Por famlia monoparental deve-se entender uma pessoa adulta, homem ou mulher responsvel por uma ou vrias crianas.

Origens:Produo independente Inseminao artificial Adoo. ViuvezDivrcioA entidade familiar chefiada por algum parente que no um dos genitores.As estruturas de convvio constitudas por quem no seja parente, mas que tenha crianas ou adolescentes sob sua guarda, podem receber a mesma denominao.

A expresso famlias monoparentais foi utilizada, segundo Nadine Lefaucher, na Frana, desde a metade dos anos setenta, para designar as unidades domsticas em que as pessoas vivem sem cnjuge, com um ou vrios filhos com menos de 25 anos e solteiros. A monoparentalidade se imps com maior intensidade a partir dos anos 70, conquistando visibilidade e lugar nas pesquisas sociolgicas.

DinheiroPaternidadeRelacionamentos sociais

As mulheres geralmente so mal preparadas para sustentarem a si mesmas e a seus filhos sozinhas, pois tradicionalmente esperavam ter maridos que cuidassem delas.

Dificuldade de disciplinar e educar os filhos.Falta de recursos financeirosNecessidade de trabalhar maisCuidar sozinha (o) de todas as tarefas domsticas.Satisfazer as necessidades dos filhos que tambm esto passando por uma grande perda.Isolamento social.

O processo de resolver as questes da separao e de tornar-se um progenitor sozinho consiste em trs fases:

ConsequnciasRealinhamentoEstabilizao

Crise situacional relativa ao modo como a famlia vivia o seu cotidiano.

Um divrcio legal pode ou no ajudar a resolver o divrcio emocional.

Para um divrcio emocional adequado, necessrio reaver do casamento o senso de eu e os objetivos pessoais de vida, e reinvestir essas expectativas no prprio eu.

Reduo na renda, possibilidade do av passar a ser o provedor ou ajudar, gerando conflitos emocionais.Dificuldades de relacionamentos sociais por estresse ou falta de dinheiro.Impotncia da me gerada pela ausncia que o pai deixou pode lev-la a preencher essa lacuna empurrando os filhos, os avs para esse espao vazio.

Diminuir a experincia da lacuna de poder na famlia.As mulheres precisam desenvolver certa competncia financeira e legal para aliviar o estresse pessoal.

O apoio social fundamental para diminuir o isolamento e o sentimento de impotncia que acompanham essa fase.

Durante essa fase a famlia passa de um estado de crise para um estado de transio.

A transio dura 2 anos e representa os esforos de reagrupar-se,isto , de fazer mudanas externas nas circunstncias sociais, econmicas e extrafamiliares da famlia e mudanas internas nos relacionamentos entre os membros da famlia nuclear e ampliada.

O problema mais urgente ainda costuma ser o econmico.Duas mudanas importantes nessa fase:Vender a casa e conseguir um emprego.A casa para mulher tem um significado emocional especial e costuma ser difcil abrir mo dela.Os filhos costumam experienciar a mudana de casa como a maior perda, simbolizando o fim da famlia como eles a conheciam.

A mulher precisa reestabelecer sua autoridade e autonomia. Se na crise inicial ela teve ajuda de algum parente na educao dos filhos ou na despesa da casa, precisa se reestabelecer, pois de outra forma ficar paralisada num padro que a define como fraca/impotente e os tringulos temporrios se solidificam.

Homens e mulheres com status diferentes nessa fase. Mulher precisa conciliar vida de solteira e filhos.

Os tringulos temporrios tendem a solidificar-se, criando sintomas ou disfuno em um ou mais membro da famlia. As intervenes esto relacionadas a trabalhar o poder na famlia. Esses tringulos precisam ser cuidadosamente investigados e manejados.

O progenitor solteiro precisa ser encorajado a buscar relacionamentos com iguais.

Nessa fase as solues para os vrios problemas de toda transio so experimentados e vividas.Os filhos esto livres para transitar entre as duas casas.Frequentemente um dos pais se casa novamente, criando assim tarefas adicionais acerca das questes de padrastos e irmos.

Normalmente as famlias no se apresentam para tratamento nesta fase.

Todavia, algumas famlias podem ter problemas na fase do lanamento, relacionados partida de um filho que funciona como cnjuge ou pai. As intervenes precisam lidar com o tringulo que mantm o/a filha em casa.

A famlia ps-divrcio. As mudanas no ciclo de vida familiar. Porto Alegre: Artmed, 1996 CARTER, B. e MC GOLDRICK, M (Org.)

FAMLIA MONOPARENTAL: NA SOCIEDADE CONTEMPORNEA: BREVES REFLEXES Rita de Ccia Hora Santana (UNIT)