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DIREITO ELEITORAL – EXERCÍCIOS CESPE AULA 4 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá Colegas! 4ª Aula de Exercícios CESPE!! Finalizaremos nossos Exercícios da Lei nº 9.504/97 e praticaremos outros temas (Lei nº 6.091/74, Diplomação, etc). Bons Estudos! Ricardo Gomes DIREITO ELEITORAL - EXERCÍCIOS CESPE COMENTADOS LEI ELEITORAL (Lei nº 9.504/97). Sistemas eleitorais; coligações; convenções para escolha de candidatos; registro de candidatura; arrecadação e aplicação de recursos; prestação de contas; propaganda eleitoral; sistema eletrônico de votação e totalização dos votos; condutas vedadas (entre outros pontos). QUESTÃO 118: TSE - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 14/01/2007. Júlio, domiciliado em Brasília - DF, é oficial do Exército há cerca de 12 anos e pretende candidatar-se ao cargo de senador nas próximas eleições. Paulo e Manoel são seus suplentes partidários. A partir dessa situação hipotética e com fulcro nas disposições do Código Eleitoral e da Lei n.º 9.504/1997, assinale a opção incorreta. a) O registro da candidatura de Júlio deverá ser requerido ao TRE-DF. b) Os registros de Paulo e Manoel far-se-ão concomitantemente com o registro de Júlio.

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Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1

Olá Colegas!

4ª Aula de Exercícios CESPE!!

Finalizaremos nossos Exercícios da Lei nº 9.504/97 e praticaremos outros temas (Lei nº 6.091/74, Diplomação, etc).

Bons Estudos!

Ricardo Gomes

DIREITO ELEITORAL - EXERCÍCIOS CESPE COMENTADOS

LEI ELEITORAL (Lei nº 9.504/97). Sistemas eleitorais; coligações; convenções para escolha de candidatos; registro de candidatura; arrecadação e aplicação de recursos; prestação de contas; propaganda eleitoral; sistema eletrônico de votação e totalização dos votos; condutas vedadas (entre outros pontos).

QUESTÃO 118: TSE - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 14/01/2007.

Júlio, domiciliado em Brasília - DF, é oficial do Exército há cerca de 12 anos e pretende candidatar-se ao cargo de senador nas próximas eleições. Paulo e Manoel são seus suplentes partidários. A partir dessa situação hipotética e com fulcro nas disposições do Código Eleitoral e da Lei n.º 9.504/1997, assinale a opção incorreta.

a) O registro da candidatura de Júlio deverá ser requerido ao TRE-DF.

b) Os registros de Paulo e Manoel far-se-ão concomitantemente com o registro de Júlio.

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c) O partido político de Júlio deverá requerer seu registro até o dia 5 de julho do ano da eleição.

d) No ato do registro da candidatura, Júlio passará automaticamente para a inatividade.

COMENTÁRIOS:

Item A – correto. Por ter domicílio eleitoral em Brasília/DF, naturalmente o registro de candidatura será realizado no TRE/DF.

Conforme o art. 14, §3º, da CF-88 prevê que, entre as condições de elegibilidade está o domicílio eleitoral do candidato.

Por seu turno, a Lei Eleitoral, regulamentando tal preceito constitucional, dispõe sobre 2 requisitos para que o candidato possa concorrer às eleições, 1 deles sobre o prazo mínimo de domicílio eleitoral:

1. possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo mínimo de 1 (um) ANO antes do pleito;

2. estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazode 1 ANO.

Lei Eleitoral

Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.

Assim, por Júlio residir em Brasília/DF há 12 anos, deverá efetuar o registro de candidatura no TRE/DF.

Item B – correto. O § 1º do art. 91 do Código Eleitoral preceitua que o “registro de candidatos a senador far-se-á com o do suplente partidário”. Assim também, a Instrução nº 126/2009 do TSE, que dispõe sobre o Calendário Eleitoral de 2010, traz esse juízo. Tanto na escolha como no registro de candidatos, o cargo de senador vem sempre acompanhado pelos respectivos suplentes.

Código Eleitoral

Art. 91.

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§ 1º O registro de candidatos a SENADOR far-se-á com o do suplente partidário.

Item C – correto. O prazo para registro de candidatos de Partidos e Coligações é até às 19 HORAS do dia 5 de JULHO do ano em que se realizarem as eleições.

Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 5 de julho do ano em que se realizarem as eleições.

Item D – errado. Júlio é Militar. A CF-88 elenca condições de elegibilidade específicas para os Militares. Cabe aqui delinear novamente as condições previstas no art. 14, §8º, da CF-88, para os Militares:

se contar com menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

se contar com mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. Não há que se falar em passagem para inatividade com o mero registro de candidatura, pois é preciso que o militar seja eleito e diplomado.

CF-88

Art. 14

§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 119: TJ-PA - Juiz Substituto [CESPE] - 24/02/2008.

Na eleição de 2000 para a câmara municipal do município de Utopia - PA,

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composta por cinco vereadores, concorreram três partidos, o Partido Beta (PB), o Partido Gama (PG) e o Partido Delta (PD). A votação deu-se mediante sistema eletrônico e, realizada a apuração dos votos, chegou-se ao resultado da tabela abaixo. legenda n.º de votos PB 450 PG 280 PD 170 votos brancos 100 votos nulos 80 total 1.080.

Novamente tendo em vista a situação hipotética descrita no texto e também considerando que Rodrigo foi um dos candidatos registrados pelo PD para concorrerem ao cargo de vereador de Utopia, julgue os itens abaixo.

a) Se o PB concorresse nas referidas eleições municipais em coligação com o PD, então a coligação poderia registar até dez candidatos para o cargo de vereador de Utopia.

b) Se a câmara municipal de Utopia fosse composta por oito vereadores e o PG registrasse oito candidatos para concorrer a esses cargos, seria necessário que esses candidatos fossem metade homens e metade mulheres.

c) O registro da candidatura de Rodrigo deveria ter sido feito perante o juiz eleitoral de Utopia e, caso Rodrigo houvesse sido eleito, o órgão da justiça eleitoral competente para expedir seu diploma seria a junta eleitoral de Utopia e não o juiz eleitoral.

d) Se, à época do registro de sua candidatura, Rodrigo fosse filiado tanto ao PD como ao PB, caracterizar-se-ia dupla filiação, fato que, além de ser motivo suficiente para o indeferimento da solicitação de registro de Rodrigo como candidato, é tipificado como crime eleitoral de ação pública incondicionada.

e) Se, na manhã do dia da eleição, Eduardo houvesse instalado caixas de som em seu carro e, utilizando a amplificação de voz proporcionada por essas caixas, saísse pelas ruas de Utopia convocando as pessoas para participar de uma carreata, às dezesseis horas, em favor da candidatura de Rodrigo, então agentes da polícia militar do Pará que tivessem observado Eduardo praticar esses atos poderiam prendê-lo em flagrante delito pela prática de crime eleitoral.

COMENTÁRIOS:

Item A – correto. Nas Eleições Proporcionais (cargos da Câmara dos Deputados, Assembléias/Câmaras Legislativas e Câmaras Municipais – Deputados Federais, Estaduais e Vereadores), cada Partido Político poderá

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registrar até 150% dos lugares a serem preenchidos na eleição. Ex: se são 30 lugares vagos para Deputado Federal no respectivo Estado, cada partido poderá registrar até 45 candidatos (150% de 30 lugares).

Se houver COLIGAÇÃO de Partidos, independentemente da quantidade de partidos que a integrem, poderão ser registrados até o DOBRO (2 vezes) da quantidade de lugares a preencher. Assim, se houverem 4 partidos na Coligação, a quantidade de candidatos a serem registrados não será 4 X 150%, mas apenas o DOBRO do número de vagas a ocupar.

Cuidado! Nas Coligações não é o dobro de 150%; é o DOBRO dos lugares vagos (200% dos lugares)!

Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais (ELEIÇÕES PROPORCIONAIS), até 150% (cento e cinqüenta por cento) do número de lugares a preencher.

§ 1º No caso de COLIGAÇÃO para as eleições proporcionais, independentemente do número de partidos que a integrem, poderão ser registrados candidatos até o DOBRO número de lugares a preencher.

No caso do Município de Utopia/PA, observem que são 5 vagas. Logo, se o Partido PB coligcar com PD, a quantidade de candidatos a serem registrados será o DOBRO da quantidade de vagas: 5 X 2 = 10 CANDIDATOS.

Item B – errado. A lei exige o percentual mínimo de 30% e máximo de 70% para candidatos de CADA SEXO (Masculino e Feminino)! entre 30-70%!

Art. 10.

§ 3o Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada SEXO. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

Item C – correto. Rodrigo é candidato a Vereador em Utopia/PA, isto é, é candidato às eleições municipais.

O Juiz Eleitoral faz o registro e cassação de registro dos candidatos a

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cargos eletivos municipais.

Código Eleitoral

Art. 35. Compete aos juizes:

XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais e comunicá-los ao Tribunal Regional;

Por outro lado, são as Juntas Eleitorais quem expedem DIPLOMA para os Cargos MUNICIPAIS!

Código Eleitoral

Art. 40. Compete à Junta Eleitoral:

IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.

Item D – correto. As condições de elegibilidade previstas no art. 14, §3º, da CF-88, bem como as causas de inelegibilidades previstas na CF-88 e na legislação infraconstitucional devem ser aferidas no MOMENTO DA FORMALIZAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO DA CANDIDATURA e não na data da posse!

Entre as condições, está a filiação partidária. Mas não há que se falar em dupla filiação. A CF-88 trata da regular filiação partidária, a um único partido.

Por lei, o eleitor está obrigado a comunicar da filiação a outro partido ao partido que ainda está filiado e ao Juiz Eleitoral de sua Zona, para que cancele sua filiação antiga, sob pena de ficar configurada no dia imediato à sua nova filiação a chamada DUPLA FILIAÇÃO, sendo consideradas AMBAS NULAS!

Art. 22.

Parágrafo único. Quem se filia a outro partido deve fazer comunicação ao partido e ao juiz de sua respectiva Zona Eleitoral, para cancelar sua filiação; se não o fizer no dia imediato ao da nova filiação, fica configurada DUPLA FILIAÇÃO, sendo AMBAS consideradas NULAS para todos os efeitos.

Assim, se o candidato filiar-se a 2 (dois) partidos, serão consideradas nulas as 2 (duas) filiações a partir do dia imediato à nova filiação, o que o impediria de registrar-se como candidato.

Art. 11

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§ 10. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.

CF-88

Art. 14

3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:

V - a filiação partidária;

De fato, a dupla filiação considerada crime pelo Código Eleitoral:

Art. 320. Inscrever-se o eleitor, simultaneamente, em dois ou mais partidos:

Pena - pagamento de 10 a 20 dias-multa.

O Código prevê que os Crimes Eleitorais são de Ação Penal Pública. Apesar do Código não detalhar, o TSE já definiu pelo não cabimento de Ação Penal Púlica condicionada à presentação do ofendido, em virtude do interesse público que envolve a matéria eleitoral. Assim, somente seria cabível a Ação Penal Pública Incondicionada e a Ação Penal Privada Subsidiária da Pública (Acórdão TSE nº 21.295/2003).

Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública.

Item E – correto. Tal situação configura crime eleitora, conforme Lei nº 9.504/97. Ademais, é possível a prisão, pois caracteriza-se flagrante delito.

Lei nº 9.504/97

Art. 39. A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fechado, não depende de licença da polícia.

§ 5º Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de cinco mil a quinze mil UFIR:

I - o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a

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promoção de comício ou carreata;

II - a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna; (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)

III - a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

Código Eleitoral

Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.

RESPOSTA CERTA: CECCC

QUESTÃO 120: MPE - ES - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 04/07/2010

Em relação à diplomação, ao registro de candidaturas e à impugnação, assinale a opção correta.

a) O eleitor em regular situação eleitoral, o MP, qualquer candidato, partido político e coligação têm legitimidade para oferecer impugnação de registro de candidatura.

b) Caso um indivíduo requeira o cancelamento do registro do seu nome como candidato, o presidente de tribunal eleitoral ou o juiz, conforme o caso, deve dar ciência imediata do ocorrido ao partido que tenha feito a inscrição, ao qual ficará ressalvado o direito de substituir por outro o nome cancelado, observadas todas as formalidades exigidas para o registro e desde que o novo pedido seja apresentado até sessenta dias antes do pleito.

c) Considerando que, das quinhentos e treze cadeiras da Câmara dos Deputados, o estado do Espírito Santo tenha direito a preencher dez cadeiras, então, para concorrer a elas, cada partido pode registrar até vinte candidatos a cargo de deputado federal e, cada coligação, até trinta candidatos para esse mesmo cargo.

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d) As propostas defendidas pelo candidato não constituem documentação obrigatória à instrução de pedido de registro de candidatura para governador de estado.

e) Na hipótese de o partido ou a coligação não requererem o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a justiça eleitoral nas quarenta e oito horas seguintes ao encerramento do prazo previsto em lei, qual seja, dezenove horas do dia cinco de julho do ano eleitoral.

COMENTÁRIOS:

Item A – errada. São legitimados para manejar a AIRC:

1. qualquer candidato (os adversários);

2. Partidos Políticos

3. Coligações

4. Ministério Público Eleitoral

O Eleitor não é legitimado!

LC nº 64/90

Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO DO CANDIDATO, impugná-lo em petição fundamentada.

Item B – errada. O candidato poderá renunciar à candidatura.

Faculta-se ao Partido Político ou Coligação a substituição de candidatos após o pedido de registro de candidatura nos seguintes casos:

a) candidato considerado inelegível;

b) renúncia à candidatura;

c) falecimento do candidato;

d) registro indeferido ou cancelado.

ALTERAÇÃO RECENTE: Para as Eleições Majoritárias e Proporcionais, o registro do substituto deve ser requerido em até 10 DIAS contados do fato que gerou a substituição ou da notificação ao Partido da decisão judicial que

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deu causa à substituição.

Inclusive, para as ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS, o TSE já exarou entendimento de que a substituição poderá ser pleiteada, inclusive, até 24 HORAS antes da Eleição! Respeitado o prazo de 10 DIAS contados do fato ou da decisão judicial que deu origem à substituição (Resolução nº 20.993/2002).

Por outro lado, para as ELEIÇÕES PROPORCIONAIS, a Lei prevê que a substituição somente se efetivará se o novo pedido for apresentado até 60 DIAS antes das eleições! Isto porque, nas eleições proporcionais as dificuldades encontradas pelos partidos para substituição não são as mesmas das eleições majoritárias, visto que possuem vários candidatos à disposição.

Resumindo os prazos na substituição:

ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS

a) até 10 DIAS após a ocorrência do fato ou da notificação da decisão judicial;

b) até 24 HORAS antes das eleições.

a) até 10 DIAS após a ocorrência do fato ou da notificação da decisão judicial;

a) até 60 DIAS antes do início da votação.

Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado.

§ 1o A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá fazer-se por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.

§ 3º Nas eleições proporcionais, a substituição só se

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efetivará se o novo pedido for apresentado até 60 (sessenta) dias antes do pleito.

A questão não definiu se seria eleições proporcionais ou majoritárias. Este é o erro.

Item C – correta. Nos Estados em que o número de lugares a preencher na Câmara dos Deputados não exceder a 20 LUGARES, cada partido poderá registrar candidatos a Deputado Federal e Estadual/Distrital até o DOBRO das vagas existentes, e não apenas 150%! Se houver COLIGAÇÃO, será acrescido em mais 50% do DOBRO (300% das vagas)! Exemplo: Estado com 18 Deputados Federais e com novas 18 vagas a serem preenchidas na Câmara dos Deputados; cada partido poderá registrar até o DOBRO do nº de vagas: 2X18=36 registros de candidatos; se for coligação, poderão ser registrados o DOBRO (2X) + 50% = 300% 54 candidatos.

Nº de candidatos a serem registrados nas Eleições Proporcionais:

1. REGRA: Cada Partido – registro de até 150% do nº de vagas;

2. Caso seja COLIGAÇÃO : não importa o nº de partidos, será sempre o DOBRO do nº de vagas (200% dos lugares).

3. Estados com até 20 vagas para Deputado Federal : neste caso, cada Partido poderá registrar candidatos para Deputados Federal e Estadual até o DOBRO do nº de vagas (200%) e não apenas 150%. Se houver COLIGAÇÃO, poderá registrar até 50% a mais (isto é, o DOBRO + 50% do dobro = 300% das vagas).

Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais (ELEIÇÕES PROPORCIONAIS), até 150% (cento e cinqüenta por cento) do número de lugares a preencher.

§ 1º No caso de COLIGAÇÃO para as eleições proporcionais, independentemente do número de partidos que a integrem, poderão ser registrados candidatos até o DOBRO número de lugares a preencher.

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§ 2º Nas unidades da Federação (leia-se ESTADOS) em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados não exceder de 20 (vinte), cada partido poderá registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual ou Distrital até o DOBRO das respectivas vagas; havendo COLIGAÇÂO, estes números poderão ser acrescidos de até mais 50% cinqüenta por cento.

Como o Estado tem apenas 10 cadeiras, este número é menor que o previsto pela Lei Eleitoral de 20 vagas. Assim, cada partido poderá registrar o DOBRO (20 candidatos) e cada coligação o TRIPLO (300% - 30 candidatos)

Item D – errada. É inclusão recente no rol dos documentos a serem juntados ao pedido de registro de candidatura as propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente da República.

Art. 11.

§ 1º O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos:

IX - propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente da República. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

Item E – errada. Se o partido ou coligação não fizer o registro de seus candidatos, os próprios candidatos poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral no prazo de 48 HORAS seguintes à publicação, pela Justiça Eleitoral, da lista de candidatos registrados e não do dia 5 de Julho.

Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 5 de julho do ano em que se realizarem as eleições.

§ 4o Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

RESPOSTA CERTA: C

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QUESTÃO 121: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 24/01/2010.

Com relação às Leis n.o 9.504/1997 e n.o 12.034/2009, assinale a opção correta.

a) É defeso aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas.

b) A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações devem ser feitas em qualquer mês do ano em que se realizarem as eleições, respeitado o prazo mínimo de antecedência do pleito estabelecido em lei.

c) Cada partido pode registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa do DF, as assembleias legislativas e câmaras municipais, até 150% do número de lugares a preencher, sendo certo que, em se tratando de coligação para as eleições proporcionais, independentemente do número de partidos que a integrem, podem ser registrados candidatos até o dobro do número de lugares a preencher.

d) A legislação não impõe que sejam reservados percentuais do sexo feminino ou masculino para as eleições proporcionais.

e) É defeso ao partido ou à coligação substituir candidato que for considerado inelegível ou que renunciar após o termo final do prazo do registro.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. A Coligação poderá ser constituída nas eleições Presidenciais (Coligação Nacional); nas eleições para Governador, Senador, Deputado Federal e Estadual (Coligação Estadual) e nas eleições para Prefeito e Vereador (Coligação Municipal).

Ademais, as Coligações podem ser formadas para ambos os sistemas eleitorais: eleições MAJORITÁRIAS e PROPORCIONAIS (Deputados Federais e Estaduais e Vereadores), dentro da mesma circunscrição.

Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional

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dentre os partidos que integram a coligação para o pleito majoritário.

Item B – errado. A escolha dos candidatos e a deliberação sobre as coligações devem ser realizadas pelos partidos no período de 10 a 30 JUNHO do ano em que serão realizadas as eleições. Esta escolha é feita em CONVENÇÃO dos Partidos.

Então, são somente 21 DIAS para os partidos escolherem seus candidatos e decidirem sobre as coligações!

Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de 10 a 30 dejunho do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ATA em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral.

Item C – correto. Apenas repetição das regras que já estudamos:

Nº de candidatos a serem registrados nas Eleições Proporcionais:

1. REGRA: Cada Partido – registro de até 150% do nº de vagas;

2. Caso seja COLIGAÇÃO : não importa o nº de partidos, será sempre o DOBRO do nº de vagas (200% dos lugares).

3. Estados com até 20 vagas para Deputado Federal : neste caso, cada Partido poderá registrar candidatos para Deputados Federal e Estadual até o DOBRO do nº de vagas (200%) e não apenas 150%. Se houver COLIGAÇÃO, poderá registrar até 50% a mais (isto é, o DOBRO + 50% do dobro = 300% das vagas).

Item D – errado. A lei exige o percentual mínimo de 30% e máximo de 70% para candidatos de CADA SEXO (Masculino e Feminino)! entre 30-70%!

Art. 10.

§ 3o Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada SEXO. (Redação dada pela Lei nº

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12.034, de 2009)

Item E – errado. Na realidade, faculta-se ao Partido Político ou Coligação a substituição de candidatos após o pedido de registro de candidatura nos seguintes casos:

a) candidato considerado inelegível;

b) renúncia à candidatura;

c) falecimento do candidato;

d) registro indeferido ou cancelado.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 122: TRE - MA - Analista Judiciário – Administrativa [CESPE] - 21/06/2009.

Considerando que um partido político decida disputar as eleições para uma câmara municipal composta por dez integrantes, sem fazer coligação com nenhum outro, lançando a chamada chapa própria, assinale a opção correta.

a) O referido partido poderá lançar até dez candidatos, número total de membros da casa legislativa.

b) O partido em questão é autorizado pela lei a lançar candidatos até o dobro dos membros da câmara.

c) O número máximo de candidatos do partido nessa eleição poderá ser igual a quinze.

d) O número máximo de candidatos do citado partido deverá ser estipulado mediante resolução do TSE.

e) Competirá ao TRE do estado respectivo a definição do número máximo de candidatos no caso em apreço.

COMENTÁRIOS:

Esta questão é interessante e ao mesmo tempo uma pegadinha.

O Município tem 10 vagas na Câmara de Vereadores.

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Vimos que nas Eleições Proporcionais (cargos da Câmara dos Deputados, Assembléias/Câmaras Legislativas e Câmaras Municipais – Deputados Federais, Estaduais e Vereadores), cada Partido Político poderá registrar até 150% dos lugares a serem preenchidos na eleição. Ex: se são 30 lugares vagos para Deputado Federal no respectivo Estado, cada partido poderá registrar até 45 candidatos (150% de 30 lugares).

Se houver COLIGAÇÃO de Partidos, independentemente da quantidade de partidos que a integrem, poderão ser registrados até o DOBRO (2 vezes) da quantidade de lugares a preencher. Assim, se houverem 4 partidos na Coligação, a quantidade de candidatos a serem registrados não será 4 X 150%, mas apenas o DOBRO do número de vagas a ocupar.

No entanto, estudamos a ressalva de que nos Estados em que o número de lugares a preencher na Câmara dos Deputados não exceder a 20 LUGARES, cada partido poderá registrar candidatos a Deputado Federal e Estadual/Distrital até o DOBRO das vagas existentes, e não apenas 150%! Se houver COLIGAÇÃO, será acrescido em mais 50% do DOBRO (300% das vagas)! Exemplo: Estado com 18 Deputados Federais e com novas 18 vagas a serem preenchidas na Câmara dos Deputados; cada partido poderá registrar até o DOBRO do nº de vagas: 2X18=36 registros de candidatos; se for coligação, poderão ser registrados o DOBRO (2X) + 50% = 300% 54 candidatos.

Obs: segundo o TSE, e por não prevê a Lei, esta regra não se aplica aos Municípios, mas apenas aos Estados.

Assim, mesmo que o Município tenha menos de 20 vagas, a regra é que os partidos possam registrar candidatos referentes a 150% do nº de vagas (10 X 150% = 15 vagas) e as coligações 200%.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 123: TRE - BA - Analista Judiciário - [CESPE] - 21/02/2010.

Considere um candidato a vice-governador que, a 20 dias da eleição, após desentendimento com candidato ao governo, resolve renunciar. Sabe-se que o candidato que renunciou é do mesmo partido do candidato a governador. Sabe-se, ainda, que o partido não desistiu de concorrer ao pleito e quer

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substituir o candidato. A respeito dessa situação hipotética e da Legislação aplicável ao direito eleitoral, julgue os itens a seguir.

[80] O partido poderá promover substituição do candidato, na forma estabelecida em seu estatuto, mesmo após o termino do prazo para registro.

COMENTÁRIOS:

E ai, pode ou não pode substituir?

Pode sim, é hipótese de renúncia. Por ser eleição majoritária, poderá substituído até 10 DIAS do fato (renúncia). Se fosse proporcional não mais poderia, porque deveria respeitar o prazo mínimo de 60 DIAS antes das eleições.

Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado.

§ 1o A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

§ 3º Nas eleições proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 60 (sessenta) dias antes do pleito.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 124: TRE - BA - Analista Judiciário - [CESPE] - 21/02/2010.

[81] Se o candidato que renunciou fosse de coligação, a substituição seria preferencialmente feita por um candidato do mesmo partido, salvo se este renunciar ao direito de preferência, situação em que o substituto poderá ser de qualquer partido da coligação.

COMENTÁRIOS:

Quando se tratar de COLIGAÇÃO, a substituição do candidato que a integra

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deverá ser realizada nos seguintes termos:

a) o Partido ao qual pertencia o substituído tem direito de preferência à substituição;

b) caso não o faça, a substituição deverá ser feita por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante.

Art. 13.

§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá fazer-se por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 125: TRE - BA - Analista Judiciário - [CESPE] - 21/02/2010.

[82] Se o candidato renunciante fosse candidato a eleição proporcional, não seria possível haver a substituição.

COMENTÁRIOS:

Consoante comentários da penúltima questão, se fosse proporcional não mais poderia, porque deveria respeitar o prazo mínimo de 60 DIAS antes das eleições.

Art. 13.

§ 3º Nas eleições proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 60 (sessenta) dias antes do pleito.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 126: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa I

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[CESPE] - 24/01/2010.

Quanto a arrecadação, aplicação e prestação de contas de recursos nas campanhas eleitorais, assinale a opção correta.

a) O candidato a cargo eletivo pode fazer a administração financeira de sua campanha diretamente ou por intermédio de pessoa por ele designada, e responde solidariamente com a pessoa indicada pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha.

b) O candidato pode registrar o movimento financeiro da campanha em conta-corrente da qual seja titular, aberta antes ou durante o pleito, devendo apresentar um extrato bancário com os valores existentes no início da campanha ou usar a conta bancária do partido.

c) Caso o candidato queira utilizar na campanha valores de outras contas que não a declarada no início da campanha, deve, no momento da prestação de contas, indicar o número da conta, bem como a origem do dinheiro.

d) O candidato que utilizar contas-correntes das quais já seja titular antes do período eleitoral estará dispensado de realizar inscrição no CNPJ.

e) O candidato que recebe doação de entidade beneficente deve demonstrar na prestação de contas que a doação não prejudicou a entidade em suas finanças.

COMENTÁRIOS:

Item A – correto. Eventual responsabilidade decorrente de informações falsas na prestação de contas é solidária entre o candidato e a pessoa por ele designada para gerir os recursos.

Art. 21. O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada na forma do art. 20 desta Lei pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha, devendo ambos assinar a respectiva prestação de contas. (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)

Item B – errado. A conta bancária a ser aberta é ESPECÍFICA, não podendo ser conta particular do candidato.

Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para registrar todo o movimento

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financeiro da campanha.

Item C – errado. É obrigatória a utilização de recursos financeiros provenientes apenas da conta bancária específica para a movimentação financeira do partido/candidato (apenas o CAIXA 1 – caixa legal) – PROIBIÇÃO DE CAIXAS 2!

Qualquer recurso aplicado na campanha que não provenha da conta bancária específica, implicará a desaprovação de contas. Caso seja comprovado o abuso do poder econômico, será cancelado o registro da candidatura ou cassado o diploma, se já conferido.

Se as contas forem rejeitadas, a Justiça Eleitoral remeterá cópia do processo de rejeição ao MP Eleitoral para que inicie procedimento de apuração de abuso de poder econômico.

Art. 22

§ 3o O uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não provenham da conta específica de que trata o caput deste artigo implicará a desaprovação da prestação de contas do partido ou candidato; comprovado abuso de poder econômico, será cancelado o registro da candidatura ou cassado o diploma, se já houver sido outorgado. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)

§ 4o Rejeitadas as contas, a Justiça Eleitoral remeterá cópia de todo o processo ao Ministério Público Eleitoral para os fins previstos no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)

Item D – errado. Como já comentado, não pode utilizar conta particular, bem como a inscrição no CNPJ é obrigatória.

Somente com a indicação do CNPJ e com a abertura da conta bancária (veremos à frente) é que os candidatos e comitês poderão captar e movimentar os recursos financeiros da campanha eleitoral.

Art. 22-A. Candidatos e Comitês Financeiros estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

Item E – errado. Os candidatos e os comitês financeiros não poderão receber doações em dinheiro e nem estimáveis em dinheiro, inclusive por meio de

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publicidade, quando procedentes de, entre outros, entidades beneficentes.

Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:

VIII - entidades beneficentes e religiosas; (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 127: TRE - GO - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 01/02/2008.

Quanto a financiamento e prestação de contas das despesas com campanhas eleitorais, é correto afirmar que

a) qualquer eleitor poderá realizar gastos em apoio a candidato de sua preferência, nos valores e limites que julgar adequados, devendo o candidato favorecido prestar contas na forma disciplinada pela justiça eleitoral.

b) é permitido, a partido e a candidato, receber doação em dinheiro, ou estimável em dinheiro, de entidade de classe ou sindical, até a quantia equivalente a 1.000 UFIR.

c) comprovada a captação ou gasto ilícito de recursos para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.

d) as prestações de contas dos candidatos, tanto às eleições majoritárias quanto às proporcionais, deverão ser feitas pelo próprio candidato.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. As doações por pessoas físicas devem respeitar o limite de 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição.

Ademais, o eleitor pode sim realizar gastos com seu candidato preferido, não configurando para tanto doação. Estes gastos não são sujeitos à contabilização, se não forem reembolsados.

Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a

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candidato de sua preferência, até a quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não reembolsados.

Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas: I - no caso de pessoa física, a dez por cento dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição;

Item B – errado. É vedado em qualquer valor.

Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:

VI - entidade de classe ou sindical;

Item C – correto. Caso seja comprovada a captação ou gastos ilícitos de recursos para fins eleitorais, será NEGADO ou CASSADO o DIPLOMA do candidato.

Art. 30-A.

§ 2o Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)

Item D – errado. As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias e proporcionais deverão ser encaminhadas ao órgão da Justiça Eleitoral, obedecendo aos seguintes critérios:

1. ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS (Presidente da República, Governador de Estado, Senador e Prefeito) – as contas serão apresentadas pelos Comitês Financeiros;

2. ELEIÇÕES PROPORCIONAIS (Deputados Federais e Estaduais e Vereadores) – as contas serão apresentadas pelos Comitês Financeiros ou pelos próprios candidatos

Eleições Majoritárias – somente Comitês financeiros;

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Eleições Proporcionais – Comitês Financeiros ou pelos próprios candidatos

Art. 28

§ 1º As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas por intermédio do comitê financeiro, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias referentes à movimentação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques recebidos, com a indicação dos respectivos números, valores e emitentes.

§ 2º As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo comitê financeiro ou pelo próprio candidato.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 128: TSE - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 14/01/2007.

Ametista é candidata a vereadora em um município que possui cerca de dezenove mil eleitores.

Como não dispõe de recursos próprios, a campanha eleitoral de Ametista será financiada por terceiros. Considerando a situação hipotética apresentada e com base nas normas da Lei n.º 9.504/1997, assinale a opção incorreta.

a) As doações à campanha de Ametista, feitas por pessoas físicas, deverão ser limitadas a 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição.

b) O partido político de Ametista deverá comunicar ao respectivo TRE os valores máximos de gastos com sua campanha, no ato do pedido de registro da candidatura.

c) Despesas com o transporte ou deslocamento de Ametista, quando em campanha, são consideradas gastos eleitorais.

d) Ametista é a única responsável pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha.

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COMENTÁRIOS:

Item A – correto.

Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas: I - no caso de pessoa física, a dez por cento dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição;

Item B – correto. O limite de gastos de cada eleição deverá ser fixado por LEI até o dia 10 JUNHO do ano eleitoral. Caso não seja edita a Lei, caberá aos partidos políticos definirem os limites de gastos, comunicando a decisão à Justiça Eleitoral.

Art. 17-A. A cada eleição caberá à LEI, observadas as peculiaridades locais, fixar até o dia 10 de junho de cada ano eleitoral o LIMITE DE GASTOS de campanha para os cargos em disputa; não sendo editada lei até a data estabelecida, caberá a cada partido político fixar o limite de gastos, comunicando à Justiça Eleitoral, que dará a essas informações ampla publicidade. (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)

Item C – correto. Para a Lei Eleitoral, são considerados gastos eleitorais, despesas com transporte ou deslocamento de pessoal a serviço das candidaturas.

Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei: (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)

IV - despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das candidaturas; (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)

Item D – errado. Eventual responsabilidade decorrente de informações falsas na prestação de contas é solidária entre o candidato e a pessoa por ele designada para gerir os recursos.

Art. 21. O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada na forma do art. 20 desta Lei pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua

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campanha, devendo ambos assinar a respectiva prestação de contas. (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 129: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010.

[62] A lei eleitoral permite a doação oculta, que ocorre sobretudo quanto a recursos repassados a candidatos a cargos proporcionais.

COMENTÁRIOS:

Estas doações ocultas são assim chamadas pela constante ocorrência de doações nas contas dos partidos sem identificação da origem, o que feria o dever de transparência de efetiva prestação de contas. Muitos financiadores utilizavam deste expediente para financiarem específicas candidaturas, de determinados candidatos. À época da questão CESPE esta questão era correta.

Contudo, a partir de março de 2010 o TSE exarou Acórdão determinando a vedação às chamadas doações ocultas de campanha.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 130: TRE - GO - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 01/02/2009.

Com respeito aos partidos políticos, à propaganda e ao processo eleitoral, assinale a opção correta.

a) Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, assembléias legislativas e câmaras municipais até o dobro do número de lugares a preencher.

b) Os partidos políticos poderão, quando imprescindível, em face da absoluta carência de recursos de eleitores da zona rural, fornecer-lhes refeições, correndo, nessa hipótese, as despesas por conta do fundo partidário.

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c) A propaganda eleitoral no rádio e na televisão deve restringir-se ao horário gratuito, vedada a veiculação de propaganda paga.

d) As normas para a escolha e substituição dos candidatos e para a formação de coligações serão estabelecidas, por meio de resoluções, pela justiça eleitoral.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Vimos que é 150% do nº de vagas.

Item B – errado. Os recursos de campanha somente poderão ser utilizados dentro do conceito de “gastos eleitorais” previstos no art. 26 citado.

Item C – correto. A qualquer tempo, a propaganda eleitoral no rádio e na TV é restrita ao horário gratuito estabelecido pela Lei Eleitoral. É expressamente proibida a veiculação de propaganda eleitoral PAGA por meio de emissoras de rádio e TV!

Art. 44. A propaganda eleitoral no rádio e na televisão restringe-se ao horário gratuito definido nesta Lei, vedada a veiculação de propaganda paga.

Item D – errado. A Lei dispõe que, caso o estatuto não preveja tais normas, caberá ao ÓRGÃO DE DIREÇÃO NACIONAL do partido estabelecê-las, publicando-se até 180 DIAS antes das Eleições!

Resumindo:

As regras para escolha e substituição dos candidatos e para formação das coligações deverão ser estabelecidas pelos ESTATUTOS dos PARTIDOS políticos;

caso omissos, o ÓRGÃO DE DIREÇÃO NACIONAL do partido deverá estabelecê-las, publicando-se até 180 DIAS antes das Eleições

Art. 7º As normas para a escolha e substituição dos candidatos e para a formação de coligações serão estabelecidas no estatuto do partido, observadas as disposições desta Lei.

§ 1º Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de direção nacional do partido estabelecer as normas a que se refere este artigo, publicando-as no Diário Oficial da União até

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cento e oitenta dias antes das eleições.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 131: TRE - BA - Analista Judiciário - Administrativa [CESPE] - 21/02/2010.

Um candidato ao cargo de deputado estadual, que está com o registro sub judice, continua praticando atos de campanha e grava um programa eleitoral a ser veiculado no horário eleitoral gratuito.

A respeito dessa situação hipotética, julgue os itens que seguem.

[51] O fato de esse candidato estar com o registro sub judice não o impede de praticar atos relativos à campanha e utilizar-se do horário eleitoral gratuito.

COMENTÁRIOS:

O fato do candidato estar sub judice, sofrendo ação eleitoral que pode torná-lo inelegível, não o impede da prática dos atos de campanha eleitoral.

Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 132: MPE - ES - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 04/07/2010.

Assinale a opção correta referente à legislação aplicável à propaganda eleitoral.

a) É vedada a veiculação de propaganda eleitoral na Internet, em sítio do partido, ainda que gratuitamente.

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b) A veiculação de propaganda eleitoral com qualquer dimensão em bens particulares, por meio da fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições, independe da obtenção de licença municipal e de autorização da justiça eleitoral.

c) É vedada a utilização de trios elétricos para a sonorização de comícios eleitorais.

d) O direito de resposta a propagandas eleitorais veiculadas por meio de comunicação interpessoal mediante mensagem eletrônica não é legalmente assegurado.

e) No anúncio de propaganda eleitoral veiculado na imprensa escrita, deve constar, de forma visível, o valor pago pela inserção.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Com as alterações da lei eleitoral, hoje é amplamente permitida propaganda por meio da internet. Esta propaganda pode ser no sitío da internet do próprio candidato, do partido político, por mensagem eletrônica (email), etc.

Art. 57-A. É permitida a propaganda eleitoral na internet, nos termos desta Lei, após o dia 5 de julho do ano da eleição. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

Art. 57-B. A propaganda eleitoral na internet poderá ser realizada nas seguintes formas: (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

I - em sítio do candidato, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no País; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

II - em sítio do partido ou da coligação, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no País; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

III - por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

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IV - por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas e assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

Item B – errado. Os partidos e candidatos poderão utilizar BENS PARTICULARES para veicularem a propaganda eleitoral, mediante faixas, cartazes, pinturas ou inscrições, mas NÃO poderão exceder a 4m² (quatro metros quadrados), desde que não contrariem a legislação eleitoral.

Assim, não é qualquer dimensão permitida.

Por outro lado, a propanganda em bens particulares é livre, dentro dos limites dados pela legislação eleitoral. Não depende de licença municipal e de autorização da justiça eleitoral.

Item C – errado. Cuidado! A utilização de TRÍOS ELÉTRICOS em campanhas eleitorais é VEDADA, salvo para a sonorização de comícios. Assim, é permitido o uso de trios elétricos para simples sonorização de comícios (apenas como equipamento de som).

Art. 39

§ 10. Fica vedada a utilização de trios elétricos em campanhas eleitorais, exceto para a sonorização de comícios. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

Item D – errado.

Art. 57-D. É livre a manifestação do pensamento, vedado o anonimato durante a campanha eleitoral, por meio da rede mundial de computadores - internet, assegurado o direito de resposta, nos termos das alíneas a, b e c do inciso IV do § 3o do art. 58 e do 58-A, e por outros meios de comunicação interpessoal mediante mensagem eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

Item E – correto. Sim! Agora, deverá constar no anúncio de forma visível o VALOR PAGO pela inserção!

Art. 43. São permitidas, até a antevéspera das eleições, a divulgação paga, na imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso, de até 10 (dez) anúncios de propaganda eleitoral, por veículo, em datas diversas, para

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cada candidato, no espaço máximo, por edição, de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e de 1/4 (um quarto) de página de revista ou tabloide. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

§ 1o Deverá constar do anúncio, de forma visível, o valor pago pela inserção. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

RESPOSTA CERTA: LETRA E

QUESTÃO 133: MPE - SE - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 11/04/2010.

A legislação eleitoral brasileira permite a propaganda eleitoral a partir de determinada data e proíbe a propaganda eleitoral antecipada. Conforme tais normas, constitui propaganda antecipada, ainda que não exista pedido formal de voto,

a) a participação do pré-candidato em entrevistas e debates no rádio e na televisão para expor seu projeto político.

b) a realização, pelo partido político, de seminário em local fechado para tratar de plano de governo.

c) a divulgação das prévias partidárias pelos instrumentos de comunicação do partido.

d) a divulgação de debate legislativo de que tome parte um précandidato.

e) a divulgação do nome de pessoa vinculado a cargo em disputa.

COMENTÁRIOS:

A Lei nº 12.034/09 trouxe disposições acerca do que NÃO CONFIGURA propaganda ANTECIPADA:

1. a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, desde que NÃO HAJA PEDIDOS DE VOTOS, observado pelas

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emissoras de rádio e de televisão o DEVER de conferir tratamento isonômico;

2. a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais, planos de governos ou alianças partidárias visando às eleições;

3. a realização de prévias partidárias e sua divulgação pelos instrumentos de comunicação intrapartidária;

4. a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se mencione a possível candidatura, ou se faça pedido de votos ou de apoio eleitoral.

Desta lista, denota-se que a divulgação do nome de pessoa vinculada a cargo em disputa (ex: divulgar desde já a candidatura futura do pré-candidato) configura propaganda antecipada.

RESPOSTA CERTA: LETRA E

QUESTÃO 134: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010.

A Internet tem sido um meio de comunicação social cada vez mais importante no Brasil e no mundo. A respeito do uso da Internet no processo eleitoral, julgue os itens a seguir.

[63] A recente mudança na lei eleitoral permitiu a propaganda paga na Internet, restrita aos sítios e blogs pessoais, mas vedou-a nos grandes sítios de notícias.

COMENTÁRIOS:

Dentre as vedações específicas da propaganda na internet consta exatamente a de não ser não remunerada, não pode ser paga.

Art. 57-C. Na internet, é vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 135: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -

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21/02/2010.

[64] A propaganda na Internet é permitida por meio de redes sociais, mensagens instantâneas e assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou por iniciativa de qualquer pessoa natural.

COMENTÁRIOS:

Art. 57-B. A propaganda eleitoral na internet poderá ser realizada nas seguintes formas: (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

(...)

III - por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

IV - por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas e assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

RESPOSTA CERTA: LETRA C

QUESTÃO 136: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010.

[65] Em nenhuma hipótese será permitida a censura à Internet, razão por que é vedado à justiça eleitoral, independentemente do fundamento ou motivo, suspender o acesso ao conteúdo informativo de um sítio que descumpra as regras legais respectivas.

COMENTÁRIOS:

Como penalidade pelo descumprimento das normas de propaganda na internet, a Justiça Eleitoral poderá determinar a suspensão de acesso a todo o conteúdo informativo dos sítios da internet por até 24 horas, podendo este período ser duplicado em caso de reiteração de conduta.

Art. 57-I. A requerimento de candidato, partido ou coligação, observado o rito previsto no art. 96, a Justiça Eleitoral poderá

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determinar a suspensão, por vinte e quatro horas, do acesso a todo conteúdo informativo dos sítios da internet que deixarem de cumprir as disposições desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

§ 1o A cada reiteração de conduta, será duplicado o período de suspensão. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

§ 2o No período de suspensão a que se refere este artigo, a empresa informará, a todos os usuários que tentarem acessar seus serviços, que se encontra temporariamente inoperante por desobediência à legislação eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

RESPOSTA CERTA: LETRA E

QUESTÃO 137: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010.

[66] É vedada pela lei a veiculação de propaganda na Internet em sítios de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos.

COMENTÁRIOS:

Sim, é vedada a propaganda eleitoral na internet em sítios de pessoas jurídicas (com ou sem fins lucrativos):

Art. 57-C.

§ 1o É vedada, ainda que gratuitamente, a veiculação de propaganda eleitoral na internet, em sítios: (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

I - de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

RESPOSTA CERTA: LETRA C

QUESTÃO 138: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010

Uma das mazelas do processo eleitoral brasileiro é o alto custo das

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campanhas eleitorais, elevado mesmo quando comparado ao de países com maior desenvolvimento econômico. Para mitigar essa situação, foi promulgada a chamada Lei da Minirreforma Eleitoral.

[74] Nas eleições brasileiras, é vedada a propaganda eleitoral em outdoors.

COMENTÁRIOS:

Sim. É uma das mais novas alterações da Lei Eleitoral:

Art. 39

§ 8o É vedada a propaganda eleitoral mediante outdoors, sujeitando-se a empresa responsável, os partidos, coligações e candidatos à imediata retirada da propaganda irregular e ao pagamento de multa no valor de 5.000 (cinco mil) a 15.000 (quinze mil) UFIRs. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)

RESPOSTA CERTA: LETRA C

QUESTÃO 139: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010

[75] Admite-se a realização de showmícios, desde que os artistas não sejam remunerados.

COMENTÁRIOS:

São proibidas as realizações de SHOWMÍCIOS ou eventos assemelhados, bem como atos de campanha com participação de artistas para promoção de candidatos!

Art. 39

§ 7o É proibida a realização de showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)

RESPOSTA CERTA: LETRA E

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QUESTÃO 140: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa [CESPE] - 24/01/2010.

Assinale a opção correta acerca da propaganda eleitoral.

a) A participação de pré-candidatos em entrevistas ou programas no rádio, na televisão e na Internet, com a exposição de plataformas e projetos políticos, no ano da eleição, antes do início da propaganda eleitoral, ainda que sem pedido de votos, configura propaganda eleitoral antecipada.

b) Admite-se a colocação de propaganda eleitoral nas árvores e nos jardins localizados em áreas públicas, desde que não lhes cause dano.

c) É permitida a realização de showmício para promoção de candidatos, com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral, desde que não configure abuso de poder econômico.

d) É permitida a colocação de cavaletes ao longo das vias públicas, desde que eles sejam móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos.

e) É defesa a realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto, sem a licença da polícia.

COMENTÁRIOS:

Item A - errado. A Lei nº 12.034/09 dispõe que não configura propaganda antecipada a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, desde que NÃO HAJA PEDIDOS DE VOTOS.

Item B - errado. Não é mais permitida propaganda eleitoral em bens de uso comum do povo

Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do Poder Público, ou que a ele pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta,

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fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados.(Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)

Item C - errado.

Art. 39

§ 7o É proibida a realização de showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)

Item D - correto. Hoje, é permitida propaganda nas vias públicas desde que esta seja constituída de elementos MÓVEIS, que possam ser colocados e retirados entre o horário de 06-22 HORAS!

Assim, é permitida colocação de cavaletes, bonecos, cartazes, mesas para distribuição de material de campanha e de bandeiras. Não podem dificultar o trânsito de pessoas e veículos.

Art. 37

§ 6o É permitida a colocação de cavaletes, bonecos, cartazes, mesas para distribuição de material de campanha e bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

Item E - errado. A propaganda eleitoral ou partidária NÃO depende de licença da polícia!

No entando, o candidato ou o partido devem comunicar à autoridade policial que fará propaganda eleitoral em local aberto ou fechado pelo menos 24 HORAS antes de sua realização, para que possa garantir-lhe o direito de fazê-lo em caso de outro candidato ou partido concorrem pelo mesmo espaço e horário.

Art. 39. A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fechado, não depende de licença da polícia.

§ 1º O candidato, partido ou coligação promotora do ato fará a devida comunicação à autoridade policial em, no mínimo, 24

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(vinte e quatro) horas antes de sua realização, a fim de que esta lhe garanta, segundo a prioridade do aviso, o direito contra quem tencione usar o local no mesmo dia e horário.

RESPOSTA CERTA: LETRA D

QUESTÃO 141: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 24/01/2010.

Quanto às regras referentes à propaganda eleitoral, assinale a opção correta.

a) Se as convenções partidárias para escolha dos candidatos que concorrerão às eleições 2010 devem ocorre até 30 junho de 2010, a partir dessa data fica permitida a propaganda eleitoral.

b) À exceção da propaganda de produtos e serviços que concorram no mercado, é vedada a publicidade institucional, bem como a realização de campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela justiça eleitoral.

c) A veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos, volantes e outros impressos, editados sob a responsabilidade do partido, coligação ou candidato, necessita da autorização prévia da justiça eleitoral e da administração municipal.

d) A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares exige autorização do proprietário e pode ser a título oneroso ou gratuito.

e) Quando o material impresso veicular propaganda conjunta de diversos candidatos, os gastos relativos a cada um deles deverão constar na respectiva prestação de contas, independentemente de qual candidato haja arcado com os custos.

COMENTÁRIOS:

Item A - errado. A propaganda poderá começar 6 DIAS depois do prazo final de escolha e registro dos candidatos. Isto porque, a Lei Eleitoral prevê que o prazo para início é APÓS O DIA 5 DE JULHO DO ANO DA ELEIÇÃO, ou seja, no dia 6 de JULHO do ano em que ocorrem as eleições. Esta regra decorre

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do prazo para escolha dos candidatos, que é do dia 10 a 30 JUNHO do ano das eleições. Item B - correto. Dentre as condutas vedadas nos 3 MESES antes do pleito consta autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral, com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado.

Item C - errado. A distribuição de folhetos, impressos e volantes INDEPENDE de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral.

Art. 38. Independe da obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos, volantes e outros impressos, os quais devem ser editados sob a responsabilidade do partido, coligação ou candidato.

Item D - errado. A propaganda eleitoral nos bens particulares deve ser espontânea (anuência do proprietário) e gratuita (não onerosa), não podendo haver qualquer tipo de troca ou pagamento pelo uso do bem.

Art. 37

§ 8o A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

Item E - errado.

Art. 38.

§ 2o Quando o material impresso veicular propaganda conjunta de diversos candidatos, os gastos relativos a cada um deles deverão constar na respectiva prestação de contas, ou apenas naquela relativa ao que houver arcado com os custos. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

RESPOSTA CERTA: LETRA B

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QUESTÃO 142: TRE - MA - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 21/06/2009.

O sistema eleitoral brasileiro contempla o voto em urna eletrônica, na forma disciplinada na Lei Eleitoral. A esse respeito, assinale a opção correta.

a) Na urna eletrônica, em uma eleição municipal, vota-se inicialmente para o cargo de prefeito.

b) O voto em trânsito é permitido apenas aos candidatos e militares em serviço.

c) O voto em trânsito é permitido aos eleitores portadores de necessidades especiais.

d) No regime legal da urna eletrônica, não se admite o voto em trânsito.

e) A urna eletrônica impede o voto em legenda partidária.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Quando as eleições proporcionais (ex: Vereadores) e majoritárias (ex: Prefeitos) realizarem-se simultaneamente, a votação em urna eletrônica será feita em 1º lugar para as eleições proporcionais e em 2º lugar para as eleições majoritárias.

A Urna é um computador como qualquer outro. Dentre as suas finalidades, está a de permitir o registro digital de cada voto (contabilizar e não perder os votos nela inseridos) e o registro identificador da urna. O anonimato do eleitor é plenamente resguardado.

Art. 59

§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes às eleições proporcionais e, em seguida, os referentes às eleições majoritárias.

Item B e C errados e D correto. Na época da questão o voto em trânsito não era permitido.

Atualmente, o TSE exarou a Resolução nº 23.215/2010, que regulamentou o voto em trânsito:

Art. 1º Os eleitores em trânsito no território nacional poderão votar no primeiro e/ou no segundo turno das eleições de 2010 para

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Presidente e Vice-Presidente da República em urnas especialmente instaladas nas capitais dos Estados (Código Eleitoral, art. 233-A). Art. 2º Para votar em trânsito, o eleitor deverá habilitar-se em qualquer cartório eleitoral do País, de 15 de julho a 15 de agosto de 2010, com a indicação da capital do Estado onde estará presente, de passagem ou em deslocamento, não sendo admitida a habilitação por procurador.

Item E – errado. A votação será feita na URNA ELETRÔNICA no CANDIDATO (com seu número) ou na LEGENDA PARTIDÁRIA (com o número apenas do partido).

Art. 59. A votação e a totalização dos votos serão feitas por sistema eletrônico, podendo o Tribunal Superior Eleitoral autorizar, em caráter excepcional, a aplicação das regras fixadas nos arts. 83 a 89.

§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou da legenda partidária, devendo o nome e fotografia do candidato e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado no masculino ou feminino, conforme o caso.

RESPOSTA: D

QUESTÃO 143: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 02/12/2009.

A votação eletrônica, importante inovação do sistema eleitoral brasileiro, tem merecido amplo reconhecimento. A esse respeito, assinale a opção que corresponde ao que define a Lei n.º 9.504/1997.

a) Compete ao candidato escolher em que seção votará.

b) O voto em trânsito não pode ser realizado em urna eletrônica.

c) Nas eleições para vereador, será nulo o voto que registre apenas o número do partido.

d) Nas eleições para governador e deputado estadual, o eleitor votará primeiro

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no candidato ao cargo majoritário.

e) Juízes eleitorais e fiscais de partido podem votar na seção onde exercem suas funções.

COMENTÁRIOS:

Item A e E – errados. Nas eleições com urna eletrônica os candidatos não podem votar em qualquer seção eleitoral, mas somente naqueles em que estiverem inscritos. Porque nas seções eleitorais em que houver votação em urna eletrônica somente poderão votar os eleitores cujos nomes estiverem nas respectivas folhas de votação.

Não se aplica a dispensa do art. 148 do Código Eleitoral.

Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica, somente poderão votar eleitores cujos nomes estiverem nas respectivas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a que se refere o art. 148, § 1º, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.

Código Eleitoral

Art. 148. O eleitor somente poderá votar na seção eleitoral em que estiver incluído o seu nome.

§ 1º Essa exigência somente poderá ser dispensada nos casos previstos no Art. 145 e seus parágrafos.

Item B – correto. Como vimos, não podia à época da questão.

Item C – errado. Este é o voto de legenda e será computado para a legenda partidária.

Art. 60. No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto de legenda quando o eleitor assinalar o número do partido no momento de votar para determinado cargo e somente para este será computado.

Item D – errado. Quando as eleições proporcionais (ex: Vereadores) e majoritárias (ex: Prefeitos) realizarem-se simultaneamente, a votação em urna eletrônica será feita em 1º lugar para as eleições proporcionais e em 2º lugar para as eleições majoritárias.

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RESPOSTA: B

QUESTÃO 144: TJ - PI - Juiz de Direito Substituto [CESPE] - 21/10/2007.

A Lei Eleitoral brasileira, Lei n.º 9.504/1997, foi alterada, em 1999, mediante projeto de lei de iniciativa popular, para abrigar a instituição jurídica da captação de sufrágio, que se manifesta

a) na remuneração e gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços a candidaturas.

b) no pagamento de cachê de artistas ou locutores de eventos relacionados a campanha eleitoral.

c) no pagamento de aluguel de bens particulares para veiculação de propaganda eleitoral.

d) no aluguel de local para a promoção de ato de campanha eleitoral.

e) na promessa ao eleitor de emprego público com o fim de obter-lhe o voto.

COMENTÁRIOS:

A captação de sufrágio é mais conhecida como COMPRA DE VOTOS! A Lei Eleitoral, ao instituir a proibição de compra de votos, pretende evitar que candidatos se utilizem de formas capazes de viciar a vontade de eleitor, maculando o processo eleitoral.

São as seguintes as condutas descritas como captação de sufrágio: o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública.

Para caracterizar-se a capitação ilícita de sufrágio, precisam restar configurados os 4 elementos a seguir:

a) prática de uma ação (doar, prometer...)

b) participação direta ou indireta de um candidato na conduta ilícita;

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c) existência de um eleitor vítima;

d) resultado: obtenção do voto !

RESPOSTA CERTA: LETRA E

QUESTÃO 145: MPE - SE - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 11/04/2010.

Para conter o uso da máquina pública nas eleições, a legislação eleitoral institui as chamadas condutas vedadas aos agentes públicos, servidores ou não. Condutas vedadas são aquelas que tendem a afetar a igualdade de oportunidades entre os candidatos nos pleitos eleitorais.

Conforme a Lei n.º 9.504/1997, constitui conduta vedada

a) o parlamentar divulgar o mandato usando recursos da Casa Legislativa, seguindo a disciplina do respectivo regimento interno.

b) o governador ceder servidor público licenciado para trabalhar em comitê eleitoral de candidato ou partido.

c) o ministro determinar a exoneração de servidor ocupante de função comissionada.

d) o prefeito fazer pronunciamento, nos três meses anteriores à eleição, em cadeia de rádio e televisão para esclarecimento dos eleitores quanto ao pleito.

e) o servidor ceder imóvel público para a realização de convenção partidária destinada a escolher os candidatos e a coligação.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Por incrível que pareça, não é conduta vedada. Somente será vedada se ferir o regimento interno da casa legislativa.

Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:

II - usar materiais ou serviços, custeados pelos Governos ou Casas Legislativas, que excedam as prerrogativas consignadas nos

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regimentos e normas dos órgãos que integram;

Item B – errado. Só não é vedada a conduta porque o servidor é licenciado.

Art. 73

III - ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou empregado estiver licenciado;

Item C – errado.

Art. 73

V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados:

a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança;

Item D – correto. Por não configurar matéria urgente, relevante e característica das funções de governo, tal atitude configura conduta vedada.

Art. 73

VI - nos três meses que antecedem o pleito:

c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo;

Item E – errado.

Art. 73

I - ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração

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direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, ressalvada a realização de convenção partidária;

RESPOSTA: D

QUESTÃO 146: TRE - MA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/06/2009.

No dia da eleição, o transporte e a alimentação de eleitores até o local da votação é tema de disputas políticas e legais. A esse respeito, assinale a opção correta.

a) A indisponibilidade de transporte exime o eleitor da área rural da obrigação de votar.

b) O veículo de uso individual do candidato pode ser usado para transportar a família e outros eleitores sem acesso a condução.

c) O fornecimento gratuito de refeição por qualquer candidato, mesário ou juiz eleitoral invalida a eleição.

d) A justiça eleitoral pode requisitar, sem indenização, embarcações e veículos a particulares.

e) A recusa do particular a fornecer veículo requisitado pela justiça eleitoral constitui crime eleitoral.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Eventual deficiência no serviço de transporte dos eleitores residentes nas Zonas Rurais NÃO exime os eleitores do DEVER de VOTAR.

Art 6º A indisponibilidade ou as deficiências do transporte de que trata esta Lei não eximem o eleitor do dever de votar.

Item B – errado. As únicas possibilidades de transporte eleitores são, entre outros, por meio de veículos de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio voto e dos membros da sua família, não se estendendo a outros eleitores sem acesso à condução.

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Art 5º Nenhum veículo ou embarcação poderá fazer transporte de eleitores desde o dia anterior até o posterior à eleição, salvo:

III - de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio voto e dos membros da sua família;

Item C – errado. Não invalida a eleição, pois somente a própria Justiça Eleitoral pode fornecer refeições a eleitores.

Art 8º Somente a Justiça Eleitoral poderá, quando imprescindível, em face da absoluta carência de recursos de eleitores da zona rural, fornecer-lhes refeições, correndo, nesta hipótese, as despesas por conta do Fundo Partidário.

Art 9º É facultado aos Partidos exercer fiscalização nos locais onde houver transporte e fornecimento de refeições a eleitores.

Art 10 É vedado aos candidatos ou órgãos partidários, ou a qualquer pessoa, o fornecimento de transporte ou refeições aos eleitores da zona urbana.

Item D – errado. Os bens requisitados dos particulares serão pagos.

Art 2º Se a utilização de veículos pertencentes às entidades previstas no Art. 1º não for suficiente para atender ao disposto nesta Lei, a Justiça Eleitoral requisitará veículos e embarcações a particulares, de preferência os de aluguel.

Parágrafo único - Os serviços requisitados serão pagos, até trinta dias depois do pleito, a preços que correspondam aos critérios da localidade. A despesa correrá por conta do Fundo Partidário.

Item E – correto.

Art 11 Constitui crime eleitoral:

II - desatender à requisição de que trata o Art. 2º:

RESPOSTA: E

QUESTÃO 147: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -

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24/01/2010.

Quanto ao fornecimento de transporte gratuito nas eleições, assinale a opção correta.

a) Nos termos da Lei n.o 6.091/1974, que disciplina o fornecimento gratuito de transporte em dias de eleição, nenhum veículo ou embarcação pode fazer transporte de eleitores desde o dia anterior até o posterior à eleição, salvo: a serviço da justiça eleitoral; coletivos de linhas regulares e não fretados; de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio voto e dos membros da sua família; o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de aluguel.

b) É vedada a utilização de veículos e embarcações pertencentes à União, aos estados e aos municípios e às suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista para o transporte de eleitores em zonas rurais, em dias de eleição.

c) A justiça eleitoral pode requisitar veículos e embarcações a particulares para a organização do pleito, cuja utilização deve ser necessariamente gratuita, ressalvada a obrigação de abastecimento e alimentação dos tripulantes.

d) A indisponibilidade de transporte exime o eleitor da obrigação de votar.

e) Verificada a inexistência ou deficiência de embarcações e veículos, podem os partidários ou os candidatos disponibilizar o transporte gratuito de seus eleitores.

COMENTÁRIOS:

Item A – correto. A regra é a vedação de transporte particular de eleitores para votação aos respectivos lugares das Mesas Receptoras, tanto 1 DIA antes quanto 1 DIA depois das eleições.

As únicas possibilidades de transporte estão descritas na Lei, nos seguintes termos:

a serviço da Justiça Eleitoral;

coletivos de linhas regulares e não fretados;

de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio voto e dos membros da sua família;

o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de

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aluguel não atingidos pela requisição legal.

Item B – errado. É exatamente o contrário. Todos os veículos e embarcações da União, Estados, DF e Municípios, bem como das Autarquias e sociedades de economia mista ficarão à disposição da Justiça Eleitoral para o transporte dos eleitores da Zona Rural nos dias do pleito. Na realidade, são utilizados todos os veículos da Administração Pública Direta e Indireta (incluindo as empresas públicas).

Art 1º Os veículos e embarcações, devidamente abastecidos e tripulados, pertencentes à União, Estados, Territórios e Municípios e suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista, excluídos os de uso militar, ficarão à disposição da Justiça Eleitoral para o transporte gratuito de eleitores em zonas rurais, em dias de eleição.

Item C – errado. As requisições não podem ser gratuitas, há contraprestação por parte da Justiça Eleitoral, mediante recursos do Fundo Partidário.

Lei nº 6.091/74

Art 2º

Parágrafo único - Os serviços requisitados serão pagos, até trinta dias depois do pleito, a preços que correspondam aos critérios da localidade. A despesa correrá por conta do Fundo Partidário.

Item D – errado. Eventual deficiência no serviço de transporte dos eleitores residentes nas Zonas Rurais NÃO exime os eleitores do DEVER de VOTAR.

Art 6º A indisponibilidade ou as deficiências do transporte de que trata esta Lei não eximem o eleitor do dever de votar.

Item E – errado. Se não for suficiente o número de veículos para o transporte de eleitores, os candidatos e os partidos políticos poderão informar à Justiça Eleitoral onde há disponibilidade para que seja feita a requisição.

É vedado aos candidatos, aos Partidos Políticos, ou a qualquer pessoa, o fornecimento de transporte ou refeições aos eleitores da zona urbana. Somente por orientação e determinação da Justiça Eleitoral é que poderá ser realizado o transporte.

Art 10 É vedado aos candidatos ou órgãos partidários, ou a

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qualquer pessoa, o fornecimento de transporte ou refeições aos eleitores da zona urbana.

RESPOSTA: A

QUESTÃO 148: MPE - SE - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 11/04/2010.

A legislação eleitoral brasileira regula o transporte e a alimentação dos eleitores residentes nas áreas rurais, visando coibir o abuso do poder econômico ou administrativo no dia da eleição.

A esse respeito, assinale a opção correta quanto à disciplina legal da matéria.

a) Veículos e embarcações militares devem ser usados com prioridade no transporte gratuito dos eleitores das áreas rurais.

b) A cessão de veículo de particulares à justiça eleitoral é relevante serviço público, sem necessidade de ressarcimento.

c) Os partidos políticos devem fornecer refeições aos eleitores, como entes privados em colaboração com a justiça eleitoral.

d) As deficiências do transporte coletivo constituem justificativa bastante para o não comparecimento do eleitor à seção eleitoral.

e) O transporte dos eleitores deve ser feito no âmbito do território do município.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Jamais poderão ser utilizados os veículos Militares!

Não podem ser utilizados para transporte de eleitores:

1. veículos de uso MILITAR! Não poderão ser utilizados os veículos militares no transporte de eleitores.

2. veículos em número justificadamente indispensável ao funcionamento de serviço público insusceptível de interrupção.

Item B – errado. Há sim contraprestação por parte da Justiça Eleitoral, mediante recursos do Fundo Partidário.

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Lei nº 6.091/74

Art 2º

Parágrafo único - Os serviços requisitados serão pagos, até trinta dias depois do pleito, a preços que correspondam aos critérios da localidade. A despesa correrá por conta do Fundo Partidário.

Item C – errado. Conforme o art. 8 da Lei 6.091/74, somente a Justiça Eleitoral poderá, quando imprescindível, em face da absoluta carência de recursos de eleitores da zona rural, fornecer-lhes refeições, correndo as despesas por conta do Fundo Partidário.

Item D – errado. Eventual deficiência no serviço de transporte dos eleitores residentes nas Zonas Rurais NÃO exime os eleitores do DEVER de VOTAR.

Art 6º A indisponibilidade ou as deficiências do transporte de que trata esta Lei não eximem o eleitor do dever de votar.

Item E – correto. O percurso deverá ser necessariamente dentro da circunscrição eleitoral (dentro do mesmo Município!).

Art 4º

§ 1º - O transporte de eleitores somente será feito dentro dos limites territoriais do respectivo município e quando das zonas rurais para as mesas receptoras distar pelo menos dois quilômetros.

RESPOSTA: E

QUESTÃO 149: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa II [CESPE] - 24/01/2010.

Joaquim candidatou-se a deputado federal e teve o seu pedido de registro de candidatura deferido pela justiça eleitoral. Quando o TRE verificou os documentos para expedição do respectivo diploma desse deputado federal, foi constatado que o candidato tinha apenas 20 anos de idade. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) Os votos conferidos a Joaquim serão imediatamente anulados e o

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candidato mais votado, a seguir, de qualquer partido, será convocado para a expedição do diploma.

b) Os votos conferidos a Joaquim serão válidos, mas a sua diplomação será suspensa, em benefício do candidato mais votado do mesmo partido ou coligação.

c) Os votos conferidos a Joaquim serão nulos e, por isso, será necessário novo cômputo de todo o quadro de eleitos.

d) Os votos conferidos a Joaquim serão considerados votos de legenda.

e) Os votos obtidos por Joaquim serão válidos, e, caso ele complete 21 anos de idade até a data da posse, o TRE conceder-lhe-á o diploma.

COMENTÁRIOS: As condições de elegibilidade previstas no art. 14, §3º, da CF-88, bem como as causas de inelegibilidades previstas na CF-88 e na legislação infraconstitucional devem ser aferidas no MOMENTO DA FORMALIZAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO DA CANDIDATURA e não na data da posse!

Art. 11

§ 2º A IDADE MÍNIMA constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a DATA DA POSSE.

Assim, Joaquim foi eleito normalmente e sem qualquer impedimento, mas na data da posse terá que provar a idade mínima para receber o diploma.

RESPOSTA CERTA: E

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EXERCÍCIOS com Gabarito

QUESTÃO 118: TSE - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 14/01/2007.

Júlio, domiciliado em Brasília - DF, é oficial do Exército há cerca de 12 anos e pretende candidatar-se ao cargo de senador nas próximas eleições. Paulo e Manoel são seus suplentes partidários. A partir dessa situação hipotética e com fulcro nas disposições do Código Eleitoral e da Lei n.º 9.504/1997, assinale a opção incorreta.

a) O registro da candidatura de Júlio deverá ser requerido ao TRE-DF.

b) Os registros de Paulo e Manoel far-se-ão concomitantemente com o registro de Júlio.

c) O partido político de Júlio deverá requerer seu registro até o dia 5 de julho do ano da eleição.

d) No ato do registro da candidatura, Júlio passará automaticamente para a inatividade.

QUESTÃO 119: TJ-PA - Juiz Substituto [CESPE] - 24/02/2008.

Na eleição de 2000 para a câmara municipal do município de Utopia - PA, composta por cinco vereadores, concorreram três partidos, o Partido Beta (PB), o Partido Gama (PG) e o Partido Delta (PD). A votação deu-se mediante sistema eletrônico e, realizada a apuração dos votos, chegou-se ao resultado da tabela abaixo. legenda n.º de votos PB 450 PG 280 PD 170 votos brancos 100 votos nulos 80 total 1.080.

Novamente tendo em vista a situação hipotética descrita no texto e também considerando que Rodrigo foi um dos candidatos registrados pelo PD para concorrerem ao cargo de vereador de Utopia, julgue os itens abaixo.

a) Se o PB concorresse nas referidas eleições municipais em coligação com o PD, então a coligação poderia registar até dez candidatos para o cargo de vereador de Utopia.

b) Se a câmara municipal de Utopia fosse composta por oito vereadores e o PG

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registrasse oito candidatos para concorrer a esses cargos, seria necessário que esses candidatos fossem metade homens e metade mulheres.

c) O registro da candidatura de Rodrigo deveria ter sido feito perante o juiz eleitoral de Utopia e, caso Rodrigo houvesse sido eleito, o órgão da justiça eleitoral competente para expedir seu diploma seria a junta eleitoral de Utopia e não o juiz eleitoral.

d) Se, à época do registro de sua candidatura, Rodrigo fosse filiado tanto ao PD como ao PB, caracterizar-se-ia dupla filiação, fato que, além de ser motivo suficiente para o indeferimento da solicitação de registro de Rodrigo como candidato, é tipificado como crime eleitoral de ação pública incondicionada.

e) Se, na manhã do dia da eleição, Eduardo houvesse instalado caixas de som em seu carro e, utilizando a amplificação de voz proporcionada por essas caixas, saísse pelas ruas de Utopia convocando as pessoas para participar de uma carreata, às dezesseis horas, em favor da candidatura de Rodrigo, então agentes da polícia militar do Pará que tivessem observado Eduardo praticar esses atos poderiam prendê-lo em flagrante delito pela prática de crime eleitoral.

QUESTÃO 120: MPE - ES - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 04/07/2010

Em relação à diplomação, ao registro de candidaturas e à impugnação, assinale a opção correta.

a) O eleitor em regular situação eleitoral, o MP, qualquer candidato, partido político e coligação têm legitimidade para oferecer impugnação de registro de candidatura.

b) Caso um indivíduo requeira o cancelamento do registro do seu nome como candidato, o presidente de tribunal eleitoral ou o juiz, conforme o caso, deve dar ciência imediata do ocorrido ao partido que tenha feito a inscrição, ao qual ficará ressalvado o direito de substituir por outro o nome cancelado, observadas todas as formalidades exigidas para o registro e desde que o novo pedido seja apresentado até sessenta dias antes do pleito.

c) Considerando que, das quinhentos e treze cadeiras da Câmara dos Deputados, o estado do Espírito Santo tenha direito a preencher dez cadeiras, então, para concorrer a elas, cada partido pode registrar até vinte candidatos a cargo de deputado federal e, cada coligação, até trinta candidatos para esse

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mesmo cargo.

d) As propostas defendidas pelo candidato não constituem documentação obrigatória à instrução de pedido de registro de candidatura para governador de estado.

e) Na hipótese de o partido ou a coligação não requererem o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a justiça eleitoral nas quarenta e oito horas seguintes ao encerramento do prazo previsto em lei, qual seja, dezenove horas do dia cinco de julho do ano eleitoral.

QUESTÃO 121: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 24/01/2010.

Com relação às Leis n.o 9.504/1997 e n.o 12.034/2009, assinale a opção correta.

a) É defeso aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas.

b) A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações devem ser feitas em qualquer mês do ano em que se realizarem as eleições, respeitado o prazo mínimo de antecedência do pleito estabelecido em lei.

c) Cada partido pode registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa do DF, as assembleias legislativas e câmaras municipais, até 150% do número de lugares a preencher, sendo certo que, em se tratando de coligação para as eleições proporcionais, independentemente do número de partidos que a integrem, podem ser registrados candidatos até o dobro do número de lugares a preencher.

d) A legislação não impõe que sejam reservados percentuais do sexo feminino ou masculino para as eleições proporcionais.

e) É defeso ao partido ou à coligação substituir candidato que for considerado inelegível ou que renunciar após o termo final do prazo do registro.

QUESTÃO 122: TRE - MA - Analista Judiciário – Administrativa [CESPE] - 21/06/2009.

Considerando que um partido político decida disputar as eleições para uma câmara municipal composta por dez integrantes, sem fazer coligação com nenhum outro, lançando a chamada chapa própria, assinale a opção correta.

a) O referido partido poderá lançar até dez candidatos, número total de

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membros da casa legislativa.

b) O partido em questão é autorizado pela lei a lançar candidatos até o dobro dos membros da câmara.

c) O número máximo de candidatos do partido nessa eleição poderá ser igual a quinze.

d) O número máximo de candidatos do citado partido deverá ser estipulado mediante resolução do TSE.

e) Competirá ao TRE do estado respectivo a definição do número máximo de candidatos no caso em apreço.

QUESTÃO 123: TRE - BA - Analista Judiciário - [CESPE] - 21/02/2010.

Considere um candidato a vice-governador que, a 20 dias da eleição, após desentendimento com candidato ao governo, resolve renunciar. Sabe-se que o candidato que renunciou é do mesmo partido do candidato a governador. Sabe-se, ainda, que o partido não desistiu de concorrer ao pleito e quer substituir o candidato. A respeito dessa situação hipotética e da Legislação aplicável ao direito eleitoral, julgue os itens a seguir.

[80] O partido poderá promover substituição do candidato, na forma estabelecida em seu estatuto, mesmo após o termino do prazo para registro.

QUESTÃO 124: TRE - BA - Analista Judiciário - [CESPE] - 21/02/2010.

[81] Se o candidato que renunciou fosse de coligação, a substituição seria preferencialmente feita por um candidato do mesmo partido, salvo se este renunciar ao direito de preferência, situação em que o substituto poderá ser de qualquer partido da coligação.

QUESTÃO 125: TRE - BA - Analista Judiciário - [CESPE] - 21/02/2010.

[82] Se o candidato renunciante fosse candidato a eleição proporcional, não seria possível haver a substituição.

QUESTÃO 126: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa I [CESPE] - 24/01/2010.

Quanto a arrecadação, aplicação e prestação de contas de recursos nas campanhas eleitorais, assinale a opção correta.

a) O candidato a cargo eletivo pode fazer a administração financeira de sua campanha diretamente ou por intermédio de pessoa por ele designada, e responde solidariamente com a pessoa indicada pela veracidade das

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informações financeiras e contábeis de sua campanha.

b) O candidato pode registrar o movimento financeiro da campanha em conta-corrente da qual seja titular, aberta antes ou durante o pleito, devendo apresentar um extrato bancário com os valores existentes no início da campanha ou usar a conta bancária do partido.

c) Caso o candidato queira utilizar na campanha valores de outras contas que não a declarada no início da campanha, deve, no momento da prestação de contas, indicar o número da conta, bem como a origem do dinheiro.

d) O candidato que utilizar contas-correntes das quais já seja titular antes do período eleitoral estará dispensado de realizar inscrição no CNPJ.

e) O candidato que recebe doação de entidade beneficente deve demonstrar na prestação de contas que a doação não prejudicou a entidade em suas finanças.

QUESTÃO 127: TRE - GO - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 01/02/2008.

Quanto a financiamento e prestação de contas das despesas com campanhas eleitorais, é correto afirmar que

a) qualquer eleitor poderá realizar gastos em apoio a candidato de sua preferência, nos valores e limites que julgar adequados, devendo o candidato favorecido prestar contas na forma disciplinada pela justiça eleitoral.

b) é permitido, a partido e a candidato, receber doação em dinheiro, ou estimável em dinheiro, de entidade de classe ou sindical, até a quantia equivalente a 1.000 UFIR.

c) comprovada a captação ou gasto ilícito de recursos para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.

d) as prestações de contas dos candidatos, tanto às eleições majoritárias quanto às proporcionais, deverão ser feitas pelo próprio candidato.

QUESTÃO 128: TSE - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 14/01/2007.

Ametista é candidata a vereadora em um município que possui cerca de dezenove mil eleitores.

Como não dispõe de recursos próprios, a campanha eleitoral de Ametista será financiada por terceiros. Considerando a situação hipotética apresentada e

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com base nas normas da Lei n.º 9.504/1997, assinale a opção incorreta.

a) As doações à campanha de Ametista, feitas por pessoas físicas, deverão ser limitadas a 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição.

b) O partido político de Ametista deverá comunicar ao respectivo TRE os valores máximos de gastos com sua campanha, no ato do pedido de registro da candidatura.

c) Despesas com o transporte ou deslocamento de Ametista, quando em campanha, são consideradas gastos eleitorais.

d) Ametista é a única responsável pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha.

QUESTÃO 129: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010.

[62] A lei eleitoral permite a doação oculta, que ocorre sobretudo quanto a recursos repassados a candidatos a cargos proporcionais.

QUESTÃO 130: TRE - GO - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 01/02/2009.

Com respeito aos partidos políticos, à propaganda e ao processo eleitoral, assinale a opção correta.

a) Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, assembléias legislativas e câmaras municipais até o dobro do número de lugares a preencher.

b) Os partidos políticos poderão, quando imprescindível, em face da absoluta carência de recursos de eleitores da zona rural, fornecer-lhes refeições, correndo, nessa hipótese, as despesas por conta do fundo partidário.

c) A propaganda eleitoral no rádio e na televisão deve restringir-se ao horário gratuito, vedada a veiculação de propaganda paga.

d) As normas para a escolha e substituição dos candidatos e para a formação de coligações serão estabelecidas, por meio de resoluções, pela justiça eleitoral.

QUESTÃO 131: TRE - BA - Analista Judiciário - Administrativa [CESPE] - 21/02/2010.

Um candidato ao cargo de deputado estadual, que está com o registro sub judice, continua praticando atos de campanha e grava um programa

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eleitoral a ser veiculado no horário eleitoral gratuito.

A respeito dessa situação hipotética, julgue os itens que seguem.

[51] O fato de esse candidato estar com o registro sub judice não o impede de praticar atos relativos à campanha e utilizar-se do horário eleitoral gratuito.

QUESTÃO 132: MPE - ES - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 04/07/2010.

Assinale a opção correta referente à legislação aplicável à propaganda eleitoral.

a) É vedada a veiculação de propaganda eleitoral na Internet, em sítio do partido, ainda que gratuitamente.

b) A veiculação de propaganda eleitoral com qualquer dimensão em bens particulares, por meio da fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições, independe da obtenção de licença municipal e de autorização da justiça eleitoral.

c) É vedada a utilização de trios elétricos para a sonorização de comícios eleitorais.

d) O direito de resposta a propagandas eleitorais veiculadas por meio de comunicação interpessoal mediante mensagem eletrônica não é legalmente assegurado.

e) No anúncio de propaganda eleitoral veiculado na imprensa escrita, deve constar, de forma visível, o valor pago pela inserção.

QUESTÃO 133: MPE - SE - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 11/04/2010.

A legislação eleitoral brasileira permite a propaganda eleitoral a partir de determinada data e proíbe a propaganda eleitoral antecipada. Conforme tais normas, constitui propaganda antecipada, ainda que não exista pedido formal de voto,

a) a participação do pré-candidato em entrevistas e debates no rádio e na televisão para expor seu projeto político.

b) a realização, pelo partido político, de seminário em local fechado para tratar de plano de governo.

c) a divulgação das prévias partidárias pelos instrumentos de comunicação do

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partido.

d) a divulgação de debate legislativo de que tome parte um précandidato.

e) a divulgação do nome de pessoa vinculado a cargo em disputa.

QUESTÃO 134: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010.

A Internet tem sido um meio de comunicação social cada vez mais importante no Brasil e no mundo. A respeito do uso da Internet no processo eleitoral, julgue os itens a seguir.

[63] A recente mudança na lei eleitoral permitiu a propaganda paga na Internet, restrita aos sítios e blogs pessoais, mas vedou-a nos grandes sítios de notícias.

QUESTÃO 135: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010.

[64] A propaganda na Internet é permitida por meio de redes sociais, mensagens instantâneas e assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou por iniciativa de qualquer pessoa natural.

QUESTÃO 136: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010.

[65] Em nenhuma hipótese será permitida a censura à Internet, razão por que é vedado à justiça eleitoral, independentemente do fundamento ou motivo, suspender o acesso ao conteúdo informativo de um sítio que descumpra as regras legais respectivas.

QUESTÃO 137: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010.

[66] É vedada pela lei a veiculação de propaganda na Internet em sítios de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos.

QUESTÃO 138: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010

Uma das mazelas do processo eleitoral brasileiro é o alto custo das campanhas eleitorais, elevado mesmo quando comparado ao de países com maior desenvolvimento econômico. Para mitigar essa situação, foi promulgada a chamada Lei da Minirreforma Eleitoral.

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[74] Nas eleições brasileiras, é vedada a propaganda eleitoral em outdoors.

QUESTÃO 139: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/02/2010

[75] Admite-se a realização de showmícios, desde que os artistas não sejam remunerados.

QUESTÃO 140: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa [CESPE] - 24/01/2010.

Assinale a opção correta acerca da propaganda eleitoral.

a) A participação de pré-candidatos em entrevistas ou programas no rádio, na televisão e na Internet, com a exposição de plataformas e projetos políticos, no ano da eleição, antes do início da propaganda eleitoral, ainda que sem pedido de votos, configura propaganda eleitoral antecipada.

b) Admite-se a colocação de propaganda eleitoral nas árvores e nos jardins localizados em áreas públicas, desde que não lhes cause dano.

c) É permitida a realização de showmício para promoção de candidatos, com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral, desde que não configure abuso de poder econômico.

d) É permitida a colocação de cavaletes ao longo das vias públicas, desde que eles sejam móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos.

e) É defesa a realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto, sem a licença da polícia.

QUESTÃO 141: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 24/01/2010.

Quanto às regras referentes à propaganda eleitoral, assinale a opção correta.

a) Se as convenções partidárias para escolha dos candidatos que concorrerão às eleições 2010 devem ocorre até 30 junho de 2010, a partir dessa data fica permitida a propaganda eleitoral.

b) À exceção da propaganda de produtos e serviços que concorram no mercado, é vedada a publicidade institucional, bem como a realização de campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela justiça eleitoral.

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c) A veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos, volantes e outros impressos, editados sob a responsabilidade do partido, coligação ou candidato, necessita da autorização prévia da justiça eleitoral e da administração municipal.

d) A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares exige autorização do proprietário e pode ser a título oneroso ou gratuito.

e) Quando o material impresso veicular propaganda conjunta de diversos candidatos, os gastos relativos a cada um deles deverão constar na respectiva prestação de contas, independentemente de qual candidato haja arcado com os custos.

QUESTÃO 142: TRE - MA - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 21/06/2009.

O sistema eleitoral brasileiro contempla o voto em urna eletrônica, na forma disciplinada na Lei Eleitoral. A esse respeito, assinale a opção correta.

a) Na urna eletrônica, em uma eleição municipal, vota-se inicialmente para o cargo de prefeito.

b) O voto em trânsito é permitido apenas aos candidatos e militares em serviço.

c) O voto em trânsito é permitido aos eleitores portadores de necessidades especiais.

d) No regime legal da urna eletrônica, não se admite o voto em trânsito.

e) A urna eletrônica impede o voto em legenda partidária.

QUESTÃO 143: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 02/12/2009.

A votação eletrônica, importante inovação do sistema eleitoral brasileiro, tem merecido amplo reconhecimento. A esse respeito, assinale a opção que corresponde ao que define a Lei n.º 9.504/1997.

a) Compete ao candidato escolher em que seção votará.

b) O voto em trânsito não pode ser realizado em urna eletrônica.

c) Nas eleições para vereador, será nulo o voto que registre apenas o número do partido.

d) Nas eleições para governador e deputado estadual, o eleitor votará primeiro

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no candidato ao cargo majoritário.

e) Juízes eleitorais e fiscais de partido podem votar na seção onde exercem suas funções.

QUESTÃO 144: TJ - PI - Juiz de Direito Substituto [CESPE] - 21/10/2007.

A Lei Eleitoral brasileira, Lei n.º 9.504/1997, foi alterada, em 1999, mediante projeto de lei de iniciativa popular, para abrigar a instituição jurídica da captação de sufrágio, que se manifesta

a) na remuneração e gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços a candidaturas.

b) no pagamento de cachê de artistas ou locutores de eventos relacionados a campanha eleitoral.

c) no pagamento de aluguel de bens particulares para veiculação de propaganda eleitoral.

d) no aluguel de local para a promoção de ato de campanha eleitoral.

e) na promessa ao eleitor de emprego público com o fim de obter-lhe o voto.

QUESTÃO 145: MPE - SE - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 11/04/2010.

Para conter o uso da máquina pública nas eleições, a legislação eleitoral institui as chamadas condutas vedadas aos agentes públicos, servidores ou não. Condutas vedadas são aquelas que tendem a afetar a igualdade de oportunidades entre os candidatos nos pleitos eleitorais.

Conforme a Lei n.º 9.504/1997, constitui conduta vedada

a) o parlamentar divulgar o mandato usando recursos da Casa Legislativa, seguindo a disciplina do respectivo regimento interno.

b) o governador ceder servidor público licenciado para trabalhar em comitê eleitoral de candidato ou partido.

c) o ministro determinar a exoneração de servidor ocupante de função comissionada.

d) o prefeito fazer pronunciamento, nos três meses anteriores à eleição, em cadeia de rádio e televisão para esclarecimento dos eleitores quanto ao pleito.

e) o servidor ceder imóvel público para a realização de convenção

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partidária destinada a escolher os candidatos e a coligação.

QUESTÃO 146: TRE - MA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 21/06/2009.

No dia da eleição, o transporte e a alimentação de eleitores até o local da votação é tema de disputas políticas e legais. A esse respeito, assinale a opção correta.

a) A indisponibilidade de transporte exime o eleitor da área rural da obrigação de votar.

b) O veículo de uso individual do candidato pode ser usado para transportar a família e outros eleitores sem acesso a condução.

c) O fornecimento gratuito de refeição por qualquer candidato, mesário ou juiz eleitoral invalida a eleição.

d) A justiça eleitoral pode requisitar, sem indenização, embarcações e veículos a particulares.

e) A recusa do particular a fornecer veículo requisitado pela justiça eleitoral constitui crime eleitoral.

QUESTÃO 147: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 24/01/2010.

Quanto ao fornecimento de transporte gratuito nas eleições, assinale a opção correta.

a) Nos termos da Lei n.o 6.091/1974, que disciplina o fornecimento gratuito de transporte em dias de eleição, nenhum veículo ou embarcação pode fazer transporte de eleitores desde o dia anterior até o posterior à eleição, salvo: a serviço da justiça eleitoral; coletivos de linhas regulares e não fretados; de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio voto e dos membros da sua família; o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de aluguel.

b) É vedada a utilização de veículos e embarcações pertencentes à União, aos estados e aos municípios e às suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista para o transporte de eleitores em zonas rurais, em dias de eleição.

c) A justiça eleitoral pode requisitar veículos e embarcações a particulares para a organização do pleito, cuja utilização deve ser necessariamente gratuita, ressalvada a obrigação de abastecimento e alimentação dos tripulantes.

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d) A indisponibilidade de transporte exime o eleitor da obrigação de votar.

e) Verificada a inexistência ou deficiência de embarcações e veículos, podem os partidários ou os candidatos disponibilizar o transporte gratuito de seus eleitores.

QUESTÃO 148: MPE - SE - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 11/04/2010.

A legislação eleitoral brasileira regula o transporte e a alimentação dos eleitores residentes nas áreas rurais, visando coibir o abuso do poder econômico ou administrativo no dia da eleição.

A esse respeito, assinale a opção correta quanto à disciplina legal da matéria.

a) Veículos e embarcações militares devem ser usados com prioridade no transporte gratuito dos eleitores das áreas rurais.

b) A cessão de veículo de particulares à justiça eleitoral é relevante serviço público, sem necessidade de ressarcimento.

c) Os partidos políticos devem fornecer refeições aos eleitores, como entes privados em colaboração com a justiça eleitoral.

d) As deficiências do transporte coletivo constituem justificativa bastante para o não comparecimento do eleitor à seção eleitoral.

e) O transporte dos eleitores deve ser feito no âmbito do território do município.

QUESTÃO 149: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa II [CESPE] - 24/01/2010.

Joaquim candidatou-se a deputado federal e teve o seu pedido de registro de candidatura deferido pela justiça eleitoral. Quando o TRE verificou os documentos para expedição do respectivo diploma desse deputado federal, foi constatado que o candidato tinha apenas 20 anos de idade. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) Os votos conferidos a Joaquim serão imediatamente anulados e o candidato mais votado, a seguir, de qualquer partido, será convocado para a expedição do diploma.

b) Os votos conferidos a Joaquim serão válidos, mas a sua diplomação será suspensa, em benefício do candidato mais votado do mesmo partido ou coligação.

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c) Os votos conferidos a Joaquim serão nulos e, por isso, será necessário novo cômputo de todo o quadro de eleitos.

d) Os votos conferidos a Joaquim serão considerados votos de legenda.

e) Os votos obtidos por Joaquim serão válidos, e, caso ele complete 21 anos de idade até a data da posse, o TRE conceder-lhe-á o diploma.

GABARITOS OFICIAIS

118 119 120 121 122 123 124 125 126 127

D CECC

C C C C C C C A C 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137D C C C E E E C E C

138 139 140 141 142 143 144 145 146 147C E D B D B E D E A

148 149 E E

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REFERÊNCIAS

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CONEGLIAN, Olivar. Radiografia da Lei das Eleições 2010. 6.ed. Curitiba: Juruá, 2010.

DAL POZZO, Antônio Araldo Ferraz. Lei nº 9.504/97: estrutura, análise e jurisprudência. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

FAGA, Tânia Regina Trombini. Julgamentos e Súmulas do STF e STJ. São Paulo: Método, 2009.

FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio: Introdução ao estudo de direito: técnica, decisão, dominação. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2001.

GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 5.ed. DelREy: 2010.

MELO, Henrique: Direito Eleitoral para Concursos. 2.ed. São Paulo: Método, 2010.

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PORTO, Roberto. Lei nº 9.504/97. São Paulo: Saraiva, 2009.

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