6715405 anais do simposio internacional sobre imigracao italiana e ix forum de italobrasileiros

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Anais do Simpósio Internacional sobre Imigração Italiana e IX Fórum de Estudos Ítalo-Brasileiros Arquivo Upado por MuriloBauer - FileWarez

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    Anais do Simpsio Internacional sobre Imigrao Italiana

    e IX Frum de

    Estudos talo-Brasileiros

    Arquivo Upado por MuriloBauer - FileWarez

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    CONSELHO DIRETOR da Fundao Universidade de Caxias do Sul

    Fundao Universidade de Caxias do Sul: Ruy Pauletti

    Prefeitura Municipal de Caxias do Sul: Gilberto Jos Spier Vargas

    Mitra Diocesana de Caxias do Sul: Dom Paulo Moretto

    Associao Cultural e Cientfica Nossa Senhora de Ftima: Dirceu Luiz Manfro Ramos

    Governo do Estado do Rio Grande do Sul: Corina Michelon Dotti

    Ministrio da Educao e do Desporto: Abrelino Vicente Vazatta

    Cludio Alberto Muratore Eberle Cmara de Indstria, Comrcio e Servios de Caxias do Sul:

    Nestor Perini Aldenir Stumpf

    Conselho Editorial Prof Helosa Pedroso de Moraes Feltes (Presidente)

    Prof. Jayme Paviani Prof. Paulo Luiz Zugno

    UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL Reitor:

    Prof. Ruy Pauletti Vice-Reitor:

    Prof. Luiz Antonio Rizzon Pr-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional:

    Prof. Jos Carlos Kche Pr-Reitor de Graduao:

    Prof. Luiz Antonio Rizzon Pr-Reitor de Ps-Graduao e Pesquisa:

    Prof Olga Arajo Perazzolo Pr-Reitor de Extenso e Relaes Universitrias

    Prof. Armando Antnio Sachet Pr-Reitor Administrativo: Emir Jos Alves da Silva Pr-Reitoria de Finanas:

    Prof. Enestor Jos Dallegrave Chefe de Gabinete:

    Prof Gela Regina Lusa Prestes Coordenadora da Editora:

    Prof Helosa Pedroso de Moraes Feltes

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    Anais do Simpsio Internacional

    sobre Imigrao Italiana e

    IX Frum de Estudos talo-Brasileiros

    Caxias do Sul, 24 a 27 de abril de 1996

    ORGANIZADORES: Juventino Dal B Luiza Horn Iotti

    Maria Beatriz Pinheiro Machado

    ? EDUCS

    Editora da Universidade de Caxias do Sul 1999

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    dos Autores

    1 edio: 1999

    Capa: Suely Dadalti Fragoso

    Editorao e composio: Suliani Editografia Ltda.

    R. Verssimo Rosa, 311 Porto Alegre, RS Fone/fax: (051) 336.1166

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    S612a Simpsio Internacional sobre Imigrao Italiana (1996: Caxias do Sul) Anais do Simpsio Internacional sobre Imigrao Italiana.

    E, Anais do IX Frum de Estudos talo-Brasileiros, Caxias do Sul, 24 a 27 de abril de 1996 / organizadores Juventino Dal B , Luiza Horn Iotti, Maria Beatriz Pinheiro Machado. Caxias do Sul: EDUCS, 1999.

    500p.

    Apresenta bibliografia ISBN 85-85760-05-2

    Imigrao: Itlia: Simpsio I. Frum de estudos talo-Brasileiros (9:1996: Caxias do Sul) II. Dal B , Juventino III. Iotti, Luiza Horn IV. Machado , Maria Beatriz Pinheiro V. Ttu-lo VI. Ttulo: Anais do IX Frum de Estudos talo-Brasileiros.

    CDU: 325.14(450):061.3 061.3:325.14(450)

    ndice para o catlogo sistemtico

    1. Imigrao: Itlia: Simpsio 325.14(450):061.3 2. Simpsio: Imigrao: Itlia 061.3:325.14(450)

    Catalogao na fonte elaborada pelo Bibliotecrio Marcos Leandro Freitas Hbner CRB 10 / 1253

    Direitos reservados:

    EDUCS Editora da Universidade de Caxias do Sul

    Rua Francisco Getlio Vargas, 1130 Bairro Petrpolis Caixa Postal 1352

    95070-560 Caxias do Sul-RS Tel.: (054) 212.1133

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    APRESENTAO

    A anlise e a avaliao dos efeitos histricos da Imigrao Ita-liana sobre o comportamento coletivo da sociedade no Sul do Brasil assumiro suas reais propores quando os conceitos, os dados e as variantes do processo imigratrio forem alvo de estu-dos, in totum, como os que so feitos no decorrer das edies do Frum de Estudos talo-Brasileiros e que engrandecem, em fora e profundidade, os estudos e as pesquisas que so feitos, sistema-ticamente, pela Universidade de Caxias do Sul.

    Avaliar a importncia desse tipo de estudos, dimensionar a grandeza dessas pesquisas, perceber as respostas que oferecem comunidade cientfica so tarefas que extrapolam a funo dos prprios historiadores. por isso, e pelas questes ainda sem resposta, que a estratgia dos eventos similares ao Simpsio Internacional sobre Imigrao Italiana e o Frum de Estu-dos talo-Brasileiros assumem dimenses cientficas similares, em grandeza, aos processos que determinaram e facilitaram a imigrao e a absoro da cultura dos italianos no sul do Brasil. Conhecer, estudar e mapear a ideologia dessa histria nos habili-ta a entender o passado e , conscientes e fidedignos seguidores de nossos ancestrais, aceitar e resolver os desafios do presente e do futuro. Essa a misso desses eventos. E temos a convico de que os resultados alcanados fortalecem nossa posio.

    RUY PAULETTI Reitor da UCS

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    SUMRIO

    TEXTOS DO SIMPSIO

    Ptria, regio e nao: o problema da identidade na Imigrao Italiana na Amrica Latina ........................................ 13

    Emilio Franzina

    Imigrao e nacionalismo ............................................................... 44 Olvio Manfri

    Italianos na cidade: Porto Alegre entre 1850 e 1914 ....................... 55 Nncia Santoro de Constantino

    Alguns aspectos da imigrao italiana no Esprito Santo: estratgias migratrias ................................................................... 65

    Aurlia H. Castiglioni

    Regio Colonial Italiana no Rio Grande do Sul: imigrao e antropologia................................................................ 83

    Cleodes Piazza Julio Ribeiro

    Lesperienza dellemigrazione italiana nel Rio Grande do Sul nella Letteratura Italiana ................................................................ 94

    Gianfausto Rosoli

    O Quatrilho: a vertente histrica.................................................... 113 Jos Clemente Pozenato

    Leituras da imigrao..................................................................... 116 Loraine Slomp Giron

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    TEXTOS DO FRUM

    Tema 1: Imigrao e memria

    Caminhos de Pedra: Linha Palmeiro .............................................. 135 Geraldo Farina

    Educao Patrimonial: a experincia do Projeto Regional de Educao Patrimonial da 4 Colnia do Rio Grande do Sul ...... 140

    Maria Anglica Villagrn

    Documentao sobre a imigrao italiana no Arquivo Histrico Municipal de Bento Gonalves .................... 151

    Assunta de Paris

    Novas fontes para estudos sobre a imigrao italiana.................... 157 Vera Lcia Zugno

    O Arquivo Pblico do Rio Grande do Sul e seu acervo.................. 162 Sabrina Silva de Souza

    Fontes referentes aos italianos existentes no Arquivo Pblico do RS .............................................................. 166

    Gisele da Silva Marques

    Tema 2: Imigrao: a velha e a nova ptria

    Poltica emigratria e diplomacia italiana....................................... 173 Luza Horn Iotti

    A travessia e a mata: memria e histria........................................ 190 Mrio Maestri

    Italianos no Norte do Brasil: uma atuao erudita......................... 208 Jussara da Silveira Derenji

    Mito e memria: relatos acerca das origens familiares entre descendentes de italianos...................................................... 217

    Maria Clara Mocellin

    Calabreses: cidados do mundo..................................................... 228 Stella Borges e Rovlio Costa

    Origem dos sobrenomes italianos .................................................. 240 Ciro Mioranza

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    Tema 3: Imigrao: lngua e literatura

    Situao do dialeto vneto no Rio Grande do Sul .......................... 251 Ir. Elvo Clemente

    Talian: lngua e identidade cultural................................................ 255 Jlio Posenato

    A origem italiana dos falares da Serra gacha ............................... 281 Florence Carboni

    Transplante cultural e suas repercusses literrias......................... 295 Tania Franco Carvalhal

    Duas ou trs histrias sobre um portuguesinho ............................. 303 Tadiane Tronca

    Notas sobre a literatura da imigrao italiana em So Paulo.......... 307 Pedro Garcez Ghirardi

    Tema 4: Imigrao e cultura

    Trajes dos imigrantes italianos e descendentes no Rio Grande do Sul 1875/1990 .................................................... 317

    Vera Stedile Zattera

    Msica revista: o aproveitamento de elementos folclricos na criao ................... 329

    Renato Filippini

    Miseri Coloni (Teatro em dialeto vneto no Rio Grande do Sul) ... 333 Jos Itaqui

    Construtores italianos no Rio Grande do Sul ................................. 342 Gnter Weimer

    Imagens e histria: recortes do universo cultural talo-gacho ...... 355 Juventino Dal B

    Tema 5: Imigrao: estudos regionais I

    Bergamascos em Santo Antnio da Patrulha .................................. 363 Augusto Petr

    O trabalho mulheres-professoras: tenses e divises .................. 380 Corina M. Dotti

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    Histria e subjetividade na educao dos italianos ........................ 391 Joo Paulo Pooli

    Condies socioeconmicas do processo de industrializao no municpio de Caxias do Sul ........................ 396

    Vania Beatriz Merlotti Herdia

    O trabalho feminino na indstria de Caxias do Sul 1900/1950 ..... 413 Maria Abel Machado

    Italianos e modernizao: a cidade de Pelotas no ltimo quartel do sculo XIX...................... 420

    Marcos Alal dos Anjos

    Mulheres proprietrias: histrias de vida (1875-1925).................... 432 Loraine Slomp Giron e Heloisa Eberle Bergamaschi

    Tema 6: Imigrao: estudos regionais II

    A Quarta Colnia: patrimnio ambiental e desenvolvimento regional sustentado ...... 449

    Jos Itaqui

    Ana Rech e a adoo de uma criana preta..................................... 458 Mrio Gardelin

    Barraco: um pedao esquecido da Histra ................................... 464 Ftima Zardo, Michelle Zanatta, Ceclia Pompermayer e Marinez Lunelli

    Histria de Farroupilha: uma experincia de estgio .................... 473 Simone DallOsbel, Ivo Montegutti e Miriam Giacomel

    Aspectos gerais da histria de Nova Palmira................................. 477 Maria Lucia Betega

    A imprensa catlica nas colnias italianas ...................................... 492 Rovlio Costa

  • Textos do

    Simpsio

  • Emilio Franzina 12

  • Ptria, regio e nao: o problema da identidade na Imigrao Italiana... 13

    Emilio Franzina*

    Ptria, regio e nao: o problema da identidade na Imigrao Italiana

    na Amrica Latina

    1 Patria, nazione e regione

    Da pi di qualche anno, in Europa, ferve una discussione di tipo al tempo stesso antico e nuovo. Ad innescarla ha provveduto la fine del secolo breve, per dirla con parole di Eric J. Hobsbawm. Nel suo libro omonimo egli ha peraltro ripreso e ri lanciato una nozione da tempo popolare fra gli storici, in rap porto allincipit luttuoso di Serajevo/1914, ma diffusasi un po ovunque dopo la caduta del muro di Berlino e, in misura se possibile pi ampia, dopo il crollo dellUnione Sovietica e di quasi tutte le illusioni alimentate dal sogno ottocentesco della rivoluzio- ne socialista.

    Ce rve, vcu en fait comme un cauchemar ha scritto Jean Daniel per la Francia1 sest termin en novembre 1989 sur les dcombres dun mur, devenu si mytique quil paraissait parfois slever jusqau ciel. On a cru alors se dlivrer du tragique et dcouvrir dans la libert une panace. Mais on a dcouvert en mme temps la solitude de lhomme en face de son destin. Les hommes veulent se librer mais ils ne veulent pas tre libres. Ils sont sans cesse en que te dune appartenance. Avant 1989, on ne parlait que didologies; aprs, on na parl que de racines, dethnies, de religions. Sourtout , on a voqu, comme au XIXe sicle, la nation, le nationalisme, les nationalits une identit nationale.

    Sul versante italiano della questione, al quale far qui costante riferimento, possibile registrare una impressionante fioritura di studi intorno aullidea di nazione che pur rendendo omaggio ai classici (da Chabod a Gellner)2 sembra po ter ripartire piuttosto dagli storici recenti

    * Universit degli Studi di Verona. 1 DANIEL, J. Voyage au bout de la nation. Paris: Seuil, 1995, p. 10-11. 2 La bibliografia ormai folta e assieme ai libri pi noti di F. Chabod (Lidea di nazione, a cura

    di A. Saitta e E. Sestan, Roma, Bari Laterza, 1993, 1. ed. ivi 1961), E. Gellner (Nazioni e nazio-nalismo, tr. it., Roma, Editori Riuniti, 1985, 1. ed. 1983) e E. J. Hobsbawm, Nazioni e naziona-lismi dal 1870. (Programma, mito, realt, tr. it. Torino, Einaudi, 1991, 1. ed. 1990) allinea molti

  • Emilio Franzina 14

    dellimmaginario soprattutto francesi,3 forse trascurando ingiustamente gli scritti pionieristici di Silvio Lanaro4 di cui del resto imminente la pubblicazione, presso Marsilio, di un periplo di circumnavigazione dellidea, senzaltro controversa, di patria.

    Il confronto dei nomi mette sullavviso e ribadisce un dato dimmediata comprensibilit: patria e nazione non necessariamente coincidono ed anzi i due sostantivi che ne derivano patriottismo e nazionalismo rischiano nelle letture pi corrive o correnti di contrap- porsi fra loro, vicendevolmente, in modo superficiale e nientaffatto chiaro.5

    Schematizzando non poco qualcuno6 ha voluto rispolverare una di-cotomia ch il frutto a sua volta di una periodizzazione alla quale la storia dellemigrazione in America e la storia dellAmerica stessa, in particolare di quella ispano-portoghese, risultano interessate. Dando per buono o per naturale e istintivo il sentimento patriottico delle fasi aurorali e nascenti dello spirito nazionale impegnato ad affermarsi onde ottenere sul piano politico lindipendenza di determinati popoli, in chia- ve giacobina e romantica, con un discorso che vale quindi sia per la Germania e lItalia e sia per lAmerica Latina della prima met dellottocento, si tentato di risolvere sbrigativamente un problema che in realt pi complesso.

    Nessun dubbio che le ideologie liberali e nazionali della prima met del secolo passato contemplino in unaccezione quasi fisiologica la vitalit del termine patria collegandolo, come ad esempio in Mazzini o in Garibaldi, a disegni sovranazionali di fraternit universale cos da confinare l amore esaltato della nazione nellambito negativo in cui lo aveva relegato sin dal 1789 Barruel (desumendolo dal tedesco Weis-shaupt che aveva peraltro coniato e difeso lespressione).

    Nessun dubbio, poi, che tale accezione sia quella destinata a scandi-re le tappe delle lotte dellindipendenza in Europa di molti popoli rim-

    titoli di alcuni dei quali, per lItalia e per la produzione pi recente, ha dato conto la ras-segna curata da M. Baioni, Italia e identit nazionale, in Passato e Presente, XIV gen.-apr. 1996, n. 37, p. 143-162. Per altri aspetti, relativi al problema nel contesto italiano postbellico, si vedano invece F. De Felice, La nazione come questione. Appunti sul decennio 1979-1989, in Dimensioni e Problemi della Ricerca Storica , 1993, n. 1, p. 55-90, e S. Soldani (a cura di), Dis-cussione su Nazione e Stato nazionale in Italia: crisi di una endiadi imperfetta (con inter-venti di Levra , Petersen, Rusconi) , in Passato e Presente, set.-dic. 1994, n. 33, p. 13-30.

    3 Penso ai contributi di M. Agulhon, M. Vovelle, P. Nora , M. Ozouf, S. Citron, P.A. Taguieff per cui rinvio a S. Lanaro, Introduzione a E. Renan, Che cos una nazione / e altri saggi (Roma: Donzelli, 1993, p. VII-XXXVII).

    4 Si veda in specie S. Lanaro, LItalia nuova. Identit e sviluppo, 1861-1988 (Torino: Einaudi, 1988).

    5 Sulle incongruenze dellidea di patria nellItalia postunitaria fra Nord e Sud, fra sensi di appartenenza senza Stato e azione statale senza nazione ecc. si veda M. Isnenghi, Dalle Al-pi al Lilibeo. Il difficile noi degli italiani, in Meridiana, 1993, n. 16, p. 41-59.

    6 Si veda ad es. lapproccio alquanto semplicistico e piutto sto libresco di M. Viroli, Per amore della patria. Patriottismo e nazionalismo nella storia (Roma: Bari Laterza, 1995).

  • Ptria, regio e nao: o problema da identidade na Imigrao Italiana... 15

    balzando da Lamartine a Berlioz a Proudhon nel lessico politico del vecchio continente sino almeno al 1870.7 Dopo tale data, tuttavia, non solo le connotazioni si modificano sin quasi a capovolgersi in termini di valore (e nazionalismo, recuperando la valenza delle teorizzazioni te-desche e pantedesche di Fichte, di List e di altri diviene cos sinonimo di grandezza/grandeur nazionale nonch premessa degli slanci espansio-nistici, dei sogni di potenza, del colonialismo e dellimperialismo), ma sono anche costrette a misurarsi, in America, con le interpretazioni na-zionalistiche altrui, ossia degli immigrati di diversa origine e cultura che insistano sui medesimi territori, e con le interpretazioni ufficia li della dottrina nazionale dei paesi ospiti pure cresciute fra otto e novecento in rapporto ambiguo con lideologia della hispanidad e fiorite vistosamen-te in sede letteraria grazie al successo delle opere nativiste pi ostili ai gringos e in genere agli stranieri, dall epopea gauchesca del Martin Fierro di Jos Hernandez su su sino alle accensioni integrali ste dO es-trangeiro di Plnio Salgado.8

    In altre parole le terre americane, meta per motivi economici e po-polazionistici di un afflusso imponente di lavoratori europei, mentre si trasformano esse stesse, divengono teatro, con le proprie peculiarit ambientali ed ecologiche (in senso politico), di una complicata serie dinterazioni destinate ad evolvere nel tempo e a misurare cos lemersione, la tenuta e la crescita dei pi diversi sentimenti nazionali e dei miti di fondazione dellidentit.9 Anchessi possono infatti essere, e a lungo rimarranno, polivalenti s da far spazio a fedelt separate se non anche contrapposte: lidentit di classe e il senso di appartenenza reli- giosa, ma poi anche lidentit paesana e regionale (a cominciare da quella pi essenziale e subito recepita nei luoghi daccoglienza che permette di sepa rare in modo binario e non indolore gli italiani del

    7 SICCARDO, F. Nationalisme. Contributo linguistico. Contributo storico-letterario. Geno-

    va: Ecig, 1984. 8 Si vedano F. B. Pike, Hispanismo, 1898-1930: Spanish conservatives and liberals and their

    relations with Spanish America (Notre Dame et London, 1971); T. Halperin Donghi (a cura di), Proyecto y construccion de una nacion (Argentina 1846-1880) (Caracas: Biblioteca de Ayacucho, 1980), e, per il Brasile, M. Bonfim, O Brasil nao (Rio de Janeiro: Francisco Al-ves, 1931).

    9 Il processo prevede anche qui, come in Europa (per la Francia cfr. ad es. E. Lipianski, Lidentit franaise. Reprsentations, mythes, idologies. Paris , 1991), il ricorso a contrapposi- zioni e a raffronti (rispetto al resto dellAmerica spagnola si veda ad es. il rilievo accordato in Cile ai fondamenti guerreschi dellidentit nazionale; C. Cousino, Reflexiones en torno a los fundamentos simblicos de la nacion chilena , in Lateinamerika Studien (n. 19, Munchen, Wilhelm Fik Verlag, 1985, p. 31-42), ma in tale classificazione dipende poi anche, non poco, da scelte e da decisioni che svelano il carattere costruito, alla Anderson, delle immagini adottate o proposte (cfr. F. Remotti, Contro lidentit. Roma: Bari, 1996, p. 54-55). Spunti di notevole importanza, anche in rapporto alla presenza italiana in America Latina , si trovano nei contributi di Stabili, Vangelista e Trento raccolti, con molti altri, da V. Blengino negliatti del Seminario di Studio di Roma (19-20 gen. 1989) sul la Nascita di una identit: la formazione delle nazionalit americane (Roma: Edizioni Associate, 1990, p. 188-197 e 229-256).

  • Emilio Franzina 16

    nord dagli italiani del sud , i settentrionali naturalmente buoni ed eu-ropei dai meridionali invece mediterranei e tendenzialmente indolen-ti) si fronteggiano in luoghi allapparenza franchi nei quaali tuttavia non mancano, si pensi al Brasile e al Rio Grande do Sul, forti spinte re-gionaliste, interferendo quindi nel processo gi da s aggrovigliato di assimilazione e dintegrazione politica degli immigrati.

    Lesplodere ricorrente di conflitti e di divisioni sui confini reali dellappartenenza ossia del perch, in una comunit, si decide o si accet- te di stare insieme e delle condizioni di questo permanere assume una rilevanza tutta particolare e sollecita domande cruciali intorno alla ques-tione nazionale a partire epesso dallinterrogativo, richiamato dal Lana-ro su dove, anche allestero potremmo chiosare noi, finisce una regione e dove comincia una nazione.10

    Nel caso italo-brasiliano a cui sono da sempre pi interessato ci una riflessione sulle situazioni immigratorie che derivano e a lungo dipendono, geograficamente e culturalmente, da serbatoi regionali di partenza dotati duna propria fisionomia come ad esempio il Veneto.

    Tale fisonomia, peraltro, nasce per gradi, e solo in parte dalla gius-tapposizione delle identit locali (o localiste e municipale), proprio nel confronto con lidentit nazionale italiana affermatasi fra i primi decen-ni del secolo XIX e il 187011 il Veneto, sino al 1866, fa parte di uno Stato multinazionale di vecchio regime non meno di quanto fosse cittadi-no e multinazionale a sua volta, da secoli e secoli, il dominio della Se-renissima Repubblicca di Venezia.12 Nemmeno le vicende risorgimentali contribuiscono a scioglieri del tutto il dilemma mettendo semmai in luce, sin dal 48, le permanenze urbane e le vocazioni municipaliste dei patrioti insorti contro il dominio asburgico. E analogamente neanche gli eventi seguiti allannessione riusciranno subito a esprimere, fuori dalla tradizione culturale/liguistica, ch invece pi unitaria di quanto nor-malmente non si creda, due identit compiute e distinte, una cio ita- liana e una regionale veneta: esse, per costituirsi pi solidamente cos 10 Introduzione a Aa. Vv., Fare la nazione: spazi urbani, monumenti e pedagogia politica

    nellItalia liberale, in Dimensioni e Problemi della Ricerca Storica (1993, n. 1, p. 91), e S. Lanaro Dove comincia la nazione? Discutendo con Gellner e Hobsbawm, in Meridiana (mag.-set. 1991, n. 11-12, p. 364).

    11 Sulle matrici recenti e ottocentesche dei miti identitari regionali in Italia esistono vari spun-ti miei per il Veneto (FRANZINA , E. La transizione dolce. Storie del Veneto fra 800 e 900. Ve-rona: Cierre, 1990, p. XXII-XXVI), di M. Meriggi e F. Sofia per la Lombardia (cfr. rispetti-vamente M. Meriggi, Nazione, regione, citt. Immagini dellItalia nella storiografia , in Ges-chichte und Region/Storia e regione, 1992, n. 2, p. 13-14, e F. Sofia , Regione e regionalismo in Lombardia tra due rivoluzioni, in Clio, XXIII, 1988, n. 2, p. 189-209) e di altri studiosi ancora (cfr. S. Cavazza, Identit e culture regionali nella storia dItalia , in Memoria e Ricerca, dic. 1995, n. 6, p. 55-65, ma tutta la sezione monografica della rivista (Identit e culture regionali. Germania e Italia a confronto, p. 7-113) di estremo interesse).

    12 FRANZINA , E. Il concetto storico di regione emigratoria. In: ANDREUCCI, F., PESCAROLO, S. (a cura di). Gli spazi del potere. ree, regione, Stati: le coordinate territoriali del-la storia contemporanea. Firenze, 1989, p. 175-183.

  • Ptria, regio e nao: o problema da identidade na Imigrao Italiana... 17

    come oggi le conosciamo, dovrano attendere infatti vari decenni e il tirocinio politico della gestione moderata/notabiliare, del clericalismo populista, dell educazione alla modernit conservatrice e agroindus-triale e cos via. Ma ci, appunto, avverr in concomitanza e in connes-sione col sorgere e col progressivo ascendere dei movimenti emigratori di massa divenuti ben presto determinanti per il successo di un modello di sviluppo economico capitalistico sempre pi teso a coniugare, in am-bito regionale e nazionale, modernit e arretratezza. Tali movimenti, insomma, saranno funzionali anche alla riuscita e al radicamento, nello stesso ambito, d un progetto pi ampio di nazionalizzazione avviato dalle classi dirigenti liberali mentre quelle locali manifesteranno sotto un profilo amministrativo propensioni s autonomiste, e per capaci di scendere a patti sia con le esigenze centralistiche dello Stato unitario e sia con la leadership ecclesiastica del movimento clericale intransigente cui guardano, in forte maggioranza, le classi subalterne e contadini. Dal seno di queste, comunque, escono, come si sa, i contingenti pi folti di quanti si dirigono dopo il 1870 verso lAmerica Latina spesso per pren-dervi fissa e irreversi bile dimora. A seconda dei luoghi e dei tempi in cui essi giungono oltreoceano, delle modalit di reclutamento, delle caratteristiche di inserimento (lavorativo, abitativo, imprenditoriale), leredit identitaria di base, ossia di paese e di villaggio, agir per loro in ovvia relazione con il contesto americano di arrivo e con le sue mute-voli condizioni, ma anche, un poco alla volta per non dire sempre di pi, in rapporto ai collegamenti mantenuti con lItalia e con linvenzione, tuttora in atto entro i suoi confini, di una identit naziona-le di tipo risorgimentale definibile per ragioni di comodo come ita- lianit.13 E ci potr succedere sia di qua che di l dellAtlantico grazie allesistenza e allausilio di un insieme di prerequisiti psicologici e con-creti che non hanno bisogno di attendere (o di dipendere dalla sua inci-sivit) lazione dello Stato n tanto meno il conforto di dubbie sicurezze razziali per dare i propri frutti anche allestero: luso dellitaliano po-polare, la religiosit e la fede, le tradizioni alimentari comuni, quantun-que sempre declinate nelle due versioni settentrionale/meridionale, ne costituiscono i capisaldi. L italianit proclamata, in America pi che altrove si trover a fare i conti e a convivere proprio con la contro faccia di tali capisaldi ossia con le persistenti fedelt localistiche e campanilis-tiche, politico-religiose, di classe e di cultura (sc. dialettale) degli emi-granti. Riprendendo le provocazioni presenti pour cause nellintro- duzione a un mio recente e fin troppo speranzoso lavoro Matteo Sanfi-

    13 Cfr. Aa. Vv., Il mito del Risorgimento nellItalia unita. Atti del Convegno. Milano, 9-12

    novembre 1993 (n. speciale delle Rivista di Storia del Risorgimento e di Storia Contemporanea, XLVII, 1995, 1-2) e M. Baioni, La religione della patria. Musei e istituti del culto risorgimentale (1884-1918) (Paese: Pagus, 1994).

  • Emilio Franzina 18

    lippo ha tracciato una minima periodizzazione al riguardo che merita di essere meditata:

    Lidentification des immigrants par les pays daccueil comme ap-partenant un seul groupe national, ainsi que larrive des noveaux patriotes exils aprs 1848 poussrent les immigrs laborer une sorte ditalianit [dj] dans les annss 1850-1860. Toutefois, cette italianisa-tion concernait sortout les lites et tait charge de valeurs politiques qui conduiserent les membres de ces lites se partager entre une droite monarchique et une gauche rpublicaine. Ctait surtout lecas de lArgentine, mais on doit ajouter que les lites des communauts ita- liennes aux Amriques furent presque tojours politiquement et idolo-giquement divises.

    Aprs 1870, la division entre droite monarchique et gauche rpu-blicaine cde le pas cele entre droite conservatrice et nationaliste... et gauche radicale, socialiste ou anarchiste (presque tojours antinationalis-te et sortout favorable des valeurs internationalistes). En tout cas la division nette concernant les valeurs nationales naissait de lopposition en Italie entre Etat et Eglise.14

    Messa in questi termini o rilanciata in quelli che altri studiosi (sem-pre rigorosamente fuori dItalia) hanno inteso proporre,15 la questione dellaccesso generalizzato degli emigrati alla condivisione di valori e di simboli in via di complessa fabbricazione in Italia grazie allimpegno di un paio di generazioni di intellettuali alla De Amicis16 e di uomini politici alla Francesco Crispi,17 passa attraverso fasi in cui predominano miti di fondazione assai noti come quello legato al nome di Garibaldi (abbastanza congeniale, si sa, per i remoti precedenti di lotta del Gene-rale farrapo , al contesto latinoamericano , specie in Brasile e in Uruguay, ma esposto pure a contrastanti adattamenti sin dentro al periodo di 14 M. Sanfilippo, Nationalisme, italianit et migration aux Amriques (1830-1990), in Euro-

    pean Review of History/Revue Europeene dHistoire, v. 2, n. 2, Autumn 1995, p. 179 (il lavoro in discussione E. Franzina , Gli italiani al nuovo mondo. Lemigrazione italiana in America 1492-1942, Milano, Mondadori, 1995, specie lintroduzione, p. 3-27).

    15 Rinvio ad es., quando saranno formalizzate e rese definitive, alle osservazioni di Donna Gabaccia contenute in due interventi, ancora inediti, il primo realizzato in collaborazione con Fraser Ottanelli (Diaspora or International Proletariat? Italian Labor Migration and the Making of Multiethnic States , 1815-1939. Paper delivered at the 18th International Congress of the International Commission of Historical Sciences , Montreal, Aug.-Sept. 1995) e il se-condo (Risorgimento Migrants and the History of Italian Nationalism) utilizzato per aprire i lavori di un recente convegno (For us there are not Frontiers. Global Approaches to the Study of Italian Migration and the Making of Multi-ethnic Societies , 1800 to the Present , Ybor City-Tampa, Florida, 3-5 apr. 1996)

    16 Cfr. L. Scaraffia e B. Tobia , Cuore di E. De Amicis (1886) e la costruzione dellidentit nazionale, in Dimensioni e problemi della ricerca storica (1988, n. 2, p. 103-130), e pi in genera-le S. Soldani e G. Turi (a cura di) , Fare gli italiani. Scuola e cultura nellItalia contemporanea (Bologna: Il Mulino, 1993, v. 1.)

    17 LEVRA , U. Fare gli italiani. Memoria e celebrazione del Risorgimento. Torino, 1992, p. 299-386.

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    massimo fulgore del fascismo18 e come gli altri che da sabaudi diventa-no man mano, sempre di pi, laici e anticlericali (soprattutto a far data dal 1895, anniversario venticinquennale della presa di Porta Pia e occa-sione ricorrente in America Latina, a ogni 20 di settembre, dautoriconosci- mento nazionale per antonomasia, almeno sino allaltezza del 1915, nella pi parte delle colonie sotto forma di festa o di Pasqua degli italiani.19

    In realt gi la nascita nel 1889 di societ come la Dante Alighieri e il venir meno, in et giolittiana, delle tradizionali polemiche fra cattolici e massoni, fra clericali e anticlericali, almeno sotto il profilo della viru-lenza, consentono che la guerra di Libia prima e la guerra mondiale poi fungano da tornanti nazionalizzatori deccezione anche a prescindere dal peso e dallascesa pressoch coeva del nazionalismo politico corra-diniano o, in prospettiva, dallaffermazione imminente del fascismo. Litalianizzazione degli emigrati, beninteso, procede a zig zag e con alti e bassi denunciati privatamente, specie per il Sud America, dagli stessi animatori della Dante e dai consoli in servizio effettivo20 fra cui, del resto, non chiara n uniforme, sotto un punto di vista giuridico, lopzione in favore del mantenimento agli immiigrati dellantica nazio-nalit.

    La perdita della cittadinanza, che per i pi un dato di fatto presso-ch automatico, non impedisce ad ogni modo di progredire al contorto iter di acculturazione nazionale pilotato dalle lites immigratorie bor-ghesi in modo che esso, come avviene del resto in Italia, possa riassorbire e ricomprendere la stessa esaltazione dei caratteri, delle pe-culiarit e dei fasti regionali espressi genericamente e generalmente nellomaggio ritualmente reso ai simboli e ai nomi che pi li rappresen- 18 Cfr. P. R. Fanesi, Italian Antifascism in Latin America and the Garibaldi Tradition, paper

    presentato al convegno cit. For us there are not Frontiers ; naturalmente il richiamo a Gari-baldi e alla tradizione garibaldina , che in America Latina e soprattutto in Uruguai e in Ar-gentina non ebbe mai implicazioni solo simboliche, prima ancora di essere oggetto, fra le due guerre, duna nota contesa per la sua appropriazione fra italiani di opposte vedute po-litiche, serv da pretesto, se non di divisione, almeno di distinzione anche fra monarchici e repubblicani (cfr. A. M. Marani, El ideario mazziniano en el Rio de La Plata, La Plata 1985 e F. J. Devoto, Inventando a los Italianos? Imagenes de los primeros inmigrantes en Buenos Aires (1810-1880), in Anuario del IEHS (Tandil, VII, 1992, p. 132-133).

    19 Sulle feste patriottiche nel contesto delle feste civiche dellOttocento in italia si veda ora M. Ridolfi, Feste civili e religioni politiche nel laboratorio della nazione italiana (1860-1895), in Memoria e Ricerca (giugl. 1995, n. 5, p. 83-108). Per la crucialit delle celebrazioni del XX settembre e del modelo romano (su cui si veda L. Nasto, Le feste civili a Roma nellOttocento, Roma, GEI, 1994) mi permetto di rinviare a un mio ormai vecchio lavoro (E. Franzina , Biografia di un quartiere. Il Trastevere di Vicenza (1891-1925), Vicenza Odeonlibri 1983, p. 137-188). Per la corrispondenza fra celebrazioni del XX settembre e iniziativa mas-sonica, partocolarmente evidente in Uruguay, si veda F. Cordova , Massoneria e politica in I-talia 1892-1908 (Roma: Bari Laterza, 1985, p. 108-112).

    20 SALVETTI, P. Immagine nazionale ed emigrazione nella Societ Dante Alighieri. Roma: Bonacci, 1995, p. 59-76 e passim.

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    tano (il Leon di San Marco, la Lanterna ecc.) e che altre volte, in pas-sato, avevano testimoniato solo, fra scuole etniche, societ di mutuo soccorso ed altre associazioni, la reviviscenza del localismo e del cam-panilismo italici.

    Una simile escalation si completa, allestero, nonostante il repentino attenuarsi o ammutolirsi di tuttaltri tramiti e vettori ditalianit con-creta (circoli, giornali ecc.) come dimostra fra le due guerre lesempio di due metropoli profondamente segnate sino ai primi anni venti dalla presenza peninsulare quali Buenos Aires e Sao Paulo. Citt per una bu-ona met italiane lungo larco di pi di trentanni, esse registrano allora il declino rapidissimo e forse inatteso appunto della fiorente stampa e dellancor pi fiorente associazionismo etnico, tanto naziona-le quanto regionale. Ci accade, paradossalmente, gi prima del 1929 e a dispetto del dinamismo politico di Mussolini e del suo regime , anche se in altre situazioni di grande compattezza e di maggiore isolamento, come in S. Catarina e in Rio Grande do Sul nel Brasile meridionale qual-cosa e pi di qualcosa delle precedenti attitudini resister in coabitazio-ne forzosa, secondo ha dimostrato Loraine Slomp Giron per il secondo dei due Stati,21 con lazione di gruppi filofascisti selezionati e di pi recente arrivo.

    La storia dellevoluzione subit dai concetti e dai sentimenti di na-zionalit fra gli emigrati che avevano rinunciato a ritornare in Italia e i cui figli crescevano pi americani degli americani stessi incrocia certo i suoi passi con le strategie e con le attenzione dedicate dal regime del Duce agli italiani allestero. Si tratta tuttavia di una storia alquanto breve e compresa grosso modo fra lanno di stipula dei Patti Lateranen-si (1929) e lo stringersi dellalleanza italo-tedesca (1938). In poco meno di un decennio, senza dubbio, linterventismo degli apparati fascisti si fa sentire con limpianto dei Fasci Italiani allEstero,22 con le incursioni dellOpera Nazionale Dopolavoro specie tra i figli degli emigrati e con le campagne ideologiche martellanti (contro il pericolo comunista, contro le Sanzioni ecc.)23 al tempo del la guerra dAbissinia e poi della guerra civile in Spagna.

    21 GIRON, L. Slomp. As sombras do littorio. O fascismo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre:

    Parlenda, 1994. 22 Agli studi di E. Santarelli e D. Fabiano sui Fasci allestero si sono aggiunte, di recente,

    nuove ricerche come quelle di E. Gentile, La politica estera del partito fascista. Ideologia e organizzazione dei Fasci italiani allestero (1920-1930), in Storia Contemporanea, XXVI, dic., 1995, n. 6, p. 877-956.

    23 Cfr. I. Guerrini e M. Pluviano, Lorganizzazione del tempo libero nelle comunit italiane in America Latina: lOpera Nazionale Dopolavoro, in V. Blengino, E. Franzina e A. Pepe (a curadi) , La riscoperta delle Americhe. Lavoratori e sindacato nellemigrazione italiana in America Latina 1870-1970 (Milano: Teti, 1994, p. 378-389) e Idem , LOpera Nazionale Dopolavoro in Sud America: 1926-1941, in Studi Emigrazione (XXXII, 1995, n. 119, p. 518-537).

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    Ma il lasso di tempo rimane breve e curiosamente condizionato dalle tendenze corporative e autoritarie dei regimi pur filo-fascisti che si instaurano frattanto in alcuni paesi latino-americani dallUruguay di Gabriel Terra al Brasile di Getulio Vargas.24

    La seconda guerra mondiale perfezioner, con lo schierarsi del lAmerica Latina a fianco degli Stati Uniti, lavviato sqretolamento delle strutture esteriori duna nazionalizzazione accelerata e diretta dallItalia il cui lascito sar costituito semmai, dallinteriorizzazione, per chi ci aveva creduto, di valori e di ideali politici fascisti e conservatori che vengono ad aggiungersi a quelli depoche precedenti avvalorando il peso della stratificazione ideale e pratica delle generazioni.

    Con una storia quasi secolare dietro alle spalle e nonostante lindubbia radicalizzazione indotta dalla politica di prestigio e di potenza di Mussolini c infatti da considerare il portato di tale stratificazione cronologica ossia della spesso diversa dislocazione che caractterizza, in centoventi anni, lemigrazione degli italiani in America Latina. Sar forse solo in occasione delle ultime ondate post-belliche, ossia quelle seguite alla fine del secondo conflitto mondiale, che unaltra coscienza prender a farsi strada mettendo a confronto e di nuovo in competizione fra loro, prima di pacificarne le contraddizioni sotto il segno della naturalizzazione americana, i discendenti dei previous migrants e gli ultimi o ultimissimi arrivati. Poi basteranno pochi decenni per maturare in chiave nostalgica e commemorativa il recupero di una identit ritenuta comune e per consegnarla, intorno alla met degli anni settanta, al lavorio degli storici e a nuove celebrazioni destinate a staccarsi per da quelle precedenti di fase come potrebbe insegnare, crediamo, anche solo una rapida comparazione fra i volumi giubiliari usciti nel Rio Grande do Sul rispettivamente alla volta del 1925, del 1950 e del 1975.

    2 Lacculturazione nazionale fra Italia e America

    Due emigranti di Attimis, vicino a Udine, partiti da Genova alla fine di gennaio del 1878, affidarono un paio di mesi pi tardi le loro prime impressioni sulla Merica ad una classica lettera che in giugno fu anche pubblicata, a pagamento, nel pi importante giornale del capoluogo

    24 Si vedano A. Trento, Le origini dello Stato populista. Societ e politica in Brasile, 1920-1945

    (Milano: Agneli, 1986), e Idem e M. Plana , LAmerica Latina nel XX secolo. Economia e so-ciet. Istituzioni e politica (Firenze: Ponte alle Grazie, 1992).

  • Emilio Franzina 22

    friulano La Patria del Friuli25 La lettera era datada il 25 marzo 1878 da Jesus Maria, nella provincia di Cordoba, ma faceva il punto anche su quanto i due avevano avuto modo di vedere in quindici giorni di sosta a Buenos Aires.

    La gente qui scrivevano dunque Luigi e Oliva Binutti non lavora nulla. Seminano la biava poi non fanno altro, non zappa re n raccogliere, e tutti hanno la biava come la nostra, io non so come possa venire in quella maniera, fissa e piena derba, lavorano proprio malissimo eppure ottengono racolto [...]. Nelle corrispondenze di sapore pi ottimistico stilate in quegli anni di avvio dellimmigrazione di massa in Argentina era frequente che limmagine del nuovo mondo si accompagnasse a visioni e a considerazioni impregnate di stupore e di rudimentale comparazione delle diverse attitudini al lavoro e alla sua resa in vigore sui due lati dellAtlantico. Come anche in Brasile, inaugurando un clicl durato in vita per moltissimi anni, la differenza fra lItalia e lAmerica veniva ricercata e additata nelle diverse, quasi miracolose virt del suolo e dei luoghi (una variante dellAmerica come paese di Cuccagna, Paradiso ecc.26 Contemporaneamente, per quella differenza era riscontrata anche nelle opposte propensioni alla fatica connesse a un evidente gap di conoscenze tecnologiche e di pratiche agrarie quali emergevano dal primo confronto fra le attivit dei figli del paese e il ricordo o le presunte potenzialit di quelle tradizionalmente svolte nelle campagne della penisola. Il paragone non era di poco conto e potrebbe essere alle origini di credenze e di stereotipi antinativisti rafforzatisi, come s detto, con landar del tempo. A Thales de Azevedo in caccia di notizie per il suoi magistrali lavori su italiani e gauchos nel Rio Grande do Sul il barbieri/escrittore Joo Spadari Adami confidava ancora nel gennaio del 1955 che quando um brasileiro trabalhador, se diz que parece italiano ou alemo; quando um destes no trabalha, diz-se que parece brasileiro. E ancora Thales dopo un colloquio avuto con Dcio Viana, nazionalista e antifas-cista attivo sulle pagine di Epoca, notava che os descendentes de italia-no tem muito orgulho de seu sangue; desprezam os nacionais [...]. Tra-balhador o italiano, diz-se em Caxias. Acredita que a gente mais alta 25 E. Franzina , Merica! Merica! Emigrazione e colonizzazione nelle lettere dei contadini veneti e

    friulani in America Latina, 1876-1902 (nuova ed., Verona, Cierre, 1994, p. 85-86): la lettera dei Binutti un buon esempio di corrispondenze genuine e originali che pur essendo state edi-te in prima battuta dai giornali, o proprio per tale motivo, rivestono un significato e una importanza destinati a superare lambito stretto della storia sociale (cfr. E. Franzina , Limmaginario degli emigranti. Miti e affigurazioni dellesperienza italiana fra due secoli (Paese (Tv): Pagus, 1992, p. 113-158) e, contemporaneamente, anche le critiche degli studiosi meno interessati al risvolto propagandistico delle funzioni che vennero loroattribuite (cfr. per ci il libro comunque suggestivo di D. Fitzpatrick, Oceans of Consolation. Personal Accounts of I-rish Migration to Australia, Melbourne University Press, 1995, p. 26-27.

    26 FRANZINA , E. America: paradiso degli immigrati? In: Quaderni [Istituto Italiano di Cultu-ra di San Paolo], n. s., n. 3, ott. 1992, p. 227-240.

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    conserva mais o orgulho do sangue do que os mais modestos27 salvo a rimarcare poi come pregiudizi del tutto simili, rispetto alla capacit e volont di lavoro, caratterizzassero latteggiamento medio dei vecchi immigrati e dei loro figli e nipoti nei confronti di altri italiani italiani da Italia stavolta arrivati, dopo la conclusione del conflitto mondiale, con lultima ondata di emigrazione, politica e da lavoro, che dalla peni-sola si diresse verso il Brasile tra la fine degli anni quaranta e la met della decade successiva.

    La genesi delle concezioni razziali e razziste, come si sa, risulta spesso sottilmente intrecciata con dati di fatto intriganti e reali (nella fattispecie sopra accennata e gi contraddetta dal raffronto fra italiani vecchi e italiani nuovi i rilievi sulla media dei comportamenti lavo-rativi e sulle diverse culture del lavoro in auge presso gruppi etnici en-trati e rimasti in contatto abbastanza a lungo prima di amalgamarsi e di fondersi).

    Non neanche il caso di aggiungere quanto ambigui, oltrech ap-punto intriganti, siano quindi i presupposti dei sensi didentit che ne scaturiscono.28

    Sta di fatto, per, che tali sensi di identit o di appartenenza esisto-no e si riflettono , soprattutto a partire dallottocento, in fenomeni di sicuro rilievo politico e sociale esponendosi inevitabilmente al rischio di ideologicizzazioni pi forti come insegna, negli anni fra le due guerre, nel suo complesso, lesperienza delle cosidette comunit immigratorie italiane sparse per il mondo e in particolare in America.

    Il problema dei rapporti fra identit nazionale, amor di patria e a-mor di piccola patria, intendendosi con questa la regione o linsieme dei villaggi di partenza,29 si complic e singigant allora, come s gi accennato, a causa della speciale politica (anche estera) svolta dal fas-cismo italiano.

    Non sar possibile ritornarvi su in questa sede nemmeno per accen-ni data lampiezza dellassunto. Vale la pena, invece di ritornare alla 27 Thales de Azevedo, Os italianos no Rio Grande do Sul. Cadernos de Pesquisa, Caxias do Sul,

    Educs, 1994, p. 65 e 101, edizione che riproduce le tappe di una trentennale ricerca di ques-to grande studioso bahiano (per cui cfr. la mia prefazione qui a p. 7-24), sfociata poi nellopera pi interessante su Italianos e gauchos. Os anos pioneiros da colonizaao italiana no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Livraria Editora Catedra , 1982, 2. ed.

    28 Cfr. I. Wallerstein, La nozione di popolo: razzismo, nazionalismo, etnicit, in Idem e E. Balibar (a cura di) , Razza nazione classe le identit ambigue (Roma: Edizioni Associate, 1990, p. 81-95); J. G. Kellas, Nazionalismi ed etnie (Bologna: Il Mulino, 1993, p. 17-32); U. Fa-bietti, Lidentit etnica. Storia e critica di un concetto equivoco (Roma: La Nuova Italia Scientifi-ca, 1995); Aa. Vv., Etnia e Stato, localismo e universalismo (Roma: Edizioni Studium, 1995) e M. Martinello, Lethnicit dans les sciences sociales contemporaines (Paris: PUF, 1995).

    29 SIGNORELLI, A. Paese nato. La costruzione dellocale come valore e come ideologia nellesperienza degli emigrati italiani. In: Lares, LX, gen.-mar. 1994, n. 1, p. 19-38. Per un riscontro pi articolato relativo al Sud America in s cfr. D. J. Robinson, A linguagem e o significado de lugar na America in s cfr. D. J. Robinson, A linguagem e o significado de lugar na America Latina , in Revista de Historia, USP, n. 121, 1989, p. 88-101.

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    fonte da cui eravamo partiti ove si rinvengono le tracce di una dinamica relativa al sorgere delle fedelt nazionali al singolare che, in emigrazio-ne, precedono per nascita quelle doppie o multiple, pi visibilmente vigenti allestero, e persino, se pure non concorrano a determinarla po-tentemente, quella che man mano si viene formando nei luoghi di antica residenza. Luigi e Oliva Binutti, preso atto del ricorrere in Argentina di manifestazioni con cortei imbandierati di gruppi dimmigrati della pi diversa origine, annotano ancora stupiti [...] chi non ha visto nol crede, tutte le nazioni avevano la loro bandiera. Qui in Buenos Aires si trovano tutte le nazioni. Il funerale di Vittorio Emanuele lo hanno fatto solennis-simo nella chiesa di S. Martino: tutta la piazza era coperta di gente, suo-nava la musica e le bandiere [erano] coperte a lutto.

    Con ogni probabilit gli scriventi narravano di cose che erano state a loro riferite o ma ci non cambia molto ai fini del nostro ragionamen-to, anzi! raccontavano delle cerimonie di suffragio indette a tre mesi dalla morte del gran re, per commemorarlo, dagli esponenti della folt comunit peninsulare bonaerense che era, come ha spiegato in molti acuti studi Fernando J. Devoto, antica, stratificata e non circoscritta sol-tanto, nemmeno allora, al quartiere/simbolo della Boca.30

    Nel 1878, quando in gennaio si spegneva a Roma dopo brevissima malattia Vittorio Emanuele II, primo sovrano dellItalia unita, i princi-pali insediamenti italiani allestero e in specie nelle Americhe contavano ormai, in alcuni casi (in Cile e in Per, in Uruguay e appunto in Argen-tina, a New York e a San Francisco, ma assai meno in Brasile), alcuni decenni di vita coloniale.

    Le generazioni degli esuli e dei profughi di quello che in Italia si chiamava il patrio Risorgimento, senza in realt di staccarsi gran che per modalit di adattamento e dinserimento, soprattutto abitativo e lavorativo, dalle pratiche correnti fra i ptotagonisti dellemigrazione economica, come suggeri per primo di riconoscere Robert Harney,31 avevano comunque agito su due piani. Uno di contrappunto dallestero (e allestero: si pensi a Garibaldi e ai mazziniani del Rio della Plata) alle lotte in corso nella penisola per il conseguimento dellindipendenza nazionale e laltro di formazione in America dun primo tessuto sociale e associativo italo-americano in sostanza duna lite immigratoria borghese e piccolo borghese, di assoluta importanza per gli sviluppi futuri delle cosidette comunit etniche e per la storia e i destini (persino geografici se da essi si diram gran parte delle originarie chains migra-tion) di coloro che oltreoceano li avrebbero via via raggiunt. Ora, alla data del 1878, passati quasi ventanni dallunificazione politica del pae-se di provenienza, esse, composte di notabili e di maggiorenti autorevoli 30 DEVOTO, F. J. Lemigrazione ligure e le origini di un quartiere italiano a Buenos Aires

    (1830-1870). In: Aa. Vv., Popolazione, societ e ambiente. (Sides , Barcellona), Bologna: Editrice Clueb, 1987, p. 477-496.

    31 HARNEY, R. Dalla frontiera alle Little Italies. Roma, 1984.

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    per let raggiunta e, non di rado, per i successi anche economici conse-guiti, dominando non a caso le societ e i clubs, le prime Camere Italia-ne di Commercio e soprattutto le scuole e i giornale in lingua italiana, si accingevano ad accoglieri londata pi mas siccia dellesodo popolare in arrivo dalla penisola.

    Naturalmente sarebbe azzardato voler compiere una generalizzazio- ne di tal fatta prescindendo dalla variet dei casi concreti. Se nel 1878 esistevano gi ed erano anzi fiorenti le colonie italiane di molta Ame-rica urbana e se il discorso vale quindi, grosso modo, per citt e Stati come quelli che si sono menzionati qui sopra, occorre poi tener presente che sia dallItalia e sia al nuovo mondo non erano maturate tutte le con-dizioni e tutte le situazioni a cui ci si riferisce andando col pensiero al risultato finale della grande emigrazione.

    Mancavano allappello, ancora, intere regioni meridionali come la Sicilia da cui lemigrazione avrebbe cominciato a prodursi soltanto a fine secolo e nelle stesse aree darrivo altra era la consistenza delle co-lonie urbane pi antiche e altra quella dei nuclei neonati o tuttora in formazione. Nel 1878, ad esempio, era appena cominciata, a dispetto delle bellicose anticipazioni garibaldini e del passaggio rapsodico ditaliani minuziosamente regestato da Rovilio Costa, lepoca del primo impianto in Brasile dei nuclei rurali in seguito alla politica di radica-mento immigratorio e piccolo proprietario perseguita dalla monarchia. Caxias stessa, la futura perla delle colonie attualmente centro urbano di quasi quattrocentomila abitanti, era ai propri albori ed anche nei pressi di una citt allora minuscola come Sao Paulo lImperatore dom Pedro II in visita al nucleo governativo di Sao Caetano, oggi bairro dellimmensa metropoli paulista, prendeva appunti in privato, per dis-cuterne poi con lambasciatore dItalia conte F dOstani, sui 162 conta-dini dellalto Trevigiano stabilitisi da poco pi di un anno in quei din-torni.32

    Quantunque gi muniti di un notevole background emigratorio ac-quisito di solito in lunghi periodi di permanenza allestero in Europa o nel Levante, operai e contadini approdati, con lintento di fissarvisi de-finitivamente, nei luoghi pi appartati e ancora meno civilizzati del subcontinente amercicano, non potevano cio partecipare da subito alle iniziative politiche e, in senso lato, patriottiche dei connazionali che nelle citt li avevano preceduti. Le loro prime forme dassociazione e di autodifesa, nel caso fossero capitati in zone gi parzialmente occupate

    32 FRANZINA , E. LAmerica degli emigrati. Dal Veneto ai nuovi mondi latinoamericani

    (1876-1924). In: Aa. Vv., Presenza, cultura, lingua e tradizioni dei Veneti nel mondo. Parte I Ame-rica Latina. Prime inchieste e documenti. Venezia , Regione Veneto 1987, p. 42 e 52 (le citazioni, qui, dal Dirio de viagem do Imperador a So Paulo, ex Arquivo Histrico do Museu Imperial de Petrpolis)

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    da lavoratori daltra cultura ed etnia, oltre ad essere poche e modeste (societ di mutuo soccorso, circoli rudimentali, osterie e rivendite, ma anche chiese e cappelle), non erano certo in grado di distinguersi nella gara di condoglianze che le fonti italiane, dai giornali del Regno ai vo-lumi del Ministero degli Affari Esteri, documentano in occasione della scomparsa di Vittorio Emanuele II riportando minuziosamente i nomi delle collettivit e dei gruppi di emigrati che da ogni angolo della terra intesero far giungere un messaggio di cordoglio al paese unificato dal gran re e quindi colpito nel suo simbolo vivente.Eppure la lista delle partecipazioni di lutto appariva anche cos indicativa di una attitudine media delle comunit immigrate e non necessariamente condizionata dagli interventi, che pur vi furono, dei singoli notabili e delle autorit consolari trasmessi poi in Italia attraverso i canali diplomatici e accolti assieme agli altri sulle pagine della Gazzetta Ufficiale.33

    Lanalisi di tali fonti per lAmerica Latina conferma la geografia e la scala gerarchica degli insediamenti del tipo che s ricordato ed offre, di pi, unidea sulle matrici dellassociazionismo etnico che si preciser man mano fra otto e novecento ponendo in evidenza, per via onomasti-ca, un fatto meritevole dessere ricordato anche qui: accanto alle societ dai pi diversi scopi che si rifanno nel nome a realt regionali, locali e persino di villaggio, alla fine dellottocento34 compaiono, e sono gi in maggioranza, i sodalizi che sintitola no alla nazione, al lealismo dinas-tico, allepopea del Risorgimento e ai loro simboli.

    Perfino in assenza duna trama di associazioni qualificate sotto il profilo strettamente italiano si pu gi parlare in qualche caso, ad esempio nel Brasile meridionale e colonialrurale delle origini tra Sao Paulo e il Rio Grande do Sul, al tempo delle disastrose alluvioni che dissestano nel 1882 molte zone della penisola, di fenomeni di solidariet nazionale riscontrabili tra i pi freschi immigrati. Tutti questi episodi,

    33 Cfr. Gazzetta Ufficiale del Regno dItalia, gen.-mag. 1878, e Atti relativi alla morte del Re

    Vittorio Emanuele II e allascensione al trono del Re Umberto I, Roma, Ministero degli Af-fari Esteri, 1878.

    34 FRANZINA , E. Limmaginario degli emigranti, cit., p. 103-111. Il discorso sullassociazio- nismo e sulle sue matrici meriterebbe ben altro spazio, ma in estrema sintesi si pu dire che nemmeno quando per conformazione o per norme statuarie originali (una regola speciale impediva non di rado lammissione a molte societ di mutuo soccorso, sino alle prime, ine-vitabili revisioni, persino di coloro che non fossero nati in Italia o in quel suo borgo, villag- gio ecc.) i singoli sodalizi sembrava no rinviare come fu per lo pi negli USA e a New York ad aggregazioni di tipo localistico, ci fu mai la sicurezza che essi non potessero fun-zionare poi da agenti di nazionalizzazione italiana. Valgano a questo riguardo i risultati della miglior indagine sin qui condotta, dopo gli studi remoti di Giuseppe Prato, sullassociazionismo italiano allestero e cio le osservazioni relative alla frequente capacit integratrice e allo spirito esplicitamente patriottico della maggior parte delle societ, an-che localistiche di nome, censite in Uruguay di L. Favero e A. Bernasconi, Le associazioni italiane in Uruguay fra il 1860 e il 1930, in Aa. V.v., Lemigrazione italiana e la formazione dellUruguay moderno (Torino: Edizioni della Fondazione G. Agnelli, 1993, p. 375-430).

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    ripetendosi e moltiplicandosi con landar del tempo, forniscono una ulteriore spia dellesistenza dun qualche senso di responsabilit condi-visa nei confronti dellItalia che si da poco lasciata e degli italiani che non hanno emigrato. Le collette fatte in occasione di disatri naturali o di altre gravi sciagure (terremoti, incendi, emergenze sanitarie ed epide-mie) costellano la storia dei rapporti fra la cosidetta madrepatria e gli italiani delle colonie i quali man mano diventeranno italo-americani, figli di italo-americani e infine americani di origine italiana misurando i gradi e i generi dellidentit anche a contatto di altre etnie ovvero degli immigrati daltra nazionalit e di peculiarit politiche, di legislazioni e di normative che nei paesi daccoglienza sono connaturate a evidenti disegni di naturalizzazione coatta e accelerata (si pensi al Brasile del 188935 risultando imperniate sulla preponderanza dello jus soli rispetto allo jus sanguinis. La sociologia europea dello straniero e dei diritti/ doveri di cittadinanza in rapporto allemigrazione sin dai tempi di Ro-berto Michels e dei dibattiti sulla vera natura della nazionalit,36 ossia tra la fine del secolo XIX e i primi decenni di quello presente, ha accu-mulato biblioteche intere di testi in materia attingendo a piene mani allacasistica americana e ondeggiando talora, in maniera pericolosa, fra i concetti di assimilazione e di integrazione. Sta di fatto per che nel caso italiano essa si necessariamente scontrata pi volte con dati contrad- dittori perch comprensivi, come si visto sopra, di molte identit.

    Agli albori di questa storia gi si collocano , vero, episodi in grado di segnalare la vocazione nazionale unitaria almeno delle lites, ma le stesse recriminazioni presto in uso a caussa dellabbandono in cui sono lasciati dalle autorit consolari gli emigrati rivela la precocit di uno schema destinato a durare. Di ritorno nel 1881 dallUruguay un avven-turoso capitano di velieri, Vincenzo Fondacaro, annota:

    Noi Italiani, pur troppo, non potremo mai essere protetti allestero dal nostro Governo , come glinglesi dal loro, perch vi una gran dif- ferenza di posizione politica allestero fra le due nazioni per la ragione appunto che lInghilterra deve la sua vita alla politica estera [...]. Ora glItaliani allestero pretenderebbero dal proprio governo la stessa pro-tezione, ma senza alcun dritto, perch siamo giusti, non fanno niente per contribuire alle finanze dello Stato, e, anzi, non si ricordano di esso, che quando ricevono qualche sgarbo [...]. GlItaliani delle Colonie vor-rebbero magari a guarentigia presso di loro il Duilio e il Dandolo [le due

    35 Si veda G. Rosoli, Le relazioni tra Italia e Brasile e la questione dellemigrazione (1889-

    1896), in Idem (a cura di) , Emigrazioni europee e popolo brasiliano (Roma: Cser, 1987, p. 180-205), anche se lo studio forse pi informato rimane quello, inedito, di A. Andreoni, O com-portamento politico do imigrante italiano no Brasil (ds. s. d. in Archivio dellIstituto Italia-no di Cultura , San Paolo).

    36 MICHELS, R. Prolegomena sul patriottismo. Firenze: La Nuova Italia , 1933.

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    ammiraglie della flotta da guerra del Regno dItalia]: ma che hanno fatto essi per la loro costruzione? Nulla, ed allora quali diritti possono avere [...]? Bella davvero! basta, nelle condizioni in cui sta lItalia, credo che faccia fin troppo pei suoi sudditti al lestero.37

    Drastico e naturalmente infondato e ingiusto nella sua parossistica radicalit, il giudizio riassume un punto di vista che lesatta controfac-cia dellantiemigrazionismo proprietario negli anni della grande emi-grazione e della grande crisi agraria. Gli emigranti, in forza del ragio-namento che lo sostiene, sarebbero insomma dei traditori del paese na-tio da essi abbandonato e chiamato in causa solo in casi dstrema neces-sit. La realt, per, era ben diversa e lo dimostra anche solo lentit dellesodo in massa quale si ebbe fra il 1876 e il 1924 (o, pi inl, con interruzioni ed alti e bassi, il 1973).

    Visto da un angolo di visuale italiano questo esodo si venne svol-gendo proprio mentre, consumata let della poesia, le classi dirigenti della penisola erano ormai impegnate nello sforzo faticosissimo e pro-saico, come si lamentava, del nation building ovvero del consolida-mento dello Stato liberale e del l invenzione di una tradizione civica condivisa.38

    Tra gli anni settanta e la grande guerra i due processi finirono per svolgersi in parallelo e il mito di fondazione che ruot prima attorno alla del gran re, Vittorio Emanuele, e poi, per impulso di Crispi, anche attorno al nome impegnativo di Roma, attingendo a svariate risorse (educative, scolastiche, militari, ecc.) trov modo di consolidarsi non senza dar luogo, allestero, a ripercussioni con ricadute ed effetti a torto trascurati dagli storici italiani, ma spesso indotti proprio dalle migrazio- ni di ritorno.

    Ma non sono, almeno in prima istanza, le conseguenze della emi-grazione di ritorno sul piano dellacculturazione nazionale quale a un certo punto si ebbe in Italia a doverci adesso interessare. Come il ritor-no del know how soprattutto tecnico e imprenditoriale degli ex emi-grati che mettono al servizio del rimpatrio sia i piccoli capitali rispar- miati, sia lapprendistato lavorativo e manageriale fatto al di l delloceano (caso, questo, forse pi frequente fra gli operai reduci dai

    37 FONDACARO , V. DalAmerica allEuropa. Viaggio attraverso loceano, a cura di G. Galzerano.

    Casalvelino: Scalo Galzerano Editore, 1995 (1. ed. 1881), p. 197. 38 Per il dibattito che seguito in Italia alla pubblicazione degli studi di R. D. Putnam su

    questo argomento con lenfatizzazione di distinzioni areali e regionali per asserite radici secolari (specie rispetto a R. D. Putnam, Making Democracy work. Civic Traditions in Modern Italy , Princeton: PUP, 1993, tr. it., Milano Mondadori, 1993) si vedano S. Lupo, Usi e abusi del passato. Le radici dellItalia di Putnam, in Meridiana, set. 1993, n. 18, p. 151-168; M. Ri-dolfi (a cura di) , Tradizioni civiche e regioni nella storia dItalia , discussione con interventi di Fincardi, Musella , Riccamboni, in Memoria e ricerca, lugl. 1994, n. 3, p. 147-176, e G. E. Rusconi, Il senso di appartenenza una vit civica?, in A. Babolini (a cura di), Politica e filo-sofia della religione (Perugia: Editrice Benucci,. 2 v., I, p. 107-121).

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    centri industriali degli Stati Uniti, ma non assente del tuttoneppure ori-ginando dallAmerica Latina,39 anche la ricaduta dei sentimenti e delle parole dordine nazionalitarie o addirittura, a tempo debito, nazionalis-te che deriva in sostanza dallAmerica ci serve solo a segnalare la cru-cialit della conformazione, sinora poco indagata, presa da un insieme di fenomeni che sembrano legati tanto alla bilateralit congenita quanto alla circolarit dei movimenti migratori duomini e di esperienze (come di merci e di idee).

    La circolarit, del resto, contribui a rafforzare nelle pi diverse occa-sioni di contatto anche le originali opinioni che si erano venute consoli-dando in seno alle comunit serrate piccole e grandi delle regioni di colonizzazione rurale sia, per fare due esempi appropriati, in Argen-tina intorno a Santa Fe che nel Brasile meridionale da Santa Catarina al Rio Grande do Sul.

    Gli emigranti, infatti, nel maturare allestero mai possedute per linnanzi e nel provare la singolare nostalgia di ci che non avevano sin li avuto furono indotti, di periodo in periodo, a confondere lovvio rim-pianto per le piccole cose lasciate nella penisola (a cui li spingeva la memoria dei paesi e dei villaggi natali) con lartificiale rammarico della perdita o della lontananza di una patria, intravista anche confusamente come nazione e man mano persino come Stato, che frattanto, spesso proprio grazie al loro venir meno, cresceva, si sviluppava e veniva acquistando prestigio internazionale.40 E ben vero che un rapporto 39 Si veda quanto osservato in E. Franzina , Appunti su un modello di sviluppo da esporta-

    zione: emigrazione lombardo veneta e industrializzazione nel Sud del Brasile (relazione al Convegno internazionale di studi su Le vie dellindustrializzazione europea: sistemi a confronto i cui atti introdotti da Peter Mathias e curati da G. L. Fontana sono in corso di stampa presso Il Mulino editore in Bologna) riguardo ad esempio alla figura dellartigiano di Stra Gio-vanni Luigi Voltanche fra il 1892 e il 1899 trova impiego in varie citt del New England specializzate nellindustria calzaturiera e dellabbigliamento impadronendosi di tecniche e di conoscenze di cui, rimpatriato, far tesoro sino a diventare un medio imprenditore lea-der nel settore della produzione e della commercializzazione della scarpa. Lesempio, ad ogni modo, si potrebbe replicare pi e pi volte recuperando, anzich, come usa, i protago-nisti delle pi brillanti carriere americane (alla Eberle o alla Matarazzo per intenderci con due nomi chiave del caso brasiliano oppure alla DallAcqua per evocare un principe mer-cante deinaudiana memoria), i molti personaggi da questo punto di vista ignorati o poco conosciuti che trassero dalla emigrazione lo spunto per avviare in Italia parabole imprendi-toriali di successo (e mi limito a citare un grande dellindustria dolciaria e alimentare, il ve-ronese Ruggero Bauli la cuifirma notissima in Italia e sulla cui biografia sta lavorando il giornalista Gianantonio Stella: il 28 ottobre del 1927 egli fu uno dei 17 scampati al naufragio della Principessa Mafalda in cui perirono, dinanzi alle coste del Brasile centinaia di emi-granti. Dopo alcuni anni di permanenza e di esperienza settoriale nel paese due volte per lui ospite, egli ritorn in Italia e forte del tirocinio nel ramo dolciario di origine portoghese fond, stando alle sue stesse interviste, lazienda che lo rese ricco e famoso).

    40 Anticipando la citazione da una delle fonti a stampa di cui si dir nella terza parte di ques-to lavoro vale la pena di riprodurre qualche brano di articoli italo-brasiliani, uno in lode de LItalia doggi, in Citt di Caxias (Periodico settimanale dinteresse coloniale del Rio Grande do Sul, Brasile) , a. II, n. 59, 30 mar. 1914: Vedemo la nostra gente redenta da un ignobile servaggio, mostrare, nel suo cinquantesimo anno di vita nazionale, al mondo civile attonito e stupefatto, il rifiorire superbo e magnifico dellataviche virt... E noi, dallEstero,

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    carente e distorto tra cittadini e Stato si rese visibile per gli italiani, oltrech in Italia, allestero e che di conseguenza, non di rado, gli italiani emigrativi e poco o mal garantiti dalla macrostruttura pubblica di fronte agli incerti della propria condizione reagirono , per difendersi, rifunzionalizzando le [loro] relazioni private. Diversamente per da quanto opina Amalia Signorelli, autrice di queste osservazioni, gli emi-granti, o almeno la gran maggioranza di essi, non operarono uno scam-bio cos radicale della memoria simbolica da identificare nel borgo o paesello nato quella patria che oltre ad essere, come do veva, il luogo in cui in un passato mitico e in un futuro ideale, entrambi immaginati, costruiti in immagine, fu e sar possibile praticare il riconoscimento, nutrire la speranza, esercitare la dignit, non essere anche il punto di riferimento comune in cui simponevano i condizionamenti del contesto esterno (i nazionalismi forti di altre gruppi immigratori e lalterit, fin che tale rimasse, delle nazioni ospiti) e in cui maturavano pratiche sem-pre pi accettate (le collette su ricordate, la partecipazione a riti patriot- tici e a feste di rilievo civico nazionale, la mobilitazione in tempo di guerra ecc.).

    Prova ne sia che persino le ideologie universalistiche del movimento operaio anarchico e socialista dovettero talvolta segnare il passo, ben prima delle contaminazioni anarcosindacaliste o dei passagi di campo di leaders come Edmondo Rossoni, Nicola Vecchi, Folco Testena ecc. , di fronte a un bisogno che non poteva essere appagato dal minimalismo della piccola patria paesana. Come ammise nel 1890 per s, quasi scu-sandosi con i propri compagni e lettori di Trapani, Francesco Sceusa, lindomito internazionalista della prima ora che in Australia si era sem-pre battuto per una societ migliore, ma spesso anche per difendere la

    assistendo con la gioia nel cuore e la mente fissa negli alti destini suoi, alla meravigliosa as-censione di questa III.a Italia ci sentiamo orgogliosi di essere suoi figli di essere pi grandi nella sua grandezza sublime, laltro commemorativo della presa di Porta Pia , ma anche della rinascita politica ed economica di un Paese nel quale, conclusasi vittoriosamente la guerra di Libia , 36 milioni di cittadini intuonano e cantano oggi il magnifico inno della pa-tria resurrezione di questa III.a Italia che lamore immenso e labnegazione assoluta dei sui figli rendono s forte e considerata. Questinno erompente da ogni canto italico, dalle valli e dal mare, passa loceano immenso per trovare leco melodiosa degli altri suoi figli che vi-vono lontani dal suo seno possente. Linno che si canta oggi deve inorgoglire e penetrare in ogni cuore italiano che ama e venera la sua terra... Salve, o XX Settembre che per volere d Dio e per volere di popolo e di Re, sublimizasti il cponcetto di nostra unificazione e di nos-tra ascensiolane grandezza. Salve, o XX Settembre, i tuoi figli sparsi bel mondo benedi-cendo la fatidica data si associano col cuore e col pensiero alle grandiose feste onorifiche che ti tributa il cuore e lo spirito della patria possenta! (XX Settembre, ivi, a. I, n. 34, 20 set-tembre 1913). Vale la pena di notare, infine, che la data del XX settembre, nel Rio Grande do Sul, deteneva una ulteriore valenza perch festeggiava lannniversario della rivolta in-dipendentista dei farrapos capeggiata nel 1835 da Bento Gonalves (e appoggiata dal gio-vane Garibaldi, ma su questo episodio e sulle origini del separatismo gacho nel contesto brasiliano fra otto e novecento cfr. J. Love, O regionalismo gacho e as origens da revoluo de 1930, So Paulo: Perspectiva , 1975.

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    dignit e gli interessi di quanti egli sentiva, bench non siciliani, suoi connazionali:

    Non ho pi patria. Eppur sapeste come sento la enormezza della sua perdita, come ne piango lassenza! La patria il mondo! S, s, la patria il mondo, ma questo mondo cos muto, desolato, triste senza la patria!41

    Non solo le little Italy del Nord America, composte in prevalenza di lavoratori e di piccolo borghesi meridionali sommariamente acculturati, ma anche le stesse enclaves coloniali rurali costituite in America Latina da contadini del settentrione ossequienti al prete e ligi alla pregiudiziale politica anti-italiana (perch anti-liberale) del non expedit , non pensarono pressoch mai a se stesse come a semplici diramazioni di luoghi e di qualunque, bensi come a punti di aggregazione di una comunit in fieri che doveva essere e chiamarsi italiana non fossaltro che per distinguersi da quelle con termini e intersecate dei tedeschi, degli ebrei russi, dei polacchi, degli irlandesi ecc.

    Accuditi in molti casi quasi solo dal clero missionario e secolare, anchesso di matrice immigratoria come accadde pi compattamente nel Rio Grande do Sul, soprattutto i coloni costituivano la controfaccia dei pi dinamici emigranti di ritorno di cui sopra si detto, ma sempre spartendo con loro le stimmate di unitalianit appresa ossia costruita allestero e pronta, soprattutto dallinizio del novecento in poi, a interagire ideologicamente, molto pi che in passato, con la madrepatria. Partiti per lo pi da paesi e da villaggi rurali sprovvisti di un vero spirito patriottico , come contadini dialettofoni abbastanza estranei alla comune cultura letteraria su cui si reggeva invece, in larga misura, il senso di appartenenza nazionale condiviso dai ceti artigiani urbani e piccolo borghesi, quelli fra gli emigranti che, dopo anni e anni di America, facevano rientro in Italia, mettevano a profitto, per s e per gli altri, un piccolo patrimonio quasi completamente conquistato allestero. Qui essi erano stati identificati e definiti dallopinione pubbli-ca dei paesi ospiti, al di l del le loro interne divisioni campanilistiche o fra set- tentrionali e meridionali, come italiani e come italiani, spesso, erano stati anche derisi e dileggiati. Qui era maturata progressivamente in loro una coscienza nazionale che senza eliminare mai del tutto i tratti del municipalismo o, pi di rado, del regionalismo, era stata coltivata e sfruttata a dovere dai gruppi dirigenti, l dove essa sera gi formata, di una borghesia immigratoria italo-americana solo a volte sorretta (e ma-

    41 Il passo tratto da una lettera australiana di F. Sceusa a La Nuova Riscossa di Trapani-

    Marsala (datata 22 febbraio e pubblicatta dal foglio socialista il 24 aprile 1890) su cuiha ri-chiamato lattenzione Salvatore Costanza, Socialismo, emigrazione e nazionalit tra Italia e Australia , Trapni, 1992, p. 31.

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    lamente, come si detto, sino agli anni trenta), dai troppo deboli appa-rati diplomatico-consolari del Regno.42

    Ritorno volentieri al caso del Brasile dove i carcamanos appresero di essere italiani emigrando e dove fecero in fecero in tempo , per una quindicina danni, a sperimntare le forme della vita servile coabitando in fazenda, a Sao Paulo e a Minas, con gli schiavi di colore. Si dice, ed vero, che questa esperienza segnasse molti italiani inducendoli a batter-si sia nel Rio Grande do Sul sia altrove per labolizione (e gli storici ripe-tono, documenti alla mano, gli anedotti dei mascates italiani che si fan-no messaggeri di fazenda in fazenda delle parole dordine antischiaviste o la notizia dei comizi infiammati che Luiz Gama pronuncia presso il Circolo Italiano di So Paulo).

    Leliminazione della schiavit, sia detto per sfiorare en passant la questione delle relazioni interetniche, segna peraltro anche un salto di qualit proprio nellemigrazione di massa in Brasile e nel reclutamente di manodopera sostitutiva in Italia, rappresentando ad un tempo linizio della fine dei buoni rapporti esistiti fra afrobrasiliani e italiani. Questi ultimi, infatti, imparano di essere tali anche accorgendosi di es-sere bianchi e quindi collocandopsi nella scala sociale, ancor pi che razziale, un gradino pi in su dei neri (nonostante questo voglia dire appena, come si nota a Sao Paulo, che gli italiani abitavano al primo piano e i neri nello scantinato.43

    I disordini anti-italiani dei primi anni novanta culminano non a ca-so, a So Paulo, nelle manifestazione a sfondo razziale seguite alla scon-fitta ad Adua dellesercito coloniale del Regno travolto nel marzo del 1896 dalle schiere etiopi, ma si complicano poco pi tardi al grido insul-tante di W Menelik quando nei pressi dellinsurrezione antispagnola di Cuba un sentimento americano e al tempo stesso favorevole ai popoli di colore si diffonde in Brasile e suggerisce a O Jacobino, portavoce gior-nalistico del partito repubblicano, di esaltare, in chiave scopertamente anti-italiana, leroismo e il valore dei guerrieri abissini (e ancora nellanno dellentrata in guerra dellItalia contro gli Imperi centrali il primo foglio afrobrasiliano a nascere si chiamer, nel 1915!, Omene-lik).

    Il confronto/scontro di razza, tuttavia, non sembra essere stato determinante nella formazione dellidentit italiana e italo-americana 42 Intorno alla possibilit che le emigrazioni di ritorno detenessero risvolti positivi per il paese

    di partenza, nonostante il parere contrario e pi ottimista di Salvemini e di non pochi me-ridionalisti, in Italia hanno prevalso quasi sempre una paralizzante ideologia , dorigine fra laltro nazionalista, di comoda elaborazione del lutto e la recisa negazione apriori delle e-ventuali virt redentrici dei reduci dAmerica (DORIA, T. Rossi. Socialismo e patriot-- tismo. Milano: Treves , 1912, 99. 194-195).

    43 ZANIN, V. O Menelik eroe dei due mondi. In: Extra, suppl. de Il Manifesto, 25 mar. 1996, p. 4-5.

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    fra gli emigrati se anche in Brasile, come nel Sud degli Stati Uniti, esso cont sempre assai meno di altri fattori di cui si potrebbero registrare la compresenza e lalterna, reciproca combinazione (incidenza dei nuovi vincoli spazio spazio/territoriali, uso delle risorse mitemiche a fini di negoziazone nel contesto immigratorio comunitario e statuale straniero, accettazione a distanza dei principi e dei valori di un nation building contemporaneamente in via di allestimento in Italia, appropriazione e persino esasperazione delle ideologie nazionaliste ecc.).

    La strada maestra per individuarli coincide, ancora una volta, con uno sforzo di ricerca piuttosco difficile perch tutto o quasi tutto da fare e necessariamente incentrato sullo studio puntuale dei singoli casi con-creti.

    Pur non ignorando che esso fotografa la realt storica in modo meno rappresentativo della media cos latinoamericana come brasiliana (in-tendendosi per brasiliana lesperienza quantitativamente predominante di So Paulo), uno sguardo gettato su quello riograndense aiuter a tirare le somme del discorso condotto sin qui.

    3 Identit e sensi di appartenenza

    tra fiction letteraria e realt: il caso del Rio Grande do Sul (Brasile)

    Nella pur folta produzione letteraria di ieri e di oggi dei romanzi colonial dimpianto italo-brasiliano culminata nei racconti dambito paulista e poi nel Quatrilho di Jos Clemente Pozenato, esiste unopera che a quanto mi risulta poco conosciuta e ancor meno studiata forse perch ristampata fuori tempo massimo e cio piuttosto tardivamente, in italiano, subito dopo la met degli anni cinquanta.44

    Del suo autore, Pietro Azzi, non mi riuscito sin qui di sapere gran che. Lunico dato certo, ma desunto dal suo scritto e dalle scarne infor-mazioni che lo corredano, riguarda la sua origine toscana, anzi garfag-

    44 GARCEZ GHIRARDI, P. Escritores de lingua italiana em So Paulo (1890-1929): contribuio ao

    reexame de uma presena no Brasil (So Paulo, 1985) e HOHLFELDT, A. Cultura italiana e let- teratura brasiliana , in R. Costa e L. A. De Boni (a cura di) , La presenza italiana nella storia e nella cultura del Brasile (Torino: Fondazione G. Agnelli 1991, p. 353-38). Il Quatrilho citato in rilievo nel testo, opera dautore e dargomento italo-brasiliano (1. ed. Porto Alegre, Merca-do Aberto, 1985), scritto in portoghese e sta godendo ultimamente di grande notoriet in America per merito di una fortunata trasposizione cinematografica segnalata con una lu-singhiera nomination alledizione 1996 per il conferimento degli Oscar.

  • Emilio Franzina 34

    nina,45 la sua attivit di traduttore dal portoghese di romanzi di Coelho Netto, Afonso Celo e Graa Aranha e le sue simpatie letterarie per Gabriele DAnnunzio. Per il resto, al momento, il silenzio avvolge la sua figura di scrittore anche se ci non toglie rilievo a quella che fu, si-curamente, la sua prova migliore e cio il libro pubblicato per la prima volta, senza indicazioni editoriali, col titolo di Al di qua dellOceano (Vita coloniale). Romanzo storico contemporaneo sicuramente prima del 1927.46

    Fingendo di raccogliere leredit di scrittura e di memoria di un conterraneo, Lucano, messo al centro di una narrazione di taglio osten-tamente autobiografico , Azzi allestisce un complicato canovaccio tutto ambientato a Conde dEu nella regione coloniale italiana dellEncosta Superior da Serra do Nordeste nel Rio Grande do Sul47 dove, racconta, si 45 Su Pietro Azzi si possiedono poche notizie quasi tutte coincidenti (e riprodotte da P. Cresci,

    Il Pane dalle sette croste. Cento anni di emigrazione, Lucca Pacini Fazzi 1986, p. 17 e in un arti-colo su Pittori, giornalisti esploratori, in La Garfagnana, 1989, n. 11, p. 6) ossia che fu attivo in Brasile nei primi decenni del 900 quando vi pubblicava una rivista letteraria di grande tiratura (Varietas) e versioni italiane di autori brasiliani come il Graa Aranha menziona-to nel testo (di lui Azzi tradusse Chanaan, definito il poema dellemigrazione europea in Brasile). Sono debitore di queste scarne informazioni a Lucilla Briganti, che ringrazio, e di cui per lemigrazione garfagnina , si pu vedere il dettagliatissimo ed esemplare saggio su La Lucchesia e il Brasile: storie di emigranti, agenti e autorit, in Documenti e studi (Lucca), 1994, n. 14-15, p. 161-220.

    46 Lopera , pubblicata forse a spese dellautore a San Paolo Senza data e senza alcuna indica-zione editoriale, consultabile presso la Biblioteca municipale della stessa citt (la copia n. 853.91 di catalogo reca una dedica dellautore in data 15 set. 1956) e consta di 252 pagi-ne (tutte le citazioni nel testo di qui). Alla sua esistenza ha fatto di recente un fuggevole ac-ceno Pedro Garcez Ghirardi nel suo interessante lavoro su Imigrao da palavra. Escritores da lingua italiana no Brasil (Porto Alegre: Est Edies , 1994), ma senza fornire nean che lui una precisa datazione. In ogni caso il romanzo era gi noto nel 1927 a Bruno Giovannetti, un al-tro pubblicista e naturalista toscano, di Pieve Fosciana , studioso del mato e del sertao, che lo citava esplicitamente con il suo titolo in un articolo dedicato a Lemigrazione garfagnina in Brasile, ne La Garfagnana del 24 marzo 1927.

    47 Cfr. G. Rosoli, Lemigrazione italiana nel Rio Grande do Sul, Brasile meridionale, in Altrei-talie, V, 1993, n. 10, p. 5-25. La letteratura storiografica sullimmigrazione italiana nel Rio Grande do Sul, bench di disequale valore, ormai imponente e annovera molti titoli di cui d conto in Franzina , Gli italiani al nuovo mondo, cit., p. 557-559 e passim. Per un aggiorna-mento bibliografico si vedano le parti relative in L. A. De Boni (org.), A presena italiana no Brasil (v. III, Porto ALegre-Torino, Edioes Est Edizioni della Fondazione G. Agnelli, 1996). Il caso sulriograndense ha attirato lattenzione, oltrech degli storici, anche degli studiosi di antropologia culturale e del folklore. In collaborazione con un gruppo di lin-guisti e di specialisti di demografia storica alcuni di essi stanno realizzando per conto della Fondazione Benetton un ambiziosa indagine sui due versanti (quello veneto di partenza e quello brasiliano di arrivo) del fenomeno emigratorio e insediativo. Facendo perno sui co-muni mantani di Arsi, Seren e Cismon del Grappa in Italia e su varie localit della regione coloniale lombardo-veneta del Rio Grande do Sul la ricerca, della cui supervisione res-ponsabile Gaetano Cozzi, pervenuta a risultati di notevole interesse sotto il profilo socio-antropologico (di cui per stato dato conto sinora solo in alcune presentazioni pubbliche inaugurate dallincontro di Treviso del 18 aprile 1996 su Il Veneto oltre loceano Storia e an-tropologia di unemigrazione. Lesodo in Brasile tra Otto e Novecento: dalle Prealpi Feltri-ne al Rio Grande do Sul). Per un primo approccio cfr. comunque F. Modesti e D. Todesco, Lemigrazione e M. Cortelazzo, Dialetto e letteratura doltremare, in D. Perco (a cura di), La cultura popolare bellunese (Verona: Cariverona Spa, 1995, p. 82-97 e 172-195). Da altri punti di vista occorre sottolineare, tuttavia , come simili approcci non sembrino esaustivi n indiriz-

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    era portato per primo il padre del protagonista, Carlo Impallomeni (manco a dirlo un ex garibaldino con non lievi colpe nei confronti della moglie), e dove a un certo punto anchegli si reca emigrando dallItalia nel 1889.

    Diversamente dagli scritti di Bortolo Belli48 o dei preti intenti a cos-truire nel Rio Grande do Sul, sul modello veneto fornito dai giornali clericali italiani e poi da mons. Giuseppe Flucco49 la prima saga dialet- tale mescidata della colonizzazione agricola nel Sud del Brasile nel seg-no di Nanetto Pipetta, il romanzo di Azzi tratta, escogitando una trama impossibile da seguirsi qui, di vicende che si immaginano svolte a ca-vallo del secolo e che toccano tutti o quasi tutti i topoi dellepopea im-migratoria nonch, fra essi, anche quelli riconducibili al problema dellidentit nazionale.

    Con la fantasia accesa alla lettura di romanzi davventure e di viag- gi, lidea demigrare coltivata in patria dal protagonista si ispira classi-camente allimmagine mitemica e paradisiaca dellAmerica, ma non trascura di appoggiarsi altres ai resoconti fededegni di un qualche americano cio compaesano ritornato da oltreoceano. Il viaggio si com-pie dunque da Castelnuovo Garfagnana a Lucca e a Genova e poi, per mare, su di una nave, la Roma, stracolma di emigranti per lo pi veneti e meridionali. Il primo contatto indiretto con la realt coloniale, Lucano lo ha a bordo incontrando un passeggero che gli risponde in portoghese bench sia italiano:

    zati o interessati a ricostruire lesatta trama degli eventi compresi fra linizio dellemigrazione intorno al 1876 e i giorni nostri, almeno in relazione al problema, che qui pi ci interessa, delle fedelt e delle identit politiche, contribuendo anzi involontariamente ad alimentare (si veda anche solo luso dei risultati del gruppo trevigiano fatto da Rovilio Costa in A famlia italiana da rea agrcola do Rio Grande do Sul, in De Boni, A presena italiana, III, cit., p. 252-266) molti equivoci correnti sullidentit etnica delle comunit di origine italiana. Essi vengono oggi declinati in chiave antiunitaria e filo-leghista sulla base di preci-si vincoli e rapporti esistenti fra enti e associazioni doltreoceano e segreterie o esponenti della Liga veneta sino ad erigere a testi base delle rivendicazioni regionaliste e razziali li-bri impresentabili e assolutamente destituiti di ogni credibilit scientifica (come l assurdo coacervo di luoghi comuni, di errori e di vere e proprie deformazioni grottesche messo in-sieme da Deliso Villa in Storia dimenticata (Romano dEzzelino: ADVE Editrice, 1991), un o-pera che peraltro viene diffusa, sia in Brasile che in Italia , con lappoggio di molti enti di-ritto pubblico, Camere di Commercio, Provveditorati agli Studi ecc.). Per una messa fuoco della questione rinvio a E. Franzina , Talian in terra brasileira , in A che serve lItalia. Perch siamo una nazione, Parte I: Italia/Italie, n. speciale di Limes, 1994, n. 4, p. 233-244).

    48 Su cui si veda E. Franzina , Il colono immaginato di Bortolo Belli, in corso di stampa su Altreitalie, VIII, giug. 1996, n. 13-14.

    49 Su cui cfr. M. Isnenghi, Il Veneto nella Merica. Tracce di una letteratura popolare in emi-grazione, in E. Franzina (a cura di), Un altro Veneto. Saggi e studi di storia dellemigrazione du-rante i secoli XIX e XX, Abano Terme Francisci, 1983, p. 461-481. Una ripresa, parzialmente anche testuale e comunque simpatetica, della produzione vernacolare ecclesiastica degli autori italo-brasiliani della prima met del novecento sta ora in U. Bernardi, A catar fortuna. Storie venete dAustralia e del Brasile (Vicenza: Neri Pozza, Regione Veneto-Fondazione G. Cini, 1994) (per una messa a punto cfr. E. Franzina , Brasile: fra storioa e romanzo, in J. J. Marchand (a cura di) , La letteratura dellemigrazione. Gli scrittori di lingua italiana nel mondo (Torino: Edizioni della Fondazione G. Agnelli, 1991, p. 213-228).

  • Emilio Franzina 36

    Buon giorno. Potrei chiedervi? Pois no. Ma accortosi che laltro non mostrava di aver capito, come per cor-

    reggersi, riprese subito: Scusate, giovinotto, questo mio linguaggio un p mescidato:

    dacch sono stato in America, ho dimenticato, quasi, la lingua che ap-presi nel mio paesello... quanduna persona costretta, allestero, a par-lare la lingua del luogo, sia pure temporaneamente quella stessa lingua ci si infiltra come un veleno e ne sostituisce spesso lantica [...].

    Bench l americano dichiari la sua residenza nel Rio Grande do S