7. avaliaÇÃo do projecto educativo 62 · as massas de ar, vindas do atlântico através dos vales...
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Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 1
Índice
ÍNDICE ......................................................................................................................................... 1
INTRODUCÃO ........................................................................................................................... 3
1. CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO ..................................................................... 5
1.1. Localização Geográfica .............................................................................................................. 5
1.2. Principais características físicas ................................................................................................. 6
1.3. Breves dados históricos ............................................................................................................. 7
1.4. Património arquitetónico .......................................................................................................... 9
1.5. Artesanato ................................................................................................................................ 9
1.6. Aspetos demográficos e económicos ....................................................................................... 10
2. AS ESCOLAS DO AGRUPAMENTO ............................................................................ 13
2.1. Identificação - tipologia - equipamentos ................................................................................. 13
2.1.1. Escolas do pré-escolar e 1.° Ciclo ......................................................................................... 13
2.1.2. Escolas do 2° E 3° Ciclos e Secundária .................................................................................. 15
2.1.2.1. EB2,3 de Castro Daire .................................................................................................. 16
2.1.2.2. EBI de Mões ................................................................................................................. 18
2.1.2.3. Escola Secundária de Castro Daire (Sede) ................................................................... 19
3. BIBLIOTECA ESCOLAR ................................................................................................ 22
4. COMUNIDADE ESCOLAR/ OFERTA EDUCATIVA ................................................ 22
4.1. População Discente ................................................................................................................. 23
4.2. População Docente ................................................................................................................. 24
4.3. População não Docente (Serviços Administrativos/Assistentes Operacionais) ........................ 24
4.4. Oferta Educativa ..................................................................................................................... 24
4.5. Oferta Formativa para Adultos ................................................................................................ 26
5. IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS / NECESSIDADES ...................................... 26
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6. ÁREAS DE INTERVENÇÃO/METAS E OBJETIVOS/ESTRATÉGIAS DE
OPERACIONALIZAÇÃO ....................................................................................................... 28
6.1. A Organização Pedagógica....................................................................................................... 29
6.2. Aprendizagem dos alunos/Resultados Escolares ..................................................................... 34
6.2.1. Educação Pré-escolar ............................................................................................................ 34
6.2.2. Ensino Básico e Secundário .................................................................................................. 38
6.2.2.1. Metas de Aprendizagem .............................................................................................. 38
6.2.2.2. Cursos Profissionais ..................................................................................................... 41
6.2.2.3. Educação de Adultos .................................................................................................... 41
6.2.2.4. Centro Novas Oportunidades (CNO) ............................................................................ 42
6.2.3. Formação dos Atores Educativos.......................................................................................... 42
6.2.4. Educação Especial ................................................................................................................. 42
6.2.5. Desporto Escolar ................................................................................................................... 47
6.3. A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS ............................................................................................. 49
6.4. A DISCIPLINA E O COMPORTAMENTO CÍVICO.......................................................................... 52
6.5. FUNCIONAMENTO DO AGRUPAMENTO .................................................................................. 55
6.6. A relação escola/comunidade ................................................................................................. 58
6.7. Formação dos membros da comunidade educativa ................................................................. 60
7. AVALIAÇÃO DO PROJECTO EDUCATIVO .............................................................. 62
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INTRODUCÃO
Educar, parte do pressuposto de que é possível conduzir o indivíduo numa certa
direcção, rumo a um futuro melhor que se antevê, não deixando que o acaso (ou a
liberdade) determine completamente o devir pessoal e, por arrastamento, o devir social.
Mas, paradoxalmente, vivemos num mundo em que a mudança parece ser a
única característica estável e em que o indivíduo se pretende sobrepor, quase de modo
absoluto, à colectividade. Não se poderá, por isso, antever um só futuro, mas vários
futuros são possíveis.
Apesar desta contradição, compete às instituições, partindo de princípios
estruturais que atravessam todas as épocas, e respeitando a liberdade tão cara nos
tempos modernos, traçar os quadros em que o indivíduo se deve movimentar e os
modelos tendenciais para que se deve projectar.
Sendo a Escola uma instituição a que, tradicionalmente, tem sido confiado um
papel importante na educação e à qual tem vindo a ser exigida uma intervenção cada
vez mais actuante, devido aos condicionalismos que envolvem a família e às mudanças
operadas na sociedade, é racional que se procurem traçar metas a alcançar e que cada
estabelecimento de ensino, partindo da realidade em que está inserido, as procure
concretizar, pese embora a margem de incerteza que a matéria a plasmar - pessoas -
sempre comporta.
Por esta ordem de ideias, justifica-se plenamente que cada escola/agrupamento tenha o
seu projecto educativo explícito, e não implícito, como ocorreu no passado, dado que,
à partida, tudo parecia imutável ou predeterminado.
O Projecto Educativo é um instrumento dinâmico que evolui e se adapta às
mudanças, por isso deverá ir sendo repensado e reformulado, um processo que implica
uma avaliação e reflexão realizada por todos os intervenientes. O Projecto educativo das
Escolas de Castro Daire, elaborado para um horizonte de quatro anos, embora com
revisão anual, constitui-se como referência e dispositivo para a construção contínua de
uma mudança qualitativa na escola, para a sua organização, para a clarificação das
intencionalidades educativas e para a articulação das participações dos diversos
membros desta comunidade educativa.
A grande meta que se pretende alcançar é assegurar uma educação de base com
qualidade para todos, entendendo-a como o início de um processo de educação e
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formação ao longo da vida, o que implica desenvolver um trabalho de clarificação de
exigências quanto às aprendizagens e aos modos como se processam.
Este Projecto Educativo é sustentado por três pilares fundamentais, constituídos
pela participação, pela responsabilidade profissional e pela avaliação regular dos
processos e dos resultados. Assim, a primeira etapa deste projecto consistiu na
elaboração de uma caracterização global do agrupamento e no diagnóstico da situação,
que permitiram inventariar os problemas, as virtualidades e as potencialidades do
trabalho realizado, para identificar prioridades educativas.
A segunda etapa consistiu na definição e explicitação de metas determinadas,
com base num compromisso entre o possível da situação e o desejável das finalidades e
com correspondência na acção educativa e pedagógica, de acordo com as finalidades da
educação, as funções da escola, as necessidades específicas da comunidade e o contexto
local em que se insere. Houve a preocupação de se descrever, o contexto físico, social e
cultural em que as escolas se inserem e o das próprias escolas, procedimentos esses que
pretendem expressar a própria identidade da comunidade educativa de onde emergem.
A terceira etapa corresponde à tomada de decisões estratégicas de intervenção,
relativamente ao processo de operacionalização das metas, ou seja, um plano de
estruturação de acção a desenvolver, tendo em conta os fins que se pretendem atingir, os
recursos disponíveis e os que podem ser mobilizados.
Espera-se que este instrumento seja de grande utilidade para os professores,
particularmente para os que vierem de fora e que pela primeira vez contactam com esta
comunidade educativa e para outros agentes educativos, dando-lhes uma visão global,
embora incompleta, do ambiente de onde provêm os alunos, das principais situações
problemáticas com que se irão defrontar e de algumas mudanças que se pretendem
operar.
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1. CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO
1.1. Localização Geográfica
O Agrupamento de Escolas de Castro Daire situa-se no concelho de Castro
Daire. A vila de Castro Daire pertence ao distrito de Viseu, distando desta cerca de
trinta e cinco quilómetros, para norte, e é sede de concelho.
O município de Castro Daire é constituído por vinte e duas freguesias, ocupa
uma área de 376,25 km2 e confina no distrito de Viseu com os concelhos de Cinfães,
Resende, Lamego, Tarouca, Vila Nova de Paiva, Viseu, S. Pedro do Sul e Arouca do
distrito de Aveiro. As vinte e duas freguesias são as seguintes: Almofala, Alva, Cabril,
Cujó, Castro Daire, Ermida, Ester, Gafanhão, Gozende, Mamouros, Mezio, Mões,
Moledo, Monteiras, Moura Morta, Parada de Ester, Picão, Pinheiro, Pepim, Reriz,
Ribolhos e São Joaninho.
Sob o ponto de vista eclesiástico, o concelho de Castro Daire reparte-se pelas
dioceses de Lamego e de Viseu. A divisória é marcada pelo rio Paiva.
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1.2. Principais características físicas
O concelho de Castro Daire apresenta um aspecto planáltico generalizado,
inclinado para SW., interrompido pelo sulco correspondente ao vale do Paiva e pela
elevação da serra do Montemuro, que tem alguns cimos aplanados, mas também alguns
picos, atingindo 1381 metros nos pontos mais elevados.
A serra do Montemuro eleva-se abruptamente a sul, na vertente virada para o rio
Paiva, e vai baixando gradualmente, na vertente norte, em direcção ao rio Douro.
O rio Paiva nasce na serra da Nave, concelho de Moimenta da Beira. Da
nascente até à foz, tem um comprimento de 85 kms. Entra no concelho de Castro Daire
no lugar do Pego (Covelo de Paiva) e passa perto das localidades de Codeçais, Portela,
Canado, Mões, Folgosa, Ribolhos, Mosteiro, Castro Daire, Vale de Matos, Arinho,
Ermida, Pinheiro, Reriz, Vila Nova, Ester e Meã; atravessa, depois, outros concelhos até
ir desaguar no de Castelo de Paiva, no lugar da Praia do Castelo.
Poder-se-ão, assim, considerar, em linhas gerais, três áreas distintas quanto ao relevo: a
Beira-Serra, parte leste do concelho, que apresenta grandes colinas aplanadas, cortadas
por ribeiros e vales; a serra do Montemuro, entre Norte e NW., com as suas elevadas
cumeadas e montes arredondados, interrompidos por vales profundos e veigas; e a parte
sul, correspondente ao vale do rio Paiva, para jusante do afluente Paivó, encaixado em
encostas geralmente abruptas, cobertas de vegetação, que se alarga a partir da Ermida,
pelas várzeas de Pinheiro e de Reriz.
Esta diversidade morfológica, num espaço com as dimensões do concelho de
Castro Daire, explica-se pela acção complexa de vários agentes que atuaram em eras e
períodos geológicos diferentes, provocando enrugamentos, fraturas, abatimentos,
levantamentos e erosão. Daí, encontrarmos a serra do Montemuro com alguns picos de
formação relativamente recente, uma vez que estão ainda pouco erodidos; zonas de
fratura, correspondentes a grandes vales e afloramentos termais (o caso das Termas do
Carvalhal); terras planálticas de formação anterior, visto já estarem bastante desgastadas
pela erosão; e áreas de rochas sedimentares, de formação ainda mais remota.
Uma das zonas de fractura importante que atravessa o concelho no sentido de NNE-
SSW, insere-se na falha geológica de Penacova - Régua - Verin (Espanha). Os
contrastes de relevo influenciam o clima. Embora o concelho de Castro Daire se
encontre no interior do País, o seu clima poderá ser considerado temperado marítimo.
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As massas de ar, vindas do Atlântico através dos vales dos rios Douro, Arda, Paiva e
Vouga, suavizam as temperaturas. Contudo, no Inverno, os seus valores chegam a
descer bastante com a altitude e é frequente nevar nas terras mais altas; pelo contrário,
no Verão, atingem-se temperaturas elevadas nas terras mais baixas.
O Montemuro, por seu lado, constitui uma grande barreira de condensação de vapor de
água, registando-se, em certos pontos, elevados índices de precipitação.
1.3. Breves dados históricos
Como o topónimo indica, Castro Daire deve ter começado por ser um povoado
fortificado pré-romano - um castro. Baseando-se na grafia utilizada nas inquirições,
Castro de Ario ou Castro Daire, Amorim Girão defendeu que o nome da vila estava
associado ao do antigo possuidor do castro - Ario. Esta tese foi, posteriormente,
abandonada a favor de uma outra que defende provir de Castrum dei Arum - castro
dedicado ao deus Aro. Em seu abono é invocada uma inscrição de uma ara votiva,
encontrada em 1877, aquando das obras de reconstrução da Ponte Pedrinha, que foi
levada para o Museu do Carmo em Lisboa, dedicada a uma divindade de nome Arus .
A ocupação humana é bastante antiga na área, remontando aos tempos pré-históricos,
como o testemunham a existência de mamoas junto da Senhora da Ouvida (freguesia
das Monteiras) e no sítio de Pedra d´Arca (freguesia de Almofala), gravuras rupestres
perto de Picão e alguns topónimos, como Arcas e Antas.
Da cultura castreja, existem exemplares, como o Castro de Maga (freguesia de Moledo),
o Castro de Cabril e, possivelmente o recinto amuralhado das Portas de Montemuro. O
nome de Castro Daire indicia ter existido também uma citânia no lugar da actual vila.
Da época romana, há alguns vestígios de uma via que atravessava o concelho no sentido
norte-sul, bem como algumas inscrições em latim - uma das mais conhecidas é a do
Penedo de Lamas, Moledo, escrita numa língua pré-romana, mas com carateres vindos
do Lácio e achados ocasionais de cerâmica e de moedas. De referir também que a atual
Ponte Pedrinha, feita na segunda metade do séc. XIX, veio substituir uma outra que
existiu anteriormente, construída pelos Romanos (Pons Petrina).
A presença dos Árabes está atestada por inúmeras lendas e por alguns topónimos.
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A fundação do concelho remonta à formação da nacionalidade, a D. Afonso Henriques,
como se poderá deduzir das inquirições de D. Afonso III. Não existe, no entanto, a
primitiva carta de foro. Conhece-se, sim, o foral manuelino de 1514, que se reporta a
uma carta de privilégio anterior, concedida por D. Dinis, mas que também não é
conhecida. (A tradição popular liga este monarca à demolição do castelo de Castro
Daire, cujas pedras terão servido, com a sua autorização, para a construção da Igreja
Matriz).
Esse primitivo concelho tinha dimensões muito mais exíguas do que o da
actualidade. O “numeramento“ de 1527 refere apenas duas freguesias, com uma
população de 92 moradores na vila e 226 no seu termo. Alguns dos residentes eram de
origem judia, dado que poucos anos antes, em 1517, D. Manuel I concedeu uma carta de
privilégios aos cristãos-novos de Castro Daire (Judeus convertidos compulsivamente ao
cristianismo), sinal da importância desta comunidade exógena.
É dos séculos XVI e XVII a personalidade histórica mais importante gerada nas terras
de Castro Daire - o padre Sebastião Vieira, frade jesuíta, nascido em 1574 e martirizado,
no Japão, em 1634.
No séc. XVII, Castro Daire foi feita cabeça de condado. O seu primeiro conde
foi D. António de Ataíde, valido de Filipe II.
Uma informação do séc. XVIII (1758), do reitor de então, continua a referir apenas duas
freguesias no concelho: a de S. Pedro (Castro Daire) e a das Monteiras.
Foi só a partir do séc. XIX que o concelho incorporou as povoações que correspondiam
a pequenos concelhos extintos ou que pertenciam a outros concelhos vizinhos, através
de várias vicissitudes administrativas, processo só concluído no séc. XX, tendo chegado
ao número atual de freguesias (vinte e duas).
Sendo um concelho rural do interior, com falta de acessibilidades, votado ao ostracismo,
as inovações tecnológicas resultantes da Revolução Industrial tardaram a chegar: se em
1913 entrou no concelho o primeiro automóvel adquirido por um empresário local, só
na década de 30 do século passado, chegou a primeira máquina a vapor, aplicada à
indústria e a eletricidade. A vila foi electrificada em 1934, mas a eletrificação completa
do concelho havia de demorar ainda quase meio século.
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1.4. Património arquitetónico
Além dos vestígios pré-históricos ou romanos anteriormente referidos, são de
destacar os seguintes elementos do património construído do concelho:
- A Igreja da Ermida do Paiva ou Templo das Siglas, do séc. XII, em estilo românico.
Está classificada como monumento nacional;
- A Igreja Matriz de Castro Daire, dos séculos XVII, XVIII e XIX, onde coexistem
vários estilos;
- A Capela de S. Sebastião, do séc. XVIII, em Castro Daire;
- A Casa da Cerca e a Capela das Carrancas, do séc. XVIII, em Castro Daire;
- A Casa dos Aguilares, do séc. XV e do séc. XVII, e a Capela EcceHomo, do séc. XIX,
em Castro Daire;
- A Capela do Calvário, que já existia no séc. XVI, em Castro Daire;
- A Casa Grande de Grijó, do séc. XVIII, na freguesia do Gafanhão;
- A Casa do Comendador Oliveira Baptista, do séc. XVIII, em Mões;
- A Casa do Reverendo José Machado de Almeida, do séc. XVIII, em Mões.
Muitos outros exemplares se poderiam indicar. Espalhados por todo o concelho, há
inúmeras igrejas, capelas, ex-votos, imagens, cruzeiros, alminhas, solares, brasões,
pelourinhos classificados (Alva, Castro Daire, Campo Benfeito, Mões, Rossão) e
inscrições, de valor artístico, histórico e etnográfico.
São também de referir a parte antiga da vila, com as suas ruelas e casas antigas, bem
como as aldeias, onde subsistem muitas construções rurais tradicionais, como casas,
canastros ou espigueiros, moinhos, azenhas e pisões.
1.5. Artesanato
No concelho de Castro Daire, chegaram até aos nossos dias alguns artesãos,
principalmente na zona da serra do Montemuro, que imprimem às suas obras um saber
acumulado ao longo de milénios e uma rara beleza. Os chapéus de palha, as coroças
(capas feitas de junco), sebes para carros de bois, colchas e mantas, campainhas,
tamancos - são algumas das artes e artefactos que ainda hoje existem, podendo-se
observar o processo de fabrico e adquirir alguns exemplares.
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Numa tentativa de se procurar revitalizar as técnicas tradicionais de produção de artigos
de lã, linho e algodão, de se valorizar o papel da mulher na comunidade e de se lutar
contra a desertificação humana, surgiu, a partir da década de 80 (séc. XX), um
movimento associativo em algumas aldeias do Montemuro, que aproveitou programas
internacionais e fundos comunitários para se desenvolver. São a concretização desse
movimento bem sucedido a Associação Etnográfica do Montemuro, sedeada na
freguesia do Mesio, que se dedica à exposição e venda de cestaria, tamancos e
tecelagem de linho e lã, as Capuchinhas do Montemuro, no lugar de Campo Benfeito
(Gosende), a cooperativa Combate ao Frio, na Relva, que se dedica, principalmente, à
confecção de peças de vestuário de lã, em que se procura conjugar a tradição com a
modernidade e As Lançadeiras de Picão, que confeccionam artigos de linho.
1.6. Aspetos demográficos e económicos
O Concelho de Castro Daire tem uma densidade populacional de 15.382
habitantes, Censos de 2011.
No passado, o sector primário ocupou a maior parte dos habitantes das terras de
Castro Daire.
As dificuldades de comunicação, ditadas pela orografia, fizeram com que as
pessoas procurassem a auto-suficiência, explorando os recursos que o espaço
envolvente lhes oferecia.
Com uma área arável relativamente pequena, mas com amplas superfícies de
floresta, de matagais e de alguns prados naturais (lameiros), instaurou-se aqui uma
agricultura familiar, minifundiária, em regime de policultura, associada à criação de
gado.
Ao longo dos cursos de água, dispunham-se os lameiros de feno e terrenos
dedicados à cultura de milho no Verão e de erva no Inverno. Nos terrenos de mais fraca
qualidade, cultivava-se, segundo um sistema de rotação de culturas, o trigo, o centeio e
a batata.
À medida que a altitude aumentava, estas culturas iam desaparecendo, à exceção
do centeio, cereal que resistia em terrenos pobres e de clima frio.
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Onde as condições de clima o permitiam, como no vale do Paiva e noutros sítios,
implantaram-se as árvores de fruto, como a laranjeira, a oliveira, a videira, a macieira, e
outras, ocupando quase sempre os limites dos terrenos ou as bordas dos socalcos.
Em íntima associação com a agricultura, praticava-se a criação de animais. A
existência de lameiros e prados era favorável à criação de muito gado bovino; as áreas
de floresta e os terrenos baldios, nas zonas mais altas, proporcionavam a existência de
grandes efetivos de gado bovino e caprino.
Os rebanhos adquiriam uma particular importância nas povoações serranas mais
elevadas, onde havia grandes áreas maninhas. Em alguns povoados da serra, praticava-
se uma forma de pastoreio comunitária, em que os donos se revezavam na sua vigia, em
dias correspondentes ao número de cabeças que possuíam, de modo a poderem ficar
libertos para outros trabalhos.
Aos rebanhos autótones, juntavam-se, no Verão, os que vinham da serra da
Estrela, numa movimentação tradicional de transumância. Estes agricultores/pastores
eram também artesãos. Em casa, ou nas oficinas, nos teares, nos pisões e nos lagares,
transformavam as matérias-primas de que dispunham e faziam uma grande parte dos
artefactos de que precisavam.
Não podiam, no entanto, dispensar totalmente os produtos vindos de fora nem as
trocas complementares entre o vale, a serra e a vila. Era principalmente na feira de
Castro Daire, realizada duas vezes por mês, embora houvesse outras feiras em algumas
terras do concelho, e nos estabelecimentos, que os aldeãos e os habitantes da vila
encontravam o que lhes fazia falta.
Este quadro, em traços muito gerais, descrito intencionalmente no pretérito,
começou a alterar-se profundamente por meados do séc. XX.
O fluxo migratório e a queda da natalidade provocaram a diminuição da
população do concelho e o seu envelhecimento. Esta quebra demográfica, aliada a
outros fatores não exclusivos de Castro Daire, como a escolarização dos adolescentes e
jovens, a fácil circulação de pessoas, a divulgação de outros estilos de vida, a integração
de Portugal na U.E., e outros de carácter local, como a pequena dimensão da
propriedade agrícola e sua dispersão, a dificuldade de mecanização devida à
complicação do relevo fizeram com que a agricultura começasse a ser posta de parte,
ficando muitos campos abandonados, alguns em plenas várzeas. E se muitas
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explorações agrícolas ainda continuam em atividade, deve-se aos subsídios
comunitários, à persistência e amor pela terra das gerações mais velhas.
A criação de gado também foi decaindo, apesar de subsidiada. Quase já não se
vêem vacas ou rebanhos.
De acordo com os dados estatísticos dos últimos recenseamentos, o setor
primário baixou transferindo-se para os setores secundário, terciário no país e no
estrangeiro que têm uma relevância cada vez maior.
No que concerne ao setor secundário, foram-se implementando algumas
pequenas indústrias em vários pontos do concelho, principalmente ao longo da segunda
metade do séc. XX, relacionadas com a serração de madeira, móveis, granitos, produtos
alimentares, e criou-se o Parque Industrial da Senhora da Ouvida, onde se instalaram
algumas fábricas. A avaliar pelos dados estatísticos aumentou a população ativa que se
dedica à indústria.
Porém, a “terciarização“ é muito mais sensível. O comércio e os serviços
conheceram um grande desenvolvimento, particularmente na vila, tendo visto aumentar
a sua população residente e o número de pessoas que, diariamente, ali se dirigem, para
ocuparem o seu posto de trabalho. Por outro lado muitas das pessoas ativas expandiram
as suas atividades económicas para concelhos limítrofes. A feira ainda continua a
realizar-se com a mesma periodicidade, mas os produtos vêm de longe e são os da
sociedade de consumo atual. O turismo tem, igualmente, conhecido algum
desenvolvimento, sendo o rio, a montanha, o termalismo e o património pontos atrativos
desta região.
As Termas do Carvalhal têm registado um número crescente de frequentadores e
as suas instalações têm sido ampliadas e modernizadas.
A evolução da população ativa do setor terciário é bem ilustrativa da importância
crescente do comércio e dos serviços.
O concelho está, como já foi referido, implantado numa área predominantemente
rural em que os efeitos da interioridade ainda se fazem sentir. Todavia, já são
significativos os benefícios resultantes das novas vias rodoviárias, como por exemplo a
A24.
Em suma, o concelho de Castro Daire tem vindo a perder a sua feição rural;
concomitantemente, tem-se esboçado um movimento de industrialização. O número de
empregos gerados, não é suficiente, e a sua qualidade não corresponde, muitas vezes, às
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expetativas mais ambiciosas, pelo que se continua a assistir ao êxodo de uma parte
considerável da sua população mais jovem com o consequente abandono das freguesias
rurais.
2. AS ESCOLAS DO AGRUPAMENTO
2.1. Identificação - tipologia - equipamentos
2.1.1. Escolas do pré-escolar e 1.° Ciclo
O Agrupamento de Escolas de Castro Daire é constituído por 18 Jardins-de-infância,
4 Pólos de Educação Pré-escolar Itinerante, por 12 escolas do 1.° Ciclo do Ensino
Básico com 5 salas de apoio em localidades limítrofes, por uma escola do 2.° e
3.°Ciclos do Ensino Básico, com sede na Escola E.B. 2, 3 de Castro Daire e por uma
escola do 3º Ciclo e Secundária (escola sede do Agrupamento)
JARDIM/PÓLOS Contactos e-mail das escolas
JI Carvalhas [email protected]
JI de Alva [email protected]
JI Castro Daire (4 salas) [email protected]
JI Mezio [email protected]
JI S. Joaninho [email protected]
JI Farejinhas [email protected]
JI Lamelas [email protected]
JI Cabril [email protected]
JI Parada de Ester [email protected]
JI Picão 232371215
PI Almofala/Cujó [email protected]
PI Folgosa/Cotelo
JI de Codeçais
JI de Mamouros
JI de Mões (2 salas)
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JI da Moita
JI de Reriz
JI de Ribolhos
JI de Savariz
PI Granja/Malhada
JI das Termas do
Carvalhal
PI de Moledo
Os Jardins-de-infância, embora possuam correio electrónico, a maioria não
possui computador na sala de aula, havendo necessidade de recorrerem à EB1.
ESCOLAS DO 1.° CICLO
ESCOLA CONTACTOS
EB 1 de Mosteiro de Cabril
256951793
EB1 de Alva 232388102
EB1 do Carvalhal 232388099
EB1 de Lamas 232309125
EB1 de Mões 232300010
EB1 de Póvoa do Veado 232388100
EB1 de Reriz 232388097
EB 1 de Parada de Ester 232357011
EB 1 do Mezio 254689527
EB 1 de Picão 232388093
EB1 de Cêtos [email protected]
EB 1 das Carvalhas 232388094
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EB 1 de S. Joaninho 232388091
EB 1 de Lamelas 232388096
EB 1 de Farejinhas 232388092
EB 1 de Castro Daire 232315694
Regra geral, a estrutura física dos edifícios escolares é formada por uma sala de aula
por turma, um átrio reduzido, duas casas de banho, um pátio coberto muito exíguo e um
espaço adaptado para a refeição dos alunos.
No interior de várias salas de aula as condições de trabalho são deficientes, ao nível
do edifício, dos equipamentos e dos materiais, destacando-se: algumas salas não têm
isolamento, o aquecimento é insuficiente, necessitam de pinturas e os pisos e
canalizações encontram-se degradadas; o mobiliário é antiquado, desconfortável e muito
degradado e verifica-se, ainda, em algumas escolas a falta de materiais inovadores
(novas tecnologias e material laboratorial do ensino das Ciências e Matemática). Algum
do material existente é conseguido pelo professor e alunos no âmbito de determinados
projectos (Ensino Experimental das Ciências integrado na formação contínua da ESEV)
Os espaços de recreio em algumas escolas são desprovidos de equipamento e não
reúnem condições de segurança.
O número de alunos nas escolas e o número de lugares têm reduzido
substancialmente, verificando-se, em algumas aldeias, o fenómeno da desertificação.
No intuito do aprofundamento do currículo, o Agrupamento, em articulação com a
Câmara Municipal, proporciona a oferta das Actividades de Enriquecimento Curricular
a 100% dos alunos, reforçando junto dos encarregados de educação a importância da
frequência destas actividades
2.1.2. Escolas do 2° E 3° Ciclos e Secundária
As escolas do 2º e 3º Ciclos constituem-se em três pólos: EB2,3 de Castro Daire;
a EBI de Mões e a Escola Secundária de Castro Daire (sede).
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 16
2.1.2.1. EB2,3 de Castro Daire
ESCOLA LOCALIZAÇÃO CONTACTOS
Telef: 232382201 (geral)
E.B. 2,3 Estrada Nacional Fax: 232 382995
DE N°
2 - Braços
de
Lá
CASTRO 3600- Castro
DAIRE Daire [email protected]
Código: 161718
Tipologia do edifício: C24
A Escola é constituída por quatro edifícios ligados entre si por uma simples e estreita
cobertura.
- Pavilhão A - Secretaria e Gabinete dos SASE, Gabinete de Coordenação de Escola,
Biblioteca, Reprografia, Sala de Professores, Sala de Directores de Turma,
Gabinete Médico, Central Telefónica (com telefonista), e o Auditório a funcionar na
sala A9 e sala TIC;
- Pavilhões B e C - salas de aulas. No pavilhão B, poderemos encontrar, entre
outras, salas específicas para as disciplinas de Educação Musical, EVT, bem como
laboratórios para as áreas de Matemática e das Ciências Físicas e Naturais e uma sala de
apoio aos alunos com Necessidades Educativas Especiais; Pavilhão C, possui ainda
salas específicas para as disciplinas de EVT/EV/ET, e Cursos de Educação e Formação,
bem como um gabinete para os Serviços de Psicologia.
Há a salientar que algumas das salas de aula dos pavilhões B e C estão equipadas
com quadro interactivo e computador e outras com computador e projetor. As salas 5 e
6 do pavilhão B estão equipadas com computadores.
- Pavilhão D integra a Cozinha, Refeitório, Bar, Papelaria, Sala de Convívio dos
Alunos, o Gabinete para arrumação de material e uma sala de apoio aos alunos com
Necessidades Educativas Especiais.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 17
A Escola possui um pavilhão gimnodesportivo bastante distanciado dos outros
pavilhões, facto que provoca algumas dificuldades na transição dos alunos das salas de
aula para o pavilhão.
Envolvendo a Escola existe um espaço relvado com algumas árvores e arbustos e
uma área protegida.
- A Escola encontra-se razoavelmente bem equipada de mobiliário em todos os
pavilhões e adequado aos diferentes fins a que se destina.
- A nível de outras estruturas diversas:
• Equipamento de aquecimento a gás, instalado em todos os pavilhões;
• Uma reprografia com material específico diversificado;
Um laboratório de matemática com material didático específico, que está dotado
de 10 computadores, um quadro interativo e uma grande quantidade e diversidade
de materiais didáticos específicos, após a conclusão de dois projetos (Plano de
Acção da Matemática e "Experimentar e explorar para aprender Matemática"
projecto no âmbito do Ciência Viva);
• Três salas TIC;
• Duas impressoras multifunções centrais: uma para professores e outra
para os serviços administrativos;
• Seis impressoras em sectores específicos;
• Seis quadros interativos;
• Toda a escola dispõe de rede Wireless PTE, bem como todas as salas com, pelo
menos, 1 computador e 1 projetor no âmbito do PTE.
- Relativamente ao material didáctico disponível, a Escola possui todo o
equipamento pedido para cada uma das disciplinas. As salas de E.V./E.V.T. encontram-
se bem equipadas; os laboratórios de Ciências e de Físico-Química contêm todo o
material considerado necessário; existe ainda, em cada pavilhão, uma arrecadação com
diverso material pedagógico pluridisciplinar.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 18
2.1.2.2. EBI de Mões
ESCOLA LOCALIZAÇÃO CONTACTOS
Telef: 232300010
EBI DE MÕES Rua da Escola Fax: 232 382995
3600- 430 Castro [email protected]
Daire
Código. 161718
Tipologia do edifício: C18
A Escola é constituída por um edifício de dois pisos. No piso inferior situam-se a
Secretaria, a Sala dos Professores, o Bufete dos Alunos, a Cantina e Refeitório, a Sala
de Atendimento Permanente para os alunos com N.E.E., a Reprografia, o Laboratório de
Química e duas Salas de Aula.
No piso superior situa-se a Biblioteca, a Sala TIC, as restantes Salas de Aula e a Sala
dos Grandes Grupos.
Num edifício independente existe um pavilhão gimnodesportivo com uma sala de
ginástica anexa, onde, recentemente foi construída uma parede de escalada.
Existe um espaço relvado com algumas árvores e arbustos.
- A Escola encontra-se razoavelmente bem equipada de mobiliário em todos os
pavilhões e adequado aos diferentes fins a que se destina, dispondo de salas
apetrechadas com quadro interactivo.
- A nível de outras estruturas diversas:
• Equipamento de aquecimento a gás, instalado em todos os pavilhões;
• Uma reprografia com material específico diversificado;
• Um laboratório de matemática com material didáctico específico,
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 19
2.1.2.3. Escola Secundária de Castro Daire (Sede)
Caraterização da Escola Secundária de Castro Daire
A Escola Secundária de Castro Daire tem a sua origem numa extensão do ensino
liceal de Lamego que data do ano de 1972. Os documentos e os cadernos dos alunos da
altura exibiam a chancela “Liceu Nacional de Lamego – Secção Liceal de Castro
Daire”. Autonomizou-se como escola secundária três anos mais tarde, em 1975, tendo
passado a servir os seus alunos e a formar gerações de castrenses, neste conjunto de
edifícios desde o ano de 1983.
As Instalações e os Espaços
Durante os seus vinte e cinco anos de existência, as instalações que constituem a
Escola Secundária de Castro Daire sofreram, além do desgaste normalmente provocado
pela utilização de milhares de alunos e centenas de professores e funcionários, um
ESCOLA LOCALIZAÇÃO CONTACTOS
Telef: 232382510 (geral)
ESCOLA
SECUNDÁRIA
DE CASTRO
DAIRE (SEDE)
Av. Dr. Francisco Sá
Carneiro
Fax: 232 382511
3600-180 Castro
Daire [email protected]
Código. 161718
Tipologia do edifício: C24
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 20
acréscimo de deterioração uma vez que estiveram sujeitas durante alguns períodos da
sua existência, a um número excessivo de alunos que naturalmente deixou marcas que
ainda hoje produzem efeitos. Contudo, tem sido a utilização, muitas vezes, sem a
preocupação de zelo pelo que é de todos e a impossibilidade de, com orçamentos curtos,
fazer face às naturais marcas do tempo e da contínua utilização, que são hoje
responsáveis pelo estado de degradação avançada que algumas instalações e espaços
apresentam. É um imperativo educativo e pedagógico, não só resultante da obrigação de
oferecer a todos as melhores condições de trabalho possíveis, mas também para cumprir
cabalmente a sua missão enquanto escola, a necessidade de promover a requalificação
dos espaços e das instalações criando outras potencialidades de desempenho, de
condições de trabalho e de conforto. Como sabemos ninguém dá o seu máximo em
condições de trabalho deficientes.
As instalações escolares são constituídas por quatro edifícios e um pré-fabricado
anexo com quatro salas de aulas.
Os quatro edifícios podem caracterizar-se da seguinte forma:
Pavilhão A
Salas de aula.
Duas salas TIC.
Laboratório de Ciências Naturais e Biologia; Laboratório de Física;
Laboratório de Química; Laboratório de Geologia, Sala de Línguas;
Laboratório de Fotografia.
Auditório com noventa e cinco lugares, equipado com tecnologia multimédia
de som e projecção.
Gabinete dos Serviços de Psicologia e Orientação.
Pavilhão B
Salas de aula.
Dois Laboratórios de Informática.
Biblioteca Escolar/CRE.
Laboratório de Matemática.
Sala de Artes Visuais/Desenho.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 21
Sala de Educação Tecnológica.
Sala de Estudo.
CNO
Pavilhão Administrativo
Serviços Administrativos.
Gabinete da Direcção.
Sala de Professores.
Polivalente.
Bufete.
Refeitório e Cozinha.
Sala de Diretores de Turma/Atendimento aos Encarregados de Educação.
Reprografia e Papelaria.
Pavilhão Gimnodesportivo
Tem dois campos contíguos com muito poucas condições para a prática
desportiva por apresentarem um elevado estado de degradação.
Como já se referiu, em termos gerais, os níveis de desgaste apresentado pelos
edifícios é elevado. Possuem graves deficiências ao nível da rede elétrica e rede de
Internet. É de realçar, no entanto, que o nível de equipamento é das salas de aula é
significativo, já que todas possuem ou videoprojetor ou quadro interativo e computador.
O nível geral dos equipamentos audiovisuais é bom.
O Pavilhão Gimnodesportivo apresenta deficiências muito graves a nível de
cobertura e de balneários, sendo uma prioridade a sua remodelação.
Os espaços exteriores carecem de um plano global de recuperação que se
pretende implementar.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 22
3. BIBLIOTECA ESCOLAR
A Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Castro Daire é composta
por 3 bibliotecas (uma em cada um dos 3 polos – Integrada de Mões, EB 2,3 e
Secundária).
Estando integradas na Rede Nacional de Bibliotecas Escolares, são constituídas
por um conjunto de recursos materiais (instalações e equipamentos) e por suportes de
informação (escritos, audiovisuais e informáticos), organizados de modo a facilitar a sua
utilização pela comunidade escolar. Dispõem ainda de um conjunto de recursos
humanos (professores e funcionários) que asseguram o seu funcionamento.
Sendo parte integrante do processo educativo, estas são locais de mobilização de
competências, pesquiza de informação e promoção da leitura, proporcionando a
oportunidade de utilização de informação que possibilite a aquisição de conhecimentos,
a compreensão, o desenvolvimento da imaginação e o lazer.
4. COMUNIDADE ESCOLAR/ OFERTA EDUCATIVA
O Agrupamento de Escolas de Castro Daire apresenta uma oferta educativa e
formativa diversificada, que engloba vários níveis e ciclos de ensino, potenciando o
percurso sequencial e articulado dos alunos.
Para melhor se entender a caracterização do Agrupamento sobre o qual este
Projeto Educativo incide, partimos da análise dos quadros abaixo apresentados. No
Quadro1,define-se o universo de alunos, a sua distribuição pelos diversos níveis e/ou
graus de ensino, especificando a percentagem dos alunos com necessidades educativas
especiais.
Identificam-se os vários grupos etários, as suas dimensões e o seu peso no
contexto global do Agrupamento, bem como a correlação dos diversos intervenientes no
processo educativo por nível e grau de ensino, nos Quadros 2 e 3.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 23
4.1. População Discente
Nível e/ou grau de ensino Ano de
escolaridade
Número de
alunos
Alunos com
N.E.E.
PRÉ-ESCOLAR 3 Anos 95 1
4 Anos 100 1
5 Anos 100 1
6 Anos 10 4
Total 305 7
1º CICLO DO ENSINO
BÁSICO
1º Ano 137 5
2º Ano 152 11
3º Ano 155 9
4º Ano 153 16
Total 597 39
2º CICLO DO ENSINO
BÁSICO
5º Ano 147 18
6º Ano 148 5
PCA 13 2
EFA - -
Total 278 25
3º CICLO DO ENSINO
BÁSICO
7º Ano 158 3
8º Ano 159 3
9º Ano 129 3
PCA 24 3
CEF 36 7
PIEF 14 2
EFA - -
Total 520 21
ENSINO SECUNDÁRIO 10º Ano 70 1
11º Ano 78 -
12º Ano 94 3
Curso Profissional 124 4
EFA 13 -
Total 366 8
TOTAL GERAL
2066 100
Quadro 1-Número de alunos por nível e/ou grau de ensino – 2011/2012
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 24
4.2. População Docente
Grau de Ensino Quadro do Agrupamento Outros Quadros Contratados
Pré-Escolar 16 16 -
1º CEB 31 15 -
2º CEB 34 13 2
3º
CEB/Secundário
84 8 20
Total 165 124 22
Total Geral
Quadro 2-Pessoal Docente por nível de ensino – 2011/2012
4.3. População não Docente (Serviços Administrativos/Assistentes Operacionais)
Grau de Ensino Serviços Administrativos Assistentes Operacionais
Pré-Escolar - 7
1º CEB - 10
2º CEB/3º CEB/Secundário 19 62
Total 19 79
Total Geral
Quadro 3-Serviços Administrativos e Assistentes Operacionais por nível de ensino – 2011/2012
Para o ano letivo 2011/12, pretende este Projeto Educativo valorizar dois
aspectos fundamentais que são simultaneamente um propósito para o futuro: fomentar a
frequência e a matrícula de um maior número de alunos nos cursos profissionais e CEF
e procurar satisfazer, dentro das possibilidades da escola e o previsto na lei, as opções
disciplinares solicitadas pelos alunos, no ensino regular.
4.4. Oferta Educativa
Partindo da observação do quadro nº 1, afere-se que a oferta actual do
Agrupamento de Escolas de Castro Daire abrange vários níveis de ensino e várias
opções em cada nível de ensino:
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 25
Ensino Básico
Educação Pré-Escolar
1º Ciclo
2º Ciclo
PCA 6º ano
3º Ciclo
CEFs:
- Cozinha
- Eletricidade de automóveis
- Jardinagem e espaços verdes
PCA 7º ano
PCA 8º ano
PIEF 9º ano
Ensino Secundário
Ensino Regular:
• Curso de Ciências e Tecnologias
• Curso de Línguas e Humanidades
Cursos Profissionais:
• Curso Profissional Restauração e Bar
• Curso Profissional de Proteção Civil
• Curso de Técnico de Multimédia
Cursos Tecnológicos
• Curso Tecnológico de Desporto
• Curso Tecnológico de Administração
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 26
4.5. Oferta Formativa para Adultos
Em articulação com o Centro de Emprego da área do Agrupamento, permitir o
aumento da escolarização e alfabetização de adultos a todas as pessoas que se mostrem
interessadas.
• Curso de Educação e Formação de Adultos (EFA’s)
EFA de nível secundário de habilitação escolar (Tipo A)
Ofertas da Escola (Opções escolhidas pelos alunos)
• Língua Estrangeira – Formação Geral – Inglês, Francês e Espanhol
• Língua Estrangeira – Formação Específica – Inglês, Francês, Espanhol
e Alemão
• Oferta dependente do Projeto Educativo da Escola nos termos definidos no Decreto-
Lei nº 272/2007 de 26 de Julho;
* Geografia C
* Psicologia B
* Língua Estrangeira I, II ou III
5. IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS / NECESSIDADES
Da análise do contexto geográfico, histórico-cultural, socioeconómico e escolar
em que decorre a ação educativa, infere-se a existência de constrangimentos que afetam
o concelho de Castro Daire e, como corolário lógico, as escolas do Agrupamento,
vindo-se a reflectir, necessariamente, na maneira de ser e de estar dos alunos e nas
dificuldades que eles próprios geram ou enfrentam.
Em síntese e numa tentativa de sistematização, os dados apresentados neste
documento permitem constatar os seguintes problemas:
Relativamente aos recursos físicos e materiais destacam-se:
- Isolamento de algumas escolas do 1.º Ciclo o que faz com que os alunos tenham
possibilidades limitadas de relacionamento e o acesso a outras vivências, embora pese o
facto de já terem mais que um professor a leccionar a turma;
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 27
- a distância que muitos alunos têm de percorrer, da sua habitação até à escola, devido
ao tipo de povoamento e a distância a que certas localidades se encontram da sede do
concelho;
- carências materiais, dado que uma parte considerável dos alunos são oriundos de
famílias rurais de baixo nível económico e de classes sociais mais desfavorecidas, em
contraponto com outros, residentes de um modo geral na vila, das classes médias, com
acesso aos bens (incluindo os culturais) da sociedade de consumo.
Relativamente aos alunos que constituem a população escolar deste
agrupamento sobressaem alguns aspectos significativos:
- Carências psico-afectivas, resultantes do fenómeno da emigração (há bastantes alunos
entregues aos cuidados dos avós ou de outros familiares), à desestruturação familiares,
que também já se vai verificando, e à falta de tempo e de disponibilidade para os pais
acompanharem o crescimento e a formação dos seus filhos.
- Dificuldades de adaptação a regras e princípios de socialização, decorrentes da
evolução social e da mudança de valores, da falta, muitas vezes, de convívio com outras
crianças/adolescentes e dos baixos índices de natalidade;
- Baixas expetativas quanto ao sucesso escolar por parte de muitos alunos e pais, para as
quais encontram justificação na dificuldade em se conseguirem empregos compatíveis
com habilitações literárias mais elevadas;
- Desmotivação, desinteresse e indisciplina pela escola e suas práticas, quer pelas baixas
expetativas referidas anteriormente quer ainda por uma fraca valorização da escola,
vinda da sociedade rural tradicional, com o seu elevado índice de analfabetismo.
Taxas de absentismo e abandono escolares
Estas reflectem:
- Falta de interesse e responsabilidade de alguns alunos e respetivas famílias em
simultâneo com a dificuldade de motivação dos mesmos para os trabalhos escolares;
- Falta de sensibilidade para valores morais, culturais, ambientais, o que se traduz,
muitas vezes, na utilização de vocabulário de baixo nível, tomadas de atitudes
socialmente incorretas e de não respeito pelo património escolar, cultural e ambiental.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 28
Assim, e após análise dos problemas detetados, pode-se concluir que as metas
deste projecto educativo se materializam em torno de seis áreas de intervenção que em
se incorporam as zonas em que o exercício da autonomia, aliado a uma consciência
profissional das prática educativas, pode ter alguma expressão:
- A organização pedagógica;
- A aprendizagem dos alunos;
- A disciplina e o comportamento cívico;
- O funcionamento do agrupamento;
- A relação escola/comunidade;
- A formação dos membros da comunidade educativa.
6. ÁREAS DE INTERVENÇÃO/METAS E OBJETIVOS/ESTRATÉGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO
Em função dos indicadores de identidade, do diagnóstico e da problemática
prévia e da procura de uma visão realista e exequível da acção educativa que se
pretende melhorar, seleccionaram-se metas para as diversas áreas de intervenção e
estratégias específicas de operacionalização para as atingir, a saber:
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 29
6.1. A Organização Pedagógica
Metas e Objectivos Estratégias de operacionalização
Articular pedagogicamente
a educação pré-escolar, os
três ciclos do ensino básico
entre si e o ensino
secundário;
Conhecer e analisar, individualmente e nos órgãos e estruturas do Agrupamento, as orientações curriculares para a educação pré-escolar
e as competências gerais e específicas definidas no currículo nacional do ensino básico e secundário;
Elaborar e aprovar o Projecto Curricular do Agrupamento;
Desenvolver projectos curriculares em todas as salas e turmas do Agrupamento, garantindo que os mesmos proporcionem a todos os
alunos o conjunto de experiências educativas necessárias ao desenvolvimento das aprendizagens consideradas essenciais e estruturantes,
numa perspectiva articulada entre os diversos níveis de ensino;
Organizar reuniões regulares de Conselhos de Turma, Departamentos Curriculares, Grupos Disciplinares e Conselho Pedagógico, para
promover a coordenação integrada e articulada de diversos projectos;
Considerar as actividades e acções dos professores do Conselho de Turma como um todo curricular e não como um somatório de várias
disciplinas diferentes, envolvendo nas reflexões e nas decisões todos os professores do Conselho de Turma;
Criar nos Departamentos Curriculares / Grupos Disciplinares espaços de reflexão e partilha entre os professores titulares de turma e de
apoios;
No respeito pelo Projecto Educativo do Agrupamento e em coordenação com o respectivo Departamento Curricular, o professor titular
de turma planifica actividades de apoio ao estudo. As actividades da Componente de Apoio à Família (Pré-Escolar) e de Enriquecimento
Curricular (1º Ciclo) são programadas em coordenação com os docentes/animadores, definindo-se formas que garantam a sua supervisão
e acompanhamento;
Envolver os Conselhos de Turma de forma sistematizada e explícita na organização, desenvolvimento e orientação das actividades de
Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica;
Elaborar e aplicar fichas de diagnóstico, no início do ano lectivo, aos alunos de todos os anos de escolaridade, para identificar lacunas e
melhorar as estratégias de recuperação e de enriquecimento;
Elaborar e aplicar provas harmonizadas nas diversas disciplinas dos diferentes Ciclos de Ensino, para aferir critérios e estratégias de
actuação;
Simplificar e melhorar os instrumentos de registo da avaliação de final de cada período, respeitando o Despacho Normativo nº 1/2005,
com as alterações introduzidas pelo Despacho Normativo nº 18/2006;
Determinar os critérios de avaliação pertinentes de cada área disciplinar e não disciplinar, de acordo com o desenvolvimento de
competências;
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 30
Prevenir o abandono
escolar;
Adoptar medidas e estratégias que previnam e combatam o abandono escolar, de modo que a sua taxa se situe próximo de 0%;
Promover a responsabilização dos encarregados de educação pelo direito/dever dos seus educandos de participação nas actividades
escolares, através da intervenção conjunta dos Directores de Turma e da docente destacada como interlocutora em matéria de absentismo
e abandono escolares;
Criar e/ou melhorar mecanismos de informação e contacto com os pais ou encarregados de educação sobre a frequência dos seus
educandos;
Incentivar a participação dos pais/encarregados de educação e de outros agentes da comunidade local na vida das escolas e no
acompanhamento dos alunos;
Desenvolver actividades alternativas de forma a transformar a escola num lugar ainda mais agradável;
Permitir vias alternativas ao ensino regular a 100% dos alunos que demonstrem vontade de enveredar por outras vias de formação,
oferecendo percursos alternativos ao ensino regular (PCA, CEF, PIEF e Cursos Profissionais), conjugando as motivações e expectativas
dos alunos com a conjuntura e evolução do mercado de trabalho e, deste modo, combater o absentismo, o abandono e o insucesso
escolares;
Nomear professores tutores que irão acompanhar e orientar os alunos que necessitem.
Aumentar a
escolarização/formação dos
adultos no âmbito das
Novas Oportunidades -
Cursos de Educação e
Formação de Adultos
(Curso EFA);
O Centro de Novas Oportunidades faz, desde o ano lectivo 2008/09,parte da oferta formativa e educativa da escola. As suas funções
inicias são o reconhecimento, validação e certificação de competências, dirigindo a sua acção para adultos com baixas qualificações ou
com percursos escolares incompletos, quer ao nível do Ensino Básico quer ao nível do Ensino Secundário.
O encaminhamento de alunos para soluções formativas mais adequadas à sua realidade concreta, a constituição de parcerias com outras
entidades, particularmente entidades que desenvolvem trabalho de formação, e a identificação de necessidades deformação ao nível da
população do concelho, estabelecem novas etapas da sua actividade formativa.
As ofertas formativas propostas pela escola serão anualmente ponderadas e reajustadas à realidade concelhia, às solicitações dos alunos
e ao resultado das consultas aos parceiros da Comunidade Educativa, nomeadamente a Associação de Pais, Câmara Municipal e a
Associação Empresarial de Castro Daire e Beiras. O Conselho Pedagógico ponderará, ano a ano, essas propostas e apresentá-las-á nas
reuniões definidoras da rede escolar. Como já se referiu, em relação à oferta formativa da escola, pretende-se consolidar a aposta que
está a ser feita na valorização do Ensino Profissional e nos Cursos de Educação Formação para Jovens.
A valorização de outros percursos educativos, nomeadamente para Adultos, e a diversificação máxima possível da oferta enquadrada
pelo Decreto-Lei nº 272/2007 de 26 de Julho, está estruturada numa linha de acção que pretende assegurar aos jovens do concelho uma
oferta educativa que os fixe no seu concelho e só em último caso os faça optar pelas ofertas dos concelhos vizinhos, e aos adultos do
concelho uma nova e oportunidade de qualificação através duma oferta diversificada e que seja adequada às suas necessidades de
formação. Nesta conformidade propõe-se na oferta dependente do Projecto Educativo da Escola nos termos definidos no Decreto-Lei nº
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 31
272/2007 de 26 de Julho que seja constituída por Geografia C,Aplicações Informáticas B, Psicologia B, Economia C, Filosofia A e
Língua Estrangeira I, II ou III. Igualmente se propõe que seja concedida aos alunos de qualquer curso científico-humanístico a
possibilidade de optar no décimo segundo ano pela frequência de uma língua estrangeira, dentro das duas opções anuais.
Relativamente à oferta educativa para adultos, além da já existente será feita a aposta em Cursos EFA de dupla certificação e a nas
formações modelares certificadas a implementar, eventualmente ainda este ano lectivo.
Em articulação com o Centro de Emprego da área do Agrupamento, permitir o aumento da escolarização e alfabetização de adultos a
todas as pessoas que se mostrem interessadas.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 32
Melhorar os resultados
escolares nas disciplinas
que revelem índices de
aproveitamento menos
satisfatórios;
Reforçar a articulação pedagógica entre os ciclos, com vista à elaboração de um plano de trabalho no qual se seleccionem áreas
prioritárias de intervenção, com especial enfoque no Inglês, Português, Matemática e Físico-Química, tendo em conta a seguinte
orientação:
Elaborar uma listagem dos principais problemas relativos à aprendizagem nas disciplinas com maiores taxas de insucesso, nas suas
várias dimensões;
Reflectir nas diferentes estruturas de organização educativa sobre os factores determinantes dessas dificuldades;
Elaborar um plano de actividades com estratégias de resoluções práticas, realistas e exequíveis;
Criar mecanismos de avaliação da implementação das estratégias de resolução de problemas da aprendizagem;
Divulgar trabalhos;
Elaborar e desenvolver planos específicos, como forma de superar dificuldades, de apoio individualizado, clubes temáticos e outros;
Criar ao nível dos Departamentos Curriculares e Grupo Disciplinares mecanismos que contribuam para a superação de dificuldades ao
nível das áreas disciplinares.
Melhorar
significativamente os
níveis de desempenho na
leitura, na caligrafia, na
ortografia e na
organização de frases e
textos em todas as
disciplinas, bem como na
oralidade;
Implicar a participação e intervenção activa de todos os professores na promoção de competências essenciais da Língua Portuguesa,
através de procedimentos sistemáticos, tais como:
Todos os professores sinalizam e corrigem os erros ortográficos em trabalhos e testes (sensibilizar todos os elementos dos grupos
disciplinares para agirem em conformidade com esta situação);
O aluno apresenta ao professor as palavras correctamente escritas;
Criação de momentos de leitura, interpretação e enriquecimento lexical em todas as disciplinas;
Desenvolver mecanismos e rotinas de valorização da leitura e da escrita desde o Pré-escolar, nomeadamente através das acções previstas
no Plano Nacional de Leitura em colaboração com as Bibliotecas Escolares.
Tratar temas e questões
problemáticas que se
destaquem na família/
comunidade.
Fazer o levantamento das questões problemáticas nos conselhos de turma e incluí-las nos projectos curriculares de turma;
Incluir e abordar estas questões problemáticas nos planos das Áreas Curriculares Não Disciplinares.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 33
Preservar e melhorar os
espaços físicos dos
estabelecimentos de
ensino.
Definir espaços específicos e clarificar os fins a que se destinam;
Motivar professores, funcionários e alunos para a importância e benefícios da preservação dos espaços físicos;
Reunir apoios das instituições autárquicas e das estruturas da administração central, para reforçar as verbas relativas à conservação de
bens;
Desenvolver projectos e iniciativas no âmbito da Área de Projecto e Cursos de Educação e Formação que se interliguem com a
beneficiação dos espaços.
Promover estilos e
hábitos de vida saudáveis,
no âmbito do programa
“Promoção e Educação
para a Saúde”.
Diminuir a tendência de perfis de doenças associadas a uma deficiente nutrição;
Promover a saúde dos jovens, no que respeita a matéria de alimentação saudável e actividade física;
Realizar debates, sessões de sensibilização e outras estratégias de trabalho continuado com os alunos envolvendo toda a comunidade
educativa, com vista a prevenir o consumo de substâncias psico-activas na escola;
Identificar os vários de tipos de comportamentos relacionados com a violência escolar e promover uma intervenção eficaz de forma a
evitá-los;
Contribuir para uma melhoria do relacionamento consciente entre os jovens;
Contribuir para redução das possíveis consequências negativas dos comportamentos sexuais, tais como a gravidez não desejada e as
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 34
6.2. Aprendizagem dos alunos/Resultados Escolares
Metas/Objectivos
1 - Criação de condições para o enriquecimento das aprendizagens e o desenvolvimento
de mecanismos de superação das dificuldades;
2 - Favorecer uma melhor integração dos alunos no ambiente escolar;
3 - Envolver e responsabilizar os alunos nas suas aprendizagens;
4 – Fomentar o ensino experimental das Ciências;
5 - Dominar o uso das TIC’s para pesquisar, organizar, tratar e produzir informação;
6 - Utilizar a avaliação para regular a acção educativa;
7 – Proporcionar espaços para a adopção dos valores e princípios considerados
fundamentais e inscritos na Constituição da República Portuguesa.
6.2.1. Educação Pré-escolar
Metas gerais para o setor:
- Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em experiências de
vida democrática numa perspetiva de educação para a cidadania;
- Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela
pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva consciência como membro da
sociedade;
- Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da
aprendizagem;
- Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas características
individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e
diferenciadas;
- Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens múltiplas como meios
de relação, de informação de sensibilização estética e de compreensão do mundo;
- Despertar a curiosidade e pensamento crítico;
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 35
- Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança, nomeadamente no
âmbito da saúde individual e coletiva;
- Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e promover a
melhor orientação e encaminhamento da criança;
- Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de
efetiva colaboração com a comunidade.
Metas particulares do Agrupamento de Escolas de Castro Daire para o
sector:
- Promover em colaboração com a autarquia formas de proporcionar uma cobertura de
100% às crianças do agrupamento que estão na faixa etária correspondente a este nível
educativo;
-Promover em colaboração com a autarquia o alargamento a todos os espaços
educativos do Pré-escolar do serviço da Componente de Apoio à Família (Almoço e
Animação Socioeducativa), sempre que os encarregados de educação deles necessitem;
-Promover em colaboração com a autarquia obras de requalificação das instalações e
investir em equipamentos, nomeadamente ao nível das TIC, para que cada sala de
jardim-de-infância tenha um computador, uma impressora e ligação à Internet;
-Promover em colaboração com a autarquia o melhoramento da rede de transportes para
a Educação Pré-escolar;
-Solicitar uma maior colaboração da autarquia para um melhor apoio às
crianças/famílias com NEE;
-Solicitar à autarquia e às entidades competentes um maior apoio, quer técnico quer
financeiro, a nível da Intervenção Precoce;
-Promover em colaboração com autarquia e outras entidades, ações de
formação/informação e sensibilização aos pais/encarregados de educação.
Avaliação
O processo de avaliação das crianças do Pré-escolar rege-se pelo estipulado na
Lei-quadro da Educação Pré-escolar, nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-
escolar e na Circular n.º 17/DSDC/DEPEB/2007, complementada pelo Perfil Específico
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 36
de Desempenho Profissional do Educador de Infância definido no Decreto-Lei n.
241/2001, de 30 de Agosto.
Neste sentido “a avaliação é um elemento integrante e regulador da prática
educativa que implica procedimentos adequados à especificidade da atividade educativa
no jardim de infância, tendo em conta a eficácia das respostas educativas” para que cada
Educador possa chegar à compreensão do desenvolvimento de cada criança e da sua
aprendizagem.
Esta perspetiva – da avaliação da aprendizagem e para a aprendizagem - fundamenta-se
numa abordagem alternativa da própria avaliação, de natureza essencialmente
formativa, autêntica, sistémica e sistemática. Tendo como base os princípios
orientadores subjacentes aos documentos anteriormente referidos e sem prejuízo de um
conjunto de referenciais comuns ao grupo de Educadores do Agrupamento, cabe a cada
docente definir metodologias, estratégias e instrumentos próprios em articulação com a
sua realidade educativa.
Metas da Avaliação
• Apoiar o processo educativo, permitindo reajustar, permanentemente, metodologias e
estratégias em função das necessidades e interesses de cada criança e do grupo;
• Refletir a ação educativa, partindo da observação individual e do grupo, de forma a
estabelecer a progressão das aprendizagens;
• Melhorar a intervenção educativa a partir dos elementos recolhidos através da
observação e de outras informações acerca da criança, obtidas numa multiplicidade de
fontes;
• Procurar o envolvimento da criança na sua própria avaliação, ajudando-a na resolução
de problemas e a tomar consciência dos seus progressos e dificuldades;
• Partilhar com outros intervenientes no processo de avaliação (Pais/Encarregados de
Educação, Técnicos Especializados, Educador/Professor) as informações relativas ao
desenvolvimento e à aprendizagem de cada criança, no respeito por princípios éticos.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 37
Procedimentos
• Utilizar técnicas e instrumentos de observação e registo das evidências de
aprendizagem, que sejam diversificados e permitam compreender e melhorar as
aprendizagens (registos circunstanciais, pequenas histórias de aprendizagem, listas de
verificação, portefólios, entre outros);
• Documentar e manter atualizadas as informações relativas ao percurso educativo e
respetivas aprendizagens, proporcionando uma visão global de cada criança
individualmente e do grupo, facilitando o acompanhamento e a intervenção adequada
por parte do Educador;
• Organizar o Processo Individual da Criança, onde devem constar:
Registo Individual de Identificação da criança.
Relatórios médicos e/ou de avaliação psicológica;
Planos Educativos Individuais (caso existam);
Planos e relatórios de apoio pedagógico (caso existam);
Outros elementos considerados relevantes para o processo de aprendizagem e
desenvolvimento da criança;
Documento com a informação global das aprendizagens mais significativas da
criança realçando o seu percurso, evolução e progresso (relatório global por
áreas de conteúdo, essencialmente descritivo, comum a todas as Educadoras do
Agrupamento);
Pequena amostra de trabalhos ou produções mais significativas de cada criança.
• Comunicar e partilhar com os pais e encarregados de educação as informações acerca
da avaliação da criança;
• Assegurar a transição do respetivo Processo Individual para a Escola do 1.º Ciclo do
Ensino Básico com os professores daquele nível de ensino numa perspetiva de
continuidade educativa.
Instrumentos/Indicadores de Avaliação:
- Fichas de diagnóstico.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 38
- Evidências de Aprendizagem (registos de observação, amostras de trabalhos,
registos, produções).
- Fichas de trabalho harmonizadas, por níveis etários (a aplicar no final do ano
letivo).
6.2.2. Ensino Básico e Secundário
6.2.2.1. Metas de Aprendizagem
As metas que propomos para a escola são perspetivadas para o período de 4 anos (de
2011/12 a 2014/2015) em que vigorará este Projecto Educativo, aprovado em Conselho
Pedagógico.
Foram considerados instrumentos estatísticos e factores de importância
fundamental para a Escola, nomeadamente:
A Evolução dos níveis de frequência no Ensino Básico e no Ensino
Secundário.
Variação das taxas de retenção e desistência no Ensino Básico.
Evolução do sucesso escolar no Ensino Básico1.
Variação da taxa de abandono escolar2.
Evolução das taxas de saída precoce e de saída antecipada da escola, no
Ensino Básico e no Ensino Secundário, respectivamente.3
Evolução das taxas de sucesso no ensino Secundário.4
Variação das taxas de transição/conclusão do Ensino Secundário.5
Taxas de ingresso no Ensino Superior.
1 Foram considerados o Ensino Regular e os Cursos de Educação e Formação.
2 Foram considerados o Ensino Regular e os Cursos de Educação e Formação.
3 Relativamente a estas taxas os dados existentes, a nível local, são ainda escassos em relação ao Ensino
Secundário. 4 Foram considerados o Ensino Regular e os Cursos Profissionais.
5 Foram considerados o Ensino Regular e os Cursos Profissionais.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 39
Sucesso/Insucesso Escolar/ Abandono Escolar para o Ensino Regular
Abandono Escolar
A tabela seguinte avalia a taxa de abandono que o agrupamento pretende
progressivamente diminuir e fixar num valor residual.
Unidade Orgânica: 161718 – Agrupamento de Escolas de Castro Daire
Concelho: Castro Daire
Meta
Nacional
2015
2009/2010 Metas para a Unidade Orgânica
Nacional Concelhio UO 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
aos
14
anos
1,8%
6,9%
3,4%
3%
2,5%
2%
1,5%
1%
< 1,0%
aos
15
anos
9,3%
14,1%
10,67%
9,1%
7,6%
6,1%
4,6%
3%
< 2,0%
Aos
16
anos
13,1%
29,5%
14,75%
13%
11%
9,5%
7,5%
5,5%
< 4,0%
Sucesso/Insucesso Escolar
Taxas de repetência por ano de escolaridade.
Objetivo: Avalia o grau de sucesso nos diversos anos de escolaridade, relativo ao
Agrupamento.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 40
Cálculo: Relação entre o número de alunos que não transita para o ano de escolaridade
subsequente relativamente ao total de alunos matriculados e avaliados num determinado
ano de escolaridade, expressa em, percentagem.
Unidade Orgânica: 161718 – Agrupamento de Escolas de Castro Daire
Concelho: Castro Daire
2009/2010 Metas para a Unidade Orgânica Meta
Nacional
2015
Nacional
Concelhio
UO
2010/11
2011/12
2012/13
2013/14
2014/15
1º ano
0%
0%
0%
0%
0%
0%
0%
0%
2º ano 7,6% 7,8% 7,8% 7,3% 6,6% 6% 5,5% 4,4%
3º ano 3,3% 8,9% 8,9% 7% 6,4% 5,5% 4,5% 3,4%
4º ano 4,2% 0,0% 0,0% 0,5% 0,4% 0,3% 0,2% 0,2%
1º Ciclo
4,1%
3,9%
3,9%
2,0%
5º ano 7,6% 3,0% 3,0% 3% 3% 2,9% 2,9% 2,8%
6º ano 8,6% 4,0% 4,0% 4% 4% 3,9% 3,9% 3,8%
2º Ciclo 8,1% 3,5% 3,5% 5,0%
7º ano 16,7% 6,0% 6,0% 6% 6% 5,9% 5,9% 5,8%
8º ano 11% 2,3% 2,3% 2,3% 2,3% 2,3% 2,2% 2,2%
9º ano 12,7% 9,9% 9,9% 9,7% 9,6% 9,5% 9,4% 9,2%
3º Ciclo 13,6% 6,8% 6,8% 10,0%
10º ano 13,4% 9,1% 9,1% 9% 8,9% 8,7% 8,6% 8,5%
11º ano 9,1% 3,5% 3,5% 3,4% 3,4% 3,3% 3,3% 3,2%
12º ano 39,2% 18,9% 18,9% 18,7% 18,6% 18,5% 18,3% 18%
Secundário 17,9% 10,8% 10,8% 12,0%
Relativamente ao resultado das Provas de Aferição, 1º e 2º ciclo, nas disciplinas
de Língua Portuguesa e Matemática, Exames Nacionais de Língua Portuguesa e
Matemática, para o 3º ciclo e secundário, pretende-se alcançar os resultados que a
seguinte tabela apresenta:
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 41
Unidade Orgânica: 161718 – Agrupamento de Escolas de Castro Daire
Concelho: Castro Daire
2009/2010
Metas para a Unidade Orgânica
Meta
Nacional
2015
Nacional
Concelhio
UO
2010/11
2011/12
2012/13
2013/14
2014/15
L. Portuguesa
4º ano
91,0%
94,0%
94,0%
94%
94,2%
94,4%
94,6%
95%
95,0%
Matemática –
4º ano
88,0%
96,0%
96,0%
96%
96,2%
96,4%
96,8%
97%
92%
L. Portuguesa
– 6º ano
88,0%
84,1%
84,1%
84,1%
85,6%
87,1%
88,6%
90%
92,0%
Matemática –
6º ano
76,0%
82,2%
82,2%
82,4%
82,6%
82,8%
83%
83,2%
80%
L. Portuguesa
– 9º ano
71,0%
63,2%
63,2%
63,5%
65%
67%
69%
72%
75%
Matemática –
9º ano
51,0%
63.2%
63,2%
63,5%
63,8%
64,2%
64,7%
65%
55%
Português -
12º ano
61,0%
36,9%
36,9%
40,4%
43,9%
48,9%
53,9%
59%
65,0%
Matemática
– 12º ano
66,0%
69,4%
69,4%
69,5%
69,9%
70,2%
70,7%
71%
70%
6.2.2.2. Cursos Profissionais
- Situar a taxa de saída antecipada da escola no valor máximo de 10%.
- Concorrer anualmente à possibilidade de, em cada ano lectivo, incluir pelo
menos um curso profissional não existente na oferta anterior da escola.
6.2.2.3. Educação de Adultos
- Situar a taxa de desistência nos cursos de educação e formação e nas
formações modulares certificadas num valor inferior a 15%.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 42
6.2.2.4. Centro Novas Oportunidades (CNO)
- Situar o desvio máximo de 10% em relação aos objectivos propostos na
planificação anual de RVCC do Centro Novas Oportunidades.
6.2.3. Formação dos Atores Educativos
- Situar anualmente a percentagem de participação dos professores em acções de
formação em valores próximos dos 90%.
- Aumentar anualmente a percentagem de participação do pessoal não docente
em acções de formação em 15%.
6.2.4. Educação Especial
Sendo uma estrutura de serviços especializados que pretende dar resposta à diferença, a
sua área de intervenção é muito vasta e assume particular importância na determinação
da prática pedagógica que melhor se adequa ao seu público, os alunos com necessidades
educativas especiais de caráter permanente.
Estes alunos apresentam limitações significativas ao nível da atividade e participação
num ou vários domínios da vida que, por sua vez decorrem de alterações funcionais ou
estruturais de caráter permanente, evidenciando dificuldades continuadas, que se
manifestam em várias áreas e que, por isso mesmo, impõem uma oferta e intervenção
educativa diversificada. Com o intuito de minimizar as dificuldades que apresentam e
que se podem manifestar com maior ou menor intensidade ao nível da comunicação e da
linguagem, da aprendizagem, da mobilidade, da motricidade, da autonomia e da
independência pessoal, da interação e participação social, entre outros, beneficiam da
aplicação da medidas educativas previstas no normativo que regulamenta a Educação
Especial, o Decreto-lei 3/2008, de 7 de janeiro e que determina que a inclusão destes
alunos na escola regular pressuponha a adaptação de estratégias, recursos, conteúdos,
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 43
processos, procedimentos e instrumentos, bem como a utilização de tecnologias de
apoio.
Este grupo de docentes especializados em educação especial, colocados no grupo de
recrutamento 910 para prestação de serviços técnicos especializados no domínio mental
e motor em todo o Agrupamento de Escolas, é responsável por, em articulação com a
Direção, com os docentes do ensino regular, com os técnicos que intervêm no processo
educativo dos discentes, com as famílias e com os alunos, dar a resposta educativa que
melhor se adequa ao seu perfil de funcionalidade. A oferta educativa especializada é
extensível à Intervenção Precoce, regulamentada pelo Decreto-lei 281/2009 de 6 de
outubro, abrangendo crianças dos 0 aos 6 anos e para a qual o Agrupamento de Escolas
de Castro Daire constitui o Agrupamento de Referência para os concelhos de Castro
Daire, Vila Nova de Paiva e Sátão e ainda pela Unidade de Ensino Estruturado, para
alunos com Perturbação do Espectro do Autismo; a Unidade de Referência para a
Deficiência Visual, sediada em Viseu, disponibiliza a tempo parcial um docente para
acompanhamento dos alunos com cegueira e baixa visão.
Encarado numa perspetiva de construção de um projeto de vida realista e promotor da
sua futura integração na vida adulta, a partir de um trabalho de avaliação e planeamento,
é elaborado e implementado um Programa Educativo Individual, por aluno, pelo que
definimos para a educação especial as seguintes metas e finalidades:
Promover os pressupostos da escola inclusiva, contribuindo para a criação de
condições que assegurem a todos os alunos a participação plena na vida escolar e
social;
Promover a inclusão e o sucesso educativo e social de todos os alunos e em
particular dos que apresentam constrangimentos ao nível das funções e estruturas do
corpo, da atividade e participação e dos fatores ambientais;
Garantir uma cobertura de apoios no âmbito da Educação Especial de 100%,
aos alunos cujo perfil de funcionalidade se enquadre no Decreto-lei 3/2008, de 7 de
janeiro;
Valorizar e destacar perante a comunidade, as competências dos alunos com
necessidades educativas especiais de caráter permanente, promovendo a sua auto-estima
e autoconceito;
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 44
Sensibilizar a comunidade para a problemática da exclusão social, promovendo a
aceitação da diferença e o respeito pelas especificidades do indivíduo, perspetivando a
igualdade de oportunidades;
Colaborar com as famílias na promoção de competências de autonomia e
independência pessoal, que permitam aos jovens com necessidades educativas de
caráter permanente a transição para a vida ativa;
A concretização destas finalidades passa pela intervenção na área da Educação Especial
e impõe:
A compreensão e avaliação de cada caso em particular e contexto em que se
insere e, por referencia à CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade), o
estabelecimento do respetivo perfil de funcionalidade;
Com base no perfil de funcionalidade de cada aluno, a diferenciação de medidas
educativas ao nível do apoio pedagógico personalizado, da matricula, dos currículos, da
avaliação, das tecnologias de apoio, etc., promotoras de enriquecimento cognitivo e
valorização pessoal; o ensino de estratégias para aprender a pensar; a estimulação dos
processos cognitivos que estão na base de aprendizagens complexas como a atenção, a
planificação, a generalização, a abstração...;
Nos casos mais complexos, a construção de Currículos Específicos Individuais,
que poderão contemplar o desenvolvimento de competências funcionais para além da
componente académica/escolar;
Elaboração do PIT, perspetivando a integração do indivíduo no mercado de
trabalho.
APOIO EDUCATIVO
Tem como população alvo, todos os alunos cujo perfil de funcionalidade não se
enquadre no âmbito da Educação Especial, mas que evidencia no seu percurso escolar
dificuldades de aprendizagem significativas.
Na educação Pré-Escolar, o apoio aos alunos mais problemáticos é assegurado por
recursos disponibilizados pela Direção. Este procedimento estende-se ao 1º CEB; os
alunos que apresentem dificuldades de aprendizagem, poderão usufruir de apoio
pedagógico assegurado por docentes pertencentes ao Agrupamento. Esta medida
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 45
pretende garantir uma cobertura de 100%, mas com particular atenção para as escolas
que ministrem os quatro anos de escolaridade ou apresentem resultados escolares menos
satisfatórios.
Nos 2º e 3º ciclos, este apoio é assegurado, sempre que possível, pelos professores de
cada disciplina ou por outros docentes do Agrupamento de Escolas, disponibilizados
para estas funções pela Direção, de modo a garantir que todos os alunos que necessitem
usufruam desta medida.
SERVIÇO DE PSICOLOGIA E ORIENTAÇÃO
Este serviço é assegurado por um psicólogo, contratado para o exercício das funções
inerentes ao cargo em todo o Agrupamento, e que são complementadas por técnicos
especializados de entidades externas com as quais o Agrupamento estabeleceu
protocolos e parcerias.
O conteúdo funcional dos Serviços de Psicologia e Orientação é muito abrangente, mas
destacamos as seguintes competências:
• Participar no desenvolvimento de projetos e colaborar no estudo, concepção e
planeamento de medidas que contribuam para o desenvolvimento integral dos alunos.
• Colaborar na identificação e prevenção de situações problemáticas de alunos e
na elaboração de planos de recuperação, de acompanhamento e de desenvolvimento,
envolvendo a comunidade educativa.
• Colaborar no desenvolvimento das medidas previstas no Decreto-Lei n.º 3/2008,
de 7 de Janeiro, e Lei n.º 21/2008, de 12 de Maio, visando a inclusão educativa e social,
o acesso e o sucesso educativo, a autonomia, a estabilidade emocional, bem como a
promoção da igualdade de oportunidades, a preparação para o prosseguimento de
estudos ou para uma adequada preparação para a vida pós-escolar ou profissional dos
alunos com necessidades educativas especiais.
• Desenvolver um espaço de reflexão facilitador de um maior autoconhecimento e
enriquecimento pessoal.
• Esclarecer os alunos e os pais/encarregados de educação quanto às opções
curriculares e suas implicações ao nível do prosseguimento de estudos ou inserção na
vida ativa.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 46
• Informar os pais/encarregado de educação de cada aluno sobre o trabalho
desenvolvido e resultados obtidos.
• Cultivar o interesse pela formação e pela aprendizagem.
• Contribuir para a melhoria do sucesso educativo.
• Prevenir o abandono escolar, a saída precoce e a saída antecipada da escola.
• Contribuir para a educação e promoção da saúde.
• Incrementar o relacionamento com outras estruturas da comunidade escolar
(departamento de educação especial, Bibliotecas Escolares/Centros de Recursos
Educativos), bem como apoiar o desenvolvimento do sistema de relações do
Agrupamento com a comunidade em que se insere.
OFERTA EDUCATIVA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTRO DAIRE
Ensino Básico
2º Ciclo:
• Ensino Regular
• Percurso Curricular Alternativo (6º ano)
3º Ciclo:
• Ensino Regular
• Percurso Curricular Alternativo (7º ano)
• Percurso Curricular Alternativo (8º ano)
• Percurso Integrado de Educação e Formação (7º ano)
• Curso de Educação e Formação de Jardinagem e Espaços Verdes (1º ano)
• Curso de Educação e Formação de Eletricidade Automóvel (2º ano)
• Curso de Educação e Formação de Cozinha (2º ano)
Secundário:
• Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias
• Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades
• Curso Profissional de Técnico de Multimédia (1º ano)
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 47
• Curso Profissional de Técnico de Proteção Civil (1º ano)
• Curso Profissional de Técnico de Restauração – Variante Restaurante – Bar (1º
ano)
• Curso Profissional de Técnico de Multimédia (2º ano)
• Curso Profissional de Técnico de Audiovisuais (2º ano)
• Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural (3º ano)
• Curso Profissional de Técnico de Termalismo (3º ano)
• Curso de Educação e Formação de Adultos (Tipo A) – Multimédia
A todos os alunos cujo perfil de funcionalidade não se enquadre no âmbito das
Necessidades Educativas Especiais de carácter permanente, mas que evidencia, no seu
percurso escolar, dificuldades de aprendizagem significativos é prestado apoio
socioeducativo.
Na educação Pré-Escolar, o apoio aos alunos mais problemáticos é assegurado
por recursos disponibilizados pela Direcção Executiva.
Todos os alunos do 1º Ciclo que se encontram com dificuldades de
aprendizagem usufruem de apoio pedagógico ministrado por docentes disponibilizados
pela Direcção Executiva para este efeito, garantindo uma cobertura de 100%. Esta
medida é, ainda, alargada às escolas mais distantes da escola sede, àquelas em cujas
turmas estão incluídos os quatro anos de escolaridade e às que apresentam resultados
escolares menos satisfatórios.
Nos 2º e 3º Ciclos, este apoio é assegurado, sempre que possível, pelos
professores titulares das disciplinas ou por outros docentes em exercício no
Agrupamento, garantindo, também nestes níveis de ensino, uma cobertura total de
100%.
6.2.5. Desporto Escolar
O Desporto Escolar é uma actividade extracurricular, com projecto próprio,
desenvolvida em complementaridade com o trabalho efectuado na disciplina curricular
de Educação Física, que visa criar hábitos de vida saudáveis e constitui um instrumento
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 48
de grande relevo e utilidade no combate ao insucesso escolar e de melhoria da qualidade
do ensino e da aprendizagem, uma vez que promove a sociabilização, a prática
desportiva com e sem competição e introduz no percurso escolar dos alunos factores de
motivação relevantes. Mais especificamente, com o clube de Desporto Escolar pretende-
se:
Proporcionar a prática desportiva ao maior número possível de alunos.
Associar a prática desportiva aos fundamentos de uma vida saudável.
Reforçar a importância da prática desportiva como terapia para problemas ligados ao
stress e desgaste profissional.
Valorizar a acção do desporto como alternativa a flagelos sociais.
Desenvolver a actividade desportiva numa perspectiva de equilíbrio com as
actividades exigidas nas outras áreas de estudos.
Aproveitar a competição como preparação para a vida e como iniciação à abordagem
a modalidades integradas em quadros competitivos.
Utilizar as actividades do desporto escolar como factor de motivação e de criação do
gosto pela escola, combatendo o abandono escolar.
Ocupar os alunos durante os períodos sem actividade curricular.
O trabalho a desenvolver, em coordenação com as diversas estruturas do
agrupamento e conjugado de forma transversal/interdisciplinar com o trabalho
desenvolvido nas diversas áreas do currículo dos alunos, deve dar continuidade à oferta
sólida e sustentada dos anos anteriores, procurar diversificar as modalidades adoptadas e
proporcionar a inclusão de 100% dos alunos que revelem vontade e motivação em
praticar uma ou mais modalidades, das que fazem parte do projecto de adesão e de
acordo com as regras definidas no respectivo programa.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 49
6.3. A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS
Metas e objectivos Estratégias de Operacionalização
Criar condições para o
enriquecimento das
aprendizagens e o
desenvolvimento de
mecanismos de superação
das dificuldades
Reunir os recursos físicos, materiais e humanos necessários ao normal desenvolvimento da actividade curricular;
Tendo por base indicadores recolhidos em anos anteriores, constituir turmas ponderando os índices de aproveitamento e as
vivências de carácter social e cultural;
Proporcionar aos alunos que apresentem maiores dificuldades actividades de apoio educativo, ministradas, preferencialmente,
pelos próprios professores das disciplinas, dirigidos a pequenos grupos de alunos;
Criar mecanismos que permitam a ocupação dos alunos em todos os tempos escolares, colmatando a ausência de professores
através da sua substituição por professores da mesma disciplina ou disponibilizando espaços e actividades que permitam a
realização de trabalhos pelos alunos;
Integrar as actividades planeadas por departamentos curriculares, grupos disciplinares e outros grupos de trabalho, de modo a
rentabilizar a mais – valia de recursos educativos;
Promover actividades desportivas e culturais e de visitas de estudo ao concelho ou fora, numa perspectiva multidisciplinar, de
modo a que os alunos possam alargar as suas vivências, confrontando-se com outras realidades;
Proporcionar aos diferentes grupos de alunos experiências educativas no âmbito de actividades de enriquecimento do currículo,
como por exemplo as actividades dos clubes temáticos (Ambiente, Informática, Jogos Matemáticos, Xadrez, Teatro e Inglês), do
desporto escolar, da rádio local e de outros projectos a desenvolver.
Favorecer uma melhor
integração dos alunos no
ambiente escolar.
Dar continuidade à educação inclusiva de modo a que todos os alunos tenham acesso ao sucesso.
Sinalizar e encaminhar, o mais cedo possível, os alunos que apresentem comportamentos disruptivos, distúrbios emocionais ou
outras situações;
Flexibilizar e adequar o currículo às características individuais dos alunos;
Diversificar estratégias de aprendizagem.
Implementar, sempre que possível, uma cobertura efectiva de todos os estabelecimentos de ensino por especialistas da área da
Psicologia;
Definir a nível de departamento curricular, materiais escolares obrigatórios;
Normalizar o tipo de registos comuns às disciplinas assim como as metodologias de registo: por exemplo, os sumários, os
trabalhos de casa, o registo obrigatório a caneta ou a lápis, as folhas de teste;
Insistência, na área de Estudo Acompanhado e Actividades de Apoio ao Estudo na aquisição de métodos de estudo e de métodos
de trabalho;
Definição de regras precisas de comportamento e exigência do seu cumprimento, para poderem pautar os seus comportamentos e
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atitudes;
Promover o intercâmbio entre escolas diferentes.
Envolver os alunos nas
suas aprendizagens. Responsabilizar os alunos, assegurando que os mesmos se organizem para gerir determinadas tarefas, ligadas ao funcionamento da
aula e à prática de métodos de trabalho e de estudo, actuando de acordo com regras estabelecidas;
Estabelecer um grau de exigência que, partindo do background dos alunos, tenda para o óptimo e não para o sofrível;
Promover a literacia de todos os alunos ensinando-os a ler fluente e criticamente e a escrever com correcção e clareza;
Introduzir na disciplina de Língua Portuguesa indicações sobre as formas de tratamento e níveis da língua, num grau de
profundidade adequado a cada ciclo.
Valorizar o Ensino
Experimental das
Ciências.
Implementar, em sala de aula e de forma sistemática, a prática do ensino experimental;
Desenvolver atitudes positivas nos alunos de forma a potenciar a curiosidade científica, a descoberta, a pesquisa e a
experimentação;
Incentivar os docentes a frequentar formação neste domínio.
Dominar as TIC’s para
pesquisar, organizar,
tratar e produzir
informação.
Criar e reforçar os espaços TIC para desenvolver projectos articulados e globalizantes, dinamizados e supervisionados pelo
Coordenador do PTE;
Orientar actividades para a realização em diversas disciplinas relativas ao desenvolvimento de competências informáticas, de
modo a utilizar as novas tecnologias como recurso de aprendizagem.
No domínio da BE/CRE,
desenvolver a literacia, as
competências de
informação, do ensino-
aprendizagem e da
cultura.
Apoiar e promover os objectivos educativos definidos de acordo com as finalidades e currículo da escola, nomeadamente com o
seu Projecto Educativo e Projecto Curricular;
Criar e manter nos alunos o hábito e o prazer da leitura, da aprendizagem e da utilização das bibliotecas ao longo da vida;
Desenvolver nos alunos competências e hábitos de trabalho baseados na consulta, tratamento e produção da informação, tais
como: seleccionar, analisar, criticar e utilizar documentos; desenvolver um trabalho de pesquisa ou estudo, individualmente ou em
grupo, a solicitação do professor ou de sua própria iniciativa;
Proporcionar oportunidades de utilização e produção de informação que possibilitem a aquisição de conhecimentos, a
compreensão, o desenvolvimento da imaginação e o lazer;
Apoiar os alunos na aprendizagem e na prática de competências de avaliação e utilização da informação, independentemente da
natureza e do suporte, tendo em conta as formas de comunicação no seio da comunidade;
Organizar actividades que favoreçam a consciência e a sensibilização para as questões de ordem cultural e social;
Trabalhar com alunos, professores, órgãos de gestão e encarregados de educação/pais, de modo a cumprir a missão da escola;
Defender a ideia de que a liberdade intelectual e o acesso à informação são essenciais à construção de uma cidadania efectiva e
responsável e à participação na democracia;
Promover a leitura, os recursos e serviços da biblioteca escolar junto da comunidade escolar;
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Tornar possível a plena utilização dos recursos pedagógicos existentes e dotar a escola de um fundo documental adequado às
necessidades das diferentes disciplinas, dos projectos de trabalho e dos interesses e gostos desta faixa etária;
Ajudar os professores, sempre que possível, a planificarem as suas actividades de ensino e diversificarem as situações de
aprendizagem.
Utilizar a avaliação para
regular a acção educativa. Recorrer à diversificação de procedimentos e instrumentos de avaliação, de forma avaliar globalmente o desenvolvimento de
competências;
Informar os alunos, os pais e os encarregados de educação sobre as modalidades de avaliação e critérios aprovados;
Monitorizar a avaliação das aprendizagens nas diferentes estruturas de orientação educativa.
Harmonizar processos e uniformizar a aplicação de critérios, ao nível do grupo disciplinar, numa perspectiva de partilha,
concertada, de recursos e estratégias.
Acompanhar as práticas lectivas, em contexto de sala de aula. A supervisão é realizada pelos docentes do mesmo nível de ensino, que têm
tido melhores resultados, recebendo, durante alguns dias, na sua sala, os docentes cujos alunos não têm mostrado resultados tão
satisfatórios. A substituição destes docentes é assegurada por um docente que não tenha turma atribuída ou, nos 2º e 3º Ciclos, usufruindo
do tempo destinado ao Trabalho de Estabelecimento.
Proporcionar espaços para
a adopção dos valores e
princípios considerados
fundamentais e inscritos
na Constituição da
República Portuguesa.
Levar os alunos a actuar de acordo com as regras de responsabilização e de sentido ético em todas as suas acções, nomeadamente
as que têm lugar na sala de aula;
Explorar as potencialidades formativas das diversas disciplinas e áreas curriculares, criando-se situações através das quais os
alunos possam interiorizar valores;
Criar oportunidades reais no agrupamento para o desenvolvimento de valores através da intervenção estruturada em momentos
formais e informais – reuniões, encontros, debates, formações;
Promover a aprovação pelos alunos, sob orientação do director de turma e na área de formação cívica, de regras de funcionamento
da turma, com explicitação clara de direitos e deveres;
Implementação de projectos de educação sexual, adaptados aos diversos níveis etários.
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Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 52
6.4. A DISCIPLINA E O COMPORTAMENTO CÍVICO
A prevenção assume uma importância cada vez maior no contexto da sociedade
actual, em matéria de segurança. Prevenir os riscos inerentes à utilização de
equipamentos, edifícios, estruturas e da comunidade em geral torna-se cada vez mais
necessário e urgente. Esta cultura de prevenção e segurança assume ainda mais
pertinência quando se trata do meio escolar, dado o papel que compete à escola na
formação da consciência cívica das crianças e dos jovens.
Pretende-se criar, em todas as escolas que integram o agrupamento, uma verdadeira
cultura de prevenção e segurança, através da divulgação de planos de Prevenção, de
ações de formação e sessões de esclarecimento e tendo atenção os valores da liberdade,
da responsabilidade, respeito pelos direitos e valores do outro, ética, credibilidade e
transparência.
Não se caracterizando o agrupamento por atos de grande agressividade ou violência
é necessário adotar medidas e procedimentos específicos para tentar atenuar a
perturbação das aulas por parte de alguns alunos com comportamentos menos
adequados, de modo que a aula seja um espaço de trabalho sereno, estável e prestigiado.
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Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 53
6.4. A Disciplina e o Comportamento Cívico
Metas e objectivos Estratégias de Operacionalização
Assegurar o normal
desenvolvimento de todas
as actividades e um bom
clima de escola
Desenvolver mecanismos de responsabilização, com autonomia monitorizada, centrados nos alunos.
Valorizar, junto dos alunos, a integração no Quadro de Mérito e os requisitos subjacentes.
Promover uma boa relação entre as lideranças e os diferentes órgãos de gestão intermédia.
Valorizar a participação efetiva e envolvimento positivo do pessoal docente e não docente na vida da escola, nomeadamente através
da criação de grupos de trabalho.
Promover atitudes de
cidadania e respeito pelos
outros;
Consolidar as relações interpessoais através de iniciativas de convívios informais.
Consolidar a consciência de cidadania através da participação em projectos que privilegiem valores como a solidariedade,
responsabilidade e autonomia.
Desenvolver uma relação de cooperação, confiança, comunicação e transparência de actuação, valorizando o relacionamento
interpessoal e de grupo, construindo o quotidiano da escola num permanente exercício de cidadania.
Promover estilos e hábitos
de vida saudáveis
Implementar e valorizar a Educação para a Cidadania promovendo hábitos de vida saudáveis e valorizando a componente
ambiental.
Estabelecer uma parceria com a Associação de Pais e o Centro de Saúde, no âmbito do Projecto de Educação Para a Saúde,
dirigido objectivamente para a valorização e incentivo da utilização da cantina escolar.
Promover a adesão da escola ao programa Eco-escolas.
Utilizar o Desporto Escolar como elemento potenciador para promover o nascimento de outras modalidades desportivas nas
associações juvenis do concelho
Promover a adesão da escola ao Projecto ”Energias Renováveis”.
Promover parcerias e campanhas de sensibilização que envolvam o projecto escola promotora de saúde.
Dinamizar campanhas ou actividades que contribuam para a preservação e limpeza dos espaços escolares e do meio ambiente.
Fomentar actividades de reciclagem junto da comunidade educativa.
Estabelecer o regime de aplicação da Educação Sexual em meio escolar previsto na Lei, mais concretamente, na Lei nº
60/2009, de 6 de Agosto.
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Prevenir comportamentos
de indisciplina em
qualquer espaço escolar;
Definição de regras claras nos documentos estruturantes do Agrupamento, com a colaboração de todas as estruturas da
comunidade educativa.
Construção de modelos sólidos e coerentes de aplicação das regras.
Vincar a importância da uniformidade e aplicação concertada das regras por todos os membros dos conselhos de turma
Realizar reuniões de sensibilização com todos os elementos da Comunidade Escolar para criação de um clima de confiança e de
transparência de actuação.
Agir disciplinarmente
sobre todos os
comportamentos de
gravidade reconhecida
Retirar os alunos do espaço onde se encontram, nomeadamente nas aulas, sendo encaminhados, através de uma assistente, ou pelo
professor da turma, para um espaço a indicar pela direcção, na qual desenvolverão outras tarefas.
Aplicar as medidas disciplinares que constam do Estatuto do Aluno e do Regulamento Interno.
• Promover uma escola
segura;
Sensibilizar os encarregados de educação, com a colaboração da Associação de Pais, para a importância de existir consonância na
aplicação das regras e normas de conduta entre a escola e o meio sociofamiliar.
Promover a articulação entre os diferentes órgãos da escola através da realização de reuniões formais e informais
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6.5. FUNCIONAMENTO DO AGRUPAMENTO
Metas e objectivos Estratégias de Operacionalização
Criar uma unidade
funcional ajustada às
diversas escolas
Melhorar os circuitos e formas de comunicação entre os órgãos e as estruturas da escola;
Dar a conhecer e reflectir com os técnicos operacionais e funcionários administrativos sobre as finalidades do Projecto Educativo
do Agrupamento;
Ocupar a tarde de quarta-feira para as actividades extracurriculares, (2º e 3º ciclos) bem como para o desenvolvimento de medidas
de acompanhamento e recuperação dos alunos com mais dificuldades.
Rentabilizar os recursos
existentes nas escolas
Dar continuidade nas escolas do 1.º ciclo, às actividades das áreas artísticas e desportivas, assim como a iniciação de uma língua
estrangeira;
Desencadear esforços no sentido da implementação de actividades artísticas e desportivas nos Jardins – de – Infância;
Garantir a permanência na escola, rentabilizando os recursos existentes, através de actividades apoiadas na supervisão e
acompanhamento do professor titular de turma;
Celebração de protocolos com empresas locais, de modo a proporcionar a certos alunos uma formação essencialmente tecnológica
e prática;
Participar e acompanhar no desenvolvimento de acções que visem proporcionar o serviço de almoço a todos os alunos;
Solicitar, junto das entidades competentes, iniciativas que contribuam para recuperar e/ou valorizar os espaços internos e
adjacentes das escolas.
Definir estratégias de
recepção/acolhimento à
população escolar
Dedicar um dia específico à recepção dos novos alunos, acompanhados pelos respectivos Encarregados de Educação, onde têm
contacto com o Director de Turma/docente titular de Grupo/Turma, em que ficam a conhecer os locais e sectores vitais da escola
e constitui uma oportunidade para lhes dar a conhecer os aspectos mais relevantes do funcionamento da escola, do regulamento
interno e do estatuto do aluno;
Receber e acompanhar os novos docentes de forma personalizada, pelo órgão de gestão, na sua primeira visita ao Agrupamento;
Facultar, na reunião geral de docentes, informações pertinentes acerca da vida do Agrupamento;
Aprofundar e reflectir nos departamentos curriculares e grupos disciplinares as orientações recebidas para serem delineadas nos
Planos de Acção Educativa;
Rentabilizar a página electrónica da escola, como veículo de informação com a criação de endereços de e-mail para todos os
membros da comunidade educativa.
Apoiar, a nível psicológico, alunos e respectivas famílias sempre que se verifique necessidade.
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Definir critérios para a
constituição de turmas
Os critérios para a constituição de turmas são os estabelecidos no despacho nº 13170/2009, de 4 de Junho e republicações nele
previstas. No entanto, estão definidos outros critérios que sustentam a constituição de turmas, entre os quais se destacam:
A integração dos alunos NEE, no âmbito da CIF e do Decreto-Lei nº 3/2008 de 7 de Janeiro, nas turmas onde se encontram os
colegas que com eles melhor colaboraram e interagiram;
Atender-se-á à formação dos grupos do Pré-Escolar e à localidade de proveniência dos alunos, garantindo, por princípio, a
continuidade de turma nos restantes ciclos, sempre que o número de alunos se integre no estipulado na legislação supra referida,
com auscultação do Conselho Pedagógico e dos Departamentos Curriculares.
Serão, ainda, ponderadas as propostas dos conselhos de turma e departamento do 1º ciclo que visem proteger alunos com
dificuldades de integração e de propostas de reorganização de turmas que pretendem salvaguardar o comportamento e
aproveitamento das mesmas.
No primeiro ciclo, sempre que possível, as turmas devem ser constituídas por alunos integrados no mesmo ano de escolaridade.
Relativamente à orientação que prevê que os alunos retidos nos 2º e 3º anos do 1º ciclo acompanhem a turma em que estavam
integrados, devem ser considerados critérios de integração e aprendizagem em cada caso específico.
Elaborar horários Na educação Pré-Escolar os horários são definidos antes do início do ano lectivo, em reunião em que participam Encarregados de
Educação, Docentes Titulares de Grupo e Representantes Autárquicos.
No 1º Ciclo, na elaboração de horários, são tidos em consideração factores relacionados com transporte e acompanhamento dos alunos,
respeitando a componente lectiva, actividades de enriquecimento curricular, garantindo oito horas de funcionamento e a abertura dos
estabelecimentos até às dezassete e trinta horas.
Nos horários do segundo e terceiro ciclos predominam os seguintes critérios:
A componente lectiva não pode exceder os quatro blocos diários;
A tarde de quarta-feira, de preferência, não deve contemplar actividade lectiva, para o desenvolvimento de actividades de
enriquecimento curricular e apoio educativo, as quais também podem ser repartidas por um dos tempos de intervalo entre a manhã
e a tarde dos restantes dias da semana;
o As disciplinas de Línguas e a Educação Física não devem ser distribuídas em dias seguidos;
A Educação Física não deve ser leccionada no primeiro tempo da tarde e deve conjugar-se a leccionação das disciplinas de carácter
teórico com as de carácter prático, em cada um dos dias.
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Distribuir o serviço
docente de forma racional
e equilibrada
São constituídas equipas pedagógicas que integram docentes das diferentes disciplinas e asseguram o acompanhamento das turmas ao
longo de todo o ciclo de ensino, exceptuando os anos de processo concursal, em que se visará distribuir o serviço de acordo com todos os
intervenientes.
A distribuição de serviço docente orienta-se pelos seguintes princípios:
Continuidade das turmas, salvaguardando a aprovação do conselho pedagógico e do Órgão de Gestão;
Distribuição dos Professores do Quadro de Agrupamento, do Quadro de Zona Pedagógica e professores Contratados, pela ordem
na lista graduada;
Os Directores de Turma deverão dar seguimento às suas direcções de turma, sempre que possível e caso não ocorram situações
problemáticas na relação pedagógica, acompanhando-as no decurso do ciclo;
Atribuir a leccionação do menor número possível de níveis de ensino e de áreas disciplinares a cada professor;
Atribuir o apoio educativo ao professor da turma;
Atribuir os cargos de coordenação das direcções de turma preferencialmente a docentes especializados ou com experiência nestas
funções;
Reforçar o crédito horário dos directores de turma com uma hora na componente não lectiva de estabelecimento;
Criar, tanto quanto possível, espaços alargados para o trabalho individual e/ou colaborativo dos docentes;
Atribuir, sempre que seja possível, na elaboração dos horários, a leccionação de um maior número possível de disciplinas, na
mesma turma, a um só professor desde que este possua habilitação e experiência adequadas;
Na distribuição do serviço, serão ainda tomados em consideração os vários programas e projectos de continuidade, como são
exemplo o Plano da Matemática, os Novos Programas de Matemática e de Língua Portuguesa, bem como a avaliação efectuada
no ano anterior e demais legislação publicada para o efeito, atribuindo-os aos professores com mais experiência e formação na
área.
Projeto Educativo
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6.6. A relação escola/comunidade
Metas e objetivos Estratégias de operacionalização
Promover protocolos e
parcerias com outras
instituições.
Diligenciar junto da Câmara Municipal o transporte escolar para as crianças do Pré-Escolar que dele necessitem;
Garantir o transporte dos alunos durante as actividades de enriquecimento curricular em articulação e parceria coma a Câmara
Municipal de Castro Daire;
Assegurar a articulação do projecto da Escola Segura com a actividade do agrupamento;
Propor às Juntas de Freguesia e Câmara Municipal de Castro Daire actividades conjuntas e patrocínios na promoção de outras
actividades (sessões, debates, convívios);
Providenciar contactos com as autarquias no sentido de manutenção dos espaços escolares.
Realizar, com periodicidade bienal, uma Feira de Emprego e Formação Profissional em parceria com a Câmara Municipal,
Associação Empresarial de Castro Daire, que passe a ser uma referência na nossa região.
Promover a ligação da escola com o mundo do trabalho através de uma relação regular com a Associação Empresarial de Castro
Daire e a Delegação do Instituto de Emprego e Formação Profissional que abrange o concelho.
Promover parcerias com o município no âmbito do Desporto Escolar e actividades educativas para os alunos.
Fomentar uma parceria permanente com a Associação de Pais, Associação de Estudantes e o Centro de Saúde para o desenvolvimento
de acções na Escola que promovam a alimentação na cantina escolar.
Fomentar parcerias com instituições de ensino superior com o objectivo de possibilitar a oferta de cursos de especialização
tecnológica.
Concorrer a programas europeus de intercâmbio.
Promover a inclusão da escola em programas, iniciativas e realizações levadas a efeito pela Autarquia, Associação Empresarial,
Centro de Saúde e outras Associações Culturais e Desportivas do Concelho com o objectivo de se constituir parceiro privilegiado nos
projectos de desenvolvimento do concelho.
Promover a participação e
colaboração dos
encarregados de educação
Organizar com a associação de pais sessões de esclarecimento e reflexão nas temáticas Escola/Família e promover convívios
informais entre pais e escola;
Facultar aos Encarregados de Educação esclarecimentos sobre a importância da relação Escola/Família;
Incentivar os encarregados de educação a virem às escolas por iniciativa própria;
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 59
Manter a eleição de dois representantes dos encarregados de educação em cada sala/turma;
Contemplar a participação do representante dos Encarregados de Educação nas reuniões do Conselho de Turma no 2.º e 3.º ciclos e do
Delegado de Turma no 3.º ciclo;
Promover reuniões de boas vindas aos novos encarregados de educação;
Contactar regularmente os técnicos do serviço social no sentido de pressionar as famílias e responsabilizá-las pelo acompanhamento
escolar dos seus educandos;
Avaliar a comunicação entre encarregados de Educação e escola, através de instrumentos de registo adequados, regulares e
discriminatórios em relação ao tipo de contacto realizado;
Fomentar a participação dos encarregados de educação em projetos promovidos pela Biblioteca Escolar
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 60
6.7. Formação dos membros da comunidade educativa
Metas e objetivos Estratégias de operacionalização
Promover e estimular
uma atitude de
permanente inovação
pedagógica e
enriquecimento
profissional, valorizando
a formação contínua dos
agentes educativos.
Elaborar um Plano de Formação da escola através da inventariação das necessidades de formação de professores e pessoal não
docente.
Desenvolver um plano de acções de curta duração que contemplem a aquisição de competências na manipulação de materiais
pedagógicos inovadores, como os quadros interactivos e outros recursos ligados às novas tecnologias.
Desenvolver e realizar acções no âmbito da educação para a saúde.
Realizar acções de sensibilização promovidas pela escola com vista à co-responsabilização e cumprimento dos deveres
profissionais
Estimular a prática da
inovação educacional,
fomentando o
reconhecimento e a
valorização de boas
práticas educativas e
pedagógicas, e
valorização dos
resultados dos alunos.
Apoiar o desenvolvimento de conteúdos, serviços, pedagogias e práticas inovadoras baseadas nas tecnologias da informação e
comunicação.
Criar um quadro de valorização das boas práticas dos alunos.
Enriquecer e rentabilizar a página da escola, que deverá tornar-se um meio privilegiado de informação para a comunidade
educativa.
Inventariar necessidades de formação.
Aperfeiçoar o sistema de comunicação e informação interna, rede intranet e incentivar a sua utilização por todos os agentes da
comunidade escolar.
Aperfeiçoar o sistema de rede sem fios.
Valorizar o desempenho de professores, alunos e funcionários e divulgar as boas práticas.
Potenciar permanentemente a Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos como pólo de difusão cultural.
Implementar uma cultura
e práticas de atuação que
coloquem a escola no
caminho para a
Fomentar a formação contínua do pessoal docente e não docente.
Promover uma cultura de avaliação e auto-avaliação sustentada em processos participados por toda a Comunidade Educativa.
Promover a avaliação interna monitorizando o funcionamento dos vários sectores da escola.
Criar o Observatório da Qualidade para auto-avaliação permanente da escola.
Projeto Educativo
Agrupamento de Escolas de Castro Daire Página 61
excelência Promover e reforçar a imagem da escola.
Instituir a normalização de procedimentos e o seu cumprimento por todos os agentes da comunidade escolar.
Valorizar o mérito e a excelência dos alunos através da atribuição de prémios.
Promover o desafio da autonomia, incentivando a comunidade escolar a estabelecer bases e princípios tendo em vista a
celebração de um contrato de autonomia.
Implementar a criação de manuais de competências, procedimentos e padrões de qualidade nos serviços administrativos e dos
auxiliares de acção educativa.
Criar condições, nos serviços administrativos, para proporcionar ao público um atendimento personalizado.
Valorizar o papel dos pais no envolvimento e acompanhamento da vida escolar dos filhos.
Incluir actividades da Associação de Pais e da Associação de Estudantes no Plano Anual de Actividades da Escola.
Projeto Educativo
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7. AVALIAÇÃO DO PROJECTO EDUCATIVO
O Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas de Castro Daire, entendido como
uma referência e um dispositivo para a construção contínua da mudança, para a
organização da escola (no presente e no futuro), para a clarificação das
intencionalidades educativas e formas de as concretizar (metas e estratégias) e para a
articulação das participações dos diversos intervenientes, integra em si mesmo uma
dimensão avaliativa.
Nesta dimensão privilegia-se o instrumento estratégico que permitirá o diagnóstico,
o reajustamento e reordenação do actual projecto, quer ao nível dos processos de
concretização, quer ao nível dos resultados obtidos.
Assim, anualmente serão estabelecidos, no Plano Anual de Actividades, por proposta
do Conselho Pedagógico, as metas, as actividades a realizar, o cronograma das acções a
desenvolver e estratégias a implementar, constituindo, o próprio Plano Anual de
Actividades um instrumento eficaz que permitirá medir o grau de consecução de uma
parte do Projecto Educativo.
A par desta avaliação irá ser formada uma comissão de avaliação interna que se
organiza em cinco grupos, formados por elementos da comunidade educativa, sendo
cada grupo constituído por 2 elementos e responsável pela avaliação pormenorizada de
cada área de intervenção do projecto educativo.
Cada área de intervenção tem a seguinte constituição:
- A organização pedagógica – 2 docentes
- A aprendizagem dos alunos – 2 docentes
- A Disciplina e o Comportamento Cívico – 2 docentes
- O funcionamento do agrupamento – 1 representante nomeado pelo Director do
Agrupamento + 1 representante do sector administrativo
- A relação escola/comunidade – 1 representante da Associação de Pais + 1
Coordenador de Ciclo dos Directores de Turma.
- A formação dos membros da comunidade educativa – 1 representante nomeado pelo
Director do Agrupamento + 1 Assistente Operacional.
Esta comissão interna de avaliação criará instrumentos comuns de avaliação cujos
critérios serão analisados e aprovados pelo Conselho Pedagógico.
Projeto Educativo
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A comissão de avaliação interna deverá recolher elementos de avaliação do Projecto
Educativo do Agrupamento no final de cada ano lectivo, devendo apresentar uma
síntese dessa mesma avaliação anual no último Conselho Pedagógico com base na
monitorização do processo, revisão dos processos operacionais e a avaliação dos
resultados globais.
Este trabalho funciona como quadro de referência e de coerência na planificação do
trabalho do ano lectivo seguinte e como elo de ligação entre os documentos de
planificação e de estruturação da acção educativa.
A avaliação global do projecto Educativo será feita no final de quatro anos e será
tanto de natureza qualitativa como quantitativa.
O Presidente do Conselho Pedagógico
___________________________
(Prof. António Luís Fernandes Ferreira)
O Presidente do Conselho Geral
__________________________
(Prof. (Salete Duarte)