6 - enzimas e vetores

6
1 ENZIMAS DE RESTRIÇÃO VETORES DE CLONAGEM Enzima de restrição: Reconhecem seqüências especificas e cortam em lugares determinados. Reconhecem de 4 a 8 pares de bases. Reconhecem seqüências palindrômicas. Encontrada em ampla variedade de organismos procarióticos. Tipo I - Enzimas com capacidade de corte e metilação. Têm sequências de reconhecimento específicas, mas cortam de forma inespecífica dentro da sequência de reconhecimento. Enzimas de restrição Tipo II - Apenas possuem capacidade de corte. A metilação é feita por proteínas diferentes. Cortam sequências específicas de forma também específica. Tipo III - Enzimas com capacidade de corte e metilação. Cortam sequências específicas de forma também específica. ALGUMAS ENZIMAS DE RESTRICAO UTILIZADAS EM BIOLOGIA MOLECULAR Anabaena variabilis Ava I C (C/T)CG(A/G)G Bacillus amyloliquefaciens H BamHI G GATCC Bacillus globigii BglII A GATCT Escherichia coli RY13 EciRI G AATTC Escherichia coli R245 EcoRII CC(T/A)GG Haemophilus aegyptius HaeIII GG CC Haemophilus gallinarum HgaI GACGC Haemophilus haemolyticus HhaI GCG C Haemophilus influenzae Rd HindII GT(C/T) (A/G)AC Hind III A AGCTT Haemophilus parainfluenzae HpaI GTT AAC HpaII C CGG Klebsiella pneumoniae KpnI GGTTAA C Moraxella bovis MboI GATC Providencia stuartii PstI CTGCA G Serratia marcescens SmaI CCC GGG Streptomyces stanford SstI GAGCT C Xanthomonas malvacearum XmaI C CCGGG ISOESQUIZOMEROS Enzimas de restricao com regioes coesivas complementares. Algumas reconhecem sequencias de numero diferente de bases. Exemplo: BamHI 5’- G/GATCC- 3’ e Sau3A ou MboI 5’- N/GATCN- 3’ ATIVIDADE “STAR” As enzimas em condicoes não ideais podem reconhecer e cortar em sitios não especificos. Os fatores que levam a atividade “star” são: 1. Alta concentracao de enzima (>100 unid/ug) 2. Alta concentracao de glicerol (>5%) 3. Substituicao de Mg por Mn. 4. Baixa concentracao de sal (<25mM) 5. pH extremos, especialmente acima de 8.0. 6. Presenca de DMSO, etanol ou outro solvente organico. INATIVACÃO TERMICA Grande parte das enzimas de restricao podem ser inativadas por calor (65°C 15 min.) Enzimas inativadas: AatI, AluI, ApaI, AvaII, BalI, BamHI, BglI, ClaI, EcoRI, EcoRV, HindIII, HincII, MboI, MboII, MspI, NotI, NurI, PstI, PvuII, SacI, SalI, Sau3A, SmaI, XhoI, XmaI. Enzimas não inativadas: BanI, BclI, BglII, HaeIII, HinfI, HpaI, HpaII, PvuI, TaqI, XbaI.

Upload: micael-montemezzo

Post on 29-Dec-2015

196 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: 6 - Enzimas e Vetores

1

ENZIMAS DE RESTRIÇÃO

VETORES DE CLONAGEM

Enzima de restrição: •Reconhecem seqüências especificas e cortam em lugares determinados.

•Reconhecem de 4 a 8 pares de bases.

•Reconhecem seqüências palindrômicas.

•Encontrada em ampla variedade de organismos procarióticos.

Tipo I - Enzimas com capacidade de corte e metilação. Têm sequências de

reconhecimento específicas, mas cortam de forma inespecífica dentro da

sequência de reconhecimento.

Enzimas de

restrição

Tipo II - Apenas possuem capacidade de corte. A metilação é feita por

proteínas diferentes. Cortam sequências específicas de forma também

específica.

Tipo III - Enzimas com capacidade de corte e metilação. Cortam sequências

específicas de forma também específica.

ALGUMAS ENZIMAS DE RESTRICAO UTILIZADAS EM BIOLOGIA

MOLECULAR

Anabaena variabilis Ava I C (C/T)CG(A/G)G

Bacillus amyloliquefaciens H BamHI G GATCC

Bacillus globigii BglII A GATCT

Escherichia coli RY13 EciRI G AATTC

Escherichia coli R245 EcoRII CC(T/A)GG

Haemophilus aegyptius HaeIII GG CC

Haemophilus gallinarum HgaI GACGC

Haemophilus haemolyticus HhaI GCG C

Haemophilus influenzae Rd HindII GT(C/T) (A/G)AC

Hind III A AGCTT

Haemophilus parainfluenzae HpaI GTT AAC

HpaII C CGG

Klebsiella pneumoniae KpnI GGTTAA C

Moraxella bovis MboI GATC

Providencia stuartii PstI CTGCA G

Serratia marcescens SmaI CCC GGG

Streptomyces stanford SstI GAGCT C

Xanthomonas malvacearum XmaI C CCGGG

ISOESQUIZOMEROS – Enzimas de restricao com regioes coesivas complementares. Algumas

reconhecem sequencias de numero diferente de bases.

Exemplo: BamHI 5’- G/GATCC- 3’ e Sau3A ou MboI 5’- N/GATCN- 3’

ATIVIDADE “STAR”

As enzimas em condicoes não ideais podem reconhecer e cortar em sitios não especificos. Os

fatores que levam a atividade “star” são:

1. Alta concentracao de enzima (>100 unid/ug)

2. Alta concentracao de glicerol (>5%)

3. Substituicao de Mg por Mn.

4. Baixa concentracao de sal (<25mM)

5. pH extremos, especialmente acima de 8.0.

6. Presenca de DMSO, etanol ou outro solvente organico.

INATIVACÃO TERMICA

Grande parte das enzimas de restricao podem ser inativadas por calor (65°C –15 min.)

Enzimas inativadas: AatI, AluI, ApaI, AvaII, BalI, BamHI, BglI, ClaI, EcoRI, EcoRV, HindIII,

HincII, MboI, MboII, MspI, NotI, NurI, PstI, PvuII, SacI, SalI, Sau3A, SmaI, XhoI, XmaI.

Enzimas não inativadas: BanI, BclI, BglII, HaeIII, HinfI, HpaI, HpaII, PvuI, TaqI, XbaI.

Page 2: 6 - Enzimas e Vetores

2

INIBICÃO POR METILAÇÃO

A metilação afeta a especificidade das enzimas de restrição. Os genes DAM e DCM de Escherichia

coli codificam metilases que acrescentam um radical metila (-CH3) em sitios especificos do DNA.

1- A metilase DAM transfere um grupo metil da S-adenosilmetionina para o N6 do residuo de

adenina das sequencias GATC.

Enzimas inibidas: BclI (T/GATCA), ClaI (GAT/CGAT), MboI (/GATC), XbaI

(T/CGATC), TaqI (GAT/CGA).

Enzimas não inibidas: BamHI (G/GATCC), BglII (A/GATCT), Sau3A (/GATC).

2- A metilase DCM metila a citosina interna nas sequencias 5’>3’ CCAGG e CCTGG.

Enzimas inibidas: ApaI (GGGCC/CAGG), AvaII (G/GACCAGG), etc.

Enzimas não inibidas: BglI, KpnI, etc.

UNIDADE

1 unidade de enzima de restricao corta completamente 1ug de DNA de fago Lambda em uma

hora em um volume de reacao de 50ul na temperatura ideal da enzima e no tampao

apropriado.

TAMPÕES DE ENZIMAS DE RESTRIÇÃO (em geral adquirido junto com a enzima)

a) 10mM Bis-Tris-Propano-HCl, pH 7.0; 10mM MgCl2; 1mM DTT

AluI, EaeI, HgaI, HpaI, KpnI, SpeI, XmaI

b) 10mM Tris-HCl pH7.9; 50mM NaCl; 10mM MgCl2; 1mM DTT

BsmI, EcoRV, HindIII, HinfI, MboII, MseI, MspI, PstI, PvuII, SstI, StuI, XhoI, XorII

c) 50mM Tris-HCl pH7.9; 100mM NaCl; 10mM MgCl2; 1mM DTT

AseI, BclI, BglII, BspEI, BstEI, DraIII, MboI, MluI, PstI, PvuI.

d) 20mM Tris-Acetato pH7.9; 50mM KOAc, 10mM Mg(OAc)2; 1mM DTT

AatII, ApaI, AvaI, AvaII, BanI, BanII, ClaI, DraI, EcoRII, HaeIII, HpaI, SacII, SmaI.

FERRAMENTAS MOLECULARES

CORTE COM ENZIMAS DE RESTRICAO E MAPAS DE RESTRICAO

1. CORTE COM ENZIMA DE RESTRICAO

O corte deve ser realizado com a quantidade adequada de enzima. Quantidades exageradas

podem levar a atividade “star” e concentracoes baixas podem resultar em corte parcial (as

vezes desejado).

1 unidade por ug de DNA genomico

3 unidades por ug de DNA circular (plasmidial).

2. PROTOCOLO TIPICO

Tampão de enzima – 1x (normalmente adquirido 10x)

DNA - o seu volume não deve ser superior a 50% do volume total.

Enzima - o seu volume não deve superar 10% do volume total.

Agua - deve ser utilizada agua ultrapura esterilizada por calor.

BglII BamHI PstI BglI PstI

0.3 0.7 2.6 0.9 0.5 1.2

BglII BamHI PstI BglII BglII BamHI

BamHI PstI PstI

6.2

5.2

4.2

1.7

0.3

1.0

3.6

1.4 1.2

3.5

1.7

0.7

0.3

3.3

1.2

0.9

0.5

0.3

2.6

1.4 1.2 1.0

QUE TIPO DE ALTERACOES PODEM SER RECONHECIDAS ATRAVES DE ANALISE

DE FRAGMENTOS DE RESTRICAO?

1. Mutacoes de ponto no local de reconhecimento e corte por parte da enzima de restricao e c

onsequentemente, a ausencia de sitio de corte.

2. Mutacao de ponto que cria um novo sitio de corte com enzima de restricao.

3. Delecao que elimina sitio de corte e ao mesmo tempo muda o comprimento dos fragmentos

gerados por uma enzima ou outras enzimas.

4. Delecao que nao elimina sitio de corte mas altera o comprimento do fragmento gerado por enzimas

que franqueiam o local.

5. Insercao que gera novo sitio de corte e ao mesmo tempo altera o comprimento dos fragmentos

gerados por uma enzima ou outras enzimas.

6. Insercao que nao gera novo sitio mas aumenta o comprimento dos fragmentos gerados por uma

enzima ou outras enzimas.

0.6 1 3.5 1.2 6.7 0.2

0.6 1 3.5 1.2 6.7 0.2

0.6 1 3.5 1.2 0.3 6.4 0.2

2.6

2.2

1.1

Desenhe o gel correspondente a estes fragmentos de seis organismos.

Page 3: 6 - Enzimas e Vetores

3

VETORES DE CLONAGEM

Caracteristicas de um vetor de clonagem:

-Autoreplicativo

-Com sitios unicos de corte com enzimas de

restricao.

-Com marcada de selecao.

TIPO DE VETORES

-PLASMIDIOS

Moleculas circulares de DNA extracromossomico autoreplicativas; limite para

clonagem 100 a 10.000pb.

-FAGOS

Derivados de bacteriofago Lmbda; molecula de DNA linear com regioes que

podem ser substituidas por DNA externo sem quebrar o ciclo; limite para clonagem de 8 a

20.000pb.

-COSMIDIOS

DNA extracromossomico circular que combina caracteristicas plasmidiais e

fagicas; limite para clonagem 35.000 a 50.000pb.

-BAC (CROMOSSOMO BACTERIANO ARTIFICIAL)

Baseado em plasmidios mini-F; limite para clonagem 75.000 a 300.000pb.

-YAC (CROMOSSOMO ARTIFICIAL DE LEVEDURA)

Cromossomo artificial contendo centromero, telomeros, origem de replicacao e

marcadores de selecao; limite para clonagem 100.000 a 2.000.000pb.

POLILINKER – SEQUENCIA DE DNA COM DIVERSOS SITIOS DE RESTRICAO.

PLASMIDIOS

VETORES DE EXPRESSAO:

- Os vetores de expressao devem conter promotor e

terminador proximos a sitios de corte com enzimas

de restricao visando a expressao de genes clonados

sob o controle de tal sistema.

VETORES BINARIOS PARA LEVEDURAS:

-Os vetores binarios incluem origens de replicacao eficientes em mais de um organismo e sistema de

selecao nos organismos para os quais foram desenhados.

-YEP352- apresenta origem de replicacao de 2um

-YADE4- apresenta origem de replicacao ARS1

Page 4: 6 - Enzimas e Vetores

4

VETOR BINARIO PARA TRANSFORMACAO DE PLANTAS COM MONITORAMENTO DE

EXPRESSAO.

Eco Hind

ApR TcR

Eco Hind

ApR TcR

Hind

Hind

CmR

Hind

CmR

CmR ApR

TcR

Eco Hind

Hind

CmR

ApR

TcR

Eco Hind

Hind

+

Construcao do plasmidio binario pHV14 e pHV15

funcionais em E. coli e B. subtilis, pela ligacao de

pBR322 e pC194.

pBR322 pC194

Corte com HindIII Corte com Hind III

Ligacao com T4 ligase

METODO DE LISE ALCALINA PARA EXTRACAO DE PLASMIDIOS (Miniprep).

1. Crescer 5ml de cultura bacteriana em meio LB contendo o antibiotico seletivo a 37C com agitacao por 6h a

18h.

2. Centrifugar 5000 a 10000 rpm por 5 min. e descartar sobrenadante.

3. Adicionar 100ul de 50mM glicose, 25mM TrisHCl pH8.0, 10mM EDTA, 2mg/ml lisozima. Ressuspender e

manter em banho de gelo por 10 min.

4. Adicionar 200ul de 0.2N NaOH, 1% SDS. Misturar lentamente por inversao. Incubar em banho de gelo por 10

min.

5. Adicionar 150ul de acetato de sodio 3M pH4.8. Misturar lentamente por inversao. Incubar por 10 min. no

freezer.

6. Centrifugar por 15 min. 15000rpm a 4C.

7. Transferir o sobrenadante para novo tubo e adicionar 2 a 2.5 volumes de etanol (-20C). Incubar em banho de

gelo por 10 min.

8. Centrifugar por 1-5min a 10000rpm.

9. Lavar com etanol 70% (-20C)

10. Secar a vacuo ou ambiente, e ressuspender em 50ul de TE. Tratar por 90 min. com RNAse.

OBS: pretratamento com cloranfenicol aumenta o numero de plasmidios por celula e o rendimento da extracao.

VETORES VIRAIS

-Os vetores virais aproveitam a grande

capacidade de transfeccao dos fagos

(1000 vezes maior que um plasmidio)

e a possibilidade de transferencia de

fragmentos de DNA de alto peso

molecular.

Capsídio

(cabeça)

Pescoço

Placa basal

Fibras da

cauda

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

AWB DEFZ J att int xis red N cI cro OP Q S R

Regiao nao essencial

Cabeca Cauda

Integracao e

recombinacao

Regulacao e

imunidade

Sintese de

DNA

Lise Regulacao

final

Terminacao

coesiva

esquerda

Terminacao

coesiva

direita

MAPA FISICO DO FAGO LAMBDA

Page 5: 6 - Enzimas e Vetores

5

As terminacoes do DNA Lambda sao conhecidas como

sitios COS, cada uma corresponde a uma sequencia fita

simples de 12 nucleotidios. Como suas sequencias sao

complementares, uma terminacao liga-se a outra formando

CONCATOMEROS.

As duas terminacoes de um fago Lambda podem tambem se

ligar entre si formando uma molecula circular. Na celula

bacteriana formam-se fagos circulares pois a DNA ligase

sela a uniao entre as extremidades COS.

No processo de EMPACOTAMENTO do virion Lambda,

duas proteinas Nu1 e A podem reconhecer os sitios COS,

direcionando a insercao do virion para uma cabeca vazia. A

cabeca e entrao acoplada a uma cauda formando a particula

viral completa.

Este ;processo ocorre normalmente na celula hospedeira,

entretanto, para processos de clonagem um complexo de

empacotamento e utilizado.

Proteinas Nu1 e A sao codificadas por genes presentes no

fago. Se os dois genes encontram-se mutados nao ocorre

empacotamento. Como o empacotamento ocorre em cabecas

e caudas preformadas, a celula hospedeira deve acumular

estas estruturas vazias, as quais podem ser extraidas.

Quando os DNA recombinantes de Lambda sao misturados

com cabecas vazias, caudas, proteinas Nu1 e proteinas A, o

empacotamento ocorre.

LAMBDA GT11

COSMIDIOS

Os cosmidios sao uma combinacao de plasmidios e sitios COS que permitem que o DNA cosmidial seja inserido em

cabecas de fagos.

Os cosmidios apresentam as seguintes vantagens:

-Alta eficiencia de transferencia

-Permite carregar aproximadamente 45kb, enquanto que plasmidios e fagos carregam no maximo 25kb.

YAC

Os cromossomos artificiais de leveduras

(YAC) sao capazes de carregar fragmentos de

mais de 2Mb, mas a sua taxa de transferencia

e baixa.

Componentes essenciais de vetor YAC

-Centromero (CEN), telomeros (TEL) e

sequencia de replicacao autonoma (ARS).

-Gene AMP para amplificacao seletiva e

marcadores como TRP1 e URA3 para selecao

em leveduras.

-Sitio de reconhecimento por enzimas de

restricao.

Processo

1.O DNA alvo e parcialmente digerido com

EcoRI e o YAC completamente digerido com

EcoRI e BamHI..

2.Ligacao do vetor clivado com o DNA

digerido formando cromossomos artificiais.

3.Transformacao de leveduras.

FERRAMENTAS MOLECULARES

LINHAGENS MICROBIANAS E MODELOS BIOLOGICOS

ALGUNAS LINHAGENS DE Escherichia coli UTILIZADAS EM BIOLOGIA MOLECULAR

HB101- F- mcrB mar- hsdS20 (rb- ma

-) recA13 leuB6 ara14 proAZ lacY1 galK2 xyl5 mtl1 rpsL20

(smr) supE44 Lambda-

DH5α – F- Φ80d lac ZΔM15 Δ(lacZYA-argF) U129 endA1 recA1 hsdR17 (rk-mk

+) deoR thi1 supE44

Lambda- gyrA96 relA1

MC1061 – F- araD139 Δ(ara-leu) 7679 galU galK Δ(lac) X74 rpsL (strr) hsdR2 (rk-mk

+) mcrB1

GM2163 – F- dam dcm supE44 rpsL (strr) Lambda- mcrB1

GENES IMPORTANTES EM LINHAGENS PARA BIOLOGIA MOLECULAR

mcr- sistema de restricao metilcitosina especifico.

mar- sistema de restricao metiladenina especifico.

hsd- sistema de restricao de K12 reconhece AmeACNNNNNNGTGC

rec- sistema de recombinacao

dam- adenina metilase

dcm- citosina metilase

ALGUNAS LINHAGENS DE LEVEDURAS UTILIZADAS EM BIOLOGIA MOLECULAR

A maior parte das linhagens sao derivadas da linhagem isogenica S288C.

AH22 – a leu2-3 leu2-112 his4 canr

GRF18 – α leu2-3 leu2-112 his4 canr

leu2-3 e lau2-112- mutacoes de ponto no gene leu2

his3-200 – delecao in vitro

trp1-901 – delecao in vitro

ura3-52 – insercao de Ty1

Page 6: 6 - Enzimas e Vetores

6

Caenorhabditis elegans

Arabidopsis thaliana Drosophila melanogaster

Mus musculus

Dictyostelium discoideum

(ameba colonial)

Danio rerio (Zebra fish)

Xenopus

FERRAMENTAS MOLECULARES

TRANSFORMACAO

TRANSFORMACAO EM E. COLI – METODO 1

-Crescer a linhagem bacteriana em LB a 37C por 18h.

-Inocular 1/40 em 250ml de LB e incubar a 37C com agitacao ate uma absorbancia de 0.4-0.5 a 550nm.

-Esfriar em banho de gelo, centrifugar a 6000 rpm a 4C por 10 min.

-Decantar o sobrenadante e colocar o pellet em gelo.

-Ressuspender em 125ml de 100mM CaCl2 gelado, e incubar em banho de gelo por 30 min. com agitacao ocasional.

-Centrifugar a 6000 rpm por 10 min a 4C.

-Ressuspender em 10 ml de 100mM CaCl2 e 15% glicerol.

-Separar em aliquotas e 0.2ml, e incubar em gelo por 12 a 24h. (nesta etapa podem ser congelados em N2-liquido e

mantidos a –80C por varios meses).

-Adicionar o DNA (1 a 10ug de plasmidio para 0.2ml de celulas competentes). Incubar em banho de gelo por 30 min.

-Realizar choque termico a 42C por 2 a 5 min.

-Adicionar 0.4ml de LB e incubar 1h a 37C.

-Plaquear no meio seletivo apropriado.

TRANSFORMACAO EM S. cerevisiae – ACETATO DE LITIO

-Crescer a levedura em YEPD ate a metade da fase logaritmica (~2 x 107 cels/ml) – 10 ml.

- Centrifugar a 5000 rpm por 2 min.

- Ressuspender as celulas em 5ml de 0.1M Acetato de Litio em TE.

- Incubar 30 C por 1 h sob agitacao.

- Centrifugar e ressuspender em densidade de 2 x 109 cels/ml.

- Colocar as celulas em aliquotas de 100ul e acrescentar 1ug de DNA plasmidial. Adicionar 50ug de DNA de

esperma de salmao ou timo de boi em TE (previamente passar a solucao de DNA carregador varias vezes por

seringa).

- Incubar 30 min a 30C.

- Adicionar 0.7ml de 40% PEG4000, 0.1M acetado de litio em TE (pH7.5).

- Incubar 1 h. a 30C.

- Colocar em banho a 42C por 5 min.

- Centrifugar, lavar em agua esterilizada e ressuspender em 0.2 a 0.4ml de agua.

- Plaquear em meio seletivo.

TRANSFORMACAO DE BACTERIAS - ELETROPORACAO

-Utilizar uma colonia de E. coli para inocular 50ml de meio SOB (sem Mg), e crescer com agitacao a 37C por 18h.

-Diluir 0.5ml ca cultura em 500ml de meio SOB (sem Mg) e crescer por 2 a 3h a 37C ate D.O.550= 0.8

-Centrifugar e ressuspender em 500ml de WB (10% glicerol, 90% agua) gelado. Centrifugar novamente e repetir.

-Ressuspender em 2ml de WB gelado e aliquotar em fracoes de 200ul. Conservar a –70C.

-Juntar 20ul de suspensao de celulas com 1ul de DNA e colocar na celula do eletroporador.

-Aplicar um pulso de 2400V, 4000 ohms.

Protocolos semelhantes sao utilizados para outros microrganismos.