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APOSTILA SOBRE GESTÃO EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO

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APOSTILA SOBRE

GESTÃO EM CENTRO CIRÚRGICO

E INSTRUMENTAÇÃO

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1- Gestão em enfermagem

As inovações tecnológicas têm provocado importantes mudanças no

contexto empresarial, com reflexos no mercado de trabalho, em especial, na

área de saúde, reduzindo os cargos, aumentando as diferenças salariais,

criando novas profissões e descredenciando outras, constituindo-se em um

desafio para o homem moderno que necessita promover sua adaptação, seu

desenvolvimento pessoal e profissional para conviver nessa nova realidade.

Nessa perspectiva, a enfermagem passa por um repensar e uma

redefinição de suas funções, de maneira a assegurar seu papel e seu

compromisso com a sociedade que, nesse momento, aspira por maior qualidade

na prestação da assistência à sua saúde.

É no contexto dessas mudanças que devemos situar as novas perspectivas

da enfermagem, das políticas de saúde e do trabalho gerencial. O Sistema

Único de Saúde com suas fortes implicações sócio-políticas, econômicas e

culturais compõem um cenário no qual a gerência no trabalho do enfermeiro é

uma característica essencial no enfrentamento dos desafios propostos por esse

novo sistema de saúde. Essas modificações invariavelmente colocam não só

novas demandas para a profissão como encerram novas determinações na

própria organização e dinâmica de seu processo de trabalho administrativo.

Atualmente, com a ênfase na necessidade de reconstrução dos modelos

de gestão, estão surgindo novas abordagens gerenciais como a gerência

participativa e os programas de qualidade que preconizam, dentre outras, a

descentralização das decisões e aproximação de todos os elementos da equipe

de trabalho, oferecendo aos mesmos, oportunidades de participarem

efetivamente da discussão e aperfeiçoamento constantes do processo de

trabalho, ou seja, é delegada às equipes, autonomia para desenvolver novos

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projetos e métodos de trabalho, formular políticas de pessoal bem como sugerir

novas diretrizes para a organização.

A inserção do Enfermeiro nesse contexto de mudanças, acompanhando a

evolução do mundo globalizado, faz-se necessária, para a busca do progresso

de seu conhecimento por meio da implantação da política do saber e fazer

crítico, que certamente, o tornaria um profissional capaz de resolver desafios do

cotidiano.

Conhecendo gestão em enfermagem no contexto hospitalar

Desde o início da humanidade os seres humanos realizam projetos e

planos no sentido de buscar estratégias de sobrevivência, ou seja, formas de se

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preparar para o futuro. Primeiramente os projetos estavam vinculados à

necessidade de organização visando à sobrevivência, planejando–se como

conseguir alimentos e vestimentas, além de estratégias para proteção das

intempéries do tempo. Com o surgimento das organizações sociais,

empresariais ou públicas, o planejamento é instituído com vistas a organizar

meios para o crescimento, desenvolvimento e mesmo sobrevivência às diversas

oportunidades e ameaças do meio ambiente.

Atualmente, com o mundo globalizado, com mudanças substanciais no

seu modo de organização, com a reestruturação produtiva, com modos de

gestão do trabalho que se alteram, com relações de trabalho flexíveis, um

mundo em constante movimento, o planejamento é mais do que necessário à

manutenção das diferentes organizações. Afinal, como enfrentar a

competitividade existente, bem como a influência de variáveis sociais,

econômicas, políticas e legais que imprimem situações delicadas às instituições?

As organizações devem criar um espaço para a reflexão coletiva, com a

definição do direcionamento das ações, visando o alcance de objetivos

determinados e metas estabelecidas, bem como promover uma outra forma de

subjetivação grupal que permita a realização dos trabalhadores. Este espaço

pode ser ocupado pelo planejamento, entendido como um campo técnico–

político destinado a intervir de maneira mais abrangente no cenário sanitário

brasileiro.

Atualmente, no setor saúde, há necessidade de se imprimir novas formas

de gestão que dêem conta das mudanças sociais e do próprio setor. O

Ministério da Saúde, em seu Plano Nacional de Saúde, prevê o fortalecimento

da gestão democrática, com a participação dos trabalhadores de saúde na

gestão dos serviços, assegurando a valorização profissional, bem como

fortalecendo as relações de trabalho e promovendo a regulação das profissões,

com vistas a se efetivar a atuação solidária, humanizada e de qualidade. Neste

sentido, entendemos que uma das estratégias para o alcance deste objetivo é a

realização do planejamento estratégico participativo.

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A Consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) tem se constituído

num desafio para os gestores, em nível federal, estadual e municipal, bem

como para os trabalhadores que atuam na Rede Pública. Há que se pensar na

necessidade de se reorientar as estratégias e modos de cuidar, tratar e

acompanhar a saúde individual e coletiva, o que tem sido uma das

prerrogativas do SUS, bem como na capacidade de provocar importantes

repercussões também nas estratégias e modos de ensinar e aprender.

As estruturas organizativas da Enfermagem hospitalar se mostram

eficientes e eficazes na produção do cuidado à saúde e o viver dos clientes

internados nas instituições hospitalares, porém pouco explicita a descrição ou

clareza do processo de produção nas práticas das atividades e situações do

cotidiano administrativo da enfermagem.

As atividades administrativas são inerentes e fundamentais no processo

produtivo do sistema de enfermagem. Em outras palavras, cuida-se

administrando ou gerenciando e administra-se ou gerencia-se cuidando. São

processos e contra-processos interdependentes cuja competência da profissão

de Enfermagem se sustenta por uma forte exigência de conhecimentos sobre o

processo produtivo gerencial ou administrativo.

As práticas gerenciais do cuidado de enfermagem carecem de avanços

tecnológicos mesmo sendo reconhecida a competência dos enfermeiros nas

atividades organizativas, talvez, decorrentes da exigência cotidiana de domínio

desta competência por um exercício intenso e vital para a operatividade do

sistema de enfermagem.

Assim, para se avançar na proposição de tecnologias gerenciais na

Enfermagem é importante partir para a busca de melhor clareza e sustentação

teórica dos seus processos produtivos apoiados por referenciais teóricos.

O presente texto é uma tentativa de descrição do processo de produção

administrativa da Enfermagem sob o enfoque de sistemas complexos, orientado

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por alguns referenciais teóricos de sistema de produção de serviços e sua

viabilidade como sistema auto-organizador.

O hospital: uma organização complexa

O Ministério da Saúde no Brasil define hospital como parte integrante de

uma organização médica e social, cuja função básica consiste em proporcionar

à população assistência médica integral, curativa e preventiva, sob quaisquer

regimes de atendimento, inclusive o domiciliar. Define, também, como sendo

um centro de educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisa em

saúde, bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe supervisionar

e orientar estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente.

Assim como a ciência, os hospitais devem seguir os passos da evolução,

lembrando-se, a todo instante, que nunca deve haver um desencontro entre o

que a medicina se propõe a oferecer aos pacientes e o que estes buscam.

Melhor relacionamento, atendimento impecável de toda a equipe do hospital,

bom acolhimento e competência são fatores que não devem ser esquecidos

pela equipe de saúde no contato com pacientes.

Processo de produção de serviços

Hoje no hospital moderno não se encontra mais espaço para

administradores amadores que exercem suas atribuições em tempo parcial e de

forma improvisadas sem planejamento e sem dedicação. Como qualquer

empresa de prestação de serviços e de fabricação de produtos, o controle dos

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processos produtivos é essencial para o gerenciamento em todos os níveis,

desde a Diretoria até o serviço de limpeza do hospital.

Entende-se por processo, "o conjunto de causas responsável por um ou

mais efeitos".(6) O hospital, sendo uma empresa prestadora de serviço, é

também um conjunto de processos de serviços, que foram classificados por

Uriel Zanon(3) em duas categorias: processos administrativos e processos

médico - assistenciais. Este último doravante denomina-se simplesmente de

processos assistenciais.

O hospital, sendo uma empresa prestadora de serviço, é entendido por

Zanon (3) como um conjunto de processos de serviços, que foram classificados

em duas categorias: processos administrativos e processos assistenciais (já

discutidos na revisão de literatura).

Dentro desta ótica, os processos de atuação da enfermagem estão

inseridos diretamente nos processos assistenciais do hospital, sendo

considerado uma área de atividade-fim, pois suas ações estão relacionadas

diretamente com as finalidades da instituição de saúde. Todavia, interage com

os demais processos da instituição para produzir o efeito principal que é o

cuidado, cuja qualidade ao final, depende da eficiência e da eficácia de cada

um deles e da interação destes processos.

O paciente 'cuidado', os cuidados de enfermagem prestados ou a

assistência de enfermagem realizada são apontados como o produto do sistema

de enfermagem. Este sistema visa prestar assistência para atender as

necessidades de cuidados de saúde do cliente. O paciente vem buscar o

tratamento e os cuidados que requerem como insumos: pessoal, material e

informações, num processo de produção caracterizado pela prestação de

serviços.(12) Portando, o cuidado/assistência prestado é visto como o produto

final do processo produtivo da enfermagem.

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Na descrição de um serviço os atributos de valor se destacam também

pelos aspectos relativos a facilidade de suporte, produtos facilitadores, serviço

explícito e serviço implícito.

Os processos de produção na Enfermagem têm como resultado os

serviços prestados. O resultado pretendido ou proposto é o produto. O

"curativo", por exemplo, caracteriza um produto, pois a Enfermagem visa obter

uma "ferida limpa" ou o "curativo realizado". A literatura específica de produção

de serviços, sugere uma decomposição do produto em um pacote (de serviços).

Neste contexto temos:

O serviço explícito (ferida limpa/desinfectada e orientações realizadas).

O serviço implícito (melhora do processo evolutivo da ferida, sensação

de conforto do paciente, sensação agradável e carinho dispensado durante a

realização do curativo).

Mercadorias facilitadoras (pinças, antissépticos, gases, micropore e

outros produtos e materiais utilizados).

Instalações de apoio (cama ou maca, mesa acessória, quarto de hospital,

entre outros).

Deve-se atentar para o que o cliente necessita, mas numa relação de

mercado, também é essencial sabe o que o cliente valoriza na sua compra.

Quanto a este último, o cliente pode atribuir um valor maior à parte implícita do

serviço ou às instalações, por exemplo, do que ao serviço explícito.

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Processo de produção administrativa na enfermagem

O diagrama mostra o quanto complexas e articuladas são as ações de

enfermagem. Estas devem ser integradas e bem planejadas. As atividades

administrativas e assistenciais são interdependentes e necessárias para um

cuidado bem planejado e livre de riscos.

Mesmo inseridas no processo assistencial, as atividades realizadas pela

enfermagem envolvem um grande volume de ações administrativas que não

podem ser desconsiderados na analise de sua produtividade. O processo de

produção administrativa da enfermagem nas instituições hospitalares constitui-

se num sistema dinâmico e complexo, servindo de cenário inesgotável de

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estudo para compreensão das estratégias de ação e dos processos

organizativos.

A Enfermagem como sistema de produção, tem produtos basicamente

técnico-assistenciais. Mas também produz atividades técnico-administrativas e

administrativas. E produto em atividades administrativas é, igualmente, o

resultado do sistema de produção do serviço.

Estes produtos são os meios utilizados para prestação da assistência, os

serviços burocráticos e os de apoio assistencial. Ou seja, há o ato intencional de

produzir algo útil, que não é o cuidado de Enfermagem, mas lhe dá suporte,

como, preencher formulários de admissão ou prontuários, prestar informações,

treinar a equipe, solicitar consertos, medicamentos e materiais, elaborar escalas

de serviço e de férias, entre outros.

A enfermagem no centro cirúrgico

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Todos estes processos são importantes para entendermos os modelos de

gestão nas mais diversas organizações de enfermagem.

No centro cirúrgico a importância da assistência sistematizada assume

papel primordial.

Na atualidade a organização do processo de trabalho no centro cirúrgico

passa sempre pelo enfermeiro. Portanto, este profissional deve buscar a

capacitação constante, pois o mesmo para ser um bom gerente e administrador

tem que conhecer na essência o funcionamento do centro cirúrgico.

O coordenador de enfermagem no centro cirúrgico deve conhecer a

respeito do funcionamento de equipamentos, novas tecnologias, prevenção e

controle de infecção hospitalar, domínio sobre os mais variados tipos de

cirurgia, administração de recursos humanos e materiais. Além disto, o

enfermeiro tem que conhecer os riscos ocupacionais existentes no ambiente

trabalho.

Riscos ocupacionais são condições e situações existentes no ambiente de

trabalho que podem ocasionar dano, doenças e agravos à saúde do

trabalhador. São classificados em 5 grupos e temos que ter ciência a respeito

deles, pois o CC praticamente tem todos os riscos ocupacionais presentes em

seu ambiente.

Os administradores ao planejarem normas e rotinas de trabalho tem que

ter estes conhecimentos para evitar que os trabalhadores de saúde, em

particular os de enfermagem, sejam expostos a riscos no ambiente de trabalho.

Alguns riscos existentes são:

Químicos (aerossóis, poeiras, gases anestésicos);

Físicos (temperatura, iluminação, ruído);

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Biológicos (bactérias, fungos, vírus, protozoários);

Ergonômicos (postura em pé prolongada, má postura, sobrecarga de

trabalho, trabalho noturno, pressão de chefias, estresse);

Riscos de acidentes (macas com defeito, equipamentos danificados,

materiais em condições precárias).

Segue abaixo tabela com classificação dos principais riscos.

Classificação dos Principais Riscos Ocupacionais em Grupos, de Acordo com sua Natureza

e a padronização das Cores Correspondentes.

Grupo 1

Verde

Grupo2

Vermelho

Grupo 3

Marrom

Grupo 4

Amarelo

Grupo5

Azul

Riscos

físicos

Riscos

químicos

Riscos

Biológicos

Riscos

ergonômicos

Riscos de

acidentes

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Ruídos

Vibrações

Radiações ionizantes

Radiações não

ionizantes

Frio

Calor

Pressões anormais

Umidade

Poeiras

Fumos

Névoas

Neblinas

Gases

Vapores

Substâncias, compostos ou

produtos químicos

Vírus

Bactérias

Protozoários

Fungos

Parasitas

Bacilos

Esforço físico intenso

Levantamento e transporte

manual de peso

Exigência de postura

inadequada

Controle rígido de produtividade

Imposição de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornadas de trabalho

prolongadas

Monotomia e repetitividade

Outras situações causadoras de

stress físico e/ou psíquico

Arranjo físico inadequado

Máquinas e equipamentos sem

proteção

Ferramentas inadequadas ou

defeituosas

Iluminação inadequada

Eletricidade

Probabilidade de incêndio ou explosão

Armazenamento inadequado

Animais peçonhentos

Outras situações de risco que poderão contribuir para a

ocorrência de acidentes

Todos estes conhecimentos são fundamentais para o planejamento da

assistência de enfermagem ao paciente cirúrgico, que deve ser livre de riscos,

humanizada e individualizada.

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Tratamento cirúrgico

Classificação das cirurgias

Quanto a urgência cirúrgica

Eletiva:

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Procedimento cirúrgico proposto e que pode ser programado. Ex:

gastrectomia, mamoplastia.

Urgência:

Tratamento cirúrgico que requer pronta intervenção. Deve ser realizado

no máximo em 24 a 48horas. Ex: apendicectomia.

Emergência:

Requer intervenção cirúrgica imediata, devido ao risco de agravamento

do quadro e morte. Ex: ferimento por arma de fogo.

Outra classificação é com relação ao porte da cirurgia:

Pequeno porte:

Pequena probabilidade de perda sanguínea ou fluido. Ex: endoscopia.

Médio porte:

Com media probabilidade de perda de fluido e sangue. Ex: prótese de

quadril.

Grande porte:

Grande probabilidade de perda sanguínea e fluidos. EX: cirurgias arteriais

e emergenciais.

Quanto ao tempo de duração podem ser classificadas em:

Porte I

Tempo de duração de ate duas horas. Ex: rinoplastia.

Porte II

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Tempo de duração entre 2 e 4 horas. Ex. gastrectomia.

Porte III

Tempo de duração entre 4 e 6 horas. Ex. craniotomia.

Porte IV

Cirurgias com duração acima de 6 horas: pneumectomia.

Quanto ao potencial de contaminação de cirurgia:

Limpa:

Eletiva, fechada, sem traumas e presença de drenos. Realizadas em

tecidos estéreis ou possíveis de descontaminação., na ausência de processo

infeccioso.cirurgias onde não ocorreram penetrações nos tecidos urinários,

digestivos e respiratórios.

Cirurgias potencialmente contaminadas

Realizada em tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa ou em

tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e

inflamatório, e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Ex:

colecistectomia com colangiografia.

Cirurgia contaminada

Realizada em tecido aberto e recentemente traumatizados, contaminados

abundantemente por bactérias, descontaminação difícil ou impossível,

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presenças de inflamação aguda na incisão, cicatrização de segunda intenção,

ou grande contaminação a partir do tubo digestivo.

Cirurgia infectada

São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou

órgão em presença de processo infeccioso, tecido necrótico, corpos estranhos e

feridas sujas. Ex: cirurgias de reto contaminada.

Tempos cirúrgicos

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São quatro tempos básicos:

1- Diérese

Rompimento da continuidade dos tecidos, para atingir uma região ou

órgão. Pode ser física ou mecânica.

Podemos citar como exemplos na mecânica:

Punção: realizada através da introdução de uma agulha ou trocarte nos

tecidos, sem entretanto, seccioná-los. Normalmente é utilizado para

drenagem de secreção de tecidos, coleção liquida de cavidades ou do

interior de órgãos, colheita de líquidos, fragmentos para exames

diagnósticos, biopsias, injeção de medicamentos e contrastes.

Secção: segmentação dos tecidos com uso de material cortante.

Divulsão: realizada através dos tecidos por planos anatômicos com

tesouras rombas, tentacânulas ou afastadores.

Curetagem: raspagem da superfície de um órgão com auxilio de um

cureta.

Dilatação: visa aumentar a luz de um órgão tubular.

A diérese física tem os seguintes exemplos:

Térmica: utiliza o calor, cuja fonte é a energia elétrica, através de bisturi

eletrônico.

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Crioterapia: utiliza o frio, resfriamento intenso e repentino da área que

vai ser operada. Normalmente utiliza o nitrogênio liquefeito.

Raio laser: é um bisturi que utiliza feixe radiação infra vermelho com alta

intensidade. O mais utilizado e o laser de dióxido de carbono.

2º tempo

2- Hemostasia

Consiste em deter, impedir sangramento. Pode ser realizado

simultaneamente ou individualmente por meio de pinçamento ou

ligadura de vasos, eletrocoagulação ou compressão. A hemostasia se

inicia no pré operatório imediato, quando são solicitados exames para

verificar o tempo de coagulação, TAP e PTT(tempo de atividade

protombina)

A hemostasia pode ser classificada em:

Preventiva: realizada através do uso de medicamentos e cirurgia. A

medicamentosa pode ser através da realização de exames pré

operatórios, enquanto a cirúrgica ocorre com a finalidade de interromper

a circulação durante a cirurgia, de forma temporária ou definitiva.

Urgência: realizada em condições desfavoráveis na maioria das vezes e

com material improvisado, através de garroteamento e compressão

digital.

Curativa: realizada durante procedimento cirúrgico. Pode ser

medicamentosa (drogas vasoconstrictoras), mecânica (esponjas

sintéticas e compressão), física (bisturi), ou biológica (absorvente).

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Terceiro tempo

3- síntese

Realizada através da união dos tecidos, que será mais perfeita quanto

mais anatômica for a separação para facilitar o processo de cicatrização

e restabelecer a continuidade tecidual por primeira intenção. Pode ser

realizada da seguinte maneira:

Cruenta: realizadas através de suturas e fios cirúrgicos removíveis ou

permanentes.

Incruenta: aproximação dos tecidos com utilização de gessos,

esparadrapos e ataduras.

Completa: é a aproximação dos tecidos, realizada em toda a extensão

da incisão cirúrgica.

Incompleta: aproximação incompleta em toda a extensão da ferida em

conseqüência da colocação de drenos.

Imediata: ocorre imediatamente após a segmentação deles por

traumatismos.

Mediata: refere-se a união dos tecidos após algum tempo depois do

rompimento da contigüidade deles.

Instrumentais, agulhas e fios

São agrupados da seguinte maneira:

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Instrumental de diérese:

Constituído por: bisturis, tesouras, serras, agulhas, trépanos, ruginas e

outros, utilizados em cirurgias gerais assim como especiais.

O bisturi é o melhor instrumento para a secção dos tecidos, sendo um

instrumental de corte por excelência. A maioria dos bisturis permite o

acoplamento de lâminas descartáveis. Os cabos de bisturi são

designados por números. Quanto menor o número, menor a lâmina.

Instrumental para hemostasia:

Destina-se ao pinçamento de vasos sangrantes. Representados por

pinças na forma reta ou curva. Ex: Kelly, hasteld, rochester. As pinças

hemostáticas são usadas em situações que exigem instrumentais mais

longos. As pinças atraumaticas são usadas para hemostasia temporária.

Instrumental para a preensão

Destinado a suspender as vísceras e órgãos, como as pinças elásticas e

pinças com anéis e cremalheira.

Instrumental para separação

Formado por afastadores, é destinado à exposição permitindo a melhor

visualização da cavidade cirúrgica. Os afastadores são divididos em dois

grupos: auto-estáticos e dinâmicos.

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Os auto estáticos são utilizados para abertura da cavidade

abdominal. Os mais utilizados são: Gosset, Balfour, e para a cirurgia

torácica, o Finochietto. Os afastadores Weitlaner, Gelpi, Alm são mais

utilizados em cirurgias superficiais.

Os afastadores dinâmicos são utilizados para a separação e

abertura do campo operatório em diversas áreas do corpo. Nas

operações do abdômen os mais utilizados são Valvas de Doyen e

suprapúbicas. Nas cirurgias torácicas são utilizados os afastadores

Harrington, Deaver, Allison, Coryllos e Davidson. Nas cirurgias mais

suerficiais ou na apresentação de órgãos específicos, podem ser

utilizados os afastadores, planos como Farabeuf, Langenbeck.

Outros exemplos são espátulas de Reverdin, muito utilizado em

cavidade abdominal.

Instrumental e material para síntese

Representado por agulhas de sutura, porta agulhas, fios

cirúrgicos, grampos e fitas adesivas de pele.

Características importantes na escolha do fio cirúrgico

Manter a força de tensão por tempo suficiente até que a cicatriz

adquira sua própria resistência frente aos estímulos mecânicos.

Ser um material inerte provocando o mínimo de reação tecidual.

Tipo de tecido a ser suturado

Configuração física

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Refere-se a composição dos fios quanto a seus filamentos.

Pode ser monofilamentar quando se compõe de um único

filamento ou multifilamentar quando possui mais de um filamento, com

varias fibras trançadas constituindo-se em um único fio.

Capilaridade:

Refere-se a capacidade de captar e absorver líquidos ao longo do

fio cirúrgico. Os fios multifilamentares possuem esta característica,

portanto podem apresentar maior aderência microbiana.

Diâmetro:

Determinado em milímetros e expressos em tamanhos com zero.

Quanto menor o diâmetro maior o número de zeros. A numeração varia

de sete até dez zeros.

Força de tensão:

Quantidade de peso necessária para ruptura do fio cirúrgico.

Força do nó:

Força necessária para fazer com que um certo tipo de nó desliza

parcial ou completamente. Os fios multifilamentares apresentam um

coeficiente de atrito mais elevado permitindo uma fixação mais segura.

Elasticidade:

Capacidade inerente do fio cirúrgico em recuperar a forma e o

comprimento originais depois de um estiramento. A elasticidade contribui

para diminuir a possibilidade de romper as bordas da incisão cirúrgica ou

favorecer uma estenose.

Memória:

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Capacidade do fio cirúrgico retornar a sua forma original mesmo

depois de deformado, geralmente após um nó. Quando um fio apresenta

alta memória, oferece menor segurança ao nó.

Manuseio:

Relacionado à rigidez do fio. Um fio cirúrgico com alto coeficiente

de fricção tende a deslizar com dificuldade através do tecido.

Reação tecidual:

Como toda substancia estranha o fio pode ocasionar reação

tecidual. A reação começa quando o fio agride o tecido durante a

introdução e pode persistir de acordo com a composição dele.

Classificação dos fios cirúrgicos

Absorvíveis:

São fagocitados, hidrolisados, degradados e assimilados pelo

tecido em são implantados. Os de origem animal são fagocitados por

meio de atividade enzimática durante o processo de cicatrização. Os de

origem sintética são hidrolizados quando da reação com as moléculas de

água dos líquidos corporais, que se degradam e são assimiladas pelos

tecidos em cicatrização. São sintéticos ou biológicos.

Fios cirúrgicos biológicos

São conhecidos como catgut que são obtidos da submucosa do

intestino delgado de ovinos ou serosa de bovinos. Conforme o tempo de

absorção podem ser simples ou cromados. Os simples apresentam

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absorção mais rápida, em torno de oito dias,e os cromados apresentam

absorção mais lenta em torno de vinte dias.

O catgut cromado é indicado em tecidos de difícil cicatrização com

as estruturas do intestino e útero.

O categut simples e o cromado precisam ser mantidos em solução

alcoólica para que suas propriedades sejam preservadas, além da

proteção da luz e das grandes variações de temperatura, por isso são

embalados em envelope primário aluminizado.

Quando é removido de sua embalagem e não usado

imediatamente, o álcool evapora e o fio perde sua flexibilidade. Para

recuperar sua flexibilidade, pode-se mergulhar o fio em água estéril ou

soro fisiológico, entretanto o umedecimento excessivo pode reduzir a

força de tensão.

Fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos

Acido poliglicólico:

Fio multifilamentar com excelente maleabilidade e tem sido

empregado em larga escala como substituto de fios absorção lenta e dos

inabsorvíveis. O ácido poliglicólico é um material sintético obtido por

meio da polimerização do ácido glicólico, de fácil manuseio, forte, flexível

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e de boa tolerância. São utilizados em anastomoses gastrointestinais,

cirurgias ginecológicas, cirurgias urológicas e gerais.

Polímeros sintéticos monifilamentares mais recentes

São monofilamentares, maleáveis e mantém a resistência por um

período mais prolongado que os sintéticos multifilamentares. Indicado

quando se deseja um apoio prolongado para a ferida como no

fechamento de tecidos para pacientes idosos ou oncológicos.

Os fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos também são embalados

em envelope promário aluminizado, porém seco, para sua proteção

contra umidade, luz e variação de temperatura.

Fios cirúrgicos não absorvíveis:

São resistentes à digestão enzimática em tecido animal vivo. São

biológicos e sintéticos.

Fio cirúrgico não absorvível biológico

O exemplo mais comum é o algodão de baixo custo, fácil

esterilização e baixa reação tecidual. Indicado em tecidos de fácil

cicatrização e contra indicado para suturas cutâneas devido à sua reação

tissualr.

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O fio de seda, de origem animal é outro exemplo. Ele é obtido de

diversas espécies de bicho da seda.

Fios cirúrgicos não absorvíveis sintéticos

São quatro grupos:

Poliamida- caracteriza-se pela elasticidade e resistência à água.

Pode ser mono ou multifilamentar. Fio de pouca reação, mas de difícil

manipulação, duro, corrediço e pouca segurança de manutenção de nó.

Poliéster- apresenta-se sob a forma simples, revestido de teflon

ou siliconizado. Fio de difícil manejo por ser corrediço. Para que isso não

ocorra, normalmente se adiciona teflon e silicone, mas estes materiais

podem se dissociar e provocar reação tecidual. Utilizados em estruturas

que requerem grande resistência à tração.

Polipropileno- devido a reação tecidual mínima é recomendado

para síntese de tecidos contaminados. É indicado nas cirurgias

cardiovasculares.

Metálico- constituído de aço inoxidável e tântalo. Utilizado em

tenorrafia, neurorrafias e fechamento de parede abdominal.

Agulhas cirúrgicas

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Deve ser larga o suficiente, penetrante para ultrapassar a parede

tecidual, resistente para não dobrar e quebrar, tamanho e forma de

acordo com a sua finalidade.

São utilizadas na reconstrução dos tecidos, com a finalidade de

transfixar os tecidos, unindo estruturas, servindo de guia para os fios

cirúrgicos.

Quanto ao corpo as agulhas são retas e curvas(círculos de 3/8, ¼,

½ e 5/8) e semi-curvas específicas para cirurgia laparoscópica.

Quanto à ponta são cilíndricas, espatuladas, rombas ou

triangulares.

Quanto ao fundo podem ser traumáticas ou atraumáticas.

As agulhas retas geralmente são triangulares ou cilíndricas,

utilizadas na reconstrução de vísceras ocas, tendões, nervos e suturas

intradérmicas. Frequentemente são usadas com as mãos.

As agulhas curvas são triangulares ou cilíndricas. Tem um raio de

curvatura variável, adaptando-se a cada tipo de síntese. Normalmente

são utilizados com porta agulhas. As cortante são usadas para pele e

periósteo. As cilíndricas são usadas em estruturas e órgãos mais

profundos.

As agulhas atraumáticas, isto é, aquelas que já trazem o fio

montado, asseguram fácil penetração nos tecidos, sem deixar

lacerações, sendo o tipo mais universalmente utilizado. Nas traumáticas

os fios são montados no momento de uso e elas provocam dilacerações

nos tecidos.

As agulhas espatuladas são achatadas com bordas laterais

cortantes. São utilizadas em cirurgias ofltalmológicas.

Page 29: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

Grampos de pele

Utilizado em fechamento de pele. Quando usados de forma

correta tem excelente resultado.

Fitas adesivas de pele

Servem para aproximar a pele de feridas sujeitas à tensão estática

e dinâmica.

A escolha da fita para fechamento de pele se baseia na

capacidade adesiva e força tensiva para manterem as bordas da ferida,

intimamente aderidas e especialmente a sua porosidade para facilitar a

transmissão de umidade, evitando o acumulo de fluidos.

Instrumentos especiais

Pinça de abadie utilizada na cirurgia gastrointestinal para

anastomose gastroentérica.

Descolador de amígdalas na amigadalectomia.

Pinça Satinsky na cirurgia vascular.

Pinça Duval e Allis nas cirurgias uterinas.

Page 30: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

Instrumental de campo

São pinças que se destinam a fixação dos campos estéreis para

delimitação do campo operatório.

Têm tamanhos e formas variadas dando possibilidades diversas de

opções ao cirurgião.

Instrumental laparoscópico

Irrigador-aspirador

Utilizado para a irrigação e aspiração de fluidos corpóreos. Na

irrigação normalmente é utilizado o soro fisiológico.

Pinças, tesouras, afastadores e ganchos

Instrumentos de 5 e 10 mm que são inseridos na cavidade

abdominal e torácica através de trocantes para realização dos

procedimentos cirúrgicos.

Trocartes

Compostos de cânulas de 5, 10, 12 23 e 33 mm no interior das

quais um mandril é introduzido. O conjunto perfura a parede abdominal

Page 31: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

ou torácica. Uma vez no interior da cavidade, o mandril é retirado e a

cânula fica postada para a introdução de instrumentos. Normalmente nos

trocartes maiores se utiliza um redutor de diâmetros permitindo a

introdução de instrumental de menor diâmetro sem a perda de CO2.

Classificação de termos de acordo com designação

cirúrgica

prefixo Relativo a

adeno Glândula

Blefaro Pálpebra

Cisto Bexiga

Cole Vesícula

Colo Cólon

Page 32: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

Colpo Vagina

Entero Intestino delgado

Gastro Estômago

Histero Útero

Nefro Rim

Oftalmo Olho

Ooforo Ovários

Orqui Testículos

Osteo Osso

Oto Ouvido

Proto Reto

Rino Nariz

Salpingo Trompas

Traqueo Traquéia

Sufixo Relativo a

Anastomose Formação de passagem entre 2

orgãos

Centese Punção

Clise fechamento

Dese Ação de ligar, fixação, fusão

Ectomia Extirpação, excisão, remoção parcial

ou total

Lise Dissolução

Pexia Fixação de um órgão

Page 33: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

Plastia Alteração da forma de um órgão ou

função

Ráfia Sutura

Síntese Composição

Stasia Detenção, parada

Scopia Visualização do interior do corpo por

meio de aparelhos

Strofia Torção

Tomia Abertura de um órgão

Stomia Abertura de uma nova boca

Tripsia Esmagamento

Cirurgia Remoção de

Apendicectomia Apêndice

Cistectomia Bexiga

Colecistectomia Vesícula biliar

Colectomia Cólon

Craniectomia Calota óssea

Embolectomia Êmbolo

Esofagectomia Esôfago

Esplenectomia Baço

Page 34: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

Fistulectomia Fístula

Gastrectomia Parcial ou total do estômago

Hemorroidectomia Hemorróidas

Hepatectomia Parcial do fígado

Histerectomia Útero

Lobectomia Lobo de um órgão

Mastectomia Mama

Ooforectomia Ovários

Miomectomia Mioma

Pancreatectomia Pâncreas

Pneumectomia Pulmão

Prostatectomia Próstata

Retosigmoidectomia Reto sigmóide

Salpingectomia Trompas

Simpatectomia Segmentos selecionados do SN

simpático produzindo vasodilatação

Tiroidectomia Tireóide

Cirurgia Para fixação

Cistopexia Bexiga

Histeropexia Útero à parede abdominal

Nefropexia Rim à parede abdominal

Retinopexia Retina

Orquiopexia Testículos em sua bolsa

Page 35: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

Cirurgia Alterar forma e/ou função

Artroplastia Articulação para restaurar movimento

e função

Blefaroplastia Pálpebras

Mamoplastia Mamas

Piloroplastia Piloro

Queiloplastia Lábios

Rinoplastia Nariz

Ritidoplastia Rugas da face

Salpingoplastia Trompa para recanalização

Toracoplastia Parede torácica

Procedimento Sutura de

Blefarorragia Pálpebra

Colporrafia Vagina

Gastrorrafia Estômago

herniorrafia Hérnia

Osteorrafia Sutura ou colocação de fio metálico

no osso

Palatorrafia Fenda palatina

Page 36: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

Perineorrafia Períneo

Tenorrafia Tendão

Procedimento Visualização

Artroscopia Articulação

Broncoscopia Brônquios

Cistoscopia Bexiga

Colonoscopia Cólon

Colposcopia Vagina

Duodenoscopia Duodeno

Endoscopia Órgãos internos

Esofagoscopia Esôfago

Laringoscopia laringe

Gastroscopia Estômago

Laparoscopia Cavidade abdominal

Sigmoideoscopia Sigmóide

Ureteroscopia Ureter

Ventriloscopia Ventrículo cerebral

Cirurgia Para abertura

Artrotomia Articulação

Broncotomia Brônquios

Cardiotomia Cárdia

Cistostomia Abertura na bexiga para drenagem

Por sonda

Colecistostomia Colocação de dreno na vesícula biliar

coledocolitotomia Do colédoco para retirada de cálculo

Page 37: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

Coledocotomia Exploração do colédoco

Duodenotomia Duodeno

Enterostomia Do cólon através da parede abdominal

Gastrostomia Colocação de uma sonda no estômago

através da parede abdominal

Hepatotomia Fígado

Ileostomia Colocação de dreno ou sonda no íleo

Jejunostomia Colocação de sonda no jejuno

Laparotomia Da cavidade abdominal

Nefrostomia Colocação de sonda no rim

Tenotomia Do tendão

Toracotomia Da parede torácica

Toracostomia Da parede do tórax para drenagem

Traqueostomia Da traquéia para facilitar a passagem

do ar

ureterolitotomia Do ureter para retirada de cálculo

Cirurgia Para abertura e

Amputação Remoção de um membro

Anastomose Conexão e sutura de dois órgãos ou

vasos

Artrodese Fixação cirúrgica de articulações

Bartolinectomia Retirada de cisto de Bartholin

Page 38: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

Biópsia Remoção de tecido para exame

Cauterização Destruição de tecido através do calor

ou agente cáustico

Cesareana Retirada do feto através de incisão

suprapubica

Circuncisão Ressecção da pele do prepúcio que

cobre a glande

Cistocele Queda da bexiga

Curetagem uterina Raspagem e remoção do conteúdo

uterino

Deiscência Separação de bordos previamente

separados e unidos

Dissecção Corte

Divertículo Bolsa que sai da cavidade

Enxerto Transplante de órgãos ou tecidos

Episiotomia Incisão perineal destinada a evitar a

rutura do períneo durante o parto

Evisceração Saída de vísceras da sua cavidade

Fístula Orifício que coloca em comunicação

parte de um órgão, cavidade ou foco

supurativo com a superfície cutâneo

ou mucosa.

Goniotomia Cirurgia de glaucoma

Onfalectomia Remoção do umbigo

Bursh Levantamento da bexiga

Hammsted Correção de estenose pilórica

Manchester Correção de prolapso de útero

Paracentese Punção da cavidade abdominal para

retirada de líquido

Ressecção Retirada de parte de órgão

Retocele Protusão de parte do reto

Page 39: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

Toracocentese Punção da cavidade torácica

varicocele Veias dilatadas no escroto

Vasectomia Corte de um segmento do canal

deferente para controle da natalidade

Anexos

Exemplos de instrumentais

Page 40: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

pinça z clamp

Page 41: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

fotófaro

Page 42: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

farabeus

Page 43: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

pinça adson

pinça anatômica

Page 44: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

tesoura

tesoura metzembaum

cabo de bisturi

Page 45: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

gancho de Gilles

porta agulha

Page 46: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

instrumental em mesa cirúrgica

tongs

forceps

Page 47: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

pinça de allis

colocação dos campos e arrumação do

instrumental

Page 48: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

Bisturi eletrônico

autoclave

Page 49: 52411552-Gestao-em-Centro-Cirurgico-e-Instrumentacao

Bibliografia

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