5-cadeia de transporte e fosforilacao -...
TRANSCRIPT
Profª Eleonora – Slide de aula
Cadeia de Transporte de ElCadeia de Transporte de Eléétrons trons e e
FosforilaFosforilaçção Oxidativaão Oxidativa
Profª Eleonora – Slide de aula
� O NADH pode transferir seus elétrons para a NADH redutase, mas não os transfere diretamente para a ubiquinona ou para o citocromo.
Cadeia de Transporte de Elétrons ou Cadeia Respiratória
Os transportadores de elétrons sempre funcionam em uma seqüência determinada
� Os potenciais redox-padrão dos componentes da cadeia são sucessivamente mais positivos quando se encaminham em direção ao oxigênio.
� Os elétrons tendem a fluir dos sistemas eletronegativos para os eletropositivos, levando a uma diminuição da energia livre.
� Cada membro da cadeia é específico para um dado doador e para um dado receptor de elétrons.
� Complexos bem estruturados do sistema transportador de elétrons foram isolados da membrana mitocondrial interna.
Profª Eleonora – Slide de aula
Complexo I = NADH-Ubiquinona Redutase; Complexo II = Succinato-Ubiquinona Redutase; Complexo III = Ubiquinol-Citocromo C Redutase; Complexo IV = Citocromo OxidaseComplexo I = NADH-Ubiquinona Redutase; Complexo II = Succinato-Ubiquinona Redutase; Complexo III = Ubiquinol-Citocromo C Redutase; Complexo IV = Citocromo Oxidase
Esquema dos complexos transportadores de elétrons da Cadeia Respiratória
� A cadeia respiratória consiste de uma seqüência de reações redox pela qual os elétrons são transferidos das coenzimas reduzidas (NADH ou FADH2) para o oxigênio.
Profª Eleonora – Slide de aula
Fluxo de elétrons e prótons na cadeia respiratória
Profª Eleonora – Slide de aula
Complexos transportadores de elétrons
� Isolados como conjuntos funcionais
Profª Eleonora – Slide de aula
NADH FMN Fe-Sred CoQ Fe-Sred CiT. c1oxid CiT. cred CiT. aoxid Cu (I) CiT. a3oxid H2O
NAD+ FMNH2 Fe-Soxid CoQH2 Fe-Soxid CiT. c1red CiT. coxid CiT. ared Cu (II) CiT. a3red ½ O2
Succinato Fumarato
FAD FADH2
Complexo II
Ciclo Q
Cit. b Complexo I Complexo IV
Complexo III
Esquema do transporte de elétrons
Os co-fatores reduzidos (NADH e FADH2) podem transferir seus elétrons para substratos específicos da cadeia de transporte de elétrons, a seguir, os elétrons são transferidos sucessivamente para outro substrato.
Deste modo, parte da energia liberada na oxidação do primeiro substrato pode ser utilizada para impulsionar a redução de um segundo substrato.
Profª Eleonora – Slide de aula
FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
� Os componentes da cadeia de transporte de elétrons estão organizados em ordem crescente de potenciais de oxido-redução, desde as coenzimas reduzidas até o oxigênio.
� As transferências de elétrons de um componente para o seguinte constituem reações de óxido-redução que se processam sempre com liberação de energia, que é aproveitada para a síntese de ATP.
� O processo chamado fosforilação oxidativa se refere à fosforilação do ADP em ATPutilizando a energia liberada por essas reações de óxido-redução.
Teoria quimiosmótica(proposta por Mitchell)
� A energia livre do transporte de elétrons é conservada pelo bombeamento de H+ da matriz mitocondrial para o espaço intermembrana.
� Esta translocação de prótons cria um gradiente de concentração de H+ e de carga elétrica através da membrana mitocondrial interna.
� O potencial eletroquímico desse gradiente é aproveitado para a síntese de ATP.
Profª Eleonora – Slide de aula
Potencial redox de alguns sistemas biológicos
Observação: Em Bioquímica, as formas reduzidas (AH2) e oxidadas (A) do substrato têm nomes diferentes. Por exemplo, a forma oxidada do ácido succínico (ou succinato) é o ácido fumárico (ou fumarato).
� A partir destes valores é possível calcular, não só a variação de potencial de uma reação de oxidação-redução, como a variação de energia livre que acompanha essa transformação.
+ 0,812H2OO2
+ 0,281Citocromos a/a3 (+2)Citocromos a/a3 (+3)
+ 0,251Citocromo c (+2)Citocromo c (+3)
+ 0,221Citocromo c1 (+2)Citocromo c1 (+3)
+ 0,102Coenzima QH2Coenzima Q
+ 0,041Citocromo b (+2)Citocromo b (+3)
+ 0,03 2Ácido succínicoÁcido fumárico
- 0,122FMNH2FMN
- 0,172Ácido málicoÁcido oxaloacético
- 0,192Ácido lácticoÁcido pirúvico
- 0,202EtanolAcetaldeído
- 0,222FADH2FAD
- 0,292Ácido lipóico (reduzido)Ácido lipóico (oxidado)
- 0,322NADH+H+ (NADPH+H+)NAD+ (NADP+)
- 0,382Ácido isocítricoÁcido α-cetoglutárico
- 0,422H22 H+
- 0,431Ferredoxina (reduzida)Ferredoxina (oxidada)
- 0,672Ácido α-cetoglutáricoÁcido Succínico + CO2
E0’ (V)nRedutorOxidante
Profª Eleonora – Slide de aula
- 52,2+ 1,13
- 24,5 (*)+ 0,53cit a/a3 (+2) + 1/2 O2 + 2 H → cit a/a3 (+3) + H2O
- 1,4+ 0,03cit c (+2) + cit a/a3 (+3) → cit c (+3) + cit a/a3 (+2)
- 1,4+ 0,03cit c1 (+2) + cit c (+3) → cit c1 (+3) + cit c (+2)
- 8,3 (*)+ 0,18cit b (+2) + cit c1 (+3) → cit b (+3) + cit c1 (+2)
+ 2,8- 0,06QH2 + cit b (+3) → Q + cit b (+2)
- 10,2 (*)+ 0,22FMNH2 + Q → FMN + QH2
- 9,2 (2)0,20 (1)NADH + H+ + FMN → NAD+ + FMNH2
∆G0’ (**)(kcal/mol NADH)
∆E0’(volt)
Reações
Etapas da Cadeia Respiratória que Permitem a Fosforilação do ADP em ATP� A designação fosforilação oxidativa resulta da possibilidade de conjugação entre oxirredução e fosforilação de ADP a ATP.
� Como a formação de ATP a partir de ADP + Pi necessita de cerca de 7,5 kcal, poder-se-ia concluir que cada etapa da cadeia respiratória na qual a energia liberada fosse superior a 7,5 kcal permitiria a síntese de 1 ATP. De fato, não é essa, exatamente, a estequiometria do processo. Mas são, sem dúvida, essas etapas que geram energia para a síntese do ATP.
(1) Obtêm-se fazendo E0’ (FMN/FMNH2) – E0’ (NAD+/NADH) = - 0,12 – (- 0,32) V(2) Coenzima Q (Q) é móvel. Do NADH à Q pode-se contar como uma única etapa.No caso do aceptor ser o FAD esta primeira etapa é “saltada”.
(*) Etapas capazes de gerar ATP(**) Variação de energia livre: ∆G0’ = - n F ∆E0’ � Onde: n = 2; F = equivalente energético do Faraday
(23,06 kcal.volt-1. mol-1); ∆E0’ = diferença entre o potencial de oxirredução de dois sistemas
Profª Eleonora – Slide de aula
� A teoria quimiosmótica, para explicar o mecanismo de fosforilação oxidativa e o seu impacto no campo de bioenergética, rendeu a Peter Mitchell o prêmio Nobel em 1978.
Modelo Quimiosmótico para Mitocôndria
Profª Eleonora – Slide de aula
Transporte de elétrons acoplado a fosforilação oxidativa
Estrutura da ATP sintase
Quando o co-fator (NADH ou FADH2) é oxidado por transferir seus elétrons ao O2, a energia livre érecuperada e utilizada para impulsionar a formação de ATP.
� O ATP formado é exportado da mitocôndria e fornece a energia necessária para o metabolismo celular
Profª Eleonora – Slide de aula
Acoplamento da produção de ATP ao transporte de elétrons
� As reações de oxidação que liberam energia originam o bombeamento de prótons e, consequentemente, o gradiente de pH pela membrana mitocondrial interna.
� Além do gradiente de pH há uma diferença de voltagem pela membrana, formada pelas diferenças de concentração de íons nos lados interno e externo. A energia do potencial eletroquímico (queda de voltagem) pela membrana é convertida em energia química armazenada pelo ATP no processo de acoplamento.
� Um termo chamado razão P/O é usado para indicar o acoplamento da produção de ATP ao transporte de elétrons.
� A razão P/Orazão P/O fornece o número de moles de Pi (ADP + Pi → ATP) consumidos, para cada mol de átomos de oxigênio (½ O2 + 2 H+ + 2 e- → H2O) consumidos na reação .
� O oxigênio é o aceptor final de elétrons do NADH e ½ mol de moléculas de O2 (um mol de átomos de oxigênio) é reduzido para cada mol de NADH oxidado.
� A razão P/O determinada experimentalmente é 2,5 quando o NADH é o substrato oxidado. A razão P/O é 1,5 quando FADH2 é o substrato oxidado (valor experimental).
Observação: até recentemente, os bioquímicos utilizavam os valores integrais de 3 e 2 para as razões P/O por oxidação de NADH e FADH2, respectivamente. O consenso de números não-inteiros utilizados aqui destaca a complexidade do transporte deelétrons, da fosforilação oxidativa e da maneira como os dois estão acoplados.
Profª Eleonora – Slide de aula
½O2NADH → [FMN-FeS] → Q → [b FeS C1] → C → aa3
� � � H2ORotenona Antimicina A Cianeto
Monóxido de carbonoÁcido sulfúrico
½O2NADH → [FMN-FeS] → Q → [b FeS C1] → C → aa3
� � � H2ORotenona Antimicina A Cianeto
Monóxido de carbonoÁcido sulfúrico
Inibidores da Cadeia Respiratória
� Rotenona: Extremamente tóxico. Extraído de plantas e usado como veneno, pelos índios na Amazônia.�Bloqueia o transporte de elétrons entre NADH e Ubiquinona
� Antimicina A: Antibiótico tóxico. � Bloqueia o transporte de elétrons entre Ubiquinona e Citocromo C
� Cianeto� Bloqueia a redução do O2 pelo Citocromo aa3
Esquema da cadeia respiratória e os pontos de bloqueio no transporte de elétrons
Profª Eleonora – Slide de aula
Agentes Desacopladores
� Permitem que o transporte de elétrons ocorra na mitocôndria
� Impedem a fosforilação oxidativa do ADP em ATP
� Desacoplam a ligação essencial entre o transporte de elétrons e a síntese do ATP
Exemplo: 2,4-Dinitrofenol