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NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA Profa. Dra. Léa Maria Moura Barroso Maio - 2011

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Page 1: Abordagem Sindromica Em DST.nov.2011.1

NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA

Profa. Dra. Léa Maria Moura Barroso

Maio - 2011

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NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA

Tem se tornado cada dia mais importantes por suas conseqüências sócio-econômicas.

A infecção pelo HIV - por suas características e evolução, é a DST de maior importância - morbidade - mortalidade - custos de assistência - conseqüências sociais.

Outras DST’s e particularmente as úlceras genitais - podem aumentar o risco de transmissão e adquirir o HIV em até 18 vezes.

Estudos revelam - que a infecção pelo HIV pode influir na prevalência de outra DST’s.

Estudos na Tanzânia (África) revelaram que com a implementação da ações de DST reduziu a incidência do HIV em 42%.

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No mundo estão entre os agravos à saúde mais comuns.

Magnitude não se conhece a real.

Estima-se que nos países em desenvolvimento as DST’s estão entre as 5 causas mais freqüentes de procura nos serviços de saúde.

OMS estimou em 1995 que a cada ano - surgem no mundo 330 milhões de casos novos de DST’s curáveis.

Aproximadamente: 1 milhão de infecções ocorrem a cada dia.

DST’s Alta morbidade podem:

Resultar: Infertilidade - Doenças - Neonatais e Infantis - Gravidez Ectópica - Câncer Anogenital e Óbito.

EPIDEMIOLOGIA DAS DST – prevalência da queixa de DST- estudo multicêntrico 2004

Grupos sífilis HIV HBV Gonorréia HPV HSV2

mulheres 3,6 0,9 2,4 0,4 36,2 39,0

Homens 4,2 1,5 3,4 2,4 3,2 18,3

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Histórico das Antigas como a humanidade

Lesões sifilíticas foram encontradas em ossos de esqueletos pré-histórico;

A gonorréia já é referida na bíblia no livro levítico - escrito por Moisés, cerca de 1.250 anos A.C.;

No século XVI - nas grandes navegações quando ocorreu o deslocamento da Europa para a América, África e Ásia e vice-versa, as DST’s difundiram-se na terra. Desde essa época até o final da 2ª guerra mundial as DST’s mantiveram-se incadência.

Nestes 4 séculos a ciência médica tenha feito alguns progressos: tratamento da sífilis e gonorréia;

A partir de 1940: a penicilina e a sulfa passaram a ter seu uso difundido;

Observou-se em todos os países uma queda vertical na incidência dessas doenças - 1945 - totalmente extintas;

Ao final da década de 1950: voltaram a recrudescer.

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS

OBJETIVO GERAL:

•OFERECER SUBSÍDIOS PARA O PLANEJAMENTO,

GERENCIAMENTO E AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO E

CONTROLE DAS DST.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• MONITORAR AS TENDÊNCIAS DAS PRINCIPAIS DST.

• AVALIAR AS FREQUÊNCIAS RELATIVAS E PROPORÇÕES DAS DST.

• MONITORAR AS INCIDÊNCIAS DAS DST AGUDAS

• MONITORAR AS PREVALÊNCIAS DAS DST CRÔNICAS OU COM

TENDÊNCIAS Á CRONIFICAÇÃO.

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DST DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (portaria 2.472/2010)

• Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS);• Infecção pelo HIV em gestantes; • Crianças expostas ao risco de transmissão vertical;• Sífilis adquirida;• Sífilis em gestante;• Sífilis congênita;• Hepatites Virais;• Síndrome do corrimento uretral masculino.

As outras DST, recomenda-se a notificação universal baseada em síndromes.

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CRITÉRIO PARA DEFINIÇÃO DE CASOS DE DST (notificação não compulsória)

SÍNDROME DA ÚLCERA GENITAL (EXCLUÍDO HERPES GENITAL): presençade lesão anogenital ulcerada, de origem não traumática, excluída a evidência clínica ouantecedente de pequenas lesões vesiculosas, em homem ou mulher, associada ou nãoà bacterioscopia pelo Gram (com presença de bacilos Gram negativos sugestivos de H.ducreyi) e/ou Treponema pallidum “em campo escuro” positiva, ou sorologia reagentepara sífilis.

SÍNDROME DO CORRIMENTO URETRAL EM HOMEM (compulsória): presença de corrimento uretral verificado com o prepúcio retraído ou após compressão da base do pênis em direção à glande (“ordenha”), associado ou não à bacterioscopia com diplococoGram negativos intracelulares ou cultura positiva para Neisseria gonorrhoeae e/ouexame ELISA ou imunofluorescência direta reagente ou captura híbrida ou reação depolimerase em cadeia (PCR) positiva para clamídia.

SÍNDROME DO CORRIMENTO CERVICAL: presença de mucopus cervicalassociado ou não à hiperemia, friabilidade ou colpite, verificada obrigatoriamente aoexame com espéculo vaginal.

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SÍFILIS (EXCLUÍDA FORMA PRIMÁRIA) (compulsória): presença de sifílides papulosas. Disseminadas(principalmente palmo

plantares),e/ou condiloma plano, acompanhados ou não por poliadenomegalia, e sorologia positiva (sífilis secundária); ou sorologia positiva em portador assintomático de sífilis (sífilis latente); ou presença de lesões cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas), neurológicas (demência), cardiovasculares (aneurismas) ou articulares (artropatia de Charcot) e sorologia positiva (sífilis terciária).

HERPES GENITAL (APENAS O PRIMEIRO EPISÓDIO): evidência de pequenas lesões ulcerativas na região anogenital, que foram precedidas por lesões vesiculosas isoladas ou agrupadas em “cacho”, sobre base eritematosa, cujo aparecimento, por sua vez, foi precedido de ardor ou prurido, associado ou não à presença de células gigantes com inclusões intranucleares de diagnóstico citológico Tzanck ao exame microscópico direto do líquido vesiculoso.

CONDILOMA ACUMINADO: presença de lesão vegetante característica, confirmada ou não por biópsia.

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Vigilância epidemiológica da sífilis em Gestante

(notificação compulsória)Objetivos• Controlar a transmissão vertical do Treponema pallidum ;• Acompanhar, adequadamente, o comportamento da infecção nas

gestantes, para planejamento e avaliação das medidas de tratamento, de prevenção e controle.

Definição de caso de sífilis em gestantes para fins de vigilância epidemiológica

Devem ser notificadas:• Todas gestantes com evidência clínica de sífilis e/ou com sorologia

não treponêmica reagente, com qualquer titulação, mesmo na ausência de resultado de teste treponêmico, realizada no pré-natal ou no momento do parto ou curetagem.

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Vigilância epidemiológica da Sífilis Congênita (notificação compulsória)

• Eliminação da Sífilis Congênita como um Problema de Saúde Pública.

• Não se atingiu a incidência de 1 ou menos casos em 1000 nascidos

• há muita subnotificação da sífilis congênita.

Situações para notificação: • Todas as crianças nascidas de mãe com sífilis (evidência

clínica e/ou laboratorial), diagnosticadas durante a gestação, parto ou puerpério;

• Todo indivíduo com menos de 13 anos com suspeita clínica e/ou epidemiológica de sífilis congênita.

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Aconselhamento em DST/HIV/Aids.Aconselhamento em DST/HIV/Aids.“ É um processo de escuta ativa, centrado no usuário,

respeitando as suas especificidades. Pressupõe a capacidade de estabelecer uma relação de confiança entre os interlocutores, visando ao resgate dos recursos internos da pessoa para que ela mesma tenha possibilidade de reconhecer-se como sujeito de sua própria saúde.” ( MS, 2004)

• Melhorar o nível de conhecimento sobre as DST/HIV/Aids (formas de transmissão, prevenção, diagnóstico e tratamento)

• Disponibilizar apoio emocional, redução do estresse, busca do parceiro

• Favorecer a avaliação de riscos de infecção pelo HIV, visando a sua redução

• Desenvolver um plano individual de redução de risco • Favorecer a adesão à testagem e/ou ao tratamento • Permitir a identificação de recursos pessoais e sociais para a adesão à

testagem sorológica e/ou ao tratamento

OBJETIVOS

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COMPONENTES DO ACONSELHAMENTO

• Apoio Emocional: ajudar o paciente a lidar com problemas de ordem afetiva (relacionados com a sua situação de saúde), reconhecendo e potencializando seus recursos internos para tal.

• Apoio educativo: troca de informações sobre DST e HIV/aids (transmissão, prevenção e tratamento)

• Avaliação de riscos: reflexão sobre valores, atitudes e condutas. Planejamento de estratégias de redução

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Modalidades de aconselhamento

Coletivo pré-teste Individual pré-teste Pós-teste (individual):

Reagente Não-reagente Indeterminado

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– Às pessoas que desejem fazer o teste anti-HIV– Às pessoas com quadro clínico indicativo de infecção pelo

HIV e suas parceria(s) sexual(is) e/ou de uso de drogas injetáveis

– Às pessoas com DST e seu(s) parceiro(s)

- Às gestantes em serviços de pré-natal

A QUEM SE DESTINA?

QUEM REALIZA ?

• Profissionais de saúde capacitados em aconselhamento - atualizados em DST/HIV/aids;

Membros da comunidade e de ONG que trabalham com aids, devidamente capacitados

Profissionais de instituições diversas, devidamente capacitados

TEMPO? Depende de cada caso e serviço

Onde fazer?

-CTA/COAS; Serviços de pré-natal; ONG/aids; serviços para portadores de DST e HIV/aids

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A Abordagem Sindrômica das DST

• É recomendação a utilização nos serviços de atenção primária de saúde

• Envolve a identificação de uma síndrome – sinais e sintomas associados com um determinado número de agentes etiológicos

• Ao identificar a síndrome , o tratamento pode ser ministrado para a maioria dos organismos responsáveis

• Utilização de fluxogramas para orientação do profissional de saúde quanto ao esquema terapêutico a ser adotado

• O profissional realiza o diagnostico sem exames laboratoriais sofisticados

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Vantagens da abordagem sindrômica em DST• Manejo rápido de casos, no primeiro contato do paciente com o

sistema de saúde• Tratamento imediato e efetivo das doenças sexualmente

transmissíveis• Maior cobertura, por facilitar a implantação ao nível primário• Oportunidade de introdução de medidas preventivas e de promoção

à saúde• Padronização do tratamento, sistema de referência e notificação• Redução de custos e Satisfação da clientela• Declínio da incidência e da prevalência de DST • A nível do indivíduo: prevenção de seqüelas e complicações graves • A nível coletivo: necessidade de reduzir o risco do contágio o mais

rapidamente possível• Possibilidade do paciente não retornar à consulta

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AÇÕES COMPLEMENTARES DA ABORDAGEM SINDRÔMICA DAS DST

• Aconselhar e oferecer sorologias anti-HIV, VDRL, hepatites B e C;

• Vacinar hepatite B < 30 anos;• Enfatizar adesão ao tratamento;• Concluir tratamento mesmo após desaparecer sintomas;• Interromper relações sexuais até concluir tratamento;• Oferecer preservativo e orientar;• Encorajar o paciente a comunicar parceiros;• Notificar;• Marcar retorno em 7 dias;• Após cura usar preservativo.

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PRINCÍPIOS DA CONVOCAÇÃO DE PARCEIROS

O profissional deve aconselhar:• Natureza confidencial das informações;• Parceiros sem sintomas podem estar infectados;• Possibilidade de reinfecção;• Conseqüências do parceiro e outros contatos do parceiro se

não tratado;• Formas de transmissão e riscos;• Pronto atendimento médico e locais;• Evitar contato sexual até o tratamento, e se não possível

usar preservativo.

Parceiro: indivíduos com quem o cliente relacionou-se sexualmente entre 30 e 90 dias, excluindo parceiros de mulheres com vaginose bacteriana e candidíase.

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