermercadista e farmcias, tm se organizado para aumentar seu volume de compras e ter condies de comprar diretamente da indstria. Por outro lado, a indstria tem buscado novas formas de atender outros nveis do varejo, sem comprometer as suas iniciativas e planos.

    certo que existem vantagens para o pequeno varejista, em comprar de um distribuidor, assim como outras vantagens existem para a indstria vender ao distribuidor.

    O importante agora voc saber que todos os atores da economia (indstria, distribuidor, atacadista, varejista e consumidor final) esto buscando formas colaborativas de melhorar sua competitividade.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    SEO 4 - O que servio ao cliente?

    At agora voc ficou sabendo que a Logstica faz acontecer o processo de atendimento ao cliente (interno e externo) e est fortemente ligada ao Marketing da empresa. Em outras palavras, os clientes percebem atravs da Logstica o nvel de servios que recebem. Mas o que mesmo nvel de servio ao cliente?

    Segundo Lambert et al (1998), o conceito varia de uma empresa para outra, e muitas vezes fornecedores e clientes tm expectativas diferentes (no mesmo mercado). Significa ento o parmetro do desempenho do sistema (logstico) em criar utilidade de tempo e lugar, incluindo o ps venda.

    Servio ao cliente representa o resultado do sistema de Logstica e o componente de lugar do mix de mercado da empresa. O nvel de servio tem um impacto direto em sua fatia de mercado, em seus custos totais e sua rentabilidade.

    Segundo um estudo realizado por LaLonde e Zinszer (Customer Service), citado por Lambert et at (1998), as principais definies apresentadas pelos executivos consultados sobre o que servio ao cliente foram as relacionadas a seguir:

    Quanto: Servio ao cliente:

    as atividades Aceitao e entrada do pedido, localizao (do produto), processamento do pedido (tempo) e contato com o intermedirio (representante); follow-up de erros e faturamento do pedido.

    ao desempenho Expedio (embarque) ao cliente dos produtos solicitados no prazo e atendimento completo do pedido (sem itens pendentes).

    a filosofia da empresa Como a empresa define e d importncia ao nvel de servio desejado pelos clientes.

    Quadro 1.2: Servio ao cliente Fonte: Elaborao do autor, 2008

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 1

    Sntese

    Nesta unidade voc pde aprender como a Logstica surgiu e como as organizaes buscam a melhoria contnua dos servios que so oferecidos aos clientes.

    Voc acompanhou que a definio de Logstica, conforme a CLM, o processo de planejamento, implementao e controle do fluxo e armazenamento eficiente e econmico de matrias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informaes a eles relativas, desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com o propsito de atender as exigncias dos clientes.

    As principais atividades da administrao da Logstica so: servio ao cliente, processamento de pedidos, elementos operacionais, comunicaes de distribuio, controle de inventario, previso de demanda, trfego e transporte, armazenagem e estocagem, localizao de fbricas, armazns/depsitos, movimentao de materiais, compras e suprimentos, suporte de peas de reposio e servios, embalagem, reaproveitamento e remoo de refugos, administrao de devolues, gesto da cadeia de suprimentos.

    Quanto ao relacionamento entre Logstica e Marketing, estudou como os 4 Ps (produto, preo, promoo e posse) esto relacionados com o nvel de servios ao cliente, cujos elementos so: disponibilidade do produto, servio e apoio ps-vendas, tratamento eficiente de pedidos e consultas, facilidade nos pedidos, representantes tcnicos competentes, prazo de entrega, confiabilidade, demonstrao e equipamentos, e disponibilidade de literatura tcnica.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Atividades de autoavaliao

    Aps voc ter realizado uma leitura criteriosa desta unidade, leia os enunciados com ateno e responda as questes a seguir.

    1. Por que Marketing e Logstica apresentam uma dependncia mtua?

    2. Defina com suas palavras o que consiste o servio ao cliente?

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 1

    3. No seu ponto de vista, qual a atividade mais importante na expectativa de atendimento do cliente (nvel de servio)?

    Saiba mais

    Para voc estudar mais os contedos abordados nesta unidade sugere-se que voc leia o artigo: Escavando Dados no Varejo, de Alexandre Medeiros Rodrigues, disponvel na Midiateca do EVA. Fonte: . Acesso em: 09 dez. 2009.

  • 2UNIDADE 2Previso de demandaObjetivos de aprendizagem

    Entender a previso de demanda numa empresa.

    Conhecer as principais tcnicas de previso.

    Perceber a importncia do uso da planilha Excel para efetuar as previses.

    Sees de estudo

    Seo 1 Clculo da previso pelo mtodo do ltimo perodo

    Seo 2 Clculo da previso pelo mtodo da mdia mvel simples

    Seo 3 Clculo da previso pelo mtodo da mdia mvel ponderada

    Seo 4 Clculo da previso pelo mtodo dos mnimos quadrados

    Seo 5 Clculo da previso pelo mtodo da mdia com suavizao exponencial

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Para incio de estudo

    As tcnicas de previso estabelecem estimativas das quantidades a serem produzidas e, portanto, definem as quantidades de materiais que devero ser compradas. Essas tcnicas variam de acordo com o porte da empresa, entretanto, mesmo nas pequenas empresas uma atividade estratgica, pois est ligada ao resultado. Se a quantidade comprada de materiais for pequena, pode-se colocar em risco o atendimento aos clientes e prejudicar a imagem da empresa. Se a quantidade comprada for grande demais, ocorrer uma imobilizao excessiva de capital de giro e tambm aumento nos custos de estocagem. Voc estudar nesta unidade algumas tcnicas que poder seguir para efetuar a previso de compras com menores riscos.Um dos mtodos que muito empregado por pequenas empresas o de comprar conforme o consumo do ltimo perodo, ou seja, repete-se o valor apresentado pela demanda anterior. No entanto, existem ainda outros mtodos que sero discutidos a seguir. Cabe ainda uma observao, a discusso foi iniciada como compras para a empresa, mas lembre-se que essas compras devero atender s vendas realizadas pela empresa. Siga em frente e bom estudo!

    Seo 1 Clculo da previso pelo mtodo do ltimo perodo

    Este mtodo de previso o mais simples pelo fato de prever para o perodo seguinte a quantidade que ocorreu no perodo anterior. Ele muito utilizado por pequenas empresas, pois basta olhar o que foi vendido, por exemplo, no ltimo ms para saber quanto dever ser comprado para repor o estoque. (DIAS, 1993). Observe no Quadro 2.1 esta forma de efetuar a previso.

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 2

    PERODOS QTD

    Janeiro 380

    Fevereiro 382

    Maro 376

    Abril 382

    Repetiu a quantidade do ms de ABRIL

    Maio 382

    Previso

    Quadro 2.1: Previso pelo mtodo do ltimo perodo Fonte: Elaborao do autor, 2008

    A previso para o ms de maio, por esta tcnica, significa repetir a quantidade consumida em abril.

    Seo 2 Clculo da previso pelo mtodo da mdia mvel simples

    A obteno da previso para o prximo perodo, por este mtodo, feita freqentemente, pois seu clculo muito simples de ser efetuado. Consiste na mdia aritmtica aplicada ao consumo dos perodos anteriores. Ou seja, somam-se todas as parcelas e divide-se pelo nmero de perodos. De acordo com Martins e Laugeni (2005), o clculo feito da seguinte forma:

    Onde: P1 a Pn Perodos (em meses, anos etc.)n Quantidade de perodosMMS Mdia Mvel Simples

    Observe o exemplo a seguir.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Certa empresa vendeu um de seus produtos nas quantidades e perodos indicados no quadro 2.2. O procedimento de clculo utilizado para encontrar a mdia mvel simples pode ser observado no quadro 2.3.

    PERODOS QTD

    Janeiro 380

    Fevereiro 382

    Maro 376

    Abril 382

    MMS = 380 Previso

    Quadro 2.2: Previso pela mdia mvel simples Fonte: Elaborao do autor, 2008

    Janeiro = 380

    Fevereiro = 382

    Maro = 376

    Abril = 382

    MDIA = 380

    MDIA = ( P1 + P2 + P3 + P4) / 4

    Quadro 2.3: Clculo da mdia mvel simples Fonte: Elaborao do autor, 2008

    Para a obteno da mdia mvel foram somadas as quantidades entre janeiro e abril dividindo-se o resultado por quatro (nmero de meses), este resultado ser o valor previsto para o ms de maio.

    Seo 3 Clculo da previso pelo mtodo da mdia mvel ponderada

    Esta tcnica consiste em aplicar pesos maiores aos ltimos perodos da srie. Desta forma, o resultado fica tendendo aos valores com maior peso e que vem a ser aqueles mais prximos do ltimo perodo considerado (DIAS, 1993). Nesta tcnica, de certa forma, atribue-se pouco peso aos valores mais distantes do

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 2

    momento atual e, com isto, a tendncia a de tornar o resultado da previso mais parecido com o valor do ltimo perodo. A seguir, apresentada a frmula com a qual se efetua a previso. O somatrio dos pesos deve ser igual a 100%.

    Onde:Ci = Peso atribudo ao i - simoSegundo Dias (1993), a determinao dos pesos ou fatores de importncia deve ser feita de tal forma que a soma perfaa 100%.Exemplo de aplicao:

    PERODOS QTD % VALORES

    Janeiro 380 10% 38

    Fevereiro 382 20% 76,4

    Maro 376 30% 112,8

    Abril 382 40% 152,8

    MMP = 100% 380 Previso

    Quadro 2.4: Clculo efetuado no Excel Fonte: Elaborao do autor, 2008

    No Quadro 2.4, na coluna VALORES, encontramos os valores que correspondem multiplicao do percentual pela quantidade, exemplo: (10% x 380 = 38). Na ltima linha feito o somatrio da coluna VALORES, que indica como previso para o ms de MAIO a quantidade de 380 unidades. Esta mdia poderia tambm ser escrita de outra forma. Veja como:

    Onde: V1, V2, V3 e V4 correspondem s quantidades apresentadas no quadro.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Seo 4 Clculo da previso pelo mtodo dos mnimos quadrados

    O mtodo dos mnimos quadrados pode ser empregado sempre que a srie de valores do histrico disposto num grfico parecer seguir uma reta. A reta a ser traada aquela que passe o mais perto possvel de todos os pontos. Esta linha fica de tal forma posicionada que minimiza as diferenas entre a reta e cada ponto correspondente no grfico.

    Conforme RIGGS (1981),

    Onde:Y = valor real eYP = valor dos mnimos quadrados

    A equao da reta definida porY = a + bx

    Para determinar os valores de a e b sero necessrias duas equaes que sero obtidas multiplicando-se a equao da reta pelo coeficiente de a e somando-se os termos. Sendo o coeficiente de a = 1 e que N o nmero de pontos (perodos) do histrico encontra-se:

    A segunda equao encontrada multiplicando-se todos os termos da equao da reta por x e somando-os.

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 2

    Finalmente, a previso para o perodo desejado obtida pela aplicao dos valores de a e b, resolvidos, na equao da reta. A demonstrao grfica pode ser vista no grfico 2.1. J no quadro 2.5 apresentada uma forma de facilitar a obteno dos dados necessrios aos clculos.

    Onde x, nesta equao igual a n, ou seja, o nmero de perodos.

    O grfico apresenta as quantidades da srie e os perodos em que elas aconteceram. Aparece tambm a reta que melhor representa os pontos considerados. Por meio da reta apresentada no grfico pode-se supor que a quantidade esperada para 2008 ser maior que a obtida em 2007.

    Grfico 2.1: Quantidades realizadas em funo dos perodos

    Fonte: Elaborao do autor, 2008

    Observe o exemplo a seguir.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Para encontrar a previso para o ms de maio deve-se, inicialmente, montar um quadro como o que segue.

    PERODOS Y X X2 X . Y

    Janeiro 380 0 0 0

    Fevereiro 382 1 1 382

    Maro 376 2 4 752

    Abril 382 3 9 1146

    SOMAtRIOS Y = 1520 X = 6 X2 = 14 X . Y = 2280

    Quadro 2.5: Obteno das equaes pelo mtodo dos mnimos quadrados Fonte: Elaborao do autor, 2008

    Estabelece-se X= 0 para o primeiro valor de Y (380), depois X=1 para o prximo valor de Y (382) e assim por diante. Observe que os somatrios que se fez correspondem aos valores necessrios resoluo das equaes dadas acima e o N da equao I o nmero de meses (perodos).

    De posse destes valores, possvel fazer sua substituio como mostrado a seguir.

    Resultando em:

    Efetuando a soma algbrica encontramos:

    Substituindo o valor encontrado de "b" na Eq. I

    onde (0) corresponde ao valor de b

    Onde x=n o nmero de meses considerados = 4

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 2

    Lembre-se que possvel resolver o sistema de equaes com duas incgnitas a e bde vrias formas. No exerccio, o sistema foi resolvido multiplicando todos os termos da primeira equao por (-1,5) o que no altera seu valor, mas produz outra equao, em que aparece -6a que, posteriormente, ao ser efetuada a soma algbrica das equaes, acontecer a anulao de a permitindo encontrar o valor de b. Observe mais um exemplo.

    Inicialmente, monte um quadro com os dados dos meses anteriores (histrico).

    MESES Y X X2 X . Y

    Janeiro 1 380 0 0 0

    Fevereiro 2 396 1 1 396

    Maro 3 384 2 4 768

    Abril 4 405 3 9 1215

    Maio 5 390 4 16 1560

    Junho 6 406 5 25 2030

    Julho 7 420 6 36 2520

    Agosto 8 398 7 49 2786

    Setembro 9 425 8 64 3400

    Outubro 10 405 9 81 3645

    Novembro 11 435 10 100 4350

    Dezembro 12 430 11 121 4730

    13

    SOMAtRIOS 4874 66 506 27400

    PREVISO 433,12

    Quadro 2.6: Obteno das equaes Fonte: Elaborao do autor, 2008

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Estas informaes iro gerar o seguinte grfico:

    Grfico 2.2: Quantidades em funo do tempo com linha de tendnciaFonte: Elaborao do autor, 2008

    O valor da previso para o prximo perodo (janeiro do ano seguinte) pode ser calculado como no exemplo anterior, algebricamente, ou usando-se o Excel da seguinte forma:

    Algebricamente

    4874 = 12a + 66b x (-5,5)27400 = 66a + 506b } Soma algbrica (+)-26807 = -66a - 363b

    593 = + 143b b = 4,1468

    Substituindo b na primeira equao temos

    4874 = 12a + 66 * (4,1468) a = 383,3589YP = 383,4 + 4,1468 . 12YP = 433,16

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 2

    Usando a planilha Excel no clculo de previses

    A planilha Excel permite uma srie de clculos bastante interessantes, como, por exemplo, o dos mnimos quadrados. Anteriormente, fizemos o clculo da previso manualmente, vamos agora efetuar o mesmo clculo utilizando a planilha Excel.Inicialmente, voc deve digitar as quantidades e os meses conforme figura a seguir.

    Figura 2.1: Insero das quantidades e dos mesesFonte: Elaborao do autor, 2008

    O passo seguinte digitar na clula onde est o ponto de interrogao o sinal de igual, conforme a figura a seguir.

    Figura 2.2: Insero do sinal de igualFonte: Elaborao do autor, 2008

  • 44

    Universidade do Sul de Santa Catarina

    A prxima etapa marcar a clula com o mouse (C15), apontar e clicar na barra de ferramentas em Inserir e depois em Funo. Este procedimento provocar o aparecimento de uma caixa de dilogo, Inserir Funo.

    Figura 2.3: Insero da funoFonte: Elaborao do autor, 2008

    Na caixa de dilogo que abriu, voc deve selecionar estatstica, conforme mostrado na figura a seguir.

    Figura 2.4: Seleo da funo estatstica e previsoFonte: Elaborao do autor, 2008

    Selecionar a categoria "Estatstica", e no box seguinte, selecione a funo "PREVISO".

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 2

    Na mesma caixa, na parte inferior, voc deve marcar previso e clicar em ok. Surgir, ento, uma nova caixa de dilogo como mostrado na figura 2.5.

    Figura 2.5: Seleo da clula para a previso desejadaFonte: Elaborao do autor, 2008

    A seleo da clula B15, mostrada na figura 2.5, tem o objetivo de informar ao programa que voc deseja conhecer a previso para o 13 ms.

    Figura 2.6: Seleo da coluna com os valores conhecidosFonte: Elaborao do autor, 2008

    Selecionar a clula B15, onde aparece o nmero 13, posicionando o mouse para

    esta clula

    A seguir, com o mouse, selecionar a coluna C3 C14

  • 46

    Universidade do Sul de Santa Catarina

    A seleo dos valores conhecidos de Y informar ao programa quais os valores que conhecemos na srie.

    Figura 2.7: Seleo da coluna de valores de XFonte: Elaborao do autor, 2008

    A seleo dos valores de X indica ao programa, de forma anloga ao mostrado anteriormente, quais so os valores conhecidos de X. A seguir, clique em ok. Observe que aparecer na clula C15 o valor da previso.

    Figura 2.8: Valor da previso calculado no Excel pelo mtodo dos mnimos quadradosFonte: Elaborao do autor, 2008

    Finalmente, aparece o resultado correspondente previso para o prximo perodo, ou seja, janeiro do prximo ano.

    A seguir, com o mouse, selecionar a coluna B3 B14

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 2

    Clculo de previso pelo mtodo dos mnimos quadrados mediante o uso da HP-12c

    Outra possibilidade para calcular esta previso dada pela calculadora HP-12C, como mostrado na figura a seguir.

    Calcular a PrevisoPara o prximo Perodo de uma srie pelo Mtodo dos Mnimos Quadrados

    380396384405390406420398425405435430

    Ms12345678910111213

    Histrico

    Previso

    Enter +1

    Enter +2

    Enter +3

    Enter +4

    Enter +5

    GTecla 2

    433,12Resultado

    y^,r

    13

    Enter +6

    Enter +7

    Enter +8

    Enter +9

    Enter +10

    Enter +11

    Enter +12

    3 8 0

    3 9 6

    3 8 4

    4 0 5

    3 9 0

    4 0 6

    4 2 0

    3 9 8

    4 2 5

    4 0 5

    4 3 5

    4 3 0

    Figura 2.9: teclado da HP-12CFonte: Elaborao do autor, 2008

    Digitar no teclado da HP-12C a seqncia de teclas acima.

  • 48

    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Seo 5 Clculo da previso pelo mtodo da mdia com suavizao exponencial

    A previso de demanda pelo mtodo chamado de suavizao exponencial pode ser obtida mediante a previso do ltimo perodo, o consumo ocorrido tambm no ltimo perodo e por uma constante que determina o valor ou a ponderao dada aos valores mais recentes. Esta constante tem seu valor em geral situado entre 0 e 1, mas poder variar de 0,1 at 0,3, na prtica. Conforme Dias (1993), este mtodo elimina desvantagens das mdias, mvel e ponderada. A previso pode ser encontrada pela frmula apresentada a seguir.

    Y3 = . YR2 + (1 - ) . YP2

    Onde:

    Y3 = Previso para prximo perodo = Constante de suavizao exponencialYR2 = Consumo real no perodo anteriorYP2 = Previso do perodo anterior

    Observe o exemplo a seguir.

    Inicialmente, monte um quadro com os dados dos meses anteriores na planilha Excel:

    MESES DEMANDA PREV ERRO MESESMaro 70 1Abril 75 70,0 2Maio 65 71,0 3Junho 80 69,8 4Julho 78 71,8 7,4 5Agosto 71 73,1 7,7 6Setembro 70 72,7 7,0 7Outubro 75 72,1 4,1 8Novembro 72,7 9

    2,6

    Quadro 2.7: Quadro com os dados dos meses anteriores Fonte: Elaborao do autor, 2008

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 2

    O clculo no Excel poder ser feito conforme sintaxe abaixo.

    MESES DEMANDA PREV ERRO MESES2 MARO 70 33 ABRIL 75 =C2 44 MAIO 65 55 JUNHO 80 =0,2*C4+0,8*D4 66 JULHO 78 =0,2*C5+0,8*D5 =RAIZ(SOMAXMY2(C3:C5;D3:D5)/3) 77 AGOSTO 71 =0,2*C6+0,8*D6 =RAIZ(SOMAXMY2(C4:C6;D4:D6)/3) 88 SETEMBRO 70 =0,2*C7+0,8*D7 =RAIZ(SOMAXMY2(C5:C7;D5:D7)/3) 99 OUTUBRO 75 =0,2*C8+0,8*D8 =RAIZ(SOMAXMY2(C6:C8;D6:D8)/3) 1010 NOVEMBRO =0,2*C9+0,8*D9 11

    =RAIZ(SOMAXMY2(C7:C9;D7:D9)/3)

    Quadro 2.8: Clculo realizado no Excel e as frmulas que a planilha utiliza para efetuar o clculo Fonte: Elaborao do autor, 2008

    O quadro 2.9, apresentada abaixo, demonstra as operaes realizadas pelo computador.

    A B C1 MESES DEMANDA PREV2 MARO 703 ABRIL 75 70,04 MAIO 65 71,05 JUNHO 80 69,86 JULHO 78 71,87 AGOSTO 71 73,18 SETEMBRO 70 72,79 OUTUBRO 75 72,1

    10 NOVEMBRO 72,7

    = 70 = B2= 0,2 X 75 + ( 1 - 0,2) X 70= 0,2 X 65 + (1 - 0,2) X 71= 0,2 X 80 + (1 - 0,2) X 69,8= 0,2 X 78 + (1 - 0,2) X 71,8= 0,2 X 71 + (1 - 0,2) X 73,1= 0,2 X 70 + (1 - 0,2) X 72,7

    Quadro 2.9: Operaes realizadas pelo Excel Fonte: Elaborao do autor, 2008

    Estas informaes iro gerar o seguinte grfico:

    AJUSTE EXPONENCIAL

    60

    65

    70

    75

    80

    85

    0 2 4 6 8 10

    PONTO DE DADOS

    Valo

    r

    REAL

    PREVISO

    Grfico 2.3: Previso com suavizao exponencialFonte: Elaborao do autor, 2008

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    A linha fina, no grfico 2.3, apresenta a demanda real. J a linha grossa representa a previso suavizada exponencialmente. Como voc pode perceber pelo grfico, a linha da previso fica mais suave com variaes menos abruptas do que as variaes reais. O procedimento utilizado para clculo pode ser realizado no Excel conforme as figuras que sero apresentadas a seguir, com automatizao do processo copiando frmulas sem ter que refaz-las.Digite novamente no Excel conforme demonstrado na figura 2.10, repetindo o que foi feito anteriormente.

    Figura 2.10: Clculo da previso com suavizao exponencial usando o SolverFonte: Elaborao do autor, 2008

    Em seguida, voc deve digitar o sinal = na clula D3 e clicar com o boto esquerdo do mouse na clula C2. Em seguida, digitar enter. Este procedimento far com que a clula D3 fique igual clula C2, conforme a figura acima. Na clula A12 digite = e na clula B12 digite 0,2. Na clula A13 digite (1 )= e na clula B13 digite 1 B12. = e (1 )= devem ser inseridos como texto. A equao apresentada foi inserida como desenho.

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    Unidade 2

    Figura 2.11: Clculo da previso com suavizao exponencial com automatizao do processoFonte: Elaborao do autor, 2008

    Vamos agora introduzir o recurso de arrastar as frmulas para outras clulas. Para tal ser necessrio indicar ao Excel quais as clulas que estaro fixas. O aparecimento do cifro entre a letra da coluna e o nmero da linha pode ser obtido colocando-se o cursor do mouse antes da letra da coluna e, em seguida, clicar na tecla F4, este procedimento colocar cifro antes e depois da letra da coluna, fixando linha e coluna.

    Figura 2.12: Automatizao de clculo mediante o uso da tecla F4Fonte: Elaborao do autor, 2008

    = $B$12*C3 + $B$13*D3

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    O prximo passo preparar a clula D4 para automatizar o clculo da previso. Para isto, voc deve colocar o mouse na ala ativa (canto inferior direito) da clula selecionada, isto far aparecer uma cruz preta. Veja na figura 2.13.

    Figura 2.13: Apresentao do clculo da previsoFonte: Elaborao do autor, 2008

    Quando formar uma cruz preta, no canto inferior direito da clula, arraste-a com o boto esquerdo do mouse acionado at a clula D9. Este procedimento calcular automaticamente os demais valores de previso procurados, como pode ser observado na figura 2.14.

    Figura 2.14: Clculo da previso no ExcelFonte: Elaborao do autor, 2008

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 2

    Os procedimentos descritos at aqui devem ter sanado suas dvidas completamente, mas o que voc acha de fazer um exerccio?

    Faa o exerccio e o grfico como estudado anteriormente.

    MS DEMANDA PREVISO1 JAN 118 2 FEV 120 1183 MAR 130 118,44 ABR 125 120,75 MAI 128 121,66 JUN 132 122,97 JUL 133 124,78 AGO 127 126,49 SEt 125 126,5

    10 OUt 122 126,211 NOV 129 125,312 DEZ 130 126,113 JAN 126,9

    Resposta

    Grfico

    116118120122124126128130132134

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

    Aproveite e faa uma simulao com nmeros fictcios para testar seus conhecimentos!

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    Consideraes sobre o valor alfa ()

    De acordo com o que voc j estudou, a constante de alisamento exponencial varia entre 0 e 1.O estudo realizado at agora permitir a execuo de clculos de previso, com valores de alfa previamente estabelecidos, entretanto, cabe uma interrogao, qual o valor ideal para o alfa? Veja a seguir uma discusso com o objetivo de encontrar este valor.

    Mas qual seria o valor ideal?

    O valor de alfa a ser utilizado deve ser tal que gere o menor erro de previso possvel. Para minimizar o erro padro, levou-se em conta a soma dos quadrados dos desvios de todas as previses, o que foi feito mediante o uso da seguinte frmula:

    n

    (Yi - Yi)i=2

    ^

    n - 1S = erro

    2

    Vamos modificar a planilha que vnhamos utilizando, calculando a previso agora at o ms de novembro. Aproveite e inclua mais uma coluna para numerarmos os meses. Observe tambm que foi desenhada uma frmula de que necessitamos para calcular o erro, mas voc no precisa faz-la. O que voc far introduzir essa frmula na planilha e tambm far linha a linha da planilha, o clculo do erro da seguinte forma:

    para iniciar, na clula C11 escreva 0,1 e na clula C9 escreva (1- C11); (Figura 2.15)

    depois, coloque o cursor do mouse na clula E14 e digite = C14 D14, adicionando o cifro, mediante F4, antes da letra C e depois, antes da letra D, como j vimos;

    a seguir, arraste com o mouse at E20. A frmula ser copiada automaticamente.

    Sua planilha dever ficar semelhante a da figura 2.15.

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    Unidade 2

    Figura 2.15: Insero das frmulas para o clculo do erroFonte: Elaborao do autor, 2008

    Posicione agora o mouse na clula E22 e digite:

    =RAIZ(SOMAXMY2(C14:C20;D14:D20)/F20-1)

    Dever aparecer um nmero prximo daquele que est na planilha da figura 2.16 (erro padro). Caso o nmero que aparea seja um pouco diferente, no se preocupe, pois o solver ir modific-lo. Vamos, a partir deste momento, usar uma das principais ferramentas da planilha Excel, o SOLVER. Mas antes ser necessria sua instalao. Esta ferramenta vem incorporada no Microsoft Office, mas em geral no est disponvel at que se solicite. Inicialmente, v at a barra de menus, selecione Ferramentas e, a seguir, suplementos, na caixa de dilogo que ir surgir marque a opo Solver. Este procedimento instalar o solver em sua mquina. A partir deste momento, em Ferramentas aparecer como disponvel o Solver. No clculo efetuado a seguir foi levado em conta alfa = 0,1 e utilizada a ferramenta solver do Excel, para determinar o melhor valor para alfa. 0,9

    0,1 =

    (1- )=

    A opo Solver no Excel pode ser utilizada para resolver problemas de otimizao lineares e no-lineares. As restries de inteiros podem ser colocadas nas variveis de deciso. O Solver pode ser utilizado para resolver problemas com at 200 variveis de deciso, 100 restries implcitas e 400 restries simples (limites inferior e superior e/ou restries de inteiros nas variveis de deciso).

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    Uma vez inseridas as alteraes (observe-as na figura a seguir), clique em ferramentas, depois selecione solver, com o cursor do mouse na clula E22 apontada pela seta.

    Figura 2.16: Incio do clculo pelo SOLVERFonte: Elaborao do autor, 2008

    A seguir, aparecer uma caixa de dilogo. Na opo Definir clula de destino marque E22. Na linha de baixo marque Min. Em seguida, na posio Estimar clicar com o mouse conforme a seta, selecione a clula C11 com o mouse e d um ENTER.

    Figura 2.17: Definindo os parmetros para o SOLVERFonte: Elaborao do autor, 2008

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    A nova tela que surgir ser como mostra a figura 2.18.

    Figura 2.18: Definindo os parmetros para o SOLVERFonte: Elaborao do autor, 2008

    Clique agora em adicionar. Surgir uma nova caixa de dilogo como mostrado na figura 2.19.

    Figura 2.19: Referenciando a clula varivelFonte: Elaborao do autor, 2008

    Agora iremos impor restries para o clculo. Na prxima figura trabalharemos as restries.

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    Figura 2.20: Definindo a clula varivelFonte: Elaborao do autor, 2008

    Clique com o mouse no ponto indicado pela seta 1, em seguida, selecione a clula C11. Com o mouse no ponto indicado pela seta 2, escolha

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    Unidade 2

    Observe que a nova caixa que surgiu igual anterior. Selecione com o mouse o ponto indicado pela seta 1, e marque a clula C11, d um ENTER e com o mouse selecione = > e escreva zero no campo da restrio. D um OK. O resultado dever ser semelhante ao mostrado na figura 2.22.

    Figura 2.22: Insero das restriesFonte: Elaborao do autor, 2008

    O prximo passo clicar em resolver, procedimento que abrir uma nova caixa de dilogo como mostrado na figura 2.23.

    Figura 2.23: Resultados do SolverFonte: Elaborao do autor, 2008

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    Com o mouse selecione: Resposta, Sensibilidade, Limite e clique em OK. O resultado dever ser similar figura 2.24.

    Figura 2.24: Resultado final do SolverFonte: Elaborao do autor, 2008

    Assim, a previso para o ms de novembro dever ficar em 72,2, conforme quadro abaixo, e o melhor valor de alfa igual 0,139746104.

    MESES DEMANDA PREVISO ERRO MESES

    MARO 70 1

    ABRIL 75 70,0 5,0 2

    MAIO 65 70,7 -5,7 3

    JUNHO 80 69,9 10,1 4

    JULHO 78 71,3 6,7 5

    AGOStO 71 72,2 -1,2 6

    SEtEMBRO 70 72,1 -2,1 7

    OUtUBRO 75 71,8 3,2 8

    NOVEMBRO 72,2

    ERRO PADRO 5,15205

    Quadro 2.10: Previso. Fonte: Elaborado pelo autor, 2008.

    Aps efetuar os clculos, o solver fornecer trs relatrios como mostrados a seguir.

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    1 - Relatrio de resposta

    Este relatrio importante para que se tenha por escrito as condies e os resultados encontrados pelo solver. Assim, no relatrio de resposta so mostrados o valor original e o valor final para o erro calculado. So mostradas tambm as clulas ajustveis e as restries impostas ao clculo. Cabe salientar que esses relatrios so gerados automaticamente pelo Excel.

    Figura 2.25: Relatrio de respostaFonte: Elaborao do autor, 2008

    2 - Relatrio de sensibilidade

    Este relatrio importante para demonstrar as clulas ajustveis e o valor final para o alfa obtido pela mquina. E como pode ser observado, no apresenta restries dentro da faixa.

    Figura 2.26: Relatrio de sensibilidadeFonte: Elaborao do autor, 2008

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    3 - Relatrio de limites

    Este relatrio permite observar os limites da varivel em estudo, bem como o resultado atingido e o valor do erro encontrado.

    Figura 2.27: Relatrio de limitesFonte: Elaborao do autor, 2008

    Ao escrever este captulo, possibilitamos alm do conhecimento em logstica a oportunidade de voc aprofundar um pouco mais os conhecimentos na utilizao do Excel. A incluso desta ferramenta e seu uso em nosso curso tm o objetivo de prepar-lo cada vez mais para o mercado de trabalho em logstica.Na prxima unidade, voc ir estudar a curva ABC e suas aplicaes em logstica.

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    Unidade 2

    Sntese

    Foram vistas nesta unidade diferentes formas de se fazer uma previso de vendas ou de compras. Foram apresentadas tcnicas que podero ser colocadas imediatamente em prtica no seu trabalho e em seus controles pessoais. Quando se trata de previso, deve-se utilizar os mtodos apresentados, tais como a mdia mvel, os mnimos quadrados ou, ainda, a suavizao exponencial. Mas cabe um alerta, sempre aps calcular a previso para o prximo perodo, faa uma reflexo sobre a situao de sua empresa e das condies de mercado, pois nada substitui o nosso feeling (sentimento) sobre o assunto.Foram apresentadas duas ferramentas importantes para trabalhar com logstica, a calculadora HP-12C e o Excel. Nos prximos captulos, conforme a necessidade, outras funes do Excel e da HP-12C sero utilizadas.

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    Atividades de autoavaliao

    1) Com base na srie de valores de vendas da companhia PREVER LTDA. indicada a seguir, calcule.

    MS REALIZADO PREVISO

    1 1000

    2 1500

    3 1400

    4

    a) Calcule pelo mtodo do ltimo perodo qual a previso para o ms 4.

    b) Calcule pelo mtodo da mdia mvel simples qual a previso para o ms 4.

    X Y PREVISO1 10002 15003 14004

    c) Calcule pelo mtodo da mdia mvel ponderada qual a previso para o ms 4 sabendo-se que os percentuais desejados na ponderao so os seguintes:

    Ms 1 20%

    Ms 2 30%

    Ms 3 50%

    MS REALIZADO % VALORES1 1000 20%2 1500 30%3 1400 50%4 PREVISO

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    d) Calcule pelo mtodo dos mnimos quadrados qual a previso para o ms 4.

    PERODOS1 1.0002 1.5003 1.4004

    SOMATRIOS Y = X = X . Y = X =2

    2XY X X . Y

    e) Calcule pelo mtodo da mdia com suavizao exponencial qual a previso para o ms 4.

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    Saiba mais

    Detalhes adicionais podero ser encontrados em:DIAS, Marco Aurlio P. Administrao de materiais. Uma abordagem logstica. So Paulo: Atlas, 1996.MARTINS, Petrnio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos. Administrao de materiais e recursos patrimoniais. So Paulo: Saraiva, 2000.

    Excel

  • 3UNIDADE 3Papel estratgico da gesto patrimonial e de materialObjetivos de aprendizagem

    Conhecer o princpio de Pareto aplicado Logstica.

    Entender a importncia da aplicao da curva ABC na Administrao.

    Desenvolver tcnicas de construo da curva e tabela ABC.

    Aplicar a planilha Excel na elaborao da curva e tabela ABC.

    Entender a importncia da gesto patrimonial e de materiais.

    Perceber os significados de vida til e econmica de um bem.

    Compreender o significado da depreciao de um bem.

    Conhecer as principais tcnicas aplicadas gesto patrimonial.

    Desenvolver habilidades no uso da planilha Excel para efetuar clculos e grficos ligados ao patrimnio e a materiais.

    Sees de estudo

    Seo 1 Apresentao do princpio de Pareto aplicado a materiais

    Seo 2 Mtodo de montagem da tabela e curva ABC

    Seo 3 Elaborao manual da tabela e curva ABC

    Seo 4 Elaborao no Excel da tabela e curva ABC

    Seo 5 Administrao e controle patrimonial

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    Para incio de estudo

    A curva e a tabela ABC permitem que se percebam dentre uma grande quantidade de itens os poucos mais significativos do ponto de vista dos custos. Por exemplo, em um estoque. Imagine um almoxarifado com 30.000 produtos diferentes, como controlar? Em princpio, se no se estabelecer algum sistema de prioridade, todos os produtos sero iguais do ponto de vista de controle, sejam eles um alfinete ou um motor de carro. Uma primeira idia seria a de se escolher os mais caros dentre eles, mas surge a pergunta: Em que quantidade?.Outro exemplo: como distinguir os clientes mais importantes de um banco e quais aqueles que teriam menor importncia caso encerrassem suas contas? para solucionar estas interrogaes que estudaremos o princpio de Pareto.

    Seo 1 Apresentao do princpio de Pareto aplicado a materiais

    Vilfredo Pareto foi um italiano, poltico, socilogo e economista que no sculo XIX, apresentou uma teoria interessante, mas que no tinha muita aplicao prtica na poca. Sua idia era a de verificar a distribuio de dinheiro em uma certa regio da Itlia. Descobriu que 80% do dinheiro estavam nas mos de 20% da populao. Este fato ficou conhecido como lei 80-20. Algum tempo depois, este princpio foi aplicado aos estoques com o objetivo de conhecer os itens (20%) mais significativos do ponto de vista dos custos. Atualmente, este princpio usado em uma infinidade de aplicaes. Por exemplo, conhecer os 20% dos clientes que respondem por 80% do resultado de um banco, considerando-se a movimentao de suas contas correntes.

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    Unidade 3

    Seo 2 Mtodo de montagem da tabela e curva ABC

    A curva e tabela ABC, oriundas do estudo de Pareto, podem ser entendidas como uma das principais ferramentas de anlise disponveis ao administrador. O desenvolvimento da tcnica, como vimos, atribudo a Pareto e permite a realizao de trabalhos nas mais diversas reas do conhecimento humano. No presente caso, ela ser usada para demonstrar os custos dos estoques em relao quantidade de itens estocados. Segundo Fogaa (2003, p. 29):

    atribuda a Pareto a elaborao desta teoria. No ano de 1897, Vilfredo Pareto, fazia estudos sobre a distribuio de renda e riqueza na Itlia. Ele descobriu que uma grande porcentagem da riqueza estava concentrada nas mos de pequena parcela da populao. Os valores observados foram 80% da riqueza nas mos de apenas 20% da populao.

    Como j vimos, este princpio posteriormente foi usado pelos administradores na anlise de estoques, em cargos e salrios etc. Segundo Pozo (2001), a curva ABC foi utilizada pela primeira vez na General Electric por F. Dixie, com o objetivo de avaliar estoques. Ainda segundo este autor, Dixie adotou para A 8% dos itens e 75% do valor de todo o estoque, os B representavam 25% dos itens com 20% do valor total do estoque e, finalmente, os C representavam 67% dos itens com 5% dos custos totais do estoque considerado. Mediante esta pesquisa foi observado que no existe consenso entre os diversos autores pesquisados em relao proporo ideal, ficando a critrio do administrador o estabelecimento dos valores desejados. Cabe ainda ressaltar que esta tcnica poder ser usada para avaliar o grau de criticidade dos itens de estoque, ou seja, determinado item pode custar pouco, mas impactar no funcionamento de uma linha de produo. Alguns autores apresentam os custos na horizontal e a criticidade na vertical, formando uma matriz em que os itens podem ser vistos simultaneamente. Esta outra anlise permite que os itens sejam vistos pela dificuldade de obteno ou seu impacto na atividade.

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    Veja a tabela e a curva ABC para um estoque hipottico obtidas mediante o uso de um simulador disponvel no endereo: .

    Ateno: Exemplos de curva e tabela ABC so mostrados respectivamente no grfico 3.1 e na tabela 3.1.

    Segundo DIAS (1993), a obteno da tabela e curva ABC uma tarefa que poder ser realizada mediante clculos manual, mecanizado ou eletrnico. Veja a seguir a forma da curva e da tabela ABC realizadas em um simulador.A tabela e a curva representam, hipoteticamente, um estoque existente na farmcia de um hospital.

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    Unidade 3

    Tabela 3.1: Tabela ABC aplicada a um exemplo de estoque de um hospital

    Cd. Estoque Qtd.Valor

    UnitrioValor Total (Consumo) % % Acumulado Classificao

    Tienam 500mg 100 ml Frasco 1 21949,0 21949,0 17,4 17,4

    Oxignio 1 18782,3 18782,3 14,9 32,3

    Ceclane 20mg 0,2 ml seringa 1 17587,5 17587,5 13,9 46,2

    Triaxin 1g frasco ampola 1 14830,5 14830,5 11,8 57,9

    Keflin 1g frasco ampola 1 12057,1 12057,1 9,6 67,5

    dersani 200 ml emulso frasco 1 11927,4 11927,4 9,5 76,9

    Luva de procedimento 1 10646,7 10646,7 8,4 85,4

    Dermodex pomada tubo 1 1856,8 1856,8 1,5 86,8

    Kit obstet. catgut simples 1 1828,2 1828,2 1,5 88,3

    Agua destilada 250 ml 1 1826,0 1826,0 1,5 89,7

    Kolagenase pom. tubo 1 1817,1 1817,1 1,4 91,2

    Coletor urina 1 1815,8 1815,8 1,4 92,6

    Diprospan 1ml ampola 1 1805,0 1805,0 1,4 94,0

    Triclosan Sabonete liquido 1 1791,8 1791,8 1,4 95,5

    agulha 1 1637,9 1637,9 1,3 96,8

    Recipiente descartavel p/material 1 1632,7 1632,7 1,3 98,0

    Agulha surecan 20x25 1 191,8 191,8 0,2 98,2

    Catgut simples 4-0 1 191,4 191,4 0,2 98,3

    Insulina mistaNPH 100 UI 1 191,2 191,2 0,2 98,5

    Dormonid 15 mg - comp. 1 191,1 191,1 0,2 98,7

    Pulmocare 1000 ml - L 1 189,1 189,1 0,2 98,8

    Renitec 10 mg - comp. 1 189,0 189,0 0,2 99,0

    Cloridrato de dopamina 50 ml 1 187,9 187,9 0,2 99,1

    Scalp 25 1 187,4 187,4 0,2 99,2

    Rinossoro gotas frasco frasco 1 186,6 186,6 0,2 99,4

    ccompressa de gaze 7,5 x 7,5 1 185,7 185,7 0,2 99,5

    Lmina de bisturi 23 1 183,6 183,6 0,2 99,7

    Disquete 1 183,4 183,4 0,2 99,8

    Stilamin 250 mcg - ampola 1 183,0 183,0 0,1 100,0

    Timoptol 0,25% - frasco 1 7,3 7,3 0,0 100,0

    Sonda gastrica longa 12 1 6,2 6,2 0,0 100,0

    Violeta genciana 1000 ml 1 5,5 5,5 0,0 100,0

    Bamifix 300 g - drageas 1 5,2 5,2 0,0 100,0

    Talofilina 200 mg - cpsula 1 4,1 4,1 0,0 100,0

    Bricanyl cprs - comprimidos 1 3,9 3,9 0,0 100,0

    Pasta 0 0,0 0,0 0,0 100,0Drenex 1021 0 0,0 0,0 0,0 100,0

    A

    B

    C

    Fonte: Adaptado de Barbieri e Machline, 2005

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Grfico 3.1: Simulao de curva ABC aplicada ao exemplo de estoque de um hospitalFonte: Simulao disponvel em , acesso em: 02/05/2008

    A curva ABC de suma importncia para o administrador, como j foi dito, pois permite classificar e estudar de forma geral as minorias mais significativas. Por exemplo: os clientes vip de um banco; os produtos mais significativos dentro do portflio de produtos de uma empresa; os clientes mais representativos dentro do faturamento de uma empresa; os maiores salrios de uma organizao etc.

    Seo 3 Elaborao manual da tabela e curva ABC

    Vejamos como a curva ABC poder ser feita manualmente. Considere os seguintes produtos cujos cdigos, quantidades e valores unitrios em estoque numa certa empresa so apresentados na tabela 3.2.Tabela 3.2: Estoque de uma empresa hipottica

    Cdigo do Produto Quantidade Valor unitrio Valor total1 135 10 1.3502 100 10 1.0003 40 100 4.0004 400 20 8.0005 2.000 10 20.0006 10.000 10 100.0007 120 50 6.0008 135 10 1.350

    Fonte: Elaborao do autor, 2008

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    Gesto de Operaes e Logstica I

    Unidade 3

    Observe que na tabela o valor total igual quantidade multiplicada pelo valor unitrio do item considerado. A quantidade do produto 1 foi multiplicada por seu valor unitrio, resultando no valor total. Os demais valores foram encontrados da mesma forma. Entretanto, aps calcular estes valores, deve-se ordenar todas as linhas, tomando como critrio o valor total encontrado, com os valores aparecendo em ordem decrescente, ou seja, do maior para o menor. Veja na tabela 3.3:Tabela 3.3: Estoque de uma empresa hipottica, com os produtos ordenados segundo os valores totais (sentido decrescente)

    Cdigo do Produto Quantidade Valor unitrio Valor total % % Acumulada

    6 10.000 10 100.0005 2.000 10 20.0004 400 20 8.0007 120 50 6.0003 40 100 4.0001 135 10 1.3508 135 10 1.3502 100 10 1.000

    Fonte: Elaborao do autor, 2008

    Veja que a linha inteira iniciada pelo cdigo 6 do produto foi mudada de sua posio original para ocupar a primeira linha da tabela. Pode-se constatar que o item de maior valor nesse estoque o que corresponde ao produto com cdigo 6. Na tabela 3.4 mostra-se o somatrio que dever ser feito na coluna do valor total.Tabela 3.4: Clculo do valor total do estoque

    Cdigo do Produto Quantidade Valor unitrio Valor total % % Acumulada

    6 10.000 10 100.0005 2.000 10 20.0004 400 20 8.0007 120 50 6.0003 40 100 4.0001 135 10 1.3508 135 10 1.3502 100 10 1.000

    141.700

    Fonte: Elaborao do autor, 2008

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    O prximo passo calcular quanto o valor total de 100.000 (produto 6) representa no valor de 141.700 (soma dos valores totais), que o total do estoque. Esse clculo feito mediante o uso de uma regra de trs.

    Logo, o valor encontrado foi de 70,6%, que dever ficar na coluna %. Os demais valores que aparecem na tabela 3.5 foram tambm assim calculados.Tabela 3.5: Clculo dos percentuais dos itens

    Cdigo do Produto Quantidade Valor unitrio Valor total % % Acumulada

    6 10.000 10 100.000 70,65 2.000 10 20.000 14,14 400 20 8.000 5,67 120 50 6.000 4,23 40 100 4.000 2,81 135 10 1.350 1,08 135 10 1.350 1,02 100 10 1.000 0,7

    141.700 100

    Fonte: Elaborao do autor, 2008

    Na coluna % acumulada, adiciona-se a cada item a soma das porcentagens anteriores, conforme a tabela a seguir.Tabela 3.6: Obteno da porcentagem acumulada

    Cdigo do Produto Quantidade Valor unitrio Valor total % % Acumulada

    6 10.000 10 100.000 70,6 70,65 2.000 10 20.000 14,1 84,74 400 20 8.000 5,6 90,37 120 50 6.000 4,2 94,63 40 100 4.000 2,8 97,41 135 10 1.350 1,0 98,38 135 10 1.350 1,0 99,32 100 10 1.000 0,7 100,0

    141.700

    ++

    Fonte: Elaborao do autor, 2008

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    Unidade 3

    Com a coluna % acumulada concluda, cabe neste momento uma anlise dos dados obtidos. Deve-se escolher a proporo desejada para os itens A, B e C. Esta proporo dever ser feita considerando-se o seguinte:

    1. A > B > C;2. a soma de A, B e C dever ser 100%;3. se A for muito maior que B e C (por exemplo, 90%), a

    curva que resultar ser dita de alta concentrao. Se A estiver prximo de 50%, a curva resultante ser dita de baixa concentrao;

    4. no existe uma definio clara para os valores desta proporo. No caso de estoques, existe interesse em relacionar os percentuais dos custos com os percentuais dos itens, por exemplo:

    Quadro 3.7: Porcentagens dos custos x itens, conforme a classificao ABC Fonte: Elaborao do autor, 2008

    Sendo escolhida a proporo (70x20x10) para os custos, poderiam ser encontrados os valores (10x30x60) para os itens. O significado o seguinte: 10% dos itens estariam representando 70% dos custos. Por outro lado, 60% dos itens representariam apenas 10% dos custos do estoque.Voltando ao exemplo da tabela 3.6, deve-se separar na coluna % acumulada o valor que estiver o mais prximo possvel de 70%, a menor ou a maior. Veja na tabela 3.7. Tabela 3.7: Estabelecendo a classificao ABC

    Cdigo do Produto Quantidade Valor unitrio Valor total % % Acumulada

    6 10.000 10 100.000 70,6 70,6 A5 2.000 10 20.000 14,1 84,7 B4 400 20 8.000 5,6 90,3 B7 120 50 6.000 4,2 94,6 C3 40 100 4.000 2,8 97,4 C1 135 10 1.350 1,0 98,3 C8 135 10 1.350 1,0 99,3 C2 100 10 1.000 0,7 100,0 C

    141.700

    Fonte: Elaborao do autor, 2008

    A B CCUSTOS 70 20 10ITENS 10 30 60

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    A prxima marcao a ser feita a dos valores de B, ou seja, deve-se somar 20% acima dos 70% da proporo adotada. Assim, o valor mais prximo de 90% 90,3%, valor sublinhado na tabela 3.6. Finalmente, deve-se somar 10% acima de 90%, ou seja, 100%. Os valores entre 90% e 100% sero aqueles marcados como C.Deve-se calcular agora a relao entre os itens e os valores j calculados dos custos. No nosso hipottico estoque, o total de itens 8, ou seja, 8 corresponde a 100% dos itens em estoque. 8 itens 100% Estoque

    1 item x%X = 0,125 ou 12,5%

    8 itens 100% Estoque2 itens x%

    X = 0,25 ou 25%

    8 itens 100% Estoque5 itens x%

    X = 0,625 ou 62,5%

    A

    B

    CFigura 3.1: Clculo do percentual de cada parte em relao ao total do estoqueFonte: Elaborao do autor, 2008

    Com os clculos efetuados acima, encontrou-se que 12,5% dos itens correspondem a 70% dos custos (1 item A). J os itens C (5 itens) respondem por 62,5% do total dos itens do estoque, entretanto, representam apenas 10% dos custos. Finalmente, agora se deve fazer a curva ABC baseada na tabela que foi construda.

    CURVA ABC

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    0 6 5 4 7 3 1 8 2

    ITENS

    %

    Grfico 3.2: Curva ABC de estoqueFonte: Elaborao do autor, 2008

    O grfico 3.2 pode ser construdo no Excel, ou ainda de outras formas. Mas acompanhe sua execuo usando a planilha eletrnica Excel.

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    Seo 4 Elaborao no Excel da tabela e curva ABC

    Inicialmente, digite a tabela como mostrada na figura 3.2.

    Figura 3.2: tabela ABCFonte: Elaborao do autor, 2008

    A partir do momento em que os valores estiverem digitados, selecione os dados de B1 at G10, Agora, v at a barra de ferramentas e em dados marque classificar, conforme a figura 3.3.

    Figura 3.3: Seleo dos dadosFonte: Elaborao do autor, 2008

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    Aparecer uma caixa de dilogo como mostrado na figura 3.4. Marque decrescente, escolha coluna D e clique em OK.

    Figura 3.4: Escolha coluna D em ordem decrescenteFonte: Elaborao do autor, 2008

    Aps este procedimento, o resultado ser como mostrado na figura 3.5.

    Figura 3.5: tabela modificada pela classificao decrescenteFonte: Elaborao do autor, 2008

    Este procedimento colocar os valores da coluna valor total em sentido decrescente. Observe que foi respeitada a premissa inicial de mudar a linha inteira ao mudar um valor total, sendo preservado o cdigo, a quantidade e tambm o valor.

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    Figura 3.6: Incremento de uma linha logo abaixo do cabealhoFonte: Elaborao do autor, 2008

    Para poder traar um grfico com os valores desta tabela, vamos inserir uma linha conforme mostrado na figura 3.6. Aponte o cursor do mouse para a barra de ferramentas e clique em inserir linhas. Esta seleo far aparecer a linha adicional desejada.Vamos agora inserir uma coluna. Para tanto, coloque o cursor do mouse selecionando a coluna A, v at a barra de ferramentas e clique sobre inserir e depois em coluna.

    Figura 3.7: Incremento de uma coluna para a digitao dos nmeros de 0 a 8Fonte: Elaborao do autor, 2008

    Digite os nmeros de 0 a 8

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    Digite a seguir os nmeros de 0 at 8 conforme mostrado na figura 3.8.

    Figura 3.8: Obteno do somatrio da coluna Valor totalFonte: Elaborao do autor, 2008

    O prximo passo a obteno da soma dos valores apresentados na coluna Valor total. Marque a clula E11 e, em seguida, na barra de ferramentas, com o mouse, clique no boto cone de somatrio (), a seguir, marque a clula E3 arrastando com o boto esquerdo do mouse pressionado at a clula E8 e d um enter. Aparecer o valor de 141.700. O valor de 141.700, obtido pela soma, corresponde ao valor total em dinheiro contido nesse estoque.

    Figura 3.9: Clculo dos percentuais correspondentes a cada item do estoque Fonte: Elaborao do autor, 2008

    E 11

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    A figura 3.9 mostra como calculado o percentual que os 100.000 representam no total do estoque. Deve-se clicar sobre a clula F3, digitar o sinal de igual (=), clicar sobre E3, digitar o sinal de dividir ( / ), e clicar sobre a clula E11. Este procedimento criar uma frmula (=E3/E11*100) para efetuar o clculo. Vamos aproveitar para usar um recurso interessante do Excel que o de arrastar a frmula para as demais linhas. Este recurso obtido clicando-se na barra de ferramentas com o cursor do mouse entre o sinal de diviso e E11, e digitando F4 como demonstrado na figura 3.10. A seguir, posicione o cursor do mouse no canto inferior direito da clula F3 (ala da clula ativa), quando aparecer uma cruz preta arraste at a clula F10.

    Figura 3.10 Incluso de F4 na frmula de clculo dos percentuais Fonte: Elaborao do autor, 2008

    Este procedimento colocar automaticamente a frmula que construmos nas demais clulas que marcamos, ou seja, at a clula F10. Como voc pode perceber, foram includos na frmula dois cifres. Esta incluso permitiu ao Excel entender que a clula E11 permaneceu constante nas operaes que foram realizadas nas linhas subseqentes. O resultado como mostrado na figura 3.10 o seguinte: todos os valores de porcentagens foram calculados automaticamente.O clculo da % acumulada realizado da seguinte forma: selecione a clula G2 digitando o sinal de igual. Em seguida, posicione o cursor do mouse na clula F2, clicando com o boto esquerdo do mouse. Este procedimento copiar para G2 o valor zero presente em F2 e tecle enter. Selecione a clula G3, digite o sinal de igual, em seguida, clique sobre a clula G2, digite o sinal de + e na seqncia coloque o cursor do mouse em F3, dando a seguir um enter.

    Com o cursor nesta posio, digitar F4.

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    Aparecer na clula G3 a soma destes valores, como mostrado na figura 3.11.

    Figura 3.11: Obteno dos percentuais acumuladosFonte: Elaborao do autor, 2008

    Agora ser necessrio calcular as demais porcentagens nas linhas subseqentes. Este procedimento poder ser feito automaticamente pelo Excel. Posicione o mouse sobre a clula G3 na ala desta clula at que forme a cruz preta, arraste o mouse com o boto esquerdo acionado. O resultado da operao pode ser visto na figura 3.12.

    Figura 3.12: Clculo automtico dos percentuais acumuladosFonte: Elaborao do autor, 2008

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    Unidade 3

    Na figura 3.13 so apresentados os valores dos percentuais j calculados de forma automtica pelo Excel. Este procedimento completa a construo da tabela.

    Figura 3.13: tabela completaFonte: Elaborao do autor, 2008

    O prximo passo traar o grfico da curva ABC. Para traar este grfico, selecione as clulas A2 at A10. Mantenha a tecla Ctrl pressionada e selecione de G2 at G10, como mostrado na figura 3.14.

    Figura 3.14: Seleo dos valores para execuo do grfico Fonte: Elaborao do autor, 2008

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    Com o mouse, clique no cone de grfico. Escolha Disperso (XY) e tambm o subtipo de grfico marcado na cor preta, depois clique em concluir, como na figura 3.15.

    Figura 3.15: Escolha do tipo de grfico Fonte: Elaborao do autor, 2008

    O resultado dever ficar semelhante figura 3.16.

    Figura 3.16: Grfico da curva ABCFonte: Elaborao do autor, 2008

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    Vamos agora trabalhar um pouco o grfico criado. Clique sobre a legenda (---- Srie 1) com o boto direito do mouse e escolha limpar.

    Figura 3.17: Seleo do eixo verticalFonte: Elaborao do autor, 2008

    A seguir, coloque o cursor do mouse no eixo vertical do grfico, clicando ento com o boto direito. Este procedimento far aparecer o menu suspenso mostrado na figura 3.17. Escolha formatar eixo clicando com o boto esquerdo. Aparecer a caixa de dilogo formatar eixo. Selecione a guia escala conforme mostrado na figura 3.18.

    Figura 3.18: Seleo da escalaFonte: Elaborao do autor, 2008

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    Ainda com esta caixa de dilogo aberta, escolha para mximo o valor 100, mantendo os demais. Selecione ainda a guia nmero, selecionando nmero e em casas decimais selecionar o 0 (zero) e d um ok, como mostrado na figura 3.19.

    Figura 3.19: Seleo do nmero de casas decimaisFonte: Elaborao do autor, 2008

    A figura 3.20 mostra o aspecto do grfico com as alteraes que introduzimos.

    Figura 3.20: Apresentao do grfico obtidoFonte: Elaborao do autor, 2008

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    O significado do grfico ABC e da tabela o seguinte:

    CLASSIF. ITENS % DE CUSTOS % DE ITENS

    A 1 70 12,5

    B 2 20 25

    C 5 10 62,5

    Quadro 3.9: Comparao entre custos e itens Fonte: Elaborao do autor, 2008

    Um item A (12,5% dos itens) responde por 70% dos custos, enquanto que cinco itens C (62,5% dos itens) respondem por apenas 10% dos custos.

    Exerccio resolvido

    Observe o exerccio apresentado a seguir.

    Tabela 3.8: Exerccio

    Cdigo do Produto Quantidade Valor unitrio Valor total % % Acumulada10 40 2015 20 10020 70 1030 20 1080 30 10AB 200 10FE 85 50XY 400 10

    Fonte: Elaborado pelo autor, 2008

    Resposta do exerccio Cdigo do Produto Quantidade Valor unitrio Valor total % % Acum.

    0 0,001 FE 85 50 4250 29,82 29,822 XY 400 10 4000 28,07 57,893 15 20 100 2000 14,04 71,934 AB 200 10 2000 14,04 85,965 10 40 20 800 5,61 91,586 20 70 10 700 4,91 96,497 80 30 10 300 2,11 98,608 30 20 10 200 1,40 100,00

    14250

    continua...

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    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    0 1 2 3 4 5 6 7 8

    A B C

    Seo 5