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1987, 110 p.

ANEXOS

251

7. Anexos 7.1 Cadastro dos Bares e Botequins Tradicionais – Patrimônio Cultural Carioca - DECRETO Nº 34869 DE 05 DE DEZEMBRO DE 2011.

Cria o cadastro dos Bares e Botequins Tradicionais - Patrimônio Cultural

Carioca.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições

legais e,

CONSIDERANDO a importância cultural dos Bares e Botequins Tradicionais

como locais de convivência democrática, que traduzem o “espírito” carioca de

comemorar, de reunir, de festejar;

CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer políticas de incentivos para a

valorização e conservação dos valores patrimoniais inerentes a esses bens

culturais da cidade, que passam por processo de transformação ou de

desaparecimento;

CONSIDERANDO as singulares características dos bens em questão que, por

força da sua continuidade histórica e de sua relevância local, se tornaram

referência para a memória, a identidade cultural e a formação social carioca;

CONSIDERANDO a necessidade de se preservar a memória intangível da cultura

carioca; e

CONSIDERANDO o parecer do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio

Cultural do Rio de Janeiro (CMPC) no processo nº 01/005.542/2011;

DECRETA:

Art. 1.º Fica instituído o Cadastro dos Bares e Botequins Tradicionais -

Patrimônio Cultural Carioca, nos termos do artigo 132, § 2o, da Lei

Complementar 111, de 1º de fevereiro de 2011.

Art. 2.º O órgão municipal de proteção do patrimônio cultural deverá providenciar

a inscrição no Cadastro dos Bares e Botequins Tradicionais - Patrimônio Cultural

Carioca dos estabelecimentos abaixo relacionados:

Café Lamas – Rua Marquês de Abrantes, 18. Flamengo – 1874.

Bar Luiz – Rua da Carioca, 39. Centro – 1887.

Nova Capela – Avenida Mem de Sá, 96. Centro – 1903.

Casa Paladino – Rua Uruguaiana, 226. Centro – 1906.

252

Bar Brasil – Avenida Mem de Sá, 90. Centro – 1907.

Armazém do Senado – Rua Gomes Freire, 256. Centro – 1907.

Bar do Jóia – Rua da Conceição, esquina com a Rua Júlia Lopes. Centro 1909.

Restaurante 28 – Rua Barão de São Félix, 28. Centro – 1910.

Armazém São Thiago (ou Bar do Gomes) – Rua Áurea, 26. Santa Teresa – 1919.

Cosmopolita – Travessa do Mosqueira, 4. Centro – 1926.

Bar Lagoa – Avenida Epitácio Pessoa, 1674. Lagoa – 1934.

Adega Flor de Coimbra – Rua Teotônio Regadas, 34. Centro – 1938.

Parágrafo único. O órgão executivo municipal de proteção do patrimônio cultural

deverá realizar os estudos necessários à inscrição dos bens citados neste artigo no

Livro de Registro das Atividades e Celebrações e/ou no Livro de Registro dos

Lugares, conforme estabelecem o Decreto nº 23.162, de 21 de julho de 2003, e a

Lei nº 3.947, de 16 de março de 2005.

Art. 3.º O órgão executivo municipal de proteção do Patrimônio Cultural poderá

promover o cancelamento da inscrição no Cadastro dos Bares e Botequins

Tradicionais - Patrimônio Cultural Carioca, caso o bem cultural não preserve as

características marcantes que o identificaram como representativo desta categoria

patrimonial.

Parágrafo único. Caso verifique que a hipótese é de cancelamento da inscrição do

bem no Cadastro dos Bares e Botequins Tradicionais - Patrimônio Cultural

Carioca, o órgão executivo municipal de proteção ao patrimônio cultural deverá

comunicar ao estabelecimento os fatos que justificam o cancelamento do cadastro

e estabelecerá o prazo de 30 dias para a apresentação de defesa. Rejeitada a

defesa, o cancelamento da inscrição será efetivado.

Art. 4.º O órgão municipal de proteção do Patrimônio Cultural deverá buscar, em

conjunto com outros órgãos das esferas municipal, estadual e federal e instituições

de caráter privado, meios de incentivos à conservação das características de

ambiência e manutenção das atividades dos bens declarados.

Art. 5.º O enquadramento dos estabelecimentos no Cadastro do Patrimônio

Cultural Carioca dos Bares e Botequins Tradicionais autoriza a obtenção dos

benefícios previstos na legislação pertinente, bem como outros incentivos que

venham a ser criados.

Art. 6.º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2011 - 447.° da Fundação da Cidade

EDUARDO PAES, D.O.RIO de 06.12.2011

253

7.2 Cadastro dos Bares e Botequins Tradicionais – Patrimônio Cultural Carioca - DECRETO Nº 36605 DE 11 DE DEZEMBRO DE 2012

Declara Patrimônio Cultural Carioca bares e botequins tradicionais que menciona.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições

legais e,

CONSIDERANDO a existência do Registro de Bares e Botequins Tradicionais

como Patrimônio Cultural Carioca o qual considera tais estabelecimentos como

locais de convivência democrática que traduzem o “espírito” carioca de

comemorar, de reunir, de festejar;

CONSIDERANDO a necessidade de buscar mecanismos de incentivos para a

permanência desses bens culturais da cidade que passam por processo de

transformação ou de desaparecimento;

CONSIDERANDO a ancestralidade e as características dos modos do fazer dos

bens em questão que, através da sua continuidade histórica e sua relevância local,

se tornaram referência para a memória, a identidade cultural e a formação social

carioca;

CONSIDERANDO a necessidade de se ampliar a preservação da memória

intangível da cultura carioca na figura dos Bares e Botequins tradicionais, e

CONSIDERANDO os estudos realizados pelo Instituto Rio Patrimônio da

Humanidade, DECRETA:

Art. 1.º Ficam declarados Patrimônio Cultural Carioca os seguintes Bares e

Botequins Tradicionais da Cidade do Rio de Janeiro, nos termos do Decreto

23.162, de 21 de julho de 2003 e da Lei 3.947, 16 de março de 2005:

Adega da Velha – Rua Paulo Barreto, 25 lojas A e B. Botafogo – década de 1960;

Adega Pérola – Rua Siqueira Campos, 138 loja A. Copacabana – 1957;

Armazém Cardosão – Rua Cardoso Junior, 312. Laranjeiras – s/d;

Bar Adonis – Rua São Luiz Gonzaga, 2156 loja A. Benfica – 1952;

Bar Bip Bip – Rua Almirante Gonçalves, 50 loja D. Copacabana – 1968;

Bar e Restaurante Cervantes – Rua Prado Junior, 335 loja B. Copacabana –

1955/65;

Café e Bar Brotinho (Bar da Dona Maria) – Rua Garibaldi, 13. Tijuca – década de

1950;

254

Café e Bar Lisbela (Bar da Amendoeira) - Rua Conde de Azambuja, 881. Maria

da Graça – anos 1950;

Café e Bar Pavão Azul – Rua Hilário de Gouveia, 71, loja. Copacabana – 1957;

Casa da Cachaça – Avenida Mém de Sá, 110. Lapa – 1960;

Casa Villarino – Avenida Calógeras, 6 loja B. Centro – 1953;

Restaurante Salete – Rua Afonso Pena, 189. Tijuca – 1957;

Bar e Restaurante Jobi - Avenida Ataulfo de Paiva, 1166. Leblon – 1956;

Bar e Restaurante Urca - Rua Cândido Gaffrée, 205. Urca – 1939.

Parágrafo único. O órgão executivo municipal de proteção do Patrimônio Cultural

inscreverá os bens citados no caput deste Artigo no Livro de Registro das

Atividades e Celebrações e no Livro de Registro dos Lugares.

Art. 2.º O prazo de validade desta Declaração, conforme a Legislação vigente é de

10 (dez) anos, podendo haver revalidação por novo período, após análise pelo

Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural - CMPC.

Parágrafo único. Poderá haver o cancelamento da Declaração, caso o bem cultural

não mantenha as características marcantes que o identificaram como

representativo do modo tradicional carioca de Atividade e de Lugar, a critério do

CMPC, ou que tenha suas atividades cessadas.

Art. 3.º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2012; 448º ano da fundação da Cidade.

EDUARDO PAES, D.O.RIO de 11.12.2012

255

7.3 Questionário destinado aos donos (senão os funcionários mais antigos ou gerentes) dos bares e botequins declarados patrimônio cultural.

1. Para você o que realmente significa o seu bar/botequim? Qual o sentido

desse lugar? O que ele representa?

2. O que é tradição para você? Os bares tradicionais estão perdendo as suas

tradições? Quais são as tradições dos bares e botequins, existe uma

tradição comum entre eles? Quanto ao seu estabelecimento, qual tradição

você destacaria?

3. Você vê bares e botequins se transformando somente pela questão

financeira?

4. Para você os bares e botequins são importantes (pelo viés cultural, social)

para a cidade do Rio de Janeiro? Por quê?

5. Para você bares e botequins podem ser considerados como símbolos da

cidade do Rio de Janeiro? Possuem eles relação com a história da nossa

cidade? Por que?

( ) Sim ( ) Não

6. Para você o que muda para o seu estabelecimento a partir do momento em

que o mesmo passe a ser considerado patrimônio cultural da cidade do Rio

de Janeiro?

7. Como se deu o processo de tornar seu bar / botequim em patrimônio

cultural? Você participou ativamente?

8. O seu bar / botequim foi declarado patrimônio imaterial da cidade, você

sabe o que isso representa?

9. Para você seria importante também que seu bar / botequim fosse tombado?

Por quê?

10. Você sabe quais são os outros 25 bares / botequins que foram declarados

patrimônio cultural da cidade? Acha que os que se transformaram tinham

que ter sido mesmo?

11. Quais estabelecimentos deveriam ser escolhidos para estar dentro do

conjunto patrimônio cultural?

12. O seu bar / botequim continuaria a ser bem sucedido independente de ser

patrimônio cultural?

13. A quem realmente interessa que os bares e botequins se tornem

patrimônio cultural?

256

14. O que você acha de iniciativas que dão visibilidade aos bares e botequins

da cidade, como o Comida di Buteco e o Guia Rio Botequim?

15. Para você qual o futuro dos bares e botequins da nossa cidade?

257

7.4 Ida aos bares e botequins e retorno do questionário aplicado no campo.

Bar / botequim tradicional Ida ao

estabelecimento

Retorno do questionário

direcionado aos donos ou:

administradores / gerentes /

funcionários que mais

participam do dia a dia do

estabelecimento

Café Lamas (Flamengo) sim sim

Bar Luiz (Centro) sim sim

Nova Capela (Centro) sim sim

Casa Paladino (Centro) sim não

Bar Brasil (Centro) sim sim

Armazém do Senado (Centro) sim sim

Bar do Jóia (Centro) sim sim

Restaurante 28 (Centro) sim sim

Armazém São Thiago (Santa Teresa) sim não

Cosmopolita (Centro) sim sim

Bar Lagoa (Lagoa) sim não

Adega Flor de Coimbra (Centro) sim sim

Adega da Velha (Botafogo) sim não

Adega Pérola (Copacabana) sim sim

Armazém Cardosão (Laranjeiras) sim não

Bar Adônis (Benfica) não não

Bar Bip Bip (Copacabana) sim não

Bar e Restaurante Cervantes

(Copacabana) sim sim

Café e Bar Brotinho (Tijuca) não não

Bar da Amendoeira (Maria da Graça) sim sim

Café e Bar Pavão Azul (Copacabana) sim sim

Casa da Cachaça (Lapa) sim não

Casa Villarino (Centro) sim sim

Restaurante Salete (Tijuca) sim não

Bar e Restaurante Jobi (Leblon) sim não

Bar e Restaurante Urca (Urca) sim não

Fonte: Autora baseada nas suas idas aos bares e botequins tradicionais, 2013.

258

7.5 Reportagem “Não mexe no meu prato”

Fonte: Modificado de Jornal O Globo, Segundo Caderno, 06 de abril de 2012.

259

7.6 Reportagem “Resistência Portuguesa”

Fonte: Modificado de Jornal O Globo, Segundo Caderno, 07 de setembro de 2012.

260

7.7 Reportagem “Templos do Espírito Carioca”

Fonte: Modificado de Jornal O Globo, Segundo Caderno, 12 de dezembro de 2012

261

7.8 Reportagem “Mais um título carioca”

Fonte: Modificado de Jornal O Globo, Segundo Caderno, 30 de junho de 2012.

262

7.9 Reportagem “Farra Carioca em Londres”

Fonte: Modificado de Jornal O Globo, Rio, s/d.