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1 Código IEFP: 6701 Funcionamento actividade económica INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, I.P. DELEGAÇÃO REGIONAL DO CENTRO CENTRO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE LEIRIA

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Código IEFP: 6701

Funcionamento actividade económica

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, I.P. DELEGAÇÃO REGIONAL DO CENTRO CENTRO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE LEIRIA

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Conteúdo 1. Conceito de poupança ................................................................................................................3

2. Destinos da poupança ................................................................................................................4

Investimento: Formação de capital, Tipos e Funções ................................................................4

Investigação tecnológica e Investigação e desenvolvimento (I&D) ...........................................5

3. O investimento na actividade económica ...................................................................................5

Funções do crédito ......................................................................................................................6

Instituições financeiras monetárias e não monetárias ...............................................................7

Ações ...........................................................................................................................................8

Obrigações ..................................................................................................................................8

A bolsa de valores .......................................................................................................................8

4. Lei da oferta e procura ................................................................................................................8

5. Mercado..................................................................................................................................... 17

6. O trabalho.................................................................................................................................. 20

7. Conceito de Inflação ................................................................................................................. 25

8. Crescimento económico ........................................................................................................... 26

1. Cálculo da produção pela óptica do produto ............................................................................... 26

● Produto interno e produto nacional ........................................................................................ 27

● Produto bruto e produto líquido ............................................................................................. 28

● Produto a preços de mercado e produto a custo de factores ............................................... 28

- Um preço no mercado (preço de mercado). .......................................................................... 28

● Produto a preços correntes e Produto a preços constantes ................................................. 29

2. Cálculo do valor do produto pela óptica do rendimento ........................................................ 29

3. Cálculo do valor do produto pela óptica da despesa............................................................. 31

INVESTIMENTO ........................................................................................................................... 31

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1. Conceito de poupança

O conceito de poupança corresponde genericamente à diferença entre o rendimento disponível

(seja de um indivíduo em particular ou da economia em geral) e o total das despesas de

consumo efetuadas por um determinado agente económico. Corresponde portanto ao que

sobra depois de efetivado o consumo de bens e serviços que permite ao referido agente

maximizar a sua utilidade, ou seja, a satisfação de necessidades. Neste contexto, fica desde

logo claro que a poupança está indissociavelmente ligada ao consumo, que é normalmente

uma das principais rubricas da procura agregada de uma economia. Paralelamente, a

poupança está também diretamente ligada ao investimento, embora na maior parte dos casos,

a nível macroeconómico, os agentes que poupam ou aforram não sejam os mesmos que

investem (por exemplo, o valor depositado num banco por um aforrado é utilizado em

operações de investimento desenvolvidas pela entidade financeira).

Há várias razões que levam um agente a poupar (precaver o futuro, obter rendibilidade da

aplicação das suas poupanças, etc.), sendo que há algumas tendências verificadas

empiricamente relativamente à forma como é feita essa poupança. Desde logo, pode dizer-se

que o valor da poupança de um agente depende do valor do seu rendimento. Paralelamente, é

importante referir que: o valor destinado a poupança é normalmente crescente de forma mais

do que proporcional ao aumento do rendimento; a poupança pode ser negativa para um

determinado período, ou seja, os agentes podem ter de recorrer a poupanças passadas ou ao

crédito. O facto de se poupar mais quando se obtém mais rendimento está ligado ao conceito

de propensão marginal à poupança, que corresponde ao valor poupado por unidade adicional

de rendimento. O valor desta propensão está ligado à propensão marginal ao consumo, já que

quanto maior for um menor será naturalmente o outro.

O principal instrumento de análise da poupança é a chamada função poupança, que traduz a

relação entre o valor poupado por um determinado agente económico e o valor do seu

rendimento disponível. Neste contexto, a função poupança é muitas vezes representada num

gráfico em que no eixo vertical é colocada a variável poupança líquida e no horizontal a

variável rendimento disponível. Tendo em conta que a poupança corresponde à diferença

entre consumo e rendimento, a função poupança vai ser deduzida através da subtração

vertical da função Consumo à bissetriz do ângulo reto definido pelo gráfico em que esta é

representada. Nesse gráfico, na zona em que a curva da função consumo se situar acima da

bissetriz, verifica-se um excesso de consumo face ao rendimento, pelo que as famílias estarão

a recorrer a poupanças do passado ou ao crédito; por outro lado, na zona em que a curva da

função consumo se situa abaixo da bissetriz referida, as famílias obtêm uma poupança, que

corresponde à diferença entre as duas linhas; no ponto de interseção da curva da função

consumo com a bissetriz, o consumo iguala o rendimento.

Para cada nível de rendimento, a curva da função poupança vai representar portanto a

diferença entre esse mesmo rendimento e o consumo correspondente, pelo que a sua origem

pode dar-se para níveis de poupança negativos, em casos de recurso a crédito ou utilização

de poupança de períodos anteriores. A curva apresenta normalmente uma forma crescente em

direção a Nordeste, sendo o seu declive crescente face à origem à medida que aumenta o

rendimento. Este facto deriva do facto de a propensão marginal à poupança, que graficamente

representa precisamente o declive da curva da função poupança, ser também crescente.

Tendo em conta a interdependência entre poupança e consumo, é de esperar que os mesmos

fatores possam influenciar as duas grandezas. Desta forma, para além do rendimento

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disponível, há outros fatores que podem provocar um impacto potencial na poupança, como

sejam o rendimento permanente (que deriva do facto de os agentes tomarem decisões de

consumo tendo em vista o futuro), os impostos e a inflação (estes como potenciais

desincentivadores da poupança).

2. Destinos da poupança

A poupança pode ser utilizada de várias formas: colocação financeira, entesouramento e investimento.

Colocação financeira: consiste na aplicação da poupança em produtos financeiros disponibilizados por intermédio de instituições financeiras – são exemplos disto os depósitos a prazo, as ações, as obrigações e os certificados de aforro, entre outros.

Entesouramento: poupança que fica à guarda dos seus proprietários, não sendo, por isso, aplicada.

Investimento: é a aplicação da poupança na aquisição de novos bens destinados ao processo produtivo, ou seja, trata-se de canalizar a poupança para a atividade produtiva.

Investimento: Formação de capital, Tipos e Funções

A formação de capital designa o montante dos bens de produção utilizados no processo produtivo, logo o investimento pode também ser designado por formação de capital, que se divide em duas componentes:

Formação bruta de capital fixo (FBCF): valor do investimento realizado com a

aquisição de bens duradouros independentemente de se tratar da aquisição de bens novos ou dos encargos suportados com a substituição ou reparação dos equipamentos já existentes;

Variação de existências: representa as alterações no valor das existências de

produtos acabados, de produtos em cursos de fabrico e de matérias-primas, entre dois períodos diferentes. Este valor obtém-se por diferença entre o valor

das existências no final do período (do ano) e o valor no início do mesmo.

O investimento pode também ser classificado de acordo com diferentes tipos:

Investimento material: quando diz respeito à aquisição de bens tangíveis, ou

seja, compra de bens com existência física, como instalações, máquinas ou veículos de transporte de mercadorias e matérias-primas;

Investimento imaterial: quando se refere à aquisição de bens intangíveis, bens não corpóreos, como a aplicação dos recursos em formação de trabalhadores, em Investigação e Desenvolvimento (I&D) e em publicidade e marketing;

Investimento financeiro: quando envolve a aquisição de ativos financeiros, por

exemplo, ações e obrigações.

Existe também a diferenciação das diferentes funções do investimento:

Garantir a capacidade produtiva através da aquisição de mais bens de

produção, de modo a aumentar a capacidade de produção da empresa; Assegurar a manutenção da capacidade produtiva através da reposição do

capital à medida que este vai sendo utilizado, através de investimentos de substituição;

Manter os equipamentos e os processos de fabrico tecnologicamente atualizados para garantir a eficiência e competitividade das unidades produtivas, fazendo por isso investimentos de inovação.

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Podemos ainda diferenciar o investimento quanto ao agente, podendo ser classificado em público ou privado, conforme é efetuado pelo Estado ou por agentes privados.

Investigação tecnológica e Investigação e desenvolvimento (I&D)

A investigação assume um papel decisivo na competitividade das empresas, pois é graças a ela que os produtos e processos de fabrico vão sendo sistematicamente inovados. A atividade de I&D ao permitir a introdução de inovações tecnológicas, participa para a melhoria do nível de vida das população e para desenvolvimento de toda a economia e da sociedade em geral.

3. O investimento na actividade económica

Existem diversos tipos de investimento produtivo. O investimento produtivo tem por objectivo imediato o aumento ou melhoria da produção. Podemos, então, considerar o investimento destinado à substituição dos equipamentos antigos, quando, por exemplo, se compram novas máquinas, o investimento destinado ao aumento da capacidade produtiva, quando, por exemplo, há o alargamento das instalações e o investimento destinado à modernização da economia, para que esta possa usufruir do progresso técnico, por exemplo, investimentos em investigação e desenvolvimento (I&D), gastos em formação profissional, etc. O investimento desempenha, portanto, um triplo papel: substitui equipamento usado, aumenta a capacidade produtiva e integra o progresso tecnológico. Estas funções estão quase sempre interligadas, pois o investimento de substituição também o é, normalmente, de modernização. Com efeito, quando se substitui um equipamento, substitui-se por outro mais moderno e a modernização, por sua vez, permite, em regra, um aumento da capacidade produtiva. Para além do investimento produtivo fala-se, muitas vezes, no investimento financeiro. Este consiste, geralmente, na aquisição de valores mobiliários (por exemplo, acções e obrigações) com o objectivo de obter um rendimento. Os meios financeiros de que necessitam as empresas para realizar o seu investimento podem ser obtidos dentro da empresa, isto é, quando utiliza os seus próprios recursos no investimento (auto financiamento) ou fora da empresa, quando esta recorre a empréstimos (em especial das Instituições de Crédito) ou recorre ao mercado financeiro. Mas a decisão de investir na formação de capital por parte do agente económico empresas é condicionada por diversos factores como a rentabilidade esperada (nas decisões de investimento as empresas entram em linha de conta com a taxa de lucro que esperam obter), as previsões (quanto ao futuro da economia do país, quando se prevê uma evolução positiva do mercado), a situação financeira da empresa (situação sólida), o custo relativo do capital e do trabalho (se o custo do factor trabalho aumenta mais do que o custo do factor capital as empresas preferem automatizar a produção, substituindo o trabalho pelo capital, desde que tecnicamente possível). Diz-se que existe capacidade de financiamento nas situações em que as empresas detêm os meios suficientes para o financiamento da sua atividade, e podemos falar em necessidade de financiamento quando as empresas não dispõem de fundos próprios suficientes para

financiarem a sua atividade.

A utilização de fundos próprios chama-se financiamento interno e representa a aplicação da poupança realizada pelo próprio agente económico na formação de capital – é o autofinanciamento. Quando as empresas investem a partir de fundos alheios, designa-se por financiamento externo, este pode ser direto, quando se recorre ao mercado de títulos, e indireto, quando se recorre ao crédito junto dos intermediários/instituições financeiras.

O crédito represente a utilização de recursos terceiros, por parte de quem deles não necessita, mediante o pagamento de juros e o compromisso do reembolso futuro.

O crédito é fundamental para qualquer economia, permitindo potenciar o seu crescimento. Este estimula, quer a produção, viabilizando o investimento das empresas e possibilitando o seu financiamento pontual, quer o consumo das famílias, ao permitir-lhes adquirir antecipadamente os bens que desejam.

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As taxas de juro

O juro representa o custo da utilização de recursos monetários alheios, ou seja, é o valor pago

a alguém pela disponibilização temporária de uma determinada quantia.

Os juros, quando apresentam taxas elevadas, podem constituir um incentivo à poupança, ou podem fornecer um incentivo ao consumo e ao investimento quando as suas taxas são

baixas.

As taxas de juro podem ser ativas, quando dizem respeito ao juro que o banco recebe por conceder empréstimos, dizendo-se que o banco efetua uma operação ativa, e passivas, que correspondem à que é paga aos depositantes pelo banco, neste caso a instituição financeira efetua uma operação passiva. Tipos de crédito

Quanto à aplicação/finalidade podemos distinguir dois tipos de crédito: crédito à produção e

crédito ao consumo.

Crédito ao consumo: é contraído pelas famílias para a aquisição de bens de consumo

como eletrodomésticos, automóveis, viagens, etc.; Crédito à produção: crédito concedido às empresas para a compra de bens de

produção, garantindo o financiamento e o funcionamento das empresas:

Crédito à produção de funcionamento: crédito concedido para resolver

necessidades pontuais, momentâneas, como o pagamento de fornecedores ou de salários,

Crédito à produção de financiamento: crédito para o investimento –

modernização, substituição ou aumento da capacidade de produção.

O crédito pode também ser classificado quanto à sua duração: curto, médio ou longo prazo. Crédito de curto prazo: período de utilização inferior a um ano. Ex.: compra de

eletrodomésticos por parte das famílias; Crédito de médio prazo: período de utilização compreendido entre 1 a 5 anos. Ex.:

compra de um automóvel; Crédito de longo prazo: período de utilização superior a 5 anos. Ex.: crédito à compra

de habitação.

Funções do crédito

Os bancos são as instituições que, por um lado, têm como função a de intermediários financeiros, através da captação de poupanças, que posteriormente serão utilizadas para conceder crédito àqueles que necessitam de financiamento.

Poupança Crédito

DEPÓSITOS BANCO

EMPRÉSTIMOS

Juros Juros

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Para além desta função de intermediários financeiros, os bancos e as restantes instituições financeiras desempenham também a função de criação de moeda.

Estas instituições, quando permitem que perta das poupanças voltem a entrar no mercado pela via do crédito estão a criar moeda (efeito multiplicador do crédito). Os bancos são obrigados a constituir uma reserva obrigatória, isto é, guardar parte dos valores captados nos

depósitos, não podendo assim aplicar todas as poupanças em crédito. A parte que é destinada ao crédito faz com que o capital, que estaria, por exemplo, guardado num cofre, possa ser utilizado para financiar outro agente que, por sua vez, o pode aplicar de novo, fazendo aumentar a moeda escritural sem que, na prática, tenha havido um aumento de notas e moedas em circulação.

Instituições financeiras monetárias e não monetárias

Podemos classificar as instituições financeiras em monetárias e não monetárias:

Instituições financeiras monetárias: instituições que recebem depósitos e que criam

moeda através da concessão de crédito (bancos); Instituições financeiras não monetárias: instituições que não podem receber

depósitos, nem criam moeda, mas concedem crédito. Instituições financeiras monetárias: estas instituições são os bancos e estão classificados em banco central, bancos universais e bancos de poupança.

Banco central: em Portugal, é o Banco de Portugal, este detém a função de banco

emissor, ou seja, o exclusivo da emissão de notas e de pôr em circulação as moedas metálicas. O Banco de Portugal desempenha também a função de caixa geral do tesouro e de cofre central do tesouro (entidade que tem a seu cargo a gestão da dívida pública);

Bancos universais: praticam todas as operações de recolha de poupança e de

concessão de crédito; Bancos de poupança: praticam todas as funções dos bancos universais e também

operações especializadas como o crédito à aquisição de habitação.

Instituições financeiras não monetárias:

Sociedades de locação financeira (ou leasing): sociedades que colocam à

disposição de outras instituições bens imóveis ou móveis mediante o pagamento de uma importância.

Sociedade de factoring (sociedades de cessão financeira): sociedades que

assumem as dívidas de outras empresas, adiantando o valor dos seus créditos de curto prazo e recebendo em troca uma comissão.

Sociedades de capital de risco: sociedades que financiam empresas com projetos

inovadores mas de elevado risco e que, por esse motivo, não conseguem facilmente obter crédito.

Financiamento Externo O mercado de títulos é o mercado onde são transacionados valores mobiliários, como as ações ou as obrigações. Estes valores são títulos que representam direitos de propriedade ou de crédito para os seus detentores. As empresas podem obter o capital de que necessitam através da emissão de valores mobiliários. O mercado divide-se em mercado primário e mercado secundário.

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Mercado primário: mercado onde os títulos são emitido e iniciam a sua circulação,

embora ainda não tenham sido admitidos a cotação em bolsa. Mercado secundário: mercado onde são transacionados os títulos emitidos no

mercado primário que já reúnem as condições de admissão a cotação em bolsa.

Ações As ações são títulos representativos do capital social das sociedades anónimas (SA). A sua posse confere ao titular a qualidade de acionista, que recebe uma parte dos lucros proporcional ao nº de títulos que detém: dividendos. O rendimento das ações é muito variável, dependendo da evolução da situação da empresa, que vai repercutir-se nas cotações de mercado, por isto, as ações, geralmente representam um elevado risco, tanto podendo oferecer uma alta rentabilidade como dar prejuízo.

Obrigações As obrigações são títulos representativos de partes da dívida de uma empresa. O possuidor de obrigações, designado obrigacionista, é reembolsado pela cedência do seu capital, recebendo em troca um rendimento periódico em função do nº de obrigações subscritas.

A bolsa de valores A bolsa de valores mobiliários é o local de encontro dos proprietários de títulos já emitidos e em circulação com os investidores que desejam adquirir esses títulos. O preço dos títulos, designado por cotação, reflete os interesses da oferta e da procura de cada título a cada

momento.

4. Lei da oferta e procura

A Procura e a Lei da Procura

Lei e Curva da Procura

A Procura de um determinado produto é definida como o agregado das

intenções de aquisição desse produto por parte dos consumidores.

A lei da procura relaciona a quantidade procurada de um produto com

o respetivo preço, e pode ser enunciada da seguinte forma: a

quantidade procurada de um bem aumenta quando o preço desce, e

desce quando o preço aumenta.

Procura Agregada

Representa a soma das quantidades procuradas individualmente para cada nível de preços.

Corresponde à soma das procuras individuais.

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Ex: A quantidade procurada pelo mercado não depende só dos preço da sagres, mas dos

preços de outras marcas de cerveja, das cervejas sem álcool, do rendimento e das

preferências dos consumidores.

Procura com aquisição

Não devemos confundir procura com aquisição. A procura traduz

apenas as intenções de aquisição. Para um dado preço existe uma

quantidade procurada, mas essa procura só se traduzirá em

aquisições se existir quantidade suficiente de bens no mercado,

equivalente ou superior à quantidade procurada. No caso de não

existirem bens em quantidade suficiente, parte da procura ficará por

satisfazer.

Este comportamento da quantidade procurada, variando inversamente ao preço, é bastante

intuitivo: podemos aceitar com facilidade que o aumento do preço de um produto se traduza

numa diminuição da procura desse produto. Este comportamento dos consumidores pode ser

explicado tanto pelo "efeito rendimento" como pelo "efeito substituição"

Efeito Rendimento

O efeito rendimento atua através da limitação imposta ao consumidor pelo facto do seu

rendimento ser limitado. No caso de gastar todo o seu rendimento com um determinado

conjunto de produtos e um deles subir de preço, isso implica que o consumidor já não tenha

rendimento para comprar a mesma quantidade: terá de comprar menos.

Para compreendermos melhor este "efeito rendimento" consideremos um sistema com dois

produtos, produto A e produto B, relativamente aos quais o consumidor reparte todo o seu

rendimento – trata-se de uma simplificação da realidade, já que normalmente o consumidor

lida com a aquisição de um maior número de produtos. Apesar de utilizarmos aqui apenas dois

produtos, a análise é válida para qualquer outra quantidade.

A reta da figura representa a restrição orçamental, ou seja, os

pontos de possíveis combinações do produto A e do produto

B que o consumidor pode adquirir com todo o seu

rendimento. No extremo superior da reta encontramos a

situação em que todo o rendimento é utilizado para a

aquisição do produto A.

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No extremo inferior da reta encontramos a situação em que todo o rendimento é utilizado para

a aquisição do produto B. Os outros pontos da reta representam combinações de quantidades

do produto A e do produto B. Em todos os pontos da reta o consumidor utiliza todo o seu

rendimento.

Não é possível ao consumidor situar-se num ponto à direita de reta, porque o seu rendimento

não é suficiente (esta restrição é semelhante à da fronteira das possibilidades de produção,

apresentada no capítulo 2.2; naquele caso lidávamos com produções, e aqui com

rendimentos). Mas é possível ao consumidor situar-se num ponto para a esquerda da reta, o

que significaria que não estava a utilizar todo o seu rendimento. Mas vamos considerar apenas

os pontos da reta.

No caso de aumentar o preço de um destes produtos (por exemplo, do

produto A) o consumidor já não pode comprar a mesma quantidade desse

produto: o que se traduz graficamente numa deslocação da restrição

orçamental para a esquerda.

No caso de diminuir o preço de um destes produtos (por

exemplo, do produto B) o consumidor poderá comprar uma

maior quantidade desse produto, o que se traduz

graficamente numa deslocação da restrição orçamental para a

direita, conforme se pode ver agora na figura seguinte.

Efeito Substituição

O efeito substituição ocorre quando, em resposta ao aumento do preço de um produto, o

consumidor substitui a aquisição deste produto por outro que ele considere como substituto do

primeiro. Um produto que substitui outro designa-se como bem substituto ou sucedâneo.

A capacidade dum bem para substituir outro varia de consumidor para consumidor. Para

algumas pessoas a compra de uma revista pode ser um bom substituto para a compra de

jornais; neste caso, se o preço dos jornais aumentar, este consumidor pode substituir a sua

aquisição por revistas - e neste caso o "efeito substituição" faz com que diminua a procura de

jornais.

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Normalmente, no comportamento dos consumidores, a lei da procura atua através de uma

conjugação do "efeito rendimento" com o "efeito substituição".

Deslocações da Procura

Graficamente, a lei da procura traduz-se em deslocações ao longo da curva. No entanto

podem igualmente ocorrer deslocações da curva. Vejamos o exemplo do gráfico seguinte,

onde a curva da procura, inicialmente na posição D1, sofre uma deslocação para a direita,

para a posição D2.

Qual o significado desta deslocação. Na posição D2, a quantidade procurada é

sistematicamente maior, para todos os possíveis preços, do que acontec ia na posição inicial

D1.

Causas possíveis para esta alteração de comportamento podem ser as seguintes:

- aumento do número de consumidores, consequentemente a quantidade procurada é maior;

- aumento do rendimento médio dos consumidores;

- variação dos gostos dos consumidores, no sentido do produto em causa ser agora mais

atrativo (e por isso os consumidores estão dispostos a comprar maiores quantidades, para os

mesmos preços);

- variação nos preços de produtos relacionados com este; estes produtos relacionados podem

ser bens sucedâneos ou bens complementares.

Bens sucedâneos, como já vimos, são bens substitutos. Neste caso, se aumentar o preço de

um bem sucedâneo, parte dos consumidores desloca a procura desse

bem cujo preço aumentou para este cuja curva da procura se desloca

para a direita;

No caso dos bens complementares, que são bem que "se completam",

ou seja, que são consumidos conjuntamente (caso do café e do açúcar, pão e manteiga,

automóveis e gasolina, por exemplo), o aumento do consumo dum

destes bens arrasta consigo o aumento do consumo do outro, e assim

se justifica a deslocação da curva da procura para a direita.

A deslocação da curva da procura da esquerda pode ser

visualizada na figura seguinte.

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Neste caso, o significado da deslocação da curva para a posição D2 é que a quantidade

procurada do bem é agora sistematicamente menor, para todos os possíveis preços, do que

acontecia na posição inicial D1.

As causas possíveis para esta situação podem ser exatamente as opostas das que referimos

acima.

Lei e Curva da oferta

A Oferta de um determinado produto é definida como o agregado das

intenções de venda desse produto por parte dos produtores (empresas).

A lei da oferta relaciona a quantidade oferecida de um produto com o

respetivo preço, e pode ser enunciada da seguinte forma: a quantidade

oferecida de um bem aumenta quando o preço sobe, e diminui quando o preço desce.

Oferta Agregada

Representa a soma das quantidades oferecidas individualmente para cada nível de preços. A

quantidade oferecida no mercado depende dos fatores que determinam a quantidade oferecida

pelos vendedores individuais.

Deslocações da Oferta

Não devemos confundir oferta com vendas. A oferta traduz apenas as intenções de venda.

Para um dado preço existe uma quantidade oferecida, mas essa oferta só se traduzirá em

vendas se existir procura suficiente, equivalente ou superior à quantidade oferecida. No caso

de não existir procura suficiente, parte da oferta ficará por vender.

A figura seguinte representa graficamente a lei da oferta. A variável P representa o preço, e a

variável Q representa a quantidade oferecida. A lei da oferta é representada pela linha S.

Neste caso é uma reta, por mera simplificação, embora o gráfico da oferta real dos diversos

produtos tenda a ser uma linha curva – e por isso também se usa a expressão curva da oferta

como sinónimo de "lei da oferta".

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O facto da curva da oferta ter declive positivo significa que as duas variáveis, Preço e

Quantidade, andam sempre no mesmo sentido: quando uma desce a outra também desce, e

inversamente. Na figura seguinte, ao preço P1 corresponde a quantidade Q1, e ao preço P2

corresponde a quantidade Q2. Podemos facilmente ver como a uma subida do preço (de P1

para P2) corresponde uma subida da quantidade (de Q1 para Q2).

Este comportamento da quantidade oferecida, variando no mesmo sentido

do preço, é bastante intuitivo: podemos aceitar com facilidade que o

aumento do preço de um produto se traduza no acréscimo da oferta desse

produto.

Graficamente, a lei da oferta traduz-se em deslocações ao longo

da curva. No entanto podem igualmente ocorrer deslocações da

curva. Vejamos o exemplo do gráfico seguinte, onde a curva

da oferta, inicialmente na posição S1, sofre uma deslocação para a

direita, para a posição S2.

Qual o significado desta deslocação? Na posição S2, a

quantidade oferecida é sistematicamente maior, para todos os possíveis preços, do que

acontecia na posição inicial S1.

Causas possíveis para esta alteração de comportamento podem ser as seguintes:

- Diminuição dos custos de produção. Podendo produzir os mesmos produtos a um preço mais

baixo, as empresas poderão colocar maior quantidade desses produtos à venda, e mesmo

assim obter lucros suficientes à sua atividade. A diminuição dos custos de produção pode ter

origens diversas: descida dos preços das matérias-primas, descida do preço da mão de obra,

progressos tecnológicos ou melhorias organizativas que permitam produzir mais com os

mesmos custos.

- Condições climatéricas favoráveis que se traduzem e maiores níveis

de produção para os mesmos custos.

A deslocação da curva da oferta da esquerda pode ser visualizada na

figura seguinte.

Neste caso, o significado da deslocação da curva para a posição S2 é que a quantidade

oferecida do bem é agora sistematicamente menor, para todos os possíveis preços, do que

acontecia na posição inicial S1.

As causas possíveis para esta situação podem ser exatamente as

opostas das que referimos acima - aumento dos custos de produção ou

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condições climatéricas desfavoráveis.

A estrutura dos mercados

Formas de mercado

Mercados de Concorrência perfeita

Nº Produtores: ínumeros

Controlo sobre o preço: nulo

Bens produzidos: homogéneos

Concorrência: muita

É o mercado em que existem muitos produtores ou vendedores de um bem homogéneos e

muitos compradores.

Os preços resultam da interação entre a oferta e a procura (a empresa não tem poder para

fixar os preços)

Para que se verifique a concorrência perfeita deve ser preenchido um conjunto de condições, sendo as principais as seguintes:

- atomização do mercado, ou seja, que exista um grande número de consumidores e um

grande número de produtores, e que nenhum deles tenha dimensão suficiente para influenciar

o mercado;

-transparência do mercado, no sentido de que todos os consumidores e todos os produtores

devem ter um conhecimento perfeito de todos os preços; é por este motivo que a legislação

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obriga à afixação dos preços dos produtos, nas montras dos estabelecimentos, nas bancas do

peixe, etc.

-mobilidade dos fatores de produção; o mecanismo de mercado pressupõe a fácil

reconversão e deslocalização dos fatores produtivos, capital e força de trabalho, para os

setores que mais oportunidades lucrativas ofereçam aos produtores.

- homogeneidade dos produtos; no caso de não existir homogeneidade, ou seja, no caso

dos produtos serem diferenciados, o funcionamento do mercado aproxima-se duma situação

de monopólio, onde cada produtor tende a ser o "monopolista" do seu próprio produto. Um

exemplo desta diferenciação, ou falta de homogeneidade, encontra-se nas calças de ganga

(jeans) que, embora basicamente semelhantes, são objeto de diferenciação por meio de

características secundárias ou da "marca", permitindo a existência de preços muito

diferenciados e impedindo que haja uma concorrência perfeita; esta tendência para a

diferenciação mais ou menos artificial dos produtos é uma característica das economias

modernas.

Quando se verificam condições de concorrência perfeita, o preço de

mercado tende a situar-se no ponto onde a oferta é igual à procura. Este

preço toma a designação de preço de equilíbrio. Conforme podemos ver

na figura seguinte, o preço de equilíbrio corresponde ao ponto onde a

curva da procura se cruza com a curva da oferta:

Preço de Equilibrio

Equilíbrio significa estabilidade, e o preço de equilíbrio

representa, de facto, um ponto de estabilidade do mercado.

Poderemos compreender melhor este conceito de estabilidade se

procurarmos saber o que é que se passa se o preço de

mercado (aquele que efetivamente ocorre no mercado num dado momento) não for um preço

de equilíbrio.

Vejamos o caso da figura seguinte, onde o preço P1 se encontra acima do preço de equilíbrio.

Para este preço não existe igualdade entre oferta e procura. O que acontece é que a oferta é

superior à procura. E o motivo é fácil de compreender: a um preço mais elevado, os produtores

estão dispostos a vender mais, mas os consumidores estão dispostos a comprar menos. Nesta

situação de oferta superior à procura vão ficar muitos bens para vender

pelo que se trata de uma situação insustentável. O resultado é que o

preço tenderá a descer para o ponto de equilíbrio.

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16

Vejamos agora a hipótese do preço de mercado se situar abaixo do

preço de equilíbrio, situação representada na figura

seguinte. Neste caso a procura é superior à oferta,

precisamente porque o preço é aliciante para os consumidores mas

indesejável para os produtores. Trata-se de uma situação

insustentável, porque rapidamente os produtos se esgotarão no

mercado. O preço tenderá agora a subir para o ponto de equilíbrio.

Contudo o preço de equilíbrio não é sempre o mesmo: ele pode

modificar-se em resposta a deslocações das curvas da oferta e da

procura, deslocações cujas causas já analisámos noutra parte

deste capítulo.

Vejamos o caso da figura seguinte, em que a curva da oferta sofre

uma deslocação de para a direita, de S para S1. Isto determina a

fixação de um novo preço de equilíbrio, P1, que se situa abaixo do

preço de equilíbrio anterior.

Se a curva da oferta se deslocar para a esquerda, o novo preço de

equilíbrio estará acima do anterior, conforme se pode ver na figura

seguinte, onde a curva da oferta se desloca de S para S2.

Vejamos agora o que acontece com as deslocações da curva da procura. A deslocação da

curva da procura para a direita, de D para D1, representada na figura

seguinte, traduz-se por uma subida do preço de equilíbrio

No caso da curva da procura se deslocar para

a esquerda, de D para D2, o resultado será a

descida do preço de equilíbrio, conforme se

pode ver na figura seguinte.

Page 17: 6701 - Actividade Económica.pdf

17

5. Mercado

É qualquer situação em que os vendedores e os compradores ajustam o preço e a quantidade do bem a

transaccionar.

É o ponto de encontro entre a procura e a oferta.

O mercado é o local, físico ou virtual, onde se dá a interação entre consumidores e produtores.

Agora poderemos reformular esta definição dizendo que o mercado é o local onde a oferta

interage com a procura.

É inerente ao funcionamento dos mercados que existam condições de concorrência. Para que

se verifique a concorrência deve ser preenchido um conjunto de condições de concorrência.

Concorrência Imperfeita (monopólio, oligopólio e concorrência monopolística)

Os preços dependem do poder que a empresa tiver no mercado:

-monopólio: total poder

-oligopólio: algum poder

-concorrência monopolística: pouco poder

O monopólio

É o mercado em que existe um único produtor ou vendedor

Nº Produtores: um

Controlo sobre o preço: total

Bens produzidos: único

Concorrência: nenhuma

Oligopólio

É o mercado em que existem poucos produtores ou vendedores de bens diferenciados ou de

bens idênticos.

Nº Produtores: alguns

Controlo sobre o preço: limitado

Page 18: 6701 - Actividade Económica.pdf

18

Bens produzidos: pouco diferenciados

Concorrência: pouca

Concorrência Monopolística

É o mercado em que existem muitos produtores ou vendedores de um bem parecido, mas não

idêntico, e muitos compradores.

Nº Produtores: muitos

Controlo sobre o preço: pouco

Bens produzidos: diferenciados

Concorrência: bastante

Tipos de Mercado

Aspetos positivos Aspetos negativos

Concorrência

perfeita

-O preço é definido através do

confronto entre a oferta e a procura em

mercados de bens homogéneos.

-O mercado apresenta condições a

transparência, a atomicidade, a

homogeneidade, a mobilidade dos

fatores de produção, a livre entrada e

saída de mercado

-A atomização e a pequena

dimensão das empresas

são so fatores que

dificultam o investimento

em pesquisa e

melhoramento dos bens.

-É o mercado que afeta de

melhor forma os recursos

existentes.

Monopólio -O preço é estipulado pelo monopolista

-As barreiras tecnológica legal e a

dimensão do mercado impedem a

entrada de novos concorrentes.

-O monopolista, ao obter lucros

elevados, pode destiná-los a aumentar

o investimento na empresa, ao

contribuir para a inovação tecnológica

e para a melhoria na qualidade dos

bens

-A capacidade do

monopolista controlar o

preço pode lesar os

interesses do consumidor,

ao exigir preços mais

elevados e ao apresentar

bens sem grande evolução

qualitativa.

-O poder de mercado do

monopolista não é

absoluto, é limitado pela

intervenção do estado e

Page 19: 6701 - Actividade Económica.pdf

19

pela existência de bens

substitutos

Oligopólio -O controlo sobre o preço de mercado

que cada oligopolista tem depende da

reação dos seus concorrentes

-Há possibilidade dos oligopolistas

estabelecerem acordos entre si com

objetivo de controlar o preço.

-No mercado oligopolista as empresas

podem oferecer produtos diferenciados

ou não diferenciados.

-A capacidade do

oligopolista controlar o

preço pode lesar os

interesses do consumidor

fixando preços mais

elevados e apresentando

bens sem grande evolução

qualitativa.

-A possibilidade dos

oligopolistas

estabelecerem acordos

entre si, com o objetivo de

aumentar os preços e os

lucros, pode obrigar o

consumidor a pagar preços

mais elevados pelo bem.

Concorrência

monopolística

-Muitos vendedores sem capacidade

para controlar preços

-Produtos diferenciados

-A atomização e a pequena

dimensão das empresas

são fatores que dificultam o

investimento em pesquisa

e melhoramento na

qualidade dos bens

Fusões e Aquisições

A concorrência que se tem vindo a desenvolver entre as diversas empresas, tem conduzido à

concentração no sentido de alargarem os seus mercados e aumentarem a sua dimensão. É

usual destacar-se:

-concentração horizontal (realizada no mesmo ramo de atividade)

-concentração vertical (reunir diversas empresas de ramos diferentes)

Para se defenderem em situações de crise, as grandes empresas têm estabelecido acordos e

fusões.

Assim, assiste-se a uma diversificação funcional da produção que se tem acentuado com a

diversificação geográfica da produção, originando as empresas multinacionais ou transacionais

Page 20: 6701 - Actividade Económica.pdf

20

As formas adotadas pelas empresas para defenderem da concorrência são variadas

-A fusão de empresas ou trust

O trust resulta da fusão de várias empresas, dando origem a uma nova empresa que utiliza os

meios de produção e os trabalhadores nas diversas empresas iniciais.

Os objetivos do trust consistem na instauração de um monopólio, pois visa eliminar as

empresas concorrentes e na racionalização das empresas, procurando reduzir os custos de

produção, através de uma maior dimensão

-As aquisições

-Anexação

-Prática das OPV (oferta Pública de venda): uma empresa se oferece no mercado para ser

comprada por outras, colocando à venda no Mercado de Bolsa parte ou a totalidade do seu

capital.

-Operações públicas de aquisição (OPA) são operações financeiras que permitem a uma

empresa a aquisição de outra, cotada em bolsa, através de uma proposta pública, aos

acionistas da última, de compra das suas ações a um preço mais elevado do que o seu valor

de mercado.

-Esta situação, todavia, torna-se problemática para os consumidores, em virtude de poder

originar situações de monopólio e de oligopólio onde a vontade dos consumidores pode ser

abafada face aos interesses e expectativas dos grandes empresários,

-Este processo de concentração também pode atrair alguns problemas para os países, uma

vez que os interesses das economias nacionais podem ser adquiridas por empresas

estrangeiras com o risco dos interesses estrangeiros poderem vir a impor-se como decisivos.

6. O trabalho

Trabalho

todo o esforço humano, físico e

intelectual, gasto no processo produtivo.

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21

População Activa

População Total = Pop. Activa + Pop. Inactiva

População Activa=Empregados (recebem uma remuneração) +Desempregados

População Inactiva

Taxa de Actividade = População Activa X 100

População total

População Total =Empregados + Desempregados + Inactivos

Interpretação deuma taxa de actividadede, por exemplo, 45%

é constituída por todos os indivíduos com

condições para participar na actividade

produtiva e que estão disponíveis para

trabalhar.

O factor trabalho num país

corresponde à população activa.

é constituída por todas as pessoas sem

capacidade para o exercício de uma

actividade remunerada ou que não estão

disponíveis para trabalhar

Crianças

Jovens

Estudantes

Idosos

Reformados

Donas de casa

A taxa de actividade dá-nos a relação

,em percentagem, entre a população

activa e a população total anual

Em cada 100 residentes, aproximadamente,

45 são activos

Page 22: 6701 - Actividade Económica.pdf

22

Factores que alteram

a População activa:

Taxa de Desemprego = Nº DesempregadosX 100

Interpretação de uma taxa de desemprego de, por exemplo, 11 %

Taxa de natalidade

Taxa de mortalidade

Migrações externas

Idade da reforma

Nível de escolaridade

obrigatório

Cultura da sociedade

Em cada 100 activos, aproximadamente,

11 estão desempregados

A taxa de desemprego dá-nos a

relação ,em percentagem, entre o nº

de desempregados e a população

activa

A informatização crescente de serviços,

através de uma maior utilização de

computadores melhora o nível

deatendimento ao público e permite

reduzir as despesas mas implica também

uma redução de pessoal.

Page 23: 6701 - Actividade Económica.pdf

23

Causas do desemprego

Tipos de Desemprego

Desemprego tecnológico

Desemprego repetitivo

Também na indústria a existência de

computadores e de robots veio

substituir o homem na realização de

certas tarefas.

A introdução de novas tecnologias levará a

destruição de muitos postos de trabalho, mas poderá

permitir a criação de emprego que exige uma maior

qualificação

Resultante do desenvolvimento

tecnológico

As transformações tecnológicas provocam o

aumento do desemprego pois é necessário

dar aos desempregados novas competências

de acordo com as exigências do mercado.

Resultante das alterações na procura de

bens e serviços na sociedade

Associado às flutuações sazonais de

produção (agricultura, turismo…).

Resultante da estagnação da actividade

económica e do encerramento de

empresas.

São desempregados de longa

Page 24: 6701 - Actividade Económica.pdf

24

Desemprego de longa duração

Formação ao longo da vida

Há 2 tipos

de qualificações:

Hoje, o mercado de trabalho, em resultado do

desenvolvimento tecnológico exige mais e melhores

qualificações aos trabalhadores e a permanente

actualização dos seus conhecimentos e competências

iniciais.

Ao longo da nossa vida profissional vamos ter diferentes formações para

podermos responder às necessidades do mercado de trabalho.

A ideia de um trabalho para a vida desapareceu e, surge a necessidade da

actualização contínua do trabalhador como forma de responder às mudanças

do mercado de trabalho.

1º O indivíduo ocupa um emprego de

acordo com a sua qualificação

individual, preparação prévia ao

desempenho de um conjunto de tarefas.

2º O indivíduo, no seu local de trabalho,

recebe formação que o torna mais apto às

exigências do processo produtivo

desenvolvido na empresa, qualificação

profissional.

O desenvolvimento tecnológico

obriga as empresas a contratarem

trabalhadores com novas

qualificações e/ou com melhores

qualificações.

Page 25: 6701 - Actividade Económica.pdf

25

7. Conceito de Inflação

Na sua essência, ela constitui um desequilíbrio entre a procura e a oferta e que cria uma

tensão nas estruturas produtivas. Muitas definições e explicações se podem dar (ex: Teoria

Económica), o que varia de autor para autor. A inflação não é um aumento dos preços,

imagem errada que muitos consumidores têm de inflação. A subida generalizada dos preços, o

racionamento e o tabelamento dos preços não são mais que sintomas e consequências da

tensão inflacionária provocada pelo desequilíbrio entre a procura e a oferta.

Há vários tipos:

• Hiperinflação, fenómeno económico caracterizado por um elevado aumento dos preços num

curto espaço de tempo. As hiperinflações são raras, surgem em períodos de instabilidade

política e de guerra. Actualmente têm surgido em países que deixaram a Economia de

direcção central e enveredaram pela Economia de direcção central. Por exemplo em 1990 a

Polónia registou uma taxa de inflação superior a 1000 %.

• Inflação galopante ou trotante, fenómeno económico que se caracteriza por um aumento

rápido e elevado dos preços. A taxa varia entre 20 a 200 % e começam a surgir distorções

económicas graves. Há uma grande descida do poder de compra e a moeda perde

rapidamente o seu valor. Este tipo de inflação não é raro. A Economia da Inglaterra, da França

e da Itália sofreram esta categoria de inflação após o choque petrolífero de 1973. Contudo, os

países, através de instrumentos macroeconómicos conseguiram manter a inflação em níveis

aceitáveis.

• Inflação moderada ou rastejante, fenómeno económico caracterizado por um aumento

reduzido dos preços. Os preços dos bens e serviços aumentam pouco. A taxa de inflação é

inferior a 10%.

O desenvolvimento tecnológico requer a

requalificação dos trabalhadores

existentes dotando-os das competências

necessárias e tornando-os mais

polivalentes, no sentido de resolverem

diferentes tipos de tarefas.

Page 26: 6701 - Actividade Económica.pdf

26

8. Crescimento económico

Definição de PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) de um país é o montante dos bens e serviços por ele produzidos

num dado ano. Esse valor refere-se à produção efetuada no país, independentemente de ser

realizada por empresas nacionais ou estrangeiras. Se o critério de contabilização fosse a

nacionalidade, tratar-se-ia de um outro conceito, o de Produto Nacional Bruto (PNB).O PIB é

um dos agregados macroeconómicos, ou seja, é uma grandeza que representa o conjunto das

operações efetuadas, durante o ano, pelos vários agentes dessa economia.Em termos de

Contabilidade Nacional, considera-se o PIB (a preços de mercado) como a soma do consumo

privado, do consumo público, do investimento das empresas e das exportações líquidas (ótica

da despesa).

Calcular o PIB

Ópticas de cálculo do valor da produção

O produto de um país pode ser obtido por três ópticas equivalentes:

• Óptica do Produto – permite-nos conhecer o valor do produto por sector

institucional e/ou sector de actividade.

• Óptica da Despesa – permite-nos conhecer os gastos efectuados pelos

diferentes sectores institucionais.

• Óptica do Rendimento – permite-nos conhecer o valor atribuído como

remuneração dos factores de produção.

1. Cálculo da produção pela óptica do produto

Produto Interno Bruto (PIB)

Este é um dos agregados mais utilizados na análise da actividade económica.

Comparando os valores do PIB em vários períodos, ficamos com uma ideia de como se

desenvolveu a produção do país.

O PIB mede a produção total do país, ou seja, a quantidade de bens e serviços

produzidos durante um determinado período de tempo, geralmente um ano civil.

− Como se calcula o PIB?

O valor do produto é determinado a partir do valor acrescentado pelos

ramos/sectores de actividade económica. Desta forma, os produtos são classificados

conforme a sua natureza e origem.

Um dos problemas que poderá surgir está relacionado com a existência de bens

de consumo intermédio. Assim, o valor de certo bem poderá ser registado mais do que

uma vez pelo facto de outros bens serem incorporados no processo produtivo – problema

Page 27: 6701 - Actividade Económica.pdf

27

da múltipla contagem.

Para evitar o problema da múltipla contagem recorre-se a um dos dois métodos

seguintes:

1. Método dos valores acrescentados.

2. Método dos produtos finais.

Podemos obter o PIB pelo somatório dos valores acrescentados. Este método

baseia-se na determinação do valor acrescentado por cada unidade produtiva, calculado

através da diferença entre o valor das vendas e o valor das compras que foi necessário

efectuar para conseguir realizar a produção. Para efeitos de cálculo, considera-se apenas o

valor acrescentado de cada empresa.

De notar que:

• É preciso distinguir bens e serviços finais/intermédios;

• O consumo intermédio corresponde ao valor dos bens e serviços consumidos

incorporados no processo produtivo.

• O valor acrescentado será assim a diferença entre o valor da produção e o

valor do consumo intermédio.

O valor do produto resulta, pois, da soma dos valores acrescentados pelas unidades de

produção.

PIB = ΣVAB

Outro método que pode ser utilizado é o método dos produtos finais. Este método

toma em atenção o valor dos produtos finais e no cálculo do produto considera-se apenas o

valor da produção de bens e serviços finais, ou seja considera apenas para o cálculo os

bens e serviços que não sofrerão mais transformações no processo produtivo, ou seja,

que se destinam ao consumidor final.

● Produto interno e produto nacional

O produto interno tem por base a riqueza obtida pelas unidades institucionais

situadas no seu território económico.

O produto nacional tem por base a riqueza obtida pelas unidades institucionais

residentes, independentemente do território económico onde foi gerada a riqueza.

Assim,

PN = PI + Saldo dos rendimentos do trabalho, da propriedade e da empresa com o Resto do

Mundo (ou Rendimento líquido enviado ao exterior).

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28

● Produto bruto e produto líquido

Ao longo do processo produtivo, os bens de equipamento vão-se desgastando porque

se desactualizam ou porque se deterioram. Os equipamentos depreciados têm de ser

substituídos. Para o efeito, determina-se o valor da depreciação dos bens de

equipamento, tendo em atenção vários factores, nomeadamente o tempo de vida previsível

dos bens de equipamento, o ritmo de desenvolvimento tecnológico e o desgaste dos

equipamentos. Tal valor deverá, em cada período económico, ser retirado do valor total

ou riqueza criada pelo país, a fim de se poderem substituir ou reparar todos os bens de

equipamento depreciados. Só tal actuação permite que a capacidade produtiva do país se

mantenha de ano para ano. A este valor, que é necessário utilizar para da capacidade

produtiva, é usual dar-se o nome de amortização ou consumo de capital fixo.

O produto é bruto quando no processo de cálculo não lhe foi deduzido o valor das

amortizações. Pelo contrário, se ao valor do produto de um país forem deduzidas as

amortizações ou consumo de capital fixo o produto diz-se líquido.

Produto líquido = Produto Bruto – Consumo de Capital Fixo

● Produto a preços de mercado e produto a custo de factores

A intervenção do Estado no processo produtivo provoca alteração nos preços dos

bens, assim podemos encontrar:

- Um preço à saída da unidade produtora (custo de factores);

- Um preço no mercado (preço de mercado).

Quando calculamos o PIB ou PNB, fazemo-lo normalmente com base no preço que os

produtos têm quando são trocados no mercado. Mas estes preços contêm os impostos

ligados à produção e, em alguns casos, são preços subsidiados, o que quer dizer que são

vendidos a um preço inferior ao seu custo.

Na verdade, o Estado recolhe impostos que recaem directamente sobre os preços de

custo dos bens que vêm onerá-los e de que são o exemplo o IVA, o imposto sobre os

produtos petrolíferos, os impostos alfandegários que recaem sobre alguns produtos

importados, etc.

Page 29: 6701 - Actividade Económica.pdf

29

Por outro lado, o Estado também concede subsídios à produção de certos bens

essenciais, a fim de que o preço de venda desses bens seja acessível a toda a população.

Para determinar o produto a custo de produção, isto é, pelos custos dos factores de

produção, teremos de subtrair os impostos ligados à produção e somar os subsídios de

exploração concedidos às empresas.

Produto pm = Produto cf + impostos indirectos – subsídios

● Produto a preços correntes e Produto a preços constantes

O valor do produto de um país pode ser determinado a preços correntes ou a preços

constantes.

É calculado a preços correntes quando os bens e serviços são valorizados aos

preços verificados no ano em causa.

É calculado a preços constantes quando os bens e serviços são valorizados, segundo

preços de um ano considerado como base.

O aparente aumento do valor da produção, verificado entre dois períodos, pode ser

devido exclusivamente à subida dos preços ocorridos nesse espaço de tempo, não

traduzindo o aumento real da produção. Para ultrapassar este inconveniente, em vez de se

calcular o valor dos agregados a preços de um ano em causa (cálculo a preços

correntes), recorre-se ao cálculo desses valores a preços constantes, que consiste em

avaliar as grandezas de cada período aos preços de um determinado período tomado

como base.

Os preços constantes resultam da deflação ou valorização dos preços de um ano

relativamente ao ano base;

PIB pconstantes = (PIBpcorrentes/IPC) * 100

Para medirmos a evolução real do PIB temos de eliminar o aumento dos preços

construindo valores a preços constantes:

Produto Interno Bruto P.M (milhões de euros)

2001

2002

2003

Preços correntes

Preços

constantes

123 210

99 365

129 557

99 873

130 448

98577

2. Cálculo do valor do produto pela óptica do rendimento

Page 30: 6701 - Actividade Económica.pdf

30

Como sabemos, a produção é depois repartida pelos elementos que contribuíram para

a sua realização. Assim, podemos analisar a forma como a produção é repartida, ou seja,

pela óptica do rendimento.

Segundo a óptica do rendimento, o valor do produto é igual à soma das

remunerações do trabalho e do capital:

- Remunerações do trabalho: salários e vencimentos;

- Rendimentos do capital ou excedente bruto de exploração: rendimentos de capital e

outros rendimentos pagos pelas empresas produtoras (lucros, juros e rendas).

O valor do produto segundo a óptica do rendimento poderá ser obtida a partir da

seguinte expressão:

PIBpm = Remunerações do trabalho + Excedente bruto de exploração +

Impostos sobre a produção e a importação – Subsídios sobre a

produção e a importação

Por seu turno,

RNB = PIBpm + Saldo dos rendimentos do trabalho, da propriedade e da

empresa com o Resto do Mundo (ou Rendimento líquido enviado ao

exterior)

Importa referir que o conhecimento do valor dos diferentes componentes do

Rendimento Nacional não nos indica o rendimento de que as famílias podem

efectivamente dispor. De facto outros rendimentos poderão aumentar ou diminuir as

disponibilidades das famílias e estes não são considerados no cálculo do Rendimento

Nacional, em virtude de não corresponderem à riqueza atribuível aos factores produtivos.

Podemos, assim, calcular outra grandeza, o Rendimento Disponível. Nesta

grandeza, incluem-se os rendimentos entregues aos particulares, enquanto

remuneração, e ainda, as transferências internas (as diversas formas de subsídios) e as

transferências externas (nomeadamente, as remessas dos emigrantes).

A este somatório de rendimento entregue às famílias deverão subtrair-se os

impostos directos pagos pelos particulares ao Estado, bem como as contribuições sociais

entregues à Segurança Social, pois essas entregas vêm, de facto, diminuir as

disponibilidades financeiras dos particulares.

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31

3. Cálculo do valor do produto pela óptica da despesa

Se analisarmos a produção pela forma como os indivíduos gastam os seus

rendimentos, isto é, como se reparte a produção nacional pelos diferentes fins a que se

destina, obtemos a Despesa. Assim, uma vez que na perspectiva da despesa se observa o

funcionamento de uma economia tendo em conta a utilização ou o destino dado aos

bens e serviços produzidos, o cálculo da despesa exige que conheçamos:

– O consumo privado dos residentes, isto é, todas as despesas efectuadas pelos

particulares em bens e serviços que se destinem à satisfação das suas

necessidades;

– O consumo público que inclui as despesas correntes da Administração Pública,

ou seja, as despesas efectuadas com a aquisição de bens e serviços, necessários

ao correcto funcionamento da Administração Pública e à satisfação das

necessidades colectivas da população.

CONSUMO

PRIVADO PÚBLICO

– Investimento ou formação bruta de capital destinado à reposição e/ou

ampliação da capacidade produtiva do país. Aqui, incluem-se a formação bruta de

capital fixo que traduz os investimentos em bens de equipamento feitos, quer pelo

sector público quer pelo sector privado, e a variação de existências que expressa a

diferença entre os valores dos stocks de produtos, diferença esta verificada no

início e no fim do período que se estiver a considerar.

INVESTIMENTO

FBCF VE

FLCF AMORTIZAÇÕES

Page 32: 6701 - Actividade Económica.pdf

– As exportações, que representam a venda a outros países, constituem uma

componente da despesa, uma vez que, apesar de não representarem bens e

serviços consumidos internamente, constituem produto realizado no país.

– As importações que resultam da aquisição e utilização pelo país de bens e

serviços que foram produzidos noutros países, não constituindo, portanto, produto do

país em causa. Tal como o valor dos bens e serviços exportados são

adicionados na determinação do valor da despesa, teremos de subtrair o valor

correspondente aos bens e serviços importados.

Uma vez conhecidas as componentes da despesa podemos definir os conceitos de

Despesa Interna e de Despesa Nacional.

A Despesa Interna de um país representa os gastos das unidades institucionais

realizados no interior da sua fronteira económica em relação à produção interna.

Assim temos,

Despesa Interna = Consumo Privado + Consumo Público + Investimento +

Exportações – Importações

Sabendo que: Exportações – Importações = Exportações Líquidas Teremos:

DI = Consumo Privado + Consumo Público + Investimento + Exportações

Líquidas

Assim:

PIBpm = DI = Consumo privado + Consumo Público + Formação Bruta de

Capital Fixo ± Variação de Existências + Exportações – Importações

A Despesa Nacional representa os gastos efectuados por todas as unidades

institucionais residentes no país.

DN = Consumo privado + Consumo Público + Formação Bruta de Capital Fixo

± Variação de Existências + Exportações – Importações + Saldo dos

Page 33: 6701 - Actividade Económica.pdf

rendimentos do trabalho, da propriedade e da empresa com o Resto do

Mundo

Ou:

DN = DI + Saldo dos rendimentos do trabalho, da propriedade e da empresa com o

Resto do Mundo

Quando analisamos a despesa interna, também podemos analisar a procura

interna. Assim, a procura interna de um país corresponde aos gastos realizados por todos

os residentes em relação à produção efectuada nesse território económico.

Procura Interna = Consumo privado + Consumo público + Investimento

A Procura Global corresponderá a Procura Interna acrescentando a esta a

procura efectuada por não residentes em relação aos bens e serviços nacionais, isto é, as

exportações de bens e serviços para o Resto do Mundo. Assim, teremos:

Procura global = Consumo total + Investimento + Exportações OU

Procura global = Procura interna + Exportações

A Procura Global representa o conjunto de despesas realizadas por residentes ou não

residentes na aquisição de bens e serviços produzidos no nosso território.

Assim, podemos relacionar a procura com a despesa:

Despesa interna = Procura global – Importações