6 - regime jurídico Único

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  • 8/12/2019 6 - Regime Jurdico nico

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    Didatismo e Conhecimento

    REGIME JURDICO NICO

    INSS

    LEI 8.112/90 E ALTERAES,DIREITOS E DEVERES DO SERVIDOR

    PBLICO.

    Observao: Os artigos suprimidos foram revogados.

    LEI N 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

    Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchea para Assuntos Jurdicos

    Dispe sobre o regime jurdico dos servidores pblicos civisda Unio, das autarquias e das fundaes pblicas federais.

    PUBLICAO CONSOLIDADA DA LEI N 8.112, DE 11DE DEZEMBRO DE 1990, DETERMINADA PELO ART. 13DA LEI N 9.527, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o

    Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Ttulo I

    Captulo nicoDas Disposies Preliminares

    Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurdico dos ServidoresPblicos Civis da Unio, das autarquias, inclusive as em regimeespecial, e das fundaes pblicas federais.

    Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor a pessoa

    legalmente investida em cargo pblico.Art. 3o Cargo pblico o conjunto de atribuies e

    responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devemser cometidas a um servidor.

    Pargrafo nico. Os cargos pblicos, acessveis a todos

    os brasileiros, so criados por lei, com denominao prpria evencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento emcarter efetivo ou em comisso.

    Art. 4o proibida a prestao de servios gratuitos, salvo oscasos previstos em lei.

    Ttulo IIDo Provimento, Vacncia, Remoo, Redistribuio e

    SubstituioCaptulo I

    Do ProvimentoSeo I

    Disposies Gerais

    Art. 5o So requisitos bsicos para investidura em cargopblico:

    I - a nacionalidade brasileira;II - o gozo dos direitos polticos;III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais;IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do

    cargo;

    V - a idade mnima de dezoito anos;VI - aptido fsica e mental. 1o As atribuies do cargo podem justicar a exigncia

    de outros requisitos estabelecidos em lei. 2o s pessoas portadoras de decincia assegurado

    o direito de se inscrever em concurso pblico para provimento decargo cujas atribuies sejam compatveis com a decincia deque so portadoras; para tais pessoas sero reservadas at 20%(vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

    3oAs universidades e instituies de pesquisa cientcae tecnolgica federais podero prover seus cargos com professores,

    tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e osprocedimentos desta Lei.

    Art. 6o O provimento dos cargos pblicos far-se- medianteato da autoridade competente de cada Poder.

    Art. 7o A investidura em cargo pblico ocorrer com a posse.Art. 8o So formas de provimento de cargo pblico:I - nomeao;II - promoo;

    III- Revogado;IV- Revogado.

    V - readaptao;VI - reverso;

    VII - aproveitamento;VIII - reintegrao;IX - reconduo.

    Seo IIDa Nomeao

    Art. 9o A nomeao far-se-:I - em carter efetivo, quando se tratar de cargo isolado

    de provimento efetivo ou de carreira;II - em comisso, inclusive na condio de interino,

    para cargos de conana vagos.Pargrafo nico. O servidor ocupante de cargo em

    comisso ou de natureza especial poder ser nomeado para terexerccio, interinamente, em outro cargo de conana, sem

    prejuzo das atribuies do que atualmente ocupa, hiptese em quedever optar pela remunerao de um deles durante o perodo dainterinidade.

    Art. 10. A nomeao para cargo de carreira ou cargo isoladode provimento efetivo depende de prvia habilitao em concurso

    pblico de provas ou de provas e ttulos, obedecidos a ordem declassicao e o prazo de sua validade.

    Pargrafo nico. Os demais requisitos para o ingressoe o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoo,sero estabelecidos pela lei que xar as diretrizes do sistema decarreira na Administrao Pblica Federal e seus regulamentos.

    Seo IIIDo Concurso Pblico

    Art. 11. O concurso ser de provas ou de provas e ttulos,podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a leie o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada ainscrio do candidato ao pagamento do valor xado no edital,quando indispensvel ao seu custeio, e ressalvadas as hipteses deiseno nele expressamente previstas.

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    REGIME JURDICO NICO

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    Art. 12. O concurso pblico ter validade de at 2 (dois )anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo.

    1o O prazo de validade do concurso e as condiesde sua realizao sero xados em edital, que ser publicado noDirio Ocial da Unio e em jornal dirio de grande circulao.

    2o No se abrir novo concurso enquanto houvercandidato aprovado em concurso anterior com prazo de validadeno expirado.

    Seo IVDa Posse e do Exerccio

    Art. 13. A posse dar-se- pela assinatura do respectivotermo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, asresponsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, queno podero ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes,ressalvados os atos de ofcio previstos em lei.

    1o A posse ocorrer no prazo de trinta dias contados dapublicao do ato de provimento.

    2o Em se tratando de servidor, que esteja na data depublicao do ato de provimento, em licena prevista nos incisosI, III e V do art. 81, ou afastado nas hipteses dos incisos I, IV, VI,VIII, alneas a, b, d, e e f, IX e X do art. 102, o prazoser contado do trmino do impedimento.

    3oA posse poder dar-se mediante procurao especca.

    4o S haver posse nos casos de provimento de cargopor nomeao.

    5o No ato da posse, o servidor apresentar declarao debens e valores que constituem seu patrimnio e declarao quantoao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica.

    6o Ser tornado sem efeito o ato de provimento se aposse no ocorrer no prazo previsto no 1odeste artigo.

    Art. 14. A posse em cargo pblico depender de prviainspeo mdica ocial.

    Pargrafo nico. S poder ser empossado aquele quefor julgado apto fsica e mentalmente para o exerccio do cargo.

    Art. 15. Exerccio o efetivo desempenho das atribuies docargo pblico ou da funo de conana.

    1o de quinze dias o prazo para o servidor empossadoem cargo pblico entrar em exerccio, contados da data da posse.

    2o O servidor ser exonerado do cargo ou ser tornadosem efeito o ato de sua designao para funo de conana, se noentrar em exerccio nos prazos previstos neste artigo, observado odisposto no art. 18.

    3o autoridade competente do rgo ou entidadepara onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lheexerccio.

    4o O incio do exerccio de funo de conana coincidircom a data de publicao do ato de designao, salvo quando oservidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivolegal, hiptese em que recair no primeiro dia til aps o trmino doimpedimento, que no poder exceder a trinta dias da publicao.

    Art. 16. O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio doexerccio sero registrados no assentamento individual do servidor.

    Pargrafo nico. Ao entrar em exerccio, o servidorapresentar ao rgo competente os elementos necessrios ao seuassentamento individual.

    Art. 17. A promoo no interrompe o tempo de exerccio,que contado no novo posicionamento na carreira a partir da datade publicao do ato que promover o servidor.

    Art. 18. O servidor que deva ter exerccio em outro municpioem razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedidoou posto em exerccio provisrio ter, no mnimo, dez e, nomximo, trinta dias de prazo, contados da publicao do ato,

    para a retomada do efetivo desempenho das atribuies do cargo,includo nesse prazo o tempo necessrio para o deslocamento paraa nova sede.

    1o

    Na hiptese de o servidor encontrar-se em licenaou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo sercontado a partir do trmino do impedimento.

    2o facultado ao servidor declinar dos prazosestabelecidos no caput.

    Art. 19. Os servidores cumpriro jornada de trabalho xadaem razo das atribuies pertinentes aos respectivos cargos,respeitada a durao mxima do trabalho semanal de quarentahoras e observados os limites mnimo e mximo de seis horas eoito horas dirias, respectivamente.

    1o O ocupante de cargo em comisso ou funo deconana submete-se a regime de integral dedicao ao servio,observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempreque houver interesse da Administrao.

    2o O disposto neste artigo no se aplica a durao detrabalho estabelecida em leis especiais.

    Art. 20. Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado paracargo de provimento efetivo car sujeito a estgio probatrio por

    perodo de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptido ecapacidade sero objeto de avaliao para o desempenho do cargo,observados os seguinte fatores:

    I - assiduidade;II - disciplina;III - capacidade de iniciativa;IV - produtividade;V- responsabilidade.

    1o

    4 (quatro) meses antes de ndo o perodo do estgioprobatrio, ser submetida homologao da autoridadecompetente a avaliao do desempenho do servidor, realizada porcomisso constituda para essa nalidade, de acordo com o quedispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo,sem prejuzo da continuidade de apurao dos fatores enumeradosnos incisos I a V do caput deste artigo.

    2o O servidor no aprovado no estgio probatrioser exonerado ou, se estvel, reconduzido ao cargo anteriormenteocupado, observado o disposto no pargrafo nico do art. 29.

    3o O servidor em estgio probatrio poder exercerquaisquer cargos de provimento em comisso ou funes dedireo, chea ou assessoramento no rgo ou entidade de lotao,e somente poder ser cedido a outro rgo ou entidade para ocuparcargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissodo Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, de nveis6, 5 e 4, ou equivalentes.

    4o Ao servidor em estgio probatrio somente poderoser concedidas as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 81,incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participarde curso de formao decorrente de aprovao em concurso paraoutro cargo na Administrao Pblica Federal.

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    Art. 56. Ser concedida ajuda de custo quele que, no sendoservidor da Unio, for nomeado para cargo em comisso, commudana de domiclio.

    Pargrafo nico. No afastamento previsto no inciso I doart. 93, a ajuda de custo ser paga pelo rgo cessionrio, quandocabvel.

    Art. 57. O servidor car obrigado a restituir a ajuda decusto quando, injusticadamente, no se apresentar na nova sedeno prazo de 30 (trinta) dias.

    Subseo IIDas Dirias

    Art. 58. O servidor que, a servio, afastar-se da sedeem carter eventual ou transitrio para outro ponto do territrionacional ou para o exterior, far jus a passagens e diriasdestinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinria com

    pousada, alimentao e locomoo urbana, conforme dispuser emregulamento.

    1oA diria ser concedida por dia de afastamento, sendodevida pela metade quando o deslocamento no exigir pernoitefora da sede, ou quando a Unio custear, por meio diverso, asdespesas extraordinrias cobertas por dirias.

    2o Nos casos em que o deslocamento da sede constituirexigncia permanente do cargo, o servidor no far jus a dirias.

    3o Tambm no far jus a dirias o servidor quese deslocar dentro da mesma regio metropolitana, aglomeraourbana ou microrregio, constitudas por municpios limtrofese regularmente institudas, ou em reas de controle integradomantidas com pases limtrofes, cuja jurisdio e competncia dosrgos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida,salvo se houver pernoite fora da sede, hipteses em que as dirias

    pagas sero sempre as xadas para os afastamentos dentro doterritrio nacional.

    Art. 59. O servidor que receber dirias e no se afastar da sede,por qualquer motivo, ca obrigado a restitu-las integralmente, noprazo de 5 (cinco) dias.

    Pargrafo nico. Na hiptese de o servidor retornar

    sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento,restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo previsto nocaput.

    Subseo IIIDa Indenizao de Transporte

    Art. 60. Conceder-se- indenizao de transporte aoservidor que realizar despesas com a utilizao de meio prpriode locomoo para a execuo de servios externos, por foradas atribuies prprias do cargo, conforme se dispuser emregulamento.

    Subseo IVSubseo IV

    Do Auxlio-MoradiaArt. 60-A. O auxlio-moradia consiste no ressarcimento

    das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor comaluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado porempresa hoteleira, no prazo de um ms aps a comprovao dadespesa pelo servidor.

    Art. 60-B. Conceder-se- auxlio-moradia ao servidor seatendidos os seguintes requisitos:

    I - no exista imvel funcional disponvel para uso peloservidor;

    II - o cnjuge ou companheiro do servidor no ocupeimvel funcional;

    III - o servidor ou seu cnjuge ou companheiro no sejaou tenha sido proprietrio, promitente comprador, cessionrio ou

    promitente cessionrio de imvel no Municpio aonde for exercero cargo, includa a hiptese de lote edicado sem averbao deconstruo, nos doze meses que antecederem a sua nomeao;

    IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidorreceba auxlio-moradia;

    V - o servidor tenha se mudado do local de residnciapara ocupar cargo em comisso ou funo de conana do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, nveis 4, 5 e 6, de

    Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes;VI - o Municpio no qual assuma o cargo em comisso

    ou funo de conana no se enquadre nas hipteses do art. 58, 3o, em relao ao local de residncia ou domiclio do servidor;

    VII - o servidor no tenha sido domiciliado ou tenharesidido no Municpio, nos ltimos doze meses, aonde for exercero cargo em comisso ou funo de conana, desconsiderando-se

    prazo inferior a sessenta dias dentro desse perodo; eVIII - o deslocamento no tenha sido por fora de alterao

    de lotao ou nomeao para cargo efetivo.IX - o deslocamento tenha ocorrido aps 30 de junho de2006.

    Pargrafo nico. Para ns do inciso VII, no serconsiderado o prazo no qual o servidor estava ocupando outrocargo em comisso relacionado no inciso V.

    Art. 60-C. O auxlio-moradia no ser concedido porprazo superior a 8 (oito) anos dentro de cada perodo de 12 (doze)anos.

    Pargrafo nico. Transcorrido o prazo de 8 (oito) anosdentro de cada perodo de 12 (doze) anos, o pagamento somenteser retomado se observados, alm do disposto no caput desteartigo, os requisitos do caput do art. 60-B desta Lei, no seaplicando, no caso, o pargrafo nico do citado art. 60-B.

    Art. 60-D. O valor mensal do auxlio-moradia limitado a25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comisso,funo comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado.

    1o O valor do auxlio-moradia no poder superar 25%(vinte e cinco por cento) da remunerao de Ministro de Estado.

    2o Independentemente do valor do cargo em comissoou funo comissionada, ca garantido a todos os que preencheremos requisitos o ressarcimento at o valor de R$ 1.800,00 (mil eoitocentos reais).

    Art. 60-E. No caso de falecimento, exonerao, colocao deimvel funcional disposio do servidor ou aquisio de imvel,o auxlio-moradia continuar sendo pago por um ms.

    Seo IIDas Gratifcaes e Adicionais

    Art. 61. Alm do vencimento e das vantagens

    previstas nesta Lei, sero deferidos aos servidores as seguintesretribuies, graticaes e adicionais:

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    I - retribuio pelo exerccio de funo de direo,chea e assessoramento;

    II - graticao natalina;IV - adicional pelo exerccio de atividades insalubres,

    perigosas ou penosas;V - adicional pela prestao de servio extraordinrio;VI - adicional noturno;VII - adicional de frias;VIII - outros, relativos ao local ou natureza do

    trabalho.IX - graticao por encargo de curso ou concurso.

    Subseo IDa Retribuio pelo Exerccio de Funo de Direo,

    Chefa e AssessoramentoArt. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em

    funo de direo, chea ou assessoramento, cargo de provimentoem comisso ou de Natureza Especial devida retribuio peloseu exerccio.

    Pargrafo nico. Lei especca estabelecer a remuneraodos cargos em comisso de que trata o inciso II do art. 9o.

    Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem PessoalNominalmente Identicada - VPNI a incorporao da retribuiopelo exerccio de funo de direo, chea ou assessoramento,

    cargo de provimento em comisso ou de Natureza Especial a quese referem os arts. 3oe 10 da Lei no8.911, de 11 de julho de 1994,e o art. 3oda Lei no9.624, de 2 de abril de 1998.

    Pargrafo nico. A VPNI de que trata o caput desteartigo somente estar sujeita s revises gerais de remuneraodos servidores pblicos federais.

    Subseo IIDa Gratifcao Natalina

    Art. 63. A graticao natalina corresponde a 1/12 (umdoze avos) da remunerao a que o servidor zer jus no ms dedezembro, por ms de exerccio no respectivo ano.

    Pargrafo nico. A frao igual ou superior a 15

    (quinze) dias ser considerada como ms integral.

    Art. 64. A graticao ser paga at o dia 20 (vinte) do msde dezembro de cada ano.

    Pargrafo nico.

    Art. 65. O servidor exonerado perceber sua graticaonatalina, proporcionalmente aos meses de exerccio, calculadasobre a remunerao do ms da exonerao.

    Art. 66. A graticao natalina no ser considerada paraclculo de qualquer vantagem pecuniria.

    Subseo IV

    Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ouAtividades Penosas

    Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade

    em locais insalubres ou em contato permanente com substnciastxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicionalsobre o vencimento do cargo efetivo.

    1oO servidor que zer jus aos adicionais de insalubridadee de periculosidade dever optar por um deles.

    2o O direito ao adicional de insalubridade oupericulosidade cessa com a eliminao das condies ou dos riscosque deram causa a sua concesso.

    Art. 69. Haver permanente controle da atividade deservidores em operaes ou locais considerados penosos,insalubres ou perigosos.

    Pargrafo nico. A servidora gestante ou lactante serafastada, enquanto durar a gestao e a lactao, das operaes e

    locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em localsalubre e em servio no penoso e no perigoso.

    Art. 70. Na concesso dos adicionais de atividades penosas,de insalubridade e de periculosidade, sero observadas as situaesestabelecidas em legislao especca.

    Art. 71. O adicional de atividade penosa ser devido aosservidores em exerccio em zonas de fronteira ou em localidadescujas condies de vida o justiquem, nos termos, condies elimites xados em regulamento.

    Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam comRaios X ou substncias radioativas sero mantidos sob controle

    permanente, de modo que as doses de radiao ionizante noultrapassem o nvel mximo previsto na legislao prpria.

    Pargrafo nico. Os servidores a que se refere este artigosero submetidos a exames mdicos a cada 6 (seis) meses.

    Subseo VDo Adicional por Servio Extraordinrio

    Art. 73. O servio extraordinrio ser remunerado comacrscimo de 50% (cinqenta por cento) em relao hora normalde trabalho.

    Art. 74. Somente ser permitido servio extraordinrio para

    atender a situaes excepcionais e temporrias, respeitado o limitemximo de 2 (duas) horas por jornada.

    Subseo VIDo Adicional Noturno

    Art. 75. O servio noturno, prestado em horriocompreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco)horas do dia seguinte, ter o valor-hora acrescido de 25% (vinte ecinco por cento), computando-se cada hora como cinqenta e doisminutos e trinta segundos.

    Pargrafo nico. Em se tratando de servio extraordinrio,o acrscimo de que trata este artigo incidir sobre a remunerao

    prevista no art. 73.

    Subseo VIIDo Adicional de Frias

    Art. 76. Independentemente de solicitao, ser pago ao

    servidor, por ocasio das frias, um adicional correspondente a 1/3(um tero) da remunerao do perodo das frias.

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    Pargrafo nico. No caso de o servidor exercer funo dedireo, chea ou assessoramento, ou ocupar cargo em comisso,a respectiva vantagem ser considerada no clculo do adicional deque trata este artigo.

    Subseo VIIIDa Gratifcao por Encargo de Curso ou Concurso

    Art. 76-A. A Graticao por Encargo de Curso ou Concurso

    devida ao servidor que, em carter eventual:I - atuar como instrutor em curso de formao, dedesenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo nombito da administrao pblica federal;

    II - participar de banca examinadora ou de comisso paraexames orais, para anlise curricular, para correo de provasdiscursivas, para elaborao de questes de provas ou para

    julgamento de recursos intentados por candidatos;III - participar da logstica de preparao e de realizao

    de concurso pblico envolvendo atividades de planejamento,coordenao, superviso, execuo e avaliao de resultado,quando tais atividades no estiverem includas entre as suasatribuies permanentes;

    IV - participar da aplicao, scalizar ou avaliar provas deexame vestibular ou de concurso pblico ou supervisionar essasatividades.

    1o Os critrios de concesso e os limites da graticao deque trata este artigo sero xados em regulamento, observados osseguintes parmetros:

    I - o valor da graticao ser calculado em horas, observadasa natureza e a complexidade da atividade exercida;

    II - a retribuio no poder ser superior ao equivalente a 120(cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situao deexcepcionalidade, devidamente justicada e previamente aprovada

    pela autoridade mxima do rgo ou entidade, que poder autorizaro acrscimo de at 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais;

    III - o valor mximo da hora trabalhada corresponder aos

    seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento bsicoda administrao pblica federal:

    a) 2,2% (dois inteiros e dois dcimos por cento), em setratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput desteartigo;

    b) 1,2% (um inteiro e dois dcimos por cento), em setratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput desteartigo.

    2o A Graticao por Encargo de Curso ou Concursosomente ser paga se as atividades referidas nos incisos do caputdeste artigo forem exercidas sem prejuzo das atribuies do cargode que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensaode carga horria quando desempenhadas durante a jornada de

    trabalho, na forma do 4odo art. 98 desta Lei. 3o A Graticao por Encargo de Curso ou Concurso no se

    incorpora ao vencimento ou salrio do servidor para qualquer efeitoe no poder ser utilizada como base de clculo para quaisqueroutras vantagens, inclusive para ns de clculo dos proventos daaposentadoria e das penses.

    Captulo IIIDas Frias

    Art. 77. O servidor far jus a trinta dias de frias, quepodem ser acumuladas, at o mximo de dois perodos, no casode necessidade do servio, ressalvadas as hipteses em que hajalegislao especca.

    1o Para o primeiro perodo aquisitivo de frias seroexigidos 12 (doze) meses de exerccio.

    2o vedado levar conta de frias qualquer falta aoservio.

    3o As frias podero ser parceladas em at trs etapas,desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse daadministrao pblica.

    Art. 78. O pagamento da remunerao das frias ser efetuadoat 2 (dois) dias antes do incio do respectivo perodo, observando-se o disposto no 1odeste artigo.

    3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou emcomisso, perceber indenizao relativa ao perodo das frias aque tiver direito e ao incompleto, na proporo de um doze avos

    por ms de efetivo exerccio, ou frao superior a quatorze dias. 4oA indenizao ser calculada com base na remunerao

    do ms em que for publicado o ato exoneratrio.

    5

    o

    Em caso de parcelamento, o servidor receber ovalor adicional previsto no inciso XVII do art. 7oda ConstituioFederal quando da utilizao do primeiro perodo.

    Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente

    com Raios X ou substncias radioativas gozar 20 (vinte) diasconsecutivos de frias, por semestre de atividade prossional,

    proibida em qualquer hiptese a acumulao.

    Art. 80. As frias somente podero ser interrompidas pormotivo de calamidade pblica, comoo interna, convocao para

    jri, servio militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviodeclarada pela autoridade mxima do rgo ou entidade.

    Pargrafo nico. O restante do perodo interrompido ser

    gozado de uma s vez, observado o disposto no art. 77.

    Captulo IVDas Licenas

    Seo IDisposies Gerais

    Art. 81. Conceder-se- ao servidor licena:I - por motivo de doena em pessoa da famlia;II - por motivo de afastamento do cnjuge ou

    companheiro;III - para o servio militar;IV - para atividade poltica;V - para capacitao;

    VI - para tratar de interesses particulares;VII - para desempenho de mandato classista. 1o A licena prevista no inciso I do caput deste artigo

    bem como cada uma de suas prorrogaes sero precedidas deexame por percia mdica ocial, observado o disposto no art.204 desta Lei.

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    1o Somente podero ser licenciados servidores eleitospara cargos de direo ou representao nas referidas entidades,desde que cadastradas no Ministrio da Administrao Federal eReforma do Estado.

    2 A licena ter durao igual do mandato, podendoser prorrogada, no caso de reeleio, e por uma nica vez.

    Captulo VDos Afastamentos

    Seo IDo Afastamento para Servir a Outro rgo ou Entidade

    . Art. 93. O servidor poder ser cedido para ter exerccio

    em outro rgo ou entidade dos Poderes da Unio, dos Estados,ou do Distrito Federal e dos Municpios, nas seguintes hipteses:

    I - para exerccio de cargo em comisso ou funo deconana;

    II - em casos previstos em leis especcas. 1o Na hiptese do inciso I, sendo a cesso para rgos

    ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios,o nus da remunerao ser do rgo ou entidade cessionria,mantido o nus para o cedente nos demais casos.

    2 Na hiptese de o servidor cedido a empresa pblica ousociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas,

    optar pela remunerao do cargo efetivo ou pela remuneraodo cargo efetivo acrescida de percentual da retribuio do cargoem comisso, a entidade cessionria efetuar o reembolso dasdespesas realizadas pelo rgo ou entidade de origem.

    3o A cesso far-se- mediante Portaria publicada noDirio Ocial da Unio.

    4o Mediante autorizao expressa do Presidente daRepblica, o servidor do Poder Executivo poder ter exerccio emoutro rgo da Administrao Federal direta que no tenha quadro

    prprio de pessoal, para m determinado e a prazo certo. 5 Aplica-se Unio, em se tratando de empregado ou

    servidor por ela requisitado, as disposies dos 1 e 2 desteartigo.

    6 As cesses de empregados de empresa pblica ou

    de sociedade de economia mista, que receba recursos de TesouroNacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamentode pessoal, independem das disposies contidas nos incisos Ie II e 1 e 2 deste artigo, cando o exerccio do empregadocedido condicionado a autorizao especca do Ministrio doPlanejamento, Oramento e Gesto, exceto nos casos de ocupaode cargo em comisso ou funo graticada.

    7 O Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto,com a nalidade de promover a composio da fora de trabalhodos rgos e entidades da Administrao Pblica Federal, poderdeterminar a lotao ou o exerccio de empregado ou servidor,independentemente da observncia do constante no inciso I e nos 1 e 2deste artigo.

    Seo IIDo Afastamento para Exerccio de Mandato Eletivo

    Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivoaplicam-se as seguintes disposies:

    I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital,car afastado do cargo;

    II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado docargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao;

    III - investido no mandato de vereador:a) havendo compatibilidade de horrio, perceber as

    vantagens de seu cargo, sem prejuzo da remunerao do cargoeletivo;

    b) no havendo compatibilidade de horrio, ser afastadodo cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao.

    1oNo caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirpara a seguridade social como se em exerccio estivesse.

    2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista

    no poder ser removido ou redistribudo de ofcio para localidadediversa daquela onde exerce o mandato.

    Seo IIIDo Afastamento para Estudo ou Misso no Exterior

    Art. 95. O servidor no poder ausentar-se do Paspara estudo ou misso ocial, sem autorizao do Presidenteda Repblica, Presidente dos rgos do Poder Legislativo ePresidente do Supremo Tribunal Federal.

    1o A ausncia no exceder a 4 (quatro) anos, e nda amisso ou estudo, somente decorrido igual perodo, ser permitidanova ausncia.

    2o Ao servidor beneciado pelo disposto neste artigo

    no ser concedida exonerao ou licena para tratar de interesseparticular antes de decorrido perodo igual ao do afastamento,ressalvada a hiptese de ressarcimento da despesa havida com seuafastamento.

    3o O disposto neste artigo no se aplica aos servidoresda carreira diplomtica.

    4o As hipteses, condies e formas para a autorizaode que trata este artigo, inclusive no que se refere remuneraodo servidor, sero disciplinadas em regulamento.

    Art. 96. O afastamento de servidor para servir emorganismo internacional de que o Brasil participe ou com o qualcoopere dar-se- com perda total da remunerao.

    Seo IVDo Afastamento para Participao em Programa de Ps-

    Graduao Stricto Sensu no Pas

    Art. 96-A. O servidor poder, no interesse da Administrao,e desde que a participao no possa ocorrer simultaneamente como exerccio do cargo ou mediante compensao de horrio, afastar-se do exerccio do cargo efetivo, com a respectiva remunerao,

    para participar em programa de ps-graduao stricto sensu eminstituio de ensino superior no Pas.

    1o Ato do dirigente mximo do rgo ou entidade denir,em conformidade com a legislao vigente, os programas decapacitao e os critrios para participao em programas de ps-graduao no Pas, com ou sem afastamento do servidor, que seroavaliados por um comit constitudo para este m.

    2o Os afastamentos para realizao de programas de

    mestrado e doutorado somente sero concedidos aos servidorestitulares de cargos efetivos no respectivo rgo ou entidade h

    pelo menos 3 (trs) anos para mestrado e 4 (quatro) anos paradoutorado, includo o perodo de estgio probatrio, que notenham se afastado por licena para tratar de assuntos particulares

    para gozo de licena capacitao ou com fundamento neste artigonos 2 (dois) anos anteriores data da solicitao de afastamento.

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    3o Os afastamentos para realizao de programas de ps-doutorado somente sero concedidos aos servidores titulares decargos efetivo no respectivo rgo ou entidade h pelo menosquatro anos, includo o perodo de estgio probatrio, e que notenham se afastado por licena para tratar de assuntos particularesou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores datada solicitao de afastamento.

    4o Os servidores beneciados pelos afastamentos previstosnos 1o, 2oe 3odeste artigo tero que permanecer no exercciode suas funes aps o seu retorno por um perodo igual ao doafastamento concedido.

    5o

    Caso o servidor venha a solicitar exonerao do cargoou aposentadoria, antes de cumprido o perodo de permannciaprevisto no 4odeste artigo, dever ressarcir o rgo ou entidade,na forma do art. 47 da Lei no8.112, de 11 de dezembro de 1990,dos gastos com seu aperfeioamento.

    6oCaso o servidor no obtenha o ttulo ou grau que justicouseu afastamento no perodo previsto, aplica-se o disposto no 5 odeste artigo, salvo na hiptese comprovada de fora maior ou decaso fortuito, a critrio do dirigente mximo do rgo ou entidade.

    7o Aplica-se participao em programa de ps-graduaono Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o dispostonos 1oa 6odeste artigo.

    Captulo VIDas Concesses

    Art. 97. Sem qualquer prejuzo, poder o servidorausentar-se do servio:

    I - por 1 (um) dia, para doao de sangue;II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;III - por 8 (oito) dias consecutivos em razo de :a) casamento;b) falecimento do cnjuge, companheiro, pais, madrasta

    ou padrasto, lhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmos.Art. 98. Ser concedido horrio especial ao servidor

    estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horrioescolar e o da repartio, sem prejuzo do exerccio do cargo.

    1o Para efeito do disposto neste artigo, ser exigida acompensao de horrio no rgo ou entidade que tiver exerccio,

    respeitada a durao semanal do trabalho 2o Tambm ser concedido horrio especial ao servidor

    portador de decincia, quando comprovada a necessidade porjunta mdica ocial, independentemente de compensao dehorrio.

    3o As disposies do pargrafo anterior so extensivasao servidor que tenha cnjuge, lho ou dependente portador dedecincia fsica, exigindo-se, porm, neste caso, compensao dehorrio na forma do inciso II do art. 44

    4o Ser igualmente concedido horrio especial,vinculado compensao de horrio a ser efetivada no prazo deat 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nosincisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei.

    Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no

    interesse da administrao assegurada, na localidade da novaresidncia ou na mais prxima, matrcula em instituio de ensinocongnere, em qualquer poca, independentemente de vaga.

    Pargrafo nico. O disposto neste artigo estende-se aocnjuge ou companheiro, aos lhos, ou enteados do servidor quevivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda,com autorizao judicial.

    Captulo VIIDo Tempo de Servio

    Art. 100. contado para todos os efeitos o tempo deservio pblico federal, inclusive o prestado s Foras Armadas.

    Art. 101. A apurao do tempo de servio ser feita emdias, que sero convertidos em anos, considerado o ano como detrezentos e sessenta e cinco dias.

    Art. 102. Alm das ausncias ao servio previstas no art.97, so considerados como de efetivo exerccio os afastamentosem virtude de:

    I - frias;II - exerccio de cargo em comisso ou equivalente, em

    rgo ou entidade dos Poderes da Unio, dos Estados, Municpiose Distrito Federal;

    III - exerccio de cargo ou funo de governo ouadministrao, em qualquer parte do territrio nacional, pornomeao do Presidente da Repblica;

    IV - participao em programa de treinamento regularmenteinstitudo ou em programa de ps-graduao stricto sensu no Pas,conforme dispuser o regulamento;

    V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual,municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoo pormerecimento;

    VI - jri e outros servios obrigatrios por lei;VII - misso ou estudo no exterior, quando autorizado o

    afastamento, conforme dispuser o regulamento; VIII - licena: a) gestante, adotante e paternidade;

    b) para tratamento da prpria sade, at o limite de vintee quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de servio pblico

    prestado Unio, em cargo de provimento efetivo;c) para o desempenho de mandato classista ou participao

    de gerncia ou administrao em sociedade cooperativa constitudapor servidores para prestar servios a seus membros, exceto paraefeito de promoo por merecimento;

    d) por motivo de acidente em servio ou doenaprossional;

    e) para capacitao, conforme dispuser o regulamento;f) por convocao para o servio militar;IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;X - participao em competio desportiva nacional ou

    convocao para integrar representao desportiva nacional, noPas ou no exterior, conforme disposto em lei especca;

    XI - afastamento para servir em organismo internacionalde que o Brasil participe ou com o qual coopere.

    Art. 103. Contar-se- apenas para efeito de aposentadoria edisponibilidade:

    I - o tempo de servio pblico prestado aos Estados,Municpios e Distrito Federal;

    II - a licena para tratamento de sade de pessoal da

    famlia do servidor, com remunerao, que exceder a trinta diasem perodo de doze meses.III - a licena para atividade poltica, no caso do art. 86,

    2o;IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato

    eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingressono servio pblico federal;

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    V - o tempo de servio em atividade privada, vinculada Previdncia Social;

    VI - o tempo de servio relativo a tiro de guerra;VII - o tempo de licena para tratamento da prpria sade

    que exceder o prazo a que se refere a alnea b do inciso VIII doart. 102.

    1o O tempo em que o servidor esteve aposentado sercontado apenas para nova aposentadoria.

    2o Ser contado em dobro o tempo de servio prestados Foras Armadas em operaes de guerra.

    3o vedada a contagem cumulativa de tempo de servio

    prestado concomitantemente em mais de um cargo ou funo dergo ou entidades dos Poderes da Unio, Estado, Distrito Federale Municpio, autarquia, fundao pblica, sociedade de economiamista e empresa pblica.

    Captulo VIIIDo Direito de Petio

    Art. 104. assegurado ao servidor o direito de requereraos Poderes Pblicos, em defesa de direito ou interesse legtimo.

    Art. 105. O requerimento ser dirigido autoridadecompetente para decidi-lo e encaminhado por intermdio daquelaa que estiver imediatamente subordinado o requerente.

    Art. 106. Cabe pedido de reconsiderao autoridade quehouver expedido o ato ou proferido a primeira deciso, no

    podendo ser renovado.Pargrafo nico. O requerimento e o pedido de

    reconsiderao de que tratam os artigos anteriores devero serdespachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30(trinta) dias.

    Art. 107. Caber recurso:I - do indeferimento do pedido de reconsiderao;

    II - das decises sobre os recursos sucessivamenteinterpostos.

    1o O recurso ser dirigido autoridade imediatamente

    superior que tiver expedido o ato ou proferido a deciso, e,sucessivamente, em escala ascendente, s demais autoridades.

    2o O recurso ser encaminhado por intermdio daautoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

    Art. 108. O prazo para interposio de pedido dereconsiderao ou de recurso de 30 (trinta) dias, a contar da

    publicao ou da cincia, pelo interessado, da deciso recorrida.

    Art. 109. O recurso poder ser recebido com efeito suspensivo,a juzo da autoridade competente.

    Pargrafo nico. Em caso de provimento do pedido dereconsiderao ou do recurso, os efeitos da deciso retroagiro data do ato impugnado.

    Art. 110. O direito de requerer prescreve: I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demisso e

    de cassao de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afeteminteresse patrimonial e crditos resultantes das relaes de trabalho;

    II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvoquando outro prazo for xado em lei.

    Pargrafo nico. O prazo de prescrio ser contado dadata da publicao do ato impugnado ou da data da cincia pelointeressado, quando o ato no for publicado.

    Art. 111. O pedido de reconsiderao e o recurso, quandocabveis, interrompem a prescrio.

    Art. 112. A prescrio de ordem pblica, no podendo serrelevada pela administrao.

    Art. 113. Para o exerccio do direito de petio, assegurada

    vista do processo ou documento, na repartio, ao servidor ou aprocurador por ele constitudo.

    Art. 114. A administrao dever rever seus atos, a qualquertempo, quando eivados de ilegalidade.

    Art. 115. So fatais e improrrogveis os prazos estabelecidosneste Captulo, salvo motivo de fora maior.

    Ttulo IVDo Regime Disciplinar

    Captulo IDos Deveres

    Art. 116. So deveres do servidor:I - exercer com zelo e dedicao as atribuies do cargo;II - ser leal s instituies a que servir;III - observar as normas legais e regulamentares;

    IV - cumprir as ordens superiores, exceto quandomanifestamente ilegais;

    V - atender com presteza:a) ao pblico em geral, prestando as informaes

    requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;b) expedio de certides requeridas para defesa de

    direito ou esclarecimento de situaes de interesse pessoal;c) s requisies para a defesa da Fazenda Pblica.

    VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as

    irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo;VII - zelar pela economia do material e a conservao dopatrimnio pblico;

    VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartio;IX - manter conduta compatvel com a moralidade

    administrativa;X - ser assduo e pontual ao servio;XI - tratar com urbanidade as pessoas;XII - representar contra ilegalidade, omisso ou abuso

    de poder.Pargrafo nico. A representao de que trata o inciso XII

    ser encaminhada pela via hierrquica e apreciada pela autoridadesuperior quela contra a qual formulada, assegurando-se aorepresentando ampla defesa.

    Captulo IIDas Proibies

    Art. 117. Ao servidor proibido:I - ausentar-se do servio durante o expediente, sem prvia

    autorizao do chefe imediato;

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    II - retirar, sem prvia anuncia da autoridade competente,qualquer documento ou objeto da repartio;

    III - recusar f a documentos pblicos;IV - opor resistncia injusticada ao andamento de

    documento e processo ou execuo de servio;V - promover manifestao de apreo ou desapreo no

    recinto da repartio;VI - cometer a pessoa estranha repartio, fora dos

    casos previstos em lei, o desempenho de atribuio que seja de suaresponsabilidade ou de seu subordinado;

    VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de liarem-se a associao prossional ou sindical, ou a partido poltico;

    VIII - manter sob sua chea imediata, em cargo ou funode conana, cnjuge, companheiro ou parente at o segundo graucivil;

    IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou deoutrem, em detrimento da dignidade da funo pblica;

    X - participar de gerncia ou administrao de sociedadeprivada, personicada ou no personicada, exercer o comrcio,exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditrio;

    XI - atuar, como procurador ou intermedirio, juntoa reparties pblicas, salvo quando se tratar de benefcios

    previdencirios ou assistenciais de parentes at o segundo grau, ede cnjuge ou companheiro;

    XII - receber propina, comisso, presente ou vantagem dequalquer espcie, em razo de suas atribuies;XIII - aceitar comisso, emprego ou penso de estado

    estrangeiro;XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;XV - proceder de forma desidiosa;XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartio

    em servios ou atividades particulares;XVII - cometer a outro servidor atribuies estranhas ao

    cargo que ocupa, exceto em situaes de emergncia e transitrias;XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam

    incompatveis com o exerccio do cargo ou funo e com o horriode trabalho;

    XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quandosolicitado.

    Pargrafo nico. A vedao de que trata o inciso X docaput deste artigo no se aplica nos seguintes casos:

    I - participao nos conselhos de administrao e scalde empresas ou entidades em que a Unio detenha, direta ouindiretamente, participao no capital social ou em sociedadecooperativa constituda para prestar servios a seus membros; e

    II - gozo de licena para o trato de interesses particulares,na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislao sobre conitode interesses.

    Captulo IIIDa Acumulao

    Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituio, vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos.

    1o A proibio de acumular estende-se a cargos,empregos e funes em autarquias, fundaes pblicas, empresas

    pblicas, sociedades de economia mista da Unio, do DistritoFederal, dos Estados, dos Territrios e dos Municpios.

    2o A acumulao de cargos, ainda que lcita, cacondicionada comprovao da compatibilidade de horrios.

    3o Considera-se acumulao proibida a percepo devencimento de cargo ou emprego pblico efetivo com proventosda inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essasremuneraes forem acumulveis na atividade.

    Art. 119. O servidor no poder exercer mais de um cargo

    em comisso, exceto no caso previsto no pargrafo nico do art.9o, nem ser remunerado pela participao em rgo de deliberaocoletiva

    Pargrafo nico. O disposto neste artigo no seaplica remunerao devida pela participao em conselhosde administrao e scal das empresas pblicas e sociedadesde economia mista, suas subsidirias e controladas, bem comoquaisquer empresas ou entidades em que a Unio, direta ouindiretamente, detenha participao no capital social, observado oque, a respeito, dispuser legislao especca.

    Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, queacumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido emcargo de provimento em comisso, car afastado de ambos oscargos efetivos, salvo na hiptese em que houver compatibilidadede horrio e local com o exerccio de um deles, declarada pelas

    autoridades mximas dos rgos ou entidades envolvidos.Captulo IV

    Das Responsabilidades

    Art. 121. O servidor responde civil, penal eadministrativamente pelo exerccio irregular de suas atribuies.

    Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo oucomissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuzo ao errioou a terceiros.

    1o A indenizao de prejuzo dolosamente causadoao errio somente ser liquidada na forma prevista no art. 46, nafalta de outros bens que assegurem a execuo do dbito pela via

    judicial. 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responder

    o servidor perante a Fazenda Pblica, em ao regressiva. 3o A obrigao de reparar o dano estende-se aos

    sucessores e contra eles ser executada, at o limite do valor daherana recebida.

    Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes econtravenes imputadas ao servidor, nessa qualidade.

    Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta deato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo oufuno.

    Art. 125. As sanes civis, penais e administrativas poderocumular-se, sendo independentes entre si.

    Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor serafastada no caso de absolvio criminal que negue a existncia dofato ou sua autoria.

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    Art. 134. Ser cassada a aposentadoria ou a disponibilidadedo inativo que houver praticado, na atividade, falta punvel com ademisso.

    Art. 135. A destituio de cargo em comisso exercido porno ocupante de cargo efetivo ser aplicada nos casos de infraosujeita s penalidades de suspenso e de demisso.

    Pargrafo nico. Constatada a hiptese de que trata esteartigo, a exonerao efetuada nos termos do art. 35 ser convertidaem destituio de cargo em comisso.

    Art. 136. A demisso ou a destituio de cargo em comisso,nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica aindisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, sem

    prejuzo da ao penal cabvel.

    Art. 137. A demisso ou a destituio de cargo em comisso,por infringncia do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza oex-servidor para nova investidura em cargo pblico federal, pelo

    prazo de 5 (cinco) anos.Pargrafo nico. No poder retornar ao servio pblico

    federal o servidor que for demitido ou destitudo do cargo emcomisso por infringncia do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.

    Art. 138. Congura abandono de cargo a ausncia intencional

    do servidor ao servio por mais de trinta dias consecutivos.

    Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta aoservio, sem causa justicada, por sessenta dias, interpoladamente,durante o perodo de doze meses.

    Art. 140. Na apurao de abandono de cargo ou inassiduidadehabitual, tambm ser adotado o procedimento sumrio a que serefere o art. 133, observando-se especialmente que:

    I - a indicao da materialidade dar-se-:a) na hiptese de abandono de cargo, pela indicao

    precisa do perodo de ausncia intencional do servidor ao serviosuperior a trinta dias;

    b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicao dosdias de falta ao servio sem causa justicada, por perodo igual ousuperior a sessenta dias interpoladamente, durante o perodo dedoze meses;

    II - aps a apresentao da defesa a comisso elaborarrelatrio conclusivo quanto inocncia ou responsabilidade doservidor, em que resumir as peas principais dos autos, indicaro respectivo dispositivo legal, opinar, na hiptese de abandonode cargo, sobre a intencionalidade da ausncia ao servio superiora trinta dias e remeter o processo autoridade instauradora para

    julgamento.

    Art. 141. As penalidades disciplinares sero aplicadas:I - pelo Presidente da Repblica, pelos Presidentes

    das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e peloProcurador-Geral da Repblica, quando se tratar de demissoe cassao de aposentadoria ou disponibilidade de servidorvinculado ao respectivo Poder, rgo, ou entidade;

    II - pelas autoridades administrativas de hierarquiaimediatamente inferior quelas mencionadas no inciso anteriorquando se tratar de suspenso superior a 30 (trinta) dias;

    III - pelo chefe da repartio e outras autoridades naforma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos deadvertncia ou de suspenso de at 30 (trinta) dias;

    IV - pela autoridade que houver feito a nomeao, quandose tratar de destituio de cargo em comisso.

    Art. 142. A ao disciplinar prescrever:I - em 5 (cinco) anos, quanto s infraes punveis

    com demisso, cassao de aposentadoria ou disponibilidade edestituio de cargo em comisso;

    II - em 2 (dois) anos, quanto suspenso;III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto advertncia. 1o O prazo de prescrio comea a correr da data em

    que o fato se tornou conhecido. 2o Os prazos de prescrio previstos na lei penal

    aplicam-se s infraes disciplinares capituladas tambm comocrime.

    3o A abertura de sindicncia ou a instaurao deprocesso disciplinar interrompe a prescrio, at a deciso nalproferida por autoridade competente.

    4o Interrompido o curso da prescrio, o prazo comeara correr a partir do dia em que cessar a interrupo.

    Ttulo V

    Do Processo Administrativo DisciplinarCaptulo IDisposies Gerais

    Art. 143. A autoridade que tiver cincia de irregularidadeno servio pblico obrigada a promover a sua apurao imediata,mediante sindicncia ou processo administrativo disciplinar,assegurada ao acusado ampla defesa.

    3oA apurao de que trata o caput, por solicitao daautoridade a que se refere, poder ser promovida por autoridadede rgo ou entidade diverso daquele em que tenha ocorrido airregularidade, mediante competncia especca para tal nalidade,delegada em carter permanente ou temporrio pelo Presidenteda Repblica, pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo

    e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da Repblica,no mbito do respectivo Poder, rgo ou entidade, preservadas ascompetncias para o julgamento que se seguir apurao.

    Art. 144. As denncias sobre irregularidades sero objetode apurao, desde que contenham a identicao e o endereodo denunciante e sejam formuladas por escrito, conrmada aautenticidade.

    Pargrafo nico. Quando o fato narrado no congurarevidente infrao disciplinar ou ilcito penal, a denncia serarquivada, por falta de objeto.

    Art. 145. Da sindicncia poder resultar:I - arquivamento do processo;II - aplicao de penalidade de advertncia ou suspenso

    de at 30 (trinta) dias;III - instaurao de processo disciplinar.Pargrafo nico. O prazo para concluso da sindicncia

    no exceder 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igualperodo, a critrio da autoridade superior.

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    INSS

    Art. 146. Sempre que o ilcito praticado pelo servidorensejar a imposio de penalidade de suspenso por mais de30 (trinta) dias, de demisso, cassao de aposentadoria oudisponibilidade, ou destituio de cargo em comisso, serobrigatria a instaurao de processo disciplinar.

    Captulo IIDo Afastamento Preventivo

    Art. 147. Como medida cautelar e a m de que oservidor no venha a inuir na apurao da irregularidade, a

    autoridade instauradora do processo disciplinar poder determinaro seu afastamento do exerccio do cargo, pelo prazo de at 60(sessenta) dias, sem prejuzo da remunerao.

    Pargrafo nico. O afastamento poder ser prorrogadopor igual prazo, ndo o qual cessaro os seus efeitos, ainda queno concludo o processo.

    Captulo IIIDo Processo Disciplinar

    Art. 148. O processo disciplinar o instrumento destinadoa apurar responsabilidade de servidor por infrao praticadano exerccio de suas atribuies, ou que tenha relao com asatribuies do cargo em que se encontre investido.

    Art. 149. O processo disciplinar ser conduzido porcomisso composta de trs servidores estveis designados pelaautoridade competente, observado o disposto no 3odo art. 143,que indicar, dentre eles, o seu presidente, que dever ser ocupantede cargo efetivo superior ou de mesmo nvel, ou ter nvel deescolaridade igual ou superior ao do indiciado.

    1o A Comisso ter como secretrio servidor designadopelo seu presidente, podendo a indicao recair em um de seusmembros.

    2o No poder participar de comisso de sindicnciaou de inqurito, cnjuge, companheiro ou parente do acusado,consangneo ou am, em linha reta ou colateral, at o terceirograu.

    Art. 150. A Comisso exercer suas atividades comindependncia e imparcialidade, assegurado o sigilo necessrio elucidao do fato ou exigido pelo interesse da administrao.

    Pargrafo nico. As reunies e as audincias dascomisses tero carter reservado.

    Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nasseguintes fases:

    I - instaurao, com a publicao do ato que constituir acomisso;

    II - inqurito administrativo, que compreende instruo,defesa e relatrio;

    III - julgamento.

    Art. 152. O prazo para a concluso do processo disciplinarno exceder 60 (sessenta) dias, contados da data de publicao doato que constituir a comisso, admitida a sua prorrogao por igual

    prazo, quando as circunstncias o exigirem. 1o Sempre que necessrio, a comisso dedicar tempo

    integral aos seus trabalhos, cando seus membros dispensados doponto, at a entrega do relatrio nal.

    2o As reunies da comisso sero registradas em atasque devero detalhar as deliberaes adotadas.

    Seo IDo Inqurito

    Art. 153. O inqurito administrativo obedecer aoprincpio do contraditrio, assegurada ao acusado ampla defesa,com a utilizao dos meios e recursos admitidos em direito.

    Art. 154. Os autos da sindicncia integraro o processo

    disciplinar, como pea informativa da instruo.Pargrafo nico. Na hiptese de o relatrio da sindicncia

    concluir que a infrao est capitulada como ilcito penal, aautoridade competente encaminhar cpia dos autos ao MinistrioPblico, independentemente da imediata instaurao do processodisciplinar.

    Art. 155. Na fase do inqurito, a comisso promovera tomada de depoimentos, acareaes, investigaes e dilignciascabveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quandonecessrio, a tcnicos e peritos, de modo a permitir a completaelucidao dos fatos.

    Art. 156. assegurado ao servidor o direito de acompanharo processo pessoalmente ou por intermdio de procurador, arrolar e

    reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formularquesitos, quando se tratar de prova pericial. 1o O presidente da comisso poder denegar pedidos

    considerados impertinentes, meramente protelatrios, ou denenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

    2o Ser indeferido o pedido de prova pericial, quandoa comprovao do fato independer de conhecimento especial de

    perito.Art. 157. As testemunhas sero intimadas a depor

    mediante mandado expedido pelo presidente da comisso, devendoa segunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos.

    Pargrafo nico. Se a testemunha for servidor pblico, aexpedio do mandado ser imediatamente comunicada ao chefeda repartio onde serve, com a indicao do dia e hora marcados

    para inquirio.Art. 158. O depoimento ser prestado oralmente e reduzidoa termo, no sendo lcito testemunha traz-lo por escrito.

    1o As testemunhas sero inquiridas separadamente. 2o Na hiptese de depoimentos contraditrios ou que se

    inrmem, proceder-se- acareao entre os depoentes.Art. 159. Concluda a inquirio das testemunhas, a

    comisso promover o interrogatrio do acusado, observados osprocedimentos previstos nos arts. 157 e 158.

    1o No caso de mais de um acusado, cada um delesser ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suasdeclaraes sobre fatos ou circunstncias, ser promovida aacareao entre eles.

    2o O procurador do acusado poder assistir ao

    interrogatrio, bem como inquirio das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe,porm, reinquiri-las, por intermdio do presidente da comisso.

    Art. 160. Quando houver dvida sobre a sanidade mentaldo acusado, a comisso propor autoridade competente que eleseja submetido a exame por junta mdica ocial, da qualparticipe

    pelo menos um mdico psiquiatra.

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    Pargrafo nico. O incidente de sanidade mental serprocessado em auto apartado e apenso ao processo principal, apsa expedio do laudo pericial.

    Art. 161. Tipicada a infrao disciplinar, ser formuladaa indiciao do servidor, com a especicao dos fatos a eleimputados e das respectivas provas.

    1o O indiciado ser citado por mandado expedido pelopresidente da comisso para apresentar defesa escrita, no prazo de10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartio.

    2o Havendo dois ou mais indiciados, o prazo sercomum e de 20 (vinte) dias.

    3o O prazo de defesa poder ser prorrogado pelo dobro,para diligncias reputadas indispensveis.

    4o No caso de recusa do indiciado em apor o ciente nacpia da citao, o prazo para defesa contar-se- da data declarada,em termo prprio, pelo membro da comisso que fez a citao,com a assinatura de (2) duas testemunhas.

    Art. 162. O indiciado que mudar de residncia ca obrigadoa comunicar comisso o lugar onde poder ser encontrado.

    Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e nosabido, ser citado por edital, publicado no Dirio Ocial da Unioe em jornal de grande circulao na localidade do ltimo domiclioconhecido, para apresentar defesa.

    Pargrafo nico. Na hiptese deste artigo, o prazo paradefesa ser de 15 (quinze) dias a partir da ltima publicao do

    edital.Art. 164. Considerar-se- revel o indiciado que,

    regularmente citado, no apresentar defesa no prazo legal. 1o A revelia ser declarada, por termo, nos autos do

    processo e devolver o prazo para a defesa. 2o Para defender o indiciado revel, a autoridade

    instauradora do processo designar um servidor como defensordativo, que dever ser ocupante de cargo efetivo superior ou demesmo nvel, ou ter nvel de escolaridade igual ou superior ao doindiciado.

    Art. 165. Apreciada a defesa, a comisso elaborarrelatrio minucioso, onde resumir as peas principais dos autose mencionar as provas em que se baseou para formar a suaconvico.

    1oO relatrio ser sempre conclusivo quanto inocnciaou responsabilidade do servidor.

    2o Reconhecida a responsabilidade do servidor, acomisso indicar o dispositivo legal ou regulamentar transgredido,

    bem como as circunstncias agravantes ou atenuantes.

    Art. 166. O processo disciplinar, com o relatrio dacomisso, ser remetido autoridade que determinou a suainstaurao, para julgamento.

    Seo IIDo Julgamento

    Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados dorecebimento do processo, a autoridade julgadora proferir a suadeciso.

    1o Se a penalidade a ser aplicada exceder a aladada autoridade instauradora do processo, este ser encaminhado autoridade competente, que decidir em igual prazo.

    2o Havendo mais de um indiciado e diversidade desanes, o julgamento caber autoridade competente para aimposio da pena mais grave.

    3o Se a penalidade prevista for a demisso ou cassaode aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caber sautoridades de que trata o inciso I do art. 141.

    4o Reconhecida pela comisso a inocncia doservidor, a autoridade instauradora do processo determinar o seuarquivamento, salvo se agrantemente contrria prova dos autos.

    Art. 168. O julgamento acatar o relatrio da comisso,

    salvo quando contrrio s provas dos autos.Pargrafo nico. Quando o relatrio da comisso

    contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poder,motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrand-la ouisentar o servidor de responsabilidade.

    Art. 169. Vericada a ocorrncia de vcio insanvel,a autoridade que determinou a instaurao do processo ou outrade hierarquia superior declarar a sua nulidade, total ou parcial,e ordenar, no mesmo ato, a constituio de outra comisso parainstaurao de novo processo.

    1o O julgamento fora do prazo legal no implicanulidade do processo.

    2o A autoridade julgadora que der causa prescrio

    de que trata o art. 142, 2o, ser responsabilizada na forma doCaptulo IV do Ttulo IV.

    Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrio,a autoridade julgadora determinar o registro do fato nosassentamentos individuais do servidor.

    Art. 171. Quando a infrao estiver capitulada comocrime, o processo disciplinar ser remetido ao Ministrio Pblico

    para instaurao da ao penal, cando trasladado na repartio.

    Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinars poder ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente,aps a concluso do processo e o cumprimento da penalidade,acaso aplicada.

    Pargrafo nico. Ocorrida a exonerao de que tratao pargrafo nico, inciso I do art. 34, o ato ser convertido emdemisso, se for o caso.

    Art. 173. Sero assegurados transporte e dirias:I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora

    da sede de sua repartio, na condio de testemunha, denunciadoou indiciado;

    II - aos membros da comisso e ao secretrio, quandoobrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realizaode misso essencial ao esclarecimento dos fatos.

    Seo IIIDa Reviso do Processo

    Art. 174. O processo disciplinar poder ser revisto, aqualquer tempo, a pedido ou de ofcio, quando se aduzirem fatosnovos ou circunstncias suscetveis de justicar a inocncia do

    punido ou a inadequao da penalidade aplicada.

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    1oEm caso de falecimento, ausncia ou desaparecimentodo servidor, qualquer pessoa da famlia poder requerer a revisodo processo.

    2o No caso de incapacidade mental do servidor, areviso ser requerida pelo respectivo curador.

    Art. 175. No processo revisional, o nus da prova cabeao requerente.

    Art. 176. A simples alegao de injustia da penalidadeno constitui fundamento para a reviso, que requer elementos

    novos, ainda no apreciados no processo originrio.

    Art. 177. O requerimento de reviso do processo serdirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que, seautorizar a reviso, encaminhar o pedido ao dirigente do rgo ouentidade onde se originou o processo disciplinar.

    Pargrafo nico. Deferida a petio, a autoridadecompetente providenciar a constituio de comisso, na formado art. 149.

    Art. 178. A reviso correr em apenso ao processooriginrio.

    Pargrafo nico. Na petio inicial, o requerente pedirdia e hora para a produo de provas e inquirio das testemunhas

    que arrolar.

    Art. 179. A comisso revisora ter 60 (sessenta) dias paraa concluso dos trabalhos.

    Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comisso revisora,no que couber, as normas e procedimentos prprios da comissodo processo disciplinar.

    Art. 181. O julgamento caber autoridade que aplicoua penalidade, nos termos do art. 141.

    Pargrafo nico. O prazo para julgamento ser de 20(vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso doqual a autoridade julgadora poder determinar diligncias.

    Art. 182. Julgada procedente a reviso, ser declaradasem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos osdireitos do servidor, exceto em relao destituio do cargo emcomisso, que ser convertida em exonerao.

    Pargrafo nico. Da reviso do processo no poderresultar agravamento de penalidade.

    Ttulo VIDa Seguridade Social do Servidor

    Captulo IDisposies Gerais

    Art. 183. A Unio manter Plano de Seguridade Socialpara o servidor e sua famlia.

    1oO servidor ocupante de cargo em comisso queno seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivona administrao pblica direta, autrquica e fundacional no terdireito aos benefcios do Plano de Seguridade Social, com exceoda assistncia sade.

    2oO servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo,sem direito remunerao, inclusive para servir em organismoocial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou como qual coopere, ainda que contribua para regime de previdnciasocial no exterior, ter suspenso o seu vnculo com o regime doPlano de Seguridade Social do Servidor Pblico enquanto duraro afastamento ou a licena, no lhes assistindo, neste perodo, os

    benefcios do mencionado regime de previdncia. 3oSer assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem

    remunerao a manuteno da vinculao ao regime do Plano deSeguridade Social do Servidor Pblico, mediante o recolhimentomensal da respectiva contribuio, no mesmo percentual devido

    pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneraototal do cargo a que faz jus no exerccio de suas atribuies,computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais.

    4oO recolhimento de que trata o 3odeve ser efetuadoat o segundo dia til aps a data do pagamento das remuneraesdos servidores pblicos, aplicando-se os procedimentos decobrana e execuo dos tributos federais quando no recolhidasna data de vencimento.

    Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a darcobertura aos riscos a que esto sujeitos o servidor e sua famlia,e compreende um conjunto de benefcios e aes que atendam s

    seguintes nalidades:I - garantir meios de subsistncia nos eventos de doena,

    invalidez, velhice, acidente em servio, inatividade, falecimentoe recluso;

    II - proteo maternidade, adoo e paternidade;III - assistncia sade.

    Pargrafo nico. Os benefcios sero concedidos nostermos e condies denidos em regulamento, observadas asdisposies desta Lei.

    Art. 185. Os benefcios do Plano de Seguridade Socialdo servidor compreendem:

    I - quanto ao servidor:

    a) aposentadoria;b) auxlio-natalidade;c) salrio-famlia;d) licena para tratamento de sade;e) licena gestante, adotante e licena-paternidade;f) licena por acidente em servio;g) assistncia sade;

    h) garantia de condies individuais e ambientais detrabalho satisfatrias;

    II - quanto ao dependente: a) penso vitalcia e temporria;

    b) auxlio-funeral;c) auxlio-recluso;d) assistncia sade.

    1o As aposentadorias e penses sero concedidase mantidas pelos rgos ou entidades aos quais se encontramvinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189 e 224.

    2o O recebimento indevido de benefcios havidospor fraude, dolo ou m-f, implicar devoluo ao errio do totalauferido, sem prejuzo da ao penal cabvel.

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    Captulo IIDos Benefcios

    Seo IDa Aposentadoria

    Art. 186. O servidor ser aposentado:I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais

    quando decorrente de acidente em servio, molstia prossionalou doena grave, contagiosa ou incurvel, especicada em lei, e

    proporcionais nos demais casos;II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com

    proventos proporcionais ao tempo de servio;III - voluntariamente:

    a) aos 35 (trinta e cinco) anos de servio, se homem, e aos30 (trinta) se mulher, com proventos integrais;

    b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exerccio em funesde magistrio se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, com

    proventos integrais;c) aos 30 (trinta) anos de servio, se homem, e aos

    25 (vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a essetempo;

    d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem,e aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais aotempo de servio.

    1o Consideram-se doenas graves, contagiosas ou

    incurveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculoseativa, alienao mental, esclerose mltipla, neoplasia maligna,cegueira posterior ao ingresso no servio pblico, hansenase,cardiopatia grave, doena de Parkinson, paralisia irreversvel eincapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave,estados avanados do mal de Paget (ostete deformante), Sndromede Imunodecincia Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar,com base na medicina especializada.

    2o Nos casos de exerccio de atividades consideradasinsalubres ou perigosas, bem como nas hipteses previstas no art.71, a aposentadoria de que trata o inciso III, a e c, observar odisposto em lei especca.

    3o Na hiptese do inciso I o servidor ser submetido junta mdica ocial, que atestar a invalidez quando caracterizadaa incapacidade para o desempenho das atribuies do cargo ou aimpossibilidade de se aplicar o disposto no art. 24.

    Art. 187. A aposentadoria compulsria ser automtica,e declarada por ato, com vigncia a partir do dia imediato queleem que o servidor atingir a idade-limite de permanncia no servioativo.

    Art. 188. A aposentadoria voluntria ou por invalidezvigorar a partir da data da publicao do respectivo ato.

    1o A aposentadoria por invalidez ser precedida delicena para tratamento de sade, por perodo no excedente a 24(vinte e quatro) meses.

    2o Expirado o perodo de licena e no estando emcondies de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor

    ser aposentado. 3o O lapso de tempo compreendido entre o trmino dalicena e a publicao do ato da aposentadoria ser consideradocomo de prorrogao da licena.

    4o Para os ns do disposto no 1o deste artigo,sero consideradas apenas as licenas motivadas pela enfermidadeensejadora da invalidez ou doenas correlacionadas.

    5o A critrio da Administrao, o servidor em licenapara tratamento de sade ou aposentado por invalidez poder serconvocado a qualquer momento, para avaliao das condies queensejaram o afastamento ou a aposentadoria.

    Art. 189. O provento da aposentadoria ser calculadocom observncia do disposto no 3odo art. 41, e revisto na mesmadata e proporo, sempre que se modicar a remunerao dosservidores em atividade.

    Pargrafo nico. So estendidos aos inativos quaisquerbenefcios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores

    em atividade, inclusive quando decorrentes de transformao oureclassicao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria.

    Art. 190. O servidor aposentado com proventoproporcional ao tempo de servio se acometido de qualquer dasmolstias especicadas no 1odo art. 186 desta Lei e, por essemotivo, for considerado invlido por junta mdica ocial passara perceber provento integral, calculado com base no fundamentolegal de concesso da aposentadoria.

    Art. 191. Quando proporcional ao tempo de servio,o provento no ser inferior a 1/3 (um tero) da remunerao daatividade.

    Art. 194. Ao servidor aposentado ser paga a graticaonatalina, at o dia vinte do ms de dezembro, em valor equivalenteao respectivo provento, deduzido o adiantamento recebido.

    Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamenteparticipado de operaes blicas, durante a Segunda GuerraMundial, nos termos da Lei n 5.315, de 12 de setembro de 1967,ser concedida aposentadoria com provento integral, aos 25 (vintee cinco) anos de servio efetivo.

    Seo IIDo Auxlio-Natalidade

    Art. 196. O auxlio-natalidade devido servidora por

    motivo de nascimento de lho, em quantia equivalente ao menorvencimento do servio pblico, inclusive no caso de natimorto.

    1o Na hiptese de parto mltiplo, o valor ser acrescidode 50% (cinqenta por cento), por nascituro.

    2o O auxlio ser pago ao cnjuge ou companheiroservidor pblico, quando a parturiente no for servidora.

    Seo IIIDo Salrio-Famlia

    Art. 197. O salrio-famlia devido ao servidor ativo ouao inativo, por dependente econmico.

    Pargrafo nico. Consideram-se dependentes econmicospara efeito de percepo do salrio-famlia:

    I - o cnjuge ou companheiro e os lhos, inclusive osenteados at 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, at 24(vinte e quatro) anos ou, se invlido, de qualquer idade;

    II - o menor de 21 (vinte e um) anos q ue, medianteautorizao judicial, viver na companhia e s expensas do servidor,ou do inativo;

    III - a me e o pai sem economia prpria.

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    Seo VIIDa Penso

    Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes fazemjus a uma penso mensal de valor correspondente ao da respectivaremunerao ou provento, a partir da data do bito, observado olimite estabelecido no art. 42.

    Art. 216. As penses distinguem-se, quanto natureza,em vitalcias e temporrias.

    1o A penso vitalcia composta de cota ou cotas

    permanentes, que somente se extinguem ou revertem com a mortede seus benecirios. 2o A penso temporria composta de cota ou cotas

    que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, cessaode invalidez ou maioridade do benecirio.

    Art. 217. So benecirios das penses:I - vitalcia:a) o cnjuge;

    b) a pessoa desquitada, separada judicialmente oudivorciada, com percepo de penso alimentcia;

    c) o companheiro ou companheira designado quecomprove unio estvel como entidade familiar;

    d) a me e o pai que comprovem dependncia econmicado servidor;

    e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos ea pessoa portadora de decincia, que vivam sob a dependnciaeconmica do servidor;

    II - temporria:a) os lhos, ou enteados, at 21 (vinte e um) anos de

    idade, ou, se invlidos, enquanto durar a invalidez;b) o menor sob guarda ou tutela at 21 (vinte e um) anos

    de idade;c) o irmo rfo, at 21 (vinte e um) anos, e o invlido,

    enquanto durar a invalidez, que comprovem dependnciaeconmica do servidor;

    d) a pessoa designada que viva na dependncia econmicado servidor, at 21 (vinte e um) anos, ou, se invlida, enquantodurar a invalidez.

    1o A concesso de penso vitalcia aos benecirios deque tratam as alneas a e c do inciso I deste artigo exclui dessedireito os demais benecirios referidos nas alneas d e e.

    2o A concesso da penso temporria aos beneciriosde que tratam as alneas a e b do inciso II deste artigo excluidesse direito os demais benecirios referidos nas alneas c ed.

    Art. 218. A penso ser concedida integralmente ao titularda penso vitalcia, exceto se existirem benecirios da pensotemporria.

    1o Ocorrendo habilitao de vrios titulares pensovitalcia, o seu valor ser distribudo em partes iguais entre os

    benecirios habilitados.

    2o

    Ocorrendo habilitao s penses vitalcia etemporria, metade do valor caber ao titular ou titulares da pensovitalcia, sendo a outra metade rateada em partes iguais, entre ostitulares da penso temporria.

    3o Ocorrendo habilitao somente penso temporria,o valor integral da penso ser rateado, em partes iguais, entre osque se habilitarem.

    Art. 219. A penso poder ser requerida a qualquertempo, prescrevendo to-somente as prestaes exigveis h maisde 5 (cinco) anos.

    Pargrafo nico. Concedida a penso, qualquerprova posterior ou habilitao tardia que implique excluso debenecirio ou reduo de penso s produzir efeitos a partir dadata em que for oferecida.

    Art. 220. No faz jus penso o benecirio condenadopela prtica de crime doloso de que tenha resultado a morte do

    servidor.

    Art. 221. Ser concedida penso provisria por mortepresumida do servidor, nos seguintes casos:

    I - declarao de ausncia, pela autoridade judiciriacompetente;

    II - desaparecimento em desabamento, inundao,incndio ou acidente no caracterizado como em servio;

    III - desaparecimento no desempenho das atribuies docargo ou em misso de segurana.

    Pargrafo nico. A penso provisria ser transformadaem vitalcia ou temporria, conforme o caso, decorridos 5 (cinco)anos de sua vigncia, ressalvado o eventual reaparecimento doservidor, hiptese em que o benefcio ser automaticamentecancelado.

    Art. 222. Acarreta perda da qualidade de benecirio:I - o seu falecimento;II - a anulao do casamento, quando a deciso ocorrer

    aps a concesso da penso ao cnjuge;III - a cessao de invalidez, em se tratando de benecirio

    invlido;IV - a maioridade de lho, irmo rfo ou pessoa

    designada, aos 21 (vinte e um) anos de idade;V - a acumulao de penso na forma do art. 225;VI - a renncia expressa.

    Pargrafo nico. A critrio da Administrao, obenecirio de penso temporria motivada por invalidez poderser convocado a qualquer momento para avaliao das condiesque ensejaram a concesso do benefcio.

    Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de benecirio,a respectiva cota reverter:

    I - da penso vitalcia para os remanescentes destapenso ou para os titulares da penso temporria, se no houverpensionista remanescente da penso vitalcia;

    II - da penso temporria para os co-benecirios ou, nafalta destes, para o benecirio da penso vitalcia.

    Art. 224. As penses sero automaticamente atualizadas na

    mesma data e na mesma proporo dos reajustes dos vencimentosdos servidores, aplicando-se o disposto no pargrafo nico do art.189.

    Art. 225. Ressalvado o direito de opo, vedada apercepo cumulativa de mais de duas penses.

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    Didatismo e Conhecimento

    REGIME JURDICO NICO

    INSS

    Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei sero contadosem dias corridos, excluindo-se o dia do comeo e incluindo-se o dovencimento, cando prorrogado, para o primeiro dia til seguinte,o prazo vencido em dia em que no haja expediente.

    Art. 239. Por motivo de crena religiosa ou de convicolosca ou poltica, o servidor no poder ser privado dequaisquer dos seus direitos, sofrer discriminao em sua vidafuncional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.

    Art. 240. Ao servidor pblico civil assegurado, nos

    termos da Constituio Federal, o direito livre associaosindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:

    a) de ser representado pelo sindicato, inclusive comosubstituto processual;

    b) de inamovibilidade do dirigente sindical, at um anoaps o nal do mandato, exceto se a pedido;

    c) de descontar em folha, sem nus para a entidadesindical a que for liado, o valor das mensalidades e contribuiesdenidas em assemblia geral da categoria.

    Art. 241. Consideram-se da famlia do servidor, alm docnjuge e lhos, quaisquer pessoas que vivam s suas expensas econstem do seu assentamento individual.

    Pargrafo nico. Equipara-se ao cnjuge a companheira

    ou companheiro, que comprove unio estvel como entidadefamiliar.

    Art. 242. Para os ns desta Lei, considera-se sede omunicpio onde a repartio estiver instalada e onde o servidortiver exerccio, em carter permanente.

    Ttulo IXCaptulo nico

    Das Disposies Transitrias e Finais

    Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurdico institudopor esta Lei, na qualidade de servidores pblicos, os servidoresdos Poderes da Unio, dos ex-Territrios, das autarquias, inclusiveas em regime especial, e das fundaes pblicas, regidos pela Lein 1.711, de 28 de outubro de 1952 - Estatuto dos FuncionriosPblicos Civis da Unio, ou pela Consolidao das Leis doTrabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n 5.452, de 1o de maiode 1943, exceto os contratados por prazo determinado, cujoscontratos no podero ser prorrogados aps o vencimento do prazode prorrogao.

    1o Os empregos ocupados pelos servidores includosno regime institudo por esta Lei cam transformados em cargos,na data de sua publicao.

    2o As funes de conana exercidas por pessoas nointegrantes de tabela permanente do rgo ou entidade onde tmexerccio cam transformadas em cargos em comisso, e mantidasenquanto no for implantado o plano de cargos dos rgos ouentidades na forma da lei.

    3o As Funes de Assessoramento Superior - FAS,exercidas por servidor integrante de quadro ou tabela de pessoal,cam extintas na data da vigncia desta Lei.

    4o (VETADO). 5o O regime jurdico desta Lei extensivo aos

    serventurios da Justia, remunerados com recursos da Unio, noque couber.

    6o Os empregos dos servidores estrangeiros comestabilidade no servio pblico, enquanto no adquirirem anacionalidade brasileira, passaro a integrar tabela em extino, dorespectivo rgo ou entidade, sem prejuzo dos direitos inerentesaos planos de carreira aos quais se encontrem vinculados osempregos.

    7oOs servidores pblicos de que trata o caput deste artigo,no amparados pelo art. 19 do Ato das Disposies ConstitucionaisTransitrias, podero, no interesse da Administrao e conformecritrios estabelecidos em regulamento, ser exonerados medianteindenizao de um ms de remunerao por ano de efetivoexerccio no servio pblico federal.

    8o Para ns de incidncia do imposto de renda nafonte e na declarao de rendimentos, sero consideradoscomo indenizaes isentas os pagamentos efetuados a ttulo deindenizao prevista no pargrafo anterior.

    9o Os cargos vagos em decorrncia da aplicao dodisposto no 7opodero ser extintos pelo Poder Executivo quandoconsiderados desnecessrios.

    Art. 244. Os adicionais por tempo de servio, j concedidosaos servidores abrangidos por esta Lei, cam transformados emanunio.

    Art. 245. A licena especial disciplinada pelo art. 116 da Lein 1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, ca transformadaem licena-prmio por assiduidade, na forma prevista nos arts. 87

    a 90.

    Art. 246. (VETADO). Art. 247. Para efeito do disposto no Ttulo VI desta Lei,

    haver ajuste de contas com a Previdncia Social, correspondenteao perodo de contribuio por parte dos servidores celetistasabrangidos pelo art. 243.

    Art. 248. As penses estatutrias, concedidas at avigncia desta Lei, passam a ser mantidas pelo rgo ou entidadede origem do servidor.

    Art. 249. At a edio da lei prevista no 1odo art.231, os servidores abrangidos por esta Lei contribuiro na forma enos percentuais atualmente estabelecidos para o servidor civil da

    Unio conforme regulamento prprio.Art. 250. O servidor que j tiver satisfeito ou vier a

    satisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condies necessrias para aaposentadoria nos termos do inciso II do art. 184 do antigo Estatutodos Funcionrios Pblicos Civis da Unio, Lei n 1.711, de 28 deoutubro de 1952, aposentar-se- com a vantagem prevista naqueledispositivo.

    Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de suapublicao, com efeitos nanceiros a partir do primeiro dia do mssubseqente.

    Art. 253. Ficam revogadas a Lei n 1.711, de 28 deoutubro de 1952, e respectiva legislao complementar, bem comoas demais disposies em contrrio.

    Braslia, 11 de dezembro de 1990; 169oda Independncia e102oda Repblica.

    FERNANDO COLLORJarbas Passarinho

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 12.12.1990e Republicado no D.O.U. de 18.3.1998

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