4600-2014 plano municipal arborizacao urbana · 0,60m x 0,60m x 0,60m ou o dobro do tamanho do...

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE GARIBALDI Rua Júlio de Castilhos, 254 – Centro – Garibaldi-RS CEP: 95720-000 Cx. Postal 21 - Fone: 3462-8200 – Fax: 3462-8230 – www.garibaldi.rs.gov.br LEI MUNICIPAL N o 4.600, DE 12 DE JUNHO DE 2014. DISPÕE SOBRE O PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA DE GARIBALDI. O PREFEITO MUNICIPAL DE GARIBALDI: Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuições que me confere o inciso VI do artigo 69 da Lei Orgânica do Município, sanciono e promulgo a seguinte Lei: Art. 1 o Fica instituído o Plano Municipal de Arborização Urbana de Garibaldi, um instrumento de planejamento e disciplina municipal para a execução da política de plantio, manejo, preservação e expansão da arborização urbana no Município. CAPÍTULO I Das Definições Art. 2 o Consideram-se elementos da arborização urbana e bem de interesse comum, toda a vegetação de porte arbóreo e/ou arbustivo, isolada ou agrupada, composta de espécies representantes do reino vegetal que possuam sistema radicular, tronco lignificado, independente do diâmetro, sistema foliar, altura e idade. Art. 3 o Para os efeitos desta Lei entende-se por: I - arborização urbana: conjunto de exemplares arbóreos que compõe a vegetação situada em área urbana, tendo em vista a melhoria da qualidade paisagística e ambiental; II - área verde urbana: espaço público ou privado, com predomínio de vegetação, preferencialmente nativa, natural ou recuperada, dentro do perímetro urbano, previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Município, indisponíveis para construção de moradias, destinados aos propósitos de recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e manifestações culturais;

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE GARIBALDI

Rua Júlio de Castilhos, 254 – Centro – Garibaldi-RS CEP: 95720-000 Cx. Postal 21 - Fone: 3462-8200 – Fax: 3462-8230 – www.garibaldi.rs.gov.br

LEI MUNICIPAL No 4.600, DE 12 DE JUNHO DE 2014.

DISPÕE SOBRE O PLANO MUNICIPAL DE

ARBORIZAÇÃO URBANA DE GARIBALDI.

O PREFEITO MUNICIPAL DE GARIBALDI:

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso

das atribuições que me confere o inciso VI do artigo 69 da Lei Orgânica do

Município, sanciono e promulgo a seguinte Lei:

Art. 1o Fica instituído o Plano Municipal de Arborização

Urbana de Garibaldi, um instrumento de planejamento e disciplina municipal

para a execução da política de plantio, manejo, preservação e expansão da arborização urbana no Município.

CAPÍTULO I

Das Definições

Art. 2o Consideram-se elementos da arborização urbana e

bem de interesse comum, toda a vegetação de porte arbóreo e/ou

arbustivo, isolada ou agrupada, composta de espécies representantes do reino vegetal que possuam sistema radicular, tronco lignificado,

independente do diâmetro, sistema foliar, altura e idade.

Art. 3o Para os efeitos desta Lei entende-se por:

I - arborização urbana: conjunto de exemplares arbóreos

que compõe a vegetação situada em área urbana, tendo em vista a

melhoria da qualidade paisagística e ambiental;

II - área verde urbana: espaço público ou privado, com

predomínio de vegetação, preferencialmente nativa, natural ou

recuperada, dentro do perímetro urbano, previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Município, indisponíveis para

construção de moradias, destinados aos propósitos de recreação, lazer,

melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e manifestações

culturais;

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III - parque: espaço público com função ecológica, estética

e de lazer, entretanto, com uma extensão maior que as praças e jardins

públicos;

IV - praça: espaço de uso exclusivo de pedestre, localizado

no cruzamento de duas ou mais vias de rolamento ou no meio de quarteirão

entre edificações;

V – manejo: são as intervenções aplicadas à arborização,

mediante o uso de técnicas específicas, com o objetivo de mantê-la,

conservá-la e adequá-la ao ambiente;

VI - espécie nativa: espécie vegetal endêmica que é

própria de uma região ou área geográfica, onde ocorre naturalmente;

VII - espécie exótica: espécie vegetal que não é nativa de

uma determinada região;

VIII - espécie exótica invasora: espécie vegetal que ao ser

introduzida se reproduz com sucesso, resultando no estabelecimento de

populações que se expandem e ameaçam ecossistemas, habitat ou

espécies com danos econômicos e ambientais;

IX - árvores matrizes: são indivíduos arbóreos selecionados,

com características morfológicas exemplares, com o objetivo de reproduzir a

espécie;

X - banco de sementes: é uma coleção de sementes de

diversas espécies arbóreas armazenadas;

XI - fuste: é a porção inferior do tronco de uma árvore,

desde o solo até a primeira inserção de galhos;

XII - estipe: é o caule das Palmeiras, compreendendo desde

a inserção com o solo até a gema que antecede a copa.

CAPÍTULO II

Dos Objetivos

Art. 4o Constituem objetivos do Plano Municipal de

Arborização Urbana:

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I – promover a arborização como instrumento de

desenvolvimento urbano, qualidade de vida e equilíbrio ambiental;

II – incentivar a participação da população com vistas à

preservação e expansão da arborização urbana;

III - estabelecer normas de planejamento, plantio,

preservação, manejo e expansão da arborização urbana em logradouros

públicos, praças, parques, jardins e áreas verdes, unificando a metodologia

de trabalho nos diferentes setores das Secretarias Municipais envolvidas;

IV - estabelecer procedimentos de controle ambiental com

monitoramento pelos órgãos públicos através da fiscalização no trato com a

arborização urbana;

V - indicar as espécies a serem utilizadas na arborização

para os diferentes espaços urbanos;

VI - reconhecer áreas potenciais para novos plantios,

estabelecendo prioridades e hierarquias para a implantação, priorizando as

zonas menos arborizadas;

VII - identificar a ocorrência de espécies indesejadas na

arborização urbana e definir metodologia de substituição gradual dos

exemplares (espécies tóxicas, sujeitas a organismos patógenos típicos,

árvores ocas comprometidas e/ou impróprias) com vistas a promover a

revitalização da arborização urbana;

VIII – estabelecer e incentivar o uso de adubação orgânica,

sendo somente em última instância a utilização de adubação química,

mediante justificativa.

CAPITULO III

Das Diretrizes

Art. 5o Quanto ao planejamento, plantio e manejo da

arborização:

I – deverá ser considerado na escolha das espécies de

árvores as suas características e peculiaridades de acordo com os locais

onde serão plantadas;

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II – os projetos de arborização deverão respeitar o

planejamento viário, bem como considerar a largura dos passeios públicos e

equipamentos urbanos instalados;

III – o planejamento da arborização deverá ser realizado

conjuntamente com os projetos de implantação de infraestrutura urbana,

bem como quando da abertura ou ampliação de novos logradouros e/ou

redes de infraestrutura subterrânea e/ou aérea, compatibilizando-os antes

de sua execução;

IV - os canteiros centrais das avenidas a serem executadas

no Município, serão dotados de condições para receber arborização, a qual

deverá obedecer as características destes locais;

V – os plantios deverão ser efetuados prioritariamente em

ruas cadastradas pelo Município, com passeio público definido e meio-fio

existente;

VI - utilizar, preferencialmente, cabos ecológicos e/ou

subterrâneos em projetos novos ou em substituição a redes antigas,

compatibilizando-os com a arborização urbana;

VII – os projetos de arborização deverão compatibilizar com

os monumentos, prédios históricos ou tombados, e detalhes arquitetônicos

das edificações.

Art. 6o Quanto à melhoria da qualidade de vida e equilíbrio

ambiental:

I – utilizar a arborização na revitalização de espaços

urbanos consolidadas;

II – considerar áreas de Reservas Biológicas e Unidades de

Conservação;

III – deverá ser priorizado a utilização de espécies nativas na

arborização urbana;

IV – ampliar a diversificação de espécies utilizadas na

arborização urbana;

V – incentivar o plantio de espécies que promovam a

atração da fauna, em especial em áreas verdes, morros e margens de

cursos d’água.

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Art. 7o Quanto à participação da população na

preservação e no manejo da arborização urbana:

I – o Município deverá desenvolver programas de

educação ambiental informando e sensibilizando a comunidade da

importância da preservação da arborização urbana;

II – poderão ser realizadas ações público-privadas para

viabilizar a implantação e manutenção da arborização urbana, em projetos

que envolvam a sociedade, promoção de equipamentos e estruturas que

visem a proteção da arborização;

III – o Município poderá estabelecer convênios com

instituições de ensino e de pesquisa visando o melhoramento vegetal quanto

à resistência, controle de pragas e doenças, entre outras.

CAPÍTULO IV

Da Execução do Plano Municipal de Arborização Urbana

Seção I

Da Escolha de Espécies para a Arborização Urbana

Art. 8o A escolha da espécie adequada para a arborização

urbana deve considerar o tipo de raiz, hábitos, formas de crescimento, tipo

de copa, floração, frutificação e abscisão foliar (queda das folhas).

§ 1o A árvore escolhida deverá ser compatível com a

largura da rua e da calçada, considerando o porte quando adulta.

§ 2o As podas de formação e condução não poderão

desconfigurar o formato característico da copa, devendo ser realizadas com

acompanhamento técnico.

Seção II

Das Mudas e do Plantio

Art. 9o Caberá à Secretaria Municipal de Meio Ambiente,

dentre outras atribuições:

I – garantir que as mudas utilizadas na arborização urbana

tenham os padrões mínimos estabelecidos para plantio, de acordo com o

Anexo I;

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II - identificar e cadastrar árvores-matrizes para a produção

de mudas e banco de sementes;

III - difundir e perpetuar as espécies arbóreas nativas.

Art. 10. A execução do plantio deverá ser realizada de

acordo com o Anexo II, parte integrante desta Lei, obedecendo aos

seguintes critérios:

I – realizar abertura de covas com dimensões mínimas de

0,60m x 0,60m x 0,60m ou o dobro do tamanho do torrão das mudas, não

sendo permitido o uso de manilhas nem o revestimento, parcial ou total, da

cova com cimento ou cano de concreto;

II – preencher a cova com terra de boa qualidade,

acrescida de composto orgânico, ou, quando necessário, com adubação

química prescrita por técnico habilitado;

III – retirar a muda da embalagem apenas no momento do

plantio definitivo, tendo o cuidado para não desmanchar o torrão;

IV - amparar a muda com um tutor de bambu ou madeira,

com dimensão compatível ao porte da muda e, posteriormente, amarrar

com fio biodegradável em forma de “oito deitado”;

V – proteger a muda com grade de arame liso ou de

madeira;

VI – deixar a superfície da terra na mesma altura em que a

muda se encontrava na embalagem (ilustração, Anexo II);

VII – preencher a cova com o substrato e comprimir por

ação mecânica, sugerindo-se um pisotear suave para não danificar a muda;

VIII - o espaçamento entre as mudas nas calçadas deve ser,

de no mínimo, 6,00m, salvo projetos específicos previamente aprovados pela

Secretaria Municipal de Meio Ambiente;

IX - após o plantio, realizar a irrigação imediata;

X – proteger a cova colocando cobertura morta, vegetação

rasteira ou piso permeável removível conforme o engrossamento do tronco,

possibilitando irrigação e arejamento da muda.

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Art. 11. Cuidados com o plantio de árvores em passeios

públicos:

I - a largura mínima da calçada deverá ser de 2,00m para

que uma árvore seja plantada;

II – a área permeável onde a árvore será plantada deverá

possuir comprimento mínimo de 1,00m, com largura mínima de 0,50m, não

podendo ter borda elevada acima do nível do pavimento;

III – para calçadas com largura superior a 2,00m, deverá ser

respeitada a proporcionalidade;

IV – a árvore, em fase adulta, deverá ser compatível com o

espaço aéreo e subterrâneo, possibilitando o livre trânsito de pedestres e

veículos;

V – não deverão ser introduzidas nas vias públicas espécies

arbóreas que possuam espinhos, acúleos, bem como árvores de frutos

grandes ou com toxicidade comprovada;

VI - nas ruas com largura total igual ou superior a 15,00m,

incluído faixa de rolamento e de passeio, com recuo uniforme, será

permitido o plantio de árvore de pequeno porte nas calçadas que possuem

rede aérea, e nas calçadas sem rede aérea, devem ser plantadas árvores

de pequeno ou médio porte;

VII - nas ruas com largura inferior a 15,00m, sem rede aérea,

somente será permitido o plantio de espécies de pequeno porte,

respeitando os itens anteriores;

VIII - a escolha das espécies deve ser compatível com o

local de plantio, respeitando o disposto nos itens anteriores e Anexo III.

Art. 12. Para áreas novas, a distância entre as árvores e os

elementos urbanos deverá ser, no mínimo, de:

I - 5,00m da esquina;

II - 5,00m dos semáforos;

III - 2,00m das bocas de lobo, caixas de inspeção, hidrantes,

acesso de veículos e faixas de pedestre;

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IV - 3,00m de postes iluminação com ou sem transformadores,

de acordo com a espécie arbórea;

V - 0,30m do meio-fio viário, exceto em canteiros centrais.

Parágrafo único. Para áreas consolidadas deverá ser feita a

devida adequação ao disposto no artigo.

Art. 13. Nos passeios públicos, a colocação de

equipamentos, tais como placas diversas, semáforos e postes de energia

elétrica, deverão se adequar a arborização existente.

Art. 14. Nos loteamentos e em novas vias, o empreendedor

deverá submeter à análise e aprovação da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente, o projeto de arborização urbana, assinado por profissional

habilitado, para recebimento da Licença de Instalação do Loteamento.

Parágrafo único. O projeto deve estar em concordância

com este Plano, acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica.

Art. 15. Nas obras de construção civil, em vias e logradouros

já existentes, o responsável técnico pela obra deverá incluir na planta do

imóvel, as árvores presentes na área destinada ao passeio público.

Art. 16. Todo projeto de construção deverá ser elaborado

considerando os exemplares arbóreos existentes no passeio público,

conciliando-se, ao máximo, a sua existência e evitando, sempre que possível,

sua remoção.

Seção III

Do Trato Cultural, Manejo e Conservação da Arborização Urbana

Art. 17. Após a implementação da arborização, será

indispensável a vistoria periódica da Secretaria Municipal de Meio Ambiente

para o acompanhamento dos trabalhos de trato, manejo e conservação,

conforme segue:

I – a muda deverá receber irrigação, pelo período

necessário;

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II – a critério técnico, a muda poderá receber adubação

orgânica suplementar;

III – quando necessário, deverão ser eliminadas brotações

laterais, principalmente basais;

IV – retutoramento, sempre que necessário;

V – deverá ser realizado tratamento fitossanitário em caso

de incidências de pragas, doenças ou infestação por parasitas, com

orientação de técnico habilitado;

VI – a muda deverá ser reposta sempre que houver

necessidade e caso sofrer danos mecânicos, seja em razão de acidentes,

vandalismo ou outros.

Art. 18. Não se recomenda a pintura das árvores com cal ou

qualquer outro tipo de tinta, bem como é proibida a fixação de pregos,

tachas, grampos, faixas, placas, holofotes, materiais publicitários e outros em

árvores, sob qualquer hipótese.

Art. 19. Quanto ao monitoramento da arborização:

I - deverá ser estabelecido um cronograma integrado do

plantio da arborização com obras públicas e privadas;

II - em casos de manutenção/substituição de redes de

infraestrutura subterrânea existentes, deverão ser adotados cuidados e

medidas que compatibilizem a execução do serviço com a proteção da

arborização.

Art. 20. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente deverá

promover a capacitação permanente da mão de obra para a manutenção

e manejo de árvores na via pública.

Parágrafo único. Quando se tratar de mão de obra

terceirizada, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente exigirá comprovação

de capacitação para trabalhos em arborização.

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Seção IV

Da Poda e da Supressão

Art. 21. As podas em áreas públicas somente poderão ser

efetuadas por equipes habilitadas e capacitadas da Secretaria Municipal de

Meio Ambiente ou a quem a Secretaria delegar, seguindo critérios técnicos

atualizados, conforme a legislação vigente,

Parágrafo único. No caso de serviços em redes aéreas e

subterrâneas, as podas na copa e/ou raízes deverão ser realizadas por mão

de obra especializada, de modo a evitar danos às árvores, e com

autorização do órgão ambiental.

Art. 22. Quanto à poda na arborização urbana:

I – recomenda-se tratamento criterioso nas podas em

árvores maiores e mais velhas, devendo ser observada a arquitetura das

copas das árvores, recomposição das partes envolvidas no corte, uso de

técnicas apropriadas bem como ferramentas e equipamentos para cada

atividade;

II – a poda de limpeza deve ser efetuada no intuito de

evitar problemas futuros com galhos secos que possam cair, bem como a

eliminação de focos de fungos e plantas parasitas que enfraquecem as

árvores;

III – a poda de segurança deve ser realizada com a

finalidade de prevenir danos à integridade física e patrimonial;

IV – a poda de formação da muda deverá ser executa de

acordo com a espécie;

V – poderão ser executadas podas com a finalidade de

corrigir podas incorretas executadas anteriormente;

VI – a poda poderá ser realizada visando a preservação do

exemplar junto ao ambiente construído/modificado.

Art. 23. Deverá ser evitada a poda excessiva ou drástica de

árvores localizadas em vias ou áreas públicas, salvo quando houver laudo

técnico indicando a necessidade do manejo.

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Parágrafo único. Considera-se poda excessiva ou drástica:

I – aparar mais de 50% (cinquenta por cento) do total da

copa;

II – aparar somente um dos lados da copa;

III – aparar somente o centro da copa e em forma de “V”;

IV – poda total da copa.

Art. 24. Toda intervenção na arborização pública é de

responsabilidade exclusiva da municipalidade, podendo o Conselho

Municipal do Meio Ambiente ser consultado.

Art. 25. Toda árvore existente em área pública que vier a ser

removida pela municipalidade será substituída, sempre que possível.

Art. 26. Ações significativas de supressão de árvores em

áreas públicas deverão ser previamente divulgadas à comunidade

informando o local de intervenção, motivos e justificativa.

Art. 27. A supressão dos exemplares arbóreos na área

pública, sem autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, é

considerada infração administrativa passível de multa.

Art. 28. Caso seja constatada a presença de nidificação

habitada em exemplares arbóreos a serem removidos, transplantados ou

podados, estes procedimentos deverão ser adiados até o momento da

desocupação dos ninhos.

Art. 29. As mudas nascidas no passeio público ou

indevidamente plantadas, no caso de espécies incompatíveis com o Plano

de Arborização Urbana, poderão ser suprimidas a critério técnico.

Seção V

Dos Transplantes

Art. 30. Os transplantes de árvores na área pública, quando

necessários, deverão ser autorizados pela Secretaria Municipal de Meio

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Ambiente, executados conforme legislação vigente e acompanhados de

responsável técnico.

Art. 31. O local de destino dos exemplares transplantados,

incluindo passeio, meio-fio, redes de infraestrutura, canteiros, vegetação e

demais equipamentos públicos deverão permanecer em condições

adequadas após o transplante, cabendo ao responsável pelo procedimento

a sua reparação e/ou reposição, em caso de danos decorrentes do

transplante.

Art. 32. O transplante de árvores imunes ao corte deverá

atender as exigências técnicas dispostas nos termos da legislação vigente e

ser acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica.

Art. 33. O período de acompanhamento profissional do

exemplar transplantado será, no mínimo, de 4 (quatro) anos, devendo o

responsável técnico apresentar relatório anual, informando as condições do

exemplar, o local de plantio e acompanhado de relatório fotográfico.

CAPÍTULO V

Das Infrações Administrativas Contra a Flora

Art. 34. São consideradas infrações contra a arborização

urbana, sujeitando o infrator à multa, as seguintes situações:

I – fazer pintura, fixar faixas, placas, holofotes ou qualquer

outro tipo de publicidade em árvores;

II – fazer poda, danificar ou destruir árvores, fora dos critérios

previstos neste Plano;

III – impedir o crescimento ou a rebrota de exemplares em

fase de recuperação após tratos indevidos;

IV – fazer supressão parcial ou total de árvore em

desacordo com as regras previstas neste Plano;

V – induzir o secamento de árvores por meio de anelamento

do caule ou fazer aplicação de qualquer produto químico prejudicial às

mesmas;

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VII – plantar, em áreas públicas, árvores de espécie

imprópria à arborização urbana ou espécies apropriadas, em locais

inadequados, sem prévia autorização da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente;

VIII – outros danos constatados e comprovados mediante

parecer técnico.

Art. 35. Danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou

meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos: multa de R$ 100,00

(cem reais) a 1.000,00 (um mil reais) por unidade ou metro quadrado.

Art. 36. Utilizar motosserra para poda ou supressão de

exemplares arbóreos em áreas públicas, sem licença ou autorização da

autoridade competente: multa de R$ 1.000,00 (um mil reais) por unidade.

Art. 37. Fazer uso de fogo em floresta ou demais formas de

vegetação de área pública sem autorização do órgão competente: multa

de R$ 1.000,00 (um mil reais) por hectare ou fração.

Art. 38. Impedir ou dificultar a regeneração natural em

áreas verdes, unidades de conservação ou outras áreas especialmente

protegidas: multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por hectare ou fração.

Art. 39. Destruir, desmatar ou explorar floresta ou qualquer

outro tipo de vegetação de domínio público sem autorização prévia do

órgão ambiental competente: multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por

hectare ou fração.

Parágrafo único. O valor das multas será calculado

conforme Portaria no 65/2008 da FEPAM, ou outra que vier substituí-la.

Art. 40. A fiscalização e as vistorias na arborização urbana

deverão ser executadas por servidor municipal habilitado.

Parágrafo único. O procedimento de autuação, defesa,

acréscimos legais e demais diretrizes, se regem pelo previsto nos artigos 30 a

42 e 44 a 47 da Lei Municipal no 3.218/2004 e, de forma complementar, pelo

disposto no Decreto Federal no 6.514/2008, ou outra legislação que vier a

substituí-los.

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CAPÍTULO VI

Das Disposições Finais

Art. 41. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em caso

de emergência, deverá tomar as medidas cabíveis, a fim de evitar danos ao

patrimônio público ou particular causados pela arborização urbana.

Art. 42. O Município, por meio da Secretaria Municipal de

Meio Ambiente, deverá expedir normas técnicas e estabelecer padrões e

critérios, a serem aprovados pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente,

destinados a complementar o presente Plano de Arborização Urbana.

Art. 43. As empresas e entidades públicas ou privadas que

promovam a distribuição de mudas à população, devem solicitar

autorização junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Art. 44. As empresas prestadoras de serviço de distribuição

de energia elétrica, água, telefonia e outras, deverão estar autorizadas pela

Secretaria Municipal de Meio Ambiente para realizar intervenções na

arborização em via pública.

Art. 45. A implementação do Plano Municipal de

Arborização Urbana, ficará a cargo da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente nas questões relativas à elaboração, aprovação, análise e

implementação de projetos e manejo da arborização urbana, além da

fiscalização e do controle ambiental pertinente.

Art. 46. Caberá à Secretaria Municipal de Meio Ambiente

estabelecer planos sistemáticos de rearborização, realizando a revisão e

monitoramento periódicos, visando à reposição de mudas que não

vingarem e/ou que tiverem problemas quanto a sua localização.

Art. 47. Na hipótese de a Administração Pública se

encontrar impossibilitada de executar, mesmo que em parte, as atividades

pertinentes a implementação e manutenção da arborização urbana em

área pública, poderá delegar ou autorizar a execução a terceiros

habilitados e capacitados, os quais obedecerão obrigatoriamente os termos

e as especificações de documento de autorização.

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Art. 48. Os projetos de loteamentos urbanos deverão

atender as diretrizes das Secretarias Municipais envolvidas no processo.

Art. 49. O Município poderá implementar a sistemática de

adoção de árvores e/ou espaços públicos por particulares, por meio de

termo específico a ser celebrado junto a Secretaria Municipal de Meio

Ambiente.

Art. 50. O Plano Municipal de Arborização Urbana deverá

ser revisado, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, pela Secretaria Municipal

de Meio Ambiente e aprovado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Art. 51. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente deverá

criar e manter atualizado o diagnóstico da população de árvores da cidade

por meio de inventário, que caracterize qualitativa e quantitativamente a

arborização urbana, mapeando o local e a espécie na forma de cadastro

informatizado;

Art. 52. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente deverá

definir metas anuais de plantio visando a manutenção da arborização

urbana e revitalização dos espaços públicos.

Art. 53. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO PREFEITO DE GARIBALDI, aos 12 dias do mês de

junho de 2014.

Antonio Cettolin

Prefeito

Registre-se e publique-se Micael Carissimi

Secretário SMA

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ANEXO I

TAMANHOS DE MUDAS RECOMENDADOS PARA PLANTIO EM VIAS PÚBLICAS

PALMEIRAS

ALTURA MÍNIMA DO ESTIPE: 1,00 m

OUTRAS ESPÉCIES ARBÓREAS

ALTURA MÍNIMA DO FUSTE: 1,80 m

DIÂMETRO A 1,3m DO SOLO: 0,02 m

ESPECIFICAÇÕES GERAIS PARA PLANTIO

1- Estar livre de pragas e doenças;

2- Possuir raízes bem formadas e com vitalidade;

3- Estar viçosa e resistente, capaz de sobreviver a pleno sol;

4- Ser originária de viveiro cadastrado na SEMA/DEFAP/RS, ou órgão

competente, e possuir certificação;

5- Ter estado exposta a pleno sol no viveiro pelo período mínimo 6 meses;

6- Possuir fuste retilíneo, rijo e lenhoso sem deformações ou tortuosidades que

comprometam o seu uso na arborização urbana;

7- O tamanho da embalagem deve estar de acordo com o tamanho da muda;

8- As demais formas de introdução de espécies deverão possuir regramento

específico

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ANEXO II

VIZUALIZAÇÃO DE UMA MUDA DE ÁRVORE PLANTADA COM AS DIMENSÕES IDEAIS

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ANEXO III

SUGESTÕES DE ESPÉCIES PARA A ARBORIZAÇÃO URBANA

I – Espécies sugeridas para canteiros centrais sem rede elétrica aérea.

Nome Comum Espécie

Acer* Acer rubro e Acer palmatum

Álamo-prateado* Populus alba

Angico-vermelho Parapiptadenia rigida

Butiá Butia sp.

Canafístula Peltophorum dubium

Caroba Jacaranda micrantha

Coqueiro/ Jerivá Syagrus romanzoffiana

Guabiju Myrcianthes pungens

Ipê-da-serra Tabebuia alba

Ipê-roxo Tabebuia avelanedae

Jacarandá* Jacaranda mimosifolia

Liquidâmbar* Liquidambar styraciflua

* Espécie exótica

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Nome Comum Espécie

Alecrim Holocalyx balansae

Cerejeira Eugenia involucrata

Chal-chal Allophylus edulis

Cocão Erythroxylum pelleterianum

Guabiroba Campomanesia xantocarpha

Guamirim Myrceugenia euosma

Ipê-amarelo Tabebuia chrysotricha

Jaboticabeira Plinia trunciflora

Louro Cordia trichotoma

Murta-de-cheiro Murraya paniculata

Pata-de-vaca Bauhinia candicans

Pau-ferro Caesalpinia ferrea

Quaresmeira Tibouchina sp

Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides

Tarumã Vitex megapotamica

Tipuana* Tipuana tipu

Uvaia Eugnenia pyriformes

* Espécie exótica

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II – Espécies sugeridas sob rede elétrica e qualquer outra situação.

Nome Comum Espécie

Angiquinho Calliandra sp

Araçazeiro Psidium cattleyanum

Cambuim Myrciaria tenella

Camélia * Camellia japonica

Extremosa * Lagerstroemia indica

Goiabeira-serrana Feijoa sellowiana

Murta-de-cheiro * Murraya paniculata

Pitangueira Eugenia uniflora

Primavera, manacá Brunfelsia uniflora

Quaresmeira Tibouchina sp

Sete-capotes Campomanesia guazumifolia

* Espécie exótica

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III – Espécies sugeridas para interiores de praças e parques:

Nome Comum Espécie

Açoita-cavalo Luehea divaricata

Araucária Araucaria angustifolia

Aroeira-piriquita Schinus molle

Buriti Trithinax brasiliensis

Canela amarela Nectandra lanceolata

Canela de veado Helietta cuspidata

Canjerana Cabralea cangerana

Caroba Jacaranda micrantha

Cedro Cedrela fissilis

Corticeira da serra Erytrina falcata

Corticeira do banhado Erytrina crista-galli

Erva-mate Ilex paraguaiensis

Figueira de folha miúda Ficus organensis

Goiabeira Psidium guavaja

Guabirobeira Campomanesia xanthocarpa

Guamirim Gomidesia palustres

Ipê- amarelo Tabebuia sp.

Louro Cordia trichotoma

Magnólia * Magnolia grandiflora

Paineira Chorisia speciosa

Palmeira-família * Chrisalidocarpus lutescens

Pau-ferro Caesalpinia ferrea

Timbaúva Enterolobium contortiliquum

Uvaia Eugenia pyriformis

* Espécie exótica