53 - martifer · relatÓrios de auditoria e fiscalizaÇÃo martifer group relatório e contas 2012...

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59 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

65

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

119 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

125 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

07

GRUPO MARTIFER Mensagem do Conselho de Administração Destaques Principais Indicadores Financeiros Principais Acontecimentos

13

ENQUADRAMENTO Atividade Presença Internacional Histórico Envolvente de Mercado

25

DESEMPENHO FINANCEIRO Análise de Resultados Proveitos Operacionais EBITDA e Resultado Líquido Investimento Análise da Estrutura de Capital

29 ANÁLISE POR SEGMENTO Construção Metálica Solar Outras Áreas

37 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

39

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

43

PERSPETIVAS FUTURAS

45 PRINCIPAIS RISCOS Riscos Operacionais Riscos Financeiros Riscos Jurídicos

49 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

51 OUTRAS INFORMAÇÕES

04RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

53INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

57INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

117INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

141RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 3

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 7

Senhores acionistas,

Os últimos passos de restruturação e as nossas decisões estratégicas mostram que estamos no cami-nho certo. Os problemas do passado estão quase ultrapassados. Não há milagres, nós também esta-mos sujeitos às tendências de procura e mercado e, no que diz respeito à construção de infraestrutu-ras em aço ou alumínio e projetos solares fotovoltaicos, a contração, principalmente na Europa, tem, obviamente, impactos profundos no nosso crescimento, produtividade e rentabilidade. Mudámos o nosso modelo de negócio em termos de reposicionamento geográfico. O crescimento da carteira de encomendas mostra que tomámos a decisão correta. Só com carteira de encomendas confortável podemos ambicionar melhores resultados.

Mas, para dizer a verdade, isso é o que nos distingue e faz parte do nosso ADN: a capacidade de adaptação aos desafios económicos e setoriais globais de forma rápida e flexível. Na nossa opinião, essa é a única forma de sobreviver atualmente, com tantos riscos para controlar. E acreditamos que esse é o único caminho a seguir se queremos garantir o melhor retorno para os nossos acionistas.

Recordamos que passaram apenas cinco anos desde a entrada em bolsa em 2007, o mundo mudou e tivemos de lidar com todas as adversidades e contratempos no meio da pior crise desde a Segunda Guerra Mundial.

Tentámos obter mais escala, ao mesmo tempo que nos tornamos mais competitivos. Agora, vemos claramente que temos uma palavra a dizer nos setores onde atuamos, tendo sido chamados a concor-rer aos maiores projetos em todo o mundo relacionados com recintos desportivos, nomeadamente estádios, infraestruturas de transporte, tais como aeroportos, estações ferroviárias e pontes, edifícios em altura e centros comerciais. Assim como, nos projetos de energia PV, num total de mais de 300 MW já instalados em mais de vinte países.

Levamos a cabo a reestruturação da dívida e está em grande parte já concluído e contratado, alargando a maturidade da mesma, processo que será concluído já do decurso de 2013. Este processo, a par da venda de alguns ativos que esperamos concretizar durante 2013 e 2014, trará uma estrutura de capitais e balanço mais flexível e mais sólida.

GRUPO MARTIFER

MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

COMO NOS PARECE, ENTÃO, O FUTURO?

VEMOS O FUTURO COM MAIS CONFIANÇA:

− No país – Portugal – que está a sofrer um ajustamento, até agora muito significativo − No sistema financeiro europeu, que está mais forte e a liquidez começa a ser visível − Nos drivers do setor, que continuam a existir, apesar dos mercados terem sido alterados tendo em conta as suas necessidades de infraestruturas − No futuro da empresa, com o reposicionamento internacional e a atual carteira de encomendas de 603 milhões de euros, que alavanca o crescimento de proveitos

Em suma, teremos sempre de lidar com riscos nos nossos negócios, mas estamos mais do que nunca, cientes deles e empenhados no retorno futuro para os nossos acionistas.

Caro stakeholder, obrigado pela confiança depositada!

1 - CARLOS MARTINS | Presidente

2 - JORGE MARTINS | Vice-Presidente1

2

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 9

DESTAQUES

Proveitos Operacionais de

491 M€, a registar um decréscimo de 10,7 % quando comparado

com o ano anterior

Resultado Líquido Consolidado de -54,4 M€

vs. -46,5 M€ em 2011, com impacto negativo de 22,7 M€ das provisões e perdas de imparidade e de Encargos

Financeiros Líquidos de 36,3 M€

Total de Carteira de Encomendas de 603 M€ vs. 482 M€

em 2011: Construção Metálica (373 M€) e Solar (230 M€)

EBITDA de 3,9 M€ (compara com 8,9 M€ em 2011), que reflete em grande parte o processo de reestruturação na área de construção metálica,

com o encerramento da unidade industrial na Polónia e de algu-ma da capacidade produtiva

em Portugal

Manutenção da Dívida Bruta

ao nível de 2011

GRUPO MARTIFER MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 10

PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS

ANO ANO

€M – IFRS 2012 Margem 2011 R Margem Var. %

Proveitos Operacionais 491,4 550,1 -10,7%

EBITDA 3,9 0,8% 8,9 1,6% -55,9%

EBIT -15,8 -3.2% -19,4 -3,5% -18,9%

Resultado Financeiro -36,3 -26,4 37,6%

Resultado antes de imposto -52,0 -45,8 13,6%

Impostos 2,3 0,7 >100%

Resultados de ativos detidos para venda -0,1 0,0 s.s.

Resultado Líquido Consolidado -54,4 -11,1% -46,5 -8,5% 17,0%

Atribuível:

a interesses não controlados 1,4 2,1 -30,4%

ao Grupo -55,9 -48,6 15,0%

R = reexpresso de forma a ser comparável, após alterações no método de valorização dos terrenos e imóveis registados nos ativos fixos tangíveis, conforme explicado na Nota 1 do Anexo às Demonstrações Financeiras consolidadas.

2006

80

70

60

50

40

30

20

10

020082007 2009 2010 2011

29

37

62

67

57

9

EBITDAEvolução 2006-2012 (€M)

2006

80

70

60

50

40

30

20

10

020082007 2009 2010 2011 2012

29

37

62

67

57

9

4

2006

120

100

80

60

40

20

0

-20

-40

-60

-80

20082007 2009 2010 2011

RESULTADO LÍQUIDOEvolução 2006-2012 (€M)

2006

120

100

80

60

40

20

0

-20

-40

-60

-80

20082007 2009 2010 2011 2012

14 8

26

-52 -48

-54

100

2006

700

600

500

400

300

200

100

020082007 2009 2010 2011

275

397

635

606

592

550

2006 20082007 2009 2010 2011 2012

397

635

606

592

550

491

275

PROVEITOS OPERACIONAISEvolução 2006-2012 (€M)

GRUPO MARTIFER MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 11

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

JANEIRO 2012

Martifer decide encerrar fábrica de Benavente

A administração da Martifer Metallic Constructions tomou a decisão de encerrar a fábrica de estrutu-ras metálicas de Benavente. Este encerramento deve-se a um reajuste da capacidade de resposta ao nível industrial devido à quebra na procura no setor da construção em toda a Península Ibérica.

MARÇO 2012

Martifer vence adjudicação de dois navios-hotel

A Martifer venceu a adjudicação de dois navios-ho-tel da Douro Azul. Os navios vão ser construídos até 2013 na Navalria.

ABRIL 2012

Martifer vende projeto Silverton na Austrália

A Macquarie Capital Wind Fund Pty Limited assinou um acordo de compra de 3 240 001 ações ordinárias, que representam 50 % do capital da empresa Silverton Wind Farm holdings Pty e, consequentemente, os direitos do Silverton Wind Farm em New South Wales, Austrália, por aproxi-madamente 5,6 milhões de dólares australianos.

Martifer vende fábrica de torres nos EUA

A Martifer SGPS, SA vendeu 50 % do capital da Martifer-Hirschfeld Energy Systems LLC, a empresa

GRUPO MARTIFER

detentora da fábrica de torres nos EUA, ao seu parceiro Hirschfeld Group, pelo equity value de 2,3 milhões de dólares. O impacto desta transação foi já refletido nos resultados anuais de 2011, através do reconhecimento de uma imparidade.

Martifer restabelece anterior partici-pação de 55 % na Martifer Solar

A Martifer SGPS vendeu 20 % do capital social da Martifer Solar por 15,6 milhões de euros à HSF, re-pondo a estrutura de participação acionista detida pelos dois sócios no passado (55 % e 45 %, Martifer SGPS e HSF, respetivamente).

JULHO 2012

Nutre conclui uma Joint Venture com a Bunge na Roménia

A Nutre, detida a 49 % pela Martifer SGPS, e a Bunge concluíram um acordo que estabelece uma joint venture para a exploração das unidades industriais da Roménia. A participação da Nutre nesta joint venture, que é constituída pela fábrica de biodiesel (Prio Biocombustibil srl), pela fábrica de extração de óleos (Prio Extractie, srl) e pela fábrica de extração, refinamento e embalamento anteriormente detida pela Bunge, é de 45 %.

SETEMBRO 2012

Martifer Solar assina um acordo para a construção de um projeto fotovol-taico de 20 MW no México

A Martifer Solar assinou um acordo com o Consór-cio Integrador Sonora80M para a construção de um projeto fotovoltaico de 20 MW em Hermosillo,

Estado de Sonora, no norte do México. A empresa, que está no mercado mexicano desde 2011, será também responsável pelos serviços de operação e manutenção do projeto.

Martifer Solar conclui dois parques fotovoltaicos em Portugal com uma capacidade total de 22,4 MWp

A Martifer Solar inaugurou dois parques fotovol-taicos no Algarve, com uma capacidade total de 22,4 MWp, desenvolvidos, construídos e ope-rados para um fundo gerido pelo BNP Paribas Clean Energy Partners.

OUTUBRO 2012

Grupo Martifer participa no quarto “Portuguese Day” na Bolsa de Nova Iorque

A Martifer foi uma das 17 empresas portuguesas a participar no quarto “Portuguese Day” na Bolsa de Nova Iorque. A delegação portuguesa fez soar o “Opening Bell” no dia 15 de outubro em Wall Stre-et. A Martifer teve reuniões com 14 investidores.

Martifer Solar assina um contrato para o primeiro projeto na Ucrânia com 4,5 MW de capacidade

A Martifer Solar assinou um contrato EPC para a construção de um projeto fotovoltaico de 4,5 MW na Ucrânia com a Green Agro Service LLC, uma empresa do grupo Rengy Development. O projeto marcou a entrada da Martifer Solar no país, onde já abriu uma nova subsidiária, reforçando a aposta da empresa na internacionalização.

Martifer Metallic Constructions conquista três novos projetos no Brasil com um valor total de 322 milhões de reais

A Martifer Metallic Constructions conquistou três novos projetos no Brasil, no valor de cerca de 322 milhões de reais. No Rio de Janeiro, a empresa irá participar na construção do Museu do Amanhã e das pontes da Transcarioca e em Manaus irá participar no seu quarto estádio, assumindo uma posição de liderança na construção deste tipo de projetos no país.

DEZEMBRO 2012

Martifer Metallic Constructions conclui primeiro estádio para o Mundial do Brasil

A Martifer Construções Metálicas Ltda, subsidiária da Martifer Metallic Constructions no Brasil, con-cluiu a construção da cobertura do Estádio Caste-lão, um dos doze estádios do Mundial de Futebol de 2014, que se realizará no Brasil. A infraestrutura foi inaugurada em dezembro pela Presidente do Brasil, Dilma Rousseff. O Estádio do Grêmio, que também contou com a participação da Martifer, foi também inaugurado em dezembro.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 12

ENQUADRAMENTO

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 13

ATIVIDADEA Martifer iniciou a sua atividade em 1990, no setor das estruturas metálicas. Desde 2011, como conse-quência da focalização estratégica dos negócios, a Martifer concentrou a sua atividade em duas áreas principais – Construção Metálica e Solar, controla-das a 100 % e 55 %, respetivamente.

O Grupo desenvolve também outras atividades e gere participações financeiras: RE Developer – promoção e desenvolvimento de parques eólicos (Martifer Renewables) e a participação financeira de 49 % na Prio Energy e na Nutre.

No final do ano 2012, a Martifer acumulava, através das suas subsidiárias, participação em mais de 100 MW de projetos renováveis em operação. Aproximadamente 64 MW tiveram contribuição ao nível dos Proveitos Operacionais.

HOLDINGA Martifer SGPS SA é a holding do Grupo. Com as adaptações ao modelo de governance incre-mentadas no decurso do ano de 2012, a Martifer SGPS SA posiciona-se como uma Sociedade Gestora de Participações Financeiras, estabele-cendo e definindo regras e políticas de Grupo e monitorizando as atividades das Áreas de Negócio, às quais foi atribuído um maior grau de independência e poder de decisão.

As áreas de negócio atuam de forma autónoma, seguindo as orientações estratégicas aprovadas a nível da holding, com base em orçamentos e planos de negócio anuais aprovados pelos admi-nistradores executivos da Martifer.

No final do ano, a holding e os serviços de suporte contavam com 62 colaboradores.

CONSTRUÇÃO METÁLICAA Martifer Metallic Constructions é um player reconhecido globalmente no setor. Tem unidades industriais em Portugal, na Roménia, na Austrália, em Angola e no Brasil.

A empresa centra a sua estratégia de desen-volvimento na diferenciação pela qualidade da engenharia e vocação para projetos de grande complexidade.

Fornece soluções globais e inovadoras de enge-nharia, nomeadamente em projetos com elevada incorporação de estrutura metálica em aço, facha-das de alumínio e vidro, e soluções em aço inox, atuando também na produção de equipamentos para o setor da energia, tais como componentes para energia eólica, petróleo e gás, e no setor de construção naval (através da Navalria).

A Martifer Metallic Constructions centra a sua estratégia em mercados em crescimento em África e na América do Sul, e nos mercados consolidados na Europa, tais como a França e o Reino Unido.

Esta atividade (industrial e comercial) está presen-te em 16 países. Conta com uma capacidade de produção acima das 80 000 toneladas anuais e, no final de 2012, contava com 2 463 colaboradores.

ENQUADRAMENTO

SOLARA Martifer Solar desempenha atualmente um papel de liderança na indústria fotovoltaica, devido à sua capacidade de adaptação a um setor em constante mudança e uma experiência comprova-da assente na utilização de tecnologia de vanguar-da, em qualificações técnicas avançadas e numa equipa competente e motivada.

As principais atividades da empresa são o desen-volvimento de projetos fotovoltaicos, a instalação de projetos EPC (Engenharia, Procurement e Construção), serviços de O&M especializados e Distribuição de equipamentos PV, através da sua subsidiária MPrime.

A empresa atua em todos os segmentos de mer-cado: projetos em solo, coberturas, BIPV, micro e mini geração e off-grid.

Em operação desde 2007, a empresa continua a expandir-se internacionalmente, iniciando ativida-de em novos países. A Martifer Solar está presente em mais de 20 países na Europa, em África, na Ásia & Médio Oriente, na América do Norte e na América do Sul. A Martifer Solar participou na im-plementação de mais de 300 MW de energia solar fotovoltaica em todo o mundo.

Esta área de negócio contava com 398 colabora-dores, no final de 2012.

Em 2012, a Martifer SGPS, efetuou a venda de 20 % do capital social da Martifer Solar por 15,6 milhões de euros à HSF, repondo a estrutura de participação acionista detida pelos dois sócios no passado (55 % e 45 %, Martifer SGPS e HSF, respetivamente).

RE DEVELOPER A Martifer Renewables atua como um develo-per de energias renováveis, principalmente no desenvolvimento de projetos eólicos. Mais do que acumular MWs em exploração, a estratégia da Martifer Renewables assenta numa rigorosa utiliza-ção de capitais no desenvolvimento e construção de projetos.

A empresa tem atualmente 64 MW de parques solares e eólicos em operação e com contribuições para os Proveitos Operacionais localizados em Espanha, na Roménia e no Brasil. Em Portugal, a empresa tem uma participação de cerca de 50 % em 31 MW de parques eólicos em operação, que contribuem para os resultados através de equi-valência patrimonial. Em 2011, os projetos em operação na Polónia – Leki Dukielskie (10 MW) e Bukowsko (18 MW) – foram alienados e a venda do projeto Rymanow ao Grupo Ikea (26 MW em cons-trução) foi acordada. Em 2012, a empresa concluiu a construção do seu projeto eólico na Roménia (Babadag), com uma capacidade total de 42 MW.

Esta área de negócio contava com 54 colaborado-res no final do ano e está presente em cinco paí-ses: Portugal, Espanha, Roménia, Polónia e Brasil.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 14

Em suma, atualmente o Grupo está organizado da seguinte forma:

ESTRUTURAS METÁLICAS FACHADAS EM ALUMÍNIO E VIDRO INOX ENGENHARIA EÓLICO, PETRÓLEO E GÁS CONSTRUÇÃO & REPARAÇÃO NAVAL

EPC SOLUÇÕES FV DISTRIBUIÇÃO O&M DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS

OUTRAS

ENQUADRAMENTO

100 %

100 %

49 %

49 %

55 %

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 15

PRESENÇA INTERNACIONALBrasil EUA Angola Arábia Saudita Portugal Espanha Itália França Reino Unido Roménia Irlanda Polónia Bélgica Alemanha

República Checa Eslováquia Grécia Bulgária Marrocos Austrália Canadá Índia México Chile Peru Colômbia Moçambique

EUROPA

AMÉRICA DO NORTE

AMÉRICA LATINA

ÁFRICA E ARÁBIA SAUDITA

ENQUADRAMENTO

PRINCIPAIS GEOGRAFIAS*

* Considerando Carteira de Encomendas + Proveitos Operacionais em 2012

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 16

HISTÓRIA

ENQUADRAMENTO

20131990

1998

Fundação da Martifer

Engil (Mota- Engil) passa a ser acionista.

Expo 98, com a participação da Martifer em várias obras (Ex. Torre Vasco da Gama).

1999

2002

Início da internacionalização com a entrada em Espanha

Construção dos estádios para o Euro 2004 Segunda fábrica em Portugal, Benavente.

2003

2004

Criação da fábrica de construções metálicas na Polónia, 1.ª fora de Portugal.

Início de atividade no setor de equipamentos para energia renovável – Eólica.

2009

2010

Criação de uma Joint Venture com a Hirschfeld para a produção de compo-nentes para energia eólica nos EUA Martifer Renewables ultrapassa 100 MW de capacidade instalada. Martifer Renewables ganha 217 MW no primeiro Leilão eólico no Brasil. Venda da participação detida na REpower Systems AG.

Alienação de 11 % na Prio e na Nutre, passando a deter 49 % do seu capital. Construção dos dois maiores parques solares fo-tovoltaicos do con-tinente africano,em Cabo Verde.

2011

2012

Início da construção da fábrica de estru-turas metálicas em Pindamonhangaba, São Paulo, Brasil.

Adjudicação à Marti-fer Solar do primeiro projeto fotovoltaico na Índia.

Venda da partici-pação na Repower Portugal.

Início de operação da fábrica de es-truturas metálicas no Brasil.

Martifer Solar expande a sua atividade para a Ucrânia, a Romé-nia, o Mexico e o Brazil.

2005

2006

Início de ativi-dade nas áreas de Agriculturae Biocombus-tíveis e Desen-volvimento de Parques Eólicos.

Aquisição de 25,4 % da REpo-wer Systems AG.

Início de atividade no setor Solar Fotovoltaico. Criação do Consórcio Ventinveste para o Concurso Eólico Nacional, em par-ceria com a Galp.

2007

2008

OPA sobre a RE-power Systems AG, conjunta-mente com a Suzlon.

Consórcio Ventinveste vence Fase B do Concurso Eólico Nacional (400 MW). Entrada em bolsa (IPO).

Início de operação das unidades industriais de componentes para parques eólicos, módulos fotovoltaicos e assemblagem de aerogeradores. Aquisição da Navalria, especiali-zada no negócioda Construção e Reparação Naval.

~3000 colaboradores

Presente em mais de 25 países

11 Unidades industriais

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 17

ENVOLVENTE DE MERCADO

Condições económicas gerais em 2012

O crescimento real da economia global deteriorou--se ao longo de 2012. A crise de dívida soberana na Europa, sem resolução durante vários meses, foi o principal motivo de preocupação. Mantiveram--se as dúvidas acerca da estabilidade política e financeira na Grécia e os problemas no sistema bancário espanhol foram especialmente preocu-pantes. Devido a estes fatores, o Fundo Monetário Internacional (FMI) baixou repetidamente as suas previsões para o crescimento económico em 2012.

Na sua análise mais recente, na atualização de janeiro do relatório WEO, os especialistas do FMI apontam para um crescimento global da economia de apenas 3 % em 2012, que compara com a sua previsão de 3,3 % em outubro de 2012.

Devido à situação complexa do sul da Europa, espera-se que a economia da Zona Euro tenha um crescimento real negativo – e um crescimento nominal de -0,4 %, com inflação de 2,5 %.

A situação é aparentemente mais positiva nos EUA, que registará um crescimento de 2,3 % em 2012, de acordo com as previsões do FMI. Até os países emergentes foram afetados pelo abran-damento económico. A previsão de crescimento económico do FMI para estes mercados é de 5,1 % em 2012.

De onde pode vir o crescimento em 2013?

Esta é uma questão para a qual todos os agentes económicos querem encontrar uma resposta simples.

Hoje, é certo que o poder dos Bancos Centrais na liderança da economia mundial é mais forte do que nunca. Sendo assim, é crucial seguir todas as palavras e sinais destas entidades, de forma a interpretar as próximas tendências económicas e financeiras e o caminho para a recuperação económica.

Como exemplo, no final de 2012, quando Mario Draghi afirmou que faria “tudo o que fosse neces-sário para restaurar a Zona Euro”, o clima nos mer-cados financeiros começou a melhorar, os custos de empréstimo na Zona Euro desceram acentu-adamente – as obrigações e as CDS’s dos países foram significativamente mais baixas, as taxas de juro das economias sob intervenção caíram; os mercados bolsistas melhoraram a sua performance e a volatilidade voltou para níveis mais baixos. As preocupações que afetaram 2/3 do ano de 2012, tais como a “sobrevivência do euro”, a “manuten-ção ou saída da Grécia” ou o contágio negativo no coração da Europa, quase desapareceram.

A 10 de janeiro de 2013, na sua primeira interven-ção do ano, Mario Draghi afirmou que a economia da Zona Euro vai recuperar no final de 2013, e que se veem já alguns sinais de estabilização. Logo de seguida, o BCE manteve as taxas a 0,75 %, seguin-do os primeiros sinais de fortalecimento na eco-nomia da Zona Euro e com a inflação ainda acima do objetivo. No mesmo dia, o Banco de Inglaterra manteve a sua taxa de juro padrão nos 0,5 %.

No entanto, os sinais de recuperação da procura na Zona Euro continuam muito fracos, e não há ainda indicação de que vá melhorar. É esperado que cresça apenas 0,5 % em 2013, quando o WEO do FMI indica que a economia mundial irá reforçar-se gradualmente em 2013 e terá um crescimento esperado de 3,5 % numa base anual em 2013, uma aceleração moderada relativamente aos 3 % em 2012, liderado pela China, pela Índia e pelo Brasil.

Os riscos à volta das perspetivas económicas mantêm-se negativos. A Zona Euro, em especial, continua a representar um risco para a economia global, maioritariamente relacionado com a lentidão na imple-mentação de reformas estruturais na região, questões geopolíticas e desequilíbrios nos principais países industrializados. Os esforços de ajustamento nos países periféricos devem de ser sustentados e têm de ser apoiados, incluindo através da completa utilização dos mecanismos europeus de proteção, utilização da flexibilidade permitida pela convergência fiscal e novos passos em direção à união bancária total e maior integração fiscal.

ENQUADRAMENTO

CRESCIMENTO GLOBAL DA ECONOMIA EM 2013 Fonte: Thomson-Reuters

3,8%Rússia

5,6%Resto do Mundo

6,0%

8,2%

Índia

Brasil 4,0%

Japão 1,2%

EUA 2,1%

China

UE 0,5%

CRESCIMENTO GLOBALFazendo uma análise geral sobre o ambiente económico:

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 18

Fonte: Reuters, relatórios do FMI, OCDE, INE

INDICADORES GLOBAIS

2007 2008 2009 2010 2011 2012p 2013e

PIB, Var. % anual

EUA 2,1% 0,4% -2,6% 2,6% 2,3% 2,3% 2,0%

Zona Euro 2,8% 0,5% -4,1% 1,7% 1,5% -0,4% -0,2%

Alemanha 2,5% 1,0% -4,7% 3,3% 2,0% 0,9% 0,6%

Portugal 1,9% 0,0% -2,6% 1,3% -1,3% -3,0% -1,6%

Inflação, Var. % anual

EUA 3,2% 2,9% 3,9% -0,4% 1,3% 1,6% 2,1%

Zona Euro 2,2% 2,1% 3,3% 0,3% 1,9% 2,0% 2,5%

Alemanha 1,8% 2,3% 2,8% 0,3% 1,3% 1,4% 2,0%

Portugal 2,7% 3,0% 2,4% -1,0% 1,4% 2,0% 2,8%

Taxa de Desemprego, Var. % anual

EUA 4,6% 4,6% 5,8% 9,3% 9,7% 9,6% 8,1%

Zona Euro 8,3% 7,5% 7,5% 9,5% 10,0% 9,9% 11,4%

Alemanha 9,8% 8,4% 7,3% 7,7% 7,6% 7,3% 7,1%

Portugal 7,7% 8,1% 7,7% 9,6% 10,8% 11,0% 15,5%

Peso do Défice, % PBI

EUA -2,0% -2,7% -4,8% -10,3% -9,2% -8,0% -7,0%

Zona Euro -1,3% -0,6% -2,0% -6,3% -6,5% -5,2% -3,4%

Alemanha -1,6% 0,30% 0,10% -3,0% -3,8% -3,0% -0,2%

Portugal -3,9% -2,6% -2,6% -9,3% -7,3% -4,6% -5,5%

Preço do Crude

USD por Barril 61,6 93,9 45,6 80,0 85,0 90,0 111,0

Taxas de Juro, Final do ano (%)

Taxas de Juro

- Fed (Fed Funds) 5,25% 4,25% 0,75% 0,25% 0,25% 0,75% 0,25%

- BCE 3,50% 4,00% 2,50% 1,00% 1,00% 1,50% 0,75%

- BoE 5,00% 5,50% 2,00% 0,50% 0,50% 1,25% 0,50%

Taxas de Juro de longo prazo (10 y Bonds)

EUA 4,70% 4,00% 2,20% 3,80% 2,90% 3,50% 1,75%

Zona Euro 3,90% 4,30% 2,95% 3,40% 2,70% 3,30% 1,32%

Reino Unido 4,75% 4,50% 3,02% 4,00% 3,20% 3,75% 1,80%

Taxas de Câmbio, final do ano

EUR/USD 1,32 1,46 1,40 1,43 1,35 1,40 1,31

ENQUADRAMENTO

O PULSO DE PORTUGAL Apesar de cada vez menos estarmos expostos à economia portuguesa, sentimos que este ano seria crucial falar sobre a economia do país base da empresa, de forma a que muitos dos nossos stakeholders inter-nacionais possam acompanhar a sua evolução e compreender que o caminho para a descida do risco soberano está a ser concretizado.

Em Portugal, o crescimento do PIB real caiu acentuadamente no último trimestre de 2012, com o PIB geral do ano a cair 3,2 %. É agora esperado que a atividade económica contraia 2,3 % em 2013, com a economia a voltar a crescer mais para o final do ano, e a registar um crescimento de 0,6 % em 2014. Como conse-quência do abrandamento da atividade, o desemprego deverá ultrapassar os 18 %.

De acordo com o Economist Intelligence Unit, em 2013, Portugal é o 2.º país com maior redução prevista do PIB, logo a seguir à Grécia.

PREVISÃO DO PIB2013, % alteração no ano anterior

MAIOR CRESCIMENTO

Líbia

Macau

Mongólia

Gâmbia

Angola

Butão

Timor-Leste

Moçambique

China

Iraque

0 93 126 15

Chipre

Zona Euro

Croácia

Itália

Holanda

Síria

Espanha

Grécia

MAIOR RETRAÇÃO

Irão

Portugal

-6 -3 0

Fonte: Economist Intelligence Unit

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 19

Implementação do programa man-tém-se no bom caminho

A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, na sétima missão de revisão a Portugal, afirmaram que a implemen-tação do programa de ajustamento continua no bom caminho, enfrentando o clima de condições económicas desfavoráveis. O défice orçamental previsto foi cumprido, a estabilidade do setor financeiro foi assegurada e várias reformas estrutu-rais estão a evoluir. O ajustamento externo conti-nua a exceder as expetativas, e o governo concluiu uma emissão no mercado obrigacionista, ao mesmo tempo que as condições de financiamento internas foram aliviadas. Ao mesmo tempo, a re-

Fontes: FMI, CE, ES Research

ENQUADRAMENTO

dução da procura por exportações, em especial na União Europeia, a baixa confiança e a elevada dívi-da do setor privado trazem mais contrariedades do que era esperado à atividade económica. Tal como nas previsões anteriores, as políticas escolhidas e a implementação do programa foram reavaliadas à luz das novas circunstâncias.

O défice orçamental atingiu os 4,9 % do PIB em 2012. No entanto, o tratamento estatístico de transações específicas, tais como a concessão aeroportuária (ANA) terá como resultado um aumento do défice. Com o comprometimento do Governo em manter um caminho de des-pesa consistente com o ajustamento do défice tal como planeado anteriormente, um menor

crescimento e um aumento do desemprego vão reduzir os proveitos e aumentar os gastos com prestações sociais. Para permitir a operação de estabilizadores automáticos do défice, o Governo solicitou – e a equipa da CE, do BCE e do FMI apoiaram – uma revisão dos objetivos do défice de 4,5 % para 5,5 % do PIB em 2013, e de 2,5 % para 4 % do PIB em 2014. O target de défice para 2015, nos 2,5 % do PIB, estará abaixo do limiar máxi-mo de 3 % do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Portugal tem demonstrado uma forte capacidade de ajustamento

Vejamos as coisas noutra perspetiva. Desde abril 2011, que progressos foram feitos em Portugal?

Todas as medidas tomadas desde o processo de resgate em abril de 2011 começam a mos-trar resultados: o ajustamento externo é já uma realidade – os números das exportações são uma surpresa positiva, e é possível existir um equilíbrio na balança comercial, algo que não acontecia desde 1942. No entanto, mais importante do que os últimos números, o que realmente suporta a sua tendência a longo prazo é o facto de a indús-tria portuguesa estar integrada no meio da cadeia de valor, e não no fundo da cadeia de produção, como acontecia anteriormente.

Programa de ajustamento económico e financeiro | Principais componentes e objetivos

Targets orçamentais

CONSOLIDAÇÃO FISCAL

REFORMAS ESTRUTURAIS

OBJETIVOS

Transformação estrutural

Aumento da competitividade e crescimento potencial

Correção dos desequilibrios orçamentais e externos

Recuperação da confiança do mercado

PROGRAMA DE AJUSTAMENTO ECONÓMICO E FINANCEIRO

78 mil M€Fortalecimento da estabilidade do setor financeiro (rácios de capital mais elevados, redução de dívida)

Estabilização da dívida pública

Melhoria da gestão das finanças públicas, redu-zindo riscos de orçamento fiscal

Sem acumulação de pagamentos em atraso

Mercado de trabalho, concorrência, saúde, edu-cação, mercados de bens e serviços, mercado de habitação, sistema judicial, etc.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 20

DÉFICE DO SETOR PÚBLICO ADMINISTRATIVO (% PIB) 1. Défice subjacente, sem efeitos one/off, 2. Défice após medidas one/off Fonte: Ministério das Finanças, INE, ES Research

O défice atingiu 6,8 % do PIB no 1.º Semestre de 2012

12

8

10

4

6

2

02002

3,4

2003

3,7

2004

4,0

2005

6,5

2006

4,6

2007

3,1

2008

3,6

2009

10,2

2010

9,8

2012P

5,0

2013P

4,5

2014P

2,5

2011

7,41

4,42

NÚMEROS DE EXPORTAÇÃO MAIS RELEVANTES

CUSTOS HORÁRIOS DE MÃO DE OBRA(Crescimento real acumulado, 4T 2010 – 2T 2012)

2

-2

-6

-12

0

-4

-10

-8

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012P 2013P

- Impacto dos países emergentes da Ásia e Europa de Leste- Falta de reformas estruturais- Crescimento divergente da produtividade- Perda de competitividade externa- Maior endividamento

Ajustamento económico e financeiro em curso

EXPORTAÇÕES DE MERCADORIAS PORTUGUESASPARA PAÍSES SELECIONADOS

TOP 5 DE EXPORTAÇÕES DE MERCADORIAS

TOP 5 DE EXPORTAÇÕES DESERVIÇOS

(%) Peso dasexportações, %

Crescimento dasexportações, %

(setembro 2012, peso, %)

(setembro 2012, peso, %)

Peso em setembro 2012() setembro 2011

Crescimento setembro 2012/2011

1,8 152,0China(0,8)

20,2Brasil1,4(1,3)

35,0EUA4,2(3,4)

35,0Moçambique0,6(0,5)

3,7Japão0,4(0,4)

0,9Polónia0,9(0,9)

34,0Angola6,3(5,0)

22,9Marrocos1,0(0,9)

8,4Reino Unido5,1(5,1)

4,2França11,8(12,2)

Alemanha12,6 -1,3(13,8)

Espanha -4,622,3(25,2)

12,0

43,6

Veículos de transporte

Viagens e Turismo

8,8

27,8

Combustíveis minerais

Transportes

8,7

18,0

Máquinas e equipamento eletrónico

Outros serviços empresariais

8,2

2,9

Metais comuns

Serviços de construção

6,3

2,5

Máquinas e aparelhos mecânicos

Serviços de comunicação

ENQUADRAMENTO

BALANÇA EXTERNA (% PIB)1 1. Necessidades/capacidade de financiamento externo bruto, i.e., balanças corrente e de capital. Dados do final do ano a cada trimestreFontes: INE, ES Research

Fontes: INE, ES Research

Fontes: INE, ES Research

10

%

-5

5

-10

-20

-30

-15

-25

00,0

Zona Euro Alemanha

8,2

Espanha

-8,0

-24,1

Portugal

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 21

Os desafios da atitude certa em Portugal foram também muito impor-tantes no processo de ajustamento. Três pontos que o justificam:

− Custos com pessoal a diminuir substancialmente, acima da Alemanha, de Espanha e da Zona Euro (ver gráfico acima)

− Aumento das poupanças em Portugal

− Confiança dos depositantes no sistema bancário português

Finalmente, a reputação externa de Portugal melhorou. O enorme comprometimento de Portugal para resolver os seus problemas internos e ajustar as suas condições à Zona Euro foram reconhecidos. A perceção externa sobre Portugal mudou significativamente nos últimos meses.

Três aspetos que o comprovam:

− Regresso aos mercados

− A Irlanda está alinhada com Portugal no pedido à UE para uma extensão do calendário de pagamento do empréstimo

− Os processos de privatização têm sido muito positivos, tendo permitido mostrar à comunidade de investidores as boas empresas em Portugal. E, de facto, têm atraído mais investidores para Portugal

Com todos os testes de stress ultrapassados, o sistema financeiro português também ajudou na construção da reputação do país. Três razões para tal:

− Mais solvabilidade

− Mais liquidez; depósitos mais elevados

− Qualidade dos ativos

ENQUADRAMENTO

Matérias Primas

Os preços do crude, em média, situaram-se no 94 $ por barril ao longo de 2012, o que compara com 99 $ por barril estimados no final de 2011. A estabilidade dos preços nesta matéria-prima foi importante para a atividade económica.

US$

120

100

80

60

40

20

0

02-0

1-09

02-0

3-09

02-0

5-09

02-0

7-09

02-0

9-09

02-1

1-09

02-0

1-10

02-0

3-10

02-0

5-10

02-0

7-10

02-0

9-10

02-1

1-10

02-0

1-11

02-0

3-11

02-0

5-11

02-0

7-11

02-0

9-11

02-1

1-11

02-0

1-12

02-0

3-12

02-0

5-12

02-0

7-12

02-0

9-12

02-1

1-12

TENDÊNCIA NA EVOLUÇÂO DOS PREÇOS DO CRUDE Fonte: Reuters

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 22

Mercados financeiros e VolatilidadeO comportamento dos mercados acionistas em 2012 revela ainda grandes gaps nas praças europeia, o que demonstra ainda a insegurança relativamente aos riscos existentes nas economias periféricas, nome-adamente Portugal e Espanha. Os níveis de volatilidade dos mercados financeiros registados através do índice VIX, revelam dois picos durante o ano 2012: (1) em maio, devido a questões relacionadas com a sustentabilidade do Euro e a Grécia e ainda as eleições em França; (2) em dezembro, devido a questões relacionadas com o Fiscal Cliff nos EUA.

9,00%EUA (DowJones Ind.)

-2,90% Brasil (Bovesta)

31,00%

17,50%EUA (NASDAQ)

Reino Unido (FTSE) 9,00%

Alemanha (DAX)

Espanha (IBEX)-3,00%

França (CAC) 19,00%

Portugal (PSI20) 3,00%

ENQUADRAMENTO

EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS ÍNDICES BOLSISTAS EM 2012 Fonte: Reuters Fonte: ReutersEVOLUÇÃO DO ÍNDICE VIX – INDICADOR DE VOLATILIDADE

30

25

20

15

10

5

0

Jan-

12

Fev-

12

Mar

-12

Ab

r-12

Mai

-12

Jun-

12

Jul-1

2

Ag

o-1

2

Set-

12

Out

-12

No

v-12

Dez

-12

Jan-

13

26,66 Muitas preocupações

com a sustentabilidade do euro; Grécia; Eleições

em França

22,89 Precipício

orçamental nos EUA

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 23

Downside Risks

No futuro próximo quais as principais preocupações?

Riscos Geopolíticos

“Guerras” no valor das moedas, como forma de ganhar competitividade

A situação Fiscal nos EUA ainda não está ultrapassada. Continuam por resolver as questões

relacionadas com o “fiscal cliff/debt

ceiling”

A Europa tem ainda um caminho a per-correr no âmbito da união política, união bancária, e criação de uma entidade

que regule o sistema bancário europeu

Os BRICS e o seu crescimento podem ter efeitos de contágio às outras econo-

mias, se houver uma desacelera-ção, nomeadamente na China. Qualquer movimento na sua

tendência é muito importante para a recuperação mundial

da economia

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 25

ANÁLISE DE RESULTADOS

Nota: Os resultados apresentados correspondem a valores reportados auditados. Em 2012, o Grupo alterou o método de valo-rização dos terrenos e imóveis registados nos ativos fixos tangíveis, conforme explicado na Nota 1 do Anexo às Demonstrações Financeiras consolidadas, tendo sido reexpressas as demonstrações financeiras de 2011.

PROVEITOS OPERACIONAISEm 2012, os Proveitos Operacionais registaram um decréscimo de 10,7 %, relativamente a 2011, para os 491,4 milhões de euros. Contrariando a tendência nos últimos anos, a área de negócio de Construção Metálica apresentou em 2012 um crescimento das receitas de 4,2 %, acima da área de negócio Solar, e to-talmente suportada pelos trabalhos internacionais, apesar do setor da construção atravessar uma crise sem precedentes, principalmente na Península Ibérica.

O Grupo deu mais um passo em frente, no que diz respeito ao seu processo de internacionalização em 2012, comparando com 2011. A contribuição de Portugal para o total de Proveitos Operacionais é de ape-nas 19 %, e os restantes 81 % vêm de quatro regiões diferentes: União Europeia 44 %, América Latina 14 %, América do Norte 8 % e África e Arábia Saudita 12 %.

A exposição internacional conquistada no último ano é notável e atribui ao Grupo um risco de negócio dife-rente, uma vez que é substancialmente reduzida a exposição à Península Ibérica. Adicionalmente, o Grupo tem agora condições para retirar vantagens do crescimento previsto nas economias em desenvolvimento, como América Latina e, ao mesmo tempo, colher também os benefícios da exposição a países com econo-mias mais maduras, como é o caso do Reino Unido.

Na área de negócio de Construção Metálica, os principais mercados foram o Brasil, Angola e França, que compensaram totalmente o decréscimo acentuado no mercado da Península Ibérica. O Brasil, sem dúvida, continua a ser o mercado que atravessa um período mais positivo suportado pela forte procura de infraestruturas e com a aproximação de eventos muito importantes, como o Mundial de Futebol e os Jogos Olímpicos.

O negócio Solar encerrou o ano 2012 com um decréscimo nos Proveitos Operacionais de 21,3 %, mas ainda ficando acima da média do setor, que aponta para uma queda superior a 30 %. Os mercados com contribui-ção mais elevada para os Proveitos Operacionais foram Portugal, Itália, EUA, França e Reino Unido.

Nota: Outras inclui a área de RE Developer, Holding e Serviços de Suporte

BREAKDOWN DE PROVEITOS OPERACIONAIS

M€ 2012 2011 REEXPRESSO 2011 REPORTADO VAR. %

Proveitos operacionais 491,4 550,1 550,1 -10,7%

Resultados operacionais antes de amortizações e provisões e perdas de imparidade (EBITDA)

3,9 8,9 8,9 -55,9%

Margem EBITDA 0,8% 1,6% 1,6% -0,8 p.p.

Amortizações e depreciações 17,5 18,2 19,6 -4,3%

Provisões e perdas de imparidade 2,2 10,2 10,2 -77,9%

Resultados antes de impostos e encargos financeiros (EBIT) -15,8 -19,4 -20,8 -18,9%

Margem EBIT -3,2% -3,5% -3,8% 0,3 p.p.

Resultados financeiros -36,3 -26,4 -26,4 37,6%

Resultados antes de impostos -52,0 -45,8 -47,1 13,6%

Impostos 2,3 0,7 0,4 >100%

Resultados de ativos detidos para venda -0,1 0,0 0,0 s.s.

Resultado líquido do exercício -54,4 -46,5 -47,5 17,0%

Atribuível a interesses não controlados 1,4 2,1 2,1 -30,4%

Atribuível ao Grupo -55,9 -48,6 -49,6 15,0%

Resultado por ação -0,571 -0,492 -0,502

2012 2011 REEXPRESSO

PROVEITOS OPERACIONAIS M€ PESO M€ PESO VAR. %

Martifer Consolidado 491,4 550,1 -10,7%

Construção Metálica 250,3 50,9% 240,2 43,7% 4,2%

Solar 230,8 47,0% 293,2 53,3% 21,3%

Outras 10,4 2,1% 16,7 3,0% -37,9%

DESEMPENHO FINANCEIRO

14% América Latina

19% Portugal

44% União Europeia

12% África & Arábia

Saudita

3% Outros

8% América

do Norte

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 26

EBITDA E RESULTADO LÍQUIDOEm 2012, o EBITDA Consolidado do Grupo sofreu uma queda de 55,9 % quando comparado com o ano 2011, para os 3,9 milhões de euros. Esta performance negativa reflete em grande parte o processo de reestruturação na construção metálica, maioritariamente com o encerramento da unidade na Polónia e de alguma da capacidade produtiva em Portugal. Os efeitos “one off” na área de Construção Metálica foram de 34,0 milhões de euros.

No segmento Solar, a margem EBITDA de 6,9 % registada em 2012 está em linha com a do ano 2011, ape-sar do ambiente competitivo no setor solar e ainda do esforço de internacionalização.

As empresas agrupadas em “outras” também tiveram uma contribuição positiva de 12,5 milhões de euros, atingindo uma melhoria anual de 39,4 %.

Nota: Outras inclui a área de RE Developer, Holding e Serviços de Suporte

As amortizações e depreciações caíram 4,3 % de 18,2 para 17,5 milhões de euros. As Provisões e perdas de imparidade para ativos fixos registadas foram de 2,2 milhões de euros, o que compara com 10,2 milhões de euros.

Os resultados antes de encargos financeiros e impostos (EBIT) atingiram os -15,8 milhões de euros, o que compara com -19,4 milhões de euros em 2011, e que reflete uma ligeira melhoria.

Os Encargos Financeiros Líquidos totalizaram 36,3 milhões de euros, comparáveis com 26,4 milhões de euros no ano anterior. Os juros líquidos registados foram de 19,0 milhões de euros, as diferenças de câmbio foram desfavoráveis em 4,6 milhões de euros e outros custos financeiros de 12,6 milhões de euros.

O resultado das diferenças cambiais foi negativo em 2012, atingindo perdas líquidas de 4,6 milhões de euros, maioritariamente devido à desvalorização do Zloty (Polónia) e Real (Brasil) em relação ao Euro, de 1,6 % e 7,8 %, respetivamente.

A contribuição líquida da aplicação do método de equivalência patrimonial às subsidiárias Nutre e Prio Energy (detidas a 49 %) foi de 3,9 milhões de euros negativos.

Finalmente, o Resultado Líquido atribuível aos acionistas em 2012 foi de 54,4 milhões de euros negativos.

INVESTIMENTOO valor do investimento em ativos tangíveis e intangíveis no final de 2012 foi de 56,5 milhões de euros, maioritariamente aplicado em:

(1) Desenvolvimento de parques na Martifer Solar (29 milhões de euros). Este valor não corresponde a investimento de longo prazo para a empresa, mas sim a ativos para vendas nos próximos meses.

(2) Finalização da construção da unidade de construção metálica no Brasil e investimento de manutenção diverso na construção metálica (10,1 milhões de euros).

(3) Da área de RE Developer, investimento de 17 milhões de euros no desenvolvimento e construção de parques eólicos. Dos 17 milhões de euros, 14 milhões de euros são correspon-dentes ao projeto Rymanow, já classificado como detido para venda.

O investimento líquido total em ativos fixos em 2012 foi de 40,4 milhões de euros.

INVESTIMENTO EM ATIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS

EVOLUÇÃO (2007 – 2012) - €M

2012 2011 REEXPRESSO

EBITDA M€ MARGEM M€ MARGEM VAR. %

Martifer Consolidado 3,9 0,8% 8,9 1,6% -55,9%

Construção Metálica -24,6 -9,8% -20,1 -8,4% 22,1%

Solar 16,0 6,9% 20,1 6,8% -20,3%

Outras 12,5 - 8,9 - 39,4%

2007

250

200

150

100

50

020092008 2010 2011 2012

122,

4

213,

0

102,

4

46,3 61

,3

56,6

DESEMPENHO FINANCEIRO MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 27

ANÁLISE DA ESTRUTURA DE CAPITALSITUAÇÃO FINANCEIRA

O total de ativos a 31 de dezembro de 2012 atingiam os 976,4 milhões de euros, enquanto os ativos não correntes totalizavam 519,5 milhões de euros, comparados com 1 018,0 e 524,6 milhões de euros, respetiva-mente, no final de 2011.

O Capital Próprio decresceu 40,5 milhões de euros, para os 227,3 milhões de euros no final do ano 2012. A variação negativa deve-se, essencialmente, ao resultado líquido apresentado em 2012.

No entanto, a Martifer continua a apresentar uma estrutura de capital robusta, com um rácio de autonomia financeira estável nos 23 %.

DÍVIDA LÍQUIDA

Nota: Dívida Líquida = Empréstimos + Leasing Financeiro (+/-) Derivados – Disponibilidades e Equivalentes

€M ANO 2012 ANO 2011 REEXPRESSO ANO 2010 VAR.%

Ativos Fixos (incluindo Goodwill) 331,8 343,2 363,1 -3,3%

Outros Ativos não correntes 187,7 181,4 181,4 3,5%

Inventários e Devedores Correntes 383,8 415,5 415,5 -7,6%

Disponibilidades e equivalentes 38,0 77,9 77,9 -51,2%

Ativos detidos para venda 35,1 0,0 0,0 s.s.

Ativo Total 976,4 1,018,0 1,037,8 -4,1%

Capital Próprio 176,3 235,9 251,5 -25,3%

Interesses não controlados 51,0 31,8 31,8 60,4%

Total do Capital Próprio 227,3 267,7 283,3 -15,1%

Dívida e leasings não correntes 177,1 233,3 233,3 -24,1%

Outros passivos não correntes 38,2 34,7 38,9 10,0%

Dívida e leasings correntes 238,1 174,9 174,9 36,2%

Outros passivos correntes 286,2 307,3 307,3 -6,9%

Passivos relacionados com ativos detidos para venda 9,5 0,0 0,0 s.s.

Passivo Total 749,1 750,3 754,5 -0,2%

A Dívida Líquida consolidada do Grupo a 31 de dezembro de 2012 totalizava 377,2 milhões de euros, um aumento de 46,8 milhões de euros com-parativamente à dívida líquida de 330,4 milhões de euros, registada no final de 2011. Esta variação é totalmente justificada pelo valor do investimen-to, que não representa um investimento “core” de longo prazo, mas sim investimento em ativos renováveis realizáveis no médio prazo.

Determinante é mais uma vez sublinhar que é objetivo do grupo Martifer a obtenção de um nível de endividamento entre 230 a 250 milhões de euros até ao final de 2014. Considerando o nível de endividamento atual (377 milhões de euros), é objetivo do Grupo prosseguir com uma redução adicional de 127 a 147 milhões de euros nos próximos dois anos (2013 e 2014) através da venda de ativos não core, especialmente parques eólicos, projetos solares e, residualmente, pela venda de projetos imobiliários.

TENDÊNCIA DE DECRÉSCIMO DA DÍVIDA (08-12)

€MCONSTRUÇÃO

METÁLICA SOLARRE

DEVELOPER HOLDINGMARTIFER

CONSOLIDADO

Dívida Financeira alocada a áreas operacionais 93 25 26 155 299

Dívida Financeira alocada a áreas não operacionais 27 37 64

Dívida Líquida sem Recurso 14 14

Total Dívida Líquida 120 62 40 155 377

DESEMPENHO FINANCEIRO

2008

600

500

400

300

200

100

020102009 2011 2012

485

444

321

330 377

€M

ESTRUTURA DA DÍVIDA Entre 2009 e 2012

No final do ano 2012 a estrutura da dívida de MLP e de Curto Prazo era de 78 % e 22 %, respetiva-mente, já considerando a reestruturação da dívida em curso, em que se prevê transferir para prazo mais longo parte da dívida apresentada como corrente no Balanço, e o que compara com uma estrutura de 71 % MLP e 29 % a Curto Prazo, no final do ano 2011. Ou seja, em 2012, 31 % da dívida corrente está em processo de Reestruturação/ Formalização para não corrente.

No que diz respeito ao tipo de taxa inerente à dívida do Grupo, no final de 2012 situava-se nos 17 % taxa fixa e 83 % taxa variável, exatamente ao nível de 2011.

ESTRUTURA DA DÍVIDA TAXA FIXA VS VARIÁVEL - 2012

2009 2010 2011 2012

49% 38%29%

22%

51% 62% 71% 78%

M/L Prazo

Fixa M/L Prazo

Curto Prazo

Variável M/L Prazo

17%

83%

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 28

ANÁLISE POR SEGMENTO

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 29

ANÁLISE POR SEGMENTO

Ambiente do setor da construção na Europa em depressão acentuada durante 2012:

− A Euroconstruct aponta para uma queda de 4,7 %; Com a construção cívil a cair 7,5 %

Condições de mercado foram-se deteriorando – anúncio de profit warnings por parte de diversas em-presas do setor por toda a Europa:

− Medidas de austeridade intensificadas em diver-sos países adiam por vários anos qualquer oportuni-dade de investir em projetos de infraestruturas

Crescimento económico conduzido pelos mercados emergentes, princi-palmente na Ásia e na América do Sul, faz com que as oportunidades no se-tor, acabem por surgir nestes países.

No Brasil, o setor é alavancado por diversos projetos de infraestruturas; indústria de construção deverá ter um crescimento médio de 7,1 % por ano entre 2012 e 2016:

− Preparação para a realização de dois grandes eventos desportivos: Mundial de Futebol de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016

− Implementação da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II) – investimento de mais de US$ 500 bn entre 2011 e 2014

CONSTRUÇÃO METÁLICAANÁLISE SETORIAL

DESTAQUES:

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 30

ATIVIDADEA carteira de encomendas em 2012 registou o valor mais elevado de sempre nos 373 milhões de euros, mais 83 milhões de euros que em 2011, e distribuída principalmente por 11 países.

Da análise que podemos fazer da atual carteira de encomendas, e em perspetiva com o registado nos anos anteriores, será de destacar o peso do Brasil de 27 %, com aproximadamente 100 milhões de euros, seguido da França com 87 milhões de euros e da Arábia Saudita com 61 milhões de euros.

Os principais projetos em carteira são:

• No Brasil, as pontes da Transcarioca e o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e os estádios Arena Fonte Nova, em Salvador da Bahia e Arena Amazônia, em Manaus

• Em França, o Estádio do Lyon, a sede da EDF e os hangares da Airbus

• Na Arábia Saudita, a King Abdullah Financial City, em Riade e o Estádio do King Abdullah Sports City, em Jeddah

• Em Portugal, destacam-se as embarcações em construção pela Navalria

• No Reino Unido, destaque para a Scotland’s National Arena, na Escócia, e a Birmingham New Street, em Inglaterra

CARTEIRA DE ENCOMENDAS POR GEOGRAFIA

GEOGRAFIA VALOR (M€) %

Brasil 101,8 27%

França 86,7 23%

Arábia Saudita 61,4 17%

Portugal 49,7 13%

Reino Unido 22,4 6%

Angola 16,9 5%

Espanha 14,9 4%

Roménia 8,8 2%

Polónia 4,0 1%

Austrália 3,4 1%

Peru 3,0 1%

TOTAL 373

ANÁLISE POR SEGMENTO MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 31

RESULTADOSOs Proveitos Operacionais da área de Construção Metálica aumentaram 4,2 % para os 250,3 milhões de euros em 2012. Apesar das dificuldades vividas no setor, principalmente na Europa. A mudança no peso dos Proveitos Operacionais, da Península Ibérica para o Brasil, foi a razão por detrás do facto do negócio ter contrariado a tendência negativa. Como é possível verificar nas tabelas abaixo, em 2012 o registo de atividade sofreu alterações significativas quando comparado com 2011.

Como se pode verificar acima, o esforço nos últimos três anos, de focalização da atividade em países com crescimento económico e com plano de investimento em infraestruturas, começa a ser visível. Porém, os impactos negativos de todas estas mudanças estratégicas estão em parte refletidos na estrutura de custos.

Sendo assim, o EBITDA em 2012 reflete efeitos não correntes penalizadores, explicados por dois tipos de fatores: (1) os custos associados com o encerramento da atividade industrial na Polónia e o impacto da redução da capacidade produtiva em Portugal; (2) margens operacionais negativas em alguns projetos, principalmente na Polónia, Ibéria e Austrália que refletem o ambiente geral no setor, com margens muito reduzidas devido à falta de procura de grandes projetos, principalmente na Europa.

Os Encargos Financeiros Líquidos sofreram um aumento de 12,7 % para os 14,4 milhões de euros, devido ao aumento dos custos financeiros e de diferenças de câmbio desfavoráveis.

O Resultado Líquido totalizou -46,1 milhões de euros, dos quais 0,3 milhões de euros são atribuíveis a inte-resses não controlados da Martifer Angola.

ANÁLISE POR SEGMENTO

2012 2011

GEOGRAFIA VALOR (M€) GEOGRAFIA VALOR (M€)

Brasil 57,2 Península Ibérica 50,2

Angola 41,1 Angola 40,5

Península Ibérica 38,2 Polónia 28,5

Reino Unido 26,3 Reino Unido 22,9

França 19,0 Roménia 22,8

Roménia 18,5 Marrocos 14,7

Arábia Saudita 17,6 França 13,6

Polónia 14,0 Alemanha 13,0

Austrália 7,0 Austrália 10,4

Dinamarca 6,3 Dinamarca 10,4

EUA 3,4 Brasil 7,6

Eslovénia 0,7 Bélgica 3,6

Marrocos 0,5 Arábia Saudita 0,7

TOTAL 250,3 TOTAL 240,2

CONSTRUÇÃO METÁLICA €M 2012

2011REEXPRESSO VAR. %

Proveitos operacionais 250,3 240,2 4,2%

EBITDA -24,6 -20,1 -22,1%

Margem EBITDA -9,8% -8,4% -1,4 pp

EBIT -31,9 -34,5 7,5%

Margem EBIT -12,7% -14,3% 1,6 pp

Encargos financeiros líquidos 14,4 12,8 12,7%

Impostos -0,2 -5,3 s.s.

Resultados de ativos detidos para venda -0,3 0,0 94,6%

Resultado líquido do exercício -46,1 -42,0 -9,9%

Atribuível a interesses não controlados 0,3 0,6 -51,8%

Atribuível ao Grupo -46,4 -42,5 9,1%

A Dívida Financeira Líquida da área de Construção Metálica a 31 de dezembro de 2012 atingiu 120 milhões de euros, mais 13 milhões de euros que no final do ano de 2011. Da dívida líquida total, 27 milhões de euros estão alocados a projetos na área de Retail, considerada como uma área não core.

O CAPEX total no período atingiu os 10,1 milhões de euros, valor que corresponde à finalização da construção da unidade de construção metálica no Brasil e investimento de manutenção diverso na construção metálica.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 32

2012: em geral, o pior ano de sempre para as empre-sas do setor solar PV:

− No entanto, o total de instala-ções cresce 3 % desde 2011, para uma capacidade mundial total a ultrapassar os 100 GW

Bélgica e Bulgária com reduções drásticas nas suas condições:

− EUA aquém das expetativas, mas com performance superior à Europa

Apesar de tudo, espera--se uma melhoria signifi-cativa para os próximos anos no setor:

− Quais são os desafios que se colocam?

(1) Descida do custo de capital (2) Novas formas de financiamento

Fase de consolidação intensa do setor:

− Capacidade produtiva instala-da excedentária

− Queda acentuada de preços, com efeitos negativos em toda a cadeia de valor

Situação agravada pela constante mudança nas políticas de apoio: − Aplicadas retroativamente em alguns países (Espanha e Bulgária) − Cria incerteza ao redor dos donos dos projetos e investido-res – implicações na angariação de novos clientes e projetos

Ambiente misto no 2.º semestre, na Europa:

− Espanha e Itália estagnadas devido ao agravamento das condições – corte dos subsí-dios no setor e bottlenecks de financiamento

SOLARANÁLISE SETORIAL

DESTAQUES:

ANÁLISE POR SEGMENTO MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 33

TENDÊNCIA – ASSET FINANCE PROJETO SOLAR PV

CUSTO DOS PROJETOS PV – EM SOLO

TENDÊNCIA – INSTALAÇÔES SOLAR FV

EUROPA E EUA TOTAL GLOBAL

30.000

€M

15.000

25.000

10.000

0

5.000

20.000

7.24

4

7.49

5

20.0

78

-74%

-63%

27.2

57

2012

Fonte:Bloomberg

Fonte: NEF

Fonte: NEF

2011

Europa

EUA

80.000

€M

50.000

70.000

40.000

20.000

0

30.000

10.000

60.000

54.212

70.571

2012 2011

1,85

2010

0,30

0,50

0,41

3,24

0,18

1,35

2011

0,21

0,50

0,41

2,65

0,18

0,73

2012

0,12

0,27

0,32

1,59

0,15

0,72

2013

0,11

0,26

0,31

1,55

0,15

0,72

2014

0,10

0,25

0,30

1,52

0,14

0,70

2015

0,10

0,25

0,29

1,47

0,14

0,65

2016

0,09

0,24

0,28

1,40

0,13

0,61

2017

0,09

0,23

0,28

1,34

0,13

0,57

2018

0,08

0,23

0,27

1,28

0,13

0,54

2019

0,08

0,22

0,26

1,23

0,12

0,52

2020

0,08

0,22

0,26

1,19

0,12

-40%

Módulo

Inversor

Balanço do parque

EPC

Outros

EUAEuropa Ocidental

Europa de Leste

Japão

Índia

China Resto do Mundo

2,8 GW

2007 2008

6,6 GW

2009

7,7 GW

2010

18,2 GW

2012

29,0 GW

2013

29,8 GW

2014

37,9 GW

2011

28,7 GW

HISTÓRICO PREVISÃO

2015

43,6 GW

ANÁLISE POR SEGMENTO

O custo dos projetos caiu ~40% de 2011 para 2012 A China, o Japão e a Índia irão ser os mercados com maior crescimento nos próximos anos.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 34

RESULTADOSOs Proveitos Operacionais diminuíram 21,3 % face ao ano anterior, totalizando 230,8 milhões de euros. Esta performance é explicada pelo decréscimo dos preços e pelo arrastar de alguns projetos para o ano 2013. Os mercados com contribuição mais elevada foram: Portugal, Itália, EUA, França e Reino Unido.

O processo de internacionalização continua, e no ano 2012 destacam-se as entradas no Brasil com um pequeno projeto, no México, no Chile, na Ucrânia e na Roménia.

O EBITDA da área Solar foi de 16 milhões de euros, com a margem EBITDA estável nos 6,9 % em linha relativamente ao período homólogo.

Os Encargos Financeiros Líquidos registaram 7,4 milhões de euros, registando um aumento relativamente aos 3,1 milhões registados em 2011. O acréscimo dos Encargos Financeiros Líquidos face ao ano anterior é explicado fundamentalmente por uma menos valia de 2,3 milhões de euros na aquisição de uma sociedade veículo que foi entretanto vendida juntamente com outras sociedades a um grupo sul coreano, esperando--se que a margem operacional mais do que compense esta menos valia. Também o aumento dos custos de financiamento ajudam a explicar a evolução dos Encargos Financeiros Líquidos.

O Investimento registado no final do ano 2012 foi de 31 milhões de euros. Este valor é explicado pelo inves-timento em desenvolvimento de projetos nos EUA e em França, cuja alienação está prevista para 2013.

A Dívida Líquida aumentou de 45,8 milhões de euros no final de 2011, para 61,5 milhões de euros. Este aumento é explicado principalmente pelo investimento realizado nos projetos solares PV que irão ser vendi-dos no decorrer de 2013.

ATIVIDADEA carteira de contratos chave na mão (assinados) é de 230 milhões de euros; Portugal, América do Norte, México e Reino Unido com a contri-buição mais significativa. Relembrando que o posicionamento estratégico da empresa passa pela focalização em mercados maduros com um enquadramento regulatório favorável e em países emergentes com bom potencial solar para a execução de soluções on e off-grid, é importante referir, no entanto, que as margens no segmento solar foram reduzidas ao longo da cadeia de valor, com cortes significativos nos apoios governamen-tais e um aumento da concorrência.

SOLAR€M 2012

2011REEXPRESSO VAR. %

Proveitos operacionais 230,8 293,2 -21,3%

EBITDA 16,0 20,1 -20,3%

Margem EBITDA 6,9% 6,8% 0,1 pp

EBIT 13,3 18,1 -26,2%

Margem EBIT 5,8% 6,2% -0,4 pp

Encargos financeiros líquidos 7,4 3,1 >100%

Impostos 2,3 5,4 -57,1%

Resultado líquido do exercício 3,6 9,5 -62,1%

Atribuível a interesses não controlados -1,4 -0,9 62,9%

Atribuível ao Grupo 5,0 10,4 -51,5%

ANÁLISE POR SEGMENTO MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 35

OUTRAS ÁREASRESULTADOSOs resultados das restantes áreas – “Outras” – in-cluem a atividade da RE Developer e as operações da Holding e dos Serviços de Suporte do Grupo.

Os Proveitos Operacionais da RE Developer atingiram 17,1 milhões de euros em 2012, o que corresponde a um crescimento de 17,8 %, justifi-cado pela melhoria da performance dos parques solares em Espanha, dos parques eólicos no Brasil e do início de operação do parque eólico da Ro-ménia, apesar da alienação dos parques eólicos na Polónia no 2.º Semestre de 2011.

A empresa tem atualmente 64 MW de parques eólicos e solares em operação e com contribui-ções para os Proveitos Operacionais.

O EBITDA atingiu os 9,9 milhões de euros em 2012, apresentando uma melhoria de 42,7 % face ao ano anterior;. A margem EBITDA em 2012 foi de 58 %, que compara com 48 % no ano anterior.

O Resultado Líquido no final de 2012 foi positi-vo em 0,3 milhões de euros, quando em 2011 a Martifer Renewables tinha registado um prejuízo de 13,3 milhões de euros.

O investimento total em 2012 foi de 17 milhões de euros, aplicado maioritariamente na finaliza-ção da construção do projeto eólico na Romé-nia (Babadag) e Polónia (Rymanow), o qual foi classificado como detido para venda, pelo que o investimento ajustado pelo ativo detido para venda foi de 3,5 milhões de euros.

A Dívida Líquida no final de 2012 foi de 40 milhões de euros. Continua a decorrer o processo de alienação de ativos renováveis que, face à atual conjuntura de mercado, apenas deve ter resulta-dos mais visíveis em 2013 e 2014.

RE DEVELOPER€M 2012

2011REEXPRESSO VAR. %

Proveitos operacionais 17,1 14,5 17,8%

EBITDA 9,9 7,0 42,7%

Margem EBITDA 58,1% 48,0% 10,1 pp

EBIT 2,1 -3,1 s.s.

Margem EBIT 12,3% -21,4% s.s.

Encargos financeiros líquidos 1,7 10,9 -84,8%

Impostos 0,1 -0,7 s.s.

Resultado líquido do exercício 0,3 -13,3 s.s.

Atribuível a interesses não controlados 0,6 -0,2 s.s.

Atribuível ao Grupo -0,3 -13,0 97,8%

ANÁLISE POR SEGMENTO MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 36

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 37

Durante o exercício de 2012, o nível dos serviços de suporte que a Holding prestou às restantes empresas do Grupo diminuiu significativamente, devido ao facto de parte dos serviços que eram prestados pela sociedade terem sido transferidos para as Áreas de Negócio, na sequência da estratégia de atribuição de maior autonomia, com a consequente descentralização e maior responsabilização daquelas.

O resultado líquido da Martifer, SGPS, SA, empresa holding do Grupo, foi negativo em 12 517 886 euros, face a um resultado líquido negativo de 21 227 710 euros no ano anterior.

Para o resultado líquido negativo de 2012, contribuiu, essencialmente, a redução dos rendimentos financeiros obtidos, devido ao facto de, no final de 2011, a Martifer SGPS ter procedido à conversão de suprimentos e outros empréstimos de curto prazo concedidos às participadas em prestações acessórias de capital, de forma não onerosa, face à necessidade de reforçar o capital próprio daquelas.

Adicionalmente foram reconhecidas perdas de imparidade na participação detida na Martifer Renewables, SGPS, SA, no valor de 4 milhões de euros. O reforço da perda de imparidade neste ativo financeiro deveu--se essencialmente à deterioração dos capitais próprios das participadas desta subholding.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 38

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 39

PERFORMANCE DA AÇÃO | 2011 - 2012

VOLUME TRANSACIONADO | 2012

Fonte: Reuters

Fonte: Reuters

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

Martifer PSI 20

Devido à baixa de liquidez dos títulos e falta de interesse dos investidores na bolsa portuguesa, principalmente até novembro, a performance do preço da ação Martifer sofreu os mesmos efeitos que os seus pares e sofreu uma desvalorização de 48 % no final de 2012, com o PSI-20 a regis-tar um ganho de 2,9 %, grande parte a partir de setembro, após a perceção do risco na Europa ter invertido. A cotação das ações da Martifer terminou o ano 2012 com o preço de 0,56 € por ação; a cotação mais alta atingida foi de 1,14 € por ação, enquanto a mínima foi de 0,50 € por ação. O volume médio de ações transacionadas durante o exercício foi 12 652 ações.

A escalada de notícias negativas ao longo do ano 2012, o receio da sustentabilidade do “euro” asso-ciado ao agravamento da crise de dívida soberana, sem soluções à vista, afastaram os investidores que transferiram milhões dos países intervencionados, como Portugal, para outros ativos com perfil de ris-co diferente. A ação da Martifer foi penalizada por esta conjuntura e, no final do período em análise, a capitalização bolsista da Martifer situou-se nos 56 milhões de euros.

120

100

80

60

40

20

0

‘000 ações

01-2

011

02-2

011

03-2

011

04-2

011

05-2

011

06-2

011

07-2

011

08-2

011

09-2

011

10-2

011

11-2

011

12-2

011

01-2

012

02-2

012

03-2

012

04-2

012

05-2

012

06-2

012

07-2

012

08-2

012

09-2

012

10-2

012

11-2

012

12-2

012

180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Jan

- 20

12

Jan

- 20

12

Jan

- 20

12

Fev

- 20

12

Fev

- 20

12

Mar

- 2

012

Mar

- 2

012

Ab

r -

2012

Ab

r -

2012

Mai

- 2

012

Mai

- 2

012

Jun

- 20

12

Jun

- 20

12

Jul -

201

2

Jul -

201

2

Jul -

201

2

Ag

o -

201

2

Ag

o -

201

2

Set

- 20

12

Set

- 20

12

Out

- 2

012

Out

- 2

012

No

v -

2012

No

v -

2012

Dez

- 2

012

Dez

- 2

012

Dez

- 2

012

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 40

AQUISIÇÃO DE AÇÕES PRÓPRIASNos termos e para o efeito do disposto no Regulamento da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários nº 5/2008, designadamente os números 1 e 2 do Artigo 11º, a Martifer SGPS, SA adquiriu em bolsa as seguintes ações próprias:

DATA MERCADO / TRANSAÇÃO AÇÕES ADQUIRIDAS PREÇO (€) AÇÕES DETIDAS

02-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.555 1,09 5.555

04-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.950 1,08 11.505

05-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 19.580 1,08 31.085

09-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 7.430 1,08 38.515

10-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 2.300 1,11 40.815

11-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.600 1,12 42.415

12-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 16.380 1,09 58.795

13-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 150 1,09 58.945

16-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.350 1,11 64.295

17-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 380 1,13 64.675

18-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.340 1,11 70.015

19-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.900 1,13 75.915

20-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.120 1,10 77.035

23-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 8.195 1,10 85.230

24-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 9.160 1,10 94.390

25-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.000 1,09 95.390

26-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 12.000 1,08 107.390

27-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 3.589 1,08 110.979

30-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 14.974 1,07 125.953

31-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 3.204 1,07 129.157

01-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 7.350 1,08 136.507

02-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 2.750 1,08 139.257

03-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 2.150 1,07 141.407

06-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 11.800 1,07 153.207

07-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 21.700 1,07 174.907

08-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 3.914 1,09 178.821

13-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 4.090 1,06 182.911

14-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.000 1,08 183.911

02-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 6.700 1,06 190.611

DATA MERCADO / TRANSAÇÃO AÇÕES ADQUIRIDAS PREÇO (€) AÇÕES DETIDAS

05-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 7.475 1,04 198.086

06-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 6.230 1,02 204.316

07-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 7.438 1,01 211.754

08-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 25.500 1,00 237.254

09-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 35.344 0,96 272.598

12-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 6.489 0,98 279.087

13-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 18.340 0,96 297.427

14-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 37.594 0,92 335.021

15-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 22.559 0,85 357.580

16-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 6.270 0,93 363.850

19-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 150 0,95 364.000

20-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 3.110 0,93 367.110

21-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 241 0,93 367.351

22-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 6.000 0,93 373.351

23-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.248 0,93 374.599

26-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.620 0,92 380.219

27-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 17.000 0,92 397.219

28-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 250 0,92 397.469

29-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 300 0,93 397.769

30-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.050 0,90 402.819

02-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 210 0,89 403.029

03-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 360 0,90 403.389

04-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 3.650 0,91 407.039

05-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.780 0,92 412.819

10-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 4.185 0,90 417.004

11-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 2.100 0,92 419.104

13-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.500 0,93 420.604

25-Mai-12 Euronext Lisbon – Purchase 21.000 0,63 441.604

28-Mai-12 Euronext Lisbon – Purchase 20.755 0,62 462.359

21-Set-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.000 0,56 463.359

24-Set12 Euronext Lisbon – Purchase 100 0,57 463.459

26-Set-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.700 0,56 465.159

23-Set-12 Euronext Lisbon – Purchase 3,100 0,60 468.259

Após estas transações a Martifer passou a deter 2 215 910 ações próprias, representativas de 2,22 % do seu capital social.

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 41

PERSPETIVASFUTURAS

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 43

2012 em Revisão

• Reposicionamento Internacional

• Crescimento (+25 %) da Carteira de Encomendas

• Manutenção do nível da Dívida Bruta

Em perspetiva, podemos dizer que, no programa de reestruturação adotado pela sociedade em 2011, o modelo de negócio e a estratégia do grupo Martifer estiveram sob revisão profunda. As principais linhas de desenvolvimento foram decididas e trabalhadas com consultores externos internacionais, que confirmaram a nossa visão e os principais passos a dar.

No final do ano 2012, a base da estratégia não é alterada. Os principais objetivos traçados continu-am em execução. No entanto, com o aumento dos riscos externos e a atual conjuntura económica, existe um atraso na concretização de alguns deles, nomeadamente:

− O ponto crucial na estratégia do Grupo continua a ser a venda dos ativos não core e a diminuição do nível de endividamento. Ou seja, continua a decorrer o processo de alienação de ativos reno-váveis que, face à atual conjuntura de mercado, apenas deve ter resultados mais visíveis em 2013 e 2014.

− É objetivo do grupo Martifer a obtenção de um nível de endividamento entre 230 a 250 milhões de euros até ao final de 2014. Considerando o nível de endividamento atual (377 milhões de euros), é ob-jetivo do Grupo prosseguir uma redução adicional de 127 a 147 milhões de euros até ao final de 2014, através da venda de ativos não core, especialmen-te parques eólicos, projetos solares e, residualmen-te, pela venda de projetos imobiliários.

PERSPETIVAS FUTURAS

SENDO ASSIM O ANO 2013 E 2014 DEVERÁ ASSENTAR EM 4 OBJETIVOS:

01 Descida do endividamento através da venda de ativos não core

02 Eficiência operacional

03 Carteira de encomendas a potenciar o crescimento do Volume de Negócios

04 Beneficiar dos efeitos positivos do reposicionamento geoestratégico

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 44

PRINCIPAISRISCOS

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 45

RISCOS OPERACIONAISa) Construção MetálicaOs riscos operacionais na área de Construção Metálica, que a partir de 2011 passou também a integrar a área de equipamentos para energia, agrupam-se atualmente em três fontes de riscos - risco de cliente, risco de fornecedor e risco ex-terno, que por sua vez se subdivide em problemas específicos.

No risco de cliente, podem ser identificadas, por exemplo, questões que possam ocorrer ao nível da contratação, como a falta de convergência na inter-pretação e aplicação das disposições contratuais, o desagrado ou insatisfação com o serviço/produto e ainda o risco de incumprimento no pagamento do preço estipulado após a entrega dos projetos.

No que diz respeito à volatilidade da procura, será de realçar que a área de negócio depende, em parte, do lançamento de concursos públicos para obras de infraestruturas públicas (por exem-plo, pontes, aeroportos, gares). No âmbito dos concursos públicos, a Martifer está sujeita a uma regulamentação complexa, própria de cada país, nomeadamente no que respeita à apresentação de propostas e à elaboração de dossiers admi-nistrativos completos com respeito pelo caderno de encargos definido pela entidade contratante, que poderão representar custos acrescidos para o grupo Martifer. É de realçar que, não obstante a referida dependência de concursos públicos, a Martifer tem tido a capacidade de captar negócios não sujeitos a concurso público, reduzindo a sua exposição a este risco.

No risco com o fornecedor é de sublinhar que a Martifer Construções, como perita em projetos de engenharia, recorre muitas vezes à subcon-tratação de outras empresas, que por sua vez podem falhar na execução dos seus contratos e comprometer em efeito “dominó” o compro-

misso na entrega on time dos projetos. Ou seja, associado à construção está ainda o risco de eventuais atrasos na entrega de obras, com as inerentes penalizações contratuais.

No caso particular dos contratos de construção dos parques eólicos, de forma de mitigar este pro-blema, estão previstas contratualmente garantias e penalidades, por parte dos fornecedores de equi-pamento e/ou de projetos “chave na mão”, isto porque eventuais atrasos na entrega dos parques poderão resultar na obtenção de tarifas menos atrativas e, consequentemente, numa menor taxa de rentabilidade dos projetos. Por outro lado, a utilização de fornecedores de renome internacio-nal, sendo a REpower e a Suzlon os fornecedores mais importantes, permite reduzir a dependência dos fornecedores e ter garantia de qualidade dos equipamentos. Esta gestão permite simultanea-mente mitigar o risco de desempenho das turbi-nas, já que são celebrados contratos de operação e manutenção com os fornecedores de turbinas, normalmente por períodos de 5 anos. Por último, o risco associado ao desempenho das turbinas eólicas é também atenuado com uma manutenção preventiva, programada e adequada.

Finalmente, no âmbito dos riscos externos e sendo certo que a área de Construção Metálica tem uma forte correlação com o crescimento da economia e com a formação bruta de capital fixo, é portanto sensível à atual conjuntura económica. Nesse senti-do, o agravamento da crise da dívida soberana na Europa levanta também outros problemas, nome-adamente os planos de austeridade que implicam cortes severos e transversais no investimento público e a diminuição significativa de liquidez na totalidade do sistema financeiro, que leva mui-tas vezes a que apesar da existência de projetos aliciantes, não exista, porém, o correspondente capital que permita a sua execução.

A forma que a área de Construção Metálica encontrou para mitigar estes riscos externos, foi através da dispersão dos negócios por diferentes geografias, nomeadamente através da entrada em mercados que registam maiores taxas de cresci-mento, como o caso do mercado angolano, ou

mais recentemente o mercado brasileiro, ou mes-mo países de visita como a Arábia Saudita, que permitirão compensar quer os efeitos da recessão económica em Portugal quer o abrandamento económico na Europa.

b) Solar Na atividade de instalação de parques “chave na mão”, eventuais atrasos na obtenção das licenças necessárias por parte dos clientes finais ou, atrasos não antecipados na entrega de equipamentos poderão pôr em causa os calendários inicialmente previstos para a execução dos respetivos projetos. Apesar de contratualmente este tipo de atrasos não ser alvo de penalizações, em alguns casos, esta situação pode constituir um risco para o Gru-po em virtude das dificuldades de planeamento que pode acarretar.

Adicionalmente, a crise no mercado financeiro tem vindo a dificultar o acesso a financiamento por parte dos promotores, levando ao adiamento de alguns projetos. A diversificação do negócio ao longo da cadeia de valor e a carteira diversificada de clientes, dentro e fora do Grupo, que vêm sendo adotados, permitirão reduzir o eventual impacto desta situação.

Os módulos solares fotovoltaicos produzidos pela empresa são comercializados com uma garantia de produto de 5 anos e garantia de performance de 25 anos, pelo que este segmento está exposto ao risco de reclamações por garantias por períodos muito longos após a venda dos equipamentos. Nesse sentido, eventuais problemas com a quali-dade dos produtos ou performance podem impli-car custos elevados. A performance dos sistemas solares é também garantida no caso dos módulos que são adquiridos para a construção de parques solares, sendo que, nesta situação a responsabili-dade do Grupo é diminuída porque existe direito de regresso sobre os fornecedores.

Por outro lado, muitos equipamentos de produção de módulos solares fotovoltaicos são customiza-

dos para matérias-primas específicas, pelo que existe o risco de dependência de fornecedores de matéria-prima chave. O Grupo tem vindo a mitigar este risco através do estabelecimento de contratos de longo prazo para algumas matérias-primas, realizando uma seleção criteriosa dos fornecedores e diligenciando no sentido da obtenção de uma diversificação de fornecedores para cada uma das matérias-primas relevantes do processo produtivo.

c) RE DeveloperOs índices de produtividade ligados ao negócio das energias renováveis dependem da quantidade de energia produzida pelos parques eólicos e sua rentabilidade, fatores que dependem da localiza-ção dos parques eólicos e das estações do ano (sazonalidade). Uma vez que as turbinas apenas entram em funcionamento quando a velocidade do vento se situa dentro de limites específicos, que variam de acordo com o fabricante e o tipo de turbina, se a referida velocidade não se situar dentro desses limites ou se situar no limiar inferior dos mesmos, a produção de energia nos parques eólicos diminuirá.

A disponibilidade e a curva de potência de cada turbina são garantidas contratualmente, sendo estabelecidas indemnizações a serem pagas pelos fornecedores quando a disponibilidade não for satisfeita ou a curva de potência não for atingida.

Este risco é mitigado também através da diver-sificação geográfica dos parques eólicos, o que permite compensar as variações do vento em cada área e manter a quantidade total de energia produzida relativamente estável.

LICENCIAMENTO:

Os parques eólicos e solares estão sujeitos a rigorosa regulamentação em matéria de desen-volvimento, construção, licenciamento e operação de centrais. Se as autoridades relevantes nas jurisdições em que o Grupo opera deixarem de continuar a apoiar, ou reduzirem o seu apoio ao

PRINCIPAIS RISCOS MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 46

desenvolvimento de parques eólicos e solares, tais ações poderão ter um impacto significativo sobre a atividade.

RISCOS FINANCEIROSa) Risco de preçoA volatilidade do preço das matérias-primas constitui um risco para o Grupo. Alterações do preço do aço e do alumínio afetam a atividade operacional da área de negócio de construção metálica. A Martifer tem procurado mitigar este risco através de contratos com clientes que permitam repercutir as alterações do preço da matéria-prima no valor pago pelo cliente e garantindo junto dos seus fornecedores preços fixos para projetos de grande dimensão.

b) Risco de taxa de câmbioO risco taxa de câmbio traduz-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de va-riações de taxas de câmbio entre diferentes divisas. A exposição ao risco de taxa de câmbio do Grupo resulta da existência de subsidiárias localizadas em países em que a moeda local é diferente do Euro, das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de tran-sações efetuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de reporte do Grupo.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como objetivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos seus resul-tados a flutuações cambiais.

No âmbito da atividade operacional de todas as subsidiárias, procura-se que as transações sejam realizadas nas respetivas moedas locais. Pela

mesma razão, os empréstimos contraídos pelas subsidiárias estrangeiras são preferencialmente contraídos nas respetivas moedas locais.

Certas atividades desenvolvidas pelo Grupo estão expostas a variações das taxas de câm-bio das moedas locais face a outras moedas. O preço de algumas matérias-primas, como sejam o aço e o alumínio, são geralmente expressos ou indexados ao dólar norte-americano, o que pode ter impacto nos resultados do Grupo. Em grande medida, é possível repercutir essas variações nos preços de venda. Quando não é possível, o Grupo procura mitigar esta exposição através da contratação de derivados cambiais na subsidiária exposta a esse risco.

c) Risco de taxa de juroO risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.

O Grupo recorre a financiamentos externos no decurso da sua atividade, estando exposto ao risco de taxa de juro, já que grande parte da dívida financeira do Grupo está indexada a taxas de juro de mercado.

Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, o Grupo recorre a empréstimos de taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a alterações nas taxas de juro vigentes nesses em-préstimos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

d) Risco de liquidezO risco de liquidez traduz a capacidade do Grupo fazer face às suas responsabilidades fi-nanceiras tendo em conta os recursos financeiros disponíveis. O Grupo gere o risco de liquidez de duas formas principais:

Por um lado, procura garantir que a estrutura de financiamento do Grupo é adequada à natureza das suas obrigações. Investimentos realizados em ativos fixos, incluindo investimentos financeiros, são financiados com recurso a financiamento de longo prazo (capitais próprios e empréstimos não correntes), enquanto responsabilidades correntes são financiadas com empréstimos de curto prazo. Os empréstimos de médio e longo prazo são contratados geralmente por prazos de 5 a 7 anos, normalmente com períodos de carência de reem-bolso de capital de 1 a 2 anos.

Por outro lado, as subsidiárias têm contratado com instituições financeiras facilidades de crédito dispo-níveis de imediato, por um montante que garante adequada liquidez. As subsidiárias contam, ainda, com disponibilidades suficientes para garantir os seus compromissos de curto prazo.

e) Risco de créditoO agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem as economias a uma escala local, nacional ou internacional podem origi-nar a incapacidade dos clientes do grupo Martifer para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo.

Ciente desta realidade, o Grupo procura avaliar o risco de crédito de todos os seus clientes como racional para o estabelecimento do crédito a con-ceder, sendo objetivo último assegurar a efetiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos.

Com este objetivo, o Grupo recorre a agências de informação financeira e avaliação de crédito e efetua regularmente análises de risco e controlo de

crédito, bem como cobrança e gestão de proces-sos em contencioso, procedimentos essenciais para gerir a atividade creditícia e minimizar a ocorrência de incobráveis.

RISCOS JURÍDICOSA Martifer está sujeita a leis e regulamentos na-cionais e locais das várias geografias e mercados onde está presente e que visam assegurar, entre outros, os direitos dos trabalhadores, a proteção do meio ambiente e o ordenamento do território e a manutenção de um mercado aberto e competi-tivo. Assim, as alterações legislativas e regulatórias que possam abranger as condições de condução das atividades do Grupo e, consequentemente, prejudicar ou impedir o alcance dos objetivos estratégicos implicam a adaptação da Empresa às novas realidades de regulação.

A gestão dos riscos jurídicos é efetuada pelos de-partamentos jurídicos da holding e de cada Área de Negócio do Grupo e monitorizada no âmbito das assessorias legais e fiscais dedicadas às respe-tivas atividades, que funcionam na dependência da administração e gestão, desenvolvendo as suas competências em articulação com os demais departamentos fiscais e financeiros, de forma a assegurar a proteção dos interesses da Empresa e, em última instância, dos stakeholders, no respeito estrito pelo cumprimento dos seus deveres legais.

Os membros que integram os referidos departa-mentos jurídicos e assessorias possuem formação especializada e participam regularmente em ações de formação e atualização.

A assessoria legal e fiscal é igualmente garantida, a nível nacional e internacional, por profissionais externos, selecionados de entre firmas de reconhe-cida reputação e de acordo com elevados critérios de competência, ética e experiência.

PRINCIPAIS RISCOS MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 47

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 49

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS O Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral de Acionistas que o resultado líquido negativo apurado nas demonstrações financeiras individuais no montante de 12 517 886,26 euros, registado no ano de 2012, seja transferido para Resultados Transitados.

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 50

OUTRAS INFORMAÇÕES

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 51

ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELOS MEMBROS NÃO EXECUTIVOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Para além de integrar o Conselho de Adminis-tração da Martifer SGPS, SA, cada administrador não executivo integra, pelo menos, uma das Comissões nomeadas pelo Conselho de Admi-nistração (Comissão do Governo Societário, Co-missão de Ética e de Conduta ou Comissão de Risco), cujo regulamento se encontra divulgado no sítio da Internet do Grupo e cujas funções e atividades desenvolvidas ao longo do ano de 2012 se encontram descritas no Relatório de Governo da Sociedade.

Durante o ano, os administradores não executivos partilharam e manifestaram opiniões relevantes, relativamente a áreas de negócio específicas, tendo por base o desempenho dos negócios, os riscos incorridos e as perspetivas para o futuro, mantendo uma comunicação regular com os admi-nistradores executivos, administradores das áreas de negócios e diretores.

OUTRAS INFORMAÇÕES

AUTORIZAÇÕES CONCEDIDAS A NEGÓCIOS ENTRE A SOCIEDADE E OS SEUS ADMINISTRADORES, NOS TERMOS DO ART. 397.º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

No primeiro semestre de 2012, o Grupo proce-deu à venda parcial da participação social detida no capital da sociedade Martifer Solar, S.A. à sociedade HSF Prime Netherlands B.V. com sede em Amsterdão, sociedade que integra o mesmo grupo de sociedades da “HSF SGPS, S.A.”, já acionista de 25 % do capital da sociedade Martifer Solar, S.A., pelo preço de Euro 15,6 milhões. Atendendo a que dois dos administradores da Martifer Solar SA são igualmente acionistas da HSF SGPS, S.A., esta transação foi aprovada pe-los Conselhos de Administração das sociedades nos termos do artigo 397º do Código das Socie-dades Comerciais e obteve igualmente o parecer favorável do Conselho Fiscal da Martifer – SGPS, S.A.. Durante o ano de 2012 não se realizaram outros negócios ou operações significativas em termos económicos entre a Sociedade e os membros dos seus órgãos de administração e de fiscalização.

OUTRAS INFORMAÇÕES

A Martifer SGPS, S.A. não tem dívidas em mora perante o Estado ou quaisquer outras entidades públicas, incluindo a Segurança Social.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 52

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

FACTOS ENUMERADOS NO ARTIGO 447.º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

Carlos Manuel Marques Martins e Jorge Alberto Marques Martins, respetivamente Presidente e Vice-Presidente do Conselho de Administração, além de titulares diretos das ações da Martifer SGPS, S.A., são detentores, em partes iguais, da totalidade do capital social da sociedade I’M SGPS, S.A., a qual, por sua vez, em 31 de dezembro de 2012, era detentora de um total de 42.697.047 ações da Martifer SGPS, S.A.

PARTICIPAÇÕES DOS MEMBROS DE ORGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

De acordo com o disposto nos artigos 447º do Código das Sociedades Comerciais são os seguintes os números de valores mobiliários emitidos pela Martifer SGPS, SA e por sociedades com as quais esta se encontra em relação de domínio ou de grupo, detidos no período de 1 de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2012, por titulares de órgãos sociais:

* Os Administradores Carlos Manuel Marques Martins e Jorge Alberto Marques Martins detêm a totalidade do capital social da I’M

– SGPS, S.A., de cujo Conselho de Administração são igualmente Presidente e Vogal, respetivamente.

** Os Administradores Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo e Luís Filipe Cardoso da Silva são membros do Conselho de

Administração da MOTA-ENGIL, SGPS, S.A.

TITULARES ÓRGÃO SOCIAL N.º DE AÇÕES EM 31/12/2012

Carlos Manuel Marques Martins Conselho de Administração 70.030

Jorge Alberto Marques Martins Conselho de Administração 230.260

I’M – SGPS, S.A. * Conselho de Administração 42.697.047

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Conselho de Administração 3.000

Luís Filipe Cardoso da Silva Conselho de Administração 2.000

MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. ** Conselho de Administração 37.500.000

Luís Valadares Tavares Conselho de Administração -

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha Conselho de Administração -

Manuel Simões de Carvalho e Silva Conselho Fiscal -

Carlos Alberto da Silva e Cunha Conselho Fiscal -

João Carlos Tavares Ferreira de Carreto Lages Conselho Fiscal -

Américo Agostinho Martins Pereira Revisor Oficial de Contas -

José Carreto Lages Presidente da Mesa da Assembleia Geral -

TRANSAÇÕES NO ANO DE 2012

ÓRGÃO SOCIALAÇÕES DETIDAS

EM 31.12.11 AQUISIÇÕES ALIENAÇÕESAÇÕES DETIDAS

EM 31.12.2012

Carlos Manuel Marques Martins 70.030 - - 70.030

Jorge Alberto Marques Martins 131.760 98.500 - 230.260

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo 3.000 - - 3.000

Luís Filipe Cardoso da Silva 2.000 - - 2.000

TRANSAÇÕES NO ANO DE 2012

MEMBRO DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DATA AQUISIÇÕES ALIENAÇÕES PREÇO MÉDIO

Jorge Alberto Marques Martins 15/03/2012 32.792 - 0,88

Jorge Alberto Marques Martins 22/03/2012 718 - 0,92

Jorge Alberto Marques Martins 26/03/2012 11.490 - 0,92

Jorge Alberto Marques Martins 30/03/2012 5.000 - 0,92

Jorge Alberto Marques Martins 02/04/2012 8.000 - 0,91

Jorge Alberto Marques Martins 03/04/2012 8.000 - 0,91

Jorge Alberto Marques Martins 04/04/2012 4.540 - 0,90

Jorge Alberto Marques Martins 05/04/2012 100 - 0,91

Jorge Alberto Marques Martins 10/04/2012 12.505 - 0,91

Jorge Alberto Marques Martins 12/04/2012 13.780 - 0,91

Jorge Alberto Marques Martins 13/04/2012 1.575 - 0,91

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 54

Apresentam-se de seguida as transações efetuadas pela I’M – SGPS, S.A. durante o ano de 2012:

DATA AQUISIÇÕES ALIENAÇÕES PREÇO MÉDIO

5-Jan 3.006 1,09

5-Jan 1.600 1,09

5-Jan 1.894 1,09

5-Jan 20 1,09

9-Fev 90 1,08

9-Fev 410 1,08

9-Fev 2.420 1,08

9-Fev 500 1,08

9-Fev 20 1,08

9-Fev 10 1,08

9-Fev 150 1,08

9-Fev 25 1,09

9-Fev 100 1,08

9-Fev 100 1,08

9-Fev 25 1,09

9-Fev 50 1,09

10-Fev 6.000 1,09

10-Fev 50 1,09

10-Fev 1.415 1,09

10-Fev 50 1,09

10-Fev 5 1,10

13-Fev 100 1,09

14-Fev 100 1,08

14-Fev 400 1,08

15-Fev 50 1,07

15-Fev 50 1,09

2-Mar 1.500 1,06

2-Mar 1.500 1,06

2-Mar 1.120 1,06

2-Mar 30 1,07

2-Mar 100 1,05

2-Mar 400 1,05

2-Mar 10 1,07

2-Mar 2.250 1,04

DATA AQUISIÇÕES ALIENAÇÕES PREÇO MÉDIO

2-Mar 750 1,04

2-Mar 500 1,05

2-Mar 1.500 1,05

2-Mar 100 1,05

2-Mar 10 1,06

8-Mar 90 0,98

8-Mar 100 0,98

8-Mar 500 0,99

8-Mar 500 0,99

8-Mar 500 0,99

8-Mar 3.600 1,00

8-Mar 2.222 1,00

8-Mar 178 1,00

16-Mar 871 0,96

16-Mar 1.129 0,96

27-Mar 1.115 0,92

27-Mar 1.000 0,92

27-Mar 35 0,95

11-Abr 450 0,93

11-Abr 50 0,93

12-Abr 550 0,92

12-Abr 950 0,92

12-Abr 100 0,93

12-Abr 100 0,93

13-Abr 2.000 0,92

13-Abr 1.000 0,93

13-Abr 600 0,93

13-Abr 50 0,94

25-Mai 15 0,65

25-Mai 10 0,63

25-Mai 5 0,63

25-Mai 10 0,63

25-Mai 10 0,63

25-Mai 10 0,63

DATA AQUISIÇÕES ALIENAÇÕES PREÇO MÉDIO

25-Mai 480 0,63

25-Mai 2.500 0,63

25-Mai 5 0,65

25-Mai 4.100 0,63

29-Mai 10 0,64

29-Mai 70 0,64

20-Mai 9 0,65

20-Set 500 0,57

21-Set 50 0,56

21-Set 50 0,56

21-Set 300 0,57

25-Set 50 0,57

26-Set 171 0,56

26-Set 4 0,57

26-Set 1.000 0,57

27-Set 50 0,57

28-Set 15 0,57

1-Out 20 0,58

2-Out 79 0,58

2-Out 1 0,59

2-Out 20 0,59

3-Out 20 0,59

4-Out 20 0,59

5-Out 20 0,59

8-Out 20 0,61

8-Out 20 0,62

10-Out 20 0,61

11-Out 20 0,61

12-Out 20 0,63

15-Out 20 0,63

17-Out 20 0,63

17-Out 358 0,63

17-Out 2 0,63

18-Out 15 0,63

DATA AQUISIÇÕES ALIENAÇÕES PREÇO MÉDIO

19-Out 10 0,63

19-Out 10 0,63

22-Out 10 0,63

25-Out 15 0,6

26-Out 15 0,6

29-Out 10 0,6

30-Out 10 0,6

30-Out 15 0,6

31-Out 10 0,6

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 55

DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE NOS TERMOS DA ALÍNEA C) DO NÚMERO I DO ARTº 245 DO CÓDIGO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Senhores Acionistas,

Nos termos previstos na alínea c) do número 1 do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, informa-mos que, tanto quanto é do nosso conhecimento:

(i) a informação constante no relatório único de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do de-sempenho e da posição da Martifer SGPS, S.A., Sociedade Aberta, e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta; e

(ii) a informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem ver-dadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Martifer SGPS, S.A., Sociedade Aberta, e das empresas incluídas no perímetro de consolidação.

Oliveira de Frades, 26 de fevereiro de 2013

O Conselho de Administração,

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente)

Jorge Alberto Marques Martins(Vice-Presidente)

Luís Filipe Cardoso da Silva(Vogal do Conselho de Administração)

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo(Vogal do Conselho de Administração)

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha(Vogal do Conselho de Administração)

Luís Valadares Tavares(Vogal do Conselho de Administração)

FACTOS ENUMERADOS NO ARTIGO 447.º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

De acordo com o disposto na alínea b) do número 1 do artigo 8º do regulamento 5/2008 da CMVM, e dando cumprimento ao artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, abaixo segue a lista dos titu-lares de participações qualificadas, com indicação do número de ações detidas e percentagem de direitos de voto correspondentes, calculada nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, em 31 de dezembro de 2012:

1 % Direitos de voto = N.º Ações Detidas / (N.º Total Ações - Ações Próprias)* Membro de um órgão social da I’M SGPS, SA** Membro de um órgão social da Mota-Engil SGPS, SA

ACIONISTAS Nº DE AÇÕES % DO CAPITAL SOCIAL % DOS DIREITOS DE VOTO1

I’M – SGPS, SA 42.697.047 42,70% 43,66%

Carlos Manuel Marques Martins* 70.030 0,07% 0,07%

Jorge Alberto Marques Martins* 230.260 0,23% 0,24%

Total imputável à I’M – SGPS, SA 42.997.337 43,00% 43,97%

Mota-Engil – SGPS, SA 37.500.000 37,50% 38,35%

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo ** 3.000 0,00% 0,00%

Luís Filipe Cardoso da Silva ** 2.000 0,00% 0,00%

Total Imputável à Mota-Engil , SGPS, SA 37.505.000 37,51% 38,35%

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 56

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 59

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS SEPARADAS PARA OS EXERCÍCIOS E TRIMESTRES FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

NOTAS ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 20114.º TRIM. 2012

(NÃO AUDITADO)

4.º TRIM. 2011REEXPRESSO

(NÃO AUDITADO)4.º TRIM. 2011

(NÃO AUDITADO)

Vendas e prestações de serviços 3 e 4 481.391.925 531.852.146 531.852.146 140.858.525 191.354.624 191.354.624

Outros rendimentos 5 9.992.237 18.260.097 18.260.097 7.026.643 (2.541.052) (2.541.052)

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas

6 (222.668.142) (286.814.244) (286.814.244) (63.057.160) (100.207.664) (100.207.664)

Subcontratos 6 (87.329.097) (101.667.505) (101.667.505) (28.358.059) (27.954.774) (27.954.774)

Resultado bruto 181.386.923 161.630.494 161.630.494 56.469.949 60.651.134 60.651.134

Fornecimentos e serviços externos 7 (88.434.088) (78.334.663) (78.334.663) (33.755.588) (21.225.475) (21.225.475)

Gastos com o pessoal 8 (84.803.117) (78.151.769) (78.151.769) (21.403.239) (20.293.322) (20.293.322)

Outros rendimentos / (gastos) operacionais 9 (4.200.708) 3.804.067 3.804.067 (11.978.550) (5.296.657) (5.296.657)

3 3.949.011 8.948.129 8.948.129 (10.667.427) 13.835.680 13.835.680

Amortizações e depreciações 3, 17 e 18 (17.467.710) (18.246.401) (19.564.718) (3.942.910) (4.614.064) (4.903.069)

Provisões 3 e 10 688.183 (3.034.335) (3.034.335) 6.690.630 (3.001.048) (3.001.048)

Perdas de imparidade 3 e 10 (2.934.218) (7.116.008) (7.116.008) (1.783.432) (7.415.878) (7.415.878)

Resultado operacional 3 (15.764.734) (19.448.615) (20.766.932) (9.703.139) (1.195.310) (1.484.315)

Rendimentos e ganhos financeiros 11 19.040.201 32.204.248 32.204.248 4.359.778 11.856.080 11.856.080

Gastos e perdas financeiros 11 (53.488.670) (55.948.842) (55.948.842) (15.521.634) (19.859.990) (19.859.990)

Ganhos / (perdas) em empresas associadas e emp. conjuntos

3 e 12 (1.811.435) (2.609.114) (2.609.114) (683.504) (899.727) (899.727)

Resultado antes de imposto sobre o rendimento

(52.024.638) (45.802.323) (47.120.640) (21.548.498) (10.098.947) (10.387.952)

Imposto sobre o rendimento 13 (2.275.045) (714.055) (408.830) 364.862 (3.148.087) (3.072.356)

Resultado depois de impostos (54.299.683) (46.516.378) (47.529.470) (21.183.636) (13.247.034) (13.460.308)

Resultado atribuível aos activos detidos para venda

27 (112.936) - - (228.713) - -

Atribuível:

a interesses não controlados - - - - - -

ao Grupo (112.936) - - (228.713) - -

Resultado líquido do exercício 3 (54.412.619) (46.516.378) (47.529.470) (21.412.349) (13.247.034) (13.460.308)

Atribuível:

a interesses não controlados 1.440.369 2.070.878 2.070.878 (988.437) 1.416.103 1.416.103

ao Grupo (55.852.988) (48.587.256) (49.600.348) (20.423.912) (14.663.137) (14.876.411)

Resultado consolidado líquido por ação

Básico 15 (0,5707) (0,4917) (0,5019) (0,2089) (0,1472) (0,1494)

das unidades operacionais em con-tinuação

(0,5696) (0,4917) (0,5019) (0,2065) (0,1472) (0,1494)

do grupo para alienação detido para venda

(0,0012) - - (0,0023) - -

Diluído 15 (0,5707) (0,4917) (0,5019) (0,2089) (0,1472) (0,1494)

das unidades operacionais em continuação (0,5696) (0,4917) (0,5019) (0,2065) (0,1472) (0,1494)

do grupo para alienação detido para venda (0,0012) - - (0,0023) - -

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 20114.º TRIM. 2012

(NÃO AUDITADO)

4.º TRIM. 2011REEXPRESSO

(NÃO AUDITADO)4.º TRIM. 2011

(NÃO AUDITADO)

Resultado líquido consolidado do exercício (54.412.619) (47.529.470) (47.529.470) (21.412.349) (13.460.308) (13.460.308)

Justo valor de instrumentos financeiros derivados, líquido de imposto

(672.276) (69.323) (69.323) (812.863) (4.775) (4.775)

Justo valor de ativos financeiros disponíveis para venda, líquido de imposto

- - - - - -

Diferenças cambiais decorrentes de: (i) transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; (ii) investimento líquido nas subsidiárias; e (iii) atualização cambial de goodwill

661.445 (4.570.119) (4.570.119) 1.368.440 1.221.263 1.221.263

Reserva de reavaliação de ativos fixos tangíveis, líquido de imposto

- - 867.524 - - 867.524

Alteração da política de mensuração (Nota 1) - 1.013.092 - - 213.374 -

Resultados consolidados reconhecidos diretamente no capital próprio

(10.831) (3.626.350) (3.771.918) 555.578 1.429.762 2.084.012

Rendimento integral consolidado do exercício (54.423.450) (51.155.825) (51.301.388) (20.856.771) (12.030.551) (11.376.296)

Atribuível:

a interesses não controlados 1.430.806 2.005.285 2.005.285 (960.857) 1.283.166 1.283.166

ao Grupo (55.854.256) (53.161.110) (53.306.673) (19.895.914) (13.313.717) (12.659.462)

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 60

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

NOTAS ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011

ATIVONão CorrenteGoodwill 16 18.947.967 18.136.268 18.136.268Ativos intangíveis 17 39.441.872 40.000.945 40.000.945Ativos fixos tangíveis 18 273.367.524 285.084.969 304.939.148Propriedades de investimento 19 16.206.768 17.274.846 17.274.846Ativos financeiros em equivalência patrimonial 3 e 20 15.680.011 14.867.827 14.867.827Ativos financeiros disponíveis para venda 21 2.310.267 2.179.021 2.179.021Clientes e outros devedores 23 140.174.902 135.575.300 135.575.300Ativos por impostos diferidos 13 13.343.738 11.490.963 11.490.963

519.473.049 524.610.139 544.464.318

CorrenteInventários 22 24.392.062 31.152.897 31.152.897Clientes 23 150.357.128 191.107.588 191.107.588Outros devedores 23 62.272.521 43.066.127 43.066.127Imposto sobre o rendimento 24 2.692.473 2.366.787 2.366.787Estado e outros entes públicos 24 18.337.239 19.670.837 19.670.837Outros ativos correntes 25 125.718.650 128.118.298 128.118.298Caixa e seus equivalentes 26 38.024.569 77.886.483 77.886.483 Ativos detidos para venda 27 35.107.509 - -

456.902.151 493.369.017 493.369.017

Total do Ativo 3 976.375.200 1.017.979.156 1.037.833.335

CAPITAL PRÓPRIOCapital 28 50.000.000 50.000.000 50.000.000Prémios de Emissão 28 186.500.000 186.500.000 186.500.000Acções Próprias 28 (2.868.519) (2.415.629) (2.415.629)Reservas 28 (1.499.182) 50.436.386 67.048.989Resultado líquido do exercício (55.852.988) (48.587.256) (49.600.348)Capital próprio atribuível ao Grupo 176.279.311 235.933.501 251.533.012Interesses não controlados 28 50.975.912 31.783.623 31.783.623Total do Capital Próprio 227.255.223 267.717.124 283.316.635

PASSIVONão CorrenteEmpréstimos 29 164.900.867 215.440.560 215.440.560Credores por locações financeiras 30 12.169.176 17.902.006 17.902.006Fornecedores e Credores diversos 31 22.068.545 17.458.625 17.458.625Provisões 32 12.520.693 13.383.765 13.383.765Passivos por impostos diferidos 13 3.583.895 3.851.678 8.106.346

215.243.176 268.036.634 272.291.302

CorrenteEmpréstimos 29 229.030.832 167.209.008 167.209.008Credores por locações financeiras 30 8.586.378 7.209.061 7.209.061Fornecedores 31 165.013.219 202.293.996 202.293.996Credores diversos 31 50.500.917 38.281.720 38.281.720Imposto sobre o rendimento 34 3.623.443 5.051.259 5.051.259Estado e outros entes públicos 34 16.596.598 23.232.579 23.232.579Outros passivos correntes 35 50.489.688 38.470.309 38.470.309Instrumentos financeiros derivados 36 510.804 477.465 477.465Passivos associados aos activos detidos para venda 27 9.524.921 - -

533.876.801 482.225.398 482.225.397

Total do Passivo 3 749.119.977 750.262.032 754.516.699

Total do Capital Próprio e do Passivo 976.375.200 1.017.979.156 1.037.833.335

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 61

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

RESERVAS DE JUSTO VALOR

CAPITALAÇÕES

PRÓPRIASPRÉMIOS DE

EMISSÃO

REVALORIZAÇÃO DE ATIVOS TANGÍVEIS

ATIVOS DISPONÍVEIS PARA VENDA

RESERVA DE COBERTURA

RESERVAS DE CONVERSÃO

CAMBIAIS

RESERVAS RELATIVAS A

OPÇÕES SOBRE AÇÕES

OUTRAS RESERVAS

RESULTADO LÍQUIDO

CAPITAL PRÓP-RIO ATRIBUÍVEL

A INTERESSES CONTROLADOS

CAPITAL PRÓP-RIO ATRIBUÍVEL A INTERESSES NÃO CONTROLADOS

TOTAL DO CAPITAL

PRÓPRIO

Saldo em 1 de janeiro de 2011 50.000.000 (852.587) 186.500.000 15.927.250 - (235.589) (15.044.159) 113.495 126.874.887 (54.799.419) 308.483.877 31.876.822 340.360.699

Alteração no método de consolidação e política de mensuração (Nota 1) - - - (15.927.250) - - - - (685.353) - (16.612.603) - (16.612.603)

50.000.000 (852.587) 186.500.000 - - (235.589) (15.044.159) 113.495 126.189.534 (54.799.419) 291.871.274 31.876.822 323.748.096

Aplicação do resultado líquido consolidado de 2010 - - - - - - - - (54.799.419) 54.799.419 - - -

Rendimento integral consolidado do período: - -

Resultado líquido consolidado - - - - - - - - - (49.600.348) (49.600.348) 2.070.878 (47.529.470)

Diferenças cambiais decorrentes de: (i) transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; e (ii) investimento líquido nas subsidiárias

- - - - - - (4.691.693) - - - (4.691.693) (53.701) (4.745.394)

Atualização do goodwill expresso em moeda estrangeira - - - - - - 172.241 - - - 172.241 3.035 175.276

Reavaliação de terrenos e edifícios - - - - - - - - - - - - -

Outras variações no capital próprio da empresa mãe e suas participadas - - - - - (54.397) - - - - (54.397) (14.926) (69.323)

Variações no justo valor - - - - - - - - - - - - -

Alteração no método de consolidação e política de mensuração (Nota 1) - - - - - - - - - 1.013.092 1.013.092 - 1.013.092

Total do Rendimento Integral do período - - - - - (54.397) (4.519.452) - - (48.587.256) (53.161.105) 2.005.286 (51.155.819)

Distribuição de dividendos - - - - - - - - - - - - -

Aquisição de ações próprias - (1.563.042) - - - - - - - - (1.563.042) - (1.563.042)

Opções sobre ações – valor dos serviços prestados - - - - - - - 85.484 - - 85.484 - 85.484

Aumento capital em empresas participadas - - - - - - - - - - - - -

Transações com interesses não controlados - - - - - - - - (52.076) - (52.076) (231.935) (284.011)

Outras variações no capital próprio das empresas participadas - - - - - - (525.971) - (525.971) 315.090 (210.881)

Alterações no perímetro de consolidação - - - - - - - - (721.063) - (721.063) (2.181.640) (2.902.703)

Saldo em 31 de dezembro de 2011 50.000.000 (2.415.629) 186.500.000 - - (289.986) (19.563.611) 198.979 70.091.004 (48.587.256) 235.933.501 31.783.623 267.717.124

Saldo em 1 de janeiro de 2012 50.000.000 (2.415.629) 186.500.000 - - (289.986) (19.563.611) 198.979 70.091.004 (48.587.256) 235.933.501 31.783.623 267.717.124

Aplicação do resultado líquido consolidado de 2011 - - - - - - - - (48.587.256) 48.587.256 - - -

Rendimento integral consolidado do período: - -

Resultado líquido consolidado - - - - - - - - - (55.852.988) (55.852.988) 1.440.369 (54.412.619)

Diferenças cambiais decorrentes de: (i) transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; e (ii) investimento líquido nas subsidiárias

- - - - - - 489.714 - - - 489.714 (624) 489.090

Atualização do goodwill expresso em moeda estrangeira - - - - - - 170.227 - - - 170.227 2.128 172.355

Outras variações no capital próprio das empresas participadas - - - - - (612.447) - - (612.447) (59.829) (672.276)

Total do Rendimento Integral do período - - - - - (612.447) 659.941 - - (55.852.988) (55.805.494) 1.382.044 (54.423.450)

Aquisição de ações próprias - (452.889) - - - - - - - - (452.889) - (452.889)

Opções sobre ações – valor dos serviços prestados - - - - - - - - - - - - -

Aumento capital em empresas participadas - - - - - - - - - - - 32.400 32.400

Outras variações no capital própriodas empresas participadas - - - - - - - (198.979) 1.977.136 - 1.778.158 (1.325.737) 452.420

Alterações no perímetro de consolidação - - - - - - - - 84.746 - 84.746 119.912 204.658

Transações com interesses não controlados - - - - - - - - (5.258.710) - (5.258.710) 18.983.670 13.724.960

Saldo em 31 de dezembro de 2012 50.000.000 (2.868.519) 186.500.000 - - (902.433) (18.903.670) - 18.306.920 (55.852.988) 176.279.311 50.975.912 227.255.223

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 62

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS E TRIMESTRES FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

ANO 2012 ANO 2011 4.º TRIM. 2012 4.º TRIM. 2011

ATIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de clientes 635.572.304 673.709.807 201.127.958 207.730.010

Pagamentos a fornecedores (524.567.053) (580.656.428) (173.219.399) (189.576.735)

Pagamentos ao pessoal (85.326.662) (77.680.803) (24.266.521) (21.240.854)

Fluxos gerados pelas operações 25.678.588 15.372.575 3.642.038 (3.087.580)

Pagamento de imposto sobre o rendimento (6.757.173) 1.070.218 (2.524.377) (2.959.054)

Outros recebimentos /(pagamentos) de atividades operacionais 1.586.788 (6.514.758) 8.849.359 20.494.087

Outros fluxos gerados (5.170.385) (5.444.539) 6.324.982 17.535.034

Fluxos das atividades operacionais (1) 20.508.203 9.928.036 9.967.020 14.447.454

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos provenientes de:

Ativos financeiros 3.657.802 32.784.004 958.989 19.520.931

Ativos fixos tangíveis 10.689.442 9.369.500 8.420.643 6.453.925

Ativos intangíveis 7.623.542 22.730.843 6.947.065 (19.530)

Subsídios ao investimento 1.283.652 192.652 - 192.652

Juros e proveitos similares 5.567.622 3.708.695 2.551.419 1.572.722

Dividendos - - - -

Outros 408.500 247.915 - 247.915

29.230.559 69.033.608 18.878.116 27.968.615

Pagamentos respeitantes a:

Ativos financeiros (1.912.796) (6.136.940) (1.028.859) (898.190)

Ativos fixos tangíveis (44.330.078) (43.805.920) (26.301.088) (25.413.264)

Ativos intangíveis (15.880.612) (18.000.966) 258.191 10.768.654

Outros (26.555) - (21.555) -

(62.150.041) (67.943.826) (27.093.311) (15.542.800)

Fluxos das atividades de investimento (2) (32.919.481) 1.089.783 (8.215.195) 12.425.815

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 582.762.422 797.004.730 183.563.090 117.562.214

Aumentos de capital, prest. suplem., prémios de emissão - 4.967.093 - (911.412)

Subsídios e doações 16.043 1.045.800 - 338.507

Outros 829.718 168.038 - 168.038

583.608.183 803.185.661 183.563.090 117.157.347

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos (571.480.291) (787.406.854) (166.449.704) (143.512.378)

Amortizações de contratos de locação financeira (4.355.513) - (230.444) -

Juros e custos similares (26.914.646) (22.260.838) (10.554.143) (4.720.924)

Dividendos - - - -

Aquisição de ações próprias (452.889) (2.415.630) (1.860) (437.475)

Outros (3.463.197) (257.035) (449.530) 756.663

(606.666.537) (812.340.357) (177.685.682) (147.914.113)

Fluxos das atividades de financiamento (3) (23.058.353) (9.154.696) 5.877.408 (30.756.766)

Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) (35.469.632) 1.863.123 7.629.234 (3.883.497)

Variação de perímetro e outras variações (4.313.460) (3.162.022) (10.291) (2.100.064)

Efeito das diferenças de câmbio (78.822) 4.472.861 271.935 8.121.759

Caixa e seus equivalentes no início do período 77.886.483 74.712.521 30.133.691 75.748.285

Caixa e seus equivalentes no fim do período 38.024.569 77.886.483 38.024.569 77.886.483

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 63

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 65

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

NOTA INTRODUTÓRIAA Martifer, SGPS, S.A., com sede na Zona Industrial, Apartado 17, Oliveira de Frades – Portugal (‘Martifer SGPS’ ou ‘Empresa’), e empresas participadas (‘Grupo’), têm como atividades principais a atividade de construção de infraestruturas metálicas e atividade solar - que se dedica ao desenvolvi-mento de projetos fotovoltaicos, à instalação de parques fotovoltaicos chave na mão ou em regime de EPC e ao desenvolvimento de projetos de integração arquitetónica e microgeração. Têm ainda outras atividades onde se destaca a Promoção e Desenvolvimento de Projetos Eólicos (Nota 3).

A Martifer SGPS foi constituída em 29 de outubro de 2004, tendo o seu capital social sido realizado através da entrega da totalidade das ações, avaliadas a valores de mercado, que os acionistas do Grupo detinham na Martifer – Construções, S.A., participada constituída em 1990 e que nessa altura era a Empresa-mãe do atual Grupo Martifer.

A partir de junho de 2007 e após a realização com sucesso de uma Oferta Pública de Subscrição, o Grupo passou a ter as suas ações cotadas na Euronext Lisboa.

Em 31 de dezembro de 2012, o Grupo desenvolve a sua atividade em Portugal, Espanha, Polónia, Eslováquia, Roménia, República Checa, Angola, Brasil, Grécia, Estados Unidos da América, Austrália, Moçambique, Irlanda, Itália, Bélgica, Bulgária, Holanda, França, Marrocos, Reino Unido, Canadá, Mé-xico, Arábia Saudita, Alemanha, Chile, Equador, Ucrânia, Turquia, Senegal, Singapura e Índia.

Todos os montantes apresentados nestas notas explicativas são apresentados em Euro (com arredon-damentos às unidades), salvo se expressamente referido em contrário.

1. POLÍTICAS CONTABILÍSTICASBASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas respeitam às demonstrações financeiras consolidadas das empresas do Grupo Martifer e foram prepara-das de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’), tal como adotadas pela União Europeia, em vigor para o exercício económico iniciado em 1 de janeiro de 2012. Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo International Accounting Standards Board (‘IASB’) e inter-pretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (‘IFRIC’) ou pelo anterior Standing Interpretations Com-mittee (‘SIC’), que tenham sido adotadas na União Europeia.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas a partir dos registos contabilísticos da Empresa e das suas subsidi-árias (Nota 2), no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, exceto para a revalorização de certos ativos não correntes e de certos instrumentos financeiros, que se encontram registados pelo justo valor.

As políticas contabilísticas e os critérios de men-suração adotados pelo Grupo no exercício de 2012 foram consistentes com os aplicados pelo Grupo na preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior, apresentada para efeitos comparativos, exceto no que respeita às normas e interpretações cuja data de eficácia corresponde aos exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2012, da adoção das quais não resultaram impactos no rendimento integral ou na posição financeira do Grupo e exceto quanto ao referido no parágrafo seguinte.

A IAS 16 – Ativos Fixos Tangíveis prevê duas opções para o reconhecimento subsequente dos Ativos Fixos, ou o modelo de custo ou o modelo de revalorização. Para os imóveis para uso próprio, a Martifer utilizava o modelo do justo valor, sendo efetuadas avaliações periódi-cas por avaliadores imobiliários independentes. Em 2012 o Grupo decidiu alterar a política de valorização dos imóveis para uso próprio, tendo decidido passar a utilizar o modelo do custo.

O Grupo Martifer entende que esta alteração transmite informação mais adequada, fiável e re-levante face à conjuntura atual, à volatilidade do mercado imobiliário, já que os imóveis do grupo para uso próprio são constituídos essencialmen-te por terrenos e edifícios onde se encontram instaladas as fábricas do grupo, pelo que, sendo o número de transações de imóveis semelhan-tes muito reduzido, torna-se difícil aferir o justo valor dos imóveis próprios com os comparáveis de mercado.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 66

De acordo com o IAS 8 - Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros, o Grupo Martifer procedeu à reexpressão das suas demonstrações financeiras para os períodos anterio-res, sendo os principais impactos sumarizados nos quadros abaixo:

ANO 2011REVERSÃO DA REVAL-

ORIZAÇÃOANO 2011

REEXPRESSO

Vendas e prestações de serviços 531.852.146 - 531.852.146

EBITDA 8.948.129 - 8.948.129

EBIT (20.766.932) 1.318.317 (19.448.615)

Resultados financeiros (26.353.708) - (26.353.708)

Resultado consolidado liquido (47.529.470) 1.013.092 (46.516.378)

ANO 2011REVERSÃO DA

REVALORIZAÇÃOANO 2011

REEXPRESSO

Ativo

Não corrente 544.464.318 (19.854.179) 524.610.139

Corrente 493.369.017 - 493.369.017

Total de Ativo 1.037.833.335 (19.854.179) 1.017.979.156

Passivo

Não corrente 272.291.302 (4.254.668) 268.036.634

Corrente 482.225.398 - 482.225.398

Total de Passivo 754.516.699 (4.254.668) 750.262.032

Capital Próprio

Atribuivel ao Grupo 251.533.012 (15.599.511) 235.933.501

Atribuivel a interesses não controlados 31.783.623 - 31.783.623

Total do Capital Próprio 283.316.635 (15.599.511) 267.717.124

O ajustamento no Passivo não corrente resulta da anulação dos Impostos diferidos Passivos associados à revalorização.

Tendo em conta o reduzido impacto desta alteração no Capital próprio e no resultado de 2011, não se apresenta o Balanço reexpresso a 1 de janeiro de 2011.

Adoção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de janeiro de 2012, foram adotadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de dezembro de 2012:

O efeito nas demonstrações financeiras do Grupo do exercício findo em 31 de dezembro de 2012, decor-rente da adoção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi material.

Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adotadas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios econó-micos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia:

Não é possível nesta data estimar os efeitos que a aplicação destas normas pode ter nas Demonstrações Financeiras do Grupo.

Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas ainda em processo de aprovação pela União Europeia

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, foram já emitidas a esta data, embora não se encontrem ainda aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia:

Não é possível nesta data estimar os efeitos que a aplicação destas normas pode ter nas Demonstrações Financeiras do Grupo.

DATA DE APROVAÇÃO PELA UE DATA DE EFICÁCIA

Emendas à IFRS 7 - Instrumentos financeiros (Divulgações - Transferências de Ativos Financeiros)

22-11-2011 01-07-11

DATA DE APROVAÇÃO PELA UE DATA DE EFICÁCIA

Emendas à IAS 1 – Apresentação de Demonstrações Financeiras (Apresen-tação das rubricas de Outro Rendimento Integral)

05-06-2012 01-07-2012

Emendas à IAS 19 – Benefícios de empregados 05-06-2012 01-01-2013

IFRS 10 – Demonstrações Financeiras Consolidadas 11-12-2012 01-01-2014

IFRS 11 – Acordos conjuntos 11-12-2012 01-01-2014

IFRS 12 – Divulgação de Interesses em Entidades 11-12-2012 01-01-2014

IAS 27 – Demonstrações Financeiras Separadas 11-12-2012 01-01-2014

IAS 28 – Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos 11-12-2012 01-01-2014

IFRS 1 – Adoção pela primeira vez das IFRS (Hiperinflação grave e supressão de datas fixas para adotantes pela primeira vez)

11-12-2012 01-01-2013

IAS 12 – Impostos sobre o rendimento (Imposto Diferido) 11-12-2012 01-01-2013

IFRS 13 – Mensuração pelo Justo Valor 11-12-2012 01-01-2013

IFRIC 20 – Custos de descoberta na fase de produção de uma mina a céu aberto

11-12-2012 01-01-2013

Emendas à IFRS 7 - Instrumentos financeiros (Divulgações – Compensação entre Ativos Financeiros e Passivos Financeiros)

13-12-2012 01-01-2013

Emendas à IAS 32 - Instrumentos financeiros (Apresentação – Compensação entre Ativos Financeiros e Passivos Financeiros)

13-12-2012 01-01-2014

DATA DE EFICÁCIA

IFRS 9 – Instrumentos financeiros: classificação e mensuração 01-01-15

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 67

1 de janeiro de 2004, correspondeu ao início do período da primeira aplicação pelo Grupo dos IAS/IFRS, de acordo com a IFRS 1 – ‘Adoção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro’.

As demonstrações financeiras consolidadas foram apresentadas em Euro por esta ser a moeda prin-cipal das operações do Grupo. As demonstrações financeiras das empresas participadas em moeda estrangeira foram convertidas para Euro de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota 1 xv).

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração do Grupo adotou certos pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os rendi-mentos e gastos incorridos relativos aos períodos reportados (Nota 1 xxvi)). Todas as estimativas e assumpções efetuadas pelo Conselho de Adminis-tração foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transa-ções em curso.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de Acionistas. O Conselho de Administração do Grupo aprovou-as para emissão, no dia 26 de fevereiro de 2013, e é sua convicção que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

Nas concentrações de atividades empresariais que se tenham realizado a partir de 1 de janeiro de 2011 (IFRS 3R), o excesso do custo de aquisição, do justo valor de qualquer participação detida anteriormente à aquisição do controlo e do valor de interesses não controlados, sobre o justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes iden-tificáveis é registado como goodwill. Se o custo de aquisição, o justo valor de qualquer participação detida anteriormente à aquisição do controlo e do valor de interesses não controlados, for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da filial adqui-rida, a diferença é reconhecida diretamente em resultados do exercício. Os custos das transações relativas a concentrações empresariais ocorridas a pós esta data são reconhecidos em custos quando incorridos.

Transações de alienação ou de aquisição de participações a interesses não controlados não resultam no reconhecimento de ganhos, perdas ou Goodwill, sendo qualquer diferença apurada entre o valor da transação e o valor contabilístico da participação transacionada, reconhecida no Capital próprio.

Os resultados negativos gerados em cada período pelas filiais com interesses não controlados, são alocados na percentagem detida aos interesses não controlados, independentemente deste se tornar negativo.

Os interesses não controlados, reconhecidos no âmbito de uma concentração de atividades em-presariais, são mensurados na proporção do justo valor dos ativos líquidos identificáveis, transação a transação.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstra-ções dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.

Sempre que necessário, são efetuados ajustamen-tos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às utili-zadas pelo Grupo. As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo

BASES DE CONSOLIDAÇÃO

São os seguintes os métodos de consolidação adotados pelo Grupo:

a) Empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, direta ou indiretamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assem-bleia Geral de Acionistas/Sócios e/ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, pelo método de consolidação integral.

O capital próprio e o resultado líquido destas em-presas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados na demonstração da posição financeira consolidada (na rubrica de capitais próprios – interesses não controlados) e na demonstração dos resultados consolidada (incluída no resultado consolidado líquido atribuível a interesses não controlados), respetivamente. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da consolidação inte-gral encontram-se detalhadas na Nota 2.

Nas concentrações empresariais ocorridas após 1 de janeiro de 2004, os ativos e passivos de cada filial (incluindo os passivos contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisi-ção conforme estabelecido no IFRS 3. Qualquer excesso / défice do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido, respetivamente, como diferença de aquisição positiva no ativo (Goodwill, ou a somar à respetiva rubrica, que originou a diferença, quando identificada) e no caso de diferença de aquisição negativa (Badwill), após reconfirmação do pro-cesso de valorização do justo valor e caso este se mantenha, na demonstração dos resultados do exercício. Os interesses não controlados incluem a proporção dos terceiros no justo valor dos ativos e passivos identificáveis à data de aquisição das subsidiárias.

são eliminados no processo de consolidação. Nas situações em que o Grupo detenha, em substân-cia, o controlo de outras entidades criadas com fins específicos, ainda que não tenha participações de capital nessas entidades, as mesmas são conso-lidadas pelo método de consolidação integral. À data de 31 de dezembro de 2012 não existiam entidades nesta situação.

b) Empresas associadas e Empresas conjuntamente controladas

Os ativos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o controlo das mes-mas através da participação nas decisões financeira e operacional da Empresa - geralmente investi-mentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) e em empresas conjuntamente controladas (empresas onde o grupo partilha o controlo com outros sócios) são registados pelo método da equivalência patrimonial na rubrica ‘Ati-vos financeiros em equivalência patrimonial’.

De acordo com o método da equivalência patri-monial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas varia-ções ocorridas no Capital Próprio e nos resultados líquidos das associadas, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividen-dos recebidos, líquido de perdas de imparidade acumuladas.

Os ativos e passivos de cada associada (incluindo os passivos contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de aquisição positiva (Goodwill), sendo adicionada ao valor de balanço do ativo financeiro e a sua recuperação analisada anualmente como parte integrante do ativo financeiro e, no caso de diferença de aquisição negativa (Badwill), após reconfirmação do processo de valorização do justo

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 68

valor e caso este se mantenha, na demonstração dos resultados do exercício.

É efetuada uma avaliação dos ativos financeiros em empresas associadas quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registada uma perda na demonstração dos resulta-dos sempre que tal se confirme.

Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acu-mulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo enquanto o capital pró-prio da associada não for positivo, exceto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada, registando nesses casos uma provisão na rubrica do passivo ‘Provisões’ para fazer face a essas obrigações.

Os ganhos não realizados em transações com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo nas mesmas por contraparti-da do investimento nessas entidades. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não eviden-cie que o ativo transferido esteja em situação de imparidade.

As empresas incluídas nas demonstrações finan-ceiras consolidadas pelo método da equivalência patrimonial encontram-se detalhadas na Nota 2.

PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉ-TRICOS, JULGAMENTOS E ESTIMA-TIVAS

Os principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas utilizados na preparação das demons-trações financeiras consolidadas do Grupo, nos exercícios apresentados, são os seguintes:

O Goodwill resultante dos investimentos em empresas do Grupo, entidades conjuntamente controladas e associadas, sediadas no estrangeiro e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, encon-tram-se registadas na moeda funcional dessas empresas, sendo convertidas para a moeda de relato do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data da demonstração da posição financeira. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica do Capital próprio - ‘Reservas de conversão cambiais’.

As diferenças entre o custo de aquisição dos in-vestimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando negativas, são reconhecidas como ganho na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos ativos e passivos identificáveis.

ii) Ativos não correntes classificados como detidos para venda

Os ativos não correntes são classificados como detidos para venda quando o valor dos mesmos for recuperado através de uma operação de venda, ao invés do seu uso continuado. Contudo, tal classificação exige que a transação de venda seja altamente provável, que o ativo se encontre disponível para venda imediata, que o Conselho de Administração do Grupo esteja comprometido com a alienação do mesmo e que a mesma ocorra no curto prazo (normalmente, mas não exclusiva-mente no prazo de um ano).

Os ativos não correntes classificados como detidos para venda são registados ao mais baixo do seu valor contabilístico, ou do seu justo valor, dedu-zido dos gastos com a sua alienação, sendo, no caso dos ativos fixos afetos à unidade operacional detida para venda, interrompida a depreciação durante tal período.

i) Diferenças de aquisição positivas (Goodwill)

As diferenças positivas entre o custo de aquisi-ção dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis (incluindo os passivos contingen-tes) dessas empresas à data da sua aquisição, são registadas na rubrica ‘Goodwill’ (no caso dos investimentos em empresas do Grupo) ou no valor do ativo financeiro em associadas e entidades conjuntamente controladas (no caso dos investi-mentos em associadas e entidades conjuntamente controladas).

O Goodwill gerado antes da data de transição para os IFRS (1 de janeiro de 2004) ou o resultante da constituição do Grupo, mantém-se registado pelo seu valor líquido contabilístico, apurado de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade, sendo objeto de testes de imparidade no final de cada ano, a partir daquela data.

O valor do Goodwill não é amortizado, sendo tes-tado anualmente, no final de cada exercício, para verificar se existem perdas por imparidade, ou seja, se o Goodwill não se encontra registado por um valor superior à sua quantia recuperável. As perdas por imparidade do Goodwill verificadas no exercí-cio são registadas na demonstração dos resultados na rubrica de ‘Perdas de imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líqui-do e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à alie-nação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera resultem do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.

As perdas por imparidade relativas a Goodwill não podem ser revertidas.

iii) Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis adquiridos pelo Grupo encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas, e só são reconhecidos se forem identificáveis e se for provável que venham a gerar benefícios económicos futuros para o Grupo, se possa medir razoavelmente o seu valor e se o Grupo possuir o controlo sobre os mesmos.

Os ativos intangíveis são constituídos basicamente por software e direitos de propriedade industrial, sendo os mesmos amortizados pelo método das quotas constantes durante um período de três anos, bem como pelas despesas incorridas com a obtenção de licenças para a exploração de parques eólicos e solares, as quais são amortizadas de acordo com o período das licenças atribuídas (atualmente em 20 anos).

As despesas incorridas com o licenciamento de parques eólicos são capitalizadas em ativos intangíveis apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:

- os estudos de viabilidade económica demons-trem que existirão benefícios económicos futuros;

- o Grupo tenha capacidade técnica e financeira para proceder à instalação e exploração dos par-ques eólicos; e

- os gastos afetos à fase de licenciamento dos par-ques eólicos sejam mensuráveis de forma fiável.

Os gastos incorridos pelo Grupo durante a fase de pesquisa e de instalação de parques eólicos são reconhecidos na demonstração dos resultados no momento em que são incorridos.

As restantes despesas de investigação são reco-nhecidas como gasto do exercício em que são incorridas.

Os ativos intangíveis identificados na aquisição de uma empresa subsidiária são registados separada-mente da rubrica de ‘Goodwill’ se o seu justo valor

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 69

puder ser estimado com fiabilidade. O custo inicial de tais ativos intangíveis é o seu justo valor na data de aquisição.

Após o seu reconhecimento inicial, os ativos intan-gíveis gerados na aquisição de uma empresa filial, são registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de impari-dade acumuladas, da mesma forma que os ativos intangíveis adquiridos pelo Grupo. Tais ativos são amortizados pelo método das quotas constantes, geralmente durante o período em que se espera que benefícios económicos ocorram.

iv) Ativos tangíveis

Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e perdas de imparidade acumuladas.

As depreciações são imputadas numa base siste-mática durante a vida útil estimada dos bens, não sendo os terrenos depreciáveis.

Os ativos tangíveis em curso representam ativos ainda em fase de construção / desenvolvimento, encontrando-se os mesmos registados ao custo de aquisição, deduzido de perdas de imparidade acumuladas. Estes ativos tangíveis são depreciados a partir do momento em que os ativos subjacentes se encontrem disponíveis para uso e nas condições necessárias em termos de qualidade e fiabilidade técnica para operar. As depreciações são imputa-das numa base sistemática durante a sua vida útil que é determinada tendo em conta a utilização esperada do ativo pelo Grupo, do desgaste natural esperado e da sujeição a uma previsível obsoles-cência técnica.

As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

os juros incluídos no valor das rendas e as depre-ciações do ativo fixo tangível são reconhecidos como gastos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto na demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

vi) Propriedades de investimento

As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, imóveis e terrenos detidos para auferir rendimento ou valorização do capital, ou ambos, e não para utilização no decurso da ativida-de corrente dos negócios.

As propriedades de investimento são inicialmente registadas ao custo de aquisição, acrescido das despesas de compra e registo de propriedade. Após o reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas pelos seus justos va-lores, com reconhecimento das alterações de justo valor nos resultados do exercício em que ocorram.

Os gastos incorridos (manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades), a par dos rendimentos e rendas obtidos com propriedades de investimento, são reconhecidos na demonstra-ção dos resultados do exercício a que se referem.

vii) Ativos e passivos financeiros

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira consolida-da quando o Grupo se torna parte contratual do respetivo instrumento financeiro.

a) Instrumentos financeiros:

O Grupo classifica os ativos financeiros nas seguin-tes categorias: ‘Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’, ‘Empréstimos

Edifícios: 20 a 50 anos

Equipamentos:

Equipamento básico 3 a 7 anos

Equipamento de transporte 4 a 5 anos

Ferramentas e utensílios 3 a 5 anos

Equipamento administrativo 3 a 10 anos

Outros ativos fixos tangíveis:

Parques eólicos e solares 15 a 20 anos

Outros ativos fixos tangíveis 3 a 10 anos

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeito-rias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, são registadas como gasto do exercício em que ocorrem.

v) Locações

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transfe-ridos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é efetuada em função da substância económica e não da forma do contrato.

Os ativos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspon-dentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o ativo fixo tan-gível, as depreciações acumuladas corresponden-tes, conforme definido nas políticas iv) e v) acima e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente,

e contas a receber’, ‘Investimentos detidos até ao vencimento’ e ‘Ativos financeiros disponíveis para venda’. A classificação depende da intenção subjacente à aquisição do investimento.

A classificação é definida no momento do reconhe-cimento inicial e reapreciada numa base trimestral.

• Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: ‘ativos financeiros detidos para negociação’ e ‘investimentos registados ao justo valor através de resultados’. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria, nomeadamente, se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para nego-ciação, exceto se estiverem afetos a operações de cobertura. Os ativos desta categoria são classifi-cados como ativos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expetável a sua realização num período inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira;

• Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os ativos financeiros, não deri-vados, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento;

• Ativos financeiros disponíveis para venda: in-cluem-se aqui os ativos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos ativos não correntes, exceto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num perí-odo inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.

Os ‘investimentos detidos até ao vencimento’ são classificados como Ativos financeiros não correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira. Os ativos financeiros registados a justo valor através de resultados são classificados como ativos financeiros correntes.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 70

Todas as compras e vendas de ativos financeiros são reconhecidas à data da transação, isto é, na data em que o Grupo assume todos os riscos e obrigações inerentes à compra ou venda do ativo. Os investimentos são inicialmente reconhecidos ao justo valor mais gastos de transação, sendo a única exceção os ‘ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’. Neste último caso, os investimentos são inicialmente reconhe-cidos ao justo valor e os gastos de transação são reconhecidos na demonstração dos resultados. Os investimentos são desreconhecidos quando o direito de receber fluxos financeiros tiver expirado ou tiver sido transferido e, consequentemente, te-nham sido transferidos todos os riscos e benefícios associados.

Os ‘ativos financeiros disponíveis para venda’ e os ‘ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’ são subsequentemente mensurados ao justo valor.

Os ganhos e perdas, realizados ou não, provenien-tes de uma alteração no justo valor dos ‘Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’ são registados na demonstração dos resultados do exercício. Os ganhos e perdas, provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos classificados como disponíveis para venda, são reconhecidos na demonstração do ren-dimento integral na rubrica de ‘Reservas de justo valor’ até ao investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, momento em que o ganho ou perda acumulada é reconhecida na demonstração consolidada dos resultados.

O justo valor dos investimentos é baseado nos pre-ços correntes de mercado. Se o mercado em que os investimentos estão inseridos não for um mercado ativo/líquido (investimentos não cotados), o Grupo estabelece o justo valor através de outras técnicas de avaliação como o recurso a transações de instru-mentos financeiros substancialmente semelhantes, análises de fluxos financeiros e modelos de opção de preços ajustados para refletir as circunstâncias específicas. O justo valor dos investimentos cotados é calculado com base na cotação de fecho da Euro-next à data da demonstração da posição financeira.

imparidade podem incluir:

- dificuldades financeiras significativas por parte da contraparte para liquidar as suas dívidas;

- não cumprimento atempado por parte da contra-parte dos créditos concedidos pelo Grupo;

- probabilidade elevada que a contraparte entre num processo de falência ou de reestruturação de dívida.

Para os ativos financeiros reconhecidos pelo custo amortizado, o montante da imparidade resulta da diferença entre o seu valor contabilístico e o valor atual dos fluxos de caixa futuros descontados à taxa de juro efetiva inicial.

O valor contabilístico dos ativos financeiros é reduzido diretamente pelas perdas de imparidade detetadas, com exceção das contas a receber de clientes e outros devedores em que o Grupo constitui uma conta de ‘Perdas de imparidade acu-muladas’ específica para as mesmas. Quando uma conta a receber de clientes e outros devedores é considerada como incobrável a mesma é anulada por contrapartida da conta ’Perdas de imparidade acumuladas’. Recebimentos posteriores de contas a receber de clientes e outros devedores anuladas das demonstrações financeiras são registados a crédito na demonstração dos resultados do exercício. Alterações ocorridas na conta ‘Perdas de imparidade acumuladas’ são registadas na demonstração dos resultados do exercício.

Com exceção dos ‘Ativos financeiros disponíveis para venda’, que correspondem a instrumentos de capital noutra entidade, se, num exercício subsequente, ocorrer uma diminuição das Perdas de imparidade acumuladas e se esse decréscimo se dever objetivamente a um evento posterior à data de reconhecimento de tal imparidade, esse decréscimo é registado através da demonstração dos resultados do exercício até ao limite da conta.

b) Clientes e outros devedores

As dívidas de ‘Clientes’ e de ‘Outros devedores’ não têm implícitos juros e são registadas pelo seu

Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo financeiro, se existir um mercado ativo, a cotação de mercado é aplicada. Este constitui o nível 1 da hierarquia do justo valor conforme defini-do na IFRS 7- Instrumentos financeiros.

No caso de não existir um mercado ativo, o que é o caso para alguns ativos e passivos financeiros, são utilizadas técnicas de avaliação geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Este constitui o nível 2 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 7.

A entidade aplica técnicas de avaliação para os instrumentos financeiros não cotados, tais como, derivados, instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados e para ativos financeiros disponíveis para venda. Os modelos de valorização que são utilizados mais frequentemente são mode-los de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções que incorporam informação de mercado como as curvas de taxa de juro.

Para alguns tipos de instrumentos financeiros mais complexos, são utilizados modelos de ava-liação mais complexos contendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mercado, para os quais a entidade utiliza esti-mativas e pressupostos internos. Este constitui o nível 3 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 7.

Os ‘Empréstimos e contas a receber’ e os ’Investi-mentos detidos até ao vencimento’ são registados ao custo amortizado através do método da taxa de juro efetiva.

O Grupo efetua avaliações à data de cada de-monstração da posição financeira sempre que exis-ta evidência objetiva de que um ativo financeiro possa estar em imparidade. No caso de instrumen-tos de capital classificados como disponíveis para venda, uma queda significativa (queda superior a 20%) ou prolongada (queda durante dois trimes-tres consecutivos) do seu justo valor para níveis inferiores ao seu custo é indicativo de que o ativo se encontra em situação de imparidade. Para os restantes ativos financeiros, indícios objetivos de

valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade reconhecidas nas rubricas de ‘Perdas de imparidade acumuladas’, por forma a que as mesmas reflitam o seu valor realizável líquido.

c) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros apurados de acordo com a taxa de juro efetiva são contabilizados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especiali-zação dos exercícios.

d) Outras contas a pagar e outras dívidas de terceiros

As contas a pagar e a receber correntes, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor.

e) Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transação. São conside-rados pelo Grupo instrumentos de capital próprio aqueles em que o suporte contratual da transação evidencie que o Grupo detém um interesse resi-dual num conjunto de ativos após dedução de um conjunto de passivos. São considerados passivos financeiros aqueles em que é expetável que ocorra um pagamento de fundos.

f) Instrumentos financeiros derivados

O Grupo utiliza instrumentos financeiros derivados na gestão dos seus riscos financeiros unicamente como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação. A utilização de instru-mentos financeiros derivados encontra-se devida-mente aprovada pelo Conselho de Administração do Grupo.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 71

Os instrumentos financeiros derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam exclusiva-mente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. O montante dos emprés-timos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classifi-car os instrumentos financeiros derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

- A eficácia da cobertura pode ser mensurada com fiabilidade;

- Existe adequada documentação sobre a transa-ção a ser coberta no início da cobertura;

- A transação objeto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro (cobertura de cash-flow) são inicialmente regista-dos pelo seu justo valor, se algum, e subsequente-mente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos, associadas à parcela de cobertura efetiva, são reconhecidas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de cobertura – Derivados’, sendo transfe-ridos para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta os resulta-dos. A parcela de cobertura não efetiva é registada na demonstração dos resultados do exercício, no momento em que é apurada.

A mensuração dos instrumentos financeiros derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de qualificar como ins-

a tais ativos já tiver expirado, ou quando o Grupo transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos para uma terceira entidade. Se o Grupo retiver substan-cialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica de ‘Empréstimos’ a contra-partida monetária pelos ativos cedidos.

Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com exceção das operações de ‘factoring sem recurso’, são relevadas nas demonstrações financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.

ix) Caixa e seus equivalentes

Os montantes incluídos na rubrica de ‘Caixa e seus equivalentes’ correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria (com vencimento inferior a três meses, prontamente convertíveis para uma quantia conhecida de dinheiro, para os quais o risco de alteração de valor não é significativo.

x) Inventários

As mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor do custo médio de aquisição, ou do respetivo valor de mer-cado (estimativa do seu preço de venda deduzido dos gastos a incorrer com a sua alienação). Os pro-dutos acabados e semiacabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao respe-tivo valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo da matéria-prima incorporada, mão de obra direta e gastos gerais de fabrico.

São reconhecidas imparidades sempre que se estima que o seu valor realizável liquido é inferior

trumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas reconhecidas na demons-tração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de justo valor - Derivados” são mantidas no capital próprio, e as mensurações subsequentes são regis-tadas diretamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

g) Certificados verdes

À data da publicação das demonstrações finan-ceiras não existia norma contabilística ou uma interpretação nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’) que refira especificamente sobre a contabilização de emissões ou certificados de energias renováveis.

Os certificados verdes são instrumentos que apro-vam a produção de uma dada quantia de eletrici-dade proveniente de fontes de energia renováveis.

Quando os certificados são recebidos, a empresa reconhece um ativo em ‘Outros ativos financeiros correntes’ e o correspondente ‘Proveito Diferi-do’. O proveito é reconhecido numa rubrica da demonstração dos resultados quando os certifica-dos verdes são vendidos. Após o reconhecimento inicial, os certificados são avaliados ao preço transacionável disponível à data. No final de cada período, estes são avaliados usando o justo valor a essa data, o qual corresponde à cotação de merca-do. A diferença resultante é registada numa rubrica da demonstração dos resultados, como ‘Rendi-mentos e ganhos financeiros’ ou como ‘Custos e perdas financeiras’.

Os certificados são válidos por um dado período de tempo desde a sua data de emissão (16 meses na Roménia). O valor dos certificados revertido por não ter sido usado dentro do prazo de validade será registado em ‘Custos e perdas financeiras’.

h) Letras descontadas e contas a receber cedidas em factoring

O Grupo desreconhece ativos financeiros das suas demonstrações financeiras, unicamente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes

ao seu valor contabilístico, sendo as imparidades reconhecidas na rubrica ‘Outros rendimentos / (gastos) operacionais’ da Demonstração de Resul-tados (Nota 9).

xi) Especialização de exercícios

As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as cor-respondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de ‘Outros ativos correntes’, ‘Outros ativos não correntes’, ‘Outros passivos correntes’ e ‘Outros passivos não correntes’.

xii) Rédito

O rédito é registado pelo justo valor dos ativos recebidos ou a receber, líquido de descontos e de devoluções expetáveis.

a) Reconhecimento de gastos e rendimentos em obras (construção de estruturas metálicas e construção de parques eólicos e solares chave na mão)

O Grupo reconhece os resultados das obras, contrato a contrato, de acordo com o método da percentagem de acabamento, o qual é entendido como sendo a relação entre os gastos incorridos em cada obra até uma determinada data e a soma desses gastos com os gastos estimados para completar a obra. As diferenças obtidas entre os valores resultantes da aplicação do grau de aca-bamento aos rendimentos estimados e os valores faturados, são contabilizadas nas sub-rubricas ‘Trabalhos em curso’ ou ‘Faturação antecipada’, incluídas nas rubricas ‘Outros ativos correntes’ e ‘Outros passivos correntes’, respetivamente.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 72

Variações nos trabalhos face à quantia de rédi-to acordada no contrato são reconhecidas no resultado do exercício quando é provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação, e que esta possa ser mensurada com fiabilidade.

As reclamações para reembolso de gastos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que é provável que o cliente aceite a reclamação, e que é possível mensurá-la com fiabilidade.

Para fazer face aos gastos a incorrer durante o período de garantia das obras, o Grupo reconhece uma provisão para fazer face a tal obrigação legal, a qual é apurada tendo em conta o volume de produção anual e o historial de gastos incorridos no passado com as obras em período de garantia.

Quando é provável que os gastos totais previstos no contrato de construção excedam os rendi-mentos definidos no mesmo, a perda esperada é reconhecida imediatamente na demonstração dos resultados do exercício, por contrapartida de provisões.

b) Obras de curta duração

Nestes contratos de prestação de serviços, o Gru-po reconhece os rendimentos e gastos à medida que se faturam ou incorrem, respetivamente.

c) Reconhecimento de gastos e rendimentos na atividade imobiliária

Os gastos relevantes com os empreendimentos imobiliários são apurados tendo em conta os gastos diretos de construção, assim como todos os gastos associados à elaboração de projetos e licenciamento das obras. Os gastos imputáveis ao financiamento do empreendimento são também adicionados ao custo dos empreendimentos imo-biliários, desde que estes se encontrem em curso.

Considera-se, para efeito de capitalização dos encargos financeiros, que o empreendimento está

- existe forte probabilidade de os ativos gerarem benefícios económicos futuros; e

- os gastos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável.

xiv) Gastos com a preparação de pro-postas

Os gastos incorridos com a preparação de pro-postas em concursos diversos são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em que são incorridos, em virtude do desfecho das propostas não ser controlável.

xv) Saldos e transações expressos em moeda estrangeira

Demonstrações financeiras individuais:

Todos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data da de-monstração da posição financeira, são registadas, pelo seu valor bruto, como ganhos e perdas na demonstração dos resultados do exercício.

Demonstrações financeiras consolidadas:

Na preparação das demonstrações financeiras con-solidadas, os ativos e passivos das demonstrações financeiras das entidades estrangeiras do Grupo são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio à data de fecho da demonstração da posição financeira. Os gastos e rendimentos, bem como os fluxos de caixa são igualmente converti-dos para Euro, utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. Adicionalmente, alguns empréstimos de médio e longo prazo ou sem

em curso se aguardar decisão das autoridades en-volvidas, ou se se encontrar em fase de construção. Caso o empreendimento não se encontre nestas fases é considerado parado e as capitalizações acima referidas são suspensas.

O rédito, neste tipo de operações, tem sido ge-rado e reconhecido, essencialmente, aquando da transferência dos direitos e obrigações associados aos ativos, o que, em regra geral, coincide com a celebração da escritura de venda.

d) Reconhecimento de rédito em vendas de mercadorias e produtos acabados

O reconhecimento do rédito resultante da venda de mercadorias e de produtos acabados, ocorre unicamente quando todas as condições descritas abaixo se encontrarem cumpridas:

- O Grupo transferiu para o comprador todos os riscos e benefícios significativos inerentes à posse dos bens alienados;

- O Grupo não retém qualquer envolvimento ou qualquer controlo continuado sobre os bens alienados;

- O montante do rédito possa ser estimado de forma fiável;

- É provável que os benefícios económicos associados à alienação de tais bens venham a ser recebidos; e

- Os gastos incorridos, ou a incorrer, com tal aliena-ção possam ser estimados com fiabilidade.

xiii) Trabalhos para a própria empresa

Os gastos internos (materiais, mão de obra e gas-tos gerais de fabrico) incorridos na produção de ativos fixos tangíveis são objeto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:

- os ativos desenvolvidos são identificáveis;

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

prazo de reembolso definido, concedidos a parti-cipadas que operam em países que não adotam o Euro, foram considerados como parte integrante do investimento líquido do Grupo, sendo a dife-rença cambial resultante registada na demonstra-ção do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de conversão cambiais’. No momento da alienação de tais entidades estrangeiras, as diferenças de conversão cambiais acumuladas são registadas na demonstração dos resultados do exercício.

O Goodwill e os ajustamentos para o justo valor dos ativos e passivos adquiridos, resultantes da aquisição de entidades estrangeiras, são tratados como ativos e passivos em moeda estrangeira e são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio à data de fecho da demonstração da posição financeira.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 73

apenas quando existem expetativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada demonstração da posição financeira é efetuada uma reapreciação dos impostos dife-ridos ativos, sendo os mesmos desreconhecidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

O montante de imposto diferido que resulte de transações ou eventos reconhecidos em contas de capital próprio, é registado diretamente nessas mesmas rubricas, não afetando o resultado do exercício.

xvii) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com emprés-timos obtidos são reconhecidos como gasto do exercício de acordo com o princípio da especializa-ção dos exercícios.

xvi) Impostos sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício inclui o imposto corrente e o imposto diferido, de acor-do com a IAS 12. O imposto corrente é calculado com base nos respetivos resultados tributáveis, de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respetivos montan-tes para efeitos de tributação, bem como a alguns créditos fiscais atribuídos ao Grupo.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data da reversão das diferen-ças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são registados

Os encargos financeiros de empréstimos obti-dos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos e de alguns inventários (projetos imobiliários) são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida após o início de utilização, no final de produção ou de construção do ativo ou quando o projeto em causa se encontra suspenso.

xviii) Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (le-gal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obriga-ção ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstra-ção da posição financeira e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa futuros necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor atual dos mesmos.

As provisões constituídas pela empresa resultam, essencialmente de:

i) Garantias de construção

O Grupo reconhece uma provisão para os custos estimados a incorrer no futuro com a garantia de construção prestada sobre os parques, eólicos ou solares, vendidos. Esta provisão é constituída na data da alienação ou da prestação do serviço, afetando o ganho obtida na mesma. No final do período de garantia (em média 5 anos) qualquer valor remanescente da provisão é revertido por resultados do exercício.

ii) Contratos onerosos

O Grupo reconhece uma provisão para contratos

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

TAXA DE FECHO TAXA MÉDIA

1 € equivale a: ANO 2012 ANO 2011VARIAÇÃO

EM % ANO 2012 ANO 2011VARIAÇÃO

EM %

Dólar australiano 1,271 1,272 -0,1% 1,241 1,344 -7,7%

Lev da Bulgária 1,956 1,956 0,0% 1,956 1,956 0,0%

Coroa checa 25,151 25,787 -2,5% 25,148 24,590 2,3%

Zloti polaco 4,074 4,458 -8,6% 4,185 4,121 1,6%

Novo Leu da Roménia 4,445 4,323 2,8% 4,459 4,239 5,2%

Dólar dos Estados Unidos 1,319 1,294 2,0% 1,285 1,392 -7,7%

Rand da África do Sul 11,173 10,483 6,6% 10,551 10,097 4,5%

Real do Brasil 2,704 2,416 11,9% 2,508 2,327 7,8%

Baht da Tailândia 40,347 40,991 -1,6% 39,928 42,429 -5,9%

Kwanza Angola 126,263 122,850 2,8% 122,771 131,746 -6,8%

Dirham de Marrocos 11,130 11,094 0,3% 11,009 11,206 -1,8%

Libra esterlina 0,816 0,835 -2,3% 0,811 0,868 -6,6%

Dólar canadiano 1,314 1,322 -0,6% 1,284 1,376 -6,7%

Metical Moçambique 38,911 34,317 13,4% 36,151 40,031 -9,7%

Peso Mexicano 17,185 18,093 -5,0% 16,903 17,087 -1,1%

Saudi Riyal (Arábia Saudita)/ SAR 4,950 4,842

Peso chileno 632,911 630,510

onerosos, na data em que para os contratos de construção em curso se determine que o custo a incorrer para satisfazer a obrigação assumida excede os benefícios económicos estimados. Esta análise é efetuada contrato a contrato de acordo com a informação prestada pelos responsáveis dos projetos.

iii) Processos judiciais em curso

É reconhecida uma provisão para processos judi-ciais em curso quando exista uma estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpos-tas por terceiros.

iv) Ativos financeiros em equivalência patri-monial

É reconhecida uma provisão sempre que a empre-sa participada tem capital próprio negativo e se considera que o Grupo assumiu responsabilidades para além da sua participação no capital.

xix) Subsídios atribuídos pelo Estado

Subsídios atribuídos para financiar ações de formação de pessoal e de apoio à contratação são reconhecidos como rendimentos durante o período de tempo durante o qual o Grupo incorre nos respetivos gastos.

Subsídios atribuídos para financiar investimen-tos em ativos são registados como rendimentos diferidos e reconhecidos na demonstração dos resultados, na rubrica de ‘Outros rendimentos / (gastos) operacionais’, durante o período de vida útil estimado para os bens subsidiados.

xx) Imparidade de ativos que não Goodwill

É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada demonstração da posição financeira e sem-pre que seja identificado um evento ou alteração

Foram usadas as seguintes taxas de câmbio na preparação das demonstrações financeiras:

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 74

de um incremento nos capitais próprios, ao longo do período de aquisição de direitos pelos colabo-radores. O valor total a registar como gasto foi determinado com base no justo valor das opções atribuídas, que foi estimado apenas com recurso a condições de mercado. As condições de aquisição que não são as condições de mercado foram consideradas para estimar o número de opções que no final do período de aquisição terão direitos adquiridos. Em cada data de relato, o Grupo revê a estimativa do número de opções que se espera que se tornem exercíveis e reconhece o impacto da revisão da estimativa original na demonstração dos resultados por contrapartida da demonstração das alterações no capital próprio.

xxii) Classificação na demonstração da posição financeira

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data da demonstração da posição financeira são classificados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes. Adicionalmente, pela sua natureza, os ‘Impostos diferidos’ e as ‘Provisões’ são classificados como ativos e passivos não correntes.

xxiii) Ativos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota.

Um ativo contingente não é reconhecido nas demonstrações financeiras, mas divulgado no anexo quando é provável a existência de um ben-efício económico futuro.

nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica de ‘Provisões e perdas por imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir e, consequentemente, o ativo deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (quer através do custo histórico, quer através do seu valor reavaliado, líquido de amortizações ou depreciações) caso a perda de imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.

xxi) Benefícios aos empregados

Opções sobre ações

O Grupo remunera os serviços prestados por al-guns dos seus colaboradores, através de um plano de atribuição de opções sobre ações, liquidado com base em capital próprio. O justo valor dos serviços recebidos é registado como um gasto na demonstração dos resultados, por contrapartida

xxiv) Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração consolidada dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método direto. O Grupo classifica na rubrica ‘Caixa e seus equivalentes’ os investimentos com vencimento a menos de três meses, prontamente convertíveis para uma quantia conhecida de din-heiro, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de financiamento e de investimento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeada-mente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos tangíveis e intangíveis.

Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de financiamento incluem, designadamente, os paga-mentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, e paga-mento de dividendos.

xxv) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demon-stração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira (adjusting events) são refletidos nas demon-strações financeiras consolidadas. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da demonstração da posição financeira (non adjusting events), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas.

xxvi) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, o Conselho de Administração do Grupo baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros.

As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras consolida-das dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 incluem:

- vidas úteis dos ativos tangíveis;

- justo valor das propriedades de investimento;

- testes de imparidade realizados ao Goodwill;

- registo de provisões e perdas de imparidade;

- reconhecimento de rendimentos em obras em curso e garantias;

- reconhecimento de ativos por impostos diferidos decorrentes de perdas fiscais;

- apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da pre-paração das demonstrações financeiras consoli-dadas. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Alterações a estas estimativas que ocorram pos-teriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8.

xxvii) Gestão dos riscos financeiros

A incerteza, característica dominante dos merca-dos, comporta em si uma variedade de riscos aos quais as atividades do Grupo Martifer se encon-

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 75

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

tram expostas, designadamente, risco de preço, risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro, risco de liquidez e risco de crédito.

a) Risco de preço

A volatilidade do preço das matérias-primas constitui um risco para o Grupo. Alterações do preço do aço e do alumínio afetam a atividade operacional da área de negócio de construção metálica. A Martifer tem procurado mitigar este risco através de contratos com clientes que permitam repercutir as alterações do preço da matéria-prima no valor pago pelo cliente e garantindo junto dos seus fornecedores preços fixos para projetos de grande dimensão.

b) Risco de taxa de câmbio

O risco taxa de câmbio traduz-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas. A ex-posição ao risco de taxa de câmbio do Grupo resulta da existência de subsidiárias localizadas em países em que a moeda local é diferente do Euro, das op-erações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de transações efetuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de reporte do Grupo.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como objetivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos seus resul-tados a flutuações cambiais.

No âmbito da atividade operacional de todas as subsidiárias, procura-se que as transações sejam realizadas nas respetivas moedas locais. Pela mesma razão, os empréstimos contraídos pelas subsidiárias estrangeiras são preferencialmente contraídos nas respetivas moedas locais.

Certas atividades desenvolvidas pelo Grupo estão expostas a variações das taxas de câmbio das moedas locais face a outras moedas. O preço de algumas matérias-primas, como sejam o aço e o alumínio, são geralmente expressos ou indexados ao dólar norte-americano, o que pode ter impacto nos resultados do Grupo. Em grande medida, é

possível repercutir essas variações nos preços de venda. Quando não é possível, o Grupo procura mitigar esta exposição através da contratação de derivados cambiais.

No que respeita ao risco cambial emergente da conversão dos investimentos do Grupo em filiais que relatam em moedas diferentes do Euro, o Grupo procura efetuar a sua gestão com base em hedging natural, recorrendo ao balanço das empresas, nomeadamente procurando contrair financiamento em moeda local. Paralelamente, o Grupo procura mitigar este impacto cambial através da diversificação dos países em que está presente.

O montante de ativos e passivos (em Euro) do Grupo registados em moeda diferente do Euro, material-mente relevantes, pode ser resumido como se segue:

Os eventuais impactos gerados nas demonstrações financeiras do Grupo pela transposição das demon-strações financeiras das suas subsidiárias, que relatam em moeda diferente do Euro, caso ocorresse uma variação de 1% nas taxas de câmbio acima referidas, podem ser resumidos como se segue (valores em Euro):

c) Risco de taxa de juro

O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.

O Grupo recorre a financiamentos externos no decurso da sua atividade, estando exposto ao risco de taxa de juro já que grande parte da dívida financeira do Grupo está indexada a taxas de juro de mercado.

Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, o Grupo recorre a empréstimos de taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a alterações nas taxas de juro vigentes nesses em-préstimos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

A análise de sensibilidade à variação para mais ou para menos de 1% na taxa de juro é apresentada na Nota 29 ‘Empréstimos’.

d) Risco de liquidez

O risco de liquidez traduz a capacidade do Grupo fazer face às suas responsabilidades financeiras tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.

O Grupo gere o risco de liquidez de duas formas principais:

• Por um lado, procura garantir que a estrutura de financiamento do Grupo é adequada à natureza das suas obrigações. Investimentos realizados em ativos fixos, incluindo ativos financeiros, são finan-ciados com recurso a financiamento de longo prazo (capitais próprios e empréstimos não correntes), enquanto que responsabilidades correntes são financiadas com empréstimos de curto prazo. Os

ATIVOS PASSIVOS

1 € equivale a: ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011 ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011

Novo Leu (Roménia) 181.131.249 189.453.664 191.321.342 101.300.595 101.097.446 101.097.446

Zloti (Polónia) 89.036.932 73.425.621 79.254.371 103.006.951 76.492.890 77.595.036

Dólar Americano (E.U.A.) 116.977.033 89.790.128 89.790.128 113.137.401 79.106.652 79.106.652

Kwanza (Angola) 50.023.849 48.753.961 48.753.961 39.185.420 38.910.355 38.910.355

Real (Brasil) 74.152.244 61.303.650 61.303.650 48.866.717 38.433.779 38.433.779

Dirham (Marrocos) 1.941.673 2.385.409 2.385.409 2.133.656 2.656.239 2.656.239

Dólar Australiano (Austrália) 9.649.719 13.061.187 13.061.187 9.005.254 10.086.541 10.086.541

Coroa Checa (República Checa) 415.823 442.593 442.593 315.876 279.793 279.793

Dólar Canadiano (Canadá) 2.815.218 206.557 206.557 2.696.593 116.501 116.501

Libra Esterlina (Reino Unido) 32.232.863 5.483.005 5.483.005 31.236.706 5.629.925 5.629.925

Peso Mexicano (Mexico) 455.779 108.730 108.730 703.785 185.681 185.681

Riyal Saudita (Arábia Saudita) 2.512.937 52.653 52.653 2.803.625 - -

Hryvnia (Ucrânia) 2.098.453 8.829 8.829 1.727.451 - -

ANO 2012 ANO 2011 REEXPRESSO ANO 2011

1 € equivale a:DEPRECIAÇÃO DA

MOEDA LOCAL FACE AO EURO

IMPACTO EM RESULTADOS

IMPACTO EM CAPITAIS

PRÓPRIOS

IMPACTO EM RESULTADOS

IMPACTO EM CAPITAIS

PRÓPRIOS

IMPACTO EM RESULTADOS

IMPACTO EM CAPITAIS

PRÓPRIOS

Novo Leu (Roménia) 1% 16.267 (790.403) 48.630 (874.814) 49.374 (893.306)

Zloti (Polónia) 1% 159.215 138.317 62.949 30.369 63.810 (16.429)

Dólar Americano (E.U.A.) 1% 37.324 (38.016) 73.559 (105.777) 73.559 (105.777)

Libra Esterlina (Reino Unido) 1% (4.473) (9.863) 1.327 1.455 1.327 1.455

Coroa Checa (República Checa) 1% 820 (990) 193 (1.612) 193 (1.612)

Dirham (Marrocos) 1% (772) 1.901 17.495 2.681 17.495 2.681

Dólar Australiano (Austrália) 1% 80.461 (6.381) 18.147 (29.452) 18.147 (29.452)

Kwanza (Angola) 1% (20.090) (107.311) (7.067) (97.461) (7.067) (97.461)

Real (Brasil) 1% (13.468) (250.352) 10.525 (226.434) 10.525 (226.434)

Dólar Canadiano (Canadá) 1% (331) (1.174) 2.292 (892) 2.292 (892)

Peso Mexicano (Mexico) 1% 1.579 2.456 - - - -

Riyal Saudita (Arábia Saudita) 1% 3.465 2.878 - - - -

Hryvnia (Ucrânia) 1% (3.605) (3.673) - - - -

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 76

empréstimos de médio e longo prazo são contrata-dos geralmente por prazos de 5 a 7 anos, normal-mente com períodos de carência de reembolso de capital de 1 a 2 anos.

• Por outro lado, as subsidiárias têm contratado com instituições financeiras facilidades de crédito disponíveis de imediato, por um montante que garante adequada liquidez. O montante das linhas de crédito disponíveis e não utilizadas, no final de 2012, ascendia a cerca de Euro 4,7 milhões. As subsidiárias contam, ainda, com disponibilidades suficientes para garantir os seus compromissos de curto prazo.

O risco de liquidez é analisado na nota 29 ‘Em-préstimos’.

e) Risco de crédito

O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem as economias a uma escala local, nacional ou internacional podem origi-nar a incapacidade dos clientes do Grupo Martifer para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo.

Cientes desta realidade, o Grupo procura avaliar o risco de crédito de todos os seus clientes como racional para o estabelecimento do crédito a conceder, sendo objetivo último assegurar a efetiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos.

Com este objetivo, o Grupo recorre a agências de informação financeira e avaliação de crédito, e efetua regularmente análises de risco e controlo de crédito, bem como cobrança e gestão de proces-sos em contencioso, procedimentos essenciais para gerir a atividade creditícia e minimizar a ocorrência de incobráveis.

xxviii) Gestão do capital

O objetivo do Grupo, em relação à gestão de capi-tal, é manter uma estrutura de capital ótima, através da utilização prudente de dívida e procurando

desse modo a necessária redução do seu custo.

A contratação de dívida é analisada periodicamente através da ponderação de fatores como o custo do financiamento e as necessidades de investimento das empresas operacionais do Grupo.

O indicador utilizado para monitorar a estrutura de capitais é o rácio de Autonomia Financeira. A Adminis-tração tem considerado 20% como sendo o valor indicativo de uma estrutura ótima, atendendo às caracterís-ticas da empresa e do setor económico em que se enquadra. Considera ainda que, conforme as condições objetivas da conjuntura económica em geral e do setor em particular, aquele rácio deverá situar-se ideal-mente no intervalo 20% - 30%. A Autonomia Financeira apresentou a seguinte evolução:

A descida do rácio de Autonomia Financeira deve-se ao decréscimo do Capital Próprio em 2012, em cerca de Euro 40 milhões, em grande medida devido aos prejuízos que o Grupo apresenta no ano. Ainda assim, o Grupo apresenta uma estrutura de capital robusta, com uma Autonomia Financeira acima do objetivo dos 20%.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011

Capital próprio 227.255.223 267.717.124 283.316.635

Ativo 976.375.200 1.017.979.156 1.037.833.335

Autonomia financeira 23,3% 26,3% 27,3%

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 77

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO ANO 2011

EMPRESA SEDE DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL

Martifer SGPS, S.A. Oliveira de Frades Martifer SGPS Holding

Martifer Inovação e Gestão, S.A. Oliveira de Frades Martifer Inovação 100,00% - 100,00% 100,00%

Martifer Gestiune Si Servicii, S.R.L. Bucareste Martifer Inovação Roménia 100,00% - 100,00% 100,00%

Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. Oliveira de Frades Martifer Metallic Constructions 100,00% - 100,00% 100,00%

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. Oliveira de Frades Martifer Construções - 100,00% 100,00% 100,00%

Marifer Mota-Engil Coffey Construction Joint Venture Limited Dublin MMECC - 60,00% 60,00% 60,00%

Resun Developments, S.A. Oliveira de Frades Resun - - - 100,00%

Martifer – Construcciones Metálicas España, S.A. Madrid Martifer Espanha - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer – Construções Metálicas Angola, S.A. Luanda Martifer Angola - 78,75% 78,75% 78,75%

Martifer Construction Limited Dublin Martifer Irlanda - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Polska Sp. Zo.o. Gliwice Martifer Polska - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Constructions, SAS Rungis Martifer França - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Constructii SRL Bucareste Martifer Constructii - 100,00% 100,00% 100,00%

Park Logistyczny Biskupice Gliwice Biskupice - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Konstrukcje Sp. Z o.o. Gliwice Martifer Konstrukcje - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Slovakia S.R.O. Bratislava Martifer Slovakia - 100,00% 100,00% 100,00%

Sociedade de Madeiras do Vouga, S.A. Albergaria-a-Velha Madeiras do Vouga - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer - Gestão de Investimentos, S.A. Oliveira de Frades MGI - 100,00% 100,00% 100,00%

Nagatel Viseu, Promoção Imobiliária, S.A. Oliveira de Frades Nagatel Viseu - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Retail & Warehousing Angola, S.A. Luanda Martifer Retail Angola - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer - Alumínios, S.A. Oliveira de Frades Martifer Alumínios - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer - Alumínios, S.A. Madrid Martifer Alumínios Espanha - - - 100,00%

Martifer Alumínios Angola, S.A. Luanda Martifer Alumínios Angola - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Recycling Sp. Zo.o Gliwice Martifer Recycling Polónia - - - 100,00%

Martifer Aluminium Pty, Ltd Sidney Sassall - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Aluminium Limited Dublin Martifer Aluminium Irlanda - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Aluminium UK Limited Londres Martifer Aluminium Reino Unido - 100,00% 100,00% -

Martifer UK Limited Londres Martifer UK - 100,00% 100,00% 100,00%

MT Construction Maroc, S.A.R.L. Tânger Martifer Marrocos - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer - Construções Metálicas, Ltda. Fortaleza Martifer Brasil - 100,00% 100,00% 100,00%

Saudi Martifer Constructions LLC Riyadh Martifer Arábia Saudita - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Beteiligungsverwaltungs GmbH Viena Martifer GmbH 100,00% - 100,00% 100,00%

M City Gliwice Sp. Zo.o Gliwice M City Gliwice - 52,80% 52,80% 52,80%

Martifer Energy Systems SGPS, S.A. Oliveira de Frades Martifer Energy Systems 100,00% - 100,00% 100,00%

Martifer Energia S.R.L. Bucareste Martifer Energia Roménia - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Energia LLC Kiev Martifer Energia Ucrânia - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Wind Energy Systems LLC San Angelo TX Martifer Wind USA - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Energy Systems PTY Cidade do Cabo Martifer Energia África do Sul - 85,00% 85,00% 85,00%

Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, S.A. Aveiro Navalria - 100,00% 100,00% 100,00%

Gebox, S.A. Ílhavo Gebox - 100,00% 100,00% 65,00%

Martifer Global SGPS, S.A. Oliveira de Frades Martifer Global 100,00% - 100,00% -

Martifer Solar SGPS, S.A. Oliveira de Frades Martifer Solar SGPS 100,00% - 100,00% 100,00%

Martifer Solar, S.A. Oliveira de Frades Martifer Solar - 55,00% 55,00% 75,00%

Martifer Solar Sistemas Solares, S.A. Madrid Martifer Solar Sistemas Solares - 55,00% 55,00% 75,00%

Solar Parks Construccion Parques Solares ETVE, S.A. Madrid Solar Parks - 55,00% 55,00% 75,00%

2. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEm 31 de dezembro de 2012 e 2011, as empresas incluídas na consolidação, respetivos métodos de consolidação, bem como as suas sedes sociais e proporção do capital detido, são como se segue:

EMPRESAS CONSOLIDADAS PELO MÉTODO INTEGRAL

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 78

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO ANO 2011

EMPRESA SEDE DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL

Parque Solar Seseña II, S.L. Madrid Seseña II - - - 75,00%

Parque Solar Segovia, S.L. Madrid Segovia - - - 75,00%

Parque Solar Quintanar, S.L. Madrid Quintanar - - - 75,00%

Parque Solar Seseña III, S.L. Madrid Seseña III - 55,00% 55,00% 75,00%

MTS Solar Sistemas Solares, S.A. Cidade do México Martifer Solar México - 54,45% 54,45% 74,25%

Martifer Solar Chile Holding, Lda Santiago do Chile Martifer Solar Chile - 55,00% 55,00% -

Martifer Solar Chile Operaciones Limitada Santiago do Chile Solar Chile Operaciones - 55,00% 55,00% -

Martifer Solar Sistemas Solares Equador S.A. Sangolquí Martifer Solar Equador - 54,45% 54,45% -

Martifer Solar S.R.L. Milão Martifer Solar Itália - 55,00% 55,00% 75,00%

MTS1 S.R.L. Siracusa MTS1 - 55,00% 55,00% 75,00%

MTS2 S.R.L. Siracusa MTS2 - 55,00% 55,00% 75,00%

MTS3 S.R.L. Siracusa MTS3 - 55,00% 55,00% 75,00%

MTS4 S.R.L. Siracusa MTS4 - 55,00% 55,00% 75,00%

MTS5 S.R.L. Siracusa MTS5 - - - 75,00%

Martifer Solar RO S.R.L. Bucareste Martifer Solar Roménia - 55,00% 55,00% -

Martifer Solar Inc. S. Francisco CA Martifer Inc. - 55,00% 55,00% 75,00%

Martifer Solar USA, Inc. Santa Monica CA AEM 1) - 34,93% 34,93% 47,63%

Martifer Aurora Solar, LLC Santa Monica CA Solar Aurora 1) - 34,58% 34,58% 47,14%

MT Silverado Fund LLC S. Francisco CA Silverado 1) - 31,42% 31,42% 38,25%

Martifer Solar Finance LLC S. Francisco CA Martifer Solar Finance - 55,00% 55.00% -

Martifer Solar Hellas, A.T.E. Atenas PVI 1) - 39,13% 39,13% 50,58%

Martifer Solar Angola Luanda Martifer Solar Angola 1) - 41,25% 41,25% 56,25%

Martifer Solar N.V. Deerlijk Martifer Solar Bélgica - 55,00% 55,00% 75,00%

Martifer Solar UK Limited Londres Martifer Solar UK - 55,00% 55,00% 75,00%

Martifer Solar S.A.S. Lyon Martifer Solar França - 55,00% 55,00% 75,00%

Martifer Solar CZ Praga Martifer Solar República Checa - 55,00% 55,00% 75,00%

Home Energy France SAS Lyon Home Energy França - 55,00% 55,00% 75,00%

PVGlass, S.A. Oliveira de Frades PVGlass - 55,00% 55,00% 52,50%

PVGLASS S.r.l Milão PVGlass Itália - 55,00% 55,00% 52,50%

MPrime Solar Solutions, S.A. Oliveira de Frades MPrime - 55,00% 55,00% 75,00%

MPrime Italia S.r.l Oliveira de Frades MPrime Itália - 55,00% 55,00% 75,00%

MPrime GMBH Munique MPrime GMBH - 55,00% 55,00% 75,00%

Sol Cativante, Lda. Sever do Vouga Sol Cativante - 55,00% 55,00% 6,83%

Sol Cativante V, Lda. Viseu Sol Cativante V - - - 6,83%

Sol Cativante VI, Lda. Viseu Sol Cativante VI - - - 6,83%

Sol Cativante VII, Lda. Viseu Sol Cativante VII - 55,00% 55,00% -

Martifer Solar Investments, B.V. Amesterdão Martifer Solar Holanda - 55,00% 55,00% 75,00%

Martifer Solar Canadá, Ltd. Toronto Martifer Solar Canadá - 55,00% 55,00% 75,00%

MTS6 S.R.L. Siracusa MTS61) - 46,75% 46,75% 63,75%

Martifer Solar SK s.r.o. Dolny Kubin Martifer Solar Eslováquia - 55,00% 55,00% 75,00%

Ginosa Solar Farm, S.R.L. Roma Ginosa Solar Farm - 55,00% 55,00% 75,00%

Solar Spritehood S.R.L Roma Solar Spritehood - 55,00% 55,00% 75,00%

MTS7, S.R.L. Roma MTS7 - 55,00% 55,00% 75,00%

Sol Cativante II, S.A. Sever do Vouga Sol Cativante II - - - 75,00%

Sol Cativante IV, S.A. Sever do Vouga Sol Cativante IV - - - 75,00%

Canopy - Naos Paris Canopy Naos - 55,00% 55,00% 75,00%

Eviva Mepe Atenas Eviva Grécia - 55,00% 55,00% 75,00%

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 79

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO ANO 2011

EMPRESA SEDE DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL

MTS Trewidland Solar, Ltd Londres MTS Trewidland Solar - 55,00% 55,00% -

Steadfast Fairview Solar, Ltd Andover Steadfast Fairview Solar - 55,00% 55,00% -

Steadfast Molland Solar, Ltd Andover Steadfast Molland Solar - 55,00% 55,00% -

Steadfast Apsley Solar, Ltd Andover Steadfast Apsley Solar - 55,00% 55,00% -

Martifer Solar UA, LLC Kyiv Martifer Solar Ucrânia - 55,00% 55,00% -

Inspira Martifer Solar Limited Mumbai Inspira Martifer Solar 1) - 28,05% 28,05% -

Societé Developpement Local SA Dakar Martifer Solar Senegal 1) - 28,05% 28,05% -

Martimak Solar Besiktas Martimak1) - 44,00% 44,00% -

Martiper Solar Besiktas Martiper1) - 44,00% 44,00% -

Martifer Solar Singapura PTE. LTD. Singapura Martifer Solar Singapura - 55,00& 55,00& -

EVIVA SOLAR 1 LTD Atenas Eviva Solar 1 - 54,90% 54,90% -

EVIVA SOLAR 2 LTD Atenas Eviva Solar 2 - 54,90% 54,90% -

Martifer Solar MZ, S.A. Maputo Martifer Solar Moçambique 1) - 28,05% 28,05% 38,25%

Greencoverage Unipessoal, Lda. Oliveira de Frades Greencoverage - 55,00% 55,00% 75,00%

Martifer Solar, Ltda Pindamonhangaba Martifer Solar Brasil - 54,45% 54,45% -

Inovsun, Lda. Oliveira de Frades Inovsun - 55.00% 55.00% 75,00%

LRCC – La Rad Campo Charro – Energias Renováveis, Lda. São Martinho do Porto LRCC - 55.00% 55.00% -

Martifer Renewables SGPS, S.A. Oliveira de Frades Martifer Renewables SGPS 100,00% - 100,00% 100,00%

Martifer Renewables, S.A. Oliveira de Frades Martifer Renewables SA - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renovables ETVE, S.A.U. Madrid Martifer Renovables - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 1 S.L. Madrid Eurocab 1 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 2 S.L. Madrid Eurocab 2 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 3 S.L. Madrid Eurocab 3 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 4 S.L. Madrid Eurocab 4 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 5 S.L. Madrid Eurocab 5 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 6 S.L. Madrid Eurocab 6 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 7 S.L. Madrid Eurocab 7 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 8 S.L. Madrid Eurocab 8 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 9 S.L. Madrid Eurocab 9 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 10 S.L. Madrid Eurocab 10 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 11 S.L. Madrid Eurocab 11 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 12 S.L. Madrid Eurocab 12 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 13 S.L. Madrid Eurocab 13 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 14 S.L. Madrid Eurocab 14 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 15 S.L. Madrid Eurocab 15 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 16 S.L. Madrid Eurocab 16 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 17 S.L. Madrid Eurocab 17 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 18 S.L. Madrid Eurocab 18 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 19 S.L. Madrid Eurocab 19 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 20 S.L. Madrid Eurocab 20 - - - 100,00%

Eviva Energy S.R.L. Bucareste Eviva Roménia - 100,00% 100,00% 100,00%

Eviva Nalbant S.R.O. Bucareste Eviva Nalbant - 99,00% 99,00% 99,00%

Eviva Agighiol S.R.L. Bucareste Eviva Agighiol - 99,00% 99,00% 99,00%

Eviva Casimcea S.R.O. Bucareste Eviva Casimcea - 99,00% 99,00% 99,00%

Premium Management Consulting, S.R.L. Bucareste Premium Management - 85,00% 85,00% 85,00%

MW Topolog, S.R.L. Bucareste MW Topolog - 99,00% 99,00% 99,00%

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 80

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO ANO 2011

EMPRESA SEDE DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL

Martifer Renewables, S.A. Gliwice Eviva Polónia - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renewables Pty, Ltd. Sidney Eviva Austrália - 100,00% 100,00% 100,00%

Eviva Beteiligungsverwaltungs GmbH Viena Eviva GmbH - 100,00% 100,00% 100,00%

Eviva Hidro S.R.L. Bucareste Eviva Hidro 1,00% 99,00% 100,00% 100,00%

Martifer Deutschland GmbH Berlim Martifer Deutschland - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renewables Bippen GmbH Berlim Eviva Bippen - 100,00% 100,00% 100,00%

Eviva Energy SGPS, S.A. Oliveira de Frades Enerpetra - - - 100,00%

Wind Farm Odrzechowa Sp. Zo.o Gliwice Wind Odrzechowa - 100,00% 100,00% 100,00%

Energia Wiatrowa Sp. Zo.o Gliwice Energia Wiatrowa 3) - 100,00% 100,00% 100,00%

Eviva Gizalki Sp. Zo.o Miastko Eviva Gizalki - 72,00% 72,00% 72,00%

Wind Farm Bukowsko Sp. Zo.o Gliwice Wind Farm Bukowsko - 100,00% 100,00% 100,00%

Wind Farm Markowa Sp. Zo.o Gliwice Wind Farm Markowa - 100,00% 100,00% 100,00%

Wind Farm Lada Sp. Zo.o Gliwice Wind Farm Lada - 100,00% 100,00% 100,00%

Wind Farm Jawornik Sp. Zo.o Gliwice Wind Farm Jawornik - 100,00% 100,00% 100,00%

Wind Farm Piersno Sp. Zo.o Gliwice Wind Farm Piersno - 100,00% 100,00% 100,00%

Wind Farm Oborniki Sp. Zo.o Gliwice Wind Farm Oborniki - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renewables Brazil B.V. Amesterdão Renewables Holanda - 100,00% 100,00% 100,00%

Vesto EAD Varna Vesto - 100,00% 100,00% 100,00%

DVP1 Limited Varna DVP1 - 100,00% 100,00% 100,00%

DVP2 Limited Varna DVP2 - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renewables Investments ETVE, S.A. Madrid Eurocab 21 - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renewables Italy BV Amesterdão Renewables Italy Holanda - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renewables Brasil Participações LTDA Fortaleza Martifer Renewables Brasil - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renováveis - Geração de Energia e Participações S.A. Fortaleza Ventania - 55,00% 55,00% 55,00%

Eólica Cajueiro da Praia, Ltda . Fortaleza Cajueiro - 55,00% 55,00% 55,00%

Eólica Cacimbas, Ltda. Fortaleza Cacimbas - 55,00% 55,00% 55,00%

SBER – Sociedade Brasileira de Energias Renováveis, Ltda. Fortaleza SBER 1) - 41,25% 41,25% 41,25%

Melosa – Geração de Energia e Participações, Ltda. Fortaleza Melosa - 55,00% 55,00% 55,00%

Eólica Paraipaba, Ltda . Fortaleza Paraipaba - 55,00% 55,00% 55,00%

Eólica Chapadão, Ltda. Fortaleza Chapadão - 55,00% 55,00% 55,00%

Rosa dos Ventos - Geração e Comercialização de Energia, S.A Fortaleza Rosa dos Ventos - 53,63% 53,63% 52,25%

Prio Agriculture, B.V. Delft Prio Holanda - 100,00% 100,00% 100,00%

Porthold Project Development BV Amesterdão Porthold - 55,00% 55,00% 55,00%

Ventinveste Indústria SGPS, S.A. Oliveira de Frades Ventinveste Indústria 2) - 46,00% 46,00% 46,00%

1) A consolidação destas empresas pelo método integral justifica-se na medida em que o Grupo detém participações em escada com controlo a cada nível.

2) A consolidação desta empresa pelo método integral justifica-se pela existência de controlo sobre a mesma, nomeadamente pelo poder de gerir as suas políticas financeiras e operacionais.

3) Esta empresa foi classificada como detida para venda (Nota 27).

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 81

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO ANO 2011

EMPRESA SEDE DESIGNAÇÃODIRETA-MENTE

INDIRETA-MENTE TOTAL TOTAL

Construção Metálica

Empresas Associadas:

Proempar Porto Proempar - - - 24,00%

Parque Tecnológico do Tâmega Felgueiras PTT - - - 19,40%

Liszki Green Park, Sp. Zo.o Gliwice Liszki Green Park - 45,00% 45,00% 45,00%

Martifer Amal, S.A. Nacala Martifer Amal - 35,00% 35,00% -

Empreendimentos conjuntos:

Promoquatro – Investimentos Imobiliários, Lda.

Oliveira de Frades Promoquatro - 50,00% 50,00% 50,00%

Martifer – Hirschfeld Energy Systems LLC San Angelo TX Martifer Energy Systems USA

- - - 50,00%

M City Bialystok Sp. Zo.o Gliwice M City Bialystok - 50,00% 50,00% 50,00%

M City Radom Sp. Zo.o Gliwice M City Radom - 50,00% 50,00% 50,00%

M. City Szczecin Sp. Z o.o. Gliwice M City Szczecin - 50,00% 50,00% -

Solar

Empresas Associadas:

Parque Solar Seseña I, S.L. Madrid Seseña I - 20,63% 20,63% 28,11%

Canaverosa Renovables, SL Madrid Canaverosa - 26,94% 26,94% 49,00%

Empresa de Energia Renovable Maria del Sol Norte S.A.

Santiago Maria del Sol - 26,95% 26,95% -

Outros

Empresas Associadas:

Nutre SGPS, S.A. Oliveira de Frades Prio SGPS 49,00% - 49,00% 49,00%

Nutre, S.A. Oliveira de Frades Prio Foods - 49,00% 49,00% 49,00%

Nutre - Industrias Alimentares, S.A. Oliveira de Frades Prio Alimentar - 49,00% 49,00% 49,00%

Nutre MZ. S.A. Maputo Nutre Moçambique - 49,00% 49,00% 49,00%

Nutre Farming, S.R.L. Bucareste Nutre Farming Roménia

- 49,00% 49,00% 49,00%

Prio Agromart S.R.L. Bucareste Prio Agromart - 49,00% 49,00% 49,00%

Prio Balta S.R.L. Bucareste Prio Balta - 49,00% 49,00% 49,00%

Prio Facaieni S.R.L. Bucareste Prio Facaieni - 49,00% 49,00% 49,00%

Prio Ialomita S.R.L. Bucareste Prio Ialomita - 49,00% 49,00% 49,00%

Prio Rapita S.R.L. Bucareste Prio Rapita - 49,00% 49,00% 49,00%

Prio Terra Agricola S.R.L. Bucareste Prio Terra Agricola - 49,00% 49,00% 49,00%

Prio Turism Rural S.R.L Bucareste Prio Turism Rural - 49,00% 49,00% 49,00%

Agromec Balaciu Bucareste Agromec Balaciu - 42,60% 42,60% 42,60%

Miharox S.R.L. Bucareste Miharox - 40,47% 40,47% 40,47%

Zimbrul. S.A. Bucareste Zimbrul - 49,00% 49,00% 49,00%

Agrozootehnica. S.A. Bucareste Agrozootehnica - 48,98% 48,98% 48,98%

Prio Agrotrans S.R.L. Bucareste Prio Agrotrans - 49,00% 49,00% 49,00%

Prio Foods Brasil LTDA S. Luís do Maranhão Prio Foods Brasil - 49,00% 49,00% 49,00%

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO ANO 2011

EMPRESA SEDE DESIGNAÇÃODIRETA-MENTE

INDIRETA-MENTE TOTAL TOTAL

Prio Extractie S.R.L. Bucareste Prio Extractie - 22,05% 22,05% 49,00%

Prio Agro Industries. Sp. Z o.o. Gliwice Prio Polónia - 49,00% 49,00% 49,00%

Prio Biocombustibil S.R.L. Bucareste Prio Biocombustibil - 22,05% 22,05% 49,00%

Prio Meat S.R.L Bucareste Prio Meat - 49,00% 49,00% 49,00%

Prio Foods – AJFS Construções, ACE Lisboa Prio Foods ACE - 24,50% 24,50% 24,50%

Nutre Farming B.V. Amesterdão Nutre Farming - 49,00% 49,00% -

Bunge Prio Cooperativa U.A. Amesterdão Bunge Prio Cooperativa - 22,05% 22,05% -

Bunge Roménia S.R.L. Buzau Bunge Roménia - 22,05% 22,05% -

Centralrest, Lda Ilhavo Centralrest 1) - 9,80% 9,80% -

Prio Energy SGPS. S.A. Oliveira de Frades Prio EnergySGPS 49,00% - 49,00% 49,00%

Prio Biocombustíveis. S.A. Oliveira de Frades Prio Biocombustíveis - 49,00% 49,00% 49,00%

Prio Energy. S.A. Oliveira de Frades Prio Energy - 49,00% 49,00% 49,00%

Mondefin Coimbra Mondefin - 49,00% 49,00% 49,00%

Veiga & Seabra. S.A. Aguada de Baixo Veiga & Seabra - - - 49,00%

Prio Parque de Tanques de Aveiro, S.A. Oliveira de Frades Prio Tanques - 49,00% 49,00% 49,00%

Prio.E-Electric, S.A. Oliveira de Frades Prio.E-Electric - 49,00% 49,00% 49,00%

Park Charge-Energy Systems, Lda Oliveira de Frades Park Charge - 49,00% 49,00% 39,20%

Prio. E – SGPS, S.A. Oliveira de Frades Prio E SGPS - 49,00% 49,00% -

Share Motivation, Lda. Oliveira de Frades Share Motivation - 49,00% 49,00% -

Empreendimentos conjuntos:

Ventinveste, S.A. Lisboa Ventinveste SA 5,00% 41,00% 46,00% 46,00%

Ventinveste Eólica, SGPS, S.A. Lisboa Ventinveste Eólica - 46,00% 46,00% 46,00%

Parque Eólico de Torrinheiras, S.A. Lisboa PE Torrinheiras - 46,00% 46,00% 46,00%

Parque Eólico do Douro Sul, S.A. Lisboa PE Douro Sul - 46,00% 46,00% 46,00%

Parque Eólico do Pinhal do Oeste, S.A. Lisboa PE Pinhal do Oeste - 46,00% 46,00% 46,00%

Parque Eólico de Vale Grande. S.A. Lisboa PE Vale Grande - 46,00% 46,00% 46,00%

Parque Eólico de Vale do Chão, S.A. Lisboa PE Vale do Chão - 46,00% 46,00% 46,00%

Parque Eólico do Cabeço Norte, S.A. Lisboa PE Cabeço Norte - 46,00% 46,00% 46,00%

Parque Eólico da Serra do Oeste, S.A. Lisboa PE Serra do Oeste - 46,00% 46,00% 46,00%

Parque Eólico do Planalto, S.A. Lisboa PE Planalto - 46,00% 46,00% 46,00%

Eviva Dunowo, Sp. Z o.o. Gliwice Eviva Dunowo - 50,00% 50,00% 50,00%

SPEE 3 – Parque Eólico do Baião, S.A. Lisboa SPEE 3 - 50,00% 50,00% 50,00%

SPEE 2 – Parque Eólico de Vila Franca de Xira, S.A.

Oliveira de Frades SPEE 2 - 50,00% 50,00% 50,00%

Macquarie Capital Wind Fund Pty Limited Sidney Macquarie - 50,00% 50,00% 50,00%

Silverton Wind Farm Holding Sidney Silverton 1) - - - 25,00%

Parque Eólico da Penha da Gardunha, Lda. Oliveira de Frades PE Penha da Gardunha - 50,00% 50,00% 50,00%

MS – Participações Societárias, S.A. Fortaleza MS (ex-Faisa Biomassa) - - - 11,91%

Eólica Embuaca, Ltda. Fortaleza Embuaca - - - 11,91%

Eólica Mar e Terra, Ltda. Fortaleza Mar e Terra - - - 11,91%

Eólica Bela Vista, Ltda. Fortaleza Bela Vista - - - 11,91%

Eólica Icaraí, Ltda. Fortaleza Icaraí - - - 11,91%

1) A consolidação desta empresa pelo método de equivalência patrimonial, justifica-se na medida em que o Grupo detém influência signifi-cativa sobre a empresa que detem esta participação, a qual tem depois o mesmo controlo sobre a empresa participada.

EMPRESAS CONSOLIDADAS PELO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

As empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial, suas sedes sociais e proporção do capital detido, são como se segue:

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 82

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e durante o exercício de 2011, as alterações ocorridas no perímetro de consolidação foram como segue:

Constituição de empresas:

Em 2012:

Martifer Solar RO S.R.L (Martifer Solar Roménia)

Martifer Solar Finance LLC (Martifer Solar Finance)

Martifer Solar Sistemas Solares Equador S.A. (Martifer Solar Equador)

Martifer Solar Chile Operaciones Limitada (Solar Chile Operaciones)

Empresa de Energia Renovable Maria del Sol Norte S.A. (Maria del Sol)

Nutre Farming B.V. (Nutre Farming)

Prio .E – SGPS, S.A. (Prio E SGPS)

Martifer Solar Chile Holding, Lda (Solar Chile)

Martifer Global SGPS, S.A. (Martifer Global)

Martifer Aluminium UK Limited (Martifer Aluminium UK)

MTS Trewidland Solar, Ltd (MTS Trewidland Solar)

MTS Trefinnick Solar, Ltd (MTS Trefinnick Solar)

MTS Hatchlands Solar, Ltd. (MTS Hatchlands Solar)

Martifer Solar UA, LLC (Martifer Solar Ucrânia)

Inspira Martifer Solar Limited (Inspira Martifer Solar)

Bunge Prio Cooperativa U.A. (Bunge Prio Cooperativa)

Martifer-Amal, S.A (Martifer Amal)

Martimak Solar Initiative Enerji Uretim Dagitim Sanayi Ve Ticaret Limited Sirketi (Martimak Solar)

Martiper Solar Initiative Enerji Uretim Dagitim Sanayi Ve Ticaret Limited Sirketi (Martiper Solar)

Societé Developpement Local SA (Solar Senegal)

Martifer Solar Singapura PTE. LTD. (Solar Singapura)

Sol Cativante VII, S.A. (Sol Cativante VII)

Eviva Solar 1 Ltd (Eviva Solar 1)

Eviva Solar 2 Ltd (Eviva Solar 2)

Em 2011:

Prio Foods - Industrias Alimentares, S.A. (Prio Alimentar)

Prio Energy II, S.A. (Prio Energy II)

MPrime Itália S.R.L. (MPrime Itália)

PVGlass S.R.L. (PVGlass Itália)

Martifer Solar UK, Limited (Martifer Solar UK)

Wind Farm Oborniki Sp. Zo.o (Wind Farm Oborniki)

Prio Meat S.R.L (Prio Meat)

MTS Solar Sistemas Solares S.A. (Martifer Solar México)

Prio Foods – AJFS, ACE (Prio Foods – AJFS)

Saudi Martifer Constructions LLC (Saudi Martifer Constructions)

Resun Developments, S.A. (Resun)

Martifer Aurora Solar, LLC (Solar Aurora)

Sol Cativante V, Lda. (Sol Cativante V)

Sol Cativante VI, Lda. (Sol Cativante VI)

Martifer Solar MZ, S.A. (Martifer Solar Moçambique)

Greencoverage Unipessoal, Lda. (Greencoverage)

Aquisição de empresas:

Em 2012:

M. City Szczecin Sp. Z o.o. (M. City Szczecin)

LRCC – La Rad Campo Charro – Energias Renováveis, Lda. (LRCC)

Share Motivation – Inv. Imobiliários Unipessoal, Lda. (Share Motivation)

Magnum Cap Electrical Power, Lda. (Magnum Cap)

Martifer Solar, Ltda (Martifer Solar Brasil)

Steadfast Fairview Solar, Ltd (Steadfast Fairview Solar)

Steadfast Molland Solar, Ltd (Steadfast Molland Solar)

Steadfast Rudge Solar, Ltd (Steadfast Rudge Solar)

Steadfast Shipton Belinger Solar, Ltd (Steadfast Shipton Belinger Solar)

Steadfast Apsley Solar, Ltd (Steadfast Apsley Solar)

Bunge Roménia s.r.l. (Bunge Roménia)

Sol Cativante III, S.A. (Sol Cativante III)

Steadfast Parkhouse Solar Limited (Parkhouse)

Centralgest, Lda. (Centralgest)

A aquisição destas empresas não teve impacto significativo na Demonstração dos Resultados e Posição Financeira do Grupo em 2012.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 83

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Em 2011:

Canaverosa Renovables, SL (Canaverosa)

Sol Cativante II, S.A. (Sol Cativante II)

Sol Cativante IV, S.A. (Sol Cativante IV)

Sol Cativante, Lda. (Sol Cativante)

Park Charge-Energy Systems, Lda (Park Charge)

MPrime Gmbh (Mprime Gmbh)

Canopy – Naos (Canopy Naos)

Alienação / dissolução de empresas:

Em 2012:

Eviva Energy SGPS, S.A. (Enerpetra)

Sol Cativante IV, S.A. (Sol Cativante IV)

Sol Cativante II, S.A. (Sol Cativante II)

Sol Cativante VI, Lda.(Sol Cativante VI)

Martifer – Hirschfeld Energy Systems LLC (Martifer – Hirschfeld Energy Systems)

Silverton Wind Farm Holding (Silverton Wind Farm)

Parque Solar Seseña II, S.L. (Parque Solar Seseña II)

Parque Solar Segovia, S.L. (Parque Solar Segovia)

Parque Solar Quintanar, S.L. (Parque Solar Quintanar)

Eurocab FV 20 S.L. (Eurocab FV 20)

Veiga & Seabra. S.A. (Veiga & Seabra)

Parque Tecnologico do Tamega (PTT)

Proempar, S.A (Proempar)

MTS 5 (MTS5)

Magnum Cap, Lda. (Magnum Cap)

Sol Cativante III, S.A. (Sol Cativante III)

Sol Cativante V, S.A. (Sol Cativante V)

Steadfast Parkhouse Solar Limited (Parkhouse)

Steadfast Shipton Belinger Solar, Ltd (Steadfast Shipton Belinger Solar)

Steadfast Rudge Solar, Ltd (Steadfast Rudge Solar)

MTS Trefinnick Solar, Ltd (MTS Trefinnick Solar)

MTS Hatchlands Solar, Ltd. (MTS Hatchlands Solar)

Em 2011:

Home Energy II, S.A. (Home Energy)

Repower Portugal – Sistemas Eólicos, S.A. (Repower Portugal)

WPT – Wind Power Transmission S.A.

Martifer Renewables Electricity LLC

Martifer Renewables Wind LLC

Martifer Renewables Solar Thermal LLC

MTSK1 s.r.o. (MTSK1)

Gesto Energia, S.A. (Gesto Energia)

Martifer Renewables II Microprodução, S.A. (Martifer Renewables II Microprodução)

G.I.G. - Gesto Investimento e Gestão, SGPS, S.A. (G.I.G.)

Hidroavelar, Unipessoal Lda. (Hidroavelar)

Sociedade Hidroeléctrica do Távora, Unipessoal Lda. (Soc. Hidroeléctrica do Távora)

Sociedade Geotérmica da Bacia Lusitaniana, Unipessoal Lda. (Soc. Geotérmica da Bacia Lusitaniana)

Gesto Itália, S.R.L. (Gesto Itália)

Martifer II Inox SA (Arestalfer)

Martinox SA (Martinox Angola)

IWP Sp z.o.o. (IWP)

Bukowsko Wind Energy Sp. Z.o.o.(Bukowsko)

Eólica Faisa I, Ltda (Faisa I)

Eólica Faisa II, Ltda (Faisa II)

Eólica Faisa III, Ltda (Faisa III)

Eólica Faisa IV, Ltda (Faisa IV)

Eólica Faisa V, Ltda (Faisa V)

Eólica Faisa, Ltda. (Eólica Faisa))

Canopy – Apollo S.A.S. (Canopy)

Gargano Solar Park (Gargano)

Alteração do método de consolidação:

Em 2012:

Resun Developments, S.A. – Em 2011 foi consolidada pelo método integral. Em 2012, após a venda de ações

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 84

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

desta sociedade, o Grupo manteve apenas uma participação de 10%, a qual está registada ao custo.

MS – Participações Societárias, S.A. (MS Brasil) - de equivalência patrimonial para método do custo, em virtude da perda do controlo partilhado com o Santander Brasil.

Eólica Embuaca, Ltda. (Embuaca) - de equivalência patrimonial para método do custo, em virtude da perda do controlo partilhado com o Santander Brasil.

Eólica Mar e Terra, Ltda (Mar e Terra) - de equivalência patrimonial para método do custo, em virtude da perda do controlo partilhado com o Santander Brasil.

Eólica Bela Vista, Ltda. (Bela Vista) - de equivalência patrimonial para método do custo, em virtude da perda do controlo partilhado com o Santander Brasil.

Eólica Icaraí, Ltda. (Icaraí) - de equivalência patrimonial para método do custo, em virtude da perda do con-trolo partilhado com o Santander Brasil.

Em 2011:

Ventipower, S.A. (Ventipower) – Em 2010 foi consolidada pelo método proporcional. Em 2011, este investi-mento está registado ao custo, em resultado da venda de 50% da participação na Repower Portugal, que cessou o controlo conjunto detido pelo grupo.

Gesto Energia, S.A. (Gesto Energia) – Em 2010 foi consolidada pelo método integral. Em 2011, após a venda de ações desta sociedade, o Grupo manteve apenas uma participação de 5%, a qual está registada ao custo.

MS – Participações Societárias, S.A. (MS Brasil) - de integral para equivalência patrimonial em virtude do contrato celebrado com o Santander no Brasil que define o controlo partilhado da sociedade.

Eólica Embuaca, Ltda. (Embuaca) - de integral para equivalência patrimonial em virtude do contrato celeb-rado com o Santander no Brasil que define o controlo partilhado da MS Brasil.

Eólica Mar e Terra, Ltda (Mar e Terra) - de integral para equivalência patrimonial em virtude do contrato celebrado com o Santander no Brasil que define o controlo partilhado da MS Brasil

Eólica Bela Vista, Ltda. (Bela Vista) - de integral para equivalência patrimonial em virtude do contrato celeb-rado com o Santander no Brasil que define o controlo partilhado da MS Brasil

Eólica Icaraí, Ltda. (Icaraí) - de integral para equivalência patrimonial em virtude do contrato celebrado com o Santander no Brasil que define o controlo partilhado da MS Brasil

Alteração do método de consolidação dos interesses financeiros detidos em empreendimentos conjunta-mente controlados (do método de consolidação proporcional para o método da equivalência patrimonial) conforme explicado na Nota 1 acima.

Outras alterações no perímetro de consolidação:

Em 2012:

Martifer Recycling Sp. Z.o.o. (Martifer Recycling Polónia) – fusão por incorporação na Martifer Konstrukcje Sp. Z o.o. (Martifer Konstrukcje)

Martifer - Alumínios, S.A. (Martifer Alumínios Espanha) - fusão por incorporação na Martifer – Construcciones

Metálicas España, S.A. (Martifer Espanha)

Gebox, S.A (Gebox) – aumento da participação pela Martifer Energy Systems SGPS, S.A. de 65% para 100%.

Martifer Solar SGPS, S.A. (Martifer Solar SGPS) – redução da participação da Martifer SGPS, S.A. de 75% para 55%.

Sol Cativante, Lda (Sol Cativante) – aumento da participação pela Martifer Solar, S.A. de 9,1% para 100%.

Ennebiuno S.R.L – aquisição de 100% da participação pela MTS4, s.r.l. e posterior fusão nesta empresa.

Ennebidue S.R.L – aquisição de 100% da participação pela MTS4, s.r.l. e posterior fusão nesta empresa.

Ennebitre S.R.L – aquisição de 100% da participação pela MTS4, s.r.l. e posterior fusão nesta empresa.

Fvexcava S.R.L – aquisição de 100% da participação pela MTS3, s.r.l. e posterior fusão nesta empresa.

Rosa dos Ventos S.A. (Rosa dos Ventos) – aumento da participação pela MS - Participações Societárias, S.A. de 95% para 97,5%.

Em 2011:

Eviva Gizalki Sp. zo.o (Eviva Gizalki) – aumento da participação pela Martifer Renewables SGPS, S.A. de 70% para 72%.

Martifer Energia S.A (Martifer Energia) – fusão por incorporação na Martifer Construções Met-alomecânicas, S.A.

Martifer Renewables Brasil Participações Lda (Martifer Renewables Brasil Participações Lda) – transferência da participação de 55% da Martifer Renewables Investments ETVE para a Martifer Renewables Italy BV

Martifer Energia Sp. Z.o.o. (Martifer Energia Polónia) – fusão por incorporação na Martifer Konstrukcje Sp. Z o.o. (Martifer Konstrukcje)

Martifer Alumínios Angola – aumento da participação pela Martifer Alumínios, S.A. de 92% para 100%.

Porthold Project Development BV (Porthold) - redução da participação pela Prio Agriculture B.V de 100% para 55%.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 85

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

3. SEGMENTOS OPERACIONAIS

Para efeitos de gestão, o Grupo serve-se da sua organização interna como base para o seu reporte da informação por segmentos operacionais.

O Grupo está organizado em duas áreas de negócio principais: ‘Construção Metálica’ e ‘Solar’, sendo ambas coordenadas e apoiadas pela Martifer SGPS. A área de negócio ‘Construção Metálica’ inclui as atividades de construção de estruturas metálicas em aço, fachadas em alumínio e vidro e soluções em aço inox. Inclui ainda, a divisão de Energia Eólica, de componentes, construção de parques eólicos chave na mão, divisão de Engenharia e a divisão Naval. O segmento ‘Solar’ abrange a produção de equipamentos para energia solar fotovoltaica, bem como, construção de parques em regime chave na mão, promoção, licenciamento, operação e manutenção de projetos.

O segmento ‘RE Developer’ integra a promoção e desenvolvimento de projetos de energia renovável, com especial enfoque no setor eólico. Os valores respeitantes a esta atividade, estão incluídos na linha ‘Outros’, em conjunto com a Martifer SGPS, a Martifer Inovação e Gestão, S.A. (MIG) e a Martifer Gestiune Si Servicii, S.R.L. (MIG RO).

As políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos utilizados na preparação da informação por segmen-tos foram os mesmos das demonstrações financeiras anexas (Nota 1).

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, as vendas e prestações de serviços por segmentos operacionais po-dem ser analisadas como se segue:

As vendas e prestações de serviços decresceram durante o exercício, quando comparado com o ano anterior. O segmento da ‘Construção Metálica’ registou um aumento de 7% nas vendas e prestações de serviços, sobretudo devido à atividade do Brasil, França e Angola, que gradualmente têm vindo a compen-sar a menor atividade registada em Portugal.

O segmento ‘Solar’ registou uma redução das vendas e prestações de serviços, quando comparadas com o exercício de 2011, que se deve essencialmente ao decréscimo dos preços e ao atraso registado em alguns projetos, que se espera venha a ser recuperado em 2013.

No segmento ‘Outros’ a variação face ao ano anterior reflete uma melhoria da performance dos parques solares em Espanha, dos parques eólicos no Brasil, e o início da operação do parque eólico da Roménia, na área ‘RE Developer’.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os resultados operacionais antes (EBITDA) e depois de depreciações/amortizações e provisões e perdas de imparidade (EBIT) e o resultado líquido do exercício (RLE) por seg-mentos operacionais podem ser analisados como se segue:

Os resultados operacionais antes de depreciações, amortizações, provisões e perdas de imparidade (EBITDA) atingiram, no exercício de 2012 Euro 3,9 milhões, evidenciando uma quebra quando comparado com o exercício de 2011.

No exercício de 2012 a margem EBITDA do segmento da ‘Construção Metálica’ foi negativamente afetada pelo reconhecimento de margens operacionais negativas em alguns projetos nos mercados da Polónia, Ibéria e Austrália, dos custos relacionados com o encerramento da atividade industrial na Polónia, da redução da capacidade produtiva em Portugal e de perdas de imparidade nos saldos de clientes e outros devedores, particularmente na Polónia e em Portugal.

No segmento Solar, a margem EBITDA ficou em linha, quando comparada com o exercício de 2011.

VENDAS PARA CLIENTES EXTERNOS

VENDAS INTERSEGMENTOS TOTAL

ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011

Construção Metálica 239.167.041 223.600.054 70.578.170 66.440.677 309.745.211 290.040.731

Solar 230.285.230 290.082.512 57.189.645 72.727.548 287.474.875 362.810.060

Outros 29.563.184 18.169.580 15.173.312 27.959.452 44.736.496 46.129.032

499.015.455 531.852.146 142.941.127 167.127.677 641.956.582 698.979.823

Eliminações intersegmentos (148.350.411) (147.637.850)

Trabalhos para a própria empresa (Nota 5) (12.214.246) (19.489.827)

Total das vendas e das prestações de serviços para clientes externos 481.391.925 531.852.146

EBITDA EBIT

ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011 ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011

Construção Metálica (24.559.149) (20.108.840) (20.108.840) (31.864.231) (34.465.231) (35.783.548)

Solar 15.991.510 20.075.287 20.075.287 13.318.287 18.051.531 18.051.531

Outros 12.516.650 8.981.682 8.981.682 2.781.210 (3.034.915) (3.034.915)

3.949.011 8.948.129 8.948.129 (15.764.734) (19.448.615) (20.766.932)

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011

Construção Metálica (46.115.770) (41.952.025) (42.965.113)

Solar 3.592.757 9.483.084 9.483.084

Outros (11.889.606) (14.047.437) (14.047.441)

(54.412.619) (46.516.378) (47.529.470)

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 86

As perdas e os ganhos em empresas associadas, o valor de balanço dos ativos financeiros em associadas, bem como a constituição e reversão de provisões e perdas de imparidade por segmentos operacionais são como se segue:

A divisão do ativo líquido total e do passivo do Grupo por segmentos operacionais, em 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011, pode ser analisada como se segue:

O investimento (aquisições de ativos fixos tangíveis e intangíveis) e as depreciações/amortizações do Grupo por segmentos operacionais até 31 de dezembro de 2012 e de 2011 são como se segue:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

PERDAS EM EMPRESAS AS-SOCIADAS

GANHOS EM EMPRESAS AS-SOCIADAS

ATIVOS FINANCEIROS REGISTA-DOS PELO MÉTODO DE EQUIV-

ALÊNCIA PATRIMONIAL

ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011

Construção Metálica 326.320 3.001.056 - 986.729 632.179 2.012.779

Solar - 253.187 264.261 262.902 234.424 23.961

Outros 6.346.893 4.111.886 4.597.517 3.507.384 14.813.408 12.831.087

6.673.213 7.366.129 4.861.778 4.757.015 15.680.011 14.867.827

PROVISÕES E PERDAS DE IMPARI-DADE DO EXERCÍCIO

REVERSÕES DE PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE DO

EXERCÍCIO

ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011

Construção Metálica 804.734 6.376.810 1.380.187 263.369

Solar 1.478.901 1.916.289 1.524.889 2.095.687

Outros 3.327.476 4.236.427 460.000 20.127

5.611.111 12.529.526 3.365.076 2.379.183

O montante investido em ativos fixos tangíveis e intangíveis no exercício de 2012, foi essencialmente aplicado no desenvolvimento de projetos solares nos EUA e França, pela Martifer Solar (Euro 31 milhões), na finalização da unidade de construção metálica no Brasil e em investimento de manutenção diverso na Construção Metálica (Euro 10,1 milhões).

Adicionalmente, no segmento ‘Outros’, durante o ano de 2012 foram investidos Euro 13.989.739 na constru-ção do parque eólico Rymanow, na Polónia, incluído nos Ativos detidos para venda (Nota 27).

As vendas e prestações de serviços para clientes externos, por geografia, podem ser analisadas como se segue:

A variação da rubrica em 2012 no segmento geográfico ‘Outros mercados’, face ao mesmo período de 2011, resulta, essencialmente, do aumento da atividade no Brasil, no segmento ‘Construção Metálica’, parcialmente compensado pela quebra da atividade nos EUA, na área da ‘Solar’.

Os ativos detidos e os investimentos efetuados por geografia podem ser analisados como se segue:

ATIVO PASSIVO

ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011 ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011

Construção Metálica 382.567.279 402.462.001 422.316.180 322.965.218 309.271.519 313.526.187

Solar 288.991.897 316.051.710 316.051.710 208.354.852 238.252.385 238.252.385

Outros

RE Developer 224.126.986 245.416.809 245.416.809 94.798.380 104.138.288 104.138.288

Holding e MIGs 550.627.281 551.616.966 551.616.966 168.533.767 165.041.863 165.041.863

Eliminações intragrupo (469.938.243) (497.568.330) (497.568.330) (45.532.240) (66.442.023) (66.442.024)

976.375.200 1.017.979.156 1.037.833.335 749.119.977 750.262.032 754.516.699

INVESTIMENTO AMORTIZAÇÕES

ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011 ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011

Construção Metálica 10.108.845 13.720.635 13.720.635 7.880.536 8.254.011 9.572.328

Solar 31.014.462 27.878.864 27.878.864 2.719.212 2.422.225 2.422.225

Outros 4.972.190 19.655.340 19.655.340 6.867.962 7.570.165 7.570.165

46.095.497 61.254.840 61.254.840 17.467.710 18.246.401 19.564.718

ANO 2012 ANO 2011

Península Ibérica 116.567.096 131.459.157

União Europeia 187.215.194 256.730.493

Outros Mercados 177.609.635 143.662.495

481.391.925 531.852.146

ATIVO INVESTIMENTO

ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011 ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011

Península Ibérica 451.186.687 542.329.373 554.487.125 6.653.802 12.308.657 12.308.657

União Europeia 271.809.991 302.844.355 310.540.782 16.909.189 23.724.187 23.724.187

Outros Mercados 253.378.522 172.805.428 172.805.428 22.532.506 25.221.996 25.221.996

976.375.200 1.017.979.156 1.037.833.335 46.095.497 61.254.840 61.254.840

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 87

4. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOSAs vendas e prestações de serviços para os exer-cícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 têm a seguinte composição:

Em 2012, as vendas e prestações de serviços de-cresceram 9,5%, relativamente a 2011, para os Euro 481,4 milhões, Esta redução é influenciada sobre-tudo pelo segmento ‘Solar’ que, acompanhando a quebra verificada no setor, sofreu com a redução de preços e atraso verificado em alguns projetos, conforme mencionado na Nota 3 acima.

5. OUTROS RENDIMENTOSOs outros rendimentos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 podem ser analisa-dos como se segue:

O valor dos ‘Trabalhos para a própria empresa’, no exercício de 2012, registou uma diminuição, quando comparado com o mesmo período de 2011, sendo que, os principais valores estão rela-cionados com a construção de parques solares no segmento ‘Solar’ nos Estados Unidos da América, Itália e França. No ano passado os trabalhos para a própria empresa incluíam a construção da fábrica na Martifer Construções no Brasil, no segmento ‘Construção Metálica’, que entretanto terminou.

6. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS E SUBCONTRATOSO custo das mercadorias e dos subcontratos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 pode ser analisado como se segue:

No exercício de 2012 verificou-se uma redução significativa destas rubricas, quando comparado com o mesmo período de 2011, essencialmente relacionada com a redução das vendas e prestação de serviços, conforme mencionado nas notas acima.

Os subcontratos relacionam-se com subempreitadas das obras realizadas, principalmente no segmento ‘Construção Metálica’.

ANO 2012 ANO 2011

Vendas de mercadorias 93.531.554 143.766.817

Vendas de produtos 116.783.060 184.513.128

Prestações de serviços 271.077.311 203.572.201

Total das Vendas e Prestações de serviços

481.391.925 531.852.146

ANO 2012 ANO 2011

Variação da produção (2.222.009) (1.229.729)

Trabalhos para a própria empresa

12.214.246 19.489.826

Total dos outros rendimentos 9.992.237 18.260.097

ANO 2011 MERCADORIASMATÉRIAS-PRIMAS,

SUBSIDIÁRIAS E DE CONSUMO TOTAL

Existências iniciais 6.478.958 32.555.678 39.034.637

Compras 23.891.843 270.992.531 294.884.374

Variações de perímetro, diferenças cambiais, transferências e outros (6.174.860) (18.263.416) (24.438.277)

Existências finais 7.959.678 14.706.812 22.666.490

16.236.263 270.577.981 286.814.244

Subcontratos 101.667.505

ANO 2012 MERCADORIASMATÉRIAS-PRIMAS,

SUBSIDIÁRIAS E DE CONSUMO TOTAL

Existências iniciais 7.959.678 14.706.812 22.666.490

Compras 47.746.301 166.165.124 213.911.425

Variações de perímetro, diferenças cambiais, transferências e outros 1.725.604 1.747.435 3.473.039

Existências finais 6.557.447 10.825.365 17.382.812

50.874.136 171.794.006 222.668.142

Subcontratos 87.329.097

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 88

7. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOSA repartição dos fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 é a seguinte:

A variação significativa na rubrica ‘Trabalhos espe-cializados’ está relacionada essencialmente com custos de entrada em novos países associados à estratégia de internacionalização e focalização em países com legislação mais favorável, no segmento ‘Solar’, e com forte crescimento económico, no segmento ‘Construção metálica’.

8. GASTOS COM O PESSOALOs gastos com o pessoal dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 podem ser analisados como se segue:

O aumento dos custos com pessoal no exercício de 2012, quando comparado com o exercício de 2011, está relacionada com a entrada de novos colaboradores em novas geografias, com custos salariais superiores à média do grupo.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a rubrica ‘Outros’ inclui, essencialmente, os custos suporta-dos com a Segurança Social, com os subsídios de refeição e de doença, com os seguros de aciden-tes de trabalho e com indemnizações. O aumento desta rubrica em 2012 está também relacionada com indemnizações por rescisão decorrentes do processo de reestruturação do Grupo.

NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

Durante os exercícios de 2012 e 2011, o número médio de pessoal ao serviço do Grupo pode ser analisado como se segue:

9. OUTROS RENDIMENTOS / (GASTOS) OPERACIONAISOs outros rendimentos e gastos operacionais dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 são como se segue:

A redução significativa desta rubrica deve-se, essencialmente, ao registo de perdas de imparidade para clientes, outros devedores e valores de trabalhos em curso, no valor de Euro 20,5 milhões. As principais perdas de imparidade registaram-se no segmento ‘Construção Metálica’, em Portugal (Euro 12,1 milhões) e na Polónia (Euro 6,0 milhões).

Esta redução foi parcialmente compensada por outras situações, nomeadamente pelo efeito decorrente da capitalização de custos de desenvolvimento de parques eólicos, no segmento RE Developer, essencialmen-te do parque Babadag na Roménia, reconhecido na rubrica ‘Outros rendimentos/ (gastos) operacionais’ (Euro 7,5 milhões).

Adicionalmente, foi reconhecido um ganho na alienação de activos intangíveis no valor de Euro 2,0 milhões nos Estados Unidos, no segmento ‘Solar’ e ainda um subsídio ao investimento recebido este ano no valor de Euro 1,0 milhão, resultante da conversão de incentivo reembolsável em prémio de realização, na se-quência da avaliação de um projeto de investimento no segmento da ‘Construção Metálica’.

ANO 2012 ANO 2011

Trabalhos especializados 25.450.933 14.285.471

Rendas e alugueres 18.075.687 15.218.425

Transportes de mercadorias 11.733.278 13.936.144

Deslocações e estadas 5.982.712 5.282.031

Eletricidade e combustíveis 4.281.519 4.881.027

Seguros 3.770.943 4.167.089

Honorários 2.663.009 3.387.472

Conservação e reparação 2.409.785 3.100.734

Comunicação 1.919.575 1.904.111

Ferramentas e utensílios 1.601.907 1.254.779

Vigilância e segurança 1.450.375 1.701.826

Comissões 1.292.691 788.804

Publicidade e propaganda 1.277.161 1.075.672

Contencioso e notariado 1.015.034 965.606

Limpeza, higiene e conforto 858.190 783.296

Outros 4.651.288 5.602.176

88.434.088 78.334.663

ANO 2012 ANO 2011

Remunerações 65.570.460 61.839.837

Encargos sociais:

Pensões e outros benefícios concedidos

13.514 46.543

Outros 19.219.142 16.265.389

84.803.117 78.151.769

ANO 2012 ANO 2011

Administradores 30 30

Outros colaboradores 3.021 3.094

3.051 3.124

Portugueses 1.898 1.792

Portugueses no estrangeiro e estrangeiros

1.153 1.332

3.051 3.124

ANO 2012 ANO 2011

Impostos (4.637.235) (1.967.548)

Perdas de imparidade e reversões de perdas de imparidade:

- Clientes (Nota 23) (13.885.955) (4.232.218)

- Outras perdas de imparidade (6.614.685) 269.790

Proveitos suplementares 1.816.890 2.280.806

Ganhos/ (Perdas) capital em ativos não financeiros 2.820.357 1.290.329

Subsídios à exploração (Nota 38) 446.074 760.452

Subsídios ao investimento 1.247.338 315.540

Outros rendimentos /(gastos) operacionais 14.606.509 5.086.916

(4.200.708) 3.804.067

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 89

10. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE EM ATIVOS FIXOSAs provisões e as perdas de imparidade dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 são como se segue:

A variação ocorrida na rubrica de ‘Perdas de imparidade’ deve-se, essencialmente, à constituição de perdas de imparidade no montante de Euro 2,8 milhões, para fazer face a perdas potenciais em projetos em de-senvolvimento do segmento ‘RE Developer’, nomeadamente na Polónia e na Roménia.

A reversão da rubrica ‘Provisões’ refere-se, sobretudo, à redução de provisões associadas a contratos de construção, pelo facto de o período de garantia das respetivas obras ter terminado.

11. RESULTADOS FINANCEIROSOs resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 podem ser analisados como se segue:

ANO 2012 ANO 2011

Perdas de imparidade em Goodwill (Nota 16) 95.555 790.190

Perdas de imparidade em ativos financeiros - 6.106.747

Perdas de imparidade em ativos intangíveis - -

Perdas de imparidade em ativos fixos tangíveis 2.838.663 219.071

2.934.218 7.116.008

Provisões Cap. Próprio negativo de participações em equival. patrimonial 716.286 1.177.299

Provisões para garantias de qualidade 13.291 (402.731)

Outras provisões (1.417.760) 2.259.767

(688.183) 3.034.335

Em 31 de dezembro de 2012 os ‘Ganhos na alienação de ativos financeiros’ e as ‘Perdas na alienação de ativos financeiros’ respeitam às mais e menos valias associadas, essencialmente, à venda da Sol Cativante III e das subsidiárias do Reino Unido Parkhouse, Steadfast Shipton Belinger Solar, Steadfast Rudge Solar, MTS Trefinnick Solar e MTS Hatchlands Solar, todas do segmento ‘Solar’. Os ‘Ganhos na alienação de ativos financeiros disponíveis para venda’ em 31 de dezembro de 2011, respeitavam às mais e menos valias asso-ciadas, em grande parte, à venda de 50% da Repower Portugal à Repower Systems AG e à venda da Home Energy à EDP Serviços.

As rubricas ‘Diferenças de câmbio favoráveis / (desfavoráveis)’ estão relacionadas com a ocorrência de va-riações cambiais, sobretudo nas participadas do Grupo localizadas no Brasil, Polónia e Angola, sendo que a sua variação, face ao período homólogo, relaciona-se particularmente com a depreciação do Real (Brasil) e do Kwanza (Angola), e a apreciação do Zloti (Polónia) face ao Euro.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, para efeito de capitalização de encargos financeiros ao custo de aqui-sição de ativos em construção, foi utilizada uma taxa média de 8,32% e de 8,41%, respetivamente.

Os ‘Encargos financeiros incluídos no custo de aquisição de ativos em construção’ verificaram um aumento relativamente ao ano de 2011, em virtude da capitalização de encargos financeiros relacionados com em-préstimos obtidos para a construção de ativos que se qualificam. Os principais valores referem-se aos en-cargos capitalizados na construção dos parques eólicos na Roménia e projetos solares nos Estados Unidos.

RENDIMENTOS E GANHOS FINANCEIROS ANO 2012 ANO 2011

Empréstimos e contas a receber (incluindo depósitos bancários)

Juros obtidos 5.449.620 3.605.978

Ativos financeiros disponíveis para venda

Rendimentos de participação de capital 203 -

Ganhos na alienação de ativos financeiros 1.122.338 7.188.806

Ativos financeiros detidos para venda

Ganhos na alienação de ativos financeiros - -

Outros proveitos e ganhos financeiros relativos a outros ativos financeiros

Diferenças de câmbio favoráveis 11.883.862 20.146.656

Descontos de pronto pagamentos obtidos - -

Outros proveitos e ganhos financeiros 584.179 1.262.808

19.040.201 32.204.248

GASTOS E PERDAS FINANCEIRAS ANO 2012 ANO 2011

Empréstimos e contas a pagar

Juros suportados em empréstimos bancários e em operações de locação financeira 27.469.408 24.163.100

Encargos financeiros incluídos no custo de aquisição de ativos em construção (3.059.126) (1.594.710)

Juros dos Swaps - 306.874

Investimentos disponíveis para venda

Perdas na alienação de ativos financeiros 2.317.249 2.247.336

Outros custos e perdas financeiros relativos a outros passivos financeiros

Diferenças de câmbio desfavoráveis 16.502.511 22.444.986

Descontos de pronto pagamentos concedidos - -

Outros custos e perdas financeiros 10.258.627 8.381.256

53.488.670 55.948.842

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 90

12. GANHOS / (PERDAS) EM EMPRESAS ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOSOs ganhos e as perdas em empresas associadas e empresas conjuntamente controladas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 podem ser analisados como se segue:

No exercício de 2012, o valor dos ‘ganhos / (perdas) em empresas associadas e empresas conjuntamente controladas’ inclui o ganho resultante da venda do projeto Silverton, na Austrália apropriado através da aplicação do método de equivalência patrimonial ao investimento financeiro na Macquarie.

13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOO detalhe dos ativos e passivos geradores de impostos diferidos para os exercícios findos em 31 de dezem-bro de 2012 e 2011 pode ser analisado da seguinte forma:

ANO 2012 ANO 2011

Grupo Nutre (5.580.080) (4.005.476)

Grupo Prio Energy 1.728.605 2.449.092

SPEE 2 – Parque Eólico de Vila Franca de Xira, S.A. 622.252 589.221

SPEE 3 – Parque Eólico do Baião, S.A. 254.024 190.790

Canaverosa Renovables, SL 171.605 9.715

Parque Solar Seseña I, S.L. 92.656 278.282

Promoquatro – Investimentos Imobiliários, Lda. (25.938) (186.546)

Macquarie 1.992.636 -

Liszki Green Park Sp zoo (263.221) -

M. City Szczecin Sp. Z o.o. (6.441) -

Martifer Amal,S.A (30.720) -

MS – Participações Societárias, S.A. (766.055) -

Martifer – Hirschfeld Energy Systems LLC - (2.669.655)

Gebox, S.A. - 152.423

M City Bialystok Sp. Zo.o - 834.306

M City Radom Sp. Zo.o - (144.855)

Outras participações em associadas (758) (106.410)

(1.811.435) (2.609.114)

ANO 2012 ANO 2011

DIFERENÇAS TEMPORÁRIAS DEDUTÍVEIS BASEIMPOSTO DIFERIDO BASE

IMPOSTO DIFERIDO

Com impacto em resultado líquido

Provisões não aceites fiscalmente 3.123.486 469.610 3.103.473 862.077

Prejuízos fiscais 40.820.172 11.393.095 36.068.914 9.420.512

Outras 3.971.210 1.361.652 2.749.738 1.081.846

Total 47.914.867 13.224.356 41.922.125 11.364.435

Com impacto em capital próprio

Justo valor dos instrumentos financeiros derivados 365.173 96.771 366.141 97.028

Benefícios fiscais - - (851) -

Outras 143.949 22.611 111.324 29.500

Total 509.121 119.382 464.614 126.528

48.423.989 13.343.738 42.398.739 11.490.963

ANO 2012 ANO 2011 REEXPRESSO ANO 2011

DIFERENÇAS TEMPORÁRIAS TRIBUTÁVEIS BASE

IMPOSTO DIFERIDO BASE

IMPOSTO DIFERIDO BASE

IMPOSTO DIFERIDO

Com impacto em resultado liquido

Diferenças entre o custo e o justo valor

1.197.918 317.448 - - - -

Diferimento de tributação de mais valias

60.565 325 60.565 325 60.565 325

Acréscimos de rendimentos não tributados

8.418.509 2.501.356 8.958.432 2.776.032 8.958.432 2.776.032

Outras 1.846.651 113.650 1.687.586 103.861 1.687.586 103.861

Total 11.523.643 2.932.780 10.706.583 2.880.217 10.706.583 2.880.217

Com impacto em capital próprio

Revalorização de ativos fixos tangíveis (Nota 1)

- - - - 14.626.753 4.254.668

Justo valor na aquisição de subsidiárias

3.260.832 619.558 4.943.326 939.232 4.943.326 939.232

Outras 140.510 31.557 143.499 32.229 143.499 32.229

Total 3.401.343 651.115 5.086.826 971.461 19.713.578 5.226.129

14.924.986 3.583.895 15.793.408 3.851.678 30.420.161 8.106.346

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 91

A distribuição dos impostos diferidos por geografia pode ser apresentada como se segue:

Do montante de impostos diferidos ativos sobre prejuízos fiscais, registados a 31 de dezembro de 2012, que totaliza Euro 11.393.095 euros, cerca de 45% foram gerados em Portugal e têm como data limite de utilização 2017. O Grupo reconheceu estes valores de impostos diferidos ativos sobre prejuízos fiscais com base nas projeções elaboradas para os respetivos negócios, que demonstram que serão realizados lucros fiscais futuros que assegurem a sua recuperabilidade.

De acordo com as declarações fiscais e estimativas de imposto sobre o rendimento das empresas que registam ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, utilizando para o efeito as taxas de imposto naquela data, os mesmos eram reportáveis como segue:

Em 31 de dezembro de 2012, os ativos e passivos por impostos diferidos ascendiam a Euro 13.343.738 e Euro 3.583.895, respetivamente (2011: Euro 11.490.963 e Euro 3.851.678, respetivamente), sendo o efeito na demonstração dos resultados positivo de Euro 2.728.627 (2011: efeito positivo de Euro 7.402.446).

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, face à legislação fiscal em vigor em Portugal no que concerne à tributação de dividendos, as diferenças temporárias relativas a resultados apropriados de subsidiárias, asso-ciadas e participadas para as quais não foram registados passivos por impostos diferidos não são material-mente relevantes para as demonstrações financeiras anexas.

A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como se segue:

IMPOSTOS DIFERIDOS ATIVOS IMPOSTOS DIFERIDOS PASSIVOS

ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011 ANO 2012ANO 2011

REEXPRESSO ANO 2011

Portugal 5.595.800 5.402.300 5.402.300 1.473.128 1.845.919 4.998.440

Espanha 3.042.828 3.069.007 3.069.007 - - -

Austrália 690.220 689.623 689.623 690.220 689.623 689.623

Brasil 374.491 378.696 378.696 - - -

Canadá 103.910 103.297 103.297 - - -

México 103.767 34.163 34.163 - - -

Polónia 716.464 654.750 654.750 245.339 224.207 1.326.353

Roménia 604.499 496.639 496.639 - - -

Eslováquia 42.532 76.803 76.803 - - -

Moçambique - 19.293 19.293 - - -

Itália - 454.667 454.667 485.156 - -

Reino Unido - 111.725 111.725 - - -

EUA 2.069.227 - - 690.052 1.091.930 1.091.930

13.343.738 11.490.963 11.490.963 3.583.895 3.851.678 8.106.346

31 DE DEZEMBRO DE 2012 31 DE DEZEMBRO DE 2011

PREJUÍZO FISCAL

ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

DATA LIMITE DE UTILIZAÇÃO PREJUÍZO FISCAL

ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

DATA LIMITE DE UTILIZAÇÃO

Com limite de data de utilização

Gerados em 2008 9.575 1.532 2016 9.575 1.532 2016

Gerados em 2008 243.300 46.227 2013 243.300 46.227 2013

Gerados em 2009 942.579 179.090 2014 942.579 179.090 2014

Gerados em 2009 393.192 104.196 2015 393.192 104.196 2015

Gerados em 2009 13.669 2.187 2017 13.669 2.187 2017

Gerados em 2009 1.257.213 377.164 2024 1.257.213 377.164 2024

Gerados em 2010 5.260.877 1.394.132 2014 5.260.877 1.394.132 2014

Gerados em 2010 1.706.883 512.065 2025 1.706.883 512.065 2025

Gerados em 2010 2.803.388 448.542 2018 2.803.388 448.542 2018

Gerados em 2011 12.337.874 3.239.345 2015 12.337.874 3.239.345 2015

Gerados em 2011 847.368 245.258 2016 2.236.363 654.748 2016

Gerados em 2011 4.270.560 1.281.168 2026 5.603.963 1.681.189 2026

Gerados em 2011 346.367 103.910 2031 346.367 103.910 2031

Gerados em 2012 1.191.042 315.626 2017 - -

Gerados em 2012 431.933 74.964 2019 - -

Gerados em 2012 6.209.986 2.399.462 2027 - -

Gerados em 2012 345.890 103.767 2022 - -

38.611.695 10.828.636 33.155.243 8.744.328

Sem limite de utilização

Gerados em 2010 207.761 62.328 207.761 62.328

Gerados em 2011 1.881.530 502.131 2.328.430 613.856

2.089.291 564.459 2.536.191 676.184

ANO 2012 ANO 2011 REEXPRESSO ANO 2011

Imposto corrente 5.003.672 8.116.501 8.116.501

Impostos diferidos relativos ao reconhecimento de diferenças temporárias (141.177) (2.329.328) (2.634.553)

Impostos diferidos relativos à reversão de diferenças temporárias (293.346) (2.213.312) (2.213.312)

Efeito das alterações nas taxas de imposto (41.421) - -

Registo de ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis (2.784.372) (2.859.807) (2.859.807)

Ajustamentos referentes a períodos anteriores (55.004) - -

Imposto diferido (2.728.627) (7.402.446) (7.707.672)

Imposto do exercício 2.275.045 714.055 408.830

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 92

Em 31 de dezembro de 2012, a reconciliação entre a taxa normal e efetiva de imposto é como se segue:

A Martifer SGPS, S.A. e as suas empresas participadas portuguesas encontram-se sujeitas a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”), à taxa de 25%, acrescida de derrama municipal à taxa de 1,5% sobre o lucro tributável, resultando numa taxa de imposto agregada de 26,5%. Sobre a parte do lucro tributável sujeito a IRC superior a 2.000.000 Euros, incide ainda, a título de derrama estadual, uma taxa adicional de 2,5%.

Nos termos do artigo 88.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, as socie-dades portuguesas encontram-se, adicionalmente, sujeitas a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no referenciado normativo.

No exercício de 2012, a Martifer SGPS, S.A. optou pela aplicação do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS), do qual fazem parte as empresas portuguesas em que detém, direta ou indiretamente, pelo menos 90% do seu capital e que cumprem simultaneamente com as restantes condi-ções definidas por aquele regime.

As restantes empresas participadas, não abrangidas pelo regime especial de tributação do Grupo Martifer, são tributadas individualmente, com base nas respetivas matérias coletáveis e às taxas de imposto aplicá-veis.

Adicionalmente, os resultados gerados em subsidiárias estrangeiras são tributados às taxas de imposto sobre o rendimento locais, nomeadamente, os resultados gerados em Espanha, Polónia, Roménia, França, Itália, Bélgica, Estados Unidos da América, Brasil e Reino Unido são tributados, respetivamente a 30%, 19%, 16%, 33,9%, 28%, 34%, 40,5%, 34% e 26%.

Mais se informa que o Estado Polaco atribuiu à Martifer Polska uma isenção fiscal de Impostos sobre lucros durante 19 anos. No entanto, uma vez que o benefício fiscal está diretamente correlacionado com o valor

dos lucros tributáveis futuros, não é possível quan-tificar o montante futuro de tal benefício, pelo que o mesmo não foi alvo de registo.

De acordo com a legislação portuguesa em vigor, as declarações fiscais das sociedades portuguesas estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social), exceto quando tenham ocorrido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstân-cias, os prazos poderão ser alongados ou suspen-sos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2008 a 2011, poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão.

Conforme corroborado pelos nossos advogados, não existem ativos ou passivos materiais associa-dos a contingências fiscais prováveis ou possíveis ou a liquidações adicionais recebidas das Autori-dades Fiscais que devessem ser alvo de divulgação no Anexo às demonstrações financeiras consolida-das em 31 de dezembro de 2012 e 2011.

14. DIVIDENDOSEm 2012 e 2011 não foram distribuídos dividendos.

15. RESULTADOS POR AÇÃOA Martifer SGPS emitiu apenas ações ordinárias, pelo que não existem direitos especiais de dividen-do ou voto.

A Martifer tem apenas um tipo de potenciais ações ordinárias dilutivas: as opções sobre ações. Para efeitos de cálculo do resultado por ação diluído é necessário determinar se estas opções, indepen-dentemente de poderem ou não ser exercidas, têm efeito de diluição, o que ocorre quando o preço de exercício da opção é inferior ao preço de mercado das ações.

Na medida em que o preço médio de mercado das ações da Martifer, no período compreendido entre 1 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2012, se situou no Euro 0,74, inferior ao preço de exercício das opções (Euro 3,84), as mesmas consideram-se não dilutivas porque o seu exercício daria lugar a uma redução do número de ações ordinárias em circulação.

Assim, em 31 de dezembro de 2012 não existe diferença entre o cálculo dos resultados por ação básicos e o cálculo dos resultados por ação diluí-dos.

O capital social da Martifer SGPS SA é representa-do por 100.000.000 de ações ordinárias, totalmente subscritas e realizadas, representativas de um capital social de Euro 50.000.000.

O número médio ponderado de ações em circu-lação encontra-se deduzido de 2.135.634 ações correspondente a um volume de ações próprias adquiridas pela Martifer SGPS, entre 2010 e 31 de dezembro de 2012, de 2.215.910 ações.

ANO 2012 ANO 2011 REEXPRESSO ANO 2011

Resultado antes de impostos (52.024.638) (45.802.328) (47.120.640)

Imposto nominal sobre o rendimento (taxa nominal de 26,5%) (13.786.529) (12.137.617) (12.486.970)

Resultados isentos de tributação:

Alienação de ativos financeiros 265.670 (1.358.718) (1.358.718)

Gastos não dedutiveis para efeitos fiscais:

Amortizações de reavaliações de ativos fixos tangíveis - - -

Imparidade de ativos 777.568 1.885.742 1.885.742

Outros 370.263 562.187 562.187

Resultados em associadas em equivalência patrimonial 480.031 450.998 450.998

Utilização de benefícios fiscais (158.449) (182.288) (182.288)

Prejuízos fiscais gerados no exercício para os quais não foi reconhecido imposto diferido ativo

13.014.912 12.284.021 12.284.021

Reversão de ativos por impostos diferidos no exercício 688.533 - -

Taxas de imposto diferenciadas 452.720 321.489 321.489

Excesso/ Insuficiência de estimativa de imposto (84.141) (463.760) (463.760)

Outros ajustamentos 254.467 (647.999) (603.871)

Imposto efetivo sobre o rendimento 2.275.045 714.055 408.830

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 93

O detalhe do exercício de imputação de justo valor aos ativos e passivos adquiridos pode ser resumido como se segue:

O contributo das empresas adquiridas para os proveitos operacionais e para o resultado líquido consoli-dado do exercício findo em 31 de dezembro de 2012, entre a data da sua aquisição e 31 de dezembro é imaterial. De igual forma, o efeito da consolidação de tais empresas desde 1 de janeiro de 2012, ao nível do resultado líquido e de proveitos operacionais é imaterial e por esse motivo não é divulgado.

Em virtude de as aquisições de empresas ocorridas entre 31 de dezembro de 2012 e a data de aprovação destas demonstrações financeiras serem imateriais, o Conselho de Administração do Grupo não procedeu à divulgação de informação sobre as mesmas.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o cálculo do resultado por ação básico e diluído pode ser demonstra-do como se segue:

16. GOODWILLA informação relevante sobre as aquisições efetuadas pelo Grupo, no exercício findo em 31 de dezembro de 2012, pode ser resumida como se segue:

As aquisições acima referidas foram contabilizadas de acordo com o método da compra e tiveram, maiori-tariamente, como contrapartida da sua aquisição numerário.

Como resultado das aquisições acima referidas, o Grupo não decidiu abandonar/alienar qualquer das ope-rações desenvolvidas pelas empresas adquiridas.

ANO 2012 ANO 2011 REEXPRESSO ANO 2011

Resultado líquido do exercício (I) (55.852.988) (48.587.256) (49.600.348)

Número médio ponderado de ações em circulação (II) 97.864.366 98.819.058 98.819.058

Resultado por ação básico e diluído (I) / (II) (0,5707) (0,4917) (0,5019)

das unidades operacionais em continuação (0,5696) (0,4917) (0,5019)

do grupo para alienação detido para venda 0,0012 - -

EMPRESA ADQUIRIDA ATIVIDADE DATA DE AQUISIÇÃO % DE PARTICIPAÇÃO AQUISIÇÃO CUSTO DE AQUISIÇÃO

LRCC-La Rad Campo Charro - Energias Renováveis, Lda

Exploração de centrais renováveis abril 2012 100% 75.000

MTS 4, s.r.l. Parque solar outubro 2012 100% 494.666

MTS 3, s.r.l. Parque solar outubro 2012 100% 112.692

682.358

VALOR DE BALANÇO DOS ATIVOS E PAS-SIVOS ADQUIRIDOS ANTES DA AQUISIÇÃO AJUSTAMENTOS DE JUSTO VALOR JUSTO VALOR

Ativos líquidos adquiridos

Ativos fixos tangíveis 1.893.639 - 1.893.639

Ativos intangíveis 7.000 - 7.000

Clientes e outros devedores 89.537 - 89.537

Caixa e seus equivalentes 519 - 519

Fornecedores e credores diversos (13) - (13)

Outros (1.947.668) - (1.947.668)

43.014 - 43.014

Goodwill gerado nas aquisições 639.344 - -

Total do custo de aquisição 682.358 - -

Valor de aquisição a liquidar em espécie - - -

Total dos custos de aquisição liquidados em numerário 682.358

Fluxos de caixa resultantes das aquisições: - -

Montante de caixa e seus equivalentes pago 682.358 - -

Montante de caixa e seus equivalentes nas empresas adquiridas

(519) - -

681.389

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 94

O processo de apuramento do justo valor dos ativos e passivos obtidos nas aquisições, bem como o apura-mento definitivo do valor do Goodwill, foi realizado com base nas demonstrações financeiras das empresas adquiridas à data da respetiva aquisição.

O Grupo tem por procedimento efetuar testes anuais de imparidade ao Goodwill, no final de cada exer-cício, tal como definido na secção ‘Principais critérios valorimétricos’. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012, foram registadas perdas de imparidade relativas ao Goodwill no valor de Euro 95.555, no segmento de RE Developer. Estas perdas de imparidade estão registadas na linha ‘Perdas de imparida-de’ da Demonstração dos Resultados.

Para efeitos da análise de imparidade, o Goodwill foi distribuído pelas unidades geradoras de caixa que se espera que beneficiem das sinergias da concentração de atividades empresariais, dentro de cada segmen-to operacional. A quantia recuperável de cada uma das unidades geradoras de caixa foi determinada com base no valor de uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados, tendo por base busi-ness plans desenvolvidos pelos responsáveis das empresas e devidamente aprovados pelo Conselho de Administração do Grupo e utilizando taxas de desconto que variam de acordo com os riscos inerentes aos diversos negócios.

O movimento ocorrido na rubrica de ‘Goodwill’ nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 é como se segue:

De salientar que o montante em aquisições de subsidiárias, no exercício de 2012, inclui um pagamento por milestones relativo à Wiatrowa, de acordo com o contrato de compra e venda inicial, a qual está classificada como Ativos detidos para venda. Sobre este pagamento foi dada uma perda de imparidade no exercício.

O detalhe do ‘Goodwill’, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, pode ser analisado como se segue:

ANO 2012 ANO 2011

Valor Bruto

Saldo Inicial 18.926.458 43.073.211

Aquisições de filiais 734.900 793.190

Alienação de subsidiárias - (278.659)

Atualização cambial 172.355 175.276

Anulação do Goodwill totalmente perdido (790.190) (24.836.560)

Outros - -

Saldo Final 19.043.523 18.926.458

Perdas de imparidade acumuladas

Saldo inicial 790.190 24.836.559

Perdas de imparidade do exercício 95.555 790.190

Alienação de filiais - -

Anulação do Goodwill totalmente perdido (790.190) (24.836.560)

Outros - -

Saldo Final 95.555 790.190

Valor líquido no início do ano 18.136.269 18.236.652

Valor líquido no final do ano 18.947.968 18.136.269

ANO 2012 ANO 2011

VALOR BRUTOIMPARIDADES

ACUMULADAS VALOR LÍQUIDO VALOR LÍQUIDO

Martifer Construções 5.448.792 - 5.448.792 5.448.792

Sassall Aluminium 5.356.394 - 5.356.394 5.188.766

Martifer Metallic Constructions 3.898.809 - 3.898.809 3.898.809

Navalria 1.618.675 - 1.618.675 1.618.675

Martifer Solar 1.493.776 - 1.493.776 1.493.776

Martifer Solar USA 388.195 - 388.195 383.467

Martifer Solar Hellas 72.205 - 72.205 72.205

LRCC-La Rad Campo Charro - Energias Renováveis 70.843 - 70.843 -

Porthold 14.379 - 14.379 14.379

MGI 8.373 - 8.373 8.373

Martifer GmbH 6.026 - 6.026 6.026

M Prime GmbH 3.000 - 3.000 3.000

MTS3 464.665 - 464.665 -

MTS4 103.836 - 103.836 -

Eviva Wiatrowa 95.555 (95.555) - -

19.043.523 (95.555) 18.947.967 18.136.268

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 95

SOLAR

1 Taxa de crescimento usada para extrapolar os cash flows para além do período considerado no business plan

2 Taxa de desconto aplicada aos cash flows projetados

As projeções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e tiveram em conta as expetativas de desenvolvimento do negócio. O Conselho de Administração, suportado no valor dos fluxos de caixa previsionais descontados à taxa considerada aplicável a cada negócio, concluiu que, o valor contabilístico dos ativos líquidos, incluindo o respetivo Goodwill, não excede o seu valor recuperável. Os responsáveis deste segmento acreditam que uma possível alteração (dentro de um cenário de normalidade) nos princi-pais pressupostos utilizados no cálculo do valor recuperável não irá originar perdas de imparidade.

CONSTRUÇÃO METÁLICA

1 Taxa de crescimento usada para extrapolar os cash flows para além do período considerado no business plan

2 Taxa de desconto aplicada aos cash flows projetados

O Conselho de Administração, suportado no valor dos fluxos de caixa previsionais das unidades geradoras de caixa deste segmento, descontados à taxa considerada aplicável a cada negócio, concluiu que, em 31 de dezembro de 2012, o valor contabilístico dos ativos líquidos, incluindo o Goodwill, não excede o seu valor recuperável.

As projeções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e nas expetativas de melhoria de eficiência. Os responsáveis deste segmento acreditam que uma possível alteração (dentro de um cenário de normalidade) nos principais pressupostos utilizados no cálculo do valor recuperável não irá originar perdas de imparidade.

MARTIFER CONSTRUÇÕESMARTIFER METALLIC

CONSTRUCTIONS SASSALL ALUMINIUM NAVALRIA

Goodwill 5.448.792 3.898.809 5.356.394 1.618.675

Período utilizado Projeções de cash flows para 5 anos

Projeções de cash flows para 5 anos

Projeções de cash flows para 5 anos

Projeções de cash flows para 5 anos

Taxas de crescimento (g) 1 1,00% 1,50% 1,50% 0,50%

Taxa de desconto utilizada 2 10,46% 10,46% 8,99% 10,46%

MARTIFER SOLAR

Goodwill 1.493.776

Período utilizado Projeções de cash flows para 5 anos

Taxas de crescimento (g) 1 1,00%

Taxa de desconto utilizada 2 9,61%

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Em 31 de dezembro de 2012, os métodos e pressupostos utilizados na aferição da existência, ou não, de imparidade, para os principais valores de Goodwill registados por cada um dos segmentos nas demonstra-ções financeiras anexas foram como se segue:

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 96

Em 31 de dezembro de 2012, o valor registado em ‘Outros direitos’ refere-se essencialmente a licenças de exploração em Portugal, no segmento ‘Solar’, no valor de Euro 6,4 milhões.

O saldo a 31 de dezembro de 2012 em ativos intangíveis em curso inclui sobretudo as licenças de explora-ção nos Estados Unidos da América, no segmento ‘Solar’, no valor de Euro 21,8 milhões.

Os ‘aumentos’ ocorridos no exercício de 2012, são justificados, essencialmente, pelo desenvolvimento do projeto Silverado nos Estados Unidos (Euro 11,0 milhões), no segmento ‘Solar’.

As alienações de ativos intangíveis referem-se essencialmente à venda de licenças de exploração, no seg-mento ‘Solar’, no valor de Euro 6,8 milhões.

Em 31 de dezembro de 2012 o montante de encargos financeiros capitalizados nos ativos intangíveis as-cendeu a Euro 1.987.696 relativos a empréstimos obtidos para a construção de projetos solares nos Estados Unidos.

A informação relativa aos valores das amortizações acumuladas do ativo intangível, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 pode ser analisada como se segue:

17. ATIVOS INTANGÍVEISEsta rubrica é analisada como segue:

A informação relativa aos valores brutos do ativo intangível, deduzidos de perdas de imparidade, com refe-rência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 pode ser analisada como se segue:

ANO 2012 ANO 2011

Valor bruto

Software e outros direitos 26.145.255 30.057.374

Ativos intangíveis em curso 24.119.844 17.841.232

Adiantamentos por conta de ativos intangíveis 99.623 687.015

50.364.722 48.585.621

Amortizações Acumuladas

Software e outros direitos 10.922.850 8.584.677

Ativos intangíveis em curso - -

Adiantamentos por conta de ativos intangíveis - -

10.922.850 8.584.677

Valor líquido 39.441.872 40.000.945

ANO 2011SOFTWARE

E OUTROS DIREITOSATIVOS INTANGÍVEIS EM

CURSO

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE ATIVOS

INTANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2011 16.532.351 12.066.914 26.672 28.625.938

Aumentos 1.808.352 16.586.262 659.471 19.054.085

Alienações e abates (22.730.843) - - (22.730.843)

Diferenças cambiais 161.280 30.841 872 192.993

Variação de perímetro 34.251.317 (10.349.403) - 23.901.913

Transferências e outros movimentos 34.917 (493.382) - (458.465)

Saldo final 31 dezembro 2011 30.057.374 17.841.232 687.015 48.585.621

ANO 2012SOFTWARE

E OUTROS DIREITOSATIVOS INTANGÍVEIS EM

CURSO

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE ATIVOS

INTANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2012 30.057.374 17.841.232 687.015 48.585.621

Aumentos 3.085.585 12.795.027 - 15.880.612

Alienações e abates (6.817.200) (232.228) (574.114) (7.623.542)

Diferenças cambiais (22.460) (217.684) (13.278) (253.422)

Variação de perímetro (25.726) (5.841.245) - (5.866.971)

Transferências e outros movimentos (132.318) (225.258) - (357.576)

Saldo final 31 dezembro 2012 26.145.255 24.119.844 99.623 50.364.722

ANO 2012SOFTWARE

E OUTROS DIREITOSATIVOS INTANGÍVEIS EM

CURSOADIANTAMENTOS POR CONTA

DE ATIVOS INTANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2012 8.584.677 - - 8.584.677

Aumentos 2.351.982 - - 2.351.982

Alienações e abates - - - -

Diferenças cambiais (3.623) - - (3.623)

Variação de perímetro 2.460 - - 2.460

Transferências e outros movimentos (12.646) - - (12.646)

Saldo final 31 dezembro 2012 10.922.850 - - 10.922.850

Valor líquido

2011 21.472.697 17.841.232 687.015 40.000.945

2012 15.222.405 24.119.844 99.623 39.441.872

ANO 2011SOFTWARE

E OUTROS DIREITOSATIVOS INTANGÍVEIS EM

CURSOADIANTAMENTOS POR CONTA

DE ATIVOS INTANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2011 6.235.890 - - 6.235.890

Aumentos 2.328.378 - - 2.328.378

Alienações e abates (6.867) - - (6.867)

Diferenças cambiais (10.724) - - (10.724)

Variação de perímetro 142.876 - - 142.876

Transferências e outros movimentos (104.876) - - (104.876)

Saldo final 31 dezembro 2011 8.584.677 - - 8.584.677

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 97

18. ATIVOS TANGÍVEISEsta rubrica é analisada como segue:

A informação relativa aos valores brutos de terrenos e edifícios, equipamentos, ativos fixos tangíveis em curso e de outros ativos fixos tangíveis, deduzidos de perdas de imparidade, para os exercícios findos em 2012 e 2011 pode ser analisada como se segue:

O investimento verificado em 2012 nos ativos fixos tangíveis justifica-se, essencialmente, pelo desenvolvi-mento de projetos Solares em França, Itália e nos Estados Unidos (Euro 3,5 milhões, Euro 6,7 milhões e Euro 3,3 milhões respetivamente), no segmento ‘Solar’, e pela conclusão da construção da fábrica da Martifer Construções no Brasil (Euro 6,9 milhões), no segmento ‘Construção Metálica’. Os aumentos deste período incluem, também, o investimento no parque eólico Rymanow na Polónia, no valor de Euro 14 milhões, o qual está classificado como ativo detido para venda.

O valor de transferências e outros movimentos em 2012, refere-se sobretudo à transferência da unidade fabril de Vagos (Portugal) para a rubrica de ‘Propriedades de Investimento’ (Nota 19).

Em 31 de dezembro de 2012 o montante de encargos financeiros capitalizados nos ativos fixos tangíveis ascendeu a Euro 1.071.430 relativos, essencialmente, a empréstimos obtidos para a construção de projetos eólicos na Roménia.

ANO 2012 ANO 2011 REEXPRESSO ANO 2011

Valor bruto

Terrenos e edifícios 91.325.592 96.012.886 129.908.354

Equipamentos 105.292.662 109.258.139 109.719.941

Ativos fixos tangíveis em curso 97.542.316 91.880.915 91.880.914

Outros ativos fixos tangíveis 62.614.240 62.919.114 62.919.117

356.774.810 360.071.054 394.428.326

Depreciações Acumuladas

Terrenos e edifícios 17.935.741 15.826.402 30.329.493

Equipamentos 52.821.114 49.806.980 49.806.980

Outros ativos fixos tangíveis 12.650.431 9.352.703 9.352.706

83.407.286 74.986.085 89.489.179

Valor líquido 273.367.524 285.084.969 304.939.148

ANO 2011 TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOSATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

EM CURSOOUTROS ATIVOS FIXOS

TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2011 117.193.493 104.163.423 90.998.086 99.396.513 411.751.515

Aumentos 3.636.395 3.036.842 31.365.525 4.161.992 42.200.754

Alienações e abates (539.613) (8.097.849) (732.038) - (9.369.500)

Diferenças cambiais (2.006.870) (2.484.809) (1.896.350) (224.185) (6.612.214)

Variação de perímetro 6.504.381 (1.488.375) (11.176.177) (40.330.482) (46.490.653)

Perdas de imparidade - - - (219.071) (219.071)

Transferências e outros movimentos 5.120.568 14.590.709 (16.678.132) 134.350 3.167.495

Saldo final 31 dezembro 2011 129.908.354 109.719.941 91.880.914 62.919.117 394.428.326

ANO 2011 REEXPRESSO TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOSATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

EM CURSOOUTROS ATIVOS FIXOS

TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2011 117.193.493 104.163.423 90.998.086 99.396.513 411.751.515

Alteração da política de mensuração (33.895.467) (461.803) - - (34.357.270)

Aumentos 3.636.395 3.036.842 31.365.525 4.161.992 42.200.754

Alienações e abates (539.613) (8.097.849) (732.038) - (9.369.500)

Diferenças cambiais (2.006.870) (2.484.809) (1.896.350) (224.185) (6.612.214)

Perdas de imparidade - - - (219.071) (219.071)

Variação de perímetro 6.504.381 (1.488.375) (11.176.177) (40.330.482) (46.490.653)

Transferências e outros movimentos 5.120.568 14.590.709 (16.678.132) 134.350 3.167.495

Saldo final 31 dezembro 2011 96.012.887 109.258.138 91.880.914 62.919.117 360.071.054

ANO 2012 TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOSATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

EM CURSOOUTROS ATIVOS FIXOS

TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2012 reexpresso 96.012.887 109.258.138 91.880.914 62.919.117 360.071.054

Reclassificação para Activo detido para venda (Nota 27)

(7.121.495) - (15.045.951) - (22.167.446)

Aumentos 1.524.851 3.079.957 38.427.751 1.172.055 44.204.614

Alienações e abates (1.631.955) (6.908.259) (2.126.522) (22.706) (10.689.442)

Diferenças cambiais 273.887 (2.424.876) (1.765.221) (243.933) (4.160.143)

Variação de perímetro (590.057) 1.039.688 (4.599.918) (433.002) (4.583.289)

Perdas de imparidade - (735.600) (2.103.063) - (2.838.663)

Transferências e outros movimentos 2.857.474 1.983.613 (7.125.673) (777.291) (3.061.877)

Saldo final 31 dezembro 2012 91.325.592 105.292.661 97.542.317 62.614.240 356.774.810

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 98

A informação relativa aos valores das depreciações acumuladas de terrenos e edifícios, equipamentos, ati-vos fixos tangíveis em curso e de outros ativos fixos tangíveis para os exercícios findos em 2012 e 2011 pode ser analisada como se segue:

Os critérios valorimétricos adotados e as taxas de depreciação utilizadas estão referidos nas alíneas iv) e v) dos principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas, na Nota 1 ‘Políticas Contabilísticas’.

O custo de aquisição das Imobilizações corpóreas detidas pelo Grupo no âmbito de contratos de locação

financeira, em 31 de dezembro de 2012 ascendia a Euro 36.137.543, sendo o seu valor líquido contabilístico, nessa data, de Euro 23.112.914.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, exceto para os bens adquiridos em regime de locação financeira, em regime de Project Finance e para os bens mencionados na Nota 37, não existiam outros ativos fixos tangí-veis que se encontrassem penhorados ou hipotecados a instituições financeiras como garantia de emprésti-mos obtidos pelo Grupo.

Durante o ano, o Grupo estimou a quantia recuperável de alguns ativos fixos tangíveis tendo em conta fato-res internos e externos que indicavam que os mesmos poderiam estar contabilizados por um valor superior à sua quantia recuperável.

A aferição da existência de imparidade para os ativos fixos tangíveis e intangíveis do Grupo foi efetuada tendo por base os business plans das diversas empresas cujos pressupostos se encontram detalhados na nota 16. A taxa de desconto usada variou entre 8,99% e 10,46%, dependendo dos riscos inerentes aos diversos negócios e países. Desta análise não resultou a necessidade de reforçar as perdas de imparidade para ativos fixos tangíveis

19. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTOA rubrica ‘Propriedades de investimento’ respeita às seguintes propriedades detidas pelo Grupo Martifer: Centro Empresarial de Benavente, Armazéns de Albergaria-a-Velha, a unidade fabril de Vagos e o terreno de Aricesti (Roménia), todos destinados ao arrendamento.

Estes ativos encontram-se registados ao valor de mercado de acordo com a avaliação independente efetu-ada por entidades especializadas, de acordo com os padrões internacionais do ‘RICS Valuation Standards’ (RICS Red Book). O Grupo Martifer efetua avaliações regulares a estes imóveis, sendo as eventuais varia-ções no justo valor registadas em resultados.

O movimento ocorrido nos exercícios de 2012 e 2011 na rubrica de ‘Propriedades de Investimento’ foi como se segue:

As variações de justo valor foram registadas na Demonstração de Resultados, na rubrica ‘Outros rendimen-tos / (ganhos) operacionais’.

ANO 2011 TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOSATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

EM CURSOOUTROS ATIVOS FIXOS

TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2011 26.791.627 45.332.305 - 7.727.570 79.851.502

Aumentos 4.267.767 9.158.552 - 3.810.023 17.236.341

Alienações e abates (6.213) (2.414.815) - - (2.421.028)

Diferenças cambiais (217.152) (637.272) - (31.897) (886.321)

Variação de perímetro (251.156) (1.825.760) - (2.152.989) (4.229.905)

Transferências e outros movimentos (255.380) 193.970 - - (61.410)

Saldo final 31 dezembro 2011 30.329.493 49.806.980 - 9.352.706 89.489.179

ANO 2011 REEXPRESSO TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOSATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

EM CURSOOUTROS ATIVOS FIXOS

TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2011 26.791.627 45.332.305 - 7.727.570 79.851.502

Alteração da política de mensuração (13.312.196) - - - (13.312.196)

Aumentos 3.076.872 9.158.552 - 3.810.023 16.045.446

Alienações e abates (6.213) (2.414.815) - - (2.421.028)

Diferenças cambiais (217.152) (637.272) - (31.897) (886.321)

Variação de perímetro (251.156) (1.825.760) - (2.152.989) (4.229.905)

Transferências e outros movimentos (255.380) 193.970 - - (61.410)

Saldo final 31 dezembro 2011 15.826.402 49.806.980 - 9.352.706 74.986.085

ANO 2012 TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOSATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

EM CURSOOUTROS ATIVOS FIXOS

TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2012 reexpresso 15.826.402 49.806.980 9.352.706 74.986.085

Aumentos 3.418.084 8.538.931 - 3.319.210 15.276.225

Alienações e abates (265.096) (5.061.716) - (12.667) (5.339.479)

Diferenças cambiais 73.534 (227.053) - (14.217) (167.736)

Variação de perímetro 293.813 (230.207) (594) 63.012

Transferências e outros movimentos (1.410.996) (5.821) - 5.993 (1.410.821)

Saldo final 31 dezembro 2012 17.935.741 52.821.114 - 12.650.431 83.407.286

Valor líquido

2011 99.578.861 59.912.962 91.880.914 53.566.411 304.939.148

2011 REEXPRESSO 80.186.485 59.451.159 91.880.914 53.566.411 285.084.969

2012 73.389.851 52.471.547 97.542.317 49.963.809 273.367.524

ANO 2012 ANO 2011

Saldo inicial 17.274.846 14.981.893

Transferências 3.448.525 1.891.036

Variações de justo valor (Nota 9) 86.393 835.252

Variações cambiais 363.302 (433.334)

Reclassificação para Ativo detido para venda (Nota 27) (4.966.297) -

16.206.768 17.274.846

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 99

O quadro abaixo apresenta o valor global das avaliações realizadas no exercício, assim como o valor pelo qual os ativos se encontram registados nas contas do Grupo:

A transferência registada em ‘Propriedades de Investimento’ respeita à reclassificação da unidade fabril de Vagos (Portugal) da rubrica de ‘Ativos fixos tangíveis’ para esta rubrica, em virtude de a mesma ter sido arrendada.

No final de 2012, o terreno de Aricesti, à semelhança das outras propriedades de investimento, foi alvo de uma avaliação independente, neste caso efetuada pela Accento, que atribuiu um valor de mercado de Euro 2,25 milhões, superior ao custo de aquisição. No entanto, dada a existência de um processo a decorrer em tribunal para reclamar a titularidade deste terreno, o Grupo optou por manter o valor deste terreno inaltera-do, mantendo uma atitude de prudência.

O rendimento obtido das propriedades de investimento em 2012 foi de 922.578 euros (122.605 euros em 2011), e encontra-se registado na rubrica de ‘Vendas e Prestação de Serviços’.

20. ATIVOS FINANCEIROS EM EQUIVALÊNCIA PATRIMONIALEm 31 de dezembro de 2012 e 2011, a composição dos valores referentes a ativos financeiros em equivalên-cia patrimonial é como se segue:

O valor em ‘Outras participações’ a 31 de Dezembro de 2012 inclui as participações financeiras na M.City Szczecin e na Liszki Green Park.

O movimento ocorrido nesta rubrica, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, é como se segue:

A alteração nesta rubrica, é essencialmente justificada pela alienação do investimento financeiro na Martifer-Hirschfeld Energy Systems LLC e pela aplicação do Método de Equivalência Patrimonial no exercício (Nota 12).

JUSTO VALOR REGISTADO AVALIAÇÃO INDEPENDENTE

Centro Empresarial de Benavente (Portugal) 9.364.000 9.364.000

Armazéns de Albergaria-a-Velha (Portugal) 1.415.300 1.415.300

Terreno de Aricesti (Roménia) 1.839.468 2.251.480

Unidade fabril de Vagos (Portugal) 3.588.000 3.588.000

16.206.768 16.618.780

PROPORÇÃO DO CAPI-TAL DETIDO

ANO 2012 ANO 2011CAPITAL PRÓPRIO

31.12.2012RESULTADO

LÍQUIDO 2012 ANO 2012 ANO 2011

Prio Energy 49,00% 49,00% 22.830.855 3.527.765 11.187.119 9.568.760

SPEE 3 - Parque eólico de Baião, SA 50,00% 50,00% 992.065 508.048 496.032 291.607

SPEE 2 - Parque eólico de Vila Franca de Xira, SA 50,00% 50,00% 2.165.478 1.244.503 1.082.739 771.854

MS Participações Societárias, SA - 11,91% - - - 718.373

Macquarie 50,00% 50,00% 4.087.679 831.940 2.043.840 1.504.455

Promoquatro - Investimentos Imobiliários, Lda 50,00% 50,00% 372.471 (51.876) 186.236 567.188

Martifer – Hirschfeld Energy Systems LLC - 50,00% - - - 1.445.591

Martifer Amal, S.A. 35,00% - 1.288.520 (87.772) 445.944 -

Canaverosa 20,61% - 243.047 350.357 119.044 -

Parque Sesena 1 20,63% 28,11% 310.978 247.083 115.380 -

Outras participações - - - - 3.678 -

15.680.011 14.867.827

ANO 2012 ANO 2011

Saldo inicial 14.867.827 30.021.125

Aquisições 445.944

Aplicação do MEP 2.425.428 (571.881)

Aumentos de capital - 399.567

Alienações (1.445.591) (10.494.837)

Alterações resultantes da perda de controlo partilhado nas empresas associadas

MS Participações Societárias (718.373) 1.372.159

Perdas de imparidade - (6.106.747)

Diferenças cambiais - 347.392

Outras variações 104.777 (99.352)

Saldo final 15.680.011 14.867.827

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 100

21. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDAEm 31 de dezembro de 2012 e 2011, a composição dos valores referentes a ativos financeiros disponí-veis para venda é como se segue:

O movimento ocorrido nos exercícios de 2012 e 2011 na rubrica de ‘Ativos financeiros disponíveis para venda’ foi como se segue:

ANO 2012 ANO 2011

Aplicação Financeira Não Corrente 1.663.963 1.739.039

Outros 646.304 439.982

2.310.267 2.179.021

ANO 2012 ANO 2011

Saldo inicial 2.179.021 20.138.045

Aquisições 138.993 1.306

Diminuições (16.478) (20.000.000)

Variações de justo valor - (2.047)

Outras variações 8.731 2.041.717

2.310.267 2.179.021

22. INVENTÁRIOS A informação relativa a existências com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, pode ser analisada como se segue:

Em 31 de dezembro de 2012, estão incluídos na rubrica ‘Produtos e trabalhos em curso’ e ‘Mer-cadorias’, Euro 5.628.584 referentes aos projetos imobiliários em curso a desenvolver pelo Grupo relativos ao segmento da Construção Metálica, designadamente na atividade imobiliária e incluem os seguintes projetos:

- Amarante Gran Plaza;

- Taveiro Gran Plaza.

Com exceção destes ativos, cujo prazo de realiza-ção pode ser superior a um ano, todos os outros ativos classificados na rubrica de ‘Inventários’ serão realizáveis no curto prazo e não foram dados como garantia de empréstimos obtidos pelo Grupo.

ANO 2012 ANO 2011

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

10.701.150 14.492.572

Produtos e trabalhos em curso 5.299.576 6.279.712

Mercadorias 6.557.447 7.959.678

Produtos acabados e intermédios 1.833.889 2.420.934

24.392.062 31.152.897

23. CLIENTES E OUTROS DEVEDORESEm 31 de dezembro de 2012 e 2011, os ativos financeiros detidos pelo Grupo, para além dos mencionados nas notas 20 e 21 acima, são os a seguir apresentados.

A informação relativa a ‘Clientes e outros Devedores’ com referência aos exercícios findos em 31 de dezem-bro de 2012 e 2011 pode ser analisada como se segue:

O saldo de clientes não correntes corresponde, essencialmente, a um valor a receber de uma empresa as-sociada, do segmento ‘Solar’, o qual será regularizado à medida que aquela for obtendo receitas da venda de energia. Este valor vence juros à taxa de mercado.

As perdas de imparidade acumuladas em contas a receber são como se segue:

NÃO CORRENTES CORRENTES

ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011

Valor bruto:

Clientes:

Clientes, conta corrente 31.505.073 34.868.752 146.320.356 173.654.448

Clientes, títulos a receber - - 3.930.470 17.453.139

Clientes de cobrança duvidosa - - 18.468.425 10.776.302

Total ‘clientes’ 31.505.073 34.868.752 168.719.251 201.883.889

Outros devedores:

Empresas associadas, participadas e participantes 100.321.045 95.520.254 15.764.687 13.470.752

Adiantamentos a fornecedores 4.847 89.247 11.284.325 9.540.641

Outros 8.465.440 5.208.083 43.002.651 22.856.433

Total ‘outros devedores’ 108.791.332 100.817.584 70.051.663 45.867.826

TOTAL 140.296.405 135.686.336 238.770.914 247.751.715

NÃO CORRENTES CORRENTES

ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011

Perdas de imparidade acumuladas:

Clientes de cobrança duvidosa - - 18.362.123 10.776.302

Outros devedores 121.503 111.036 7.779.142 2.801.698

121.503 111.036 26.141.265 13.578.000

Valor líquido - Clientes 31.505.073 34.868.752 150.357.128 191.107.588

Valor líquido - Outros devedores 108.669.829 100.706.548 62.272.521 43.066.127

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 101

O movimento das perdas de imparidade acumuladas em contas a receber é como se segue:

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a antiguidade dos saldos relativos a contas a receber, antes de perdas de imparidade acumuladas, pode ser detalhada como se segue:

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível, sobretudo, às contas a receber da sua atividade operacional. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas de imparidade acumuladas para cobrança duvidosa, que foram estimadas pelo Grupo de acordo com a sua experiência e com base nos condicionantes e na envolvente económica existente.

A totalidade dos créditos sobre clientes que se encontram registados na rubrica ‘Clientes de cobrança duvidosa’, em 31 de dezembro de 2012 encontra-se em imparidade.

Para os restantes valores vencidos, o Grupo considera não ter havido deterioração da qualidade creditícia da contraparte, pelo que não se encontram em risco de incobrabilidade.

O prazo médio de recebimentos das contas a receber do Grupo situou-se, em 2012, nos 223 dias, tendo em muito contribuído a atual conjuntura económica. Não obstante este enquadramento, o Grupo continua empenhado no cumprimento rigoroso da política de crédito definida, nomeadamente ao nível da seleção

CLIENTES OUTROS DEVEDORES

ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011

Saldo inicial 10.776.302 8.225.604 2.912.734 3.323.120

Aumento (notas 9 e 10) 9.300.408 4.443.067 5.091.890 1.634.617

Redução (nota 10) 506.343 887.565 - 957.901

Variações de perímetro, diferenças cambiais e trans-ferências

(1.208.244) (1.004.804) (103.979) (1.087.102)

18.362.123 10.776.302 7.900.645 2.912.734

VENCIDO

ANO 2011 TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E 180 DIAS ENTRE 180 E 360 DIAS MAIS DE 360 DIAS

Clientes, conta corrente 208.523.200 138.024.691 20.638.755 16.842.219 18.479.660 14.537.875

Clientes, títulos a receber 17.453.139 17.199.433 210.860 - 42.846 -

Clientes de cobrança duvidosa 10.776.302 641.107 274.327 54.919 - 9.805.949

Outros devedores 146.685.410 110.095.055 8.963.590 4.908.429 10.287.244 12.431.092

383.438.051 265.960.286 30.087.532 21.805.567 28.809.750 36.774.916

VENCIDO

ANO 2012 TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E 180 DIAS ENTRE 180 E 360 DIAS MAIS DE 360 DIAS

Clientes, conta corrente 177.825.429 77.037.879 35.750.753 17.540.982 20.555.761 26.940.054

Clientes, títulos a receber 3.930.470 3.261.351 34.511 18.540 616.068 -

Clientes de cobrança duvidosa 18.468.425 1.157.093 280.086 169.308 1.948.787 14.913.151

Outros devedores 178.842.996 149.061.170 9.346.189 2.502.276 3.441.421 14.491.939

379.067.320 230.517.493 45.411.539 20.231.106 26.562.037 56.345.144

criteriosa do crédito concedido, quer em quanti-dade quer em qualidade, bem como na respetiva cobrança.

É convicção do Conselho de Administração do Grupo de que o valor pelo qual os saldos de Clientes e Outros Devedores estão registados no balanço se aproxima do seu justo valor, conside-rando, em particular que relativamente à dívida vencida a mais de 180 dias não se esperam perdas importantes para além das perdas de imparidade registadas.

O Grupo não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 90 dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em situações extremas.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os saldos não correntes mantidos com empresas associa-das, participadas e participantes dizem respeito, essencialmente, a prestações acessórias de capital concedidas, as quais não vencem juros nem têm prazos de reembolso.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o Grupo não possui ativos financeiros detidos até ao vencimen-to nem investimentos registados ao justo valor através de resultados.

24. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO E ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS – ATIVOEm 31 de dezembro de 2012 e 2011, os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm a seguinte composição:

O imposto sobre o valor acrescentado correspon-de ao valor deste imposto a recuperar essencial-mente nas empresas portuguesas e romenas, para o qual irá ser solicitado o reembolso em 2013.

ANO 2012 ANO 2011

Imposto sobre o rendimento 2.692.473 2.366.787

Imposto sobre o valor acrescentado 15.379.705 17.661.598

Impostos em outros países 1.464.331 1.549.516

Outros impostos 1.493.203 459.723

Estado e outros entes públicos 18.337.239 19.670.837

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 102

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a informação sobre os contratos de construção em curso é como se segue:

As garantias prestadas a donos de obra referidas na Nota 37 dizem respeito a obras em curso e a obras encerradas, para as quais a duração média é de cinco anos.

25. OUTROS ATIVOS CORRENTESEm 31 de dezembro de 2012 e 2011, a rubrica ‘Outros ativos correntes’ pode ser analisada como se segue:

De salientar que, até 2011, a constituição de perdas de imparidade para trabalhos em curso era apresenta-da no passivo, na rubrica ‘Provisões’.

Em 31 de dezembro de 2012, a rubrica ‘Outras despesas plurianuais pagas antecipadamente’ inclui, essen-cialmente, os desembolsos efetuados pelo Grupo associados a trabalhos especializados, os quais irão ser prestados/utilizados no decorrer do exercício de 2013.

O saldo a 31 de dezembro de 2012 da rubrica ‘Outros ativos financeiros correntes’ respeita, sobretudo, a certificados verdes que o Grupo recebeu pela produção de energia elétrica na Roménia e que não tinham ainda sido alienados em 31 de dezembro de 2012.

ANO 2012 ANO 2011

Acréscimos de rendimentos

Trabalhos em curso (contratos de construção)

Valor bruto 123.070.681 119.390.752

Perdas de imparidade (5.477.871) -

Valor líquido 117.592.810 119.390.752

Juros a receber 46.391 164.393

Outros acréscimos de rendimentos 3.427.374 4.139.138

121.066.575 123.694.283

Gastos diferidos

Seguros 1.505.437 1.573.546

Encargos financeiros 727.703 285.218

Rendas pagas antecipadamente 892.716 1.068.010

Outras despesas plurianuais pagas antecipadamente 905.635 1.497.242

4.031.492 4.424.016

Outros ativos financeiros correntes 620.583 -

125.718.650 128.118.298

ANO 2012 ANO 2011

Gastos totais incorridos em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 1.008.463.521 964.365.580

- Solar 141.210.144 185.842.143

Gastos incorridos no ano em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 279.603.320 233.609.628

- Solar 106.656.168 143.048.361

Rendimentos totais incorridos em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 1.019.145.350 973.965.515

- Solar 173.648.219 200.868.003

Rendimentos incorridos no ano em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 274.618.131 287.385.231

- Solar 135.932.471 146.080.528

Adiantamentos recebidos para a execução de contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 16.468.817 3.958.021

Retenções efetuadas por clientes em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 12.792.079 12.777.593

- Solar - 34.587

Garantias prestadas a clientes relativas a contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 44.336.618 65.463.618

- Solar 23.882.955 5.875.767

Acréscimos de rendimentos relativos a contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 84.818.127 73.610.088

- Solar 38.252.554 45.780.664

Total de Trabalhos em curso (contratos de construção) 123.070.681 119.390.752

Rendimentos diferidos relativos a contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 23.356.961 18.656.413

- Solar 3.434.899 2.768.133

Total de Faturação antecipada (relativa a contratos de construção) – Nota 35 26.791.860 21.424.546

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 103

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, as principais obras em curso do Grupo que justificam o saldo de ‘Acréscimos de rendimentos – trabalhos em curso’ são como se segue:

26. CAIXA E SEUS EQUIVALENTESA rubrica caixa e seus equivalentes pode ser analisada como se segue:

Caixa e seus equivalentes incluem o dinheiro detido pelo Grupo e os depósitos bancários de curto prazo, com maturidades originais iguais ou inferiores a 3 meses, para os quais o risco de alteração de valor não é significativo. Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, não existiam quaisquer restrições à utilização dos saldos registados nas rubricas de Caixa e seus equivalentes.

ANO 2012 ANO 2011

Scotland's National Arena (Martifer Construções e Martifer UK) 11.674.677 7.498.486

Ponte da Ulla (Martifer Construções) 9.143.813 4.600.640

Parque Fotovoltaico APRA - 6,6 MW (Martifer Solar) 6.681.804 -

Complexo desportivo Arábia Saudita (Martifer Construções) 6.024.520 -

Estádio Arena Fonte Nova (Martifer Construções e Martifer Brasil) 5.277.954 2.226.487

Parque Fotovoltaico Parkhouse (Martifer Solar UK) 4.250.753 -

Parque Fotovoltaico Rudge (Martifer Solar UK) 4.018.533 -

Cidade financeira Arábia Saudita (Martifer Alumínios e Martifer Arábia Saudita) 3.467.117 -

Alstom - Mannheim 9 (Martifer Construções) 2.997.219 2.969.196

Edifício Marina Baía - Luanda (Martifer Construções) 2.822.385 2.911.667

Parque Fotovoltaico Trefinnick (Martifer Solar UK) 2.820.089 -

Parque Fotovoltaico CBS fase 5 (AEM) 2.493.102 -

Novo Hospital de Orleans ( Martifer Alumínios) 2.325.092 -

Baltic Arena Gdansk (Martifer Polska) 2.189.420 -

Parque Fotovoltaico Cheleiros - 2 MW (Martifer Solar) 1.926.610 -

Birmingham Gateway (Martifer Aluminios UK) 1.806.572 -

Parque Fotovoltaico AVALADES 14MW (Martifer Solar) - 13.280.696

Parque Fotovoltaico de LÜE - 2,846MWp (Martifer Solar França) - 4.947.157

Parque Fotovoltaico FERREIRAS - 6 MW (Martifer Solar) - 4.944.888

Edinburgh International Conferenc Centre (Martifer Construções) - 4.171.913

Pontes Sisk - Polónia (Martifer Construções) - 3.320.986

Reconversão Refinaria Sines-Fase 2 (Martifer Construções) - 3.070.156

Kanhangulo (Martifer Angola) - 2.939.689

Hertz Corporation (AEM) - 2.354.336

ANO 2012 ANO 2011

Caixa e seus equivalentes:

Depósitos bancários 37.585.387 77.679.280

Caixa 439.182 207.203

Outras aplicações de tesouraria - -

38.024.569 77.886.483

27. ATIVOS DETIDOS PARA VENDAA Martifer Renewables, SGPS, S.A. acordou com o IKEA Retail Sp. Zo.o., a venda das ações da Energia Wiatrowa, Sp. Zo.o., sujeita ao cumprimento de alguns termos e condições definidas no acordo, nomea-damente a conclusão do projeto Rymanow, um parque eólico com 13 turbinas, na região de Podkarpackie, que tem sido desenvolvido pela Energia Wiatrowa.

Em dezembro de 2012, após a decisão de encerramento da unidade industrial na Polónia, foi iniciado um plano ativo para venda dos terrenos e do edifício fabril da Martifer Polska, Sp. Zo.o., do segmento Constru-ção Metálica. Adicionalmente, estão a decorrer negociações com vista à alienação do projeto imobiliário de Szczecin (Polónia), o qual tem vindo a ser apresentado como propriedade de investimento, sendo que esta venda é altamente provável. Encontrando-se reunidas todas as condições definidas na IFRS 5, estes ativos da Polónia foram incluídos, em 31 de dezembro de 2012, no grupo de Ativos detidos para venda.

De acordo com a IFRS 5, os ativos e passivos relativos à Energia Wiatrowa, bem como os ativos e passivos da Polónia, referidos no parágrafo anterior, foram classificados como “Ativos detidos para venda” e “Pas-sivos associados aos ativos detidos para venda”, respetivamente, e os ganhos líquidos divulgados como “Resultados dos Ativos detidos para venda”.

O detalhe dos ativos e passivos associados aos activos detidos para venda em 31 de dezembro de 2012 são como se segue:

No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, o resultado líquido dos ativos detido para venda foi negati-vo em Euro 112.936.

31 DEZEMBRO 2012

Ativos fixos tangíveis 22.167.446

Propriedades de investimento 4.966.297

Ativos correntes 7.973.766

Ativos detidos para venda 35.107.509

Passivos correntes 9.524.921

Passivos associados aos ativos detidos para venda 9.524.921

Ativos líquidos de passivos associados aos ativos detidos para venda 25.582.589

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 104

28. CAPITAL SOCIAL, RESERVAS, AÇÕES PRÓPRIAS E INTERESSES NÃO CONTROLADOS

Capital socialO capital social da Martifer SGPS, totalmente subscrito e realizado, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, ascende a Euro 50.000.000 e é representa-do por 100.000.000 de ações ao portador com um valor nominal de 50 cêntimos cada. Todas as ações têm os mesmos direitos, correspondendo um voto por cada ação. Durante os exercícios de 2012 e 2011 não ocorreram quaisquer movimentos no número de ações representativas do capital social do Grupo.

Durante o exercício de 2012, a Martifer SGPS adquiriu, através de compras realizadas em bolsa, 468.259 ações próprias (2011: 1.187.410 ações próprias foram adquiridas). Após estas aquisições, a Martifer detém 2.215.910 ações próprias, corres-pondentes a 2,22% do seu capital social.

Em 31 de dezembro de 2012, o capital social da Empresa é detido em 42,7% pela I’M SGPS, S.A., 37,5% pela Mota-Engil SGPS, S.A., 2,22% em ações próprias, encontrando-se os restantes 17,58% dispersos em Bolsa.

Opções sobre açõesEstá em vigor um plano de remunerações em opções sobre ações, nos termos aprovados pela Assembleia Geral, aplicável a alguns colaborado-

res, com vista a incentivar a criação de valor.

As opções atribuídas caducarão automaticamente, sempre que o colaborador deixe de estar ao servi-ço de qualquer uma das empresas do Grupo.

As reservas relativas a opções sobre ações, em 31 de dezembro de 2011, no montante de Euro 198.980, refletiam o justo valor dos serviços pres-tados pelos colaboradores, corrigidas, a cada data de relato, pelo impacto da revisão da estimativa original em resultado da determinação do número de opções que se esperava que se tornassem exercíveis. Em 31 de dezembro de 2012, este valor foi transferido para Resultados transitados por se considerar que as opções sobre ações não são exercíveis.

Prémios de emissãoOs prémios de emissão correspondem a ágios obtidos com a emissão ou aumentos de capital. De acordo com a legislação comercial portuguesa, os valores incluídos nesta rubrica seguem o regime estabelecido para a ‘reserva legal’, isto é, os valores não são distribuíveis, a não ser em caso de liquidação, mas podem ser utilizados para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

ReservasReserva legal

A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da ‘reserva legal’ até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absor-ver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Este valor encontra-se incluído na rubrica de ‘Ou-

tras Reservas’ e ascende a Euro 7.696.844.

Reservas de justo valor – Revalorizações de ativos fixos tangíveis

As reservas de justo valor – Revalorizações de ativos fixos tangíveis não podem ser distribuídas aos acionistas, exceto se se encontrarem totalmen-te amortizadas ou se os respetivos bens objeto de reavaliação tiverem sido alienados. Conforme referido na Nota 1, a empresa alterou a política de revalorização dos imóveis pelo que a respetiva reserva foi anulada.

Reservas de justo valor – Ativos disponíveis para venda

As reservas de justo valor - Ativos disponíveis para venda refletem as variações de justo valor dos instrumentos financeiros detidos para venda e não são passíveis de serem distribuídas ou serem utilizadas para absorver prejuízos.

Reserva de justo valor – Reserva de cobertura

As Reservas de justo valor - Reserva de cobertura refletem as variações de justo valor dos instrumen-tos derivados de cobertura de cash flow que se consideram eficazes e não são passíveis de serem distribuídas ou serem utilizadas para absorver prejuízos (Nota 36).

Reservas de conversão cambiais

As reservas de conversão cambiais refletem as variações cambiais ocorridas: (i) na transposição das demonstrações financeiras de filiais em moeda diferente do Euro; (ii) na atualização do investi-mento líquido nas subsidiárias; e (iii) na atualização de Goodwill, as quais não são passíveis de serem distribuídas ou serem utilizadas para absorver pre-juízos, sendo transferidas para resultados quando as filiais são vendidas ou liquidadas.

Reservas relativas a opções sobre ações

As reservas relativas a opções sobre ações refletem o justo valor dos serviços prestados pelos cola-

boradores corrigidas, a cada data de relato, pelo impacto da revisão da estimativa original em resultado da determinação do número de opções que se espera que se tornem exercíveis.

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’). Em 31 de dezembro de 2012 a Martifer SGPS, S.A. não dispõe de reservas distribuíveis.

Outras reservas

Para além da reserva legal, estão incluídos nesta rubrica os resultados de exercícios anteriores e uma reserva indisponível no valor de Euro 2.868.519 relativa ao valor das ações próprias.

Interesses não controladosA evolução desta rubrica pode ser apresentada da seguinte forma:

O aumento dos interesses não controlados em 2012, deve-se, essencialmente, à alienação de 10.000.000 ações, representativas de 20% do capital social da Martifer Solar, e à aquisição de 35% do capital negativo da subsidiária Gebox, aumentando a participação do Grupo para 100%.

ANO 2012 ANO 2011

Saldo Inicial 31.783.623 31.876.822

Resultado Liquido do período 1.440.369 2.070.878

Outras variações no capital próprio

(1.374.499) 315.090

Aumento de capital em empresas participadas

32.400 -

Alterações no perímetro de consolidação

119.912 (2.181.640)

Transações com interesses não controlados

18.983.670 (231.934)

Outros (9.563) (65.593)

50.975.912 31.783.623

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 105

29. EMPRÉSTIMOSOs montantes relativos a empréstimos, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, são como se segue:

Em 31 de dezembro de 2012 o net debt do Grupo ascendeu a Euro 377.173.488. De notar que para o cálculo do net debt, para além dos empréstimos acima evidenciados, consideram-se os leasings, derivados e caixa e seus equivalentes.

Relativamente à estrutura de dívida do Grupo, é convicção da Administração que, durante 2013, serão re-negociados os empréstimos necessários ao financiamento de fundo de maneio, no montante aproximado de Euro 120 milhões, sendo expetável que a liquidação do restante financiamento de curto prazo se realize com a venda de ativos, nomeadamente com a venda dos parques eólicos da Roménia e das restantes licenças de parques solares em Portugal.

Outros empréstimosDo valor de ‘outros empréstimos’, Euro 4 milhões correspondem a operações de locação financeira imo-biliária (afetas ao financiamento dos projetos imobiliários registados na rubrica de Produtos e Trabalhos em Curso – Nota 22) as quais, em caso de alienação dos acima referidos projetos imobiliários, terão de ser liquidadas nesse momento e não de acordo com o plano de reembolso definido, que contratualmente ocorre após 2012.

O impacto destas transações nos interesses não controlados é de Euro 15,6 milhões e Euro 2,6 milhões, respetivamente.

O detalhe dos principais interesses não controlados podes ser analisado como se segue:

% INTERESSES NÃO CONTROLADOS

ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011

Construção Metálica

Martifer Construções Angola 21,25% 21,25% 915.330 697.033

Solar

Martifer Solar 45,00% 25,00% 33.276.616 15.614.942

Martifer Solar Itália 45,00% 25,00% 3.471.628 2.375.789

Martifer Solar França 45,00% 25,00% 1.653.712 748.232

Martifer Solar Belgica 45,00% 25,00% 1.338.162 642.320

Martifer Construções Angola 21,25% 21,25% 915.330 697.033

Martifer Solar Sistemas Solares 45,00% 25,00% 808.868 508.503

M Prime 45,00% 25,00% 626.794 649.536

Solarparks 45,00% 25,00% 75.300 43.347

Pvglass 25,00% 47,50% (2.395.790) (1.908.309)

AEM 65,08% 52,38% (1.959.283) 633.812

Outros

Ventinveste Indústria 54,00% 54,00% 10.000.000 10.000.000

Rosa dos Ventos 46,37% 47,75% 3.037.733 2.110.961

Martifer Renováveis – Geração de Energia e Partici-pações

45,00% 45,00% 1.811.182 2.974.849

Outros interesses não controlados (< Euro 500.000) - - (1.684.340) (3.307.392)

50.975.912 31.783.623

ANO 2011 ATÉ 1 ANO ENTRE 1 E 3 ANOS ENTRE 3 E 5 ANOS A MAIS DE 5 ANOS TOTAL

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 66.385.760 44.786.192 45.542.572 29.218.523 185.933.047

Descobertos bancários 22.174.582 1.000.000 775.664 - 23.950.246

Contas caucionadas 63.513.930 - - - 63.513.930

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 11.700.000 61.825.000 23.325.000 - 96.850.000

Outros empréstimos 3.434.736 531.770 4.576.174 3.859.665 12.402.345

167.209.008 108.142.962 74.219.410 33.078.188 382.649.568

ANO 2012 ATÉ 1 ANO ENTRE 1 E 3 ANOS ENTRE 3 E 5 ANOS A MAIS DE 5 ANOS TOTAL

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 81.687.445 70.074.451 36.686.840 19.565.015 208.013.751

Descobertos bancários 15.460.101 1.850.466 - - 17.310.567

Contas caucionadas 67.783.191 4.533.333 1.200.000 600.000 74.116.524

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 59.200.000 5.450.000 11.500.000 2.500.000 78.650.000

Outros empréstimos 4.900.095 4.575.550 3.708.697 2.656.515 15.840.857

229.030.832 86.483.800 53.095.537 25.321.530 393.931.699

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 106

Os montantes considerados em ‘Outros empréstimos’ incluem, ainda, empréstimos obtidos junto da Agên-cia Portuguesa para o Investimento (API) e da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) como apoio ao investimento efetuado pelo Grupo, no valor de Euro 5,2 milhões. Estes empréstimos não vencem juros.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os montantes relativos a empréstimos estão denominados nas seguin-tes moedas:

ANO 2011 INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS TOTAL

Euros 205.389.607 109.252.344 314.641.951

Reais 16.891.244 - 16.891.244

Novo Leu 16.906.973 - 16.906.973

Zlotis 5.685.506 - 5.685.506

Outros 28.523.895 - 28.523.895

273.397.224 109.252.344 382.649.568

ANO 2012 INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS TOTAL

Dólar australiano 2.188.058 - 2.188.058

Real 20.031.407 - 20.031.407

Euro 215.022.701 94.490.855 309.513.556

Zlotis 6.596.503 - 6.596.503

Novo Leu 22.344.049 - 22.344.049

Dólar americano 33.258.127 - 33.258.127

299.440.844 94.490.855 393.931.699

ANO 2011TAXAS

MÉDIASINTERVALO DE

TAXAS (%)

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 6,05% [ 2,54% a 10,00% ]

Descobertos bancários 6,30% [ 4,00% a 10,00% ]

Contas caucionadas 6,33% [ 3,43% a 21,00% ]

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 3,63% [ 2,62% a 7,57% ]

Outros empréstimos 3,33% [ 1,89% a 6,54% ]

ANO 2012TAXAS

MÉDIASINTERVALO DE

TAXAS (%)

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 7,17% [ 4,09% a 16,22% ]

Descobertos bancários 6,48% [ 3,38% a 10,34% ]

Contas caucionadas 5,67% [ 2,25% a 21,00% ]

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 2,48% [ 0,96% a 6,49% ]

Outros empréstimos 5,41% [ 1,20% a 7,65% ]

As taxas de juro médias suportadas em descober-tos e empréstimos bancários são as seguintes:

PAÍS INDEXANTE SPREAD

Austrália BBSY [ 4,00 a 4,00 ]

Brasil CDI [ 4,70 a 9,00 ]

Espanha Euribor [ 0,45 a 6,00 ]

Itália Euribor [ 7,65 ]

Portugal Euribor [ 0,85 a 7,50 ]

Polónia Wibor [ 3,00 a 3,50 ]

Roménia Euribor [ 2,00 a 4,75 ]

As taxas de juro suportadas nos empréstimos ban-cários, por geografia, são as seguintes:

Do total dos empréstimos, apenas cerca de 16% dos empréstimos bancários pagam taxa de juro fixa ou têm cobertura de taxa de juro (Nota 36). As taxas de juro fixas estão em linha com as atuais de mercado. Os restantes empréstimos bancários pagam juros que estão indexados a taxas de mer-cado dos respetivos prazos, pelo que se considera que o justo valor destes empréstimos está próximo do seu valor contabilístico.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 107

Em 31 de dezembro de 2012, os principais empréstimos bancários obtidos pelo Grupo são como se segue:

Em 31 de dezembro de 2012, os principais Project Finance obtidos pelo Grupo são como se segue:

Este valor é apresentado na rubrica ‘Empréstimos Bancários’.

Em 31 de dezembro de 2012, o principal programa de papel comercial do Grupo passível de renovação é o seguinte:

A taxa de juro do referido papel comercial é de 0,96 %.

MOEDA ORIGINAL DO CONTRATO VALOR (EUROS) DATA CONTRATO PRAZO

PERÍODO DE CARÊNCIA

PERIODICIDADE DAS RENDAS

MONTANTE DO PRIMEIRO REEMBOLSO

MONTANTE DO ÚLTIMO REEMBOLSO

Martifer SGPS EUR 26.250.000 Ago-10 5 Anos 1 Ano Trimestral 1.640.625 1.663.899

Martifer Construções SA EUR 2.150.000 Mai-11 5 Anos 4 Meses Mensal 32.673 45.387

Martifer Construções SA EUR 1.000.000 Mai-10 4 Anos 1 Semestre Trimestral 71.429 71.429

Martifer Aluminios SA EUR 1.500.000 Mai-11 5 Anos 4 Meses Mensal 22.795 31.665

Martifer Metallic Construction SGPS EUR 20.000.000 Set-10 5 Anos 1 Ano Trimestral 1.250.000 1.477.273

Gebox SA EUR 6.500.000 Fev-08 7 Anos 2 Anos Trimestral 325.000 361.111

Martifer Construções SA EUR 5.250.000 Nov-05 7 Anos 2 Anos Trimestral 262.500 262.500

Martifer Energy Systems SGPS EUR 5.250.000 Set-10 5 Anos - Trimestral 76.924 103.185

Martifer Construções SA EUR 950.000 Jul-12 2 Anos 1 Semestre Mensal 36.765 42.340

Martifer SGPS EUR 3.660.500 Out-12 2 Anos 1 Trimestre Trimestral 497.999 548.326

Martifer Construções SA EUR 3.512.134 Jun-12 2 Anos 1 Semestre Trimestral 473.416 530.853

Martifer SGPS EUR 15.000.000 Dez-12 4 Anos 1 Ano Semestral 2.500.000 2.500.000

Martifer SGPS EUR 1.900.000 Dez-12 5 Anos 1 Ano Trimestral 95.000 95.000

Martifer Construções SA EUR 5.000.000 Dez-12 7 Anos 1 Ano Trimestral 250.000 250.000

Martifer Renewables Investments ETVE, S.L. EUR 11.500.000 Dez-11 4 Anos - Trimestral 718.750 718.750

Martifer Renewables Investments ETVE, S.L. EUR 4.000.000 Jun-12 2 Anos 3 Anos Semestral 1.000.000 1.000.000

Martifer Constructii Srl RON 1.317.290 Ago-08 6 Anos - Trimestral 62.728 62.728

Martifer Constructii Srl RON 3.991.788 Ago-08 6 Anos - Trimestral 190.085 190.085

Martifer Construções Metálicas LTDA BRL 1.109.632 Nov-12 3 Anos 1 Ano Trimestral 123.292 123.292

Martifer Construções Metálicas LTDA BRL 3.328.895 Mai-12 3 Anos 1 Ano Trimestral 416.112 416.112

Martifer Solar EUR 18.500.000 Out-08 7 Anos 2 Anos Trimestral 792.986 792.986

Eviva Nalbant RON 18.237.766 Abr-11 7 Anos 1 Semestre Semestral 961.147 966.532

MOEDA ORIGINAL DO CONTRATO VALOR (EUROS) DATA CONTRATO PRAZO

PERÍODO DE CARÊNCIA

PERIODICIDADE DAS RENDAS

MONTANTE DO PRIMEIRO REEMBOLSO

MONTANTE DO ÚLTIMO REEMBOLSO

Rosa dos Ventos Geração e Com. de Energia S.A. BRL 13.732.483 Jun/08 20 Anos 1 Ano Mensal 39.359 86.343

MTS7 EUR 2.667.000 Dez/12 18 Anos - Trimestral 70.463 70.463

MONTANTE MÁXIMO DO CONTRATO (EUROS) DATA CONTRATO PRAZO DE VENCIMENTO DO CONTRATO MONTANTE UTILIZADO

Martifer SGPS 50.000.000 Set-08 5 Anos 50.000.000

Para parte dos empréstimos acima referidos e no âmbito da política de gestão de risco de taxa de juro, o Grupo contratou os instrumentos financei-ros derivados mencionados na Nota 36 converten-do dessa forma em taxas fixas as taxas variáveis contratadas nos empréstimos.

Em 31 de dezembro de 2012 a sensibilidade do Grupo a alterações no indexante da taxa de juro pode ser analisada como segue:

IMPACTO ESTIMADO

2012

Variação nos resultados financeiros pela alteração de 1 p.p na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento

4.146.873

Proteção por taxa fixa 347.221

Proteção por instrumentos derivados de taxa juro 217.658

Sensibilidade do resultado financeiro a variações da taxa de juro

3.581.993

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 108

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o valor das rendas e o valor atual das rendas associados a contratos de locação financeira era como se segue:

Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o valor das rendas associadas a contratos de locação operacional é como se segue:

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 foram reconhecidos na rubrica de ‘For-necimentos e serviços externos’ Euro 1.749.897 e Euro 1.390.195, respetivamente, relativos a rendas de contratos de locações operacionais.

A adoção da política de gestão de risco de taxa de juro tem como objetivo reduzir a exposição do Grupo às taxas de juro variáveis através da contratação de swaps. Durante o ano de 2012, e decorrente da evolução das taxas de juro nos mercados financeiros, esta política conduziu à perda evidenciada no seguinte quadro:

30. CREDORES POR LOCAÇÃO FINANCEIRAOs contratos de locação financeira mais significativos em vigor em 31 de dezembro de 2012, são resumidos como se segue:

EMPRESA INSTRUMENTO DE COBERTURA JURO LIQUIDO JURO DO EMPRÉSTIMOGANHO/(PERDA) DECORRENTE DO

INSTRUMENTO DE COBERTURA

Martifer SGPS Interest Rate SWAP 962.778 880.979 (81.799)

Martifer Solar Interest Rate SWAP 399.941 210.050 (189.891)

(271.690)

DESCRIÇÃO DO BEMPERÍODO DO

CONTRATOVALOR DO

CONTRATO TERMO DE OPÇÃO DE COMPRAVALOR DA OPÇÃO

DE COMPRA GARANTIAS

Equipamento para a linha de produção (PV Glass)

60 meses 1.850.000 Opção de compra antecipada 37.000 Livrança em branco

Edifício Benavente 96 meses 6.366.458 Final do contrato 124.911 Livrança em branco

Estrutura Metálica Amovível 72 meses 5.185.415 Final do contrato 103.708 Livrança em branco

Edifício de Escritórios da Martifer Construções

72 meses 8.850.000 Final do contrato 177.000 Livrança em branco

Máquinas Fixas da Martifer 72 meses 6.000.000 Final do contrato 120.000 Livrança em branco

Equipamento diverso 84 meses 5.090.531 Opção de compra antecipada 101.811 Livrança em branco

Equipamento Diverso (Camara Decapagem, Mesa Corte, Ca-landra)

48 meses 2.192.058 Final do contrato 43.841 Livrança em branco

Máquinas Fixas da Martifer 72 meses 1.250.000 Final do contrato 22.500 Livrança em branco

Terreno e construção edifício (Gebox)

180 meses 3.901.356 Final do contrato 78.027 Livrança em branco

Estrutura Metálica Amovível 72 meses 1.190.000 Final do contrato 23.555 Livrança em branco

Prédio Urbano 156 meses 2.656.515 Final do Contrato - Livrança em branco

RENDAS VINCENDAS DE CONTRATOS DE LEASING

VALOR ATUAL DAS RENDAS DE CONTRATOS DE LEASING

ANO 2012 ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011

Até 1 ano 9.182.917 8.209.916 8.586.378 7.209.061

Entre 1 e 5 anos 8.815.120 14.660.321 7.497.920 12.695.446

Mais de 5 anos 5.240.154 6.027.402 4.671.256 5.206.560

23.238.192 28.897.639 20.755.554 25.111.067

Juros incluídos nas rendas (2.482.638) (3.786.572)

Valor atual das rendas de contratos de leasing 20.755.554 25.111.067 20.755.554 25.111.067

Dos quais registados como:

Credores por locações financeiras correntes 8.586.378 7.209.061

Credores por locações financeiras não correntes 12.169.176 17.902.006

20.755.554 25.111.067

ANO 2012 ANO 2011

Até 1 ano 707.099 869.575

Entre 1 e 5 anos 1.088.196 925.883

Mais de 5 anos 30.063 -

1.825.358 1.795.458

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 109

31. FORNECEDORES E CREDORES DIVERSOSA informação relativa a fornecedores e credores diversos, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, pode ser analisada como se segue:

O valor de fornecedores não correntes relaciona-se, essencialmente, com retenções em trabalhos efetua-dos por terceiros, as quais serão regularizadas após o período de garantia. Estes valores não vencem juros.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica inclui saldos a pagar a fornecedores decorrentes da ativi-dade operacional do Grupo e de aquisições de ativos fixos tangíveis e intangíveis. O Conselho de Admi-nistração acredita que o justo valor destes saldos não difere significativamente do seu valor contabilístico e que o efeito da atualização desses montantes não é material.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a maturidade contratual remanescente dos saldos registados nas rubricas de ‘Fornecedores’ e ‘Credores diversos’ era como se segue:

NÃO CORRENTES CORRENTES

ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011

Total ‘Fornecedores’ 12.239.542 10.747.650 165.013.219 202.293.996

Credores diversos:

Fornecedores de imobilizado - - 840.425 965.889

Empresas associadas e outros acionistas 9.046.499 6.457.200 2.378.317 2.070.540

Adiantamentos de clientes e por conta de vendas 387.403 - 11.316.045 14.171.560

Credores diversos 395.101 253.775 35.966.130 21.073.731

Total ‘Credores diversos’ 9.829.003 6.710.975 50.500.917 38.281.720

TOTAL 22.068.545 17.458.625 215.514.136 240.575.716

VENCIDO

ANO 2011 TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E 180 DIAS ENTRE 180 E 360 DIAS MAIS DE 360 DIAS

Fornecedores 213.041.646 76.002.807 82.379.778 37.725.114 11.598.645 5.335.301

Credores diversos 44.992.694 27.759.270 5.603.367 1.858.745 1.206.508 8.564.804

258.034.340 103.762.077 87.983.145 39.583.860 12.805.153 13.900.105

VENCIDO

ANO 2012 TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E 180 DIAS ENTRE 180 E 360 DIAS MAIS DE 360 DIAS

Fornecedores 177.252.761 121.875.816 27.811.437 12.174.659 7.144.728 8.246.121

Credores diversos 60.329.920 41.639.134 3.470.044 4.232.966 6.497.684 4.490.092

237.582.681 163.514.950 31.281.481 16.407.625 13.642.412 12.736.213

O prazo médio de pagamento das compras e dos serviços obtidos pelo Grupo ronda os 227 dias.

A dívida vencida a mais de 180 dias corresponde a valores a pagar a fornecedores com os quais o Grupo mantém relações comerciais regulares.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os saldos não correntes mantidos com ‘empresas associadas e outros acionistas’ dizem respeito, essencialmente, a empréstimos obtidos junto de empreendimentos conjuntos e associadas, os quais vencem juros à Euribor a 3 meses acrescida de um spread de 5,5%.

Para além dos passivos financeiros referidos nesta nota e nas notas 29 e 30 acima, o Grupo não apresenta outros passivos financeiros.

32. PROVISÕESA informação relativa a provisões, com referência ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012 pode ser detalhada como se segue:

O movimento ocorrido na rubrica de ‘Provisões’ nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 é como se segue:

As provisões para garantias de qualidade destinam-se a fazer face a eventuais problemas de qualidade nas obras efetuadas pelo Grupo, as quais contemplam, em média, um período de garantia de 5 anos. As pro-visões são constituídas por uma percentagem do valor da construção, que varia entre os 0,28% e os 0,9%, dependendo do segmento e empresa.

ANO 2012 ANO 2011

Garantias de qualidade 3.176.336 3.166.533

Processos judiciais em curso 604.844 225.203

Aplicação de equivalência patrimonial 4.498.385 3.880.288

Contratos onerosos - -

Outras 4.241.128 6.111.741

12.520.693 13.383.765

SALDO INICIALAUMENTO

NOTA 10REDUÇÃO

NOTA 10 APLICAÇÕES

VARIAÇÕES DE PERÍMETRO, DIF.

CAMBIAIS E TRANSFERÊNCIAS SALDO FINAL

Garantias de qualidade 3.166.533 829.313 (816.023) - (3.488) 3.176.336

Processos judiciais em curso 225.203 384.293 - - (4.652) 604.844

Aplicação de equivalência patrimonial

3.880.288 716.286 - - (98.189) 4.498.385

Contratos onerosos - - - - - -

Outras 6.111.741 747.000 (2.549.053) (18.433) (50.126) 4.241.128

13.383.765 2.676.893 (3.365.076) (18.433) (156.456) 12.520.693

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 110

Durante o exercício, foram reduzidas provisões para garantias de qualidade no montante de Euro 2.717.916, pelo facto de o período de garantia das respetivas obras ter terminado.

Em 31 de dezembro de 2012, a rubrica ‘Outras provisões’ inclui nomeadamente o montante de Euro 1.549.853 relativo a uma provisão constituída nas sociedades Eurocab 12 a 19 por um litígio relativamente ao cumprimento dos requisitos para a aplicação do regime tarifário que regula a ativi-dade de produção de energia em regime especial. Inclui também uma provisões para processos fiscais no valor de Euro 540.000, para fazer face a correções ao imposto de exercícios anteriores, no segmento ‘RE Developer’.

O grupo não registou provisões para desmantela-mento de parques eólicos ou solares, uma vez que não tem, atualmente, qualquer obrigação legal ou contratual para desmantelar esses ativos.

Dada a imprevisibilidade do momento de reversão das provisões e dada a natureza a que se desti-nam, o Grupo não procedeu à atualização financei-ra das mesmas.

33. PASSIVOS CONTINGENTESA 31 de dezembro de 2012, existiam os seguintes passivos contingentes:

a) Em 29 de outubro de 2009, a Martifer Polska, em consórcio com a ‘Ocekon Engenharia sro’ (Es-lováquia) celebrou, com a sociedade Energomon-taz - Południe SA (Energomontaz), um acordo para as obras, cujo objeto era a fabricação, execução, entrega e instalação de telhado de aço do estádio Baltic Arena, em Gdańsk, na Polónia, no valor de aproximadamente 11,3 milhões de euros. Em 2 de setembro de 2010, a Martifer recebeu da Energo-montaz um aviso de rescisão imediata do contrato, sem qualquer aviso prévio. O motivo indicado para a quebra do contrato foi os atrasos na execução da obra, que, na opinião da Martifer é totalmente improcedente e ineficaz. No dia 17 de dezembro de 2010, a Martifer entrou com uma ação em Tribu-nal contra a Energomontaz, exigindo um valor de aproximadamente 12,6 milhões de euros, valor que inclui juros, custo de capital envolvido e dano total causado à Martifer por falta de cooperação. Em 18 de janeiro de 2012, a Energomontaz - Południe SA entrou com uma ação judicial contra a Martifer no montante total de 5,8 milhões de euros. Em 31 de dezembro de 2012, o grupo Martifer reconhe-ceu nas suas demonstrações financeiras o risco de perdas relacionado com as contas a receber, acréscimo de rendimentos de trabalhos em curso e a garantia bancária executada, pelo que considera que o enquadramento deste processo se encontra devidamente refletido nas suas demonstrações financeiras.

b) Em 28 de abril de 2011 foi assinado o acordo para obras nº 3/Z/2011 entre a Martifer Konstrukcje e a ńlńskie Centrum Logistyczne. Em 15 de maio de 2012 ńlńskie Centrum Logistyczne exigiu à Martifer Konstrukcje uma penalidade no valor de aproxima-damente 540 mil euros, com o argumento de que a Martifer estava em atraso na execução da obra.

Este montante foi tratado pelo cliente como um pagamento devido e deduzido nas respetivas con-tas. A 4 de outubro de 2012 a Martifer Konstrukcje sp. z o.o. entrou com uma ação judicial contra a ńlńskie Centrum Logistyczne, em que a Martifer reclama:

• O montante de 540 mil euros acrescido de juros desde 2 de junho de 2012, pelo não pagamento da fatura datada de 27 de abril de 2012, com base no acordo de construção;

• O montante de 540 mil euros acrescido de juros desde a data da ação judicial, exigido pelo cliente como penalidades por atrasos no termo de aceita-ção final;

• O montante de 133 mil euros acrescido de juros desde a data da ação judicial, como pagamento de trabalhos adicionais.

Pelo valores referidos acima, a Martifer Konstrukcje reconheceu nas suas contas o montante a receber descrito no primeiro ponto, tendo sido criada uma provisão de 50% sobre esse valor.

c) A Martifer está correntemente envolvida em dois processos arbitrais. Por um lado, existe uma disputa entre a Martifer e a Alstom relativa à conclusão do projeto em Sostanj (Eslovénia). A Martifer reclama, com base no acordo, o montante de 1,4 milhões de euros, e a Alstom reclama por danos e aumentos nos custos. Adicionalmente, a Martifer exige o reembolso por garantias ban-cárias no montante de 6,1 milhões de euros. Por outro lado, existe uma disputa entre a Martifer e a Alstom no âmbito da conclusão da obra em Man-nheim (Alemanha). A Martifer exige o montante de 6,9 milhões de euros por trabalhos realizados e custos incorridos, o reembolso de 3,5 milhões de euros pela incorreta execução de garantias bancá-rias, assim como outros montantes (comissões com as garantias bancárias e juros), a serem determi-nados. A Alstom reclama por danos e aumentos nos custos. O valor final da sua contra-reclamação ainda está por definir. De forma a salvarguardar o risco envolvido, o Grupo optou, por uma questão

de prudência, por reconhecer nas suas demonstra-ções financeiras perdas por imparidade, que consi-derou adequadas, sobre os valores em discussão, no valor de cerca de Euro 11 milhões.

É expetativa do Grupo que, destes processos, não ocorram perdas superiores às perdas de imparidade já registadas nas suas Demonstrações Financeiras.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 111

34. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO E ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS - PASSIVOEm 31 de dezembro de 2012 e 2011 os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm a seguinte composição:

ANO 2012 ANO 2011

Imposto sobre o rendimento 3.623.443 5.051.259

Imposto sobre o valor acrescentado 12.421.569 19.445.055

Contribuições para a segurança social 1.619.163 1.814.090

Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares

643.672 1.650.474

Outros impostos 1.912.194 322.960

Estado e outros entes públicos 16.596.598 23.232.579

35. OUTROS PASSIVOS CORRENTESA informação relativa aos outros passivos corren-tes, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 é como se segue:

O aumento ocorrido na rubrica ‘Faturação anteci-pada (relativa a contratos de construção)’ reflete, essencialmente, a faturação antecipada da Martifer Construções Brasil, efetuada por conta dos novos projetos que estão a iniciar, nomeadamente o Museu do Amanhã.

Os ‘Outros acréscimos de gastos’, em 31 de De-zembro de 2012, correspondem a fornecimentos e serviços externos prestados em 2012 e ainda não faturados.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, as principais obras em curso do Grupo que justificam o saldo de ‘Rendimentos diferidos – Faturação antecipada’ são como se segue:

ANO 2012 ANO 2011

Acréscimos de gastos

Encargos com férias e subsídios de férias

6.223.844 6.747.389

Juros a liquidar 3.622.926 2.235.754

Produção efetuada por subempreiteiros não faturada

3.613.297 1.520.772

Outros acréscimos de gastos 6.166.867 4.472.736

19.626.934 14.976.651

Rendimentos diferidos

Faturação antecipada (relativa a contratos de construção) (Nota 25)

26.791.860 21.424.546

Subsídios ao investimento (nota 38) 1.502.984 1.279.308

Outros rendimentos diferidos 2.567.911 789.805

30.862.755 23.493.659

50.489.688 38.470.310

36. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOSO Grupo recorre a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a movimentos nas taxas de juro vigentes nos seus contratos de financiamento, fixando taxas de juro. Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, foram estabelecidos os seguintes contratos de derivados:

31 de dezembro de 2011

31 de dezembro de 2012

ANO 2012 ANO 2011

Museu do Amanhã ( Martifer Brasil) 7.208.174 -

Birmingham Gateway (Martifer UK) 1.983.750 1.219.373

Ponte da Ulla (Martifer Espanha) 1.202.695 -

Hangar Airbus (Martifer França) 1.392.225 -

Viking Douro II (Navalria) 1.255.422 -

Viking Porto (Navalria) 1.255.422 -

Estádio Fonte Nova (Martifer Construções Brasil) - 5.539.753

Estádio Castelão (Martifer Construções Brasil) - 1.592.759

Parque Fotovoltaico de Inti (Reunion) - 3,485MWp (Martifer Solar França) - 1.498.293

Cidade Financeira (Martifer Construções Angola) - 1.148.939

INSTRUMENTO FINANCEIRO PARTICIPADA CONTRAPARTE NOCIONAL TIPO VENCIMENTO JUSTO VALOR

Swap de Taxa de JuroMartifer Construções Metalomecânicas, SA

Banco Espírito Santo

1.050.000Paga taxa fixa 4,39% + Sell Cap 4,65% e recebe Euribor 3M

16/Nov/12 (18.705)

Swap de Taxa de JuroMartifer Construções Metalomecânicas, SA

Millennium BCP 1.050.000Paga taxa fixa 3,58% e recebe Euribor 3M

16/Nov/12 (15.725)

Swap de Taxa de Juro Martifer, SGPS, SA Barclays 14.250.000Paga taxa fixa 1,91% e recebe Euribor 6M

22/Nov/13 (111.324)

Swap de Taxa de Juro Martifer Solar, SA Santander Totta 14.800.000Paga taxa fixa 2,24% e recebe Euribor 3M

21/Out/15 (331.711)

(477.465)

INSTRUMENTO FINANCEIRO PARTICIPADA CONTRAPARTE NOCIONAL TIPO VENCIMENTO JUSTO VALOR

Swap de Taxa de Juro Martifer, SGPS, SA Barclays 8.750.000Paga taxa fixa 1,91% e recebe Euribor 6M

22/Nov/13 (118.477)

Swap de Taxa de Juro Martifer Solar, SA Santander Totta 12.025.000Paga taxa fixa 2,24% e recebe Euribor 3M

21/Out/15 (365.173)

Swap de Taxa de Câmbio

MMC, SGPS, SA Barclays 4.369.115Taxa de câmbio fixa 1,3275 USD por 1 Euro

31/Jan/13 (27.155)

(510.804)

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 112

A diferença para o valor registado no Capital Próprio refere-se ao instrumento financeiro de derivado da Wiatrowa, empresa que está classificada como Ativo detido para venda.

O justo valor dos instrumentos financeiros acima referidos, avaliados pelas contrapartes, por se tratarem de cash-flow hedges foram registados por contrapartida da rubrica de capitais próprios ‘Reservas de justo valor – Derivados’ e em ‘Derivados’ no passivo.

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pelo Grupo (essencialmente, swaps de taxa de juro) foi efetuado pelas respetivas contrapartes (instituições financeiras com quem celebramos tais contra-tos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e, utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respetivas taxas forwards e fatores de desconto, que servem para descontar os cash flows fixos (fixed leg) e os cash flows variáveis (floating leg). O somatório das duas legs, dá o NPV (Net Present Value ou Valor Atualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos derivados).

37. COMPROMISSOS

Garantias FinanceirasEm 31 de dezembro de 2012 e 2011, as garantias bancárias prestadas por conta do Grupo a terceiros referentes a garantias bancárias e a seguros caução prestados a donos de obras cujas empreitadas estão a cargo das diversas empresas do Grupo, discriminadas por moeda eram como se segue:

ANO 2012 ANO 2011

Euro 94.998.433 130.384.011

Zloti 21.862.624 22.392.677

Novo Leu 27.675 28.450

Dólar Americano 45.365.186 32.636.624

Dólar Australiano 1.459.731 6.230.111

Dirham Marroquino 80.798 81.059

Coroa Checa 767.927 748.988

Metical 33.967 59.591

Libra Esterlina 4.657.162 1.851.083

Real 12.382.677 -

181.636.180 194.412.594

O detalhe por empresa do Grupo é como se segue:

ANO 2012 ANO 2011

Martifer Construções 33.659.581 49.181.381

Martifer Metallic Constructions SGPS 14.891.023 15.742.647

Martifer Solar Srl 17.688.003 14.751.686

Martifer Solar 18.639.946 16.799.169

Martifer Renewables SGPS 17.795.778 16.262.898

Navalria 1.449.256 1.494.486

Martifer Alumínios 9.589.548 14.803.238

Martifer Solar Sistemas Solares 541.692 40.826.704

Martifer Construcciones Metalicas Espanha 2.542.863 1.568.156

Martifer Solar NV 1.276.516 12.188.936

Martifer Polska 2.159.274 4.212.885

Martifer Constructii 853.788 1.397.625

Martifer Construções, Ltda (Brasil) 12.382.677 -

Martifer Solar USA, INC 9.171.901 -

Martifer Silverado Fund, LLC 34.786.071 -

Sassall Aluminium PTY LTD 1.459.731 1.435.644

Martifer Construções SK 721.772 -

Martifer Konstrukcje 1.493.030 1.264.395

Martifer Solar Hellas 100.000 100.000

Martifer Construções SAS 297.693 -

Eviva Hidro SRL 27.675 -

EUROCAB FV 1 SL 29.770 28.792

EUROCAB FV 8 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 9 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 10 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 11 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 12 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 17 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 18 SL 11.227 11.227

Martifer Energia Srl - 102.752

Martifer Alúminios Espanha - 502.088

Promoquatro - 192.072

Eviva Nalbant SRL - 28.450

Mprime Solar Solutions SA - 1.000.000

PV Glass SA - 450.000

181.636.180 194.412.594

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 113

Em 31 de dezembro de 2012, os compromissos com créditos documentários à importação eram os seguintes:

Adicionalmente, apresentam-se os principais valores de outras garantias operacionais:

O valor apresentado, em 2012 e 2011, inclui uma fiança a favor da BP Portugal, para garantir pagamentos resultantes da aquisição de combustíveis pela Prio Energy, S.A., bem como outras garantias no âmbito dos compromissos assumidos com a construção de parques solares.

Em virtude dos contratos de EPC para construção de parque solares obrigarem a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas a assumir determinadas garantias, entre as quais, a garantia da qualidade dos materiais e desenho, das instalações fotovoltaicas, de obtenção de determinados rácios de performance e de potência dos módulos fotovoltaicos, a Martifer SGPS comprometeu-se a dotar a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas dos meios necessários para garantir o cumprimento integral das obrigações contratuais. Neste momento, considera-se que a Martifer Solar já tem capacidade de suportar estes com-promissos sem o recurso à Holding.

O valor apresentado de responsabilidades assumidas pela Martifer Solar, SA respeita essencialmente a garantias no âmbito dos compromissos assumidos com a construção de parques solares em Espanha.

ANO 2012 ANO 2011

Martifer Solar, SA 37.537.349 43.805.985

Martifer Solar Sistemas Solares - 12.677.905

Mprime, SA 1.055.819 -

Martifer Solar INC 341.064 -

38.934.232 56.483.890

ANO 2012 ANO 2011

Martifer Solar 5.289.601 35.110.414

Martifer Solar Sistemas Solares 25.257.693 -

Mprime SA 1.000.000 -

Martifer SGPS 88.898.000 88.898.000

120.445.294 124.008.414

Garantias reaisEm 31 de dezembro de 2012 as garantias reais prestadas pelo Grupo são como se segue:

* Está associada à garantia bancária no montante de 72.500.000 zlotys a favor do IKEA

** Também está associado a 366.763,33 zlotys de garantias em vigor na Martifer Polska.

No que respeita aos ativos fixos tangíveis adquiridos chama-se a atenção para os seguintes compromissos contratuais:

No âmbito do Contrato de Atribuição de Capacidade de Injeção de Potência na Rede do Sistema Elétrico de Serviço Público para Energia Elétrica Produzida em Centrais Eólicas estabelecido entre a Ventinveste, S.A. e o Estado Português, o consórcio no qual o Grupo se insere, ficou obrigado a contribuir em Euro 41.833.493 para o financiamento (através do Fundo de Inovação) de investigação a designar pelo Ministé-rio da Economia e da Inovação, que ficará sob a orientação e supervisão de uma entidade pública. Deste montante já se encontra liquidado o valor de Euro 12.173.546 (ver nota 17). A responsabilidade do Grupo, relativamente a esta situação, será no máximo de 46% do valor que ainda não foi liquidado.

EMPRESA GARANTIAVALOR DO ATIVO

SUBJACENTEVALOR EM

DÍVIDA

Martifer Metallic Constructions SGPS Penhor de Ações da Martifer Aluminios SA 225.000 16.250.000

Martifer SGPS Penhor de Ações da Martifer Solar SA 27.500.000 18.302.885

Martifer Renewables SGPS Penhor de Ações da Martifer Renewables ETVE, S.A.U * 65.100 -

Martifer Polska | Martifer Konstrucje Hipoteca imóvel e terrenos** 16.519.391 3.787.425

Martifer SGPSHipoteca prédio urbano Oliveira de Frades (artigo 1934) - Fab. Componentes

5.704.94015.500.000

Penhor de bens MT Construções 5.080.692

Martifer Construções SA Hipoteca do Imóvel Benavente 2.701.452 5.000.000

Martifer SGPS Hipoteca do Edifício Industrial Torres Eólicas (artigo 1914). 3.344.970 5.000.000

Martifer SGPS | Martifer Construções SA | Martifer Aluminios SA e Navalria SA

Hipoteca 1º grau do Edifício Industrial Unidade de Corte (Monoblocos),

1.032.014

5.500.000Hipoteca 1º grau do Edifício Sede, 4.595.463

Hipoteca 2º grau do Edifício Industrial Torres Eólicas (artigo 1914).

3.344.970

Martifer Construções Metálicas Ltd (Brasil) Hipoteca imóvel urbano em Pindamonhangaba 11.835.527 3.328.895

Martifer Construções Metálicas Ltd (Brasil)Hipoteca Terreno urbano em Pindamonhangaba (cadastro municipal: SE-16-03-04-004-00)

3.698.772 1.109.632

Martifer Construções Metálicas Ltd (Brasil) Depósito caução Banco Safra 147.951 295.902

Martifer Construções Metálicas Ltd (Brasil) Depósito caução Banco Safra 92.469 184.939

Rosa dos Ventos Hipoteca de 7 turbinas e 7 torres de aço 12.342.308 15.367.215

Rosa dos Ventos Penhor Ações 4.527.297 4.527.297

Rosa dos Ventos Aplicação Fundo de Liquidez 1.607.994 1.187.306

104.366.311 95.341.495

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 114

38. SUBSÍDIOSO detalhe dos subsídios ao investimento atribuídos ao Grupo com impacto no exercício findo em 31 de dezembro de 2012 é como se segue:

O detalhe dos subsídios à exploração registados na demonstração dos resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2012, na rubrica de outros rendimentos / (gastos) operacionais é como se segue:

39. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

a) Saldos e transaçõesAs participadas do Grupo têm relações entre si que se qualificam como transações com partes relaciona-das. Todas estas transações são efetuadas a preços de mercado.

Nos procedimentos de consolidação estas transações são eliminadas, uma vez que as demonstrações fi-nanceiras consolidadas apresentam informação da detentora e das suas subsidiárias como se de uma única empresa se tratasse.

Os saldos e transações com empresas associadas e empreendimentos conjuntos, bem como com outros acionistas e empresas com eles relacionadas, ascenderam aos seguintes montantes:

VALOR DOS ATIVOS

VALOR DO SUBSÍDIO

SALDO EM RENDIMENTOS DIFERIDOS (NOTA 35)

EFEITO NA DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Edifícios e outras construções 10.581.528 8.456.290 928.291 418.691

Equipamento básico 7.794.747 5.291.077 574.017 826.410

Equipamento administrativo 89.387 89.387 23 291

Outros subsídios ao investimento 61.233 57.592 653 1.946

Saldo final 31 dezembro 2012 18.526.895 13.894.346 1.502.984 1.247.338

EMPRESA DESIGNAÇÃO EFEITO NA DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS (NOTA 9)

Martifer Construções SA Apoio à Contratação 56.184

Martifer Construções SA Formação 1.392

Martifer Construções Brasil, SA Apoio à Exploração 380.434

Martifer Solar SA Formação 8.064

446.074

As contas a receber de empresas associadas incluem as prestações acessórias de capital da Nutre SGPS, S.A., registadas em Outros Devedores não correntes, no valor de Euro 58,9 milhões, as quais não vencem juros e não têm prazo de reembolso e encontram-se deduzidas de Euro 11.141.119 relativos à aplicação do método de equivalência patrimonial nos exercícios de 2010, 2011 e 2012.

As contas a receber dos empreendimentos conjuntos referem-se sobretudo a suprimentos efectuados às empresas Ventinveste, SA, M. City Bialystok Sp. Z.o.o. e M. City Radom Sp. Z.o.o..

Para além dos valores mencionados, nos quadros apresentados acima e abaixo, não existem quaisquer outros saldos ou transações mantidas com partes relacionadas do Grupo.

As contas a receber e a pagar a empresas relacionadas serão liquidadas em numerário e não se encontram cobertas por garantias. Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 não foram reco-nhecidas perdas de imparidade relativamente a contas a receber de partes relacionadas.

b) Compensações da administração e de outros gestores chaveAs compensações atribuídas aos membros da administração e a outros gestores chave durante os exercí-cios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 ascenderam a Euro 3.377.169 e Euro 3.238.596, respetiva-mente.

Estas compensações são determinadas pela comissão de vencimentos, tendo em conta o desempenho individual e a evolução deste tipo de mercado de trabalho.

As remunerações atribuídas ao pessoal chave da gerência por categoria de remuneração podem ser resu-midas como se segue (valores em Euro):

A política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da Martifer SGPS, aprovada nos termos da Lei 28/2009, bem como o montante anual da remuneração auferida pelos mem-

CUSTOS PROVEITOS CONTAS A RECEBER CONTAS A PAGAR

ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011

Empresas associadas 306.240 557.624 9.084.727 11.192.416 71.709.785 82.426.733 1.504.776 1.797.583

Empreendimentos conjuntos

316.079 86.687 1.445.582 1.605.364 31.896.893 30.824.658 11.179.184 17.467.379

Outras partes rela-cionadas

883.783 1.034.069 916.008 19.326.153 5.934.560 19.200.578 13.317.415 17.872.697

1.506.102 1.678.380 11.446.317 32.123.933 109.541.238 132.451.969 26.001.374 37.137.659

ANO 2012 ANO 2011

Remunerações fixas 3.048.198 2.657.428

Remunerações variáveis 246.593 427.704

3.294.791 3.085.131

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 115

bros dos referidos órgãos, de forma agregada e individual é apresentado no Relatório de Governo Societário.

Adicionalmente, procede-se à apresentação dos Administradores da Martifer SGPS:

i. Carlos Manuel Marques Martins

ii. Jorge Alberto Marques Martins

iii. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo

iv. Luís Filipe Cardoso da Silva

v. Luís Valadares Tavares

vi. Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha

40. EVENTOS SUBSEQUENTESNão existem eventos subsequentes a divulgar.

41. RECEBIMENTOS / PAGAMENTOS DE ATIVOS FINANCEIROSOs recebimentos e pagamentos de ativos finan-ceiros ocorridos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 podem ser analisa-dos como se segue:

ANO 2012 ANO 2011

Recebimentos:

Alienação da Bukowsko - 692.395

Alienação da Repower - 10.000.000

Alienação da IWP - 2.749.526

Redução do interesse económico na MS Participações societárias (Faisas)

- 2.054.147

Alienação da Gargano Solar - 877.573

Adiantamento Wiatrowa - 16.324.784

Alienação da Silverton 1.874.086 -

Alienação da MTESLLC 1.705.962 -

Alienação da Resun 45.000 -

Alienação da MTS5 32.755 -

Outros - 85.578

3.657.802 32.784.004

Pagamentos:

Aquisição de 12% da Gizalki - 330.000

Milestones Wiatrowa - 790.190

Aquisição da Martifer Alumínios - 4.988.750

Aquisição de 2,5% Rosa dos Ventos 883.962 -

Aquisição de 6,125% da Silverado 945.966 -

Aquisição de 99% da Solar Brasil 82.868 -

Outros - 28.000

1.912.796 6.136.940

42. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASEstas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 26 de fevereiro de 2013. Adicionalmente, as demonstrações financeiras anexas em 31 de dezembro de 2012, estão pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas. No entanto, o Conselho de Administração do Grupo entende que as mesmas virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

Oliveira de Frades, 26 de fevereiro de 2013

O Técnico Oficial de Contas

Isabel Cristina Loureiro Silva

A Administração

Carlos Manuel Marques Martins

Jorge Alberto Marques Martins

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo

Luís Filipe Cardoso da Silva

Luís Valadares Tavares

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 116

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASINDIVIDUAIS

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 119

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

NOTASANO 2012

IFRSANO 2011

IFRS

Vendas e prestações de serviços 2 1.891.618 4.083.346

Fornecimentos e serviços externos 3 (308,498) (1.138.198)

Gastos com o pessoal 4 (970.764) (2.024.767)

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 5 - (826.362)

Outros rendimentos e ganhos 178.643 82.681

Outros gastos e perdas (80.267) (17.448)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 710.732 159.253

Amortizações e depreciações 9 e 10 (29.853) (51.470)

Provisões e perdas de imparidade 5 (4.138.781) (21.680.643)

Resultado operacional (3.457.902) (21.572.860)

Juros e rendimentos similares obtidos 6 1.448.840 10.630.299

Juros e gastos similares suportados 6 (10.481.386) (9.054.472)

Resultado antes de impostos (12.490.448) (19.997.033)

Imposto sobre o rendimento 7 (27.438) (1.230.677)

Resultado líquido do exercício (12.517.886) (21.227.710)

Resultado líquido por ação

Básico 8 (0,1279) (0,2148)

Diluído 8 (0,1279) (0,2148)

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

ANO 2012IFRS

ANO 2011IFRS

Resultado líquido do exercício (12.517.886) (21.227.710)

Justo valor de instrumentos financeiros derivados, líquido de imposto (18.882) (81.823)

Justo valor de ativos financeiros disponíveis para venda, líquido de imposto - -

Reserva de revalorização de ativos fixos tangíveis, líquida de imposto - -

Resultados reconhecidos diretamente no capital próprio (18.882) (81.823)

Rendimento integral do exercício (12.536.769) (21.309.533)

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 120

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

NOTAS 31 DEZEMBRO 2012 IFRS 31 DEZEMBRO 2011 IFRS

ATIVO

Não Corrente

Ativos intangíveis 9 15.091 20.594

Ativos fixos tangíveis 10 16.355 50.407

Ativos financeiros 11 348.839.360 360.261.725

Empresas do grupo 12 24.206.816 1.178.460

Ativos por impostos diferidos 7 4.785.636 133.697

377.863.258 361.644.883

Corrente

Clientes 13 2.461.453 2.089.423

Adiantamentos a fornecedores 11.974 4.594

Imposto sobre o rendimento 14 738.605 830.178

Estado e outros entes públicos 14 485 -

Empresas do grupo 12 13.742.925 25.000.351

Outras contas a receber 13 124.162 4.034.252

Diferimentos 461.458 1.278.585

Caixa e seus equivalentes 15 448.220 937.405

17.989.281 34.174.788

Total do Ativo 395.852.539 395.819.670

CAPITAL PRÓPRIO

Capital 16 50.000.000 50.000.000

Ações próprias 16 (2.868.519) (2.415.630)

Prémios de emissão 16 186.500.000 186.500.000

Reservas legais 16 7.696.844 7.696.844

Outras reservas 16 2.868.519 2.614.609

Resultados transitados 16 (1.264.544) 20.217.077

Outras variações do capital próprio 16 (100.705) (81.823)

Resultado líquido do exercício (12.517.886) (21.227.710)

Total do Capital Próprio 230.313.709 243.303.367

PASSIVO

Não Corrente

Provisões 22.288

Financiamentos obtidos 17 39.416.742 91.796.875

39.439.030 91.796.875

Corrente

Fornecedores 18 726.189 672.661

Estado e outros entes públicos 14 61.232 52.615

Empresas do Grupo 12 8.314.128 108.131

Financiamentos obtidos 17 115.226.690 58.460.703

Outras contas a pagar 18 1.653.083 1.313.995

Instrumentos financeiros derivados 19 118.477 111.324

126.099.799 60.719.428

Total do Passivo 165.538.830 152.516.303

Total do Capital Próprio e do Passivo 395.852.539 395.819.670

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 121

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRODE 2012 E 2011

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

CAPITAL AÇÕES PRÓPRIAS PRÉMIOS DE EMISSÃO RESERVAS LEGAIS OUTRAS RESERVASRESULTADOS

TRANSITADOSOUTRAS VARIAÇÕES NO

CAPITAL PRÓPRIORESULTADO LÍQUIDO DO

EXERCÍCIOTOTAL DO CAPITAL

PRÓPRIO

Saldo em 1 de janeiro de 2011 50.000.000 (852.587) 186.500.000 7.696.844 966.082 92.616.657 - (70.836.538) 266.090.458

Aplicação do resultado líquido de 2010 - - - - - (70.836.538) - 70.836.538 -

Rendimento integral do exercício: - -

Resultado líquido do exercício - - - - - - - (21.227.710) (21.227.710)

Justo valor de instrumentos financeiros derivados - - - - - - (81.823) - (81.823)

Justo valor de ativos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - - -

Reserva de revalorização de ativos tangíveis - - - - - - - - -

Total do Rendimento Integral do período - - - (81.823) (21.227.710) (21.309.533)

Distribuição de dividendos - - - - - - - - -

Aquisição/alienação de ações próprias - (1.563.042) - - 1.563.042 (1.563.042) - - (1.563.042)

Opções sobre ações – valor dos serviços prestados - - - - 85.484 - - - 85.484

Alienação de ativos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - - -

Realizações de prémios de emissão - - - - - - - - -

Outras operações - - - - - - - - -

Saldo em 31 de dezembro de 2011 50.000.000 (2.415.630) 186.500.000 7.696.844 2.614.609 20.217.077 (81.823) (21.227.710) 243.303.367

Saldo em 1 de janeiro de 2012 50.000.000 (2.415.630) 186.500.000 7.696.844 2.614.609 20.217.077 (81.823) (21.227.710) 243.303.367

Aplicação do resultado líquido de 2011 - - - - - (21.227.710) - 21.227.710 -

Rendimento integral do exercício: - -

Resultado líquido do exercício - - - - - - - (12.517.886) (12.517.886)

Justo valor de instrumentos financeiros derivados - - - - - - (18.882) - (18.882)

Justo valor de ativos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - - -

Reserva de revalorização de ativos tangíveis - - - - - - - - -

Total do Rendimento Integral do período - - - (18.882) (12.517.886) (12.536.769)

Distribuição de dividendos - - - - - - - - -

Aquisição/alienação de ações próprias - (452.889) - - 452.889 (452.889) - - (452.889)

Opções sobre ações – valor dos serviços prestados - - - - - - - - -

Alienação de ativos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - - -

Realizações de prémios de emissão - - - - - - - - -

Outras operações - - - - (198.979) 198.979 - - -

Saldo em 31 de dezembro de 2012 50.000.000 (2.868.519) 186.500.000 7.696.844 2.868.519 (1.264.544) (100.705) (12.517.886) 230.313.709

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 122

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

ANO 2012IFRS (AUDITADO)

ANO 2011IFRS (AUDITADO)

ATIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de clientes 1.606.038 3.918.171

Pagamentos a fornecedores (168.883) (836.003)

Pagamentos ao pessoal (1.093.677) (2.085.495)

Fluxos gerados pelas operações 343.478 996.673

Pagamento de imposto sobre o rendimento 753.984 (221.377)

Outros recebimentos /(pagamentos) de atividades operacionais (68.743) (347.091)

Outros fluxos gerados 685.241 (568.468)

Fluxos das atividades operacionais (1) 1.028.719 428.205

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos provenientes de:

Ativos financeiros 144.895.883 343.495.303

Ativos fixos tangíveis 17.375 29.435

Ativos intangíveis -

Juros e rendimentos similares 1.419.926 1.004.250

Dividendos -

Outros -

146.333.184 344.528.987

Pagamentos respeitantes a:

Ativos financeiros (145.319.208) (367.180.135)

Ativos fixos tangíveis (10.593) (663)

Ativos intangíveis (4.600) (25.789)

Outros

(145.334.402) (367.206.587)

Fluxos das atividades de investimento (2) 998.782 (22.677.600)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 287.585.060 337.534.800

Aumentos de capital, prest. suplem., prémios de emissão

Subsídios e doações

Outros

287.585.060 337.534.800

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos (280.348.121) (304.447.222)

Amortizações de contratos de locação financeira

Juros e gastos similares (9.300.736) (8.573.048)

Dividendos

Aquisição de ações próprias (452.889) (1.563.042)

Outros

(290.101.746) (314.583.312)

Fluxos das atividades de financiamento (3) (2.516.687) 22.951.488

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (489.185) 702.093

Efeito das diferenças de câmbio - -

Caixa e seus equivalentes no início do período 937.405 235.312

Caixa e seus equivalentes no fim do período 448.220 937.405

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 123

ANEXO ÀSDEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRASINDIVIDUAIS

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

GRUPO MARTIFER

ENQUADRAMENTO

DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE POR SEGMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERSPETIVAS FUTURAS

PRINCIPAIS RISCOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

OUTRAS INFORMAÇÕES

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 125

NOTA INTRODUTÓRIAA Martifer SGPS, S.A. (“Empresa”) é uma sociedade anónima, com sede na Zona Industrial, Apartado 17, Oliveira de Frades - Portugal, constituída em 29 de outubro de 2004 e que tem como atividade principal a gestão das participações sociais por si detidas e prestação de serviços de suporte às em-presas do Grupo.

A partir de junho de 2007, e após a realização com sucesso de uma Oferta Pública de Subscrição, a Martifer SGPS, S.A. passou a ter as suas ações cotadas na Euronext Lisboa.

A Empresa encontra-se obrigada, nos termos do Artº 4º do Regulamento nº 1606/2002, do Parlamen-to Europeu e do Conselho, de 19 de julho, a elaborar as suas demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) tal como adotadas pela União Europeia nos termos do Artº 3º do referido regulamento.

De acordo com o permitido pelo Decreto-Lei nº 158/2009 de 13 de julho, as demonstrações financei-ras individuais foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro.

Todos os montantes apresentados nestas notas explicativas são apresentados em Euro, salvo se ex-pressamente referido em contrário.

1. POLÍTICAS CONTABILÍSTICASBASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas respeitam às demonstrações financeiras individuais da Martifer, SGPS, SA e foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’), tal como adotadas pela União Europeia, em vigor para o exercício económico iniciado em 1 de janeiro de 2012. Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo International Accounting Standards Board (‘IASB’) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (‘IFRIC’) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (‘SIC’), que tenham sido adotadas na União Europeia.

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas a partir dos registos contabilísticos da Empresa, no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, exceto para a revaloriza-ção de certos ativos não correntes e de certos instrumentos financeiros, que se encontram registados pelo justo valor.

Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Admi-nistração da Empresa adotou certos pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos aos períodos reportados (Nota 1 xvii)). Todas as estimativas e assumpções efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transa-ções em curso.

Adoção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de janeiro de 2012, foram adotadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de dezembro de 2012:

O efeito nas demonstrações financeiras da Empresa do exercício findo em 31 de dezembro de 2012, decor-rente da adoção das emendas acima referidas, não foi material.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

DATA DE APROVAÇÃO

PELA UEDATA DE

EFICÁCIA

Emendas à IFRS 7 - Instrumentos financeiros (Divulgações - Transferências de Activos Financeiros) 22-11-2011 01-07-2011

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 126

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adotadas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, aprovadas (‘en-dorsed’) pela União Europeia:

Não é possível nesta data estimar os efeitos que a aplicação destas normas pode ter nas Demonstrações Financeiras da Empresa.

Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas ainda em processo de aprovação pela União Europeia

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, foram já emitidas a esta data, embora não se encontrem ainda aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia:

Não é possível nesta data estimar os efeitos que a aplicação destas normas pode ter nas Demonstrações Financeiras da Empresa.

DATA DE APROVAÇÃO

PELA UEDATA DE

EFICÁCIA

Emendas à IAS 1 – Apresentação de Demonstrações Financeiras (Apresentação das rubricas de Outro Rendimento Integral)

05-06-2012 01-07-2012

Emendas à IAS 19 – Benefícios de empregados 05-06-2012 01-01-2013

IFRS 10 – Demonstrações Financeiras Consolidadas 11-12-2012 01-01-2014

IFRS 11 – Acordos conjuntos 11-12-2012 01-01-2014

IFRS 12 – Divulgação de Interesses em Entidades 11-12-2012 01-01-2014

IAS 27 – Demonstrações Financeiras Separadas 11-12-2012 01-01-2014

IAS 28 – Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos 11-12-2012 01-01-2014

IFRS 1 – Adoção pela primeira vez das IFRS (Hiperinflação grave e supressão de datas fixas para adotantes pela primeira vez)

11-12-2012 01-01-2013

IAS 12 – Impostos sobre o rendimento (Imposto Diferido) 11-12-2012 01-01-2013

IFRS 13 – Mensuração pelo Justo Valor 11-12-2012 01-01-2013

IFRIC 20 – Custos de descoberta na fase de produção de uma mina a céu aberto 11-12-2012 01-01-2013

Emendas à IFRS 7 - Instrumentos financeiros (Divulgações – Compensação entre Activos Financeiros e Pas-sivos Financeiros)

13-12-2012 01-01-2013

Emendas à IAS 32 - Instrumentos financeiros (Apresentação – Compensação entre Activos Financeiros e Pas-sivos Financeiros)

13-12-2012 01-01-2014

DATA DE EFICÁCIA

IFRS 9 – Instrumentos financeiros: classificação e mensuração 01-01-15

PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS, JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS

Os principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas utilizados na preparação das demons-trações financeiras individuais da Empresa, nos exercícios apresentados, são os seguintes:

i) Ativos não correntes classificados como detidos para venda

Os ativos não correntes são classificados como de-tidos para venda quando o valor dos mesmos for recuperado através de uma operação de venda, ao invés do seu uso continuado ou quando a Empresa perde o controlo sobre uma unidade operacional significativa. Contudo, tal classificação exige que a transação de venda seja altamente provável, que o ativo se encontre disponível para venda imediata, que o Conselho de Administração da Empresa es-teja comprometido com a alienação do mesmo e que a mesma ocorra no curto prazo (normalmente, mas não exclusivamente no prazo de um ano).

Os ativos não correntes classificados como detidos para venda são registados ao mais baixo do seu valor contabilístico, ou do seu valor de realização, deduzido dos gastos com a sua alienação, sendo a amortização dos ativos fixos afetos à unidade ope-racional detida para venda interrompida durante tal período.

ii) Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis adquiridos pela Empresa encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas, e só são reconhecidos se for provável que venham a gerar benefícios eco-nómicos futuros para a Empresa, se possa medir razoavelmente o seu valor e se a Empresa possuir o controlo sobre os mesmos.

Os ativos intangíveis são constituídos basicamente por software e direitos de propriedade industrial, sendo os mesmos amortizados pelo método das quotas constantes durante um período de três anos.

iii) Ativos tangíveis

Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e perdas de imparidade acumuladas.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Equipamento de transporte 4 anos

Equipamento administrativo 3 a 5 anos

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeito-rias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, são registadas como gasto do exercício em que ocorrem.

iv) Ativos e passivos financeiros

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira quando a Empresa se torna parte contratual do respetivo instrumento financeiro.

a) Instrumentos financeiros:

A Empresa classifica os ativos financeiros nas seguintes categorias: ‘Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’, ‘Empréstimos e contas a receber’, ‘Investimentos detidos até ao vencimento’ e ‘Ativos financeiros disponíveis para venda’. A classificação depende da intenção subjacente à aquisição do investimento.

A classificação é definida no momento do reconhecimento inicial e reapreciada numa base trimestral.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 127

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

- Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: ‘ativos financeiros detidos para ne-gociação’ e ‘Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria, nomeadamente, se for adquirido com o propósito de ser vendido no cur-to prazo. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, exce-to se estiverem afetos a operações de cobertura. Os ativos desta categoria são classificados como ativos correntes no caso de serem detidos para ne-gociação ou se for expetável que se realizem num período inferior a 12 meses da data da demonstra-ção da posição financeira;

- Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os ativos financeiros, não deri-vados, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento;

- Ativos financeiros disponíveis para venda: in-cluem-se aqui os ativos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos ativos não correntes, exceto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num perí-odo inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.

Os ‘investimentos detidos até ao vencimento’ são classificados como investimentos não cor-rentes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira. Os investimentos registados ao justo valor através de resultados são classificados como investimentos correntes.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respeti-vos contratos de compra e venda, independente-mente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é considerado

como sendo o valor pago, incluindo despesas de transação, no caso de ativos financeiros disponíveis para venda.

Após o reconhecimento inicial, os ativos finan-ceiros mensurados ao justo valor através de resultados e os ativos financeiros disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do ba-lanço (medido pela cotação ou valor de avaliação independente), sem qualquer dedução relativa a custos de transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os ativos financeiros que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma altera-ção no justo valor dos ativos financeiros disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor até o investimen-to ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda de imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração dos resultados.

Os ganhos ou perdas resultantes da alteração de justo valor dos instrumentos financeiros valorados ao justo valor através de resultados são registados nas demonstrações dos resultados na rubrica de resultados financeiros.

Os ativos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo amortizado, através da taxa de juro efetiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

Os ativos financeiros em partes de capital em empresas subsidiárias e associadas são mensura-dos de acordo com o estabelecido no IAS 27 ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

b) Clientes e outras contas a receber

As dívidas de ‘Clientes’ e de ‘Outros devedores’ não têm implícitos juros e são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade reconhecidas nas rubricas de ‘Perdas de imparidade acumuladas’, por forma a que as mesmas reflitam o seu valor realizável líquido.

c) Financiamentos obtidos

Os financiamentos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de comissões com a emissão desses financiamentos. Os encargos financeiros apurados de acordo com a taxa de juro efetiva são contabilizados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especiali-zação dos exercícios.

d) Fornecedores e outras contas a pagar

As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substan-cialmente equivalente ao seu justo valor.

e) Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transação. São considera-dos pela Empresa instrumentos de capital próprio aqueles em que o suporte contratual da transação evidencie que a Empresa detém um interesse residual num conjunto de ativos após dedução de um conjunto de passivos.

f) Instrumentos financeiros derivados

A Empresa utiliza instrumentos financeiros deriva-dos na gestão dos seus riscos financeiros unica-mente como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação. A utilização de instrumentos financeiros derivados encontra-se devidamente aprovada pelo Conselho de Adminis-tração da Empresa.

Os instrumentos financeiros derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumentos finan-

ceiros de cobertura de fluxos de caixa respeitam exclusivamente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacen-tes aos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contratados, pelo que confi-guram relações perfeitas de cobertura.

Os instrumentos financeiros de cobertura de taxa de juro (cobertura de cash-flow) são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequen-temente revalorizados ao seu justo valor. As altera-ções de justo valor destes instrumentos, associadas à parcela de cobertura efetiva, são reconhecidas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de justo valor – Derivados’, sendo trans-feridos para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta os resulta-dos. A parcela de cobertura não efetiva é registada na demonstração dos resultados do exercício, no momento em que é apurada.

A revalorização dos instrumentos financeiros derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas reconhecidas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de justo valor - Derivados” são transfe-ridas para resultados do exercício, e as revaloriza-ções subsequentes são registadas diretamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

v) Caixa e seus equivalentes

Os montantes incluídos na rubrica de ‘Caixa e seus equivalentes’ correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria (com vencimento inferior a três meses, prontamente convertíveis para uma quantia conhecida de dinheiro) para os quais o risco de alteração de valor não é significativo.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 128

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

vi) Rédito e especialização de exercícios

As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as corres-pondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de ‘Outras contas a receber’, ‘Diferimen-tos’ e ‘Outras contas a pagar’’.

O rédito associado a dividendos é reconhecido no momento em que o direito da Empresa ao recebi-mento dos mesmos for estabelecido.

O rédito associado aos juros é reconhecido de acordo com o princípio da especialização dos exer-cícios, tendo em consideração o valor do capital mutuado e a taxa de juro efetiva da operação.

vii) Saldos e transações expressos em moeda estrangeira

Todos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data da de-monstração da posição financeira, são registadas, pelo seu valor bruto, como ganhos e perdas na demonstração dos resultados do exercício.

viii) Impostos sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício inclui o imposto corrente e o imposto diferido, de acor-do com a IAS 12. O imposto corrente é calculado com base nos respetivos resultados tributáveis, de acordo com as regras fiscais em vigor no local da

sede da Empresa.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respetivos montan-tes para efeitos de tributação, bem como a alguns créditos fiscais atribuídos à Empresa.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data da reversão das diferen-ças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são registados apenas quando existem expetativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada demonstração da posição financeira é efetuada uma reapreciação dos impostos dife-ridos ativos, sendo os mesmos desreconhecidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

O montante de imposto diferido que resulte de transações ou eventos reconhecidos em contas de capital próprio, é registado diretamente nessas mesmas rubricas, não afetando o resultado do exercício.

ix) Encargos financeiros com emprésti-mos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com emprés-timos obtidos são reconhecidos como gasto do exercício de acordo com o princípio da especializa-ção dos exercícios.

x) Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passa-

do, seja provável que para a resolução dessa obri-gação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demons-tração da posição financeira e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas ine-rentes a tais estimativas. Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa futuros necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor atual dos mesmos.

xi) Imparidade de ativos

É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada demonstração da posição financeira e sem-pre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica de ‘Provisões e perdas de im-paridade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos gastos dire-tamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estima-dos que se espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando os mo-tivos que provocaram o registo das mesmas deixa-ram de existir e, consequentemente, o ativo deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como resultados operacionais. Contu-

do, a reversão de uma perda de imparidade é efe-tuada até ao limite da quantia que estaria reconhe-cida (quer através do custo histórico, quer através do seu valor reavaliado, líquido de amortizações ou depreciações) caso a perda de imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.

xii) Benefícios aos empregados

Opções sobre ações

A Empresa remunera os serviços prestados por al-guns dos seus colaboradores, através de um plano de atribuição de opções sobre ações, liquidado com base em capital próprio. O justo valor dos serviços recebidos é registado como um gasto na demonstração dos resultados, por contrapartida de um incremento nos capitais próprios, ao longo do período de aquisição de direitos pelos cola-boradores. O valor total a registar como gasto foi determinado com base no justo valor das opções atribuídas, que foi estimado apenas com recurso a condições de mercado. As condições de aquisição que não são as condições de mercado foram con-sideradas para estimar o número de opções que no final do período de aquisição terão direitos ad-quiridos. Em cada data de relato, a Empresa revê a estimativa do número de opções que se espera que se tornem exercíveis e reconhece o impacto da revisão da estimativa original na demonstração dos resultados por contrapartida da demonstração das alterações no capital próprio.

xiii) Classificação na demonstração da posição financeira

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data da demonstração da posição financeira são classificados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes. Adicionalmente, pela sua natureza, os ‘Impostos diferidos’ e as ‘Provisões’ são classificados como ativos e passivos não correntes.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 129

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

xiv) Ativos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os mesmos divulgados, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota.

Um ativo contingente não é reconhecido nas demonstrações financeiras, mas divulgado quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

xv) Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método direto. A Empresa classifica na rubrica ‘Caixa e seus equivalentes’ os investimentos com vencimento a menos de três meses, prontamente convertíveis para uma quantia conhecida de dinheiro e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de financiamento e de investimento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeada-mente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos tangíveis e intangíveis.

Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de financiamento incluem, designadamente, os paga-mentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, e paga-mento de dividendos.

xvi) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demon-stração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira (ad-justing events) são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data da demon-stração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da demonstração da posição financeira (non adjusting events), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

xvii) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração da Empresa baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros.

As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras dos exer-cícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 incluem:

- testes de imparidade realizados aos ativos finan-ceiros;

- registo de provisões e perdas de imparidade;

- apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados;

- reconhecimento de ativos por impostos diferidos decorrentes de perdas fiscais;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Alter-ações a estas estimativas que ocorram posterior-

mente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8.

xviii) Gestão dos riscos financeiros

A incerteza, característica dominante dos merca-dos, comporta em si uma variedade de riscos aos quais as atividades do Grupo Martifer se encon-tram expostas, designadamente, risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro, risco de liquidez e risco de crédito.

a) Risco de taxa de câmbio

O risco taxa de câmbio traduz-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas. A exposição ao risco de taxa de câmbio da Empresa resulta da existência de subsidiárias locali-zadas em países em que a moeda local é diferente do Euro e das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de transações efetuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de reporte do Grupo.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pela Empresa tem como objetivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos resultados a flutuações cambiais.

b) Risco de taxa de juro

O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.

A Empresa recorre a financiamentos externos no decurso da sua atividade, estando exposta ao risco de taxa de juro já que grande parte da dívida finan-ceira da Empresa está indexada a taxas de juro de mercado.

Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, a Empresa recorre a empréstimos de taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a alterações nas taxas de juro vigentes nesses em-préstimos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

c) Risco de liquidez

O risco de liquidez traduz a capacidade da Empre-sa fazer face às suas responsabilidades financeiras tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.

A Empresa procura garantir que a estrutura de financiamento é adequada à natureza das suas obrigações. Investimentos realizados em ativos fixos, incluindo ativos financeiros, são financiados com recurso a financiamento de longo prazo (capitais próprios e empréstimos não correntes), enquanto que responsabilidades correntes são financiadas com empréstimos de curto prazo. Os empréstimos de médio e longo prazo são contratados geralmente por prazos de 5 a 7 anos, normalmente com períodos de carência de reem-bolso de capital de 1 a 2 anos.

O risco de liquidez é descrito mais pormenorizada-mente na Nota 17.

d) Risco de crédito

O risco de crédito, na Empresa, resulta maioritari-amente do seu relacionamento com Instituições financeiras, no decurso normal da sua atividade, associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais a Socie-dade tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 130

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

Para mitigar este risco, a Empresa diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concen-tração excessiva de risco de crédito e privilegia a contratação de instrumentos financeiros pouco complexos, em detrimento de instrumentos cuja estrutura não seja completamente conhecida.

2. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOSAs vendas e prestações de serviços para os exer-cícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 referem-se, maioritariamente, aos fees de gestão (management fees) debitados às participadas:

Durante o ano de 2012, o nível dos serviços de su-porte que a Holding prestou às restantes empresas do Grupo diminuiu significativamente, devido ao facto de parte dos serviços que eram prestados pela sociedade, terem sido transferidos para as Áreas de Negócio na sequência da estratégia de atribuição de maior autonomia às Áreas de Negó-cio, com a consequente descentralização e maior responsabilização destas.

ANO 2012 ANO 2011

Prestações de serviços 1.891.618 4.083.346

1.891.618 4.083.346

3. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOSA repartição dos fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 é a seguinte:

A rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos reduziu bastante em 2012, quando comparada com o ano anterior, acompanhando a redução dos rendimentos. Durante o ano de 2012, a empresa não suportou gastos com rendas e alugueres o que contribuiu para a redução da rubrica.

ANO 2012 ANO 2011

Trabalhos especializados 138.308 586.669

Seguros 70.453 80.082

Honorários 45.833 129.607

Deslocações e estadas 22.662 67.348

Combustíveis 10.948 22.072

Comunicação 8.905 27.881

Conservação e reparação 6.149 10.014

Material de escritório 2.409 4.990

Contencioso e notariado 2.316 1.166

Publicidade e propaganda 332 609

Artigos para oferta 91 1.424

Rendas e alugueres - 195.853

Despesas de representação - 1.291

Outros 93 1.190

308.498 1.138.198

4. GASTOS COM O PESSOALOs gastos com o pessoal nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 podem ser analisados como se segue:

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a rubrica ‘Outros’ inclui, essencialmente, os gastos suporta-dos com a Segurança Social, com gastos de ação social, formação, medicina no trabalho e seguro de acidentes de trabalho.

A redução da rubrica de Gastos com o Pessoal em 2012 acompanhou a redução dos rendimentos, como consequência da transferência de colabo-radores para as Áreas de Negócio. Durante os exercícios de 2012 e 2011, o número médio de pessoal ao serviço da Empresa pode ser analisado como se segue:

ANO 2012 ANO 2011

Remunerações 765.418 1.657.664

Encargos Sociais:

Outros 205.345 367.103

970.764 2.024.767

ANO 2012 ANO 2011

Administradores 1 2

Ouros colaboradores 18 30

19 32

5. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADEAs provisões e as perdas de imparidade dos exer-cícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 são como se segue:

No final de 2012, foram registadas perdas de imparidade, na participação detida na Martifer Renewables, SGPS, SA, no valor de 4 milhões de euros, na sequência dos testes de imparidade efetuados àqueles ativos. O reforço da perda de imparidade no exercício deve-se essencialmente à deterioração dos capitais próprios das suas participadas.

Já no final de 2011 tinham sido registadas perdas de imparidade, na participação detida na Martifer Renewables, SGPS, SA, resultantes de perdas de imparidade registadas nos ativos daquela área de negócio relacionadas com os fortes encargos financeiros suportados, de perdas de imparidade e provisões em algumas subsidiárias, bem como da perda na venda das participações nos parques eólicos Leki Dukielskie e Bukowsko, que ocorreu em setembro de 2011.

Os testes de imparidade aos vários investimen-tos da Empresa foram elaborados de acordo com o método de Discounted Cash Flow (DCF). Os valores das avaliações são suportados pelos desempenhos passados e pelas expetativas de desenvolvimento do mercado, tendo sido elabora-das projeções, a cinco anos, de cash flows futuros

ANO 2012 ANO 2011

Perdas de imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões)

- 826.362

Perdas de imparidade em ativos financeiros (Nota 11)

4.116.493 21.680.643

Provisões 22.288 -

4.138.781 22.507.005

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 131

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

para cada um dos negócios, baseados em planos de médio/longo prazo aprovados pelos Conselhos de Administração.

Essas estimativas foram elaboradas considerando uma taxa de desconto entre 10,24% e 10,44% e uma taxa de crescimento na perpetuidade entre 0% e 1,5% para os vários negócios.

6. RESULTADOS FINANCEIROSOs resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 podem ser anali-sados como se segue:

No final de 2011, a Empresa procedeu à conversão de suprimentos e outros empréstimos de curto prazo concedidos às participadas em prestações acessórias de capital face à necessidade de reforçar o capital próprio daquelas. A conversão foi efetuada de forma não onerosa o que justifica a redução significativa dos juros obtidos.

Os outros gastos e perdas financeiras resultam essencialmente de comissões suportadas nas emis-sões de papel comercial.

ANO 2012 ANO 2011

Juros e rendimentos similares obtidos

Empréstimos e contas a receber (incluindo depósitos bancários)

Juros obtidos 1.448.840 10.630.299

Outros rendimentos e ganhos financeiros relativos a outros ativos financeiros

Diferenças de câmbio favoráveis - -

Outros rendimentos e ganhos financeiros - -

Total dos juros e rendimentos similares obtidos 1.448.840 10.630.299

Juros e gastos similares suportados

Empréstimos e contas a pagar

Juros suportados em empréstimos bancários 8.154.261 6.522.674

Outros gastos e perdas financeiros relativos a outros passivos financeiros

Diferenças de câmbio desfavoráveis - 2.720

Outros gastos e perdas financeiros 2.327.126 2.529.078

Total dos juros e gastos similares suportados 10.481.386 9.054.472

7. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOO detalhe dos ativos geradores de impostos diferidos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 pode ser analisado da seguinte forma:

Em 31 de dezembro de 2012, os ativos por impostos diferidos ascendiam a Euro 4.785.636 (2011: Euro 133.697). A variação dos ativos por impostos diferidos tem a ver com transferência dos ativos por impostos diferidos das participadas que fazem parte do regime especial de tributação dos grupos de sociedades do qual a Empresa é a sociedade dominante, no valor de Euro 4.663.668, pelo que não originou impacto na demonstração dos resultados (2011: efeito negativo de Euro 1.200.000).

De acordo com as declarações fiscais e estimativas de imposto sobre o rendimento das empresas que registam ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais, em 31 de dezembro de 2012 e de 2011, utilizando para o efeito as taxas de imposto naquela data, os mesmos eram reportáveis como segue:

‘* Os prejuízos fiscais gerados nas outras sociedades incluídas no RETGS do qual a Empresa é a sociedade dominante, no mon-

tante de Euro 17.598.748, gerados em 2010 e 2011, estavam registados na esfera de cada empresa individual tendo apenas sido

transferidos para a Empresa em 2012. A contrapartida deste registo foi a rubrica “Empresas do grupo” no passivo (Nota 12).

Em 31 de dezembro de 2012 existem prejuízos fiscais reportáveis, no âmbito do RETGS do qual a Em-presa é a sociedade dominante, no montante de Euro 88.271.845 (Euro 62.117.373 em 31 de dezem-bro de 2011), cujos ativos por impostos diferidos, no valor de Euro 23.392.039 (Euro 16.461.104 em 31 de dezembro de 2011), numa ótica de prudência, não se encontram registados. A sua decomposição pode ser analisada como se segue:

ANO 2012 ANO 2011

Prejuízos fiscais reportaveis 4.767.864 104.196

Justo valor dos instrumentos financeiros derivados 17.772 29.501

Ativos por impostos diferidos 4.785.636 133.697

31 DE DEZEMBRO DE 2012 31 DE DEZEMBRO DE 2011

PREJUÍZO FISCALATIVOS POR IMPOSTOS

DIFERIDOSDATA LIMITE

DE UTILIZAÇÃO PREJUÍZO FISCALATIVOS POR IMPOSTOS

DIFERIDOSDATA LIMITE

DE UTILIZAÇÃO

Gerados em 2009 393.193 104.196 2015 393.193 104.196 2015

Gerados em 2010 * 5.260.874 1.394.132 2014 5.260.874 1.394.132 2014

Gerados em 2011 * 12.337.874 3.269.537 2015 12.337.874 3.269.537 2015

17.991.941 4.767.864 17.991.941 4.767.864

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 132

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

31 DE DEZEMBRO DE 2012 31 DE DEZEMBRO DE 2011

PREJUÍZO FISCAL CRÉDITO DE IMPOSTODATA LIMITE

DE UTILIZAÇÃO PREJUÍZO FISCAL CRÉDITO DE IMPOSTODATA LIMITE

DE UTILIZAÇÃO

Gerados em 2007 1.974.262 523.179 2013 1.974.262 523.179 2013

Gerados em 2008 26.734.892 7.084.746 2014 26.734.892 7.084.746 2014

Gerados em 2009 6.004.990 1.591.322 2015 6.004.990 1.591.322 2015

Gerados em 2010 14.214.213 3.766.766 2014 14.214.213 3.766.766 2014

Gerados em 2011 13.189.015 3.495.089 2015 13.189.015 3.495.089 2015

Gerados em 2012 26.154.473 6.930.935 2017 - - -

88.271.845 23.392.039 62.117.373 16.461.104

A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como se segue:

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a reconciliação entre a taxa nominal e efetiva de imposto é como se segue:

A Martifer SGPS, S.A. e as suas empresas participadas encontram-se sujeitas a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”), à taxa de 25%, acrescida de derrama mu-

ANO 2012 ANO 2011

Imposto corrente 12.095 33.879

Insuficiência / Excesso de estimativa de imposto 15.343 (3.202)

Impostos diferidos relativos à reversão de diferenças temporárias - 1.200.000

Imposto sobre o rendimento do exercício 27.438 1.230.677

Taxa efetiva de imposto -0,2% -5,8%

ANO 2012 ANO 2011

Resultado antes de impostos (12.490.448) (19.997.033)

Imposto nominal sobre o rendimento (taxa nominal de 25%) (3.122.612) (4.999.258)

Resultados isentos de tributação:

Alienação de ativos financeiros - -

Gastos não dedutíveis para efeitos fiscais:

Imparidade de ativos 1.029.123 5.420.161

Provisões não aceites 5.572 206.590

Outros (18.327) (78.959)

Resultados em associadas em equivalência patrimonial -

Utilização de prejuízos fiscais reportáveis que não geraram em exercícios anteriores ativos por impos-tos diferidos

-

Prejuízos fiscais gerados no exercício para os quais não foi reconhecido imposto diferido ativo 2.106.243

Reversão de ativos por impostos diferidos no exercício - 651.466

Insuficiência / Excesso de estimativa de imposto 15.343 (3.202)

Tributação autónoma 12.096 10.114

Derramas - 23.765

Imposto efetivo sobre o rendimento 27.438 1.230.677

nicipal à taxa de 1,5% sobre o lucro tributável, resultando numa taxa de imposto agregada de 26,5%. Sobre a parte do lucro tributável sujeito a IRC superior a 2.000.000 Euros, incide ainda, a título de Derrama Estadual, uma taxa adicional de 2,5%.

Nos termos do artigo 88.º do Código do Impos-to sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, a sociedade encontra-se, adicionalmente, sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no referenciado normativo.

No exercício de 2011, a Martifer SGPS, S.A. optou pela aplicação do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS), do qual fazem parte as empresas em que de-tém, direta ou indiretamente, pelo menos 90% do seu capital e que cumprem simultaneamente com as restantes condições definidas por aque-le regime. As restantes empresas participadas, não abrangidas pelo regime especial de tribu-tação do Grupo Martifer, são tributadas indivi-dualmente, com base nas respetivas matérias coletáveis e às taxas de imposto aplicáveis.

De acordo com a legislação nacional em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social), exceto quando tenham ocorrido prejuízos fiscais, tenham sido conce-didos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2008 a 2011, poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras a 31 de dezembro de 2012.

8. RESULTADOS POR AÇÃOA Martifer SGPS emitiu apenas ações ordinárias, pelo que não existem, nomeadamente, direitos especiais de dividendo ou voto.

A Martifer tem apenas um tipo de potenciais ações ordinárias diluitivas: as opções sobre ações. Para efeitos de cálculo do resultado por ação diluído é necessário determinar se estas opções, independentemente de poderem ou não ser exercidas, têm efeito de diluição, o que ocorre quando o preço de exercício da opção é inferior ao preço de mercado das ações.

Na medida em que o preço médio de mercado das ações da Martifer, no período compreendi-do entre 1 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2012, se situou nos Euro 0,74, inferior ao preço de exercício das opções (Euro 3,84), as mesmas consideram-se não diluitivas porque o seu exercício daria lugar a uma redução do número de ações ordinárias em circulação.

Assim, em 31 de dezembro de 2012 não existe diferença entre o cálculo dos resultados por ação básicos e o cálculo dos resultados por ação diluídos.

O capital social da Martifer SGPS SA é represen-tado por 100.000.000 ações ordinárias, total-mente subscritas e realizadas, representativas de um capital social de Euro 50.000.000.

O número médio ponderado de ações em circulação encontra-se deduzido de 2.135.634 ações correspondente a um volume de ações próprias adquiridas pela Martifer SGPS, durante o período compreendido entre 2010 e 2012, de 2.215.910 ações.

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 133

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o cálculo do resultado por ação básico e diluído pode ser de-monstrado como se segue:

9. ATIVOS INTANGÍVEISA informação relativa aos valores brutos do ativo intangível, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 pode ser analisada como se segue:

A informação relativa aos valores das amortizações e perdas de imparidade acumuladas do ativo in-tangível, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 pode ser analisada como se segue:

ANO 2012 ANO 2011

Resultado líquido do exercício (I) (12.517.886) (21.227.710)

Número médio ponderado de ações em circulação (II) 97.864.366 98.819.058

Resultado por ação básico e diluído (I) / (II) (0,1279) (0,2148)

SOFTWARE E OUTROS DIREITOS

OUTROS ATIVOS INTANGÍVEIS

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE INTANGÍVEIS TOTAL

31 de dezembro de 2011

Saldo inicial 1.349 10.126 - 11.475

Aumentos - 25.789 - 25.789

1.349 35.915 - 37.264

31 de dezembro de 2012

Saldo inicial 1.349 35.915 - 37.264

Aumentos - 4.600 - 4.600

1.349 40.515 - 41.864

SOFTWARE E OUTROS DIREITOS

OUTROS ATIVOS INTANGÍVEIS

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE INTANGÍVEIS TOTAL

31 de dezembro de 2011

Saldo inicial 1.184 6.230 - 7.414

Aumentos 165 9.090 - 9.255

1.349 15.320 - 16.669

31 de dezembro de 2012

Saldo inicial 1.349 15.230 - 16.669

Aumentos - 10.104 - 10.104

1.349 25.424 - 26.773

Valor líquido:

2011 - 20.594 - 20.594

2012 - 15.091 - 15.091

10. ATIVOS FIXOS TANGÍVEISA informação relativa aos valores brutos de equipamento de transporte, equipamento administrativo e de outros ativos fixos tangíveis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 pode ser analisada como se segue:

A informação relativa aos valores das depreciações e perdas de imparidade acumuladas de equipa-mento de transporte, equipamento administrativo e de outros ativos fixos tangíveis para os exercícios findos em 2012 e 2011 pode ser analisada como se segue:

EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE

EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO

OUTROS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS TOTAL

31 de dezembro de 2011

Saldo inicial 120.781 29.525 - 150.307

Aumentos - 1.637 - 1.637

Alienações e abates (29.435) - - (29.435)

91.346 31.162 - 122.508

31 de dezembro de 2012

Saldo inicial 91.346 31.162 - 122.508

Aumentos 6.920 1.792 - 8.712

Alienações e abates (42.842) - - (42.842)

55.424 32.954 - 88.378

EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE

EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO

OUTROS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS TOTAL

31 de dezembro de 2011

Saldo inicial 36.943 14.833 - 51.777

Aumentos 32.806 9.409 - 42.214

Alienações e abates (21.890) - - (21.890)

47.859 24.242 - 72.101

31 de dezembro de 2012

Saldo inicial 47.859 24.242 - 72.101

Aumentos 15.160 4.589 - 19.749

Alienações e abates (19.827) - - (19.827)

43.191 28.831 - 72.023

Valor líquido:

2011 43.487 6.920 - 50.407

2012 12.233 4.123 - 16.355

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 134

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

11. ATIVOS FINANCEIROSEm 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembro de 2011 o detalhe dos ativos financeiros em em-presas do grupo e associadas era o abaixo indicado:

Os Ativos financeiros são aferidos quanto ao seu valor recuperável sempre que se verifica a existência de indícios de imparidade, sendo considerada a existência de indícios sempre que o Capital Próprio das participadas (considerando quando aplicavel o Capital Próprio consolidado) é inferior ao seu valor de aquisição. Com base neste princípio, identificaram-se indícios de imparidade nas participações detidas na Martifer Renewables, SGPS, S.A., Martifer Inovação e Gestão, S.A., Martifer Metallic Cons-tructions, SGPS, S.A., Martifer Energy Systems, SGPS, S.A. e Nutre, SGPS, S.A.. Os testes de imparida-de efetuados consideram os seguintes pressupostos:

% DETIDAVALOR DE

AQUISIÇÃOPRESTAÇÕES ACESSÓRIAS

DE CAPITALPERDA DE

IMPARIDADE TOTAL

31 de dezembro de 2011

Nutre, SGPS, SA 49% - 58.909.000 - 58.909.000

Martifer Renewables, SGPS, SA 100% 99.765.968 169.601.173 (145.461.088) 123.906.053

Eviva Hidro, Srl 1% 47 2.006.564 (2.006.611) 0

Martifer Metallic Constructions, SGPS, SA 100% 12.261.256 76.544.359 - 88.805.615

Martifer Inovação e Gestão, SA 100% 101.291 5.974.941 (1.663.277) 4.412.954

Martifer GMBH 100% 21.800 98.291 - 120.091

Ventinveste SA 5% 2.500 - - 2.500

Martifer Energy Systems, SGPS, SA 100% 6.087.775 30.826.000 - 36.913.775

Prio Energy, SGPS, SA 49% 5.235.168 2.891.000 - 8.126.168

Martifer Gestiuni si Servicii 100% 1.265 - - 1.265

Martifer Solar, SGPS, SA 100% 26.280.763 12.758.540 - 39.039.303

CEC - 25.000 - - 25.000

149.782.833 359.609.868 (149.130.976) 360.261.725

% DETIDAVALOR DE

AQUISIÇÃOPRESTAÇÕES ACESSÓRIAS

DE CAPITALPERDA DE

IMPARIDADE TOTAL

31 de dezembro de 2012

Nutre SGPS 49% - 58.909.000 - 58.909.000

Martifer Renewables, SGPS 100% 99.765.968 162.462.327 (149.507.225) 112.721.070

Eviva Hidro 1% 47 2.006.564 (2.006.611) -

Martifer Metallic Constructions, SGPS 100% 12.261.256 87.284.359 - 99.545.615

Martifer Inovação e Gestão 100% 101.291 7.776.455 (1.733.633) 6.144.113

Martifer GMBH 100% 21.800 98.291 - 120.091

Ventinveste SA 5% 2.500 - - 2.500

Martifer Energy Systems SGPS 100% 6.087.775 30.826.000 - 36.913.775

Prio Energy SGPS 49% 5.235.168 2.891.000 - 8.126.168

Martifer Gestiuni si Servicii 100% 1.265 - - 1.265

Martifer Solar SGPS 100% 26.280.763 - - 26.280.763

Martifer Global, SGPS 100% 50.000 - - 50.000

CEC 25.000 - - 25.000

149.832.833 352.253.996 (153.247.469) 348.839.360

• Para a Martifer Renewables, SGPS, S.A. e Martifer Inovação e Gestão, S.A. foi considerado como indicador válido o valor dos Capitais Próprios consolidados e individuais, respetivamente, tendo, em consequência disso, sido registadas imparidades no valor de Euro 4.046.137 e Euro 70.356, respetiva-mente (Nota 5).

Este principio teve subjacente o fato de a Martifer Renewables, SGPS, SA ter um volume de negócios relativamente baixo, face ao valor dos seus ativos, e incluir no seu consolidado, essencialmente, ativos afetos a parques eólicos em relação aos quais, quando aplicavel, já foram efetuadas aferições aos seus valores realizaveis e registadas as respetivas imparidades, pelo que o Capital Próprio consolida-do já reflete esses ajustamentos.

Em relação à Martifer Inovação e Gestão, foi considerado o fato de esta empresa prestar essencial-mente serviços ao grupo e o valor do seu ativo não ser significativo.

• Para as participações na Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A., Martifer Energy Systems, SGPS, S.A. e Nutre, SGPS, S.A., considerou-se adequado validar a sua recuperação com base no valor de uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados, tendo por base business plans desenvolvidos pelos responsáveis das empresas e devidamente aprovados pelo Conselho de Admi-nistração do Grupo e utilizando taxas de desconto que variam de acordo com os riscos inerentes aos diversos negócios.

Em 31 de dezembro de 2012, os métodos e pressupostos utilizados na aferição da existência, ou não, de imparidade, para estes ativos financeiros foram como se segue:

1 Taxa de crescimento usada para extrapolar os cash flows para além do período considerado no business plan

2 Taxa de desconto aplicada aos cash flows projetados

Os responsáveis destes segmentos acreditam que uma possível alteração (dentro de um cenário de normalidade) nos principais pressupostos utilizados no cálculo do valor recuperável não irá originar perdas de imparidade, para além das perdas já registadas.

MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS E MARTIFER ENERGY SYSTEMS NUTRE SGPS SOLAR SGPS

Capital Próprio (atribuível ao grupo)

57.650.284 19.537.351 44.644.598

Ativo Financeiro 136.459.390 58.909.000 26.280.763

Período utilizado Projeções de cash flows para 5 anos Projeções de cash flows para 5 anos Projeções de cash flows para 5 anos

Taxas de crescimento (g) 1 1,50% 2,00% 1,00%

Taxa de desconto utilizada 2 10,46% 10,24% 9,61%

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 135

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

12. EMPRESAS DO GRUPOEm 31 de dezembro de 2012 e 2011, as posições em aberto referentes a contratos de suprimentos e outras operações financeiras ativas, são as seguintes:

Estes empréstimos vencem juros a taxas de mercado.

As responsabilidades apresentadas pela Empresa, com empresas do Grupo, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, são as seguintes:

31 DE DEZEMBRO DE 2012 31 DE DEZEMBRO DE 2011

NÃO COR-RENTE CORRENTE TOTAL

NÃO COR-RENTE CORRENTE TOTAL

Nutre, SGPS, SA - 2.514 2.514 - 2.514 2.514

Prio Energy, SGPS, SA - 2.250.000 2.250.000 - - -

Martifer Renewables, SGPS, SA - 60.890 60.890 - 12.248.451 12.248.451

Martifer Metallic Constructions, SGPS, SA 4.694.000 8.304.598 12.998.598 - 10.717.771 10.717.771

Martifer Inovação e Gestão, SA - 167.305 167.305 - 73.587 73.587

Martifer Energy Systems, SGPS, SA 1.178.460 2.804.581 3.983.041 1.178.460 1.865.544 3.044.003

Martifer Solar, SGPS, SA - 20.428 20.428 - 1.959 1.959

Ventinveste, SA 18.319.357 - 18.319.357

Martifer GMBH 15.000 640 15.640

Martifer Global, SGPS - 131.500 131.500 - - -

Outras - 469 469 - 90.526 90.526

24.206.816 13.742.925 37.949.741 1.178.460 25.000.351 26.178.810

ANO 2012 ANO 2011

Martifer Construções SA 4.634.051 -

Martifer Solar SGPS 2.947.129 -

Navalria 391.397 -

Martifer Solar Srl 108.131 108.131

Martifer Gestão de Investimentos 64.871 -

Martifer Renewables, SGPS 52.900 -

Martifer Aluminios SA 46.451 -

Martifer Renewables, SA 25.330 -

Martifer Inovação e Gestão 23.225 -

Soc.Madeiras do Vouga 8.378 -

Martifer Metallic Constructions, SGPS 5.250 -

Martifer Energy Systems SGPS 4.016 -

Nagatel 3.000 -

8.314.128 108.131

Em 31 de dezembro de 2012, o valor apresentado em Empresas do Grupo (passivo) refere-se, es-sencialmente, às responsabilidades que a Empresa tem com as subsidiárias decorrentes do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS). Os maiores valores dizem respeito à transferência dos prejuízos fiscais que tinham sido constituídos nas subsidiárias e que, de acordo com a expetativa da Administração, serão recuperados no âmbito do Grupo.

13. CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBEREm 31 de dezembro de 2012 e 2011, a antiguidade dos saldos relativos a contas a receber, pode ser detalhada como se segue:

A Empresa considera não ter havido deterioração da qualidade creditícia da contraparte, pelo que os saldos que apresentam alguma antiguidade não se encontram em risco de incobrabilidade.

VENCIDO

31 DE DEZEMBRO DE 2011 TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIASENTRE

90 E 180 DIASENTRE

180 E 360 DIAS MAIS DE 360 DIAS

Clientes, conta corrente 2.089.423 665.423 341.034 159.542 499.183 424.242

Outros devedores 4.034.252 3.884.069 - 150.000 - 183

6.123.676 4.549.492 341.034 309.542 499.183 424.426

VENCIDO

31 DE DEZEMBRO DE 2012 TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIASENTRE

90 E 180 DIASENTRE

180 E 360 DIAS MAIS DE 360 DIAS

Clientes, conta corrente 2.461.453 1.073.330 403.471 46.779 157.887 779.986

Outros devedores 124.162 123.978 - - - 183

2.585.615 1.197.308 403.471 46.779 157.887 780.170

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 136

14. IMPOSTO SO-BRE O RENDIMEN-TO E ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOSEm 31 de dezembro de 2012 e 2011, os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm a seguinte decomposição:

15. CAIXA E SEUS EQUIVALENTESA rubrica caixa e seus equivalentes pode ser analisada como se segue:

Caixa e seus equivalentes incluem os depósitos bancários de curto prazo, com maturidades originais iguais ou inferiores a 3 meses, para os quais o risco de alteração de valor não é signifi-

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

31 DEZEMBRO 2012

31 DEZEMBRO 2011

Imposto sobre o rendimento 738.605 830.178

Retenções de impostos (27.336) (22.091)

Imposto sobre o valor acrescentado (27.451) (10.643)

Contribuições para a Segurança Social (6.446) (19.881)

Outros impostos 485 -

Estado e outros entes públicos (60.747) (52.615)

cativo. Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, não existiam quaisquer restrições à utilização dos saldos registados nas rubricas de Caixa e seus equivalentes.

16. CAPITAL SOCIAL, RESERVAS E AÇÕES PRÓPRIASCapital social

O capital social da Martifer SGPS, totalmente subscrito e realizado, em 31 de dezembro de 2012, ascende a Euro 50.000.000 e é represen-tado por 100.000.000 ações ao portador com um valor nominal de 50 cêntimos cada. Todas as ações têm os mesmos direitos, correspondendo um voto por cada ação. Durante os exercícios de 2012 e 2011 não ocorreram quaisquer movi-mentos no número de ações representativas do capital social da Empresa.

Durante o exercício de 2012, a Martifer SGPS adquiriu, através de compras realizadas em bolsa, 468.259 ações próprias (2011: 1.187.410 ações próprias foram adquiridas). Após estas aquisições, a Martifer detém 2.215.910 ações próprias, correspondentes a 2,22% do seu capi-tal social. De acordo com a legislação em vigor, a Empresa tem de manter indisponível uma reserva correspondente ao valor de aquisição das ações próprias.

Em 31 de dezembro de 2012, o capital social da Empresa é detido em 42,70% pela I’M SGPS, S.A., 37,5% pela Mota-Engil SGPS, S.A., 2,22% em ações próprias, encontrando-se os restantes 17,58% dispersos em Bolsa.

Opções sobre ações

Está em vigor um plano de remunerações em opções sobre ações, nos termos aprovados pela As-sembleia Geral, aplicável a alguns colaboradores, com vista a incentivar a criação de valor.

As opções atribuídas caducarão automaticamente, sempre que o colaborador deixe de estar ao servi-ço de qualquer uma das empresas do Grupo.

Em 2011 a rubrica “Outras Reservas” incluía 198.979 euros relativos a estas opções.

Outras variações no capital próprio

As outras variações no capital próprio, conforme explicado na Nota 19, resultam do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.

Prémios de emissão

Os prémios de emissão correspondem a ágios obtidos com a emissão ou aumentos de capital. De acordo com a legislação comercial portuguesa, os valores incluídos nesta rubrica seguem o regi-me estabelecido para a ‘reserva legal’, isto é, os valores não são distribuíveis, a não ser em caso de liquidação, mas podem ser utilizados para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Reservas

Reserva legal

A legislação comercial portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual positivo tem que ser destinado ao reforço da ‘reserva legal’ até que esta represente pelo menos 20% do capi-tal social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Outras reservas

As reservas relativas a opções sobre ações, que estavam incluídas nesta rubrica em 31 de dezembro de 2011, no montante de Euro 198.980, refletiam o justo valor dos serviços prestados pelos colabora-dores, corrigidas, a cada data de relato, pelo impacto da revisão da estimativa original em resultado da determinação do número de opções que se esperava que se tornassem exercíveis. Em 31 de dezembro de 2012, este valor foi transferido para Resultados transitados por se considerar que as opções sobre ações não são exercíveis.

Em 31 de dezembro de 2012, esta rubrica inclui uma reserva indisponível no valor de Euro 2.868.519 (2011: Euro 2.415.630), relativa ao valor das ações próprias.

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’). Em 31 de dezembro de 2012 a Martifer SGPS, S.A. não dispõe de reservas distribuíveis.

31 DEZEMBRO 2012

31 DEZEMBRO 2011

Depósitos bancários 448.220 937.405

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 137

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

17. FINANCIAMENTOS OBTIDOSOs montantes relativos a empréstimos, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, são como se segue:

Os financiamentos da Empresa, nomeadamente as contas caucionadas, têm cláusulas de renovação, pelo que, é expetativa da Administração que, à semelhança do que tem ocorrido no passado e com base nas negociações atualmente em curso com os credores, uma parte destes financiamentos sejam renovados no seu prazo de liquidação. A liquidação do restante financiamento prevê-se que ocorra com a venda de ativos das filiais que lhes permitirão devolver suprimentos ou prestações acessórias de capital à Empresa, nomeadamente a venda dos parques eólicos da Roménia.

Em 31 de dezembro de 2012, o principal programa de papel comercial da Empresa passível de reno-vação é o seguinte:

A taxa média dos financiamentos da Martifer SGPS durante o ano de 2012 foi 4,672% (em 2011 foi de 4,775 %).

ATÉ 1 ANO ENTRE 1 E 3 ANOSENTRE 3 E 5

ANOSA MAIS DE 5

ANOS TOTAL

31 de dezembro de 2011

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 6.562.500 6.562.500 11.484.375 - 24.609.375

Descobertos bancários 11.940 - - - 11.940

Contas caucionadas 41.386.263 - - - 41.386.263

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 10.500.000 58.750.000 15.000.000 - 84.250.000

58.460.703 65.312.500 26.484.375 - 150.257.578

ATÉ 1 ANO ENTRE 1 E 3 ANOSENTRE 3 E 5

ANOSA MAIS DE 5

ANOS TOTAL

31 de dezembro de 2012

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 8.696.643 13.275.046 16.131.696 760.000 38.863.385

Descobertos bancários 30.049 30.049

Contas caucionadas 48.499.998 48.499.998

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 58.000.000 3.000.000 6.250.000 67.250.000

115.226.690 16.275.046 22.381.696 760.000 154.643.432

MONTANTE MÁXIMO DO CONTRATO (EUROS) DATA CONTRATO

PRAZO DE VENCIMENTO DO CONTRATO MONTANTE UTILIZADO

Martifer SGPS 50.000.000 Set-08 5 Anos 50.000.000

18. FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGARA informação relativa a fornecedores e credores diversos, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, pode ser analisada como se segue:

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica inclui saldos a pagar a fornecedores e outros credo-res decorrentes da atividade operacional da Empresa e de aquisições de ativos fixos tangíveis e intan-gíveis. O Conselho de Administração acredita que o justo valor destes saldos não difere significativa-mente do seu valor contabilístico e que o efeito da atualização desses montantes não é material.

19. DERIVADOSEm 31 de dezembro de 2012, está em vigor um instrumento financeiro derivado de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a movimentos nas taxas de juro vigentes num contrato de financia-mento, fixando taxas de juro.

O justo valor do instrumento financeiro acima referido, avaliado pela contraparte, por se tratar de cash-flow hedges, foi registado por contrapartida da rubrica de capitais próprios ‘Outras variações no capital próprio’ e em ‘Instrumentos financeiros derivados’ no passivo.

O apuramento do justo valor do derivado contratado pela Martifer, SGPS, SA foi efetuado pela respetiva contraparte. O modelo de avaliação deste derivado, utilizado pela contraparte, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e, utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respetivas taxas forwards e fatores de desconto, que servem para descontar os cash

31 DEZEMBRO 2012 31 DEZEMBRO 2011

Fornecedores 726.189 672.661

Credores diversos 37.568 21.232

Acréscimos de gastos 1.615.515 1.286.981

Outros - 5.781

Outras contas a pagar 1.653.083 1.313.995

INSTRUMENTO FINANCEIRO CONTRAPARTE NOCIONAL TIPO VENCIMENTO JUSTO VALOR

Interest Rate Swap Barclays 8.750.000 Paga taxa fixa [1,91%] e recebe Euribor 6M

22/11/2013 (118.477)

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 138

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

flows fixos (fixed leg) e os cash flows variáveis (floating leg). O somatório das duas legs, dá o NPV (Net Present Value ou Valor Atualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos derivados).

20. COMPROMISSOS Garantias Operacionais

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, as principais garantias operacionais prestadas pela Empresa são como se segue:

O valor apresentado, em 2012 e 2011, inclui uma fiança a favor da BP Portugal, para garantir paga-mentos resultantes da aquisição de combustíveis pela Prio Energy, S.A., bem como outras garantias no âmbito dos compromissos assumidos com a construção de parques solares.

Em virtude dos contratos de EPC para construção de parque solares obrigarem a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas a assumir determinadas garantias, entre as quais, a garantia da qualida-de dos materiais e desenho, das instalações fotovoltaicas, de obtenção de determinados rácios de performance e de potência dos módulos fotovoltaicos, a Martifer SGPS comprometeu-se a dotar a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas dos meios necessários para garantir o cumprimento integral das obrigações contratuais.

Neste momento, considera-se que a Martifer Solar já tem capacidade de suportar estes compromis-sos sem o recurso à Holding.

31 DEZEMBRO 2012 31 DEZEMBRO 2011

Martifer SGPS 88.898.000 88.898.000

EMPRESA GARANTIAVALOR DO ATIVO

SUBJACENTE VALOR EM DÍVIDA

Martifer SGPS Penhor de Ações da Martifer Solar SA 27.500.000 18.302.885

Martifer SGPS Hipoteca prédio urbano Oliveira de Frades (artigo 1934) - Fab. Componentes 5.704.940 15.500.000

Martifer SGPS Penhor de bens MT Construções 5.080.692

Martifer SGPS Hipoteca do Edifício Industrial Torres Eólicas (artigo 1914) 3.344.970 5.000.000

Martifer SGPS | Martifer Construções SA | Martifer Alumínios SA e Navalria SA *

Hipoteca 1º grau do Edifício Industrial Unidade de Corte (Monoblocos) 1.032.014 1.900.000

Hipoteca 1º grau do Edifício Sede 4.595.463

Hipoteca 2º grau do Edifício Industrial Torres Eólicas (artigo 1914) 3.344.970

50.603.050 40.702.885

Garantias reais

Em 31 de dezembro de 2012, as garantias reais prestadas pela Empresa são como se segue:

‘* Estas garantias reais estão a garantir, para além do financiamento da Empresa, as contas correntes das subsidiárias Martifer

Construções, S.A., Martifer Alumínios, S.A e Navalria, S.A., no valor de 3,6 milhões de Euros.

21. COMPENSAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO, CONSELHO FISCAL E ROCAs remunerações atribuídas ao pessoal chave da gerência por categoria de remuneração podem ser resu-midas como se segue:

A remuneração dos membros do Conselho Fiscal em 2012 foi de Euro 14.400 (2011: Euro 14.400) e os hono-rários do Revisor Oficial de Contas foram de Euro 102.400 (2011: Euro 118.400).

A política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da Martifer SGPS, aprovada nos termos da Lei 28/2009, bem como o montante anual da remuneração auferida pelos mem-bros dos referidos órgãos, de forma agregada e individual é apresentado no Relatório de Governo Societá-rio.

ANO 2011 ANO 2012

Remunerações fixas 458.199 581.500

Remunerações variáveis - -

458.199 581.500

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 139

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

22. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADASPara além dos saldos identificados nas notas acima, os saldos e transações com entidades relacionadas são como se segue:

23. EVENTOS SUBSEQUENTESNão existem eventos subsequentes a reportar.

GASTOS RENDIMENTOS CONTAS A RECEBER CONTAS A PAGAR

ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2011

Empresa- Mãe - - 11.334 46.408 75.071 197.593 - -

Empresas do grupo e associadas

85.324 811.951 3.345.772 14.476.226 2.431.378 1.962.321 649.699 762.936

85.324 811.951 3.357.106 14.522.634 2.506.449 2.159.914 649.699 762.936

24. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASEstas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 26 de fevereiro de 2013. Adicionalmente, as demonstrações financeiras anexas em 31 de dezembro de 2012, estão pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas. No entanto, o Conselho de Administração da Empresa entende que as mesmas virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

Oliveira de Frades, 26 de fevereiro de 2013

A Técnica Oficial de Contas

Isabel Cristina Loureiro Silva

A Administração

Carlos Manuel Marques Martins

Jorge Alberto Marques Martins

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo

Luís Filipe Cardoso da Silva

Luís Valadares Tavares

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 140

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 142

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 143

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 144

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 145

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 146

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 147

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

MARTIFER GROUPRelatório e Contas 2012 148

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