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Informativo do Colégio Notarial do Brasil - seção São Paulo - Ano XI - N.º 124 abril - 2009 CNB-SP realiza em Araçatuba a 1ª edição do Programa de Certificação Digital de Notários 7 a 9 Pags. Curso sobre a Lei 11.441/07 é sucesso de público na regional de Sorocaba 20 a 24 Pags. CNB-SP integra comitiva de notários e registradores em projeto no Estado do Piauí 25 a 37 Pags. Evento será realizado entre os dias 19 e 21 de junho na cidade de Indaiatuba. Acesse o site www.cnbspeventos.com.br e garanta já a sua participação! 12 a 17 Pags.

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In format ivo do Colég io Notar ia l do Bras i l - seção São Paulo - Ano X I - N. º 124 abr i l - 2009

CNB-SP realiza em Araçatuba a 1ª edição doPrograma de Certificação Digital de Notários 7 a 9Pags.

Curso sobre a Lei 11.441/07 é sucesso depúblico na regional de Sorocaba 20 a 24Pags.

CNB-SP integra comitiva de notários eregistradores em projeto no Estado do Piauí 25 a 37P a g s .

Evento será realizado entre os dias 19 e21 de junho na cidade de Indaiatuba.Acesse o site www.cnbspeventos.com.br egaranta já a sua participação!

12 a 17Pags.

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|editorial|

Ubiratan Pereira Guimarãespresidente do CNB-SP

Ubiratan PereiraGuimarães

presidente do CNB-SP

O Jornal do Notário é um informativo mensal do ColégioNotarial do Brasil - seção de São Paulo - dirigido aos profissio-nais dos serviços notariais e registrais do País, juízes, advoga-dos e demais operadores do Direito.

Rua Bela Cintra, 746 - 11º andar - CEP 01415-000 São Paulo - SP.Fones: 11 3122-6277. Site:www.cnbsp.org.br

* Permitida a reprodução das matérias, desde que seja citada a fonte

Presidente: Ubiratan Pereira Guimarães

Jornalista responsável: Alexandre Lacerda Nascimento

Reportagens: Alexandre Lacerda Nascimento ePatrícia Lopes Ewald

Projeto Gráfico: Mariana Goron Tasca

Editoração/Produção: Demetrius Brasil

Gráfica: JS Gráfica Editora e Encadernadora Ltda.

Expediente

Simpósio NotarialAção Participativa

Prezados tabeliães paulistas, estando à frente dasações empreendidas pelo Colégio Notarial do Brasil –Seção de São Paulo, afirmamos sem peias que é visível,quase palpável, o crescimento do papel que exercemosno seio da sociedade, como tributo da confiança cadavez maior que o Poder Público vem depositando emnossos serviços. Vem-nos sendo oferecidas ineludíveisdemonstrações dessa realidade, tais como aparticipação do notariado no processo de assinaturadigital e lacração dos sistemas eleitorais utilizados nasurnas eletrônicas das eleições de 2008, passando porparcerias com órgãos do governo federal e governoestadual (Secretaria da Reforma do Judiciário, Sabesp,etc.), culminando com o envolvimento no recenteprojeto de padronização de conduta notarial e registral,idealizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ),com plano piloto no Estado de Piauí.

A atuação notarial para desenvolvimentoinstitucional é ponto programático de destaque daatual Diretoria, que está ciente de que o fulgor denossa missão, parafraseando John F. Kennedy, dependemenos do que a sociedade pode fazer pelo notariadoe mais do que o notariado pode fazer pela sociedade.

Imbuídos desse espírito, o CNB-SP programou apauta do Simpósio que será realizado entre 19 e 21de junho deste ano. Não é preciso ressaltar que ocomparecimento maciço dos colegas é fundamental.Já dissemos em outra oportunidade que o CNB-SP nãoé sua Diretoria Executiva, mas a conjunção devontades de todos e cada um dos tabeliães paulistas,sem distinção. No evento supracitado, temas de grandesignificação serão enfrentados, tais como a alvitrada

desjudicialização, programa traçado pela Secretariada Reforma do Judiciário que tende a nos contemplarcom novas propostas de intercessão, a exemplo dosinventários, separações e divórcios consensuais.

Cuidaremos ainda no Simpósio de dissecar a fundo afunção notarial, extraindo o sumo do quanto representana atualidade a prestação do serviço público quedesempenhamos. Trataremos da sintonia entre aatividade tabeliã e o Direito Ambiental, em abordagemque enfatizará o caráter preventivo da intervençãonotarial. Examinaremos, com a atenção que o momentoexige, o contexto do documento eletrônico, uma vezque estamos prestes a nos tornar instalações técnicas,aptos, portanto, ao manejo da tecnologia digital, numpanorama que, queiramos ou não, desponta comoinevitável futuro da prestação extrajudicial.

Convoco pois os tabeliães de São Paulo aoaprofundamento no tema da contratação em meioeletrônico, as implicações e aplicações que a fé públicahaverá de nela desenvolver. A par disso já estamosdesenvolvendo novos cursos de certificação digital,nos quais, aliás, os notários associados ao CNB-SP serãopremiados com certificado digital gratuito.

O notariado vive um momento único, de extremarelevância. Não podemos atravessá-lo pura esimplesmente, sem a atenção e comprometimento que,dependendo da intensidade, confere ou não respeito aum segmento profissional. Sempre que nos deparamoscom algum recipiente tomado até a metade com água,depende de nós enxergarmos se o mesmo está meiocheio ou meio vazio. Com otimismo, espero por vocêsem Indaiatuba.

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|insitucional|

CNB-SP editará RevistaJurídica de Direito NotarialPublicação será trimestral e contará com textos jurídicos ecientíficos sobre doutrina e jurisprudências. Lançamentoocorrerá durante o XIV Simpósio de Direito Notarial

No dia 11 de maio o Colégio Notarial do Brasil –seção São Paulo (CNB-SP) deu um grande passo para avalorização institucional da atividade notarial no País,com a assinatura do contrato com a editora QuartierLatim para a edição da Revista jurídica de DireitoNotarial, que será editada pelo CNB-SP e distribuídapara a comunidade jurídica e entidades governamentaisdos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo.

Participaram da assinatura do contrato para arealização da revista o presidente do CNB-SP, UbiratanPereira Guimarães, o vice-presidente, Mateus BrandãoMachado, os coordenadores do projeto, Marco AntonioGreco Bortz e Jussara Citroni Modaneze, o secretáriodo CNB-SP, Sérgio Ricardo Watanabe, as diretoras LauraRibeiro Vissotto, Ana Paula Frontini, e o tabeliãoRodrigo Valverde Dinamarco.

“Esta é uma iniciativa importantíssima para aatividade notarial, pois esta revista jurídica será

Reunião executiva na sede do CNB-SP debateu os últimos detalhes para a edição da revista de Direito Notarial

importante fonte de consulta e de divulgação dedoutrina da nossa atividade para a comunidadejurídica e os diversos órgãos governamentais”, disse opresidente do CNB-SP.

As revistas serão trimestrais e trarão artigosjurídicos sobre doutrina e jurisprudência notarial, deautores nacionais e contribuições de juristas de outrospaíses que utilizam o sistema do notariado latino. Olançamento oficial está previsto para o XIV Simpósiode Direito Notarial, que será realizado entre os dias19 e 21 de junho na cidade de Indaiatuba.

“Este projeto é a decantação da atividade notarial,de modo científico e realizado pela entidaderepresentativa dos notários, que é o CNB-SP”, disse oDelegado Regional de Araçatuba. “É uma iniciativaessencial do Colégio Notarial, pois agora vamos poderdifundir nossa atividade de modo essencialmente jurídicopara todos aqueles que desconhecem o sistema notarialbrasileiro”, explicou a tabeliã Jussara Citroni Modaneze.

O presidente do CNB-SP, Ubiratan PereiraGuimarães, assina contrato para a edição da

revista jurídica do CNB-SP, acompanhadopelos diretores Marco Antonio Grego Bortz e

Jussara Citroni Modaneze

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“Dormi motoboy,acordei empresário!”

Luiz Rascovski - Isso foi identificado em minha atuaçãocomo defensor público. Diariamente, dezenas de pessoasprocuram a Defensoria Pública relatando esse problema,ou seja, que seus nomes foram inseridos de forma indevidacomo sócios de empresas.

Observatório do Registro - O senhor quer dizer que essaspessoas tiveram suas identidades utilizadas de formaindevida para a constituição de novas empresas?Luiz Rascovski - Exatamente. Em sua imensa maioria, oscasos ocorrem da seguinte forma: o cidadão tem seudocumento furtado ou extraviado. Tempos depois descobreque figura como sócio de empresa comercial. Esses sãorelatos que acompanho diariamente, em geral na mesmacadeia de fatos, isto é, o cidadão se vê desapossado deseus documentos, e em seguida, ao fazer a declaraçãode isento do imposto de renda, ou ao adquirir umfinanciamento, recebe a notícia de que não pode fazê-lopor ser sócio-proprietário de empresa. Isso começou ame angustiar porque percebi a fraqueza do sistema. Ouseja, basta fazer um instrumento particular emcomputador caseiro e, de posse do documento do cidadão,levar o contrato à Junta Comercial, que o protocola semnenhuma fiscalização. A partir do dia seguinte, a pessoapassa a responder por todos os atos daquela empresa.

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|entrevista|

Jornal do Notário transcreve entrevista com o DefensorPúblico, Dr. Luiz Rascovski, publicada no site Observatório doRegistro, editado pelo registrador imobiliário Sérgio Jacomino

O Defensor Público, Dr. Luiz Rascovski,entrevistado no site Observatório do

Registro, de autoria do registrador Sérgio

Fraudes identificadas na constituição de empresasna Junta Comercial do Estado de São Paulo - No Brasil,fraude é destino serviram de mote para que o ex-presidentedo Instituro de Registro Imobiliário do Brasil, Sérgio Jacomino,inicia-se em sua página na internet um amplo debate arespeito da reportagem veiculada pelo Jornal Nacional.

“O caso teve ampla repercussão e na semanaseguinte, procurei o Defensor Público do Estado de SãoPaulo, Dr. Luiz Rascovski, que nos concedeu a entrevistaabaixo reproduzida”, publicou.

Dr. Rascovski é defensor público concursado ealuno regular do Programa de pós-graduação da Faculdadede Direito da Universidade de São Paulo. Tem se destacadoà frente da Defensoria Pública do Estado, com iniciativasque colocam a instituição que representa no centro dasquestões mais importantes relacionadas com a garantiados direitos da população mais carente do Estado.

Vale a pena ler a entrevista que denotaconhecimento técnico e jurídico mas, acima de tudo, expressaisenção e independência na formação de suas convicções.

Observatório do Registro - Como surgiu a constatação deque estamos vivendo uma epidemia de falsificações deidentidade? Como o senhor identificou esse fenômeno deroubo de identidades?

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”somente analisar a forma. Tanto que quando conseguimosganhar as ações e limpar o nome do cidadão nem sempreconseguimos solicitar indenização por conta dessaconfiguração legal. Nossos tribunais ainda não entendemque a Junta também tem responsabilidades.

Observatório do Registro - Um caso muito semelhante éo da transferência de veículo automotor. A fraude caiu aum nível perfeitamente administrável depois que se passoua exigir o reconhecimento de firma por autenticidade.Esta não poderia ser uma medida perfeitamente adotávelpela Junta Comercial?Luiz Rascovski - Sim. O meu projeto de lei, enviado aossenadores e deputados, é nesse sentido.

Observatório do Registro - O senhor não tem receio deser considerado como alguém que prestigia acartorialização da transação privada?Luiz Rascovski - Não, porque temos dois bens em jogo: aburocratização versus a segurança jurídica.

Observatório do Registro - A crítica recorrente que se fazé que não se pode impor ao cidadão o ônus de reconhecersua firma com vistas à segurança do sistema…Luiz Rascovski - Por um lado sim. Talvez minha sugestãonão seja a melhor, mas alguma medida precisa ser tomadapara a proteção do cidadão. Se por um lado o cidadãonão pode ser obrigado a ter sua firma reconhecida, poroutro não pode ser inserido de forma indevida em umaempresa. Não pode dormir motoboy e acordar empresário.Ao sopesar dois bens valorosos da vida, acredito que asegurança deva prevalecer. Não sei se seria o caso deexigir, por exemplo, instrumento público para alteração,mas devamos exigir o comparecimento ao tabelião parao reconhecimento autêntico, que dá toda a presunção deveracidade. Não sei se a proposta que sugeri é a melhor,mas alguma outra medida deve ser tomada para segurançado sistema.

Observatório do Registro - Muitas propostas identificama intervenção notarial para esses casos como burocraciaperfeitamente dispensável. No entanto, estatísticasmostram que os benefícios que a sociedade poderia tercom medidas simples como o reconhecimento de firmaseriam superiores às medidas repressivas que o próprioEstado é obrigado a promover em virtude da situaçãocriada com as fraudes. Ou seja, é muito mais caro paraa sociedade manter uma estrutura repressiva do queinvestir na prevenção…Luiz Rascovski - Sem dúvida nenhuma. A forma preventivaé muito mais benéfica e barata. Todas essas açõesmovimentam o Estado. São ações que provocam oJudiciário, os peritos do juiz, ou seja, há o envolvimentode uma série de profissionais para provar que o cidadão

Observatório do Registro - Já há estatísticas sobre aocorrência desses problemas?Luiz Rascovski - Só no ano passado a Defensoria Públicaatendeu cerca de 600 casos. Este ano este número já foisuperado - e ainda estamos no mês de abril! E esses sãoapenas os casos atendidos pela Defensoria, ou seja, depessoas que ganham até três salários mínimos. Imagine aquantidade de pessoas que contratam advogados pararesolver esse tipo de problema, além de outras que deixamde procurar solução ou mesmo nem sabem que estãosendo vítimas dessa fraude. Por exemplo, temos o casode um motoboy que procurou a Defensoria no ano passadosomente quando sua vida estava praticamente arruinada.Ele já respondia a oito processos trabalhistas e somentequando penhoraram sua motocicleta é que resolveuprocurar ajuda.

Observatório do Registro - O senhor não acha que aprópria Junta Comercial deveria tomar algumaprovidência no sentido de mudar a sistemática deapresentação e arquivamento desses contratos?Luiz Rascovski - Sem dúvida nenhuma. Um colega daDefensoria solicitou à Junta Comercial a seguinteprovidência: que o cidadão que tiver seus documentosextraviados possa se inscrever em cadastro feito pelaJunta de forma que, tomada essa providência, ela consigater mais controle sobre a constituição das empresas. Masa Junta se recusou a adotar tal providência alegando queessa iniciativa depende de alteração legal. Esse é oproblema. A Junta Comercial, na forma como éconstituída, não tem o dever de fiscalizar. Trata-se apenasde um órgão de arquivamento com a função de tão

A presidenta da Anoreg-SP, Patrícia André deCamargo Ferraz, ao lado do Defensor

Público, Dr. Luiz Rascovski

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não é sócio da empresa A ou B. Começamos a adotaressa posição ao ver diariamente o sofrimento dessaspessoas. O cidadão nos pergunta quando seu nome deixaráde figurar como sócio da empresa. É difícil explicar a eleque será necessário entrar com um processo judicial,aguardar a sentença do juiz, o que pode acontecersomente daqui a três anos, e que enquanto isso sua vidaficará completamente compro-metida. Ele não conseguiráemprego porque seu nome constará de cadastros públicos…

Observatório do Registro - e privados, porque na medidaem que se deprimem os mecanismos preventivos deconflitos a sociedade e o mercado se guarnecem deoutra forma, constituindo cadastros privados. O senhoracha que os cartórios sofrem preconceito?Luiz Rascovski - Acredito que sim. Sempre que falamosem alguma medida exigida vem a idéia de burocratização,a idéia de que tal medida foi tomada tão somente parafins de arrecadação. Não se pensa no outro lado damoeda, no lado da segurança jurídica, dos benefícios,dos problemas que estariam sendo evitados, etc. Acredito,sim, que temos de tomar medidas no sentido de facilitaro acesso das pessoas sem condições aos atos que oscartórios praticam até para evitar os contratos de gaveta.Não é que o cidadão não quer registrar seu imóvel, elenão tem condição de fazê-lo.

Observatório do Registro - Estatisticamente falando, émuito mais caro um contrato de gaveta do que umregistro. Os contratos privados da CEF, por exemplo, nãotêm tabela fixada por lei. Sabe-se apenas que representam1% do valor do negócio, o que é muito superior ao valorcobrado pelos notários. É mais um preconceito. E temum aspecto do contrato privado, que é o contrato volantenão estar depositado em um repositório público. Depois,a prova fica muito dificultada, uma vez que não hámeios de se ter uma prova pré-constituída. Há outrosproblemas relacionados com essas fraudes?Luiz Rascovski - Os problemas são esses. No meu projetode lei eu analiso a lei 8.934/94, que dispõe sobre oregistro público de empresas mercantis. Vejo algumabrandamento que permite, dentre outras coisas, afacilitação das fraudes. Por exemplo, o artigo 53 permitea constituição e alteração da empresa por contratoparticular. Não precisa ser nenhum expert para percebera facilidade com que se consegue constituir uma empresa.O que analisamos diariamente são as conseqüências dessesatos, ou seja, o cidadão respondendo ações fiscais, açõestrabalhistas, respondendo perante o fisco com a penhorade seus bens. O grande problema não está em o cidadãofigurar como sócio, mas nas consequências desse ato.

Observatório do Registro - Sem contar as implicaçõeseconômicas, isto é, quanto o Estado despende com uma

ação de execução fiscal que não logrará êxito porque ocidadão não é quem se imagina que seja.Luiz Rascovski - Exatamente. Há uma mobilização detodos os órgãos, de todas as instituições. Esse cidadão vaicriar, às vezes, setenta ações para a Defensoria Públicaporque não tem condições de contratar um advogado. Aempresa que foi noticiada no Jornal Nacional, porexemplo, responde a setenta ações fiscais. E o cidadão,vai ficar desprotegido? Não, temos de fazer sua defesa,tudo financiado pelo Estado. De um lado, o Estado querarrecadar, e de outro, o próprio Estado, patrocinado pelaDefensoria Pública, defende o cidadão.

Observatório do Registro - E tudo poderia ter sido resolvidocom o simples reconhecimento de firma…Luiz Rascovski - Esse é o ponto.

Observatório do Registro - O que o senhor acha que aatividade notarial poderia fazer para melhorar?Luiz Rascovski - Quando mandei minha sugestão aoscongressistas, e pedi que fosse acatada como umaalteração legislativa, enviei com cópia para a Anoreg oupara Arisp, não me recordo ao certo, para chamar àdiscussão os grandes envolvidos. Não tenho nenhuminteresse, mas sei da função social que os cartóriosexercem. Chamei-os a fim de que encontrássemos umasolução que agrade a gregos e troianos no sentido de,por um lado, não onerar o cidadão, e por outro, lhetrazer segurança. Ou seja, que possamos encontrar ummeio termo, e o reconhecimento autêntico pode ser umasaída para trazer a presunção de veracidade ao ato a serregistrado na Junta Comercial, o que diminuiriasobremaneira o número de fraudes. Acredito que devehaver uma discussão entre as classes envolvidas. Nessecenário, os cartórios são indispensáveis porque são elesque praticam esses atos. Nós, da Defensoria Pública, queatendemos esses cidadãos e estamos na linha de frentedesses problemas, estamos vendo que essas fraudes sãomuito fáceis de serem cometidas e devemos encontraruma solução jurídica para isso. Devemos levar umasugestão aos congressistas, o que não inviabiliza que outrassugestões possam ser feitas, a fim de que encontremos amelhor saída.

Observatório do Registro - Qual foi a repercussão da matériaveiculada no Jornal Nacional? O senhor recebeu ligações?Luiz Rascovski - Recebemos muitas ligações,principalmente de outros veículos de imprensa. Arepercussão foi enorme na mídia. Percebi umapreocupação de fato por parte da imprensa. No entanto,não houve grande repercussão junto aos deputados esenadores. Talvez minha sugestão não tenha chegado demaneira formal de modo que eu pudesse também receberuma resposta formal dos congressistas…

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|certificação digital|

Regional realizou evento que capacitou notários da região autilizarem o documento eletrônico. Participantes receberamgratuitamente o seu certificado da AC Notarial

CNB-SP promove 1ª ediçãodo Programa de certificaçãodigital em Araçatuba

A cidade de Araçatuba recebeu no dia 25 deabril a 1° edição do programa de CertificaçãoDigital para Notários, promovido pelo ColégioNotarial do Brasil – seção São Paulo (CNB-SP), queapresentou as funcionalidades do documentoeletrônico para a atividade notarial e concedeu acada notário associado participante um certificadodigital gratuito.

A mesa foi composta por pelo Delegado Regionalde Araçatuba, Marco Bortz, que representou opresidente da entidade, Ubiratan Pereira Guimarães,e pelo diretor adjunto, Robson Alvarenga, além dosdois palestrantes do dia, a consultora Patrícia Paivae o diretor de certificação digital do CNB-SP, PauloRoberto Gaiger Ferreira, que falaram sobre os temas“Reflexo das Leis 11.280/06 e 11.419/16 no PoderJudiciário e na atividade notarial”, que abordou alegislação do documento eletrônico inerente àatividade notarial, e “Instalações Técnicas: servindomais clientes com menor custo”, que orientou oscartórios na preparação de suas salas para emitiremcertificados digitais.

“Estamos vivendo uma grande transição, é ummomento de investimento, mas todas essasmudanças só trazem benefícios para a sociedade”,disse Patrícia durante sua apresentação. “Alemdisso o certif icado digital traz autenticidade,

A consultora Patrícia Paiva realiza exposiçãopara o bom público que compareceu no evento

na região de Araçatuba

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integridade e segurança para o trabalho, tambémdeixa-o mais rápido no processo”, completou.

“Essa ação aqui em Araçatuba está sendo umainiciativa excelente, porque tudo que é discutidoem São Paulo veio ao nosso alcance e isso nosproporciona muita energia para continuartrabalhando e acreditando na associação. Outroponto importante a mencionar é que temos queaceitar as mudanças e o certificado digital é o quemais recente temos para garantir segurança erapidez no nosso serviço e essa doação do ColégioNotarial é fantástica, pois assim ninguém pode dardesculpas de não ter o certif icado para seutrabalho”, afirmou Altair Almeida, Tabelião deGuararapes.

O Delegado Regional de Araçatuba apontou queo certificado digital já existe há 10 anos, mas queinfelizmente ainda são poucas as pessoas que fazemuso desse meio eletrônico, porém que em maisalguns anos tudo será assinado de forma digital.“Estamos a pouco tempo de abandonar a caneta eassinar tudo digitalmente”.

“É necessário que as pessoas entendam que émuito melhor elas adquirirem um certificado digitalpelo cartório do que pelos correios, pois o cartóriojá esta acostumado a lidar com documentos e sabeverificar se tais são verdadeiros ou não, dessamaneira, o cartório acaba sendo mais seguro paraos procedimentos que envolvem documentos depessoas ou empresas”, disse o Delegado adjuntoRóbson Alvarenga.

Patrícia Paiva ainda deixou claro o objetivo decolocar o cartório na l iderança da certif icaçãodigital e também explicou passo-a-passo como seemitem os certificados. Por fim, destacou aimportância do uso do carimbo de tempo, que éum complemento da assinatura digital.

A terceira palestra do dia foi ministrada pelodiretor Paulo Roberto Ferreira que falou sobre osuporte técnico para se ter uma cert i f icadoradigital. “O certificado digital só trouxe benefíciospara o tabelião e o principal deles foi à segurançajurídica. Outro ponto forte na seguridade de seusar o cert i f icado dig ital é o seu tempo devalidade, pois de três em três anos é necessárioemitir um novo, isso proporciona uma segurançatotal no seu funcionamento”, afirmou. “Podemosdestacar ainda a rapidez do meio eletrônico pertodo meio papel, por isso tenho um pensamentomuito positivo no que diz respeito ao certificadodigital”, conclui Paulo.

“Eu estou gostando muito dessas palestras, estásendo proveitoso demais. Tudo isso é muitoimportante para nos adaptarmos aos novos meios

O Delegado Regional de Araçatuba, MarcoAntonio Greco Bortz, em ação durante o evento

de certificação digital dos notários

O diretor do CNB-SP para a área de certificaçãodigital, Paulo Roberto Gaiger Ferreira, realiza

exposição durante o evento em Araçatuba

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|certificação digital|

existentes no mercado. A doação dos certificadosrealizados hoje também foi outro ponto positivo,um ótimo incentivo a todos os cartórios”, mencionouGisele de Fátima do 2° Cartório de Birigui.

“Eu já tinha visto alguma coisa referente aotema em Gramado, mas aqui está sendo mais umaoportunidade muito boa, as palestras são bemesclarecedoras. Além disso, é um serviço que só

Posto avançado da AC Notarial em ação durante o programa decertificação digital de Notários realizado em Araçatuba

trará benefícios para a nossa profissão. O Colégioestá sendo muito bom fazendo essa doação decertificados para nós, é um ótimo incentivo”, disseAntonio Benedito, do Tabelionato de Mirandópolis.

Após todas as apresentações e explicações sobreo uso do certif icado digital e sua importância,iniciou-se a emissão dos certificados digitais pelosagentes do CNB-SP.

Tabeliães de Notas da região de Araçatuba participam da 1ª edição doprograma de certificação digital dos notários

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|opinião|

A inteligência do parágrafoúnico do art. 551 do CódigoCivil brasileiro

Na edição anterior deste conceituado periódicofoi objeto de nossos comentários o Direito deAcrescer nas Doações Conjuntivas, oportunidade emque abordamos a questão, rica em controvérsias,sob o ponto de vista civil e tributário.

Em complemento àquele trabalho, valho-medesta coluna para introduzir novo enfoque para areflexão dos Notários paulistas.

Em poucas palavras, vale discorrer sobre ainteligência do parágrafo único do art. 551 do CC,norma de natureza cogente que trata da aplicaçãodo direito de acrescer quando os donatários, nadoação conjuntiva, forem casados entre si.

É, sim, norma que, explicitamente, visa dar aocônjuge supérstite alguma proteção. O instituto queo legislador encontrou para estabelecer talproteção foi o do direito de acrescer, que,lembremo-nos poderá ser aplicado nas doaçõesconjuntivas quando os donatários não são casadosentre si e, também, no usufruto envolvendousufrutuários, casados ou não.

Na hipótese do parágrafo único do art. 551,não é necessário que haja previsão expressa nocontrato de doação, o que se exige para aplicaçãodo direito de acrescer quando os donatários nãosão pessoas casadas entre si.

Em resumo, então, para que o direito deacrescer nas doações conjuntivas, possa ser aplicadoe com ele o bem não ser inserido no acervohereditário formado pelos bens e direitos deixadospela pessoa que falece, deve-se observar:

1. A doação deve ter sido, necessariamente,conjuntiva, ou seja, aquela que exige pluralidadede donatários. Doação feita a uma pessoa casada,por qualquer que seja o regime jurídico de bens,não é conjuntiva. Que não se confunda os direitosde meação com o de acrescer.

2. Se os donatários forem casados entre si, ateor do que dispõe o parágrafo único do art. 551,do CC, não é requisito necessário que o contratocontenha tal previsão. Basta que ambos os cônjugesfigurem no instrumento contratual como donatários.

3. Se não forem casados entre si, o direito deacrescer só será aplicado se assim prever o contratode doação. A estipulação contratual deverá serobservada ainda que sejam mais de dois osdonatários. Na medida em que forem falecendo osdonatários (condôminos), a parte ideal no bempertencente ao falecido será distribuída, conformedispuser o contrato, entre os donatários(condôminos) sobrevivos. Portanto, o bem, em suaintegralidade, vai a inventário somente quando dofalecimento do último beneficiado pelo direito deacrescer, seguindo, assim, a seus herdeiros.Importante considerar que os herdeiros dosdonatários pré-mortos nada recebem do bemtransmitido por força do direito de acrescer.

Destarte, fenômeno jurídico de naturezatributária ocorre, qual seja o da transmissão de

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|opinião|

Antonio Herance FilhoADVOGADO, ESPECIALISTA EM DIREITO TRIBUTÁRIO PELA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA

DE SÃO PAULO, EM DIREITO CONSTITUCIONAL E DE CONTRATOS PELO CENTRO DE EXTENSÃO

UNIVERSITÁRIA DE SÃO PAULO E EM DIREITO REGISTRAL IMOBILIÁRIO PELA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE

CATÓLICA DE MINAS GERAIS. PROFESSOR DE DIREITO TRIBUTÁRIO EM CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO,INCLUSIVE DA PUC MINAS VIRTUAL, AUTOR DE VÁRIOS ARTIGOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS

DESTINADOS A NOTÁRIOS E REGISTRADORES. É DIRETOR DO GRUPO SERAC E CO-EDITOR DO INR -INFORMATIVO NOTARIAL E REGISTRAL - [email protected]

bens, motivada pela morte de seu titular, logo,trata-se de transmissão “causa mortis”, que a regrageral de incidência tributária aponta o seu alcance.Não estando, a hipótese aqui vista, entre as deisenção é de se aplicar a regra geral, por certo.

Admitamos alguns exemplos:1) “A”, que não era casado com “B”, mas com

ele figurou como donatário, em doação conjuntivacom previsão do direito de acrescer, falece e aparte ideal do bem que lhe pertencia é transmitidoa “B”, integrando, daí em diante, o patrimôniodeste. Os herdeiros de ”A”, em relação a tal bem,nada recebem. Caso “B” ainda possuir referido bemem seu patrimônio quando de seu óbito, estepertencerá ao acervo hereditário e será, nos termosda lei, destinado aos seus herdeiros.

2) “A” e “B” são casados pelo regime daseparação de bens (total ou legal), e figuram comodonatários em doação conjuntiva de um imóvel.Prescreve o “caput” do art. 551, do CC, que nosilêncio do contrato a doação é dividida por igualentre os donatários. Portanto, admitindo ter sidoeste o caso, “A” e “B” possuem o bem emcondomínio, uma vez que não se trata de bemcomum. “A” falece e, por força do parágrafo únicodo mencionado artigo, a doação subsistirá natotalidade para “B”. Não fosse a regra do direitode acrescer, o bem (parte ideal) pertencente a “A”(bem particular de “A”), deveria integrar seuacervo hereditário e ser transferido ao patrimôniode seus herdeiros. Pese embora casados, o bem foitransmitido de um patrimônio a outro, restandoevidente a ocorrência de transmissão não onerosapor morte de seu titular, evento de relevância parao Direito Tributário.

3) “A” e “B” são casados pelo regime dacomunhão universal de bens, sendo, portanto, todosos bens por eles havidos, na constância ou não do

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casamento, bens comuns. Com a morte de “A”,seu espólio transmite ao viúvo meeiro ocorrespondente à meação (50% do patrimôniocomum) e a outra metade aos herdeiros. Verdadeinconteste, mas não em relação aos bens havidospor doação conjuntiva. Estes não serão transmitidosaos herdeiros. Serão transferidos ao patrimônio,agora particular, de “B”. Se o bem pertencia aoacervo deixado por “A”, seguindo, por força dodireito de acrescer, para o patrimônio de “B”, nãonos parece possível negar a ocorrência de mutaçãopatrimonial. Para o patrimônio de “B” foitransferida parcela superior à meação e para opatrimônio dos herdeiros de “A”, parcela menor doque foi deixado por este. E essa mutação, tambémconhecida, como acréscimo ou evoluçãopatrimonial, decorre da transmissão de bens,hipótese de incidência do tributo de competênciaestadual, em São Paulo, o ITCMD.

Em conclusão, o legislador quando pensou oparágrafo único do art. 551 do Código Civil, normaque também estava presente no Código de 1916(art. 1178), objetivou dar obrigatoriedade àaplicação do Direito de Acrescer nas doaçõesconjuntivas quando tiverem marido e mulher comodonatários. Nada mais. Não pensou em negar aocorrência de transmissão de bens em razão doDireito de Família, pois fosse esse o seu intento,teria isentado da tributação todas as transmissões,inter vivos ou “causa mortis” ocorridas entremembros de uma mesma célula familiar.

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Evento que será realizado em Indaiatuba entre os dias 19 e 21de junho debaterá, em quatro painéis, temas importantes e

atuais da atividade notarial. Acesse o sitewww.cnbspeventos.com.br e garanta já a sua participação

Entre os dias 19 e 21 de junho, notários detodo o Estado de São Paulo estarão reunidos nacidade de Indaiatuba para a realização do XIVSimpósio de Direito Notarial, promovido peloColégio Notarial do Brasil – seção São Paulo (CNB-SP), o qual debaterá os principais temasrelacionados ao futuro da atividade notarial, emevento que se tornará um marco estadual demobilização da atividade frente as novas demandasda sociedade.

Ao longo dos três dias de Simpósio osparticipantes debaterão, ao lado de importantesnomes do Governo Federal, Estadual, integrantesdo Poder Judiciário e renomados juristas, assuntosque influenciarão diretamente a atividade notarial,entre eles os movimentos de desburocratização edesjudicialização, a responsabil idade ambiental,prestação de serviço público e o novo perfi l da

função notarial, além da certificação digital e dodocumento eletrônico.

“O objetivo primordial do CNB-SP é oferecer aoassociado os meios para que participem e integremas discussões dos grandes temas que afetam aatividade notarial”, disse o presidente do CNB-SP,Ubiratan Pereira Guimarães. “Neste sentido, oSimpósio é uma oportunidade ímpar para reunirtodos os colegas do Estado”, completou. “Contocom a participação de todos os notários do Estado,especialmente dos Delegados Regionais e dosDiretores Executivos, que certamente estimularãoo comparecimento em massa de todos os nossoscolegas”, convocou.

Uma das principais organizadoras do evento, aTabeliã de Notas e Protesto do município deJardinópolis, Ana Paula Frontini, destaca aimportância do evento na atualização do

Colégio Notarial do Brasil - Seção São Paulo

XXIV Simpósio de Direito Notarial

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Painel especial, com a participação do presidente do ITI, Dr. Renato Martini(dir.), e do juiz assessor da presidência do TJ-SP, Dr. Cláudio Augusto Pedrassi

debaterá a utilização da certificação digital no segmento notarial

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conhecimento do notariado paulista. “É muitoimportante para a categoria ter profissionaisatualizados e questionadores do sistema jurídico.O Simpósio é a oportunidade dos Tabeliães do Estadode São Paulo ouvir profissionais qualificados acercade temas novos, discutirem e debaterem sobrediversos assuntos e conseqüentemente aprimoraremseu conhecimento”, destacou.

Para a tabeliã de notas e registradora civil doDistrito de Ermelino Matarazzo, na Capital, MariaBeatriz Lima Furlan, o evento promovido pelo CNB-SP será de vital importância para os notários.“Trata-se de mais uma iniciativa desta Diretoriacom o objetivo claro de integrar todos os notáriospaulistas aos temas atuais e importantes que estãopresentes no dia a dia da atividade em todos oscampos do nosso trabalho”, destacou. “Que estegrande evento seja um marco de envolvimento econgraçamento dos notários paulistas em prol dofuturo da nossa atividade”, disse o vice-presidenteda entidade, Mateus Brandão Machado.

Painéis especiais debaterãoos principais temas notariais

O evento terá início na sexta-feira (19.06) comuma elegante Cerimônia de Abertura, seguida pelapalestra inaugural do evento, que tratará do tema“A relevância da atividade notarial frente aosdesafios da sociedade moderna”, que seráministrada pelo Desembargador do Tribunal deJustiça do Estado de São Paulo, Dr. Ricardo HenryMarques Dip. Após a palestra, os participantes

O primeiro painel do evento debaterá os processos de desjudicialização de conflitos e desburocratização,e contará com a participação do juiz assessor da presidência do CNJ, Dr. Marcelo Martins Berthe (dir.), edo juiz auxi l iar da Corregedoria Nacional da Just iça, Dr. Ricardo Cunha Chimenti

O ex-Corregedor Geral da Justiça do Estadode São Paulo, Desembargador Dr. Gilberto

Passos de Freitas participará do painelsobre Direito Ambiental

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colegas de todo o Estado para que interajam etroquem idéias com o objetivo de valorizar aindamais a atividade e contribuir para odesenvolvimento do segmento notarial no Estado”,enfatizou.

Ainda na manhã de sábado (20.06) as discussõesplenárias abordarão o tema “O Notário e o DireitoAmbiental”, que contará com as apresentações dosecretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo,Francisco Graziano Neto, e com o ex-CorregedorGeral da Justiça do Estado de São Paulo,desembargador Gilberto Passos de Freitas.

Neste painel estarão em debates temas como asustentabilidade do Planeta, bens imóveis e o DireitoAmbiental, as formas de atuação do tabelião e oProvimento 10 da Corregedoria Geral da Justiça doEstado de São Paulo (CGJ-SP). “O Simpósio notarialtem eminentemente a função de instigar acuriosidade e a vontade pelo estudo de novasquestões que nos são postas direta ou indiretamentetodos os dias”, diz a tabeliã Ana Paula Frontini. “Aintenção do Simpósio é inovar na escolha dos temas,sem perder de foco a escolha por discussões quenos digam respeito”, completa.

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e um descontraído Coquetel, que proporcionará aconfraternização de notários de todas as regiõesdo Estado de São Paulo.

No sábado (20.06), iniciam-se os painéis dedebates, abertos pelo tema “Notas para adesburocratização/desjudicialização”, para o qualforam convidados o juiz auxiliar da presidência doConselho Nacional da Justiça, Dr. Marcelo MartinsBerthe, e o juiz auxiliar da Corregedoria Nacionalda Justiça (CNJ) Dr. Ricardo Cunha Chimenti.

Entre os temas que nortearão os debates nestepainel estão a natureza jurídica da atividadenotarial, debates sobre as diferenças entreburocracia e segurança jurídica, a funçãopreventiva da atividade notarial, o papel do notáriono processo de desafogar o Poder Judiciário e osprincipais benefícios introduzidos pela Lei 11.441/07, que permitiu separações, divórcios, inventáriose partilhas em tabelionatos.

Para o vice-presidente do CNB-SP e anfitrião doevento, Márcio Pires de Mesquita o Simpósio Notarialserá uma oportunidade única de discussão amplados principais temas da atividade. “Esperamos

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16 O Desembargador do TJ-SP, Dr. José RenatoNalini participará do painel sobre prestação de

serviço público e função notarial

Após uma pausa para almoço, a programaçãoprevê para o sábado o terceiro e último painel dodia, que debaterá o tema “Prestação de ServiçoPúblico e a Função Notarial”, em debates queestarão a cargo do Desembargador José RenatoNalini, membro do Tribunal de Justiça do Estadode São Paulo (TJ-SP) e presidente da AcademiaPaulista de Letras e do jurista Marcelo FaustoFigueiredo, presidente da Associação Brasileira deConstitucionalistas Democratas (ABCD), advogadoe professor associado de Direito Constitucional daPUC-SP.

Neste painel estarão em debates temas comoas formas de prestação de serviço público pelosnotários e por particulares, o enquadramentojurídico do serviço público delegado, remuneração,responsabilidade e incidência de normas de direitopúblico e de direito privado, além da independênciaeconômica financeira do prestador de serviço. Osegundo dia de atividades do XIV Simpósio Notarialserá encerrado com um animado Jantar deConfraternização.

Certificação Digital debateránovos caminhos para a atividade

O último dia do Simpósio Notarial apresentaráo painel “Certificado Digital e DocumentoEletrônico: é o fim ou a consolidação do tabelião?”,em debates que estarão coordenados pelo consultorManuel Matos, presidente da Câmara e-net, RenatoMartini, presidente do Instituto de Tecnologia daInformação (ITI), e para o qual também foiconvidado o juiz assessor da presidência do TJ-SP,Cláudio Augusto Pedrassi. Durante todo o encontroa AC Notarial estará com um posto avançado paraa emissão de certificados digitais aos participantes.

Após um rápido coffee-break será formada umamesa, intitulada “Debates Notariais”, quepromoverá uma troca de informações entre aslideranças da categoria e os participantes, com oobjetivo de posicionar a classe sobre as principaisiniciativas que o CNB-SP vem tomando em prol donotariado paulista. As 13h, o evento será finalizadocom o discurso final do presidente.

“Não há como negar que discussões e debatesentre colegas sejam o caminho adequado paraformar este profissional. E o simpósio é umaexcelente oportunidade para esse encontro”, diz atabeliã Ana Paula Frontini. “Nós, do ColégioNotarial, esperamos que o evento possa propiciarnão somente aprimoramento jurídico, mas que sejatambém uma oportunidade de confraternizaçãoentre os Notários do Estado todo”, completa.

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CNB-SP lança site especial parao XIV Simpósio de Direito Notarial

Com o objetivo de facilitar o acesso dos Tabeliães deNotas às informações e ao processo de inscrição para o XIVSimpósio de Direito Notarial que ocorrerá entre os dias 19 e21 de junho, o Colégio Notarial do Brasil – seção São Paulo(CNB-SP) d i sponib i l iza desde o d ia 14 de maio um s i tetotalmente dedicado ao evento que será realizado na cidadede Indaiatuba.

Por meio do endereço (www.cnbspeventos .com.br) oTabelião interessado em participar deste importante encontronotar ia l terá acesso à programação completa do evento,opções de passe ios tur í s t icos , hospedagens promocionais ,além de poder realizar todo o processo de inscrição on-line.O s ite também disponibi l izará notíc ias sobre os principaisacontecimentos relacionados ao evento, que será um marcopara a ativ idade notarial no Estado de São Paulo.

Por meio do endereço (www.cnbspeventos.com.br)tabeliães poderão acessar todas as informações do

evento que ocorrerá entre os dias 19 e 21 de junho, em Indaiatuba-SP

Hotel Vitória, em Indaiatuba, será a sede do XIV Simpósio de Direito Notarial promovido pelo CNB-SP

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Profissão TabeliãoOlavo Falleiros, 19ª Tabelião de Notas de São Paulo

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rua Quintino Bocaiúva, no centro da cidade, naépoca com instalações pouco adequadas. Depoisnos mudamos para a Av. Brigadeiro Luis Antonio,posteriormente para a rua Funchal e finalmentepara cá, na Avenida Rebouças. Aqui estruturamos aparte física com ampliações, área administrativa ehoje o cartório segue seu ritmo.

Jornal do Notário – Como tem sido sua relaçãocom o CNB-SP ao longo da carreira?Olavo Falleiros - Eu fui secretário do ColégioNotarial, participei da Diretoria durante 8 anos edo Conselho Federal também. O meurelacionamento com todo o pessoal, com toda aclasse sempre foi muito elevado, uma relaçãosempre muito respeitosa.

Jornal do Notário – O que o senhor achou da criação das 16regionais para descentralizar a administração do CNB-SP?Olavo Falleiros - Eu acho extraordinariamentesaudável, aliás, eu sempre fui um apologista disto,sempre busquei no Colégio Notarial adescentralização da Diretoria, pois é uma necessidadese levar o CNB-SP para o interior porque com essafilosofia de trabalho fizemos inúmeras reuniões nointerior do Estado. Acho extremamente necessárioessa integração do Estado de São Paulo em regionais.

Jornal do Notário – Como foi a sua escolha pelaprofissão de Notário?Olavo Falleiros - A minha escolha seguiu asanteriores. Meu avô e meu pai foram notários, porisso acho que a minha escolha foi natural, pois eucomecei com eles, meu pai faleceu e eu continueicom meu avô. Então, eu sou a terceira geração emeus filhos que aqui estão trabalhando comigo sãoa quarta.

Jornal do Notário – Como vê a função do Tabeliãoatualmente? E como o senhor avalia as novasatribuições dos Notários?Olavo Falleiros - Hoje em dia a função do Tabeliãoestá muito voltada para a área administrativa, mascontinuamos realizando as orientações a população,aconselhamentos que são muito importantes. Essasnovas competências que agora foram deferidas aosnotários é um anseio antigo da classe, tanto é queexistia um projeto de lei que tramitava noCongresso que era de autoria do Deputado Torres eque depois foi revitalizado e resultou na Lei 11.441.Creio que essa lei precisa ainda de certos ajustespara ficar de acordo. Hoje estamos fazendo muitosdivórcios, inventários, separações. Sem dúvidas éuma conquista e outras temos que buscar, porqueatravés do tempo a atividade e a competêncianotarial foi sendo ceifada, teve muita privação, oque é ruim, pois o notário é uma figura que conferesegurança às partes, é um profissional imparcial,aconselha de forma igual quem transmite e quemadquire um bem.

Jornal do Notário – Quais foram as principaismudanças realizadas na serventia após sua entrada?Olavo Falleiros - Foram mudanças absolutas. Assumio 19º Tabelião de Notas em outubro de 1983 ehaviam 100 funcionários, hoje estão reduzidos a30, gosto de trabalhar num esquema reduzido. Omeu primeiro endereço deste tabelionato foi na

Data Instalação: 13/09/1940Nome Oficial: 19º TABELIÃO DE NOTAS

Endereço: Av. Rebouças, 3749Nome Titular: Olavo Falleiros

Nome Substituto: Olavo Falleiros Júniore Carla Vaccari Falleiros

E-mail: [email protected]: (11) 3815-9855

Ficha Técnica

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19° Tabelionato de Notas de São PauloQuadro a Quadro

Sala especialmente preparada para osatos escrituras oriundos da Lei 11.441/

07, que permitiu a realização deseparações, divórcios e inventários

extrajudiciaisO Tabelião Olavo Falleiros e sua filha

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Sucesso de público marca2ª edição do curso sobre Lei11.441/07 em SorocabaEvento contou com a participação de mais de 130 pessoas,inclusive alunos das faculdades de Direito da região, edebateu aspectos jurídicos e tributários da nova legislação.

Sorocaba (SP) - Contando com a presença de mais de80 participantes, o Colégio Notarial do Brasil – seção SãoPaulo (CNB-SP) realizou no dia 25 de abril mais umtreinamento voltado à capacitação e integração dos notáriosde todas as regiões do Estado de São Paulo, com o objetivode difundir o conhecimento da atividade notarial e oaperfeiçoamento da prestação de serviços à população.

Coordenado pelo Delegado Regional Paulo RobertoRamos, o CNB-SP realizou no Grand Hotel Royal, nacidade de Sorocaba, o segundo, dos nove cursos jáagendados pela entidade, intitulado “Lei 11.441/07 –Aspectos Jurídicos e Tributários”, que visa debater ospontos polêmicos da nova legislação, assim comodifundir o conhecimento pela nova prática que vem

|capacitação|

beneficiando a população em todo o Brasil. A terceiraedição do curso já está agendada para o dia 9 demaio e suas inscrições já estão abertas no site doCNB-SP (www.cnbsp.org.br).

“O curso superou todas as expectativas o quedemonstra a importância e a necessidade de trazermospara a região eventos de capacitação”, disse Ramosao final do encontro. “O presidente já destacou quehaverá novos eventos aqui na região e estaremosprontos para auxiliar no que for possível, até mais doque pudemos fazer neste aqui”, continuou o DelegadoRegional. “A iniciativa do CNB-SP em criar as regionaisfoi de extrema felicidade e a partir de agora tudo setornará ainda mais efetivo”, concluiu.

Público lotou o auditório do Grand Hotel Royal, na cidade de Sorocaba, nosegundo dos nove cursos que serão levados pelo CNB-SP ao interior do Estado

Auditório lotado acompanha debates sobre a Lei 11.441/07, que atraiu mais de 24 cidades à Sorocaba

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|capacitação|

Presente ao encontro, o presidente do CNB-SP,Ubiratan Pereira Guimarães, fez uma série deconsiderações sobre a atuação do Colégio Notarial emsua gestão e pediu aos tabeliães ainda mais participaçãojunto à entidade. “A criação das Delegacias Regionaisatendeu a uma grande demanda de nossa classe, eagora precisamos de mais e mais colegas ao nosso lado,nos ajudando em uma série de desafios que estãorondando nossa atividade”, destacou. “Aos que aindanão são associados do CNB-SP, peço que venham

O presidente do CNB-SP, Ubiratan Pereira Guimarães, e o vice-presidente daentidade, Mateus Brandão Machado, prestigiaram o evento que levou ao

interior discussões institucionais debatidas na Capital

caminhar ao nosso lado, pois mais do que o ladofinanceiro, o que pesa institucionalmente é arepresentatividade e precisamos de vocês para podermosrepresentá-los ainda melhor”, afirmou.

Um dos idealizadores do projeto das regionais edos cursos que foram organizados pelo CNB-SP paraeste ano, o vice-presidente da entidade, MateusBrandão Machado, destacou a importância do curso,citando uma recente manifestação do 2° vice-presidente do CNB-SP em nota técnica divulgada

O Delegado Regional de Sorocaba, Paulo Roberto Ramos conduziu aabertura do evento e formou a mesa que presidiu o encontro

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recentemente pelo Colégio. “A segurança jurídica écomo o ar que respiramos: quando excelente, não nosdamos conta de seu valor, na verdade, sequerpercebemos que existe. Mas quando falta o ar, o pânicose instala. É fácil conceber a dimensão datranqüilidade e segurança que os cartórios estampamnos mais diversos negócios e atos jurídicos”, constatou.

Notários da região destacaminiciativa dos cursos regionais

Ao todo 24 cidades da região de Sorocaba,totalizando 82 pessoas, participaram deste segundocurso promovido pelo CNB-SP após a criação dasDelegacias Regionais. Muitos tabeliães estiverampresentes ao evento e destacaram a importância decontar com a participação da entidade no debatesobre a atividade notarial também no interior doEstado de São Paulo.

“O curso foi surpreendente, muito bom mesmo, compalestrantes de ótima didática e que dominam o temacom absoluta tranqüilidade”, disse o 4° Tabelião de Notasde Sorocaba, Rosalino Luiz Sobrano. “A reativação doscursos do Colégio Notarial pelo interior foi uma das maisespetaculares iniciativas desta gestão e o resultado jápode ser visto hoje, com o auditório lotado”, completou.

“Todos nós estudamos muito a Lei 11.441/07 desdesua implantação, então conhecer as novidades nós jáconhecemos, mas a vinda da instituição para o interior,para mais próximo dos tabeliães distantes de São Paulo,estimula as pessoas e faz com que todos compareçamfortalecendo mais a classe. É isso que precisamos”,disse Pedro Bento Alves Filho, Tabelião do Distrito doÉden, em Sorocaba. “Foi importante participar destainiciativa do Colégio Notarial, pois quanto maisconhecimento melhor, além do que podemos tirarvárias dúvidas sobre assuntos polêmicos”, disse NeivaMaria Flamia Diniz, Tabeliã do Distrito de BrigadeiroTobias, também em Sorocaba.

Notários de muitos municípios da região de Sorocaba estiverampresentes no evento promovido pelo CNB-SP

A palestrante Karin Rick Rosa, que tratou dostemas jurídicos relacionados à Lei 11.441/07

no evento de Sorocaba

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“Ver um evento como este, com palestrantes degrande nível, a participação ativa dos diretores doColégio Notarial que vieram de São Paulo para cá eeste auditório lotado de pessoas querendo aprender,me estimulou muito. Volto para Campinas renovado ecom vontade e espírito de participar e contribuir maiscom a classe”, disse o 2ª Tabelião de Notas deCampinas, Márcio Thadeu Martins.

Para o Tabelião do Distrito de Pirapitingui, emItu, Vicente de Paulo Moraes, a iniciativa de promoçãodo curso da Lei 11.441/07 pelo CNB-SP foisurpreendente e mobilizou a região. “A classe notarialprecisava desta mobilização e este curso, além defazer com que nos mobilizássemos, trouxe muitoconhecimento e agregou muitas novidades àsfuncionárias do cartório que participaram, tanto naparte das discussões da Lei, como na questão dostributos”, explicou.

Participaram desta segunda edição do curso sobrea Lei 11.441/07, notários e prepostos dos municípiosde Americana - 1° Tabelionato, Angatuba, Botucatu -1° Tabelionato, Campinas - 2° Tabelionato, Cerquilho,Distrito do Éden, Francisco Morato, Iperó, Itapetininga- 1° Tabelionato, Itatinga, Nova Campina, Piedade –Registro Civil, Piedade – Registro de Imóveis, Piracicaba- 2° Tabelionato, Distrito de Pirapitingui, Porto Feliz,Salto de Pirapora, Santa Isabel, Santana de Parnaíba,São Miguel Arcanjo, São Paulo - 14° Tabelionato,Sorocaba - 1° Tabelionato, Sorocaba - 2° Tabelionato,Sorocaba - 4° Tabelionato, Sorocaba – Imóveis, VargemGrande Paulista, Votorantim, Jumirim e Distrito deBrigadeiro Tobias.

Curso debate aspectos jurídicose tributários da nova Lei

Encarregado de iniciar o evento promovido peloCNB-SP, o Delegado Regional Paulo Roberto Ramos,cumprimentou todos os presentes e formou a mesa deabertura do encontro, que contou com o presidentedo CNB-SP, Ubiratan Pereira Guimarães, o vice-presidente da entidade, Mateus Brandão Machado e os

Antonio Herance Filho abordou os aspectos daLei 11.441/07 relac ionados ao ITCMD

A mesa que coordenou os trabalho do curso promovido pelo CNB-SP na regional de Sorocaba

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palestrantes Karin Rick Rosa, Antonio Herance Filho,Rubens Harumy Kamoi e José Carlos Martins.

Abrindo as palestras do dia, coube a Dra. KarinRick Rosa abordar os aspectos jurídicos da Lei 11.441/07, que há dois anos traz facilidades aos usuários quepretendem realizar atos consensuais de separações,divórcios, inventários e partilhas. Em sua apresentaçãodestacou as questões da competência notarial, osobjetivos da Lei 11.441/07 – agilizar o trâmite,desafogar o Judiciário e reduzir custos para o cidadão-, a regulamentação da nova lei, as questõesenvolvendo a presença e participação do advogado,finalizando com as questões práticas e polêmicas dosatos de inventário e partilha e de separações edivórcios.

Ao final de sua apresentação foram sorteados peloCNB-SP e pelo Grupo Serac, quatro exemplares dolivro "Escrituras Públicas – Separação, Divórcio,Inventário e Partilha Consensuais – Análise Civil,processual civil, tributária e notarial". Os tabelionatosparticipantes do curso também receberam exemplaresda cartilha “Separações, Divórcios e Inventários nocartório”, distribuídos pelo CNB-SP.

Rubens Harumy Kamoi falou sobre o ITBI aplicado às escrituras de separações, divórcios e inventáriosApós um breve intervalo, os participantes passaram

a presenciar três apresentações sobre os aspectostributários da Lei 11.441/07. Abrindo a série depalestras da segunda parte do curso, Antonio HeranceFilho trouxe as discussões a respeito do ITCMD,passando pelas discussões a respeito do imposto noordenamento jurídico anterior à Lei 11.441/07, oITCMD na Constituição Federal, a vigência daLegislação Tributária, o ITCMD na legislação paulista,questões de isenções, base de cálculo do imposto,prazo para recolhimento e o debate sobre situaçõesespeciais, como renúncia e contrato de doação.

Em seguida, Rubens Harumy Kamoi debateu asquestões do ITBI, como a previsão constitucional doimposto, momento da transmissão do bem imóvel,dissolução da sociedade conjugal e incidência do ITBIsobre o excesso de meação, considerando apenas o conjuntode bens. Último palestrante do evento, José Carlos Martinsdebateu aspectos da DOI e o Imposto de Renda sobreganhos de Capital, a incidência sobre as escrituras deinventários, partilhas, divórcios e separações, aobrigatoriedade por parte do tabelionato de prestar asinformações, responsabilidade e definição de ganho.

José Carlos Martins debateu aspectos da DOI e o Imposto de Renda sobre ganhos de Capital

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Registradores e Notáriosintegram Projeto pioneirono Estado do PiauíCooperação com o CNJ visa instituir projeto piloto que temcomo objetivo reorganizar a atividade extrajudicial no Estado

CNJ, Marcelo Martins Berthe e Ricardo Cunha Chimentireuniram-se em Brasília-DF com representantes dasprincipais entidades nacionais e estaduais da categoria.Após um esboço inicial do projeto, uma ampla Comissãode Estudos deslocou-se no início do mês de abril para ascidades piauienses de Teresina, Campo Maior e Altos,visando conhecer a realidade do serviço extrajudicial local.

O resultado das visitas, realizadas em conjuntocom a equipe correicional do CNJ, que contou com apresença do juiz auxiliar da Corregedoria Geral daJustiça do Estado de São Paulo (CGJ-SP), Dr. José

Reunião na sede do TJ-SP foi coordenada pelo juiz auxiliar da Corregedoria Nacional da Justiça, Dr. RicardoCunha Chimenti (centro), pelo juiz auxiliar da presidência do CNJ, Dr. Marcelo Martins Berthe (dir.), e pelo juiz

auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça de São Paulo, Dr. José Antonio de Paula Santos Neto

Brasília (DF) / São Paulo (SP) / Teresina (PI) -Representantes nacionais e estaduais das entidades deregistradores e notários do Brasil iniciaram no últimomês de março um amplo projeto de cooperação como Conselho Nacional da Justiça (CNJ) para odesenvolvimento de um projeto piloto no Estado doPiauí, que tem como grande objetivo reorganizar deforma ampla e irrestrita a atividade extrajudicial noEstado localizado no Nordeste brasileiro.

A iniciativa surgiu ainda no mês de março, quando osjuízes auxiliares da Corregedoria Nacional da Justiça do

Notários e registradores reúnem-se com o CNJ e a CGJ-SP na sededo TJ-SP para debater os próximos passos do projeto Piauí

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26O presidente do Colégio Notarial do Brasil – seção São Paulo, Ubiratan Pereira Guimarães, participou ao

lado do tesoureiro da entidade, Paulo Tupinambá Vampré (esq.), e do presidente do Conselho Federal,José Flávio Bueno Fischer (dir.), de reunião de apresentação dos relatórios de visitas ao Piauí

Antonio de Paula Santos Neto, foi apresentado no iníciodo mês de maio, em reunião realizada na sede doTribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que contoucom a presença de representantes de todas asespecialidades notariais e de registro.

Entre as principais deliberações apresentadas noencontro de trabalho, estive a designação do envio de umprojeto de normatização de todas as especialidades,proposto pelo notário e registrador do município de Sapucaiado Sul-RS, João Pedro Lamana Paiva, apresentado pelopresidente da Associação dos Registradores Imobiliários deSão Paulo (Arisp), Flauzilino Araújo dos Santos.

Com base neste projeto, que será remetido aosintegrantes de cada entidade participante do projeto,cada especialidade proporá, até o dia 28 de maio,sugestões que serão encaminhadas ao CNJ, que levarátambém o projeto à avaliação dos conselheirosintegrantes do órgão. No dia 6 de junho, o CNJ editará

a padronização dos serviços notariais e de registros noEstado do Piauí e dará início à implantação do projeto.

“Antes de iniciarmos esta reunião, tivemos umencontro onde definimos as linhas mestras que guiarãoa reestruturação dos serviços registrais e notariais noEstado do Piauí”, disse o juiz Dr. Ricardo CunhaChimenti. “Entre estas medidas estão a privatizaçãocompleta dos serviços notariais e registrais, concursopúblico para a atividade e o processo de acumulaçãoe desacumulação de especialidades”, disse.

“Para nós, o modelo ideal para a atividade notarial eregistral é o estabelecido no artigo 236 da Constituição, omodelo privatizado”, disse Chimenti. “Experiências comoa vista no Estado da Bahia, onde o regime é estatizado,demonstram claramente que esta vertente vai contraprincípios básicos do atendimento jurisdicional”, completou.“Escolhemos o Estado do Piauí para começar este projetopor que lá encontramos diversos procedimentos incorretos,

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no Piauí e transformá-lo em exemplo para os demais estadosda federação", completou. "Gostaria que vocês nosapresentassem tudo que é o top atual em cada especialidade,pois já que vamos atuar, utilizaremos como padrão o que háde melhor desenvolvido por cada área. Não vamos noscontentar com o básico", completou o juiz Ricardo Chimenti.

"O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI)esteve aqui recentemente e se mostrou plenamente abertoa uma mudança na atividade extrajudicial no Estado,nos pedindo inclusive auxílio na implantação de concursosno Estado", disse o juiz Dr. Marcelo Berthe. "Nesta misturaque há no Piauí, os que os registradores e notários maisquerem é separar o judicial do extrajudicial, por issoacredito que estamos no momento propício para umprojeto inovador como este", disse Chimenti.

Representantes de registradores e notários de entidades nacionais e estaduais do serviçoextrajudicial ao lado dos juízes integrantes do CNJ, em Brasília-DF

Notários e Registradores participam de reunião na sede do CNJ,onde discutiu-se o projeto piloto para o Estado do Piauí

uma síntese de tudo o que vimos em outros Estados”,explicou o juiz Dr. Marcelo Martins Berthe.

Entre as sugestões apresentadas pelas entidadesestiveram a necessidade de capacitação técnicas denotários, registradores e suas equipes, investimentoem melhorias tecnológicas e de instalações,adequação instalações e arquivos, constituição dofundo de registro civil, privatização das serventias,concurso público e normatização da atividade.

“Com relação ao concurso público, estamosavançados na questão da regulamentação de umapadronização nacional para a atividade, realizada com aparticipação de todos os Tribunais de Justiça do País edas entidades de classe”, esclareceu Chimenti. “Não émais possível que cada Estado realize o concurso de umaforma, acarretando uma série de demandas judiciais queimpedem que os concursos cheguem ao fim”, finalizou.

Em Brasília (DF) encontro noCNJ dá início ao Projeto Piauí

"Esta é uma iniciativa histórica no Brasil e acredito, aténo mundo", disse o até então secretário-geral do CNJ, Dr.Álvaro Ciarlini. "Vamos remodelar a organização extrajudicial

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Ainda segundo o juiz auxiliar da CorregedoriaNacional da Justiça, Dr. Ricardo Chimenti, existe umagrande expectativa dos presidentes do SupremoTribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e doCorregedor Nacional da Justiça, ministro Gilson Dip,por ações de organização da atividade extrajudicialnos estados visitados recentemente pelo CNJ.

"Contamos com a ajuda de vocês, que conhecemo segmento e dominam a atividade, caso contrárioteremos que apresentar um plano de ação feito degabinete, aqui de Brasília-DF, o que não é o ideal,por que podemos acabar prejudicando, sem saberestados onde a atividade extrajudicial funciona bem",destacou Chimenti. "A expectativa dos ministros émuito forte e precisamos encontrar solução. Aformação deste grupo é crucial e é a melhor soluçãopara sanarmos de forma efetiva esta questão",completou Berthe.

Durante o encontro realizado em Brasília-DF, ojuiz auxiliar da Corregedoria Nacional da Justiça, Dr.Ricardo Chimenti relatou aos presentes as diversassituações conflitantes observadas nas atividadesjudiciais e extrajudiciais nos Estados em que o CNJesteve recentemente realizando inspeções. Foramrealizadas visitas aos poderes judiciários da Bahia,Amazonas, Maranhão, Pará e Piauí.

"Existem situações bastante conflitantes nestesestados, que vão desde os problemas dos cartóriosestatizados na Bahia, passando pela mistura entreatividade judicial e extrajudicial em estados como oMaranhão e o Amazonas, chegando até a flagrantesdemonstrações de falta de segurança noarmazenamento de matrículas de imóveis em algunsestados", destacou Chimenti.

As entidades nacionais estiveram representadaspelo presidente da Associação dos Notários eRegistradores do Brasil (Anoreg-BR), Rogério PortugalBacellar, pelo presidente do Conselho Federal doColégio Notarial do Brasil, José Flávio Bueno Fischer,pelo presidente da Associação Nacional dosRegistradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), OscarPaes de Almeida Filho, pelo presidente do Instituto deRegistro Imobiliário do Brasil (Irib), Helvécio DuiaCastello, pelo presidente do Instituto de Estudos deTítulos e Documentos e Pessoa Jurídica do Brasil(IETDPJ-Brasil), José Maria Siviero, pelo presidentedo Instituto de Protesto de Títulos do Brasil - seçãoSão Paulo, José Carlos Alves, que esteve representandotambém o presidente nacional da atividade, LéoAlmada, e pela distribuidora do Rio de Janeiro, Narade Aquino, que representou o Instituto de Estudos eDistribuição do Brasil.

Dotado de expertises em várias especialidades, oEstado de São Paulo, foi convidado a contribuir com o

O presidente do CNB-SP, Ubiratan Pereira Guimarães, assinatermo de compromisso com o CNJ para o Projeto Piauí

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projeto piloto no Piauí, e esteve presente no encontrorealizado no CNJ com a presença da presidente daAssociação dos Notários e Registradores do Estado deSão Paulo (Anoreg-SP), Patrícia André de CamargoFerraz, pelo presidente do Colégio Notarial do Brasil -seção São Paulo (CNB-SP), Ubiratan Pereira Guimarães,pelo presidente da Associação dos RegistradoresImobiliários de São Paulo (Arisp), Flauzilino Araújodos Santos e pelo assessor especial de relaçõesnacionais da Associação dos Registradores de PessoasNaturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP), JoséEmygdio de Carvalho Filho.

Notários e Registradores visitamin loco situação no Piauí

Entre os dias 5 e 7 de abril, uma comissão formadapor registradores e notários representantes daprincipais entidades nacionais e estaduais da atividadeestiveram visitando in loco a realidade das serventiasextrajudiciais no Estado do Piauí, com o objetivo deplanejar um plano piloto em cooperação com oConselho Nacional da Justiça (CNJ) que visa reorganizara atividade neste Estado do Nordeste brasileiro.

A chegada dos membros das equipes de notários eregistradores das demais especialidades e dosintegrantes da Corregedoria Nacional da Justiça doCNJ, coordenados pelo juiz auxiliar Ricardo CunhaChimenti levou, já no dia 6 de abril, a Comissãoformada por notários e registradores para o interiordo Estado do Piauí, com o objetivo de tomar contato

com a dupla realidade existente no Estado, cartóriosoficializados e cartórios privatizados e com acúmulode atribuições.

A primeira visita ocorreu no município de CampoMaior, localizado a cerca de 120 km de Teresina,onde os serviços extrajudiciais são estatizados e estãodentro do Fórum da cidade. O Tribunal de Justiça doEstado do Piauí disponibilizou um ônibus, que conduziua ampla equipe de notários e registradores ao pequenomunicípio piauiense.

Em Campo Maior, existiam três cartórios, todosocupando salas de no máximo 20 metros quadradosdentro do Fórum. Os dois primeiros acumulavam todasas atribuições e um terceiro era o responsável peloregistro civil, juntamente com os demais trâmitesjudiciais. Em todas as serventias a ausência depadronização de atendimento, normatização do serviçoe organização administrativa eram evidentes. O arquivoda serventia espelhava o estado de abandono dosregistros públicos locais.

Após o almoço, a comitiva formada por notários,registradores e integrantes do CNJ, dirigiu-se aomunicípio de Altos, localizado a cerca de 60quilômetros de Teresina. Os dois cartórios da cidadeestavam localizados dentro do Fórum, mas eramprivatizados. Um deles acumulava as atribuições deimóveis e pessoa jurídica, enquanto o segundo detinhaas atribuições de registro civil, notas e protesto,administrado pela Oficiala e Tabeliã Terezinha deSouza Viana.

O juiz Marcelo Martins Berthe coordenou a reunião que contou com a presençade notários e registradores de todas as especialidades

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Registradores, notários e integrantes da equipe do CNJ que participaram da visita in loco aos cartórios extrajudiciais do Piauí

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Notários e registradores durante visita aos cartórios extrajudiciais do município de Campo Maior, no interior do Piauí

O arquivo dos livros de registros públicos dos cartórios oficializados do município de Campo Maior, no Estado do Piauí

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32

A situação da prática dos atos em Altos era muitomelhor do que a verificada no município de CampoMaior, onde os cartórios encontravam-se estatizados.Havia ampla noção de organização e administração,com serviços informatizados e instalações, emboramodestas, satisfatórias para a prestação de serviços,para o qual havia apenas a necessidade de umacapacitação e efetivação das normas de trabalho, comoem relação a existência de registros de óbitosocorridos em outros municípios.

Reunião na sede do TJ-PI debatesoluções para a atividade extrajudicial

No dia 7 de abril, a primeira ação da comitivaformada por registradores, notários e integrantes doCNJ foi um encontro com a cúpula do Tribunal deJustiça do Estado do Piauí (TJ-PI), por meio de seupresidente, desembargador Raimundo Nonato da CostaAlencar, e da Corregedora Geral da Justiça do Estado,desembargadora Rosimar Leite Carneiro, que teveampla cobertura da imprensa local.

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Imagens da visita da equipe de registradores, notários e integrantes do CNJ aos cartórios do município de Altos, ainda no interior do Piauí

Reunião na sede do TJ-PI expôs o plano de ação do CNJ para os serviços extrajudiciais no Estado. No detalhe, opresidente do TJ-PI, desembargador Raimundo Nonato da Costa Alencar

Durante o encontro, o juiz auxiliar da CorregedoriaNacional da Justiça do CNJ, Ricardo Cunha Chimenti,explicou ao presidente do TJ-PI os objetivos do projetode reorganização da atividade extrajudicial no Estadoe como as entidades nacionais da atividadecontribuiriam para o desenvolvimento das ações noEstado. “Queremos transformar o Estado do Piauí emum modelo no que se refere aos serviços extrajudiciaise contamos com a participação dos notários eregistradores de outros estados que trarão o que háde melhor para os serviços no Estado”, disse.

O presidente do TJ-PI falou sobre as ações que vemsendo desenvolvidas pelo TJ-PI com vistas a melhorar aprestação extrajudicial no Estado, entre elas a criaçãode novos cartórios em municípios que ainda não tinhamserventias, a separação da atividade judicial daextrajudicial com a criação das secretarias. “Queremos

colaborar com o CNJ e estamos de portas abertas paracontribuir com uma iniciativa que beneficiará apopulação do Piauí”, disse o desembargador.

Em seguida foi aberto espaço para que cadaespecialidade manifestasse as suas constataçõesrealizadas durante as visitas aos cartórios no interior,oficializados e privatizados. Após a reunião no TJ-PI,a comitiva dividiu-se por especialidade, e cada umavisitou os cartórios de suas respectivas naturezas. “Ostabelionatos de notas de Teresina estão bem instaladose já contam com sistemas de informatização, restandoapenas contribuirmos de maneira efetiva com acapacitação técnica da atividade”, disse o presidentedo CNB-SP, Ubiratan Pereira Guimarães, que esteveacompanhado do tesoureiro do CNB-SP, PauloTupinambá Vampré, e pelo presidente do ConselhoFederal, José Flávio Bueno Fischer.

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34

“O modelo privatizadoé o modelo que melhor

atende a população”Juiz assessor do CNJ, Dr. Ricardo Cunha Chimenti, coordenou a

equipe do Projeto Piauí na primeira visita oficial ao Estado

“A participaçãodas entidadesassociativas de

notários eregistradoresneste nosso

projeto no Estadodo Piauí é vitalpara que a açãotenha a eficáciaque planejamos”

Jornal do Notário – Como surgiu a iniciativa desteprojeto pioneiro no Estado do Piauí?Ricardo Cunha Chimenti – A idéia deuma mobilização do CNJ que contassecom o apoio das entidades associativasdos cartórios extrajudiciais surgiu háalgum tempo, quando o Dr. Oscar (Paesde Almeida Filho, presidente da Arpen-Brasil) nos visitou em Brasília-DF.Naquela ocasião ele apresentoualgumas situações dos cartórios deregistro civil em alguns estadosbrasileiros e se colocou à disposiçãopara nos apoiar. Em seguida, com achegada do Dr. Marcelo Berthe ao CNJ,e após as visitas que realizamos aoEstado do Piauí, surgiu um contato coma Arisp (Associação dos RegistradoresImobiliários de São Paulo), com o Dr.Flauzilino (Araújo dos Santos, presidente da Arisp) quetambém se colocou à disposição para auxiliar. Aparticipação propositiva das associações foi crucial paraque esta ação, que já iríamos adotar no Piauí, contassecom o apoio prático de quem está acostumado a tratardo assunto, que são os cartórios.

Jornal do Notário – Qual a importância da participaçãodos notários e registradores nesta ação?

Ricardo Cunha Chimenti – Aparticipação das entidades associativasde notários e registradores neste nossoprojeto no Estado do Piauí é vital paraque a ação tenha a eficácia queplanejamos. É uma iniciativa pioneira,pelo que conheço, única no mundo,então estamos muito otimistas. Osrepresentantes das associações, Arpen,Anoreg, Colégio Notarial, Arisp, entreoutras são especialistas no assunto,conhecem à prática da atividade econseguem encontrar os caminhos quetemos que buscar para reorganizar aatividade extrajudicial no Estado.Estamos muito satisfeitos com aparticipação e o envolvimento de todos

e temos certeza que este esforço conjunto surtirá umgrande efeito para todos os envolvidos e para a população,que é o foco final deste projeto.

Jornal do Notário – Qual a impressão que o senhorobteve com as visitas realizadas nas serventias do Estado?Ricardo Cunha Chimenti – Sem dúvida há muito o quemelhorar. Algumas questões pontuais já verificadaspelo CNJ e passadas ao Tribunal de Justiça já estãosendo implementadas, como a criação de secretariasque façam o trabalho da escrivania judicial, que estavaacumulada nos cartórios de registro civil e notas. Noscartórios da Capital, percebemos que já algumaevolução, embora seja nítida a necessidade de umamelhor capacitação, enquanto que no interior há muitoo que ser feito, desde a criação de novos cartórios,passando pelas desacumulações de atribuições e aquestão da oficialização e da privatização queconvivem no Estado do Piauí.

Jornal do Notário – Como solucionar a questão doRegistro Civil no Piauí?Ricardo Cunha Chimenti – Os cartórios de registro civilda Capital e do Interior são realmente os mais sofridosDr. Ricardo Cunha Chimenti durante ação do grupo do

Projeto Piauí, na cidade de Altos

|nacional|

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35O juiz auxiliar da Corregedoria Nacional da Justiça do CNBJ, Dr. Ricardo Cunha Chimenti

do Estado, por conta da ausência, já há algum, tempodo mecanismo de sustentabilidade para estes cartórios.Há hoje uma Lei, que foi questionada aqui na Justiçado Piauí e depois levada do CNJ, e que vamos apurarpara ver o que acontece, mas de qualquer forma, háuma lei federal que prevê a necessidade de umacompensação para os atos gratuitos do registro civil eesta lei precisa ser implementada pelo Estado, por meiodos trâmites adequados para sua postulação.

Jornal do Notário – Nestas visitas observamos arealidade de cartórios privatizados e oficializados.Como o senhor avalia os serviços prestados por ambas?Ricardo Cunha Chimenti – Não há dúvida de que omodelo privatizado é o modelo que melhor atende apopulação na comparação entre as localidades quevisitamos, e é o modelo que teremos que adotar emtodo o País, até por que a Constituição Federal prevêexpressamente esta condição. Portanto, se não semudou a Constituição não há por que serimplementado um mecanismo diferente. Caso um diaisso venha a acontecer, a mudarem a Constituiçãotrabalharemos sobre outro prisma, mas com certezanão será baseado no modelo de oficialização que vimosaqui no Piauí. Teria que ser muito diferente.

Jornal do Notário – Quais serão os próximos passos doProjeto Piauí?Ricardo Cunha Chimenti – Agora é hora daimplementação. As entidades de cada especialidade jános passaram um projeto inicial e cumprimos ocronograma ao virmos aqui conhecer a realidade local.Vamos agora ter mais uma reunião, onde cada entidadeterá seu projeto adaptado à realidade que observoureferente à sua especialidade e vamos colocar mão àobra. Acredito que um primeiro passo seria anormatização mínima dos atos de registros públicos noEstado, depois passaremos à melhoria das instalaçõesdos cartórios, com adequação de máquinas e softwaresde informática, além de cursos de capacitação eaprimoramento das atuais equipes de trabalho.

“Os cartórios de registrocivil da Capital e do Interior

são realmente os maissofridos do Estado, por

conta da ausência, já háalgum, tempo do mecanismo

de sustentabilidade paraestes cartórios”

|nacional|

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“O modelo consagrado é ode delegação de notas e

registros a particulares”Juiz Auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça do Estado

de São Paulo, Dr. José Antonio de Paula Santos Netoacompanhou as visitas aos cartórios no Piauí

O juiz de São Paulo, Dr. José Antonio de Paula Santos Neto, durante visita a cartório na cidade de Campo Maior-PI

“O modeloadotado no Estadode São Paulo para

este segmento estáservindo de

referência paraeste projeto noEstado do Piauí”

Jornal do Notário – Qual a avaliação que o senhor fazdestas visitas realizadas nos cartórios extrajudiciaisdo Estado do Piauí?José Antonio de Paula Santos Neto –Em primeiro lugar é preciso eliminaresta duplicidade de sistemasexistentes no Estado, tanto no quediz respeito a questão da existênciade cartórios oficializados eprivatizados, como na questão daexistência de cartórios extrajudiciaisque realizam atividades típicasjudiciais. Os serviços prestados porparticulares, privatizados, estãoprevistos na Constituição Federal edevem ser observados, e devem serrealizados por cartórios extrajudiciais, enquanto osjudiciais cuidam dos processos originários da Justiça.É evidente que a separação é o melhor caminho e isto

deve ser buscado de forma a uniformizar toda aprestação extrajudicial no Estado. Hoje, o modeloconsagrado e previsto na Constituição é o de delegação

de notas e registros a particulares eisto deve ser observado.

Jornal do Notário - Como o senhoravalia a cooperação dos notários eregistradores paulistas a este projetocoordenado pelo CNJ?José Antonio de Paula Santos Neto –É evidente que isto é motivo desatisfação, pois revela a excelênciaque os serviços extrajudiciais, sob aégide da Corregedoria Geral daJustiça do Estado de São Paulo,

alcançaram. Tanto assim que o modelo adotado noEstado de São Paulo para este segmento está servindode referência para este projeto no Estado do Piauí,

|nacional|

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37Dr. José Antonio de Paula Santos Neto, juiz auxiliar da

Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo

que certamente trará enormes benefícios aos usuáriosdos serviços extrajudiciais e aos próprios delegatáriosque trabalharão sob parâmetros ainda mais seguros.

Jornal do Notário – Como o senhor avalia a iniciativadeste projeto que tem como objetivo reorganizar oserviço extrajudicial no Estado do Piauí?José Antonio de Paula Santos Neto – Esta ação do CNJdemonstra um trabalho sério e efetivo na melhoria dosistema judiciário brasileiro. A idéia de uniformizaros procedimentos no Estado, disseminando umanormatização para a atividade extrajudicial alicerçadanas leis existentes e na cooperação prática de notáriose registradores demonstra a preocupação em realizarum trabalho que traga benefícios a toda a sociedadedo Estado do Piauí, e que depois poderá ser levadaainda a outros estados que necessitem deaprimoramento.

Jornal do Notário – Quais conclusões podem ser tiradasdesta primeira visita?José Antonio de Paula Santos Neto – A impressão é a deque existem muitos obstáculos a serem superados, acomeçar pela discrepância existente entre as diversasunidades extrajudiciais. Chamou a atenção a inexistênciade um padrão de regulamentação, que talvez tenhaque ser o primeiro passo deste projeto. Embora naCapital os cartórios apresentem melhores condições,está bem claro que há ainda muito a ser feito.

“A idéia de uniformizar osprocedimentos no Estado,

disseminando umanormatização para a

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Piauí, e que depois poderáser levada ainda a outrosestados que necessitem de

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CNB-SP divulga Enunciadosde notas decorrentes daaplicação da Lei 13.290/2008

|jurídico|

Textos complementam os já aprovados pelo CNB/SP quando do EncontroEstadual de Notários e Registradores realizado pelas entidadesrepresentantes da categoria no estado de São Paulo – ANOREG/SP,SINOREG-SP, CNB-SP e ARISP –, no dia 31 de janeiro de 20091.2 - Se a escritura pública instrumentalizar o primeirotítulo aquisitivo de imóvel em favor de beneficiáriode regularização fundiária de interesse social,promovida no âmbito de programas de interesse social,sob gestão de órgãos ou entidades da administraçãopública direta ou indireta em área urbana ou rural,sempre independentemente do número de atos a serempraticados, sua natureza e valor do negócio jurídico.

63,91 | 18,17 | 13,46 | 3,36 | 3,36 | 0,64 | 102,90

- Aplica-se aos casos em que o empreendimento aindanão está regularmente registrado.- Quando o empreendimento já estiver regularizado,aplica-se o item 1.3.- Aplica-se este item aosempreendimentos habitacionaispromovidos pela CDHU e Cohab’s,loteamentos e condomíniosregularizados por meio doprograma “Cidade Legal” (imóveisque foram comercializados antesda incorporação, instituição eespecificação ou registro doloteamento), Programa MinhaTerra “ITESP”.

1.3 - Se a escritura pública instrumentalizar o contratode aquisição e correspondentes garantias reais, quetenham por objeto imóvel financiado com recursos doFGTS ou integrante de programa habitacional deinteresse social promovidos, total ou parcialmente,pela CDHU, COHAB, sociedades de economia mista,empresas públicas e empreendimentos habitacionaisde interesse social, localizado em Zona Especial deInteresse Social - ZEIS, ou de outra forma definidopelo Município como de interesse social, executadoem parceria público-privada ou por associações demoradia e cooperativas habitacionais,independentemente do número de atos a serempraticados, sua natureza e valor do negócio jurídico.

106,52 | 30,27 | 22,42 | 5,61 | 5,61 | 1,07 | 171,50

- Para os demais casos, que não os financiadoscom recursos do FGTS.

- Aplica-se somente na primeira alienação em que aCohab ou CDHU compareçam como alienantes ou emoutras alienações onde estas companhias compareçamcomo anuentes ou intervenientes-financiadores (ex.carta de crédito). Incluem-se igualmente as primeirasalienações dos empreendimentos do FAR, PAR e FDS,bem como aqueles em que as empresas públicas (comoa Caixa Econômica Federal) e as sociedades deeconomia mista figurem como promotoras.- Não se aplicam às demais alienações como por ex.

doações, partilhas, futurasalienações financiadas ou não poroutras instituições, etc.- Engloba eventuais cessõesconstantes da escritura ou docontrato levado a registro nosquais Cohab e CDHU apareçamcomo outorgantes.- Constituem documentos hábeispara comprovação de que oempreendimento se caracterizacomo de interesse social:- Quando há menção expressa no

título (contrato) de que o empreendimentohabitacional é promovido(a) pelo(a) FAR, PAR, FDS,CDHU ou, COHAB ou outros dos quais o CDHU sejainterveniente;- Quando há menção expressa no título de que aregularização fundiária é promovida dentro doprograma “Cidade Legal”;- Nos demais casos promovidos pelo poder públicomunicipal, empresa pública ou de economia mista,por órgãos da administração direta ou indireta,declaração específica da entidade;- Nos empreendimentos particulares, quandoexpressamente constar na respectiva aprovação,declaração do poder público de ser ele de interesse social.

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39

|jurídico|

TJ-SP divulga Comissão Examinadora do 6º Concurso

1.4 - Se a escritura pública instrumentalizar a primeiraalienação imobiliária e eventual hipoteca, alienaçãofiduciária ou outra garantia real em empreendimentohabitacional de interesse social, localizado em ZonaEspecial de Interesse Social - ZEIS, ou de outra formadefinido pelo Município como de interesse social,relativo a imóvel com valor não superior a 4.705(quatro mil setecentos e cinco) UFESP, sempreindependentemente do número de atos a serempraticados, sua natureza e valor do negócio jurídico.

127,82 | 36,33 | 26,91 | 6,73 | 6,73 | 1,28 | 205,80

- Esse item ficou esvaziado, pois sua aplicabilidade éresidual em relação ao 1.3:- Se o imóvel localizar-se em ZEIS, ou em local definidocomo de interesse social, aplica-se diretamente o 1.3,pois aquele é mais favorável ao usuário.- A limitação de valor para enquadramento na tabelaé inaplicável, pois o 1.3 não limita valores.- além do mais, é um item cujos valores de emolumentossão superiores; portanto, menos favorável ao usuário.

Artigo 6º - Nos atos que envolvam a aquisição doterreno pelo empreendedor, retificação, registro deparcelamento do solo, incorporação, averbação daconstrução, instituição de condomínio ou parcelamentodo solo, relativos a empreendimentos de interessesocial promovidos pela CDHU ou COHAB, empresapública, sociedade de economia mista, ou promovido

por cooperativa habitacional ou associação demoradores, serão as custas e emolumentos dos oficiaisde registro de imóveis e dos notários reduzidos em75% (setenta e cinco por cento).

- São as aquisições originárias para o empreendimento.- A CDHU e a COHAB podem comparecer comoempreendedores ou como intervenientes.- Os únicos casos de promoção por particulares, nesteartigo, são os de cooperativa habitacional e os deassociação de moradores. O Poder público devereconhecer o empreendimento como de interesse social.

Artigo 7º - Nos atos que envolvam a aquisição doterreno pelo empreendedor, retificação, registro deparcelamento de solo, incorporação, averbação daconstrução, instituição de condomínio ou parcelamentodo solo, relativos a empreendimentos de interessesocial localizado em Zona Especial de Interesse Social- ZEIS, ou de outra forma definido pelo Municípiocomo de interesse social, serão as custas eemolumentos do Registro de Imóveis e do Tabelião deNotas reduzidos em 50% (cinqüenta por cento).

- Também são as as aquisições originárias.- Aplica-se este artigo nos casos de empreendimentosparticulares, quando expressamente constar narespectiva aprovação, declaração do poder públicode ser ele de interesse social.ZEIS são definidas por lei ou pelo plano diretor.

DICOGE 1.1 - PROCESSO Nº 2008/92542 – SÃO PAULO –CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA

Por determinação do Excelentíssimo SenhorDesembargador Presidente do Tribunal de Justiça, publica-se adecisão exarada nos autos em epígrafe:

Para compor a Comissão do 6º Concurso Público de Provase Títulos para a Outorga de Delegações de Notas e de Registro –Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais de Subdistrito daCapital e de Comarcas do Interior, Oficial de Registro Civil dasPessoas Naturais e de Interdições e Tutelas da Sede e Oficial deRegistro Civil das Pessoas Naturais e Tabelião de Notas de Municípioe Distrito do Estado de São Paulo, nomeio, como seu Presidente,o Desembargador José Renato Nalini. Para seu suplente, oDesembargador Nestor Duarte.

Nomeio igualmente, os Juízes Durval Augusto RezendeFilho, Vicente de Abreu Amadei e Roberto Maia Filho. Parasuplente, o Juiz Luiz Augusto de Sampaio Arruda.

Para os mesmo fins, nomeio o Registrador DjalmaSemeghini Tombi e para seu suplente o Registrador Luiz Orlandode Barros Segala.

Nomeio, ainda, o Tabelião Paulo Tupinambá Vampré epara sua suplente a Tabeliã Priscila de Castro Teixeira PintoLopes Agapito.

Em atenção à indicação do Ministério Público, nomeio aPromotora de Justiça Eloísa Virgili Canci Franco e para suasuplente, a Promotora de Justiça Alice Satiko Kubo Araújo. Porfim, e atendendo à indicação da Ordem dos Advogados do Brasil,nomeio o Dr. Euro Bento Maciel e como seu suplente o Dr. MarcoAntônio Zito Alvarenga.

Publique-se.São Paulo, 23 de março de 2009.

(a) ROBERTO ANTONIO VALLIM BELLOCCHIPresidente do Tribunal de Justiça

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|doce vernáculo|

S.O.S Português n° 71“O significado das coisas não está nas coisas em si,

mas sim em nossa atitude com relação a elas”Antoine de Saint-Exupéry

1) Pedro, com seu ato HERÓICO, socorreuprontamente sua amiga Maria...

Segundo o Novo Acordo Ortográfico, Pedro nãofoi heróico... sem tirar o mérito do socorro prestadoa sua amiga Maria...

NOVA REGRA( para TODOS sermos HEROICOS!!!):Foi eliminado dos ditongos ( encontro de uma

vogal + semivogal ou vice-versa na mesma sílaba )abertos ei e oi dos vocábulos paroxítonos ( palavrascuja sílaba pronunciada com mais intensidade é apenúltima ) o acento gráfico ( acento agudo ).

ANTES = Heróico DEPOIS= HEROICO(correto)Então, Pedro foi um HEROICO!!!

2) Apelidos familiares...Precisamos respeitá-los.... muitos carinhosos,

outros estranhos, outros inconfessáveis, mas osconfessáveis como: leãozinho, gatinha selvagem,docinho...e assim vão!!!

Ouvi, no supermecado, outro dia: “ A JIBÓIAda minha sogra...”

Veja: temos uma redundância: animal deestimação a Jibóia??? ou...

Prezado amigo leitor, na oralidade, na fala, aJIBOIA da sogra precisa ser respeitada.

Renata Carone SborgiaGRADUADA EM DIREITO E LETRAS – MESTRA

USP/RP – PÓS-GRADUADA PELA FGV/RJ –ESPECIALISTA EM LÍNGUA PORTUGUESA – ESPECIALISTA

EM DIREITO PÚBLICO – MEMBRO IMORTAL DA ACADEMIA

RIBEIRÃOPRETANA DE EDUCAÇÃO (ARE) – MBA EM

DIREITO E GESTÃO EDUCACIONAL – AUTORA DE LIVROS

Na escrita, vamos a nova regra:ANTES=JIBÓIADEPOIS=JIBOIA (correto)E a regra?

- É a mesma do HEROICO (correto) - exemplo anterior

3) Prezado amigo leitor, você sempre é TRANQUILO???Sem trema, sempre TRANQUILO!!!

Lembrando a Nova Regra: depois do NovoAcordo o trema foi abolido, existe apenas com palavrasestrangeiras(Ex.: modelo Gisele Bündchen...)

PARA VOCÊ PENSAR:

“A torneira seca(mas pior: a falta de sede)

a luz apagada( mas pior: o gosto do escuro)

a porta fechada( mas pior: a chave por dentro)

José Paulo Paes