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Objetivos >> Contexto Histórico >> Definições >> Relevância Semiótica: "O nome semiótica vem da raiz grega semeion, que quer dizer signo." A ciência é relativamente nova e teve como maiores expoentes o americano Charles S. Peirce e o suíço Ferdinand de Saussure. Os problemas concernentes à semiótica, também chamada semiologia (apesar de muitos teóricos diferenciarem os dois termos), podem retroceder a pensadores como Platão e Santo Agostinho, por exemplo. Somente no início do século XX com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, começa a adquirir estatuto de ciência e autonomia. Às vezes a semiótica é considerada parte da linguística, e às vezes o inverso.

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Semiótica:

"O nome semiótica vem da raiz grega semeion, que quer dizer signo."

A ciência é relativamente nova e teve como maiores expoentes o americano Charles S. Peirce e o suíço Ferdinand de Saussure.

Os problemas concernentes à semiótica, também chamada semiologia (apesar de muitos teóricos diferenciarem os dois termos), podem retroceder a pensadores como Platão e Santo Agostinho, por exemplo.

Somente no início do século XX com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, começa a adquirir estatuto de ciência e autonomia. Às vezes a semiótica é considerada parte da linguística, e às vezes o inverso.

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Semiótica | Primeiros estudos:

A semiótica propriamente dita teve seu início com filósofos como o inglês John Locke (1632-1704) que, no seu Essay on human understanding, de 1690, postulou uma "doutrina dos signos" com o nome de Semeiotiké.

O termo também é mencionado por Johann Heinrich Lambert (1728-1777) que, em 1764, foi um dos primeiros filósofos a escrever um tratado específico intitulado Semiotik.

John Locke

Johan Heinrich Lambert

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•A semiótica medieval desenvolveu-se no âmbito da teologia e do trívio das artes liberais (gramática, retórica e dialética).

•No séc XIX, "símbolos e imagem são as noções centrais da semiótica".Vemos o emergir das teorias moderna de significado, sentido e referência da semântica lingüística e o início do questionamento científico da linguagem.

•O período moderno (século XX) é inaugurado por Edmund Husserl (1859-1938) com a sua teoria fenomenológica dos signos e significados. Não obstante, na história da semiótica moderna, Charles Sanders Peirce (1839-1914) é visto como uma das maiores figuras deste período, o fundador da teoria moderna dos signos.

Semiótica | Na história:

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• Semiótica Peirceana:

Foco de atenção: universalidade epistemológica e metafísica. Nas palavras de Santaella: "uma teoria sígnica do conhecimento que busca divisar e deslindar seu ser de linguagem, isto é, sua ação de signo" (p.14, op.cit).

• Semiótica estruturalista/Semiologia:

(Saussure; Lévi-Strauss; Barthes; Greimas)

Foco de atenção: signos verbais.

• Semiótica russa ou semiótica da cultura:

(Jakobson; Hjelmslev; Lotman)

Foco de atenção: linguagem, literatura e outros fenômenos culturais, como a comunicação não-verbal e visual, mito, religião.

Semiótica | Correntes:

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Charles Sanders Peirce (1839-1914), cientista, matemático, historiador, filósofo e lógico norte-americano, é considerado o fundador da moderna Semiótica. Graduou-se com louvor pela Universidade de Harvard em química, fez contribuições importantes no campo da Geodésia, Biologia, Psicologia, Matemática, Filosofia.

Peirce, como diz Santaella (1983: 19), foi um "Leonardo das ciências modernas". Uma das marcas do pensamento peirceano é a amplição da noção de signo e, conseqüentemente, da noção de linguagem.

Peirce "foi o enunciador da tese anticartesiana de que todo pensamento se dá em signos, na continuidade dos signos“; do diagrama das ciências; das categorias; do pragmatismo.

Semiótica | Charles Sanders Peirce:

Charles Sanders Peirce

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Segundo Peirce, a Semiótica é a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno de produção de significação e de sentido; "é a ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na natureza e na cultura."

A Semiótica, como teoria geral dos signos, tem a sua etimologia do "grego semeîon, que significa ‘signo’, e sêma, que pode ser traduzido por ‘sinal’ ou ‘signo’."

Semiótica Peirceana:

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Signo segundo Peirce:

Para Peirce, a palavra signo será usada para denotar um objeto perceptível, ou apenas imaginável, ou mesmo inatingível num certo sentido.

Para que algo possa ser um signo esse algo deve representar, como costumamos dizer, alguma outra coisa, chamada seu objeto apesar de ser talvez arbitrária a condição a qual um signo deve ser algo distinto de seu objeto, dado que, se insistirmos nesse ponto, devemos abrir uma exceção para o caso em que o signo é parte de um signo.

"Defino um Signo como qualquer coisa que, de um lado, é assim determinada por um Objeto e, de outro, assim determina uma ideia na mente de uma pessoa, esta última determinação, que denomino o Interpretante do signo, é, desse modo, mediatamente determinada por aquele Objeto. Um signo, assim, tem uma relação triádica com seu Objeto e com seu Interpretante .

Semiótica Peirceana:

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Ferdinand de Saussure (1857 - 1913) - Linguista suíço, fundador da análise estruturalista. Criou muitos desenvolvimentos da linguística no século XX.

Semiótica | Ferdinand de Saussure

Ferdinand de Saussure

Estudou línguas européias em Leipzig e aos vinte e um anos publicou uma dissertação sobre o primitivo sistema das vogais nas línguas indo-européias, a qual foi muito bem aceita. Retornou à Genebra, onde lecionou sânscrito e linguística histórica em geral.

Em 1906 foi encarregado de ensinar Linguística Geral, e com isso realizou conferências, a partir das quais seus discípulos elaboraram o Cours, em 1913, após sua morte.

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O termo Estruturalismo tem origem no curso de linguística geral de Ferdinand de Saussure (1916), que se propunha a abordar qualquer língua como um sistema no qual cada um dos elementos só pode ser definido pelas relações de equivalência ou de oposição que mantém com os demais elementos.

De um modo geral, o estruturalismo procura explorar as inter-relações (as "estruturas") através das quais o significado é produzido dentro de uma cultura.

Segundo Saussure (1916), “a língua é um sistema de signos que exprimem ideias, e, por isso, é confortável com a escrita, o alfabeto dos surdos mudos, os ritos simbólicos, as formas de cortesia, os sinais militares, etc. Ela é simplesmente o mais importante de tais sistemas. Pode-se, assim, conceber uma ciência que estuda a vida dos signos no quadro de vida social; (...) chamá-la-emos semiologia.

Semiótica Estruturalista

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Signo para Saussure:

"Um signo é a unidade básica da língua. Toda língua é um sistema completo de signos. A fala (parole em francês; speech em inglês) é uma manifestação externa da língua." Ele também fez importante distinção entre as relações sintáticas e as relações paradigmáticas que existem em qualquer texto.

Sua definição de signo como uma entidade de dupla face (signifiante signifié) antecipou e determinou todas as definições posteriores da função sígnica.

Na medida em que a relação entre significante e significado se estabelece com base em um sistema de regras (a língua), a semiologia saussureana pareceria uma rigorosa semiologia da significação.

Saussurre jamais definiu claramente o significado, deixando-o a meio caminho entre imagem mental, um conceito e uma realidade psicológica não circunscrita diversamente.

Semiótica Estruturalista

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A Escola de Tártu reúne estudos de pesquisadores atuantes em diversas esferas do conhecimento e preocupados com problemas semióticos. Contudo, a Escola não se constituiu como uma ciência unitária de grupo, mas como um sistema teórico em busca de uma certa unidade científica.

Os primeiros estudos, amparados pela linguística, cibernética e semiótica, voltavam-se para as máquinas de tradução.

Somente em 1970, é que surgiu o tema que se tornou insígnia dos trabalhos, pela primeira vez, se denominavam '' Semiótica da cultura”, tendo como epíteto a sentença: "toda atividade humana em desenvolvimento troca e armazena informação por meio de signos e apresenta uma certa unidade". Portanto, reconheceram que o conceito de cultura vinculados ao mecanismos elementares de seu funcionamento em vários momentos históricos.

Depois desse seminário a Escola de Tártu-Moscou se expandiu com o objetivo de desenvolver estudos de natureza semiótica sobre: teoria da literatura, do texto, do mito e do folclore, do cinema, do teatro e dos sistemas culturais em geral considerando suas regularidades e mecanismos sistemático-estruturais, tipológicos e histórico-dinâmicos.

Semiótica | Semiótica Russa

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Semiótica da cultura é uma disciplina teórica dos estudos russos. Constituiu-se no Departamento de Semiótica da Universidade de Tártu. Explorando fronteiras com vários campos do conhecimento, deriva seus princípios da Linguística, da Teoria da Informação e da Comunicação, da Cibernética e, evidentemente, da Semiótica.

A necessidade de entender a comunicação como sistema semiótico e a cultura como um conjunto unificado de sistemas, ou melhor, como um grande texto. Para isso, os semioticistas reelaboraram o conceito de língua, sem o qual seria impossível estender a noção de linguagem a uma diversidade de sistemas os códigos e sistemas semióticos da cultura. Tão importante quanto o conceito de língua é a concepção semiótica de código.

Com base nessas noções segundo a qual a cultura é entendida como texto e a comunicação, como processo semiótico. A evolução dos conceitos, durante as duas décadas de trabalhos sistemáticos, evidencia como, no interior da disciplina, se organizaram instrumentos teóricos potenciais de uma ecologia cognitiva. Na verdade, tal o horizonte que orientava a investigação do grande mestre de Tártu, o estoniano Iuri Lotman.

Semiótica | Semiótica da Cultura

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O que é semiótica?

Semiótica é “a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de toda e qualquer fenômeno como fenômeno de produção de significação e de sentido”.

(Lúcia Santaella)

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“ A ciência que estuda os sistemas de signos, quaisquer que ele seja e quaisquer que sejam as suas esferas de utilização, chama-se semiologia ou semiótica.”(Edward Lopes)

“ A semiótica constitui a ciência das ideologias.”

(Edward apud Rey-Debove) “Os signos quase sempre, tanto os da

linguagens não verbais quanto os da linguagem verbal, são objetos de uma ciência geral dos signos: a semiologia.”(Eni Orlandi)

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O QUE ESTUDA SEMIÓTICA? “ A semiótica não estuda [...] nenhum título

de ‘realidade natural’, mais sim a ‘realidade cultural’ de uma comunidade, toda as espécies de sistemas sígnicos que o homem construiu ao longo dos séculos.”

(Edward Lopes) O objeto da semiótica é estudar um

‘conhecimento’ da realidade fenomênica, tal como ele se espelha nos diferentes sistemas linguísticos que re-criam – no sentido literal, criam de novo essa realidade.

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EXEMPLOS

Os mitos, pintura, as modas indumentárias, as instituições, como o direito e os jogos esportivos, etc. Possuem todos uma série de propriedades específicas que o investem de um papel social: são todos linguagem no sentido mais vasto da palavra...

Todos esses sistemas sígnicos exprimem aspectos de uma particular modelização do mundo [...] intuída pela sociedade que criou esses sistemas.

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Na medida em que estuda tais sistemas a semiótica se constitui como a ciência das ideologias, no seu plano de conteúdo, constituindo, ao mesmo tempo a ciência das retóricas, no seu plano de expressão.

Como a relação entre o homem e o mundo vem mediatizada pelo pensamento, a relação entre um homem e outro homem, dentro de uma sociedade, vem mediatizada pelos signos.

Para que o pensamento transite de uma para outra a subjetividade, deve ele formalizar-se em signos.

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Os signos são, por um lado, suportes exteriores e materiais da comunicação entre as pessoas e, por outro lado são um meio pelo qual se exprimem a relação entre o homem e o mundo que o cerca.(Edward Lopes)

Segundo Edward o caráter ideológico dos sistemas sígnicos em geral e das línguas naturais é oriundo da sociedade esta vista como produtora das ideologias.

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Cada indivíduo na fase da aprendizagem, a língua natural carrega consigo os valores da sociedade de que esse indivíduo é membro; assim, ao aprender a língua do seu grupo, cada indivíduo assimila também a sua ideologia.

O comportamento dos indivíduos sociais é duplamente programada (no sentido cibernético):

a) Por um código genético, herdado de seus antepassados;

b) Por um código linguístico e ideológico.

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DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS LINGUÍSTICOS

Charles Sanders Peirce e Charles Morris propunham que se fizesse a descrição dos sistemas sígnicos de acordo com três pontos de vista:

a) do ponto de vista das relações inter-sígnicas, ou seja, do ponto de vista das relações que um signo qualquer mantém para com os demais signos pertencentes ao mesmo enunciado. Seria o estudo da função sintática;

b) do ponto de vista das relações de um signo para com seu objeto, ou melhor, relação do signo enquanto veículo de informação para com seu denotatum. Seria o estudo da função semântica;

c) do ponto de vista das relações do signo para com seus usuários, quer dizer relação do signo com remetente e o destinatário. Seria o estudo da função pragmática.

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ATIVIDADE DO DIAO que é semiótica?Qual o objeto de estudo da semiótica?Quem são os representantes da semiótica

moderna?O que são signos? Cite exemplos.Qual a relação da semiótica e cultura?Qual a relação entre semiótica e ideologia?Na sua opinião, qual a importância da

semiótica?Comente sobre a relevância do caráter

ideológico.

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Objetivos >> Contexto Histórico >> Definições >> Relevância

ECO, Umberto. Tratadi geral de semiótica. 3ª Edição: Ed. Perspectiva, São Paulo. 2000.

PEIRCE, Chares S. Semiótica. 2ª Edição: Ed. Perspectiva, São Paulo. 1990.

RAMALHO E OLIVEIRA, Sandra Regina. Leitura de Imagens para educação. PUC/São Paulo. Doutorado em Comunicação e Semiótica. 1998.

SANTAELLA, Lucia. Matrizes da Linguagem e Pensamento. Editora Iluminuras, São Paulo. 2001.

SAVAN, David. Abduction and semiotics. The signifying animal. I. Rauch e G. Carr. Bloomington: Indiana University Press.1980.

http://www.pucsp.br/pos/cos/cepe/semiotica/semiotica.htm

http://www.wikipedia.org/

Referências