48 anos de afirmaÇÃo profissional a saúde pelas … · • reeducação da marcha, melhoria da...

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Presidente do Congresso Isabel de Souza Guerra Presidente da Comissão Cient`ífica Maria Beatriz Fernandes Presidente da Comissão Organizadora Pedro Jorge Rebelo Presidente do Congresso Isabel de Souza Guerra Presidente da Comissão Científica Maria Beatriz Fernandes Presidente da Comissão Organizadora Pedro Jorge Rebelo [email protected] www.apfisio.pt Exercício profissional Investigação Autonomia Educação Bem-estar Saúde A saúde pelas nossas mãos! Associação Portuguesa de Fisioterapeutas PAPEL DOS FISIOTERAPEUTAS NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS E CONTINUADOS 48 ANOS DE AFIRMAÇÃO PROFISSIONAL 04 PAG REGISTOS EM FISIOTERAPIA SINAIS DE IDENTIDADE E AUTONOMIA 12 PAG A CICATRIZ DO PONTO DE VISTA COSMÉTICO SEM RECORRER À CIRURGIA PLÁSTICA 22 PAG A CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE 18 PAG BOLETIM INFORMATIVO Nº 02 I MAIO 2008 CURSO PARA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE (ICF) 07 PAG

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Page 1: 48 ANOS DE AFIRMAÇÃO PROFISSIONAL A saúde pelas … · • Reeducação da marcha, melhoria da mobili-dade de forma a ganhar ou manter inde-pendência, do equilíbrio e redução

Presidente do CongressoIsabel de Souza Guerra

Presidente da Comissão Cient`íficaMaria Beatriz Fernandes

Presidente da Comissão OrganizadoraPedro Jorge Rebelo

Presidente do CongressoIsabel de Souza Guerra

Presidente da Comissão CientíficaMaria Beatriz Fernandes

Presidente da Comissão OrganizadoraPedro Jorge Rebelo

[email protected] www.apfisio.pt

Exercício profissional

Investigação

Autonomia

Educação

Bem-estar

Saúde

A saúde pelas nossas mãos!

AssociaçãoPortuguesa de Fisioterapeutas

PAPEL DOS FISIOTERAPEUTAS NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS E CONTINUADOS

4 8 A N O S DE AFIRMAÇÃOP R O F I S S I O N A L

04 PA

G

REGISTOS EM FISIOTERAPIASINAIS DE IDENTIDADE E AUTONOMIA

12 PA

G

A CICATRIZ DO PONTO DE VISTA COSMÉTICO SEM RECORRERÀ CIRURGIA PLÁSTICA

22 PA

G

A CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE

18 PA

G

B O L E T I M I N F O R M A T I V O N º 0 2 I M A I O 2 0 0 8

CURSO PARACLASSIFICAÇÃOINTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE,INCAPACIDADE E SAÚDE (ICF)

07 PA

G

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FORMAÇÃO• Oscheques devem ser passados à ordem de

“Associação Portuguesa de Fisioterapeutas”;• A ordenação dos participantes para a frequên-

cia das Acções de Formação, será feita atravésda ordem de chegada das fichas de inscrição,a não ser que sejam apresentadas critériosespecíficos;

• Em caso de desistência de uma Acção deFormação, a importância da inscrição apenasserá devolvida se a vaga for preenchida.

SÓCIOS• O preço de sócio destina-se aos sócios com

quotas actualizadas.

NÃO SÓCIOS• Para a sua participação em cursos, é obrigató-

ria a apresentação de documento comprovati-vo da titulariedade do curso de Fisioterapia;

• Só serão aceites se as vagas não forem total-mente preenchidas por sócios da APF.

TOME NOTA

SUMÁRIO

O primeiro número da “Fisio” suscitou da parte de muitos dos nossos associados

mensagens de apreço e de estímulo por este novo modelo do nosso boletim

informativo, mencionando também a sua importância para a nova imagem da

APF que temos vindo a lançar. É pois com satisfação que lançamos agora o

segundo número, com novos temas e com participação de mais associados.

A apesar de sentirmos um maior envolvimento dos associados em numerosos

aspectos da vida associativa, vemos também que os fisioterapeutas, na sua

maior parte não estão presentes nos momentos em que se tomam decisões

estratégicas para o futuro da nossa associação.

Falamos da Assembleia-geral que se realizou no passado dia 29 de Março.

Nela foram apresentadas grande parte das actividades realizadas pelo CDN,

Regiões, Grupos de Interesse e Grupos de Trabalho, linhas estratégicas que

temos vindo a desenvolver e, naturalmente o relatório de contas. Agradecemos

o voto de confiança que foi manifestado por todos aqueles que se deslocaram para o efeito ao auditório da Universidade

Atlântica, onde se realizou a assembleia.

Outro tema de interesse para os associados será o 7.º Congresso Nacional de Fisioterapeutas, que com o objectivo de

possibilitar aos fisioterapeutas partilha, ampliação e actualização dos seus conhecimentos através do contacto com os mais

recentes desenvolvimentos da Fisioterapia no que respeita ao exercício profissional, à investigação, à educação e à

profissão, conta também com 118 resumos de comunicações livres enviados para apresentação em poster ou comunicação

oral, com 5 sessões plenárias, 10 workshop e 1 um curso pós congresso.

Tendo como tema central a saúde e o bem-estar do indivíduo, a Comissão Científica definiu um Programa através do qual

pretende promover a discussão em torno das competências que individual e colectivamente devemos desenvolver para

responder aos novos desafios colocados ao exercício profissional dos fisioterapeutas.

Para que o 7º Congresso Nacional de Fisioterapeutas cumpra o seu objectivo de difusão do conhecimento, a APF convida

todos os fisioterapeutas, e alunos de fisioterapia, a participar inscrevendo-se no congresso.

Esperamos uma grande adesão dos fisioterapeutas portugueses pois procuramos criar um modelo que responda aos

interesses de profissionais e estudantes, investigadores e clínicos e que consiga ser transversal a numerosas áreas de

intervenção. Naturalmente, será um momento de congregação e de encontro de grande número de fisioterapeutas e

estudantes.

Esperamos que seja do vosso agrado.

Isabel de Souza GuerraPresidente da APF

EDITORIAL

03

CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS E CONTINUADOS ALGUNS CONTRIBUTOS PARA DEFINIÇÃO DO PAPEL DOS FISIOTERAPEUTAS

04

CURSO — CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONALDE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE (ICF)

07

I JORNADAS DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE ATLÂNTICA

09

02

TAREFAS E AVENÇAS

10

REGISTOS EM FISIOTERAPIASINAIS DE IDENTIDADE E AUTONOMIA

12

A CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DEFUNCIONALIDADE INCAPACIDADE E SAÚDE (ICF) NO CONTEXTO DA FISIOTERAPIA

18

22

THE TREATMENT OF SPINAL DYSFUNCTIONWITH COMBINED MOVEMENT THEORY

24

CURSO CONCEITO DE MULLIGAN

26

1º CURSO DE THERATOGS EM PEDIATRIA

28

O 7º CONGRESSO NACIONAL DE FISIOTERAPEUTAS

30

03

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

EDITORIAL

FICHA TÉCNICA

Isabel de Souza GuerraPresidente da APF

Boletim Informativo APFAno I - n.º 2 - Maio/2008

DirectorIsabel de Souza Guerra

Coordenação EditorialVitor FernandesPedro Rebelo

Conselho EditorialConselho Directivo NacionalConsultor Jurídico APFAPF Região NorteGrupos de Interesse:G.I.H. / F.M.A.G.I.F.C.R.G.I.F.S.M.G.I.F.D.G.I.F.N.G.I.F.P.G.I.P.P.G.I.T.MG.I.E.

Colaboraram nesta EdiçãoSílvia Salvador, Henrique Relvas,Anabela Correia Martins, Carla Sandra Pereira e Lia Jacobsohn

PublicidadeAPF: [email protected]ão: [email protected]

Propriedade e ediçãoAssociação Portuguesa de FisioterapeutasRua João Villaret, 285 AUrbanização Terplana2785-679 S. Domingos de Rana

ImpressãoColprinter - Indústria Gráfica, Lda

Depósito Legaln.º 000 000/08

PeriodicidadeBimestral

Tiragem3000 exemplares

DistribuiçãoGratuita aos sócios da APF

Associação Portuguesa de FisioterapeutasRua João Villaret, 285 AUrbanização Terplana2785-679 S. Domingos de Rana

Telf. 21 452 41 56Fax 21 452 89 22E-mail: [email protected]: www.apfisio.pt

Horário de Atendimento2ª a 6ª das 10/13H e das 14/19H

CONTACTOS COM A APF

fisio

MELHORAR O ASPECTO DE UMA CICATRIZDO PONTO DE VISTA COSMÉTICO SEM RECORRER À CIRURGIA PLÁSTICA

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• Saúde Infantil - acompanhamento do desen-volvimento psicomotor até aos cinco anosde idades. Programas de intervenção pre-coce - estimulação do desenvolvimento.

• Programas de Intervenção nas patologiasrespiratórias e programas de higiene/edu-cação postural.

• Saúde do Adolescente e Jovem - Programasde higiene/educação postural.

• Saúde do Adulto - Programas de educaçãopara o movimento, programas de pre-venção de algias vertebrais; programas desegurança e higiene no trabalho.

• Saúde no Idoso - Acompanhamento no domi-cílio na perspectiva de ensino aos familiares,eliminação de barreiras arquitectónicas,manutenção/recuperação do movimento,programas de mobilidade/funcionalidade.

• Formação - programas de formação aoutros profissionais de saúde, familiares deidosos ou outros utentes, formação a auxi-liares de lares ou outras instituições comopor exemplo os bombeiros.

• Intervenção junto aos utentes com situaçõescrónicas ou pertencentes a grupos de risco,facilitando comportamentos e tornando outente responsável e gestor do seu próprioprocesso, diminuindo assim a procura decuidados especializados e diminuindo oscustos inerentes.

Quanto à participação dos Fisioterapeutas naRede Nacional de Cuidados ContinuadosIntegrados, a legislação é também clara espe-rando-se a integração dos Fisioterapeutas nasequipas interdisciplinares numa verdadeiraarticulação com as instituições de saúde e deapoio social.

O objectivo da Fisioterapia em CuidadosContinuados é o de manter um nível de funciona-lidade adequado a cada indivíduo ou minimizara percentagem de deterioração, através de umplano de intervenção planeado com o utente. Omodelo de avaliação e intervenção doFisioterapeuta está fundamentado naClassificação Internacional de Funcionali-dade,Incapacidade e Saúde (CIF), a fim de se obte-rem resultados centrados no doentes, que devemreflectir controlo dos sintomas, capacidade derealizar actividades diárias, performance para oexercício e melhoria da qualidade de vida.

A Rede Nacional de Cuidados ContinuadosIntegrados pressupõe um contínuo de cuida-dos articulados estando descrita a tipologiados serviços. Apresentamos, pois, váriosobjectivos da intervenção dos fisioterapeutasnesses serviços.

Nas Unidades de Convalescença o Fisiotera-peuta actua junto de utentes com condiçõesmúsculo esqueléticas, neuromusculares ou car-dio-respiratórias. Muitas das situações a que ofisioterapeuta dá apoio em situação pósaguda estão ao nível:

• Melhoria do movimento articular e dafunção em situação pós cirúrgica, fractura,ou outras condições ortopédicas e reduçãoda dor de origem músculo-esquelética.

• Reeducação da marcha, melhoria da mobili-dade de forma a ganhar ou manter inde-pendência, do equilíbrio e redução do riscode quedas.

• Estabilização da função respiratória.

• Ensino de actividades da vida diária (AVD)e o providenciar de ajudas técnicas.

• E naturalmente trabalhar com outros ele-mentos da equipa bem como com familia-res e cuidadores com o objectivo, entreoutros de planear uma alta segura e nomomento próprio.

Nas Unidades de Média Duração e Reabili-tação, a igualdade de oportunidades einclusão social deverão ser a chave da nossaestratégia.

O conceito de reabilitação baseada na comu-nidade compreende a descentralização deresponsabilidade e de recursos, tanto huma-nos como financeiros ao nível das organi-zações da comunidade.

Serão factores chave a melhoria da capacida-de e competências que facilitam o envolvimen-to da comunidade. Providenciando que estaassuma iniciativas de integração e a responsa-bilidade de integrar as pessoas com deficiên-cia, dando igualdade de oportunidades deacesso aos recursos locais e à vida social económica e política.

Nas Unidades de Longa Duração e Manu-tenção torna-se importante a participação nagestão de doença crónica e da incapacida-de. Entre outros:

• Melhorar a capacidade de atingir a melhorfunção, e contribuir para o objectivo dediminuir a readmissões hospitalares,

• Facilitar da autonomia e qualidade de vida,através de estratégias de intervenção acada pessoa.

CDN CDNCONSELHO DIRECTIVO NACIONAL CONSELHO DIRECTIVO NACIONAL

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fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

As últimas alterações legislativas noâmbito da orgânica das unidades pres-tadoras de cuidados de saúde, bem

como os enquadramentos previstos relativosaos cuidados de saúde primários e continua-dos, têm enfatizado uma realidade que pro-gressivamente tem vindo a demonstrar-se,como sendo o reconhecimento interventivo dealguns profissionais de saúde, como é o casodos Fisioterapeutas.

Na sequência dessas alterações, decidiu oConselho Directivo Nacional criar Grupos deTrabalho sobre Fisioterapia nos Cuidados deSaúde Primários e nos Cuidados Continuados(este já em funcionamento) como objectivo,entre outros, de contribuir para um melhoresclarecimento do papel do Fisioterapeuta,enquanto elemento indispensável das equipesprestadoras de Cuidados de Saúde Primáriose Continuados.

Com efeito, a Fisioterapia é uma área científi-ca em que o envolvimento relacional entre pro-fissional e utente se reveste de uma especialimportância, que não se dá num momento pon-tual, em que o objectivo não é estabelecer umdiagnóstico através do uso de tecnologiasmais ou menos sofisticadas mas de um acom-panhamento e apoio ao longo do tempo comuma forte componente humana e educacional.

A Fisioterapia é parte essencial dos sistemasde saúde. Os Fisioterapeutas podem praticarindependentemente de outros profissionais desaúde e também no contexto de programas eprojectos interdisciplinares de habilitação/rea-bilitação, com o objectivo de restaurar afunção e a qualidade de vida, em indivíduoscom perdas ou alterações de movimento. OsFisioterapeutas guiam-se pelos seus próprioscódigos e princípios éticos.

Podem actuar, assim, com os seguintes propó-sitos:

- Promoção da saúde e bem-estar dos indiví-duos e do público em geral.

- Prevenção de diminuições, limitações funcio-nais, incapacidades em indivíduos em riscode comportamentos alterados do movimento,devidos a factores relacionados com saúde,sócio económicos ou de estilo de vida.

- Intervenção, com o fim de restaurar a integri-dade dos sistemas corporais essenciais aomovimento, maximizando a função e recupe-ração, minimizando a incapacidade, edando ênfase à qualidade de vida em indiví-duos ou grupos de indivíduos, com alte-rações do comportamento dos movimentosresultando em diminuições, limitações funcio-nais e incapacidades.

Segundo a descrição de Fisioterapia daWCPT (1999), "A fisioterapia é o serviço pres-tado exclusivamente por Fisioterapeutas einclui avaliação, diagnóstico, planeamento,intervenção e reavaliação".

A presença de Fisioterapeutas em Centros deSaúde em Portugal data de há cerca de 21anos. A essa altura apenas alguns dosCentros de Saúde que possuíam unidades deinternamento (cerca de 4) tinham a presençadeste grupo profissional, pois pensava-se queos Fisioterapeutas eram exclusivamente profis-sionais de reabilitação. De acordo com a evo-lução dos conceitos e modelos que servem debase à saúde (e que acompanham as necessi-dades dos cidadãos) temos hoje um perfil pro-fissional, que prevê a prestação de cuidadosprimários, secundários e terciários.

Lentamente foram aparecendo maisFisioterapeutas em Centros de Saúde, emboraa abertura de vagas não seja ainda a suficien-te. Com efeito, a perspectiva do Director doCentro de Saúde sobre as necessidades dacomunidade em que está inserido e a visãodo responsável da respectiva Região deSaúde parecem ser critérios que têm norteadoas decisões sobre a inclusão ou não deFisioterapeutas nestas Instituições, começan-do, agora, a ser reconhecida a sua manifestanecessidade.

Continuam a existir alguns Centros de Saúdeonde o Fisioterapeuta trabalha ainda exclusi-vamente numa perspectiva de cuidados cura-tivos fazendo do Centro de Saúde uma conti-nuação do Hospital ou uma substituição daclínica particular, mas na óptica da OMS quesugere que os cuidados de saúde primáriossão a forma de podermos atingir umasituação mais equitativa na saúde, a situaçãocomeça a alterar-se.

Estando prevista a actuação do Fisioterapeutaaos vários níveis de cuidados (cuidados desaúde primários, cuidados continuados inte-grados) gostaríamos de partilhar algumasreflexões sobre o estado da arte daFisioterapia aos vários níveis de cuidados eenquanto elemento indispensável das equipesde trabalho, em função da sua formação.

No sentido de uma efectiva resposta dosFisioterapeutas em programas na promoção eprevenção da saúde, poderão participar nosdiferentes programas:

• Saúde Materno - Infantil - programas depreparação para o nascimento e progra-mas de acompanhamento pós nascimento.

ISABEL DE SOUZA GUERRA *

CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS E CONTINUADOSALGUNS CONTRIBUTOS PARA DEFINIÇÃO DO PAPEL DOS FISIOTERAPEUTASDOCUMENTO DE APOIO AO GRUPO DE TRABALHO DE FISIOTERAPIA EM CUIDADOS CONTINUADOS DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FISIOTERAPEUTAS - 2007

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CDN CDNCONSELHO DIRECTIVO NACIONAL CONSELHO DIRECTIVO NACIONAL

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Nos Cuidados Paliativos a Fisioterapia ajudaa melhorar a qualidade de vida, com alívioda dor e redução da incapacidade.

• Alívio de sintomas comuns em doençasoncológicas (fraqueza muscular, rigidez,fibrose, linfedema, fadiga, insuficiência res-piratória, dor)

• Fisioterapia respiratória, facilitando o con-trolo respiratório e prevenindo infecções eventilação não invasiva em caso de insufi-ciência respiratória grave

• Aconselhamento sobre posicionamento ealívio de pontos de pressão, bem comorelaxamento e AVD

• Apoio e tratamento paliativo em fase terminal.

E, ainda nos Cuidados Domiciliários. A maiorvantagem do atendimento no domicílio é ofacto de o Fisioterapeuta poder recomendarformas simples e seguras de actividades quepodem ser executados pelo doente e resolverproblemas relacionados com mobilidade ouindependência dentro do seu próprio ambien-te, evitando os custos e problemas da sua des-locação. Outra vantagem da visita domiciliáriaé a oportunidade de contacto com os familiarese seu aconselhamento e responsabilização pordeterminadas actividades.

Os Fisioterapeutas portugueses, estão, pois,empenhados a prestar cuidados que reflectema melhor prática baseada na evidência científi-ca, sendo urgente a criação de parâmetros ouindicadores específicos de acompanhamento eavaliação, estando disponíveis para participarna criação de Sistemas de Informação, quecompilem e tratem as actividades próprias dafisioterapia nos CSP e dos CC.

A APF tem assumido a sua responsabilidade nadisseminação de padrões e normas de normasboas práticas, bem como dos respectivos instru-mentos de avaliação, considerando comonecessário que os fisioterapeutas participem nacorrecta identificação da dimensão das neces-sidades em fisioterapia, por forma a permitir odesenvolvimento da operacionalização dasredes, a caracterização do papel dos profissio-nais envolvidos e a responsabilização pelaprestação dos serviços e cuidados prestados.

Através da nossa intervenção, temos comoobjectivo contribuir para o bem-estar e quali-dade de vida ao utente através de uma inter-venção dirigida, da prevenção, aconselha-mento e orientação, educação para a saúde,tendo em vista os seus valores e expectativas,objectivos a curto, médio e longo prazo e aobtenção dos melhores resultados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS• Biscaia,A; Charondiere P, Nogueira P. Os centros de

saúde em Portugal. A oferta e a procura dos serviços,2006.

• Branco, A. G.; Ramos, V. (2001). Cuidados de saúdeprimários em Portugal. Revista Portuguesa de SaúdePública, 2, 5-12.

• Campos, A. P.; Faria, P. L. (2003). O Decreto-Lei nº60/2003, de 1 de Abril - nova tentativa de reformados cuidados de saúde primários em Portugal. RevistaPortuguesa de Saúde Pública, 2, 73-76.

• Fonseca, E. Et al. (Agosto 1997). Reflexão sobre odocumento: “Opções para um debate nacional” doconselho de reflexão para a saúde. AssociaçãoPortuguesa de Fisioterapia.

• Guide for Physical Therapist Practice: Who arePhysical Therapists, and what do they do?. PhysicalTherapy, 81 (1), 39-44. (Janeiro 2001).

• Observatório Português dos Serviços de SaúdeRelatório da Primavera (2006). Um ano deGovernação : sentidos e significados Lisboa: Escola

Nacional de Saúde Pública. http://www.observa-port.org

• Observatório Português dos Serviços de SaúdeRelatório da Primavera (2007). Luzes e sombras. AGovernação da Saúde. Lisboa: Escola Nacional deSaúde Pública. http://www.observaport.org

• Pinhal, C. (2001). Estudo sobre a literatura distribuídapor Fisioterapeutas em Centros de saúde. Monografiafinal de curso. Alcoitão: ESSA.

• Plano Nacional de Saúde, 2004-2010. Ministério daSaúde.

• Rede de Prestação de Cuidados de Saúde Primários”D L 60/2003 de 1 de Abril.

• Centros de Saúde e Hospitais. Recursos e produçãodo SNS. 2002.

• Association of Chartered Physiotherapists in theCommunity; Association of Chartered Physiotherapistswith a Social Interest in Elderly People; Association ofChartered Physiotherapists in Psychiatry (1992).Physiotherapy with older people in Long-stay Care.Physiotherapy. 78 (12), 904-6.

• Cruz, C. S. (2003). Satisfação dos utentes dos Centrosde Saúde das Sub-regiões de Saúde de Santarém e deSetúbal a quem são prestados Cuidados Continuadosde Fisioterapia. Monografia de Final de Curso daEscola Superior de Saúde do Alcoitão.

• Ministério da Saúde. (2003). PNS - OrientaçõesEstratégicas.

• Ministério da Saúde. (2003). Decreto-Lei nº.281/2003 de 8 de Novembro. Diário da República -I Série-A. Nº.259, 7492-99.

• Ministério da Saúde. (2003). Decreto-Lei n.º101/2006 Rede Nacional de Cuidados ContinuadosIntegrados.

• Observatório Português dos Serviços de SaúdeRelatório da Primavera (2007). Luzes e sombras. AGovernação da Saúde. Lisboa: Escola Nacional deSaúde Pública. http://www.observaport.org

• Plano Nacional de Acção para a Inclusão para 2003-2005 (2003). Diário da República - I Série-B. Nº.295,8610.

• Portal do Governo: http://www.portugal.gov.pt

• Direcção Geral de Saúde: http://www.dgsaude.pt

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

NÍVEL 1:

OBJECTIVOSA Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (ICF) repre-senta uma ferramenta que os profissionais de saúde podem usar de forma a encora-jar a prática centrada na pessoa e a aumentar a sua participação no processo detomada de decisões, para um prática mais efectiva e de menores custos, facilitando ademonstração de resultados e servindo as necessidades exigidas pela prática clínica,investigação e educação. O recurso ao modelo e à classificação permite considerarfactores que contribuam para repensar a saúde e a funcionalidade humana. Nestecontexto, emergem necessidades de formação dos profissionais a diferentes níveis,para aquisição de conhecimentos que facilitem a informação mais consistente e regu-lar sobre a ICF para melhorar a comunicação entre os diferentes utilizadores.

No final do Curso cada formando deve ser capaz de:

• Identificar os conceitos e a terminologia veiculados no modelo e na classificaçãoICF;

• Distinguir as componentes da ICF (alterações estruturais e funcionais, limitação de actividades, restrições na partici-pação social e factores contextuais);

• Descrever impacto do meio ambiente na funcionalidade/incapacidade (factoresfacilitadores e barreiras);

• Registrar a funcionalidade/incapacidade de determinada pessoa;

• Aplicar a ICF no contexto da avaliação e resolução de problemas no contexto daFisioterapia;

• Analisar o impacto que um sistema de avaliação e registo baseado na ICF podeexercer na rentabilização de recursos (humanos e materiais) e, consequentemente,aumentar os resultados;

• Avaliar as necessidades de intervenção adequada para responder aos problemasidentificados, recorrendo a métodos e técnicas específicos, assim como a novasabordagens, incluindo as tecnologias de apoio;

• Identificar estratégias institucionais para implementação da ICF.

CURSOCLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE (ICF) CONTRIBUTOS PARA A SUA IMPLEMENTAÇÃO EM FISIOTERAPIA9 E 10 DE OUTUBRO 2008 I LISBOA (EM LOCAL A DESIGNAR)

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

MÓDULO A: O MODELO ICF

1. História

2. Objectivos

3. Visão Geral da ICF

4. Conceitos e Terminologia

N

MÓDULO B: A CLASSIFICAÇÃO ICF

1. Estrutura

2. Códigos

3. Qualificadores

N

MÓDULO C: UTILIZAÇÃO DA ICF

1. Descrição de alguns projectos e parcerias nacionais e interna-cionais

2. Apresentação de iniciativas eestratégias de implementação,compatíveis com soluçõesbaseadas na evidência, comvista a obter melhores resulta-dos em Fisioterapia.

N

MÓDULO D: APLICAÇÃO DA ICF NA FISIOTERAPIA

1. Descrição do Modelo de Avaliação da Funcionalidade

2. Uso da ICF no estudo de casos clínicos

3. Potencialidades da ICF na investigação em Fisioterapia

N

* Presidente da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas,Mestre em Gestão dos Serviços de Saúde pelo ISCTEProfessora da ESSA e ESSCVP

A SUA OPINIÃO CONTA

(Espaço reservado à opinião dos associados. Apenas serão divulgadas as cartas cujo o autor esteja identificado)

fisioCOMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL DA APF

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CDN CDNCONSELHO DIRECTIVO NACIONAL CONSELHO DIRECTIVO NACIONAL

08 09

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

FORMADORESANABELA CORREIA MARTINSFisioterapeuta, Mestre em Sociologia da Saúde (FE-UC). Doutorandaem Psicologia da Saúde (FPCE-UP). Professora-Adjunta noDepartamento de Fisioterapia, Saúde Ocupacional e Ambiental daESTeSCoimbra - Instituto Politécnico de Coimbra. CoordenadoraAcadémica do Lifelong Learning Programme/ERASMUS. Trabalhounos Hospitais da Universidade de Coimbra e no Hurley MedicalCenter, EUA, durante 13 anos. Áreas de interesse: ClassificaçãoInternacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (ICF) e suaimplementação em Portugal; Impacto dos factores contextuais na fun-cionalidade humana; Promoção da saúde e prevenção secundária empessoas com condições crónicas; Desenvolvi-mento e validação de ins-trumentos de medida e de avaliação da funcionalidade; Tecnologiasde Apoio; Registo e raciocínio clínico em Fisioterapia; Educação emFisioterapia. Formadora responsável em cursos, acções de formação eworkshops sobre a ICF e Tecnologias de Apoio. Autora e co-autora devárias comunicações/trabalhos em eventos nacionais e internacionais.

CARLA SANDRA PEREIRAFisioterapeuta do Hospital D. Estefânia. Mestranda em Gestão deServiços de Saúde, (ISCTE). Colaboradora enquanto docente e moni-tora de estágio da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias de InstitutoPolitécnico de Castelo Branco (ESALD) e da Escola Superior de Saúdede Alcoitão (ESSA). Membro do grupo de trabalho e reflexão sobre aoperacionalidade da Classificação Internacional de Funcionalidade,Incapacidade e Saúde (ICF) da Direcção Geral da Saúde (DGS).

Trabalho em colégios de ensino especial, no Centro de ParalisiaCerebral Calouste Gulbenkian, desenvolveu prática privada na áreada musculo-esqueléticas e preparação para o nascimento. Áreas deinteresse: Neurodesenvolvimento; Educação e promoção para a saúde;Gestão de Serviços de Saúde; Implementação da CIF em Portugal.Autora e co-autora de várias comunicações/trabalhos em eventosnacionais e internacionais.

LIA JACOBSOHNFisioterapeuta, Mestre em Ciências da Fisioterapia pela UniversidadeTécnica de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana. Professoraadjunta e Coordenadora da Licenciatura em Fisioterapia da

Universidade Atlântica. Trabalhou no Hospital Fernando Fonseca naárea da Pediatria e Correcção Postural em adultos. Áreas de interesse:Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde(ICF); Raciocínio Clínico em Fisioterapia; Medida e Avaliação emFisioterapia; Desenvolvimento Motor da Criança; AdaptaçãoTranscultural de Instrumentos.

MODELO DE FORMAÇÃOFormação presencial.

METODOLOGIAExposição teórica acompanhada de simulação de casos práticospara aplicação dos conteúdos teóricos, (estudo de caso).

APLICAÇÃO PRÁTICA- Facilitar a organização de informação recolhida por osFisioterapeutas;

- Facilitar a definição de objectivos de intervenção e de um plano da acção que promova ganhos funcionais.

DESTINATÁRIOSFisioterapeutas

CALENDARIZAÇÃODias 9/10/2008 e 10/10/2008, das 09:30 às 13:00 e das 14:00 às 17:30 (14 horas).

NÚMERO DE VAGAS30

AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃONo final haverá um momento para avaliar a formação.

CRITÉRIOS DE SELECÇÃOOrdem de chegada de fichas de inscrição.

PREÇO DE INSCRIÇÃOSócios da APF: 75 €; Não Sócios: 150 €Inclui documentação e coffee break

DATA LIMITE DE INSCRIÇÃO30 de Junho de 2008

DESISTÊNCIASEm caso de desistência, o valor da inscrição só será devolvido se avaga for preenchida

Nota: O curso só será realizado com o número mínimo de 18 participantes.

AAssociação Portuguesa de Fisiotera-peutas (APF) esteve presente nas IJornadas de Fisioterapia da

Universidade Atlântica que decorreram dias 4e 5 de Abril. Na mesa da Sessão de Aberturaestiveram presentes, Dr. Artur Torres PereiraDirector de Ensino, Administração eInvestigação, S.A. (EIA) e como representantedo Exmo. Sr. Reitor Nelson Lourenço, aCoordenadora do Curso de Fisioterapia, Ft.Lia Jacobsohn, a prelectora convidada Ft.Tiina Kuukkanen, (Finlândia) e a Ft.Conceição Bettencourt (em representação daExma. Presidente da APF).

Com cerca de 200 participantes, as Jornadasconstituíram um ponto de partida para oesclarecimento e discussão sobre a temáticada Fisioterapia e a Classificação Internacionalde Funcionalidade, Incapacidade e Saúde(ICF), da Organização Mundial de Saúde(OMS). No primeiro dia, as comunicaçõesapresentadas desmistificaram a própria classi-ficação, no segundo dia, discutiu-se a sua apli-cabilidade prática nos diferentes contextos daFisioterapia, bem como a sua implementaçãoem Portugal e na Finlândia pela convidada dehonra a Fisioterapeuta Tiina Kuukkanen.

O tema escolhido, “ICF, Hora de Mudança”,faz parte da missão da WCPT, e é tambémconsiderado pelo Conselho DirectivoNacional (CDN) da APF estratégico e funda-mental para a profissão.

Sendo um instrumento da OrganizaçãoMundial de Saúde, deverá de ser aplicadoem diversos campos, nomeadamente edu-

cação/formação, prática clínica, estatística,investigação que foram temas abordados nes-tas Jornadas. O objectivo foi o de promover odiálogo e discussão sobre a problemática doregisto e avaliação do Fisioterapeuta, comotambém a ICF como ferramenta no presente efuturo da Fisioterapia.

Dos Modelos de Incapacidade até à ICF, des-mistificar a ICF e razões para utilizar a ICF naPrática Clínica foram os temas apresentadospelas colegas, Lia Jacobsohn, Carla Pereira eAnabela Martins, que foram precedidos deum amplo e participativo debate, como aliásse verificou em todas as Sessões.

O Colega Emanuel Vital falou-nos da necessi-dade dos Fisioterapeutas registarem a suaprática bem como da sua experiência noregisto com o modelo ICF que está implemen-tado nos Centros de Saúde do Bombarral e Caldas da Rainha, tendo por isso um longocaminho percorrido na sua utilização. A Fisioterapeuta Tiina Kuukkanen falou-nos daimplementação da ICF e seus problemas.

Seguiram-se três painéis, sobre a Abordagemda ICF nas Escolas de Fisioterapia, com repre-sentantes da Universidade Atlântica, EscolaSuperior de Saúde Alcoitão, Escola Superiorde Tecnologia da Saúde de Coimbra, e tam-bém de Lisboa, Cruz Vermelha Portuguesa,Escola Superior de Saúde de Setúbal e o DrArtur Valentim; Aplicação da ICF no contextoHospitalar com representantes de váriosHospitais do País, e Diagnosticar emFisioterapia debatido também por váriosFisioterapeutas.

Foi criado um amplo espaço de discussão ereflexão, muito participado por todos os pre-sentes pelo que o CDN felicita a ComissãoOrganizadora pelo excelente trabalho esucesso obtido, e destaca o seguinte:

• As escolas representadas referiram que aclassificação é abordada como uma estru-tura conceptual e, em alguns casos, comoguia para os estágios. Para a grande maio-ria dos orientadores esta ferramenta aindaé uma novidade, mas em conjunto com osalunos constata-se uma mais valia na orien-tação da avaliação dos utentes.

• Ainda existe um grande desconhecimentoda forma como aplicar a ICF e receio pelacomplexidade de preenchimento, e diversi-dade de códigos.

• As opiniões controversas, mas que marca-ram que a ICF depende da utilização quecada um lhe quiser dar, ou seja, deverá servista como um modelo conceptual que jáexistia e que é fruto de evolução e pode serutilizada numa primeira fase como coadju-vante no raciocínio clínico do Fisiotera-peuta, mas não como exclusiva na orien-tação de um diagnóstico em Fisioterapia.

As Jornadas encerraram com uma conclusãoemergente de que há necessidade urgentede formação nesta área para os fisioterapeu-tas, orientadores clínicos, docentes, e que aAPF, através do seu grupo de trabalho, estádisponível para, em parceria com as escolas,hospitais, promover formação nesta temá-tica.

I JORNADAS DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE ATLÂNTICA

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CONSULTÓRIO JURÍDICO CONSULTÓRIO JURÍDICO

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fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

Ou seja, se algum associado for trabalhador daAdministração Pública (funcionário e agente naacepção tradicionalmente usada), tal qualificaçãodetermina a obrigatoriedade de serem renovadosos pedidos de acumulação de funções com outrasfunções, públicas ou privadas (para a análise con-creta tarefas e avenças), tipificando, o mais possí-vel, os números e alíneas constantes dos artigos 27ºe 28º, apresentando o requerimento nos termos doartigo 29º (chama-se, contudo a atenção para ofacto de, caso a vinculação às instituições cuja natu-reza se referiu se fazer já por contrato individual detrabalho, o mesmo, nada referindo em concretoquanto ao exercício de outras actividades, presu-me-se igualmente feito em exclusividade/não con-corrência, conforme consta do Código doTrabalho).

Com efeito, trata-se de uma matéria desde jáentrada em vigor, não necessitando, como óbvio,de qualquer regulamentação, pelo que deve serveiculada, nos termos e estilos adequados às insti-tuições, a necessidade de renovarem, no novoenquadramento, os respectivos pedidos para acu-mulação de funções.

Com efeito, a existência de incompatibilidades ede impedimentos contribui para garantir a impar-cialidade no exercício de funções públicas, sendoque as funções públicas são, em regra, exercidasem regime exclusividade.

Para isso, refere-se que o exercício de funções podeser acumulado com o de outras funções públicasquando estas não sejam remuneradas e haja na acu-mulação manifesto interesse público.

Sendo remuneradas e havendo manifesto interes-se público na acumulação, o exercício de funçõesapenas pode ser acumulado com o de outrasfunções públicas nos casos a que se refere o nº 2do artigo 27º.

Relativamente à acumulação com funções priva-das, a regra é a de que o exercício de funçõespode ser acumulado com o de funções ou activi-dades privadas, desde que as mesmas, directa-mente ou por interposta pessoa, não exerça nesseestatuto funções ou actividades privadas concorren-tes ou similares com as funções públicas desempen-hadas e que com estas sejam conflituantes (isto é,as funções ou actividades que, tendo conteúdoidêntico ao das funções públicas desempenhadas,sejam desenvolvidas de forma permanente ou habi-tual e se dirijam ao mesmo círculo de destinatários- nº3 do artigo 28º).

Assim, e conforme o artigo 29º, a acumulação defunções depende de autorização da entidadecompetente, devendo do requerimento a apresen-tar pelo trabalhador para o efeito, constar a indi-cação relativa ao local do exercício da funçãoou actividade a acumular, do horário em queela se deve exercer, da remuneração a auferir,quando seja o caso, ou possível determinar, danatureza autónoma ou subordinada do trabal-ho a desenvolver e do respectivo conteúdo,das razões por que o requerente entendeque a acumulação, conforme os casos, é demanifesto interesse público, das razões porque o requerente entende não existir con-flito com as funções desempenhadas, eainda o compromisso de cessação ime-diata da função ou actividade acumula-da no caso de ocorrência supervenientede conflito.

Compete aos titulares de cargos dirigentes, sob pena de cessação da comissão de serviço, nos termosdo respectivo estatuto, verificar daexistência de situações de acumu-lação de funções não autorizadas,bem como fiscalizar, em geral, aestrita observância das garantiasde imparcialidade no desempenhode funções públicas.

A publicação da Lei nº 12-A/2008, de 27 deFevereiro, que veio estabelecer o novo regimede vinculação, de carreiras e de remune-rações dos trabalhadores que exercemfunções públicas tem suscitado um acrescidonúmero de pedidos de esclarecimento, dosquais, o maior tem tido em consideração aautorização para celebração e/ou reno-vação dos contratos de prestação de serviçosob a forma de tarefas e de avença.

E referimos publicação, e não entrada emvigor, porque a maior parte do seu normativonecessita, ainda, da devida regulamentação,alguma da qual já em fase de consulta pública.

Contudo, os artigos respeitantes a esta maté-ria, encontram-se em vigor desde 1 de Marçode 2008, o que justifica, por acção dosórgãos máximos de gestão em causa, algumaacção que tem vindo a suscitar perplexidadepor parte dos associados.

Assim, sem prejuízo da reflexão e análise pon-derada que tal assunto deve merecer, tendo,inclusive, surpreendido pelo número dequestões e vicissitudes com elas conexas, esteartigo, independentemente das questões quevenham a ser colocadas individualmentepelos associados, tem essencialmente, comopreocupação, fazer o enquadramento globalque permita agir e também reagir face aonovo regime jurídico.

Ora, quanto à questão vertida, chama-se aatenção para o facto da Lei nº 12-A/2008,de 27 de Fevereiro, conforme artigo 86º,excepto quando dela resulte expressamente ocontrário, prevalecer sobre quaisquer leisespeciais e instrumentos de regulamentaçãocolectiva de trabalho.

Assim, na prol desse entendimento, cumpre ini-ciar a respectiva análise, chamando aatenção desde já, para o facto de, conformeartigos 2º e 3º da presente Lei, ela é aplicávela todos os trabalhadores que exercemfunções públicas, independentemente damodalidade de vinculação e de constituiçãoda relação jurídica de emprego público aoabrigo da qual exercem as respectivasfunções, bem como, com as necessárias adap-tações, aos actuais, é adoptada aos trabalha-dores com a qualidade de funcionário ouagente de pessoas colectivas que se encon-

trem excluídas do seu âmbito de aplicaçãoobjectivo (no que ao caso interessa, leia-se nº5 do artigo 3º, hospitais entidades públicasempresariais).

Ou seja, pelo âmbito objecto de aplicação, eno que ao assunto em crise versa, esta Lei éapenas aplicável ao sector público administra-tivo, seja ele de administração directa ou indi-recta do Estado, vulgo denominadas pessoascolectivas públicas, ainda que sob a forma deinstitutos públicos, direcções gerais ou ser-viços periféricos.

Pelo que, quanto aos contratos de prestaçãode serviços, artigo 35º os mesmos podem sercelebrados nas modalidades de contratos detarefa e de avença, cujas noções e funcionali-dade se mantém inalterados, desde que,cumulativamente, se trate da execução de tra-balho não subordinado, para a qual se reveleinconveniente o recurso a qualquer modalida-de da relação jurídica de emprego público, epor regra o trabalho seja realizado por umapessoa colectiva, seja observado o regimelegal da aquisição de serviços e o contratadocomprove ter regularizadas as suas obri-gações fiscais e com a segurança social.

Para estas situações, é competente para autori-zar a contratação o órgão máximo de gestão.

Excepcionalmente, quando se comprove serimpossível ou inconveniente, no caso, observara contratação de pessoa colectiva, o membrodo Governo responsável pela área das finançaspode autorizar a celebração de contratos detarefa e de avença com pessoas singulares.

Relativamente a estes contratos, cumpre referirainda o artigo 94º, pela situação em que seencontra a maior parte dos contratos de pres-tação de serviços sob a forma de avença outarefa, a renovar, já que dispõe aquele norma-tivo que aquando da eventual renovação doscontratos de prestação de serviços, deve pro-ceder-se à sua reapreciação à luz do regimeora aprovado, sendo aplicável ao seu incum-primento o disposto no artigo 36º, no que àmatéria de responsabilidade se refere.

Naturalmente que, estando os contratos emfase de renovação, a ela deve ser subsumidaa teoria constante do artigo 12º do CódigoCivil, no que à aplicação da lei respeita, peseembora antolhe de difícil compreensão pelos

órgãos competentes para esse facto, a assimi-lação deste regime.

Ou seja, com facilidade se poderá entender,se bem que em nome do rigor jurídico assimnão devesse ser, que a renovação de contra-tos sob a modalidade em questão, se acasoestivessem em fase procedimental de reno-vação a 1 de Março, deveriam seguir oenquadramento agora revogado pela Lei nº12-A/2008, de 27 de Fevereiro.

Assim, e face à eventual rescisão de contratos,os mesmos se não for possível justificar a suamanutenção, imprescindibilidade e demaisrequisitos consagrados na lei, nem fundamentara acepção pelo regime excepcional da manu-tenção com pessoa singular, devem ser feitoscessar, respeitando o aviso prévio de 60 dias.

Chama-se, contudo, a atenção para o factode as profissões de saúde serem compatíveisna sua actividade com a constituição de umasociedade em nome individual, a qual, nos ter-mos da lei geral, pré figura uma pessoa colec-tiva, logo entrando no pressuposto regra dacontratação, conforme referido.

Acresce, ainda, referir, até pela eventualconexão com a matéria supra vertida, que a 1de Março produzem, igualmente, efeitos, osartigos 25º a 30º, no que respeita à garantiade imparcialidade, nomeadamente as acumu-lações com outras funções, de natureza públicaou privada, artigos 35º a 38º no que respeitaao novo regime de prestações de serviço e oartigo 94º no que à reapreciação dos contra-tos de prestação de serviços vigentes, respeita.

Seguindo a lógica e sistematização do diplo-ma, foram expressas entre os artigos 25º e30º as regras atinentes às garantias de que ocumprimento das funções no âmbito daAdministração Pública são exercidas comimparcialidade.

Em rigor, nada de novo surge quanto a estamatéria, a não ser uma melhor sistematizaçãoquanto à sua enunciação e compilação delegislação dispersa sobre a matéria, peseembora haja afloramentos de matéria regula-da em sede do Código do ProcedimentoAdministrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei nº 442/91, de 15 de Novembro, naredacção que lhe foi dada pelo Decreto-Leinº6/96, de 31 de Janeiro.

TAREFAS E AVENÇAS

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FILIPE CAMEJO ** Consultor Jurídico da APF

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OS REGISTOS CLÍNICOS E AEVOLUÇÃO DA PROFISSÃODesde o início do século passado, o desenvol-vimento do corpo de saberes e das competên-cias técnicas dos fisioterapeutas fizeram daFisioterapia uma profissão incontornável naprestação de cuidados. A necessidade daFisioterapia retratada por utentes e pelosdemais intervenientes no contexto da saúdereflecte o reconhecimento do papel desem-penhado pelo fisioterapeuta e a sua importân-cia como um elemento indispensável nosmodernos sistemas de saúde.

A evolução da profissão assentou não só nocrescimento técnico-científico como na afir-mação de uma identidade própria associadaa uma prática autónoma e à determinação delideranças no ambiente das organizações. Aacrescida responsabilidade decorrente dessesganhos recai hoje na forma como as estrutu-ras profissionais se preocupam em regulamen-tar a prática segundo normas de boa condutaque assegurem um exercício clínico suportadopor decisões explicitamente baseadas nacomprovação, ou seja, na evidência de efecti-vidade, e níveis de governação clínica nasorganizações de saúde onde desempenhama sua actividade que se distingam pela melho-ria contínua da qualidade dos serviços presta-dos, garantindo altos padrões de qualidade

através da criação de um ambiente onde aexcelência floresça (APF 2007b).

A profissão de fisioterapeuta tem evoluído deum perfil de técnico sob direcção médica,para um estatuto de profissional (Souza-Guerra 2005a). A par do progresso da pro-fissão, assim se aperfeiçoaram as provas pal-páveis dos actos praticados, para além daconstatação directa dos resultados junto dosutentes, beneficiários dos cuidados prestados.

Enquanto o perfil do fisioterapeuta se situouapenas numa função técnica, de aplicação deuma série de procedimentos ou modalidadesprescritos por outro profissional de saúde, anecessidade de deixar registo comprovadoda sua intervenção não fez parte das suasatribuições (Bierman 1995).

Ao profissional que dirige a prescrição, com-pete não só a avaliação inicial como, apóscompleta a aplicação da terapêutica determi-nada, a avaliação final da condição clínica erespectiva documentação dos resultados. Aotécnico executor compete, quando muito, oregisto dos actos praticados, resumindo-se auma estatística comprovativa das datas enúmero de sessões decorridas, sendo as toma-das de decisão apenas em torno dos condi-cionalismos para a operacionalização dosprocedimentos previstos. Neste sistema, a via

de comunicação é unívoca, sem necessidadede retorno ou intercâmbio.

Ainda que este modelo seja uma realidade emalgumas organizações de saúde, pelo menosna sua essência enquanto sistema hierarquiza-do, o fisioterapeuta é hoje um profissional alta-mente qualificado, soberano de uma práticaautónoma que lhe determina a responsabilida-de da avaliação, diagnóstico, planeamento,intervenção, reavaliação e alta no âmbito doserviço prestado exclusivamente por si, deno-minado “Fisioterapia” (WCPT 1999), e inclui oregisto de todo este processo.

No início dos anos 90, altura de grandesmudanças na sociedade portuguesa em virtu-de da integração europeia, a APF procuravaganhar maior suporte para a evolução daprofissão exigindo medidas legislativas quecontemplassem a integração da formação anível do ensino superior e a regulamentaçãodo exercício profissional. Para o efeito, apela-va à contribuição dos próprios fisioterapeutasno sentido de uma maior reflexão sobre a prá-tica quotidiana, a partir do desenvolvimentode modelos de intervenção nas diferentesáreas clínicas, que pudessem projectar a ima-gem da Fisioterapia como uma profissão autó-noma no âmbito das profissões de saúde,demonstrando o grau de desenvolvimento e aafirmação profissional (Lopes 1990).

Alguns textos publicados na altura na extintarevista “Fisioterapia”, davam provas desseesforço, reflectindo a necessidade de hábitosde auto-reflexão e confronto crítico com acomunidade científica, expressando a impera-tividade de registar sistematicamente a inter-venção, dominar os métodos de recolha e tra-tamento de dados e de os divulgar (Oliveira1990). Os modelos de avaliação e registo pre-conizados apontavam já para a objectivaçãoda intervenção como garante da fiabilidadeda informação perante os colegas e outrosprofissionais de saúde, para além do estímuloao raciocínio clínico e consequente melhoriada eficácia (Amorim, Florindo 1990).

Actualmente em Portugal, o suporte dadopelo enquadramento legal e jurídico vigente,reforçando o papel do fisioterapeuta na pro-moção da saúde, na prevenção, tratamento ereabilitação (APF 2007a), e a evoluçãoactual das políticas sociais e de saúde conco-rreram para envolver a Fisioterapia em parce-rias multidisciplinares, nomeadamente nacolaboração com equipas de cuidados conti-nuados integrados, conducentes a novasestratégias de resposta às necessidades doscidadãos em situação de dependência(Portugal, Ministérios da Saúde e do Trabalhoe da Solidariedade Social 2006).

Estas redes assistenciais dependem em gran-de parte de equipas situadas em hospitais deagudos, responsáveis pela gestão de altas eencaminhamento do utente, de forma articula-da com os recursos da rede. Sendo o alvopreferencial os utentes com elevado grau dedependência ou que careçam da sua ava-liação mais precisa, o papel dos fisioterapeu-tas parece ser determinante, privilegiado peloseu domínio dos aspectos relacionados com omovimento, a funcionalidade e a autonomia,no que constituem o cerne das suas estraté-gias de intervenção habituais e da definiçãodo próprio Diagnóstico em Fisioterapia(Coffin-Zadai 2007; Finger et al 2006; Higgs,Refshauge, Ellis 2001; Jette 2006; Jones,Edwards, Gifford 2002).

Há necessidade portanto de demarcar aimportância da inclusão do contributo do fisio-terapeuta, desde logo no conteúdo mínimo dadocumentação mais pertinente, nomeadamen-te no processo clínico e no relatório de alta,produzido e difundido pela referida equipade gestão, mas igualmente pela articulação anível organizacional no âmbito da Unidadede Missão dos Cuidados ContinuadosIntegrados, responsável pela condução, coor-

denação e acompanhamento das estratégiasde operacionalização da Rede (APF 2007c).

Estes novos desafios tornaram os registos clíni-cos e a comunicação um factor decisivo, nãosó para a qualidade dos sistemas de saúde,como para a visibilidade e protagonismo dosprofissionais envolvidos (Atwal, Caldwell2002; Sulch et al 2002).

O DILEMA DOS REGISTOS EM FISIOTERAPIAAo contrário do que acontece na área daMedicina e da Enfermagem, no que diz res-peito à Fisioterapia existe muito pouca literatu-ra ou estudos sobre as características e oimpacto da informação constante no processoclínico e nos relatórios de alta, enquanto ins-trumentos privilegiados de comunicação inter-profissional, apesar da sua pertinência para acontinuidade dos cuidados, para a qualidadeda saúde dos utentes e para a própria ima-gem dos fisioterapeutas.

Uma pesquisa nas bases de dados electróni-cas (Medline, PEDro, Web of Science / ISI,etc.) ou mesmo a partir de um simples motor debusca generalista (Google") refinada comuma pesquisa manual, inclusive em publi-cações não indexadas, revela que o tema dadocumentação enferma de um problema geralde grande escassez de estudos ou referênciassobre o Processo Clínico de Fisioterapia.

Ainda que não faltem argumentos a reforçar aimportância dos registos, começando inclusi-vamente um dos mais antigos textos sobre oassunto (Stamer 1995) de uma forma tãoexpressiva como “O futuro da nossa profissãodepende da capacidade de documentarmoso nosso desempenho.” (p.ix), para logo deseguida, com um estilo mais dramático sublin-har que “A documentação é imperativa paraa sobrevivência da Fisioterapia como pro-fissão.” (p.1), o facto é que pouco se temdesenvolvido que revele uma particular preo-cupação nesse sentido.

A mesma autora, no mesmo texto de há 12anos atrás, apontava que os registos seriameventualmente vistos de forma negativa entreos fisioterapeutas, como algo aborrecido oucomo um mal necessário; uma papelada inútilque seriam forçados a preencher, perdendoesse tempo em vez de estar a tratar alguém.

Um cenário muito semelhante, de autores coma mesma proveniência, é traçado por Quinn eGordon (2003), que de novo enaltecem opapel dos registos afirmando que “ (…) os

registos moldam e reflectem os avanços naciência da Fisioterapia (…)” (p.xiii) ou maisadiante que “ (…) o aperfeiçoamento futurodos cuidados prestados ao utente estará asso-ciado e facilitado pelas mudanças na formacomo o processo é documentado.” (p. 13),para igualmente notarem que os fisioterapeu-tas encaram frequentemente os registos comoum trabalho pesado, a ser cumprido o maisrapidamente possível e que, na pior das hipó-teses, se trata de uma conspiração dos buro-cratas para fazer perder tempo e limitar oacesso dos utentes a serviços essenciais.

Se estas ideias são proferidas nestes textos,também são apontadas algumas razões paraesta perspectiva mais obscura da prática dosfisioterapeutas. Segundo Stamer (1995), ocurrículo da formação de base não contem-pla horas suficientes de treino de registos emcomparação com a aprendizagem das ciên-cias básicas, das técnicas de intervenção oumesmo das competências de investigação.

Frequentemente, a capacidade de efectuarregistos é treinada nas situações de ensino clí-nico e portanto dependentes dos educadoresclínicos, da sua experiência, motivação eárea de intervenção, o que nem sempre coin-cide com o formato academicamente preconi-zado. Curiosamente, nota-se muitas vezes umefeito inverso, sendo os próprios alunos oscatapultadores de uma procura por parte doseducadores clínicos de mais informação sobreo assunto e porventura de alguma adaptaçãoa novas propostas. Um exemplo tem sido aforma pertinente como os estudantes daUniversidade Atlântica disseminaram a utili-zação da ICF nos seus locais de estágio.

A abrangência da prática da Fisioterapia,agrupada em condições clínicas (designada-mente musculo-esqueléticas, neuromuscularese cardio-respiratórias), com diferentes aborda-gens e modelos de avaliação e intervenção,aumenta a dificuldade na uniformização dosformatos de registo. Esta discrepância e aausência de uma referência explícita no planocurricular podem transparecer uma imagemde não valorização dos registos. Para mais, aimagem que os estudantes parecem reter mel-hor dos seus “mestres”, é a perícia na aborda-gem directa com os utentes e não a qualidadedos seus registos.Aliás, o problema não é específico da fisiote-rapia e a mesma tendência parece ocorrer emoutras profissões marcadas por uma orien-tação eminentemente prática, em que os seusmembros reflectem uma tendência para enca-

REGISTOS EM FISIOTERAPIASINAIS DE IDENTIDADE E AUTONOMIA

SÍLVIA SALVADOR* e HENRIQUE RELVAS*** Fisioterapeuta do Hospital Pulido Valente, E.P.E. - Centro Hospitalar Lisboa Norte, Membro do Grupo de Trabalho sobre Cuidados ContinuadosIntegrados da APF ** Docente da Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa

INTRODUÇÃOO envolvimento da Fisioterapia em parcerias com equipas multidisciplinares, face à evolução das políticas sociais e de saúde, tornou acomunicação um factor crucial, não só para o sucesso dos sistemas de saúde preconizados, como individualmente representam uma formadeterminante de visibilidade e protagonismo dos profissionais envolvidos. A imagem, a eficácia e a necessidade da Fisioterapia só serãoverdadeiramente delineadas a partir do momento em que haja uma representação física não só dos seus profissionais no ambiente clíni-co onde uma equipa presta cuidados, mas pela presença dos registos que produz, inseridos no Processo Clínico formal do utente, comotal, constante e omnipresente, já que acompanha o utente no seu percurso.

Neste último aspecto, a realidade mostra-se no entanto bastante desfavorável, já que tradicionalmente os fisioterapeutas não têm o hábi-to de registar ou porque não lhes é dada, ainda hoje, a possibilidade de o fazer de modo formal ou institucional. Entre estes extremoshaverá naturalmente muitas e honrosas excepções, mas na generalidade um grande passo terá que ser dado no sentido de impor umamaior projecção da profissão e dos seus profissionais.

GRUPO DE TRABALHO CUIDADOS CONTINUADOS

GRUPO DE TRABALHO CUIDADOS CONTINUADOS

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

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QUE SOLUÇÕES?Gumery et al (2000) e outros grupos de tra-balho instituídos com o fim de efectuaremauditorias nos registos clínicos multidisciplina-res em Inglaterra (Audit Comission 1999),notaram que a implementação de um progra-ma de recomendações baseadas nos resulta-dos de auditorias prévias, e designadamenteo desenvolvimento interno dos padrões deprática, tem o efeito de melhorar significativa-mente a qualidade dos registos. Essa evo-lução é notada em especial no preenchimen-to de mais itens e de forma mais detalhada.

O mesmo resultado foi encontrado por Larsonet al (2004), que verificaram num follow-up dedois anos uma substancial melhoria na pro-dução de relatórios de alta e na sua qualidade,em enfermeiros submetidos a um processo deauditoria aos registos, e subsequente programade formação como resolução do problema.

Estes factos deixam clara a pertinência de man-ter os profissionais informados e formados apartir de acções específicas de treino das com-petências nesta matéria (Myers et al 2006),facilitando assim a efectuação de mudanças noexercício profissional, com a finalidade decorrigir as deficiências identificadas.

A ausência de maior conhecimento e acessoaos estudos publicados sobre o resultado dostrabalhos de pesquisa, que formam a basepara uma prática baseada na evidência, ou aprópria inércia dos profissionais na assimi-lação e implementação dos dados e dasmedidas suportadas pela investigação,dando antes maior privilégio à sua formaçãode base, à experiência pessoal e à opiniãodos colegas, contribui significativamente paraas deficiências na qualidade e no tipo deregistos clínicos efectuados pelos fisioterapeu-tas (Turner 2001).

As auditorias efectuadas em Inglaterra permiti-ram em comum verificar que os conteúdos dosregistos dos fisioterapeutas deveriam ser maispormenorizados e incluir de forma sistemáticaoutros aspectos para além da avaliação ini-cial, por regra efectuada. Kaye (1991), porexemplo, aponta a falta dos objectivos daintervenção, não permitindo avaliar os resulta-dos e perceber se as estratégias utilizadas esti-veram de acordo com os padrões.

Outros aspectos notados com falhas foram asreavaliações ao longo do episódio de cuida-dos e em particular o uso de métodos quantita-tivos para o fazer (Turner et al 1996). Turner et

al (1999) apontam os mesmos erros e salien-tam a reduzida variedade de parâmetros usa-dos para registar os resultados, em particular aausência de uma avaliação funcional.

O advento da Classificação Internacional daFuncionalidade, Incapacidade e Saúde (ICF),como actualização dos sistemas de classificaçãoe registo emanados pela Organização Mundialde Saúde - OMS (WHO 2001), enquantomodelo conceptual tão próximo da Fisioterapiano entendimento dos conceitos de saúde e defuncionalidade, poderá ter sido um contributopara o arranque de uma solução ajustada parao problema dos registos clínicos, se soubermosaproveitar esse ensejo.

De facto, a universalidade da linguagem que sepreconiza e a participação multi-sectorial resul-tante dos canais de comunicação facilitadospela sua utilização, tornam pertinente a suaadopção pelos fisioterapeutas. Parece ser indis-cutível o seu potencial para a visibilidade, oreconhecimento e aceitabilidade dos registosefectuados pelos fisioterapeutas e por essa viauma maior clarificação do papel da Fisioterapianos ganhos de funcionalidade. Sendo este parâ-metro o indicador privilegiado para fins econó-micos, não restam dúvidas quanto à urgência naoperacionalização do uso da ICF…

A Confederação Mundial de Fisioterapia(WCPT) denotando um claro interesse na apli-cação da ICF, e no âmbito dos seus planos estra-tégicos em políticas de desenvolvimento da pro-fissão, estabeleceu um programa de colabo-ração com a OMS no sentido de elevar ospadrões da ICF com a sua participação eaumentar a sua utilização entre os fisioterapeu-tas. Nesse sentido, organizou um centro de recur-sos para a sua aplicação, onde apresenta umalista de aplicações e material de apoio, uma listade referências de centenas de artigos publicadose literatura relevante sobre o assunto (WCPT2007) e variados links de grande utilidade.Inclusivamente, dois dos poucos artigos de fundo(keynotes papers) que editou são dedicadosexclusivamente à ICF (Sykes 2006, 2007).

Entre nós, é de salientar a forma como algu-mas iniciativas individuais se têm conjugadocom esforços institucionais na procura de ultra-passar tamanha dificuldade. Esse empenhotem-se verificado quer a partir da organi-zação representativa dos profissionais, querde diferentes pólos académicos, quer aindano terreno, na prática clínica, a nível hospita-lar ou da intervenção na comunidade.

Nesse sentido, destacam-se em particular aparticipação da colega Carla Pereira comomembro do Grupo de Trabalho da Direcção-Geral de Saúde para a implementação daICF em Portugal; a criação de um Grupo deTrabalho da APF para as questões relativas àICF (APF 2008) e as acções de divulgaçãorealizadas por iniciativa académica (UATLA2008) ou individual (por exemplo, Martins2003; Vital, Noronha 2005); um estudo pilo-to de aplicação da ICF num modelo de ava-liação para os fisioterapeutas e testado noHospital São Teotónio (Viseu) e no HospitalFernando da Fonseca (Amadora-Sintra), queculminou num relatório não publicado(Martins 2006) e na apresentação de um tra-balho no 15º Congresso da WCPT (Martins2007); a implementação do conceito da ICFno modelo de intervenção e nos registos efec-tuados por fisioterapeutas em Centros deSaúde, nomeadamente no Bombarral e nasCaldas da Rainha, que deu origem a algumascomunicações em eventos de âmbito geral ouda Fisioterapia (Noronha, Vital 2004 [tam-bém apresentado no 6º Congresso da APF];Vital 2008) e uma proposta de modelo derelatório de alta, em fase de validação na prá-tica clínica (Salvador, Alves, Bettencourt2007), bem como de outros trabalhos, comu-nicações e projectos académicos envolvendoalunos e docentes.

CONCLUSÕESA produção de registos clínicos em Fisiote-rapia parece padecer de alguma falta de con-sistência e da desmotivação por parte dosprofissionais, apesar das recomendações dasentidades representativas da profissão e doprejuízo óbvio que resulta deste impasse.

Aguarda-se com expectativa o impacto dosplanos de actividades previstos e o desenrolardos projectos em curso, como alicerces para amudança de atitude e de mentalidades faceao futuro da profissão, procurando estimular edinamizar uma maior implementação dessepasso fundamental do Processo deFisioterapia, tão carente de mobilização doseu potencial.

Citando, de forma gentilmente autorizada, ocolega Emanuel Vital, por ocasião da sua par-ticipação numa acção de sensibilização parao tema (Vital 2008):

“Registo, logo existo…”

rar os registos num nível baixo na sua lista deprioridades (Pittman et al 1992).As mesmas questões de aprendizagem dascompetências de registo são postas na for-mação dos médicos. Os estudantes nesta áreadespendem muito tempo a aprender a recol-her uma boa história clínica e a realizar umexame físico, mas o ensino peca por defeitonas instruções e no treino de outros documen-tos como o relatório de alta (Frain, Frain, Carr1996). Apontam os estudos para o facto deque a introdução deste treino no plano curri-cular, particularmente se acrescido de umacorrecção individualizada, melhora significati-vamente a qualidade do desempenho na rea-lização dos relatórios (Myers et al 2006).Fora do contexto académico, nem sempre agestão dos serviços de fisioterapia tem a preo-cupação de considerar o tempo necessáriopara efectuar os registos, ao contemplar orácio de utentes por fisioterapeuta, porventuraenfatizando uma abordagem mais estatísticaou contabilística de documentar a prática,dando resposta às imposições de produtivida-de. O cumprimento dos preceitos de registos dequalidade confronta-se com o tempo disponívelpara o realizar, renegando-o para segundoplano ou encurtando a sua extensão ao queaparenta ser mais prioritário (Stamer 1995).Conforme atrás referido, certos modelos deprática dependentes de uma prescrição médi-ca para o início do episódio de cuidados e deuma reavaliação médica para a decisão dealta, ou aqueles em que o financiamento doscuidados exige um relatório médico, deixamigualmente pouca margem para o tipo deregistos que competem ao fisioterapeuta.Sobrepondo-se a todas estas contrariedades,as organizações representativas da profissãonão deixam de reforçar a necessidade deserem produzidos registos de qualidade quereflictam a mais-valia da Fisioterapia, canali-zando orientações específicas para esse efeitonos padrões de prática preconizados e estimu-lando a verificação da sua aplicação a partirde auditorias clínicas (APF 2005a, 2005b,2007b; WCPT 2003; WCPT-EU 2002).

A APF (2005a) salienta como orientaçãopara o Padrão 14 sobre documentação que:“A manutenção dos registos é uma parteessencial dos deveres do fisioterapeuta naconstrução de cuidados, para tal enquadran-do-se nos termos da lei.” (p.19).Tal preocupação mostra subliminarmente anoção do risco implícito na escassez de docu-mentação da prática. Conforme lembraBaumann (1991, citado por Turner et al1999), se algo não está documentado dosregistos do utente, então pode ser assumidoque não foi feito. Visto de outro ângulo, não épossível inferir o modelo de avaliação e inter-

venção (e muito menos o raciocínio clínicoseguido) se não houver registo desses passos.Apesar do carácter genuíno desses procedi-mentos, tão específicos da Fisioterapia e quefazem dela uma profissão única, enquantotodos estes aspectos estiverem por escrever, acrítica pela ausência de provas para sustentara eficácia irá abundar na literatura.Mais grave é a não clarificação de uma defi-nição operacional da Fisioterapia e a conse-quente obscuridade dos contornos do seuâmbito de intervenção. Esse facto, permite umasobreposição excessiva e desapropriada deoutras profissões, emergentes ou não, e a possi-bilidade da legislação ou de outros códigosjurídicos ou administrativos locais virem a con-templar, de forma prejudicial, as limitações cau-sadas pela insuficiente demarcação do espaçooperacional da Fisioterapia (Stamer 1995).De facto, não basta o paradigma para se pre-sumir da qualidade dos actos resultantes.Torna-se fundamental deixar transparecer ospassos que constituem todo o ciclo de inter-venção em Fisioterapia e não apenas a expo-sição dos resultados funcionais na forma explí-cita como o utente se apresenta na realidadeapós a alta. Da prova da eficácia e da visibi-lidade externa do processo representado aolongo desse ciclo serão recolhidos certamentemaiores dividendos para a profissão, pelorobustecimento da posição da Fisioterapia emaior protagonismo dos fisioterapeutas noseio das equipas multidisciplinares, na socie-dade e na comunidade científica em geral.Segundo Quinn e Gordon (2003), os fisiote-rapeutas deveriam orgulhar-se dos seus regis-tos pois são eles que constituem a janela pelaqual serão julgados pelos outros profissionais.Nosse, Friberg e Kovacek (2005) salientamque as tarefas de documentação não são defi-nitivamente motivantes para os fisioterapeutas.Apesar disso, a simplificação do processonão passa pela simples eliminação da tarefa,já que a documentação produzida por umaorganização é frequentemente a única fontede reconhecimento, e portanto de credibilida-de, perante muitos agentes exteriores à pres-tação directa dos cuidados, como as entida-des pagadoras. Poderá fazer a diferença nummercado particularmente saturado…

ASPECTOS LEGAIS E JURÍDICOSA possibilidade de apreciação ou julgamentoda Fisioterapia, a partir dos seus registos, nãose deverá situar apenas na perspectiva de umaauditoria da qualidade das práticas, ou vistacomo reforço da afirmação da sua eficácia(perante o utente, o Estado ou outras entidadesfinanciadoras), mas encarada também doponto de vista legal e jurídico. Estes aspectos

justificam a necessidade de constituir um pro-cesso clínico de Fisioterapia para cada utente,de forma a satisfazer os requisitos legais (APF2005a, 2007b; Stavenjord, Schunk 2005),articulado ou não com os registos de outrosprofissionais, e que contenha toda a infor-mação relacionada com um episódio de cui-dados, incluindo o relatório de alta.

Como registo concreto das suas práticas, adocumentação produzida pelo fisioterapeuta,enquanto profissional de saúde envolvido naprestação de cuidados aos cidadãos, poderásofrer o escrutínio de instituições legais paraefeitos de verificação de matéria jurídica(Stamer 1995). Os padrões de qualidade pre-sumem a possibilidade de contestação ereclamação por parte dos utentes sobre osserviços prestados. A defesa contra uma quei-xa de má prática ou a resolução de qualquertipo de litígio que envolva o fisioterapeutapassa pela avaliação da responsabilidadecivil imputável a partir de provas extraídas,desde logo, da documentação existente.

A forma como os registos deixam claro oraciocínio clínico seguido nas decisões toma-das em diferentes momentos, e como um rela-tório de alta consegue representar o resumodo episódio de cuidados, contemplando osaspectos mais significativos da interacçãocom o utente, em particular as decisões acor-dadas mutuamente (incluindo o consentimentoinformado, os objectivos a alcançar ou omomento de cessação dos cuidados), é deter-minante como matéria de facto na argumen-tação, pesando na emissão de um parecerjurídico (Arriaga 2002, 2003; Kolber, Lucado2005; Murphy 2001).

Independentemente do conteúdo, existemrequisitos legais para a redacção dos registose normas para o seu arquivamento, de acordocom as condições legalmente estabelecidaspara o tratamento de informação de saúde,tuteladas pela Comissão Nacional deProtecção de Dados no respeito pelos direitosdos utentes consignados pela Constituição daRepública, pela Lei de Bases da Saúde e pelodevido enquadramento da Lei da Protecçãodos Dados Pessoais (Portugal, Assembleia daRepública 1998), que transpõe para a ordemjurídica portuguesa a Directiva n.º95/46/CE, do Parlamento Europeu e doConselho, de 24 de Outubro de 1995, relati-va à protecção das pessoas singulares no quediz respeito ao tratamento dos dados pessoaise à livre circulação desses dados.

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GRUPO DE TRABALHO CUIDADOS CONTINUADOS

GRUPO DE TRABALHO CUIDADOS CONTINUADOS

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

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GRUPO DE TRABALHO FISIOTERAPIA — (ICF)

GRUPO DE TRABALHO FISIOTERAPIA — (ICF)

Oconceito de Incapacidade é o pontode partida de uma viagem com desti-no mas ainda longe de chegar ao

fim. Trata-se de um dos maiores problemas desaúde pública das sociedades modernas, queafecta indivíduos, famílias e a própria socie-dade e tem sido descrito através de váriasperspectivas, incluindo a médica, a económi-ca, a sociopolítica e a administrativa (Jette,1994). Na Fisioterapia o conceito é familiaraté porque o seu principal objectivo de inter-venção se centra na prevenção e redução daincapacidade dos utentes.

Para compreender e explicar a incapacidadee a funcionalidade foram propostos váriosmodelos conceptuais que podem ser expres-

sos numa dialéctica de “modelo médico” ver-sus “modelo social”. O modelo médico consi-dera a incapacidade como um problema dapessoa, causado directamente pela doençaou outro problema de saúde, o modelo social,por sua vez, considera a questão principal-mente como um problema criado pela socie-dade e, basicamente, como uma questão deintegração plena do indivíduo na sociedade(OMS, 2004).

Os esquemas conceptuais constituem a arqui-tectura básica na qual são construídas a inves-tigação, a prática clínica e, em última análiseas políticas dos cuidados de saúde. Desde asúltimas décadas do século XX que têm surgidovários modelos conceptuais tentando descre-

ver o processo de incapacidade. SegundoJette (1994), dos vários modelos conceptuaisexistem dois que se destacaram e guiaram ainvestigação nesta área ao nível da EuropaOcidental e dos EUA.

Um dos principais modelos foi desenvolvidopor um sociólogo, Saad Nagi, em 1965 emque é contemplado 4 conceitos centrais, esta-belecendo-se um encadeamento de fenóme-nos ligados à doença e em que o termo “inca-pacidade” é esquematizado como o resulta-do de todo o processo e é mais reservadopara o social do que para o funcionamentoindividual (Jette, 1994) (Figura 1).

Em 1993, a OMS iniciou um processo derevisão do ICIDH que dá origem a umaversão preliminar “alpha draft” (ICIDH-2) em1996, também sujeita a revisão devido aoscomentários e críticas de que foi alvo. Estasegunda versão ou “beta-1 draft” do ICIDH-2,estava finalizada no encontro internacionalde Genebra em 1997 e foi testada durantedois anos. Foram avaliados aspectos da estru-tura da classificação, localizadas falhas eredundâncias. Foram realizadas alteraçõesque levaram à realização de uma versão pre-liminar “beta-2 draft”, redigida em 1999 e tes-tada quanto à fiabilidade, tendo sido publica-da no mesmo ano para ser utilizada em diver-sos estudos para investigação. Com base nes-ses estudos e com a colaboração de váriospaíses e do Comité de experts em Medição eClassificação da OMS, foi elaborada aversão pré final do ICIDH-2 em 2000 que foisubmetida à apreciação do Comité Executivoda OMS em 2001 (OMS, 2004).

A versão final foi então apresentada à 54ªAssembleia Mundial de Saúde em 2001,tendo sido aprovada como membro oficial da“família” de classificações internacionais da

OMS e endossada com o título deClassificação Internacional de Funcionali-dade, Incapacidade e Saúde.

Esta família de classificações é composta duasclassificações principais, “ClassificaçãoInternacional de Doenças” (CID) e a“Classificação Internacional de Funcionali-dade, Incapacidade e Saúde” (ICF), às quaisestão associados outros grupos de terminolo-gia. (Figura 3). Estas classificações fornecemum sistema para codificação de uma amplagama de informações. Nestas classificaçõesutiliza-se uma linguagem comum e padroniza-da para permitir a comunicação em todo omundo, entre várias disciplinas e ciências.

A necessidade de complementaridade daCID e da ICF surge do facto de uma ser cen-trada nas causas da doença e a outra nasaúde da pessoa. Enquanto a CID é uma clas-sificação internacional estatística de doença eproblemas relacionados com a saúde, a ICF éclassificação de funcionalidade e incapacida-de associada ás condições de saúde. Em con-junto, a aplicação destas duas classificaçõespermite, de forma ampla e ao mesmo tempo

fiável, conhecer a saúde de uma população ea maneira como o ambiente interage com oindivíduo dificultando ou promovendo umavida em todo o seu potencial. Ou seja, a CIDfornece um modelo baseado na etiologia,anatomia e causas externas das lesões, e aCIF regista o impacto que as condições desaúde possuem no indivíduo (Farias &Buchalla, 2005; OMS, 2004).

Na actual nomenclatura da ICF o estado desaúde do indivíduo é abordado segundo umconceito positivo, enfatizando os recursossociais e pessoais, bem como as capacidadesfísicas dentro do contexto dos factores contex-tuais, Os Factores Contextuais representam ohistórico completo da vida e do estilo de vidade um indivíduo. Eles incluem dois componen-tes: Factores Ambientais e Factores Pessoais -que podem ter efeito num indivíduo com umadeterminada condição de saúde e sobre asaúde e os estados relacionados com a saúdedo indivíduo. (Figura 4). O constructo básicodo componente dos Factores Ambientais é oimpacto facilitador ou limitador das caracterís-ticas do mundo físico, social e atitudinal. Ex.

Outro modelo surge na sequência do sucessoda Classificação Internacional de Doenças(CID) uma vez que a OMS achou necessáriaa criação de uma classificação que se repor-tasse às consequências da doença com oobjectivo de facilitar o estudo das consequên-cias da saúde. Deste modo, desenharam-seclassificações como esquemas de códigospara permitir o registo de informação, paraque esta fosse interpretada através de formasde contagem numérica, para avaliar os pro-

cessos dos cuidados de saúde (Altman,2001). Estes primeiros registos (documentosinternos) que datam o ano de 1975, acabampor dar origem ao esboço do que virá a cons-tituir a Classificação Internacional deDeficiências, Incapacidades e Handicaps(ICIDH).

Philip Wood, um médico britânico, foi solicita-do pela OMS para que continuasse o trabal-ho feito até então e produzisse um sistema de

classificação. Em 1980, a OMS publicou oresultado do seu trabalho, o ICIDH, ondeconstam quatro conceitos interligados, progre-dindo do conceito de “doença ou desordem”,a qual foi identificada como uma situaçãointrínseca, para o resultado sob a forma doconceito de “handicap”, identificado comosocialização (Altman, 2001) (Figura 2).

A CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADEINCAPACIDADE E SAÚDE (ICF) NO CONTEXTO DA FISIOTERAPIA

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fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

ANABELA CORREIA MARTINS1, CARLA SANDRA PEREIRA2, LIA JACOBSOHN3

1 - Instituto Politécnico de Coimbra-ESTeS, 2 - Instituto Politécnico de Castelo Branco, 3 - Universidade Atlântica

Figura 1. Modelo de Nagi.

Figura 2. Modelo Original da OMS, ICIDH.

Figura 3: Família das Classificações Internacionais da OMS -2005

CID-10Classificação

Internacional dasdoenças e problemas

relacionados com a saúde

CIFClassificaçãoInternacional

de Funcionalidade, incapacidade

e saúde

Procedimentos de intervenção

Razões de encontro

INDNomenclatura

de doenças

Adaptações específicas

PRODUTOS ASSOCIADOS CLASSIFICAÇÕES PRINCIPAIS ADAPTAÇÕES

PATOLOGIAACTIVA

DEFICIÊNCIALIMITAÇÕES

FUNCIONAISINCAPACIDADE

DOENÇA OUDESORDEM

DEFICIÊNCIA INCAPACIDADE HANDICAP

Adaptação cuidados primários

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GRUPO DE TRABALHO FISIOTERAPIA — (ICF)

GRUPO DE TRABALHO FISIOTERAPIA — (ICF)

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

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de saúde e do trabalho internacionais, que inclui actividades que podemser condicionadas pela mobilidade e que se relacionam com as inte-racções e relações sociais, educação, emprego, gestão do dinheiro, vidacomunitária e social;

2) Índice de Funcionalidade Aplicado a Músicos Instrumentistas (10 itens);

3) Várias listas de categorias mais frequentes (core-sets) específicas paradeterminadas condições (ex. Doença de Parkinson, Doença de Alzheimer,Osteoporose) ou áreas específicas (Ortopedia, Neurologia, Cardio-Respiratória, Doenças Crónicas, Geriatria), ou genérica para aFisioterapia, são apenas alguns exemplos de como as categorias e respec-tiva codificação facultada na ICF, nos pode ajudar a organizar infor-mação e, consequentemente, facilitar a memorização e interpretação emcontexto;

4) Modelo de Avaliação da Funcionalidade, um instrumento baseado noesquema de interacção das componentes da ICF e no Ciclo deIntervenção de Granlund (identificação e explicação dos problemas,diagnóstico da Fisioterapia, definição de objectivos, planeamento da inter-venção/procedimentos e avaliação de resultados); produto de algunsmeses de trabalho, e cuja concepção só foi possível graças a uma longapesquisa, formação (workshops e outros eventos sobre ICF internacionais),parceria e colaboração em projectos internacionais, concretamente com oUniversity of Munich - WHO Collaboration Project, ao esforço de alunosde Fisioterapia da ESTESC (2.º e 3.ª anos) e de 41 fisioterapeutas dosServiços de Medicina Física e Reabilitação dos Hospitais FernandoFonseca, na Amadora e S. Teotónio, em Viseu, e outros em Prática Privada,que numa primeira fase, aplicaram o instrumento nos locais onde exer-ciam, deram feedbacks sucessivos, contribuindo para uma versão já apre-sentada e discutida internacionalmente, que neste momento, para além deestar a ser aplicada em contextos clínicos vários, serve de base ao mode-lo de raciocínio clínico e tomada de decisão de estudantes de Fisioterapiaem estágio de aprendizagem.

Actualmente, encontram-se em fase de desenvolvimento e validação as listasde conteúdos associados a estruturas/funções, actividades/participação, fac-tores ambientais, factores pessoais, diagnósticos da Fisioterapia, objectivos,procedimentos de Fisioterapia e instrumentos de avaliação, incluindo, os deresultados. Todos os interessados em colaborar neste projecto, e com vonta-de de contribuir para a implementação da ICF na Fisioterapia em Portugal,serão bem-vindos.

Saber não chega, temos que aplicar.Querer não chega, temos que fazer…

J W Goethe (1749-1832)

REFERÊNCIAS

• Altman B. (2001). Disability Definitions, Models, Classification Schemes, andApplications. In Albrecht G., Seelman K.D., & Bury M. (Eds.), Handbook of DisabilityStudies. (pp. 97-122). California: Sage Publications.

• Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. DirecçãoGeral de Saúde. Lisboa (2004).

• Farias, N. & Buchalla, C. M. (2005). A Classificação Internacional daFuncionalidade, Incapacidade e Saúde da Organizacao Mundial de Saude: concei-tos, usos e perspectivas. Revista Brasileira de Epidemiologia, 8, 187-193.

• Jette A.M. (1994). Physical disablement concepts for physical therapy research andpractice. Physical Therapy, 74, 380-6.

Figura 4: Interacção entre os componenters da ICF

CONDIÇÃO DE SAÚDE (perturbação ou doença)

ActividadeFunções

e estruturas do corpo

Participação

Duas pessoas com a mesma condição desaúde podem ter níveis diferentes de funciona-mento, e duas pessoas com o mesmo nível defuncionamento não têm necessariamente amesma condição de saúde. O que está depen-dente dos diversos factores contextuais, querambientais quer pessoais. De uma forma resu-mida os objectivos específicos da ICF podemresumir-se em:

• Proporcionar uma base científica para acompreensão e estudo da saúde e dos esta-dos relacionados com ela;

• Estabelecer uma linguagem comum paradescrever a saúde e os estados relaciona-dos com ela, para melhorar a comunicaçãoentre os distintos utilizadores, tais como pro-fissionais da saúde, investigadores, gestoresde politicas sanitárias e a população geral,incluindo as pessoas com incapacidades;

• Permitir a comparação de dados entre países,entre entidades sanitárias, entre os serviços, eem diferentes momentos ao longo do tempo;

• Proporcionar um esquema de codificaçãosistematizado para ser aplicado nos siste-mas de informação da saúde.

AICF é referenciada como uma classifi-cação dos estados de saúde e estadosrelacionados com a saúde, importando

reter que o conceito de saúde, presente nestedocumento, é muito abrangente, relacionan-do-se com os diferentes sectores da vida, coma funcionalidade humana, com o bem-estar ecom a qualidade de vida. Como referido, umdos principais objectivos da ICF é encontraruma linguagem comum e como a saúde envol-ve processos complexos, que colocam emcampo vários profissionais e sectores damesma ou de áreas distintas, há interesse emque essa linguagem comum ultrapasse a fron-teira intra-profissional, isto é, seja inter-profis-sional e inter-sectorial.

As palavras ou expressões que usamospodem estruturar a forma como pensamos, asdecisões que tomamos e as acções que reali-zamos. Também na Fisioterapia, a linguagemque usamos para descrever a saúde e os esta-dos com ela relacionados pode influenciar asnossas decisões e a forma como interagimoscom os utentes e com os outros profissionaiscom quem trabalhamos. Há muito que se per-cebe que a avaliação e a investigação emFisioterapia devem ultrapassar os objectivosde explicar causalidades ou efeitos, deveminteressar-se essencialmente pela compre-

ensão dos problemas, do contexto, das hipó-teses de soluções e dos resultados alcança-dos. O registo deverá permitir monitorizartodas essas informações, de forma objectiva,rápida e ao longo de todo o processo deintervenção. Em todo o mundo, a adopção daICF e o desenvolvimento de documentos ouinstrumentos específicos que sirvam os interes-ses de cada área científica e/ou profissão têmacontecido com mais ou menos rapidez e con-sistência, desde 2001. Os fisioterapeutas nãose têm alheado dessa responsabilidade ou,noutra perspectiva, dessa oportunidade degarantir um “desenvolvimento sustentado” daFisioterapia.

Através de projectos internacionais e/ounacionais já se demonstrou a sua operaciona-lização em vários contextos. Expondo apenasalguns exemplos, e falando de Portugal,podemos afirmar que, à semelhança de outrospaíses, nos últimos anos temos assistido à von-tade e à concretização da adequação de pro-gramas curriculares e/ou reformulações deunidades curriculares que explicitamentedemonstram a influência da ICF, introduzindonão só o modelo, mas também a classifi-cação. Também já foi significativo o númerode fisioterapeutas que por iniciativa própriaou dos serviços onde trabalhavam assistiram a

formação, sob a forma de acções de for-mação de 12 a 16 horas (POS ProgramaSaúde XXI) em diversos Hospitais e outras ins-tituições, e de workshops de 3 a 4 horas (naESTESCoimbra). Em vários congressos e jorna-das no âmbito da Fisioterapia ou áreas afins,a ICF também já foi apresentada por fisiotera-peutas, numa perspectiva global ou, porexemplo, no contexto da Fisioterapia emNeurologia e em Cuidados Continuados.

A identificação e o reconhecimento dos facto-res ambientais e o seu impacto na funcionali-dade humana, fizeram crescer uma outralinha de investigação, não só porque apodem influenciar positiva ou negativamente,mas acima de tudo porque estão muito asso-ciados às abordagens comunitárias/domici-liárias ou relacionadas com as tecnologias deapoio, cada vez mais comuns na prática dofisioterapeuta, podendo também influencia-la.

Na investigação “ao serviço da clínica”, pro-cedeu-se ao desenvolvimento e à validaçãode instrumentos, nomeadamente:

1) Questionário de Avaliação da Participa-ção Social, um indicador de saúde e fun-cionalidade emergente, mas actualmentejá assumido por institutos e departamentos

O Grupo de Trabalho de Fisioterapia em Cuidados Continuadosda APF esteve presente no passado dia 11 de Abril de 2007 noevento Saúde Portugal 2008 Expo&Conferências, tendo participa-do na Conferência sobre Cuidados Continuados Integrados,fazendo-se representar pela colega Carla Moreira.

O evento realizado na Cordoaria Nacional em Lisboa e organiza-do pelo Jornal do Centro de Saúde, com o patrocínio científico daDirecção-Geral da Saúde e do Alto Comissariado da Saúde, pro-moveu acções de informação e educação para a saúde em works-hops e rastreios gratuitos, sensibilizando a população para a pre-venção, o diagnóstico precoce, a eliminação de factores de riscoe a adopção de estilos de vida saudáveis.

A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares promo-veu a Conferência sobre “Cuidados Continuados Integrados -Situação actual, desafios e perspectivas”, com a participação daDra. Inês Guerreiro, coordenadora da Unidade de Missão paraos Cuidados Continuados Integrados, Dr. Manuel Caldas deAlmeida, director do Hospital do Mar e provedor de uma SantaCasa da Misericórdia, Dr.ª Célia Pilão, Administradora Hospitalarno Centro Hospitalar de Lisboa Zona Central, Drª Augusta Lopes,Coordenadora do Serviço Social do Centro Hospitalar de LisboaZona Central, como oradores.

Segundo a Drª Inês Guerreiro, irão iniciar este ano 10 experiên-cias-piloto nos ACES (Agrupamentos de Saúde) que foram recen-temente identificados. Tendo em conta que já existe uma grandenecessidade de resposta da RNCCI nos casos de re-internamentopor complicações, a coordenadora da Unidade de Missão afirmamesmo ser urgente arrancar com as Equipas Domiciliáras deCuidados Continuados.

O Dr. Manuel Caldas de Almeida, gestor hospitalar e de diferen-tes tipologias de Unidades de Cuidados Continuados, apresentoua sua experiência chamando a atenção para o seguinte: devemexistir paralelamente Unidades mais especializadas como aUnidade de AVC existente em Évora. Portugal, no que diz respei-to aos Cuidados Paliativos não se encontra ainda no caminhocerto, será no futuro um enorme desafio e, por último, o enfoquena Gestão da Equipa e na importância dos diferentes profissionaispara o sucesso em matéria de reabilitação, referindo inclusivamen-te que Espanha tem equipas multidisciplinares com TerapeutaOcupacional e Fisioterapeutas e Portugal não.

As intervenções foram seguidas de um curto debate onde tambémfoi questionado o facto da região de Lisboa e Vale do Tejo ser amais carenciada no que respeita a unidades de média e longaduração, tendo em conta as necessidades que apresenta e que jáhá muitas décadas revelam carência nesta região.

CONFERÊNCIA SOBRE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

FactoresAmbientais

Factores Pessoais

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fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

MELHORAR O ASPECTO DE UMA CICATRIZ DO PONTO DE VISTA COSMÉTICO SEM RECORRER À CIRURGIA PLÁSTICA

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COMO SE DESENVOLVE UMA CICATRIZ?A cicatriz é o tipo de tecido cutâneo que se forma no

encerramento de uma ferida da pele As causas mais frequentes das feridas são os trauma-

tismos (acidentes) e as incisões (feridas cirúrgicas);mas também podem resultar de perfuração, denta-

da, queimaduras ou cauterizações.

PORQUE É QUE AS CICATRIZES PREOCUPAM TANTO AS PESSOAS?

Porque podem ser inestéticas ou causadorasde distúrbios funcionais, p. ex. limitando amobilidade.

Há condições que contribuem determi-nantemente para que estas 2 situaçõesocorram: o tipo de cicatriz, a sua locali-zação e factores de risco individuais.

É POSSÍVEL PREVER COMO VAIFICAR UMA CICATRIZ E ACTUARPREVENTIVAMENTE?O tipo e a causa da lesão da pele per-mitem prever diferentes resultados finaisde cicatrização.

O prognóstico é favorável para feri-das de incisões em linha recta quedecorrem por exemplo das inter-venções cirúrgicas e em feridas nãoinfectadas.

Inversamente, feridas cutâneas comextensa perda de tecido, p. ex. em

consequência de queimaduras ,permitem antever cicatri-

zes cosmética oufuncionalmente

problemáti -cas.

No casode cica-trizes

por infecções (p. ex. na acne), o tratamento da causa emtempo útil é importante na prevenção da formação da cicatriz.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE UMA CICATRIZ HIPERTRÓFICA E ATRÓFICA?Quando há distúrbio na formação de tecido cicatricial, os resul-tados do processo de cicatrização poderão ser insatisfatóriosdo ponto de vista cosmético.

Poderá haver formação excessiva de tecido cicatricial(cicatrização hipertrófica), o mais frequente, em que a cica-triz fica elevada, ou ocorrer formação deficiente (cicatri-zação atrófica), como por exemplo na acne, em que a cica-triz fica deprimida.

O QUE É UM QUELÓIDE?A hipertrofia cicatricial e os quelóides estão associados àexcessiva formação de tecido.

Os quelóides são cicatrizes que se estendem para alémdos limites da ferida original e infiltram-se no tecido saudá-vel adjacente. São cicatrizes altas, deformadas e podemdar sintomas (dor, prurido).

Os quelóides geralmente formam-se entre 6 meses a 1 anoapós o evento indutor. Há factores de risco perfeitamenteidentificados: pele de cor escura, pessoas jovens, sexo femi-nino, zonas de maior tensão, áreas específicas do corpo,predisposição familiar e questões hormonais.

A DERMOCOSMÉTICA PODE AJUDAR A MELHORARO ASPECTO DE UMA CICATRIZ?Actualmente já há disponível em Portugal produtos de der-mocosmética, à venda nas farmácias e parafarmácias, quepodem não apenas melhorar o aspecto cosmético de umacicatriz mas que podem também ajudar a prevenir a for-mação de cicatrizes hipertróficas e quelóides, inestéticas erestritivas da mobilidade.

QUAL A SUA OPINIÃO DE MEDERMA - CUIDADO DER-MATOLÓGICO PARA CICATRIZES QUE FOI RECENTE-MENTE LANÇADO EM PORTUGAL?É um produto líder nos EUA com eficácia e tolerânciademonstrada mesmo em tratamentos prolongados e quepode ser usado em crianças. As reacções cutâneas locaissão pouco frequentes. Os vários estudos clínicos publica-dos demonstraram eficácia na redução do comprimento,largura e relevo das cicatrizes em diferentes tipos de feri-das. Parece ser um produto interessante e que oferecenovas prespectivas na área da cicatrização.

PUBLIREPORTAGEM

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GRUPO DE INTERESSE EM TERAPIA MANUAL

GRUPO DE INTERESSE EM TERAPIA MANUAL

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

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fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

As técnicas de Manipulação Vertebral têm vindo a ser usadas por Fisioterapia desde há váriosanos. Vários autores na área das Músculo-Esqueléticas incluindo Cyriax, Grieve, e Maitlandtêm descrito a manipulação vertebral e recomendado a sua utilização na abordagem das

disfunções da coluna vertebral.

Os movimentos passivos da coluna vertebral são normalmente utilizados na abordagem de dis-funções vertebrais. Um dos paradigmas mais populares deste tipo de intervenção é o Conceito deMaitland e o corolário deste, a Teoria dos Movimentos Combinados.

Este curso tem como objectivo introduzir as semelhanças fundamentais entre a abordagem daManipulação Vertebral e da Teoria dos Movimentos Combinados e introduzir o princípio daselecção das Técnicas de Manipulação Vertebral baseado na Teoria dos MovimentosCombinados. Assim, será facultado aos participantes um método de aplicação das Técnicas deManipulação Vertebral que integra os dois conceitos.

THE TREATMENT OF SPINAL DYSFUNCTION WITH COMBINED MOVEMENT THEORYMOBILISATION AND MANIPULATION

Curso The Treatment of Spinal Dysfunction With Combined Movement Theory:Mobilisation and Manipulation

Nome Nº de Sócio

Morada

Cod. Postal Tlm.: Tel.

Local trabalho Tel.

E-mail:

Pretendo efectuar inscrição:

Movimentos Combinados - Coluna Cervical - C. McCarthy (24 e 25 de Maio 2008)

Junto envio Cheque:

Nº Cheque do Banco no valor de € de ____/____/___

Nº Cheque do Banco no valor de € de ____/____/___

Data: ____/____/ ____ Assinatura: ________________________________________________________________________

Enviar para: Associação Portuguesa de Fisioterapeutas, Rua João Villaret, 285 A, Urbanização Terplana 2785-679 Sº Domingos de Rana

FORMADORChristopher McCarthyPhD, PGD Manipulative Therapy,PGD Biomechanics, MMACP,MCSP.

SÁBADO

9.00 INTRODUCTIONJustification for this approach.

PRINCIPLESConcept of Treatment Dose. Indications.

ASSESSMENT PRINCIPLESPrime Movement.Prime Combination.Regular Pattern.Irregular Pattern.

TREATMENT SELECTION / PROGRESSIONSevere, Inflammatory Nature.

10.15 BREAK

10.30 PRACTICALEXAMINATION AND TREATMENTObservation. Functional Demonstration, palpation.

ACTIVE MOVEMENTSRanking, Prime movement, Prime combination.

DIFFERENTIATION Muscular restriction, Neurogenic restriction.

ANTERIOR PALPATIONAnatomy, Paraspinal tone, fibrosis, Sympathetic trunk.

12.15 LUNCH

13.00 PASSIVE MOVEMENTPhysiological movementAccessory movement

REGULAR PATTERNSExt, ipsilateral lateral flex, ipsilateral rotn.Flex contralateral flex, contralateral rotation.

IRREGULAR PATTERNSExt, ipsilateral lateral flex, contralateral rotn.Flex, contralateral lat flex, ipsilateral rotn.

15.15 BREAK

15.30 TREATMENTCase Studies, Discussion of; Groupdiscussion of case studies Review of key themes of the day.

17.00 FIM

DOMINGO

9.00 LECTURE

INTRODUCTIONTO MANIPULA TIONWhat is an SMTT?How effective is it as a treatment? What are the indications?What are the contra-indications?

VERTEBRAL ARTERY CONSIDERATIONSVertebro-basilar accidents. Anatomy. Dizziness. Protocol for use. Discussion of risk benefit and limitations of our knowledge in this area.

“VBI” case studies presented and discussed in groups

SELECTION OF TECHNIQUEUse of irregular patterns.

10.15 BREAK

10.30 PRACTICAL COMBINED PPIVMSAnterior capsular stretch, Posterior capsular stretch.

10.30 HIGH VELOCITY LOW AMPLITUDE MOVEMENTHigh Acceleration, Low amplitude thrusts in minimal at mid range.

12.00 LUNCH

12.45 VERTEBRAL ARTERY TESTINGMANIPULATIONSPairs, cooperating in the process of developing the skill to identify suitable levels for manipulation or mobilisation

14.30 BREAK

14.45 PROGRESSION OF TREATMENTIntegration of manipulations and mobilisation techniques. Case studies

15.30 SUMMATIVE DISCUSSIONReiteration of principles and discussion of key themes.

17.00 FIM

FIM-DE-SEMANA COLUNA CERVICAL

HORÁRIO: 9h às 17h

N.º DE HORAS: 14

DATA: 24 e 25 de Maio 2008

LOCAL: IP Setúbal - ESS

VAGAS: 16

DESTINATÁRIOS: Fisioterapeutas

PREÇO: Sócios 200€ / NãoSócios 250 €

DATA LIMITE DE INSCRIÇÃO: 30 de Abril

Curso Leccionado em Inglêse sem tradução

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GRUPO DE INTERESSE EM TERAPIA MANUAL

GRUPO DE INTERESSE EM TERAPIA MANUAL

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

GRUPO DE INTERESSE EM ENVELHECIMENTO

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fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

AAssociação Portuguesa de Fisiotera-peutas através do Grupo de Interesseem Envelhecimento, em parceria com a

Escola Superior de Saúde do Alcoitão, tem oprazer de anunciar a todos os fisioterapeutaso 1º Curso de Pós-Graduação emFisioterapia no Envelhecimento, que terá iní-cio em Novembro de 2008 e término emJulho de 2009.

O curso aborda as questões do Envelheci-mento numa perspectiva multidimensional,organizadas de acordo com um modelo multi-disciplinar e pretende dotar os fisioterapeutasde competências e capacidades que permi-tam intervir, como agentes facilitadores dapromoção de um envelhecimento activo, opti-mizando o potencial funcional, compensando

as limitações decorrentes do normal processode envelhecimento e implementando estraté-gias de avaliação e prevenção de riscos, querao nível da prática clínica directa, quer aonível de organização, gestão e coordenaçãode serviços geriátricos/gerontológicos.

O curso, será em regime pós-laboral, 5ª e 6ªfeiras das 17h00 ás 21h00 e Sábados das9h00 às 18h00 com frequência de cerca dedois fins-de-semana por mês.

Recomenda-se a todos os colegas interessa-dos que estejam atentos, uma vez que a Pós-Graduação será divulgada em breve, entreoutras formas, através da mailing list da APF eno site da APF (www.apfisio.pt) e da ESSA(www.essa.pt).

FORMADORACarole StolzFisioterapeuta britânica. Directora da Região Europeia da Mulligan Concept Teacher'sAssociation desde 1999.Diploma de Pós-Graduação emTerapia Manual Avançada pelaUniversity of Sauth Australia.Formadora internacional do Conceitode Mulligan desde 1995, em diver-sos países de todo o Mundo.

ASSISTENTEFrancisco NetoMestre em Fisioterapia pela University of Brighton.Certificado de Pós-graduação em Terapia Manual Ortopédica pelaCurtin University of Technology. Assistente internacional do Conceito de Mulligan. Docente na EscolaSuperior de Saúde do Vale do Sousa.

Este curso apresentará o conceito desen-volvido por Brian Mulligan, Fisiotera-peuta Neo-zelandês, nos anos 70.

Actualmente, é incorporado na prática clínicade Fisioterapeutas de todo o Mundo, nomea-damente em países como Austrália, NovaZelândia, Reino Unido, Alemanha e EstadosUnidos da América.

Mulligan sugere um modelo de falhas posicio-nais articulares para explicar os resultadosimediatos conseguidos através do seu concei-to. Actualmente, tem-se desenvolvidos pesqui-sas científicas com o objectivo de demonstrara eficácia das diferentes técnicas e determinaros mecanismos neurofisiológicos associados.

O conceito de Mulligan assenta, essencial-mente, nos seguintes grupos de técnicas:

1) NAGs (natural apophyseal glides) são movi-mentos acessórios em que se efectua o desli-ze de uma faceta sobre a adjacente. Estatécnica é efectuada de modo passivo, semintervenção do paciente;

2) SNAGs (sustained natural apophyseal gli-des) são movimentos acessórios semelhantesaos NAGs, e envolvem a participação acti-va do paciente, que deverá efectuar o movi-mento identificado como sinal comparável;

3) MWMs (mobilization with movement) apli-cam o princípio do movimento acessóriocombinado com movimento activo, assimcomo os SNAGs, mas aplicam-se nas articu-lações periféricas.

Poderá obter mais informações sobre o concei-to de Mulligan através do sitewww.bmulligan.com

PARTE CRevisão da matéria do curso AB e tratamentodas articulações sacro-ilíaca e têmporo mandi-bular, mobilização do sistema nervoso sob oconceito de Mulligan.

Inclui também uma longa abordagem sobre oombro e coluna torácica, movimentos combina-dos e mobilização vertebral com movimentosdos membros superiores e inferiores.

Outra técnica a abordar será a “PRP - PainReleaving Phenomenen” em oposição completacom a abordagem de Mulligan, permite a pre-sença de dor.

Este curso C tem 50% de revisão de matéria e50 % de matéria nova.

Horário: 9h às 18h

N.º de Horas: 24

Data: 27, 28 e 29 de Junho 2008

Local: ESSA - Alcoitão

Vagas: 28

Destinatários: Fts sócios da APF

Preço: 420 €

Data limite de inscrição: 25 de Maio

PARTE A/B - MADEIRAConsiste no tratamento do quadrante superior einferior, inclui coluna cervical, torácica e lombar,assim como mão cotovelo e ombro, pé, tibio-tár-sica, joelho e anca. Está também incluído aabordagem para as dores de cabeça e tonturas.

Horário: 9h às 18h

N.º de Horas: 24

Data: 11, 12 e 13 de Junho de 2008

Local: Centro Sáude Santa Cruz

Vagas: 28

Destinatários: Fts sócios da APF

Preço: 420 €

Data limite de inscrição: 10 de Junho

CURSO CONCEITO DE MULLIGAN

ESTRUTURA DO CURSO CONCEITO DE MULLIGAN

Ficha de Inscrição CURSO CONCEITO DE MULLIGAN

Nome Nº de Sócio

Morada

Cod. Postal Tlm.: Tel.

Local trabalho Tel.

E-mail:

Pretendo efectuar inscrição:

Conceito de Mulligan Parte C – Carole Stolz (27, 28 e 29 de Junho 2008)

Conceito de Mulligan Parte AB Madeira – Carole Stolz (11, 12 e 13 de Junho 2008)

Junto envio Cheque:

Nº Cheque do Banco no valor de € de ____/____/___

Nº Cheque do Banco no valor de € de ____/____/___

Data: ____/____/ ____ Assinatura: ________________________________________________________________________

Enviar para: Associação Portuguesa de Fisioterapeutas, Rua João Villaret, 285 A, Urbanização Terplana 2785-679 Sº Domingos de Rana

1º CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃOEM FISIOTERAPIA NO ENVELHECIMENTO

1º Curso de Pós-Graduação emFisioterapia no Envelhecimento

Início em Novembro de 2008

Esteja atento a: www.essa.pt e ao Boletim da APF

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Ficha de Inscrição GRUPO DE INTERESSE EM FISIOTERAPIA EM PEDIATRIA

Nome Nº de Sócio

Morada

Cod. Postal Tlm.: Tel.

Local trabalho Tel.

E-mail:

Pretendo inscrever me no Curso: theralogs em Pediatria (30 e 31 Maio '08)

Junto envio Cheque:

Nº Cheque do Banco no valor de € de ____/____/___

Data: ____/____/ ____ Assinatura: ________________________________________________________________________

(Recorte ou Fotocopie e envie para a A.P.F.)

DATA: 30 e 31 de Maio de 2008

DIRIGIDO A: Fisioterapeutas

PREÇO:Sócios APF = 125€Não sócios APF = 175€

DURAÇÃO:13 horas

HORÁRIO:30 de Maio, 6ª feira: das 14h às 20h31 de Maio, sábado: das 10h às13h e das 15h às 19h

LOCAL DE REALIZAÇÃO:Escola Superior de Saúde da CruzVermelha Portuguesa

FORMADOR:Prof. Francesc Octavio Mata (Espanha)

NÚMERO MÁXIMO DE PARTICIPANTES: 25

DATA LIMITE DE INSCRIÇÃO:20 de Maio de 2008

1º CURSO DE THERATOGS EM PEDIATRIA

GRUPO DE INTERESSE DE FISIOTERAPIA EM PEDIATRIA

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CONTEÚDOS:BLOCO I

• Introdução ao Theratogs como ferramenta terapêutica

• Principais aplicações do Theratogs

• Avaliação clínica global do utente

• Princípios no desenvolvimento músculo-esquelético

• Revisão da patologia nas disfunções funcionais

BLOCO II

• Princípios biomecânicos na utilização do Theratogs

• Aplicação do Theratogs em diversas patologias

• Apresentação de casos

• Aplicações práticas

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fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

fisioB O L E T I M I N F O R M AT I VO

13 DE NOVEMBRO DE 2008QUINTA-FEIRA

8:00 SECRETARIADO

9:00 WORKSHOP ATreino Neuromuscular Reactivo Celso Silva

9:00 WORKSHOP BImplementação e Organização de Programas de Reabilitação CardíacaCatarina Santos e Ana Adegas

9:00 WORKSHOP CIntrodução ao Pilates ClínicoAna Rita Cruz

11:00 Coffee-break

11:30 WORKSHOP DIntrodução ao Conceito de Mulligan Francisco Neto

11:30 WORKSHOP ECIM - Diatermia por Radiofrequência: Método Capacitivo e ResistivoPilar Sánchez e Luis Ribeiro

11:30 WORKSHOP FComunicação e Terapias Energéticas em Cuidados PaliativosOrlando Martins

13:30 Almoço

14:30 SESSÃO DE ABERTURA

Presidente do 7º Congresso Nacional de FisioterapeutasIsabel de Souza Guerra

Presidente da Comissão Científicado 7º Congresso Nacional de FisioterapeutasMaria Beatriz Fernandes

Presidente da Comissão Organizadora do 7º Congresso Nacional de FisioterapeutasPedro Jorge Rebelo

Vice-Presidente da Associação Portuguesa de FisioterapeutasAntónio Lopes

15:00 SESSÃO PLENÁRIA 1Desafios da Saúde e Autonomia Profissional Presidente da Mesa: Conceição Bettencourt

15:00 O Reconhecimento Público da Autonomia ProfissionalLuís Filipe Camejo

Processo de Acreditação na HolandaPaul Beenen

Um Projecto de Autonomia ProfissionalAntónio Gaspar

17:00 Coffee-break

17:30 COMUNICAÇÕES LIVRES

19:30 PORTO DE HONRA

9:00 SESSÃO PLENÁRIA 2Desenvolvimento Profissional Contínuo / Aprendizagem ao Longo da Vida Presidente da Mesa: Eduardo Cruz

Aprendizagem ao Longo da Vida:Implicações Académicas e PráticasCristina Melo

Aprendizagem ao Longo da Vida: Importância no Desenvolvimento Profissional e PessoalIsabel Rasgado Rodrigues

Aprendizagem ao Longo da Vida: Mudança de Atitudes Fátima Sancho

Life Long Learning — Developing the Profession and Linking: Education, Profession and EmploymentAntónio Lopes

11:00 Coffee-break

11:30 COMUNICAÇÕES LIVRES

13:00 Almoço

14:00 SESSÃO PLENÁRIA 3Da Investigação para a Prática/Normas de OrientaçãoPresidente da Mesa: Augusto Gil Pascoal

Integração da Evidência na Prática Clínica: Dificuldades e OportunidadesMadalena Gomes da Silva

Prática do Fisioterapeuta Qual a Evidência PortuguesaMiguel Gonçalves

11:00 COMUNICAÇÕES LIVRES

Neuro-Músculo-EsqueléticaPresidente da Mesa: José Fernandes

Low Back Pain — Evidence Based Practice Tiina Kuukkanen

COMUNICAÇÕES LIVRES

Especializações em FisioterapiaPresidente da Mesa: Lia Jacobsohn

Especialização em Fisioterapia na EuropaNina Holden

COMUNICAÇÕES LIVRES

13:00 Almoço

14:00 SESSÃO PLENÁRIA 5Fisioterapia no DesportoPresidente da Mesa: Ângela Pereira

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16:00 CONCLUSÕES DO CONGRESSO

17:00 WORKSHOP GA Ajuda aos Músculos ExpiratóriosTécnicas Facilitadoras da Expectoração Pedro Vergara

17:00 WORKSHOP HThe ICF — Applicability for PhysiotherapyTiina Kuukkanen

17:00 WORKSHOP IEstratégias de Avaliação da Fisioterapia com Base no Conceito da CIF em IdososIrene Higgs e Margarida Paixão

17:00 WORKSHOP JEspecialização em FisioterapiaNina Holden

9:00 - 17:00 CURSO PÓS-CONGRESSOTecarterapia Electroterapia por Correntes Eléctricas de Radiofrequência Darmo Debi e Luis Ribeiro

14:00 Importância da Evidência Qualitativa Paul Beenen

Normas de OrientaçãoJoão Gil

16:00 Coffee-break

16:30 CONFERÊNCIA APF 2008João Vasconcelos Martins

17:00 ENTREGA DE PRÉMIOS APF

20:00 JANTAR DE GALAWorkshop - Prova de Vinhos

9:00 SESSÃO PLENÁRIA 4Áreas Emergentes da FisioterapiaPresidente da Mesa: Patrícia Almeida

A Fisioterapia e os Cuidados Primários, Escola e SaúdeEmanuel Vital

Fisioterapia em Bem-estar, que Futuro?Paulo Araújo

A Intervenção do Fisioterapeuta no TermalismoHelena Murta

Fisioterapia nos Cuidados Continuados — Importância, que Futuro?Cláudia Maia e Moura

10:30 Coffee-break

11:00 SESSÕES TEMÁTICASCardio-Respiratória Presidente da Mesa: Teresa Tomás

Ventilação não InvasivaPedro Vergara

7º CONGRESSO NACIONAL DE FISIOTERAPEUTASLISBOA 13I14I15 NOVEMBRO 2008

FisioterapeutaEscola:Ano Final Curso:

Estudante Ft.Escola: Ano:(envie comprovativo estudante - só para não sócios APF)

Sócio da APF Nº

Não Sócio(envie cópia do Certificado de Curso)

Nome (Completo):

Morada:

Cod. Postal: Concelho:

Telefone: Telemóvel:

Email:

Local trabalho Tlf.Trabalho:

Pagamento (um ou dois cheques à ordem de APF, a descontar o 1º na data de inscrição e o 2º após 30 dias):

Nº Cheque Banco Valor € ____/____/___

Nº Cheque Banco Valor € ____/____/___

Cada inscrição no Congresso dá direito à frequência de 2 wokshops à escolha. A distribuição dos workshopsserá feita por ordem de chegada das inscrições, para um número máximo de 40 inscrições por workshop. Paratal, assinale os workshops (1-10) pela sua ordem de preferência.

A B C D E F G H I J*

Desistências: No caso de desistência até 08/09/2008 o inscrito será reembolsado em 50%, nãohavendo direito a reembolso para desistências após esta data.* Máximo 20 inscrições

Preços InscriçãoAté

08/09/2008Até

15/10/2008Depois de 15/10/2008

Sócios Efectivos APF 150€ 180€ 250€

Sócios Estudantes APF* 80€ 100€ 150€

Fts. Não sócios 300€ 330€ 400€

Estudantes não sócios

150€ 180€ 250€

Assinatura:Secretariado:

Comissão Organizadora do 7º CongressoRua João Villaret, 285 A • Urbanização Terplana

2785-679 S. Domingos de Rana

*Consideram-se Sócios Estudantes todos aqueles que ainda não terminaram o 1º ciclo do curso de Fisioterapia

14 DE NOVEMBRO DE 2008SEXTA-FEIRA

15 DE NOVEMBRO DE 2008SÁBADO

15 DE NOVEMBRO DE 2008SÁBADO

16 DE NOVEMBRO DE 2008DOMINGO

* Preletores a confirmar

7º CONGRESSONACIONAL DEFISIOTERAPEUTASPrograma Científico Provisório

Jantar de Gala 40€ Curso paraCongressista 40€ Curso para não

Congressista 70€

PROGRAMA CIENTÍFICO PROVISÓRIOFontana Park Hotel, Saldanha - Lisboa

PROGRAMA CIENTÍFICO PROVISÓRIOFontana Park Hotel, Saldanha - Lisboa