470328-estabilidade_aula_01_2015

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA e TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE DIRETORIA ACADÊMICA DE CONSTRUÇÃO CIVIL TEC. CONSTR. EDIFÍCIOS - EDIFICAÇÕES – TÉCNICO SUBSEQUENTE ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES NOTAS DE AULA: - Prof. Borja 2015.1

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estabilidade para tecnico em edificações - revisão preliminar

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  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO CINCIA e TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE

    DIRETORIA ACADMICA DE CONSTRUO CIVIL

    TEC. CONSTR. EDIFCIOS - EDIFICAES TCNICO SUBSEQUENTE

    ESTABILIDADE DAS CONSTRUES

    NOTAS DE AULA:

    - Prof. Borja 2015.1

  • 2

    1. INTRODUO REVISO

    1.1. SISTEMA DE UNIDADES

    As unidades adotadas na mecnica referem-se s unidades de comprimento,

    tempo, massa e fora. A unidade de fora a unidade derivada, geralmente chamada de

    Newton (N), definida como a forma que imprime uma acelerao de 1m/s massa de

    1kg, conforme ilustrado na Figura 1.

    F = 1 Na = 1m/s

    m = 1 kg

    FIGURA 1. Corpo sob ao de uma fora.

    1N = (1kg)(1m/s) = 1kg.m/s

    Na tabela 1 apresentam-se as unidades do Sistema Internacional (SI).

    Tabela 1. Sistema Internacional de Unidade.

    Quantidade Smbolo dimensional Unidade bsica

    Comprimento L metro (m)

    Tempo T segundo (s)

    Massa M quilograma (kg)

    Fora F Newton (N)

    Na tabela 2 apresentam-se algumas converses de unidades equivalentes.

    Tabela 2 - Converso de Unidades.

    UNIDADE EQUIVALENCIA

    1 MPa 1 N/mm2

    1 MPa 1 x 10 6 N/m2

    1 GPa 1 x 10 9 N/m2

    1 kgf 9,81 N

    1 kgf 2,20 lb

    1 polegada (ou 1) 2,54 cm

    1 m2 10000 cm2

  • 3

    1.2. TRIGONOMETRIA

    A trigonometria uma ferramenta poderosa para solues de problamas que

    envolvam reas, ngulos, decomposio de foras, em todas as res tcnicas. O nome

    trigonometria significa medida dos trs ngulos de um tringulo e determina um ramo da

    matemtica que estuda as relaes entre esses ngulos e as medidas dos lados de um

    tringulo. As relaes trigonomtricas podem sem observadas na Figura 2.

    EFsen

    OFcos

    ABtg

    DCgcot

    OBsec

    OCeccos

    1ROR

    FIGURA 2. Crculo e funes trigonomtricas

    1.3. TRINGULO RETNULO

    No tringulo retntulo, Figura 3, os catetos so os lados que formam o ngulo de

    90 . A hipotensa o lado oposto ao ngulo de 90 e determinada pela relao:

    a2 = b2 + c2, conhecida como TEOREMA DE PITGORAS.

    ac

    hipotenusaoposto cateto sen

    ab

    hipotenusaadjacente cateto cos

    bc

    adjacente catetooposto cateto tg

    ba

    adjacente catetohipotenusa sec

    ab arccos

    ac arcsen ;

    bc arctg

    FIGURA 3. Relaes Trigonomtricas de um Tringulo Retngulo.

  • 4

    Relao fundamental da trigonometria: senx + cosx = 1

    1.4. TRINGULO QUALQUER

    Para a soluo de problemas de tringulo qualquer, utilizamos as relaes

    trigonomtricas conhecidas como Lei do Seno e Lei do Cosseno, apresentadas a seguir e

    representada graficamente na Figura 4.

    FIGURA 4. Tringulo Qualquer.

    LEI DOS SENOS:

    2R C sen

    c B sen

    b Asen

    a

    LEI DOS COSSENOS:

    C 2ab.cos - b a cB 2ac.cos - c a b A2bc.cos - c b a

    2. NOES FUNDAMENTAIS ESTTICA DOS PONTOS MATERIAIS

    a. Foras no plano

    Uma fora representa a ao de uma ao de um corpo sobre outro, capaz de

    alterar o estado de movimento ou provocar deformaes. Sua representao feita

    atravs de vetores, caracterizada por seu ponto de aplicao, sua intensidade, direo e

    sentido.

  • 5

    A intensidade de uma fora definida por sua linha de ao. A linha de ao a

    reta ao longo da qual a fora atua, sendo caracterizada pelo ngulo que forma com algum

    eixo fixo (Figura 5). A fora representada por um segmento desta linha; usando uma

    escala apropriada, o comprimento desse segmento pode ser escolhido para representar a

    intensidade da fora. As duas foras nesta figura tm a mesma intensidade e a mesma

    linha de ao, mas sentidos diferentes, provocando efeitos opostos sobre um ponto

    material A.

    A 3010N

    A 3010N

    FIGURA 5. Linha de ao de uma fora.

    b. Adio de Vetores

    Todas as quantidades vetoriais obedecem Lei do paralelogramo da adio. Para

    ilustrar, os dois vetores componentes A e B na Figura 6a so somados para formar um vetor resultante R = A + B usando o seguinte procedimento:

    Primeiro, una as origens dos vetores componentes em um ponto de modo

    que se tornem concorrentes (Figura 6b);

    A partir da extremidade de B, desenhe uma linha paralela a A. Desenhe

    outra linha a partir da extremidade de A que seja paralela a B. Essas duas

    linhas se interceptam no ponto P para formar os lados adjacentes de um

    paralelogramo.

    A diagonal desse paralelogramo que se estende at P forma R, que ento representa o vetor R = A + B (Figura 6c).

    A

    B

    A

    B

    P

    A

    B

    R

    a) b) c) FIGURA 6. Resultante de duas foras concorrentes Lei do Paralelogramo.

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    Diante do exposto, pode-se afirmar que duas foras que atuam sobre um ponto

    material podem ser substitudas por uma nica fora R que tenha o mesmo efeito sobre

    esse ponto. Essa fora chamada de resultante das foras e pode ser obtida pela

    construo de um paralelogramo, como visto acima. Este procedimento conhecido

    como a lei do paralelogramo para a adio de duas foras, podendo ser deduzida

    matematicamente ou experimentalmente.

    c. Regra do Tringulo Tambm podemos somar B a A (Figura 7a) usando a Regra do Tringulo, que

    um caso especial da lei do paralelogramo, em que o vetor B somado ao vetor A da forma extremidade-para-origem, ou seja, conectando a extremidade de A com a origem

    B (Figura 7b). O R resultante se estende da origem de A extremidade de B. De modo semelhante, R tambm pode ser obtido somando A a B (Figura 7c). Por comparao,

    vemos que a adio de vetores comutativa; em outras palavras, os vetores podem ser

    somados em qualquer ordem, ou seja, R = A + B = B + A.

    B

    R

    a) b) c)

    B

    AR

    R = A + B R = B + A

    A

    B

    A

    FIGURA 7. Regra do Tringulo.

    No caso especial em que os dois vetores A e B so colineares, ou seja, ambos

    possuem a mesma linha de ao, a lei do paralelogramo reduz-se a uma adio algbrica

    ou escalar R = A + B, como ilustrado na figura 8.

    A B

    R

    FIGURA 8. Adio de vetores colineares.

  • 7

    d. Subtrao de vetores

    A resultante da diferena entre dois vetores A e B do mesmo tipo pode ser

    expressa como:

    R= A B = A + (- B)

    Essa soma de vetores mostrada graficamente na Figura 9. A subtrao

    definida, portanto, como um caso especial da adio, de modo que as regras da adio

    vetorial tambm se aplicam subtrao de vetores.

    A

    B

    A

    - B

    R

    FIGURA 9. Lei do Paralelogramo Subtrao de Vetores.

    e. Adio de vrias foras (Resultante de vrias foras concorrentes -

    Sistema de Foras)

    Se mais de duas foras precisam ser somadas, aplicaes sucessivas da lei do

    paralelogramo podem ser realizadas para obter a fora resultante. Por exemplo, se trs

    foras, F1, F2 e F3 atuam em um ponto O (Figura 10), a resultante de quaisquer duas das foras encontrada (por exemplo, F1 + F2) e, depois, essa resultante somada terceira fora, produzindo a resultante das trs foras, ou seja, FR = (F1 + F2) + F3. O uso da lei do

    paralelogramo para adicionar mais de duas foras, como mostrado, normalmente requer

    clculos extensos de geometria e trigonometria para determinar os valores numricos da

    intensidade e direo da resultante. Em vez disso, problema desse tipo podem facilmente

    ser resolvidos usando o mtodo das componentes retangulares.

    FIGURA 10. Mtodo das componentes retangulares.

  • 8

    f. Procedimento para anlise

    Duas foras componentes F1 e F2 na Figura 11 se somam conforme a lei do

    paralelogramo, dando uma fora resultante FR que forma a diagonal do

    paralelogramo.

    FIGURA 11. Lei do paralelogramo.

    Se uma fora F precisar ser decomposta em componentes ao longo de dois eixos u

    e v (Figura 12), ento iniciando na extremidade da fora F, construa linhas

    paralelas aos eixos, formando, assim, o paralelogramo. Os lados do paralelogramo

    representam as componentes, Fu e Fv.

    FIGURA 12. Decomposio de foras.

    Rotule todas as intensidades das foras conhecidas e desconhecidas e os ngulos

    no esquema e identifique as duas foras desconhecidas quanto intensidade e

    direo de FR ou s intensidades de suas componentes.

    Trigonometria

    Redesenhe metade do paralelogramo para ilustrar a adio triangular

    extremidade-para-origem das componentes.

    Por esse tringulo, a intensidade da fora resultante determinada pela lei dos

    cossenos, e sua direo, pela lei dos senos. As intensidades das duas

    componentes de fora so determinadas pela lei dos senos. As frmulas so

    mostradas na Figura 13.

    FIGURA 13. Trigonometria.