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    Universidade Federal da BahiaInstituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável

    Colegiado do Curso de QuímicaCampus Edgard Santos, Estrada do Barrocão, Morada Nobre

    e-mail: [email protected] www.quimica.icad.ufba.br  

    Disciplina: Físico-Química Experimental – IAD 276

    Prof. Dr. Danilo Rodrigues de Souza

    PRÁTICA Nº 4 – DETERMINAÇÃO DE CONCENTRAÇÃO MICELAR CRÍTICA

    UTILIZANDO CONDUTIVÍMETRO

    1. 

    OBJETIVO

    Determinar a concentração micelar crítica de um surfactante por condutividade

    elétrica.

    2.  INTRODUÇÃO

    Surfactantes são agentes de superfície ativa (tensoativos), conhecidos popularmentecomo sabões e detergentes. São moléculas anfifílicas cujas estruturas moleculares

    caracterizam-se por apresentar, no mínimo, duas regiões distintas, uma hidrofílica (polar) que

    tem afinidade com a água e outra parte hidrofóbica (apolar) que tem afinidade com moléculas

    de gordura.

    Os surfactantes compreendem uma importante classe dentro da indústria farmacêutica

    e cosmetológica. Eles são à base dos detergentes, além de serem fundamentais para a

    composição de emulsões, microesferas, suspensões e aerossóis.Tipicamente, os tensoativos possuem a estrutura R – X, na qual R é uma cadeia de

    hidrocarboneto, variando entre 8 a 18 carbonos e X é o grupo polar. A depender desse grupo

    polar, os tensoativos podem ser classificados (ver Figura 1) em não-iônicos, catiônicos,

    aniônicos ou anfóteros1.

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    Figura 1. Classificação de alguns e

    tensoativos aniônicos, e estes, do po

    O tipo de tensoativo,

    condições do meio, tais comodeterminação da CMC2. Co

    comportamento de algumas d

    viscosidade, condutividade e

    solubilização de solutos), a C

    O tensoativo dodecilsu

    tensoativo aniônico muito uti

    alterações significativas, pridiminuição permite o aumen

    orgânicos de baixa polaridade

    representação quantitativa da

    A CMC pode ser cal

    medidas de soluções na prese

    a partir de uma solução de sur

    Figura 2. Condutividade específica

    emplos de surfactantes. O dodecilsulfato de sódio est

    nto de vista econômico são os que mais se destacam

    isto é, o tamanho da cadeia do hidrocar

    a concentração iônica, temperatura etc, sãoo a formação das micelas é acompanhad

    as várias propriedades físicas (tais como, es

    létrica, tensão superficial, pressão osmótic

    C pode então ser determinada por meio des

    lfato de sódio (SDS), é um composto anfifíli

    lizado. Quando presente em meio aquoso,

    cipalmente no que se refere à tensão suto da solubilidade de hidrocarbonetos e d3. Essa função solubilizadora que as micelas

    MC é o que as tornam importantes nos proc

    ulada por condutividade a partir dos resu

      ça de um surfactante. A figura 2 mostra a c

      factante.

    2

    á inserido na classe dos

    oneto agregada às

    importantes para apor alterações no

    palhamento de luz,

    a e capacidade de

    sas alterações 1.

    co, considerado um

    solução apresenta

    perficial, pois suaoutros compostos

    podem exercer e a

    essos industriais4.

    tados obtidos com

    ndutividade obtida

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    A C.M.C. será obtida no ponto de inflexão em que ocorre a formação de micelas

    quando a concentração alcança uma determinada concentração.

    3.  PARTE EXPERIMENTAL

    3.1.  Materiais, reagentes e equipamentos

    •  Água isenta de CO2.

    •  Dodecilsulfato de sódio (SDS) 0,04

    molL-1;

    •  Solução de Cloreto de sódio 0,01

    molL-1;

    •  Balança analítica;

    •  2 béqueres de 100 mL;

    •  4 pipetas de 10 mL;

    •  2 pipetas volumétricas de 50 mL;

    •  2 buretas de 50 mL;

    •  2 agitadores magnéticos;

    •  2 Condutivímetros com célula de

    condutância.

    3.2.  Metodologia

    1º Experimento

    Em um Becker de 100 mL, adicione com o auxílio de uma pipeta volumétrica 50 mL

    de água isenta de CO2. Deixe o Becker sob agitação. Em seguida adicione o eletrodo do

    condutivímetro (célula de condutância). Preencha uma bureta de 50 mL com a solução de

    SDS. Adicione ao Becker com água alíquotas de 0,5 mL de SDS até alcançar 20 mL. Entre

    uma alíquota e outra aguarde 20 segundos e anote o valor medido pelo condutivímetro.

    2º Experimento

    Em um Becker de 100 mL, adicione com o auxílio de uma pipeta volumétrica 50 mL

    de solução de NaCl. Deixe o Becker sob agitação. Em seguida adicione o eletrodo do

    condutivímetro (célula de condutância). Preencha uma bureta de 50 mL com a solução de

    SDS. Adicione ao Becker com água alíquotas de 0,5 mL de SDS até alcançar 20 mL. Entre

    uma alíquota e outra aguarde 20 segundos e anote o valor medido pelo condutivímetro.

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    4.  Resultados e discussão

    Construa gráficos para discutir seus resultados.

    Por que depois de uma determinada concentração ocorre essa mudança de

    comportamento da condutividade medida?

    Explique porque os resultados com o NaCl foram diferentes dos medidos com água.

    Essas respostas devem estar inseridas nas discussões.

    Bibliografia

    [1] SANTOS, F.K.G. et al. Determinação da concentração micelar crítica de tensoativos

    obtidos a partir de óleos vegetais para uso na recuperação avançada de petróleo. In: P & D

    PETRO, 4., 2007. Campinas. Anais do 4º P & DPETRO, Campinas: ABPG, 2007.

    [2] MORAES, S.L.; REZENDE, M.O.O. Determinação da concentração micelar crítica de

    ácidos húmicos por medidas de condutividade e espectroscopia. Química Nova, v. 27, n. 5, p.

    701-705, 2004.

    [3] RANGEL, R.N. Práticas de Físico-Química. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2006.

    [4] OLIVEIRA, H.P.M. et al. Determinação da Concentração Micelar Crítica de surfactantes

    (CMC) usando a técnica de Espalhamento de Luz Ressonante (RLS). In: Reunião Anual da

    Sociedade Brasileira de Química, 31., 2008. Anais da 31ª Reunião Anual da Sociedade

    Brasileira de Química: SBQ, 2008.