4.2.5 fauna de vetores maio -...

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CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A. V. III-288 4.2.5) FAUNA DE VETORES Dentre todos os grupos de fauna, os invertebrados são sem sombra de dúvida, o grupo animal mais diverso; são de suma importância para a manutenção dos ecossistemas pela capacidade de polinização, ciclagem de nutrientes, fluxo energético entre os níveis tróficos, entre outros. Não obstante, os invertebrados também despertam interesse pela forma que interferem nas populações humanas. Além de estarem ligados à questões econômicas sendo importantes pragas de lavouras, estes podem causar enormes prejuízos às edificações em áreas urbanas e rurais (Palacio & Fernández, 2003), tornando-se bastante nocivos à saúde pública. Em países tropicais é grande o número de doenças que têm seu ciclo associado aos invertebrados, seja como hospedeiros de determinados agentes patológicos ou simplesmente como vetores. Sendo assim, nos últimos tempos uma atenção especial tem sido devotada a esse grupo a fim de reduzir ou mitigar os efeitos perniciosos que essa fauna pode desempenhar. Percevejos, pernilongos, mosquitos e caramujos têm seu nicho espacial e comportamento de forrageamento coincidente com hábitos humanos, o que, em determinados casos, pode representar um grave problema social. (Consoli & Lourenço-De-Oliveira, 1994). O presente trabalho tem como objetivo fazer um levantamento dos moluscos límnicos e Diptera, principalmente culicídios e flebotomíneos, de interesse médico sanitário ou de potencial relação perniciosa com relação às populações residentes no local, que ocorrem nas áreas de influência direta e indireta do empreendimento durante as duas estações características, seca e chuvosa. O trabalho descreve os ambientes preferenciais dessa fauna, assim como indica medidas que minimizem seus efeitos potencialmente nocivos, relativos às áreas de influencia direta e indireta do AHE Couto Magalhães. 4.2.5.1) Metodologia As áreas estudadas são pertencentes ao bioma Cerrado, sendo observadas algumas fisionomias como formações campestres, veredas e matas ciliares de maior porte. Tendo em vista o objetivo de levantar espécies de Diptera e Gastropoda de interesse médico sanitário, as coletas de material biológico foram realizadas preferencialmente em regiões de mata ciliar, represas, nascentes, matas de galeria assim como nas áreas urbanas dos municípios mais próximos ao barramento. Tal procedimento foi adotado levando-se em consideração que, grande parte das espécies de interesse, possui seu ciclo de vida vinculado à água, apresentando geralmente sua fase larval intimamente associada a esse ambiente. Desse modo, foram escolhidas nove regiões que abrigassem o máximo de fisionomias diferentes. O levantamento da fauna de vetores contou com cinco profissionais habilitados e devidamente registrados no conselho regulamentador da categoria, além de dois auxiliares de campo, um mateiro e um barqueiro. Para o levantamento da fauna de vetores foram utilizadas oito regiões pré-definidas no plano de coleta de fauna e uma área controle, totalizando nove regiões amostrais, entre os municípios de Santa Rita do Araguaia e Alto Araguaia. Os locais de estudo estão espacializados nos Mapas dos Locais de Amostragem de Ecossistemas Terrestres (MB-CTM-05 a MB-CTM-12), cujas coordenadas de referência estão listadas abaixo (UTM – SAD 69 – 22S) que estão apresentados no final do item 4.2.2. Baseadas na proximidade de cursos d’água, domicílios, matas, dentre todos os ambientes propícios à presença dos invertebrados em estudo, descritas a seguir:

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CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.

V. III-288

4.2.5) FAUNA DE VETORES Dentre todos os grupos de fauna, os invertebrados são sem sombra de dúvida, o grupo animal mais diverso; são de suma importância para a manutenção dos ecossistemas pela capacidade de polinização, ciclagem de nutrientes, fluxo energético entre os níveis tróficos, entre outros. Não obstante, os invertebrados também despertam interesse pela forma que interferem nas populações humanas. Além de estarem ligados à questões econômicas sendo importantes pragas de lavouras, estes podem causar enormes prejuízos às edificações em áreas urbanas e rurais (Palacio & Fernández, 2003), tornando-se bastante nocivos à saúde pública. Em países tropicais é grande o número de doenças que têm seu ciclo associado aos invertebrados, seja como hospedeiros de determinados agentes patológicos ou simplesmente como vetores. Sendo assim, nos últimos tempos uma atenção especial tem sido devotada a esse grupo a fim de reduzir ou mitigar os efeitos perniciosos que essa fauna pode desempenhar. Percevejos, pernilongos, mosquitos e caramujos têm seu nicho espacial e comportamento de forrageamento coincidente com hábitos humanos, o que, em determinados casos, pode representar um grave problema social. (Consoli & Lourenço-De-Oliveira, 1994). O presente trabalho tem como objetivo fazer um levantamento dos moluscos límnicos e Diptera, principalmente culicídios e flebotomíneos, de interesse médico sanitário ou de potencial relação perniciosa com relação às populações residentes no local, que ocorrem nas áreas de influência direta e indireta do empreendimento durante as duas estações características, seca e chuvosa. O trabalho descreve os ambientes preferenciais dessa fauna, assim como indica medidas que minimizem seus efeitos potencialmente nocivos, relativos às áreas de influencia direta e indireta do AHE Couto Magalhães. 4.2.5.1) Metodologia As áreas estudadas são pertencentes ao bioma Cerrado, sendo observadas algumas fisionomias como formações campestres, veredas e matas ciliares de maior porte. Tendo em vista o objetivo de levantar espécies de Diptera e Gastropoda de interesse médico sanitário, as coletas de material biológico foram realizadas preferencialmente em regiões de mata ciliar, represas, nascentes, matas de galeria assim como nas áreas urbanas dos municípios mais próximos ao barramento. Tal procedimento foi adotado levando-se em consideração que, grande parte das espécies de interesse, possui seu ciclo de vida vinculado à água, apresentando geralmente sua fase larval intimamente associada a esse ambiente. Desse modo, foram escolhidas nove regiões que abrigassem o máximo de fisionomias diferentes. O levantamento da fauna de vetores contou com cinco profissionais habilitados e devidamente registrados no conselho regulamentador da categoria, além de dois auxiliares de campo, um mateiro e um barqueiro. Para o levantamento da fauna de vetores foram utilizadas oito regiões pré-definidas no plano de coleta de fauna e uma área controle, totalizando nove regiões amostrais, entre os municípios de Santa Rita do Araguaia e Alto Araguaia. Os locais de estudo estão espacializados nos Mapas dos Locais de Amostragem de Ecossistemas Terrestres (MB-CTM-05 a MB-CTM-12), cujas coordenadas de referência estão listadas abaixo (UTM – SAD 69 – 22S) que estão apresentados no final do item 4.2.2. Baseadas na proximidade de cursos d’água, domicílios, matas, dentre todos os ambientes propícios à presença dos invertebrados em estudo, descritas a seguir:

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V. III-289

Região 01 (AII): Localizada no município de Santa Rita do Araguaia (GO). Área de difícil acesso em função do solo arenoso, com vegetação predominante de cerrado senso restrito e cerradão contemplando o córrego da Rondinha, afluente do ribeirão Zeca Novato (Foto 01). Região 02 (AII): Localizada no município de Alto Araguaia (MT) as margens do ribeirão do Sapo, em ambientes de vereda, mata de galeria e cerrado senso restrito (Foto 02). Região 03 (AID): Localizada no município de Alto Araguaia (MT) as margens do ribeirão Claro e do córrego Coqueiro, em ambientes de mata ciliar, mata de galeria, cerrado senso restrito e pastagem (Foto 03). Região 04 (ADA): Localizada no município de Santa Rita do Araguaia (GO) às margens do rio Babilônia, em ambientes de mata ciliar, cerradão, cerrado senso restrito e pastagem (Foto 04). Região 05 (AID): Localizada no município de Alto Araguaia (MT), em ambientes de mata de galeria, cerrado senso restrito e pastagem (Foto 05). Região 06 (AID): Localizada no município de Alto Araguaia (MT) na margem esquerda do rio Araguaia, em ambientes de mata ciliar e floresta estacional semidecidual, influenciados por ambiente antrópico (Foto 06). Região 07 (ADA): Localizada no município de Alto Araguaia (MT) as margens do rio Araguaia incluindo o local da cachoeira Couto de Magalhães, em ambientes de mata ciliar, floresta estacional semidecidual, cerrado senso restrito e ambiente de lavoura (Foto 07). Região 08 (AII): Localizada no município de Alto Araguaia (MT) na margem esquerda do rio Araguaia em ambientes de mata ciliar, mata de galeria, cerrado senso restrito e pastagens (Foto 08). Região 09 (AID): Região determinada como controle, localizada no município de Santa Rita do Araguaia (GO) na margem direita do rio Babilônia em ambientes de mata ciliar, floresta estacional semidecidual e pastagem (Foto 09). De maneira sistemática e resumida as unidades amostrais podem ser observadas no Quadro 4.2.5.1-1 com as metodologias de coleta em cada região, principal bioma observado, coordenadas e altitude.

Quadro 4.2.5.1-1 Sítios de amostragem relativos à fauna de vetores. Fisionomia encontrada, coordenada e

metodologia utilizada.

Método Região Tipo de ambiente Coordenadas Altitude

AL 01 Vereda 263.280/8.052.286 695 m

AL 02 Antrópico 255.031/8.056.846 689 m

AL 03 Mata de galeria 258.689/8.092.692 642 m

AL 04 Mata de galeria 270.757/8.093.295 628 m

AL 05 Mata de galeria 266.125/8.093.418 708 m

AL 06 Mata ciliar 270.062/8.093.401 618 m

AL 07 Mata ciliar 272.304/8.101.212 604 m

AL 08 Mata de galeria 280.474/8.116.684 454 m

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V. III-290

Método Região Tipo de ambiente Coordenadas Altitude

AL 09 (Controle) Floresta Estacional Semidecidual 273.346/8.088.480 661 m

IH 01 Vereda 263.271/8.052.292 694 m

IH 02 Antrópico 255.031/8.056.846 689 m

IH 03 Mata de galeria 258.654/8.092.673 652 m

IH 04 Mata de galeria 270.757/8.093.295 628 m

IH 05 Mata de galeria 266.125/8.093.418 708 m

IH 06 Mata ciliar 270.062/8.093.401 618 m

IH 07 Mata ciliar 272.304/8.101.212 604 m

IH 08 Mata de galeria 280.474/8.116.684 454 m

IH 09 (Controle) Mata seca 273.346/8.088.480 661 m

MO 01 Vereda 263.254/8.052.285 689 m

MO 02 Antrópico 255.031/8.056.846 689 m

MO 03 Mata ciliar 258.674/8.092.707 651 m

MO 04 Mata ciliar 270.704/8.094.115 612 m

MO 05 Mata de galeria 266.125/8.093.418 708 m

MO 06 Mata ciliar 270.062/8.093.401 618 m

MO 07 Mata ciliar 272.304/8.101.212 604 m

MO 08 Mata de galeria 280.474/8.116.684 454 m

MO 09 (Controle) Mata ciliar 272.541/8.088.327 640 m

Legenda: AL = armadilha luminosa, IH = isca humana e MO = coleta de moluscos.

Como citado anteriormente, as áreas amostradas variavam de moderadamente preservada a completamente perturbadas, situação comum na região estudada, fato que ainda se agrava devido a frágil conectividade entre os fragmentos (Fotos 10 a 13). Metodologia de coleta As coletas de campo foram realizadas nas estações seca e chuvosa do ano de 2009 sendo a 1ª no mês de abril e a 2ª entre os meses de junho/julho. Como forma de padronizar as amostras e assim tornar as comparações mais verossímeis as unidades amostrais das 2 (duas) estações, foram realizadas as metodologias de coleta de dípteras e moluscos de interesse médico sanitário como especificado a seguir.

- Armadilha Luminosa Essa técnica de coleta é realizada exclusivamente durante a noite, objetivando a fauna foto sensível. Existem vários modelos de armadilha luminosa e, nesse caso, optou-se pela utilização de um aparato constituído de uma fonte luminosa, inserido em um recipiente raso e de boca larga contendo uma mistura de água e detergente para a quebra da tensão superficial da água (Triplehorn & Johnson, 2004; Angel & Lainson, 2003) (Fotos 14 e 15). O aparato era montado dentro do fragmento de interesse e deixado em exposição por todo o período noturno. Nesse período, os insetos atraídos pela fonte luminosa que caíssem na mistura água-detergente (Foto 18) eram recolhidos e colocados em potes contendo álcool 70% (Foto 19) para posterior identificação em laboratório. Nas regiões do estudo foram instaladas 02 (duas) armadilhas por região com distância entre elas de aproximadamente 10m (Foto 16), com esforço amostral de 26 horas/ponto. Estas eram ligadas às 18:00 e desligadas às 07:00 da manhã (Foto 17).

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V. III-291

- Armadilha de Sucção com Isca Humana

Essa metodologia foi realizada sempre no intervalo de 04:30 às 06:30 horas da manhã, horário onde um grande número de espécies hematófagas costuma forragear. Essa técnica consiste em um recipiente de vidro de tamanho variável, geralmente de 200mL a 500mL. Esse vidro é fortemente arrolhado por onde penetram dois tubos, um usado para a captura de insetos e outro usado pelo coletor para aspirar os indivíduos (Fotos 20 a 23). A metodologia consiste em usar a isca humana para a atração dos insetos, quando esses são atraídos acabam por ser coletados por sucção com auxílio do aparato. Essa metodologia também foi realizada cerca de 90 minutos em cada unidade amostral (Consoli & Lourenço-De-Oliveira, 1994) com a utilização de 02 (duas) iscas vivas.

- Varredura de Triatomíneos A coleta de triatomíneos foi realizada mediante varredura de locais propícios à sua presença como casas abandonadas e embaixo de troncos. Esse tipo de inseto quando avistado é coletado com pinça de aço e sacrificado em campo utilizando câmera mortífera. Posteriormente é montado em alfinete entomológico para identificação usando chaves dicotômicas específicas (Foto 24).

- Coleta de Mollusca com concha de raspagem Para a coleta de moluscos límnicos foram utilizadas conchas de longa haste adaptável para raspar as coleções de água, saco plástico, peneira e potes de 1 litro para o transporte do material para laboratório. Foram amostradas 9 massas de água, dentre elas pequenos remansos, lagoas, cacimbas artificiais e nascentes, tanto em áreas antropizadas quanto naturais nas estações seca e chuvosa (Fotos 25 a 29). Em cada uma das áreas a vegetação submersa, margens e o fundo dos criadouros foram raspados com o auxílio de concha de coleta. Além disso, folhas e pequenos gravetos, onde os espécimes jovens ou pequenos moluscos costumam habitar, também foram vistoriados (Ministério da Saúde, 2007). Após a coleta do material, esse foi triado com o auxílio de pinças e peneiras de malha fina (Fotos 30 a 32).

- Entrevista a entidades de saúde locais e moradores Como forma de acrescentar aos dados coletados em campo, buscou-se fazer entrevista em instituições de saúde locais como hospitais e postos de saúde. Nessas instituições foram procurados profissionais da área da saúde para que pudessem responder questionários relativos às doenças causadas por vetores foco do presente estudo (Fotos 33 e 34). Instituições que disponibilizam dados referentes à saúde pública como DATASUS e IBGE (Ministério da Saúde, 2008; Ministério do Planejamento, 2008) também foram consultados. Análise dos dados

Para a caracterização da referida fauna nas áreas de influencia, além de gráficos simplificados com valores de riqueza e abundância, foram executadas as seguintes análises:

- Curva de acúmulo de espécies (curva do coletor) Nessa análise o princípio básico é a representação do número de espécies pelo esforço amostral. Para se chegar à curva média, foram executadas de maneira aleatória 50 curvas aleatórias, posteriormente essas foram somadas e a média calculada. Partindo desse princípio a curva tende a se estabilizar assim que a riqueza total da área for atingida (Melo, 2003).

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V. III-292

- Índice de Diversidade e Equitabilidade de Shannon-Wiener

O denominado índice de Diversidade Shannon é um índice que utiliza a proporção de espécies na composição de seus valores. É um índice influenciado pela riqueza de espécies (Magurran, 1988), obtido pela fórmula: Onde: pi é a proporção de indivíduos da i-ésima espécie, e S é o número de espécies observadas Já a Equitabilidade de Shannon-Wiener, atribui um valor relativo a abundância de cada espécie dentro da comunidade. O valor máximo da Equitabilidade de Shannon-Wiener é igual a 1, o que representaria que todas as espécies da comunidade estariam distribuídas com mesma abundância (Begon et al, 1990; Magurran, 1988). A equitabilidade pode ser obtida pela fórmula: Onde: H’ é a diversidade de Shannon-Weaner, e H’max é o valor de H’ para uma comunidade hipotética com as espécies distribuídas de maneira idêntica na comunidade

- Análises de agrupamento para dados de riqueza Nessas análises foi utilizado o índice de Pearson, um dos índices mais observados para essa distribuição de dados. Esse índice varia de 1 (completamente dissimilar) a 0 (completamente similar). Posteriormente, pela técnica média entre os pares dissimilares (UPGMA) os dados foram agrupados segundo a sua proximidade com a média aritmética de todas as dissimilaridades (Manly, 1994; Legendre & Legendre, 1998).

- Identificação e deposição em coleção Todo o material entomológico coletado foi acondicionado em frascos com álcool 70% e posteriormente identificado em laboratório com o auxílio de microscópios estereoscópicos com aumento de 40 vezes. O transporte do material referente a moluscos foi feito in natura, obedecendo às recomendações de umidade e temperatura propostas pelo Ministério da Saúde (2007). Todo o material coletado neste estudo está depositado na Universidade Católica de Goiás – UCG – CEPB.

J’ = H’/ H’max

S H’ = -∑.pi.lnpi

i=1

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V. III-293

4.2.5.2) Área de Influência Indireta - AII Entomofauna Nesta área foram encontradas 13 espécies de Diptera distribuídas em 9 famílias, em um total de 99 espécimes coletadas na estação chuvosa, sendo 37 com armadilha luminosa e 62 espécimes com o uso de isca humana, das quais algumas possuem representantes de interesse médico sanitário (Quadro 4.2.5.2-1). Já na estação seca foram encontradas 8 espécies distribuídas 5 famílias, sendo coletadas 48 espécimes, 27 com armadilha luminosa e 21 com o uso de isca humana (Quadro 4.2.5.2-2).

Quadro 4.2.5.2-1 Grupos taxonômicos de Diptera coletados durante a estação chuvosa na AII com o uso

de armadilha luminosa (AL) e isca humana (IH).

Táxons AL 1 AL 2 AL 8 IH 1 IH 2 IH 8 Brachycera -- 11 2 -- -- --

Culicidae -- -- -- -- -- --Anopheles sp.1 -- -- -- -- 7 --Anopheles sp.2 -- -- -- 11 -- --Culex sp.1 -- -- -- 4 -- 1Culex sp.2 -- -- -- 10 18 1

Cecidomyiidae -- 3 -- -- -- --Ceratopogonidae -- 1 3 -- -- --Psychodidae -- -- -- -- -- --

Phlebotomus sp.1 -- -- 3 -- -- --Scatopsidae -- -- -- -- -- 2Sciaridae 1 1 9 -- -- --Simuliidae -- -- 2 -- -- --Stratiomyidae -- -- -- -- -- 4Tipulidae 1 -- -- -- 4 --

Quadro 4.2.5.2-2 Grupos taxonômicos de Diptera coletados durante a estação seca na AII com o uso de

armadilha luminosa (AL) e isca humana(IH).

Táxons AL 1 AL 2 AL 8 IH 1 IH 2 IH 8 Culicidae

Aedes sp.1 -- -- -- -- 6 --Anopheles sp.1 -- -- -- 1 -- --Culex quinquefasciatus -- -- -- -- -- 6Culex sp.1 -- -- -- 3 -- 1Haemagogus sp.1 -- -- -- -- 1 --

Cecidomyiidae -- 1 -- -- -- --Psychodidae -- -- -- 2 -- --Sciaridae 1 2 23 1 -- --

Da abundância total de insetos coletados, a estação seca apresentou menor valor (48) número inferior aos indivíduos coletados durante a estação chuvosa (99) (Figura 4.2.5.2-1). As questões

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V. III-294

referentes às variações sazonais relativas à abundância da fauna em questão ainda não são bem resolvidas, mas talvez a estação chuvosa proporcione a criação de mais microambientes favoráveis como poças e alagados para o desenvolvimento dos dípteras o que talvez explique o padrão observado. Entretanto, além dos padrões de abundância é necessário que se observe as variações de riqueza a fim de que se tenha um panorama geral da diversidade. Seguindo o padrão geral do estudo, nota-se que nesta área a técnica de isca humana teve maior importância com relação à abundância de indivíduos coletados em ambas as estações com 56,46% (N=83), ao passo que a armadilha luminosa foi menos representativa 43,54% (N=64) (Figura 4.2.5.2-2).

Figura 4.2.5.2-1: Abundância das espécies coletadas nas estações seca e chuvosa da área

de influência indireta (AII). Nas duas metodologias observou-se que a estação chuvosa obteve maior índice (67,35%) em relação à estação seca (Figura 4.2.5.2-2) que apresentou 32,65% de representatividade. Na estação chuvosa a técnica de isca humana registrou 42,18% ao passo que a armadilha luminosa obteve um índice de 25,17%. Os dados obtidos para a estação chuvosa corroboram alguns estudos realizados no bioma cerrado onde o pico de abundância se restringe a época chuvosa (Diniz, 1997; Pinheiro et al, 1998; Jordão, 2001).

Figura 4.2.5.2-2: Porcentagem de abundância das espécies coletadas nas estações seca e chuvosa da área de influência indireta (AII).

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V. III-295

A técnica de isca humana também foi a mais representativa no que se refere à riqueza de espécies, apresentando uma riqueza de 12 espécies contra oito da armadilha luminosa (Figura 4.2.5.2-3). Nota-se que a estação chuvosa apresentou 07 (sete) espécies na AII em ambas as metodologias ao passo que na estação seca a isca humana foi mais representativa.

Figura 4.2.5.2-3: Riqueza das espécies coletadas nas estações seca e chuvosa da

área de influência indireta (AII). E por fim, a porcentagem catalogada para a riqueza de espécies mostra que metodologia de iscagem humana foi a mais representativa com 75,0% de representatividade e 46,15% na estação chuvosa. Entretanto, os índices apresentados para a armadilha luminosa foram diferentes: 12,5% na estação seca e 46,15% na estação chuvosa (Figura 4.2.5.2-4).

Figura 4.2.5.2-4: Porcentagem da Riqueza das espécies coletadas nas estações seca e

chuvosa da área de influência indireta (AII). Outra maneira de observar e avaliar a variação da diversidade é o índice de diversidade, cujos resultados estão apresentados no Quadro 4.2.5.2-3. Foi observada uma maior diversidade da região 2, comparada aos demais pontos da AII.

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V. III-296

Quadro 4.2.5.2-3 Índice de diversidade (H') e Equitabilidade (J') de Shannon-Weaner para os pontos

amostrais da AID. R= região.

Índices R-01 R-02 R-08

H' 2,34 2,71 2,31 J' 0,83 0,85 0,69

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

R-01 R-02 R-08

Índ

ice

H' e

J'

H'

J'

Figura 4.2.5.2-5: Representação gráfica dos índices de diversidade (H') e Equitabilidade (J') de Shannon-Weaner para as áreas amostradas na AII.

Moluscos límnicos de interesse médico sanitário Três espécies de Moluscos Gastrópodes de hábito límnicos da família Planorbidae (gênero Biomphalaria) são de fundamental interesse sanitário, pois são causadores da conhecida doença tropical esquistossomose, xistose ou barriga d’água. Os moluscos límnicos podem ser encontrados em diferentes condições ambientais, como açudes, brejos, lagoas, esgoto ou drenagem, riachos córregos e rios sendo que nesses últimos com correnteza acima de 30 cm/s a ocorrência desses é rara, sendo um grupo encontrado preferencialmente em água parada aderido a substratos bentônicos (Giovanelli et al, 2001). Em rios de água clara, menos ácidos e mais ricos em cálcio, eles podem existir com baixa frequência, já em rios com água branca, eles são muito frequentes quando macrófitas aquáticas oferecem boas condições para o seu desenvolvimento. No estudo em questão não foi encontrado nenhum exemplar da família Planorbidae em nenhuma das 9 unidades amostrais coletadas durante as estações seca e chuvosa. Esse fato está em acordo com a literatura consultada e com os índices de infestação humana por esquistossomose apresentados para aquela região pelo Ministério da Saúde e outras instituições que indicam que a região de estudo não tem prevalência de casos de esquistossomose. 4.2.5.3) Área de Influência Direta - AID Foram coletados 270 espécimes, distribuídos em 17 espécies e 9 famílias na estação chuvosa, observando-se um maior número de espécimes coletados com armadilha luminosa (244) e 26 com o uso de isca humana. Na estação seca foram coletados 20 espécimes com armadilha luminosa e 30 com isca humana, distribuídos em 14 espécies e 8 famílias. Esses resultados

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V. III-297

reforçam a ideia que no período chuvoso observa-se um número maior de espécimes quando comparado a estação seca, principalmente com o uso da armadilha luminosa (Quadros 4.2.5.3-1 e 4.2.5.3-2).

Quadro 4.2.5.3-1 Grupos taxonômicos de Diptera coletados durante a estação chuvosa na AID (Regiões 3,

5, 6 e 9 - controle) com o uso de armadilha luminosa (AL) e isca humana(IH).

Táxons AL 3 AL 5 AL 6 AL 9 IH 3 IH 5 IH 6 IH 9 Brachycera -- -- -- -- -- -- -- --

Culicidae Haemagogus -- -- -- -- -- -- 1 --

Aedes aegypti -- -- -- -- -- -- 1 --Anopheles sp.1 1 -- -- -- -- -- -- --Culex quinquefasciatus -- -- -- -- -- 9 1 --Culex sp.1 -- 1 -- -- -- -- -- --Culex sp.3 -- -- -- -- 4 -- -- 2Culex sp.4 -- -- -- -- -- -- -- 1Culex sp.5 -- -- -- -- 1 -- -- --

Anisopodidae -- 1 14 -- -- -- -- --Calliphoridae -- -- -- -- -- -- -- 1Cecidomyiidae 2 3 3 -- -- -- -- --Ceratopogonidae -- -- -- 1 -- -- -- --Psychodidae

Phlebotomus sp.1 -- 1 -- -- -- -- -- --Phoridae -- -- -- -- 2 -- -- --Sciaridae 3 33 110 69 1 -- -- --Tachinidae -- -- -- -- -- -- -- 2Tipulidae -- 1 1 -- 1 -- -- --

Quadro 4.2.5.3-2 Grupos taxonômicos de Diptera coletados durante a estação seca na AID (áreas 3, 5, 6 e

9- controle) com o uso de armadilha luminosa (AL) e isca humana (IH).

Táxons AL 3 AL 5 AL 6 AL 9 IH 3 IH 5 IH 6 IH 9 Culicidae -- -- -- -- -- -- -- --

Aedes sp.1 -- -- -- -- -- -- -- 1Aedes sp.2 -- -- -- -- 1 -- -- --Culex quinquefasciatus -- -- -- -- 6 -- -- 2Culex sp.1 -- -- -- -- -- -- 6 Culex sp.2 -- -- -- -- -- -- 1 2Haemagogus sp.1 -- -- -- -- -- -- -- 4Haemagogus sp.2 -- -- -- -- -- -- -- 7

Anisopodidae -- -- -- 1 -- -- -- --Bibionidae -- -- 1 -- -- -- -- --Bombyliidae 1 -- -- -- -- -- -- --Cecidomyiidae 1 1 -- 3 -- -- -- --Phoridae 1 3 2 -- -- -- -- --Sciaridae -- 4 -- 1 -- -- -- --Tipulidae -- 1 -- -- -- -- -- --

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V. III-298

Com relação à abundância, esta área apresentou uma realidade distinta da AII, visto que a técnica de armadilha luminosa apresentou maiores valores, com 82,25% (N=264) de representatividade e a metodologia de iscagem humana foi menos representativa: 17,75% (N=57) (Figura 4.2.5.3-1).

Figura 4.2.5.3-1: Abundância das espécies coletadas nas estações seca e chuvosa da área

de influência direta (AID).

Em relação às estações em que foram coletados os insetos, nota-se que as análises das áreas de Influência Indireta (AII) e Influência Direta (AID), confirmam que a estação chuvosa foi a mais abundante nas 02 (duas) áreas. Na AID ela apresentou 84,42% de representatividade (N=271) com um índice de 76,01% para a armadilha luminosa e 8,41% para a isca humana (Figura 4.2.5.3-2).

Figura 4.2.5.3-2: Porcentagem de abundância das espécies coletadas nas estações seca e

chuvosa da área de influência direta (AID). Entretanto, a armadilha luminosa não foi a mais abundante em riqueza de espécies. A técnica de isca humana foi a mais representativa e registrou 59,26% (N=16). Novamente a estação chuvosa se destacou apresentando 08 (oito) espécies catalogadas em cada técnica (Figura 4.2.5.3-3).

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V. III-299

Figura 4.2.5.3-3: Riqueza das espécies coletadas nas estações seca e chuvosa da área de

influência direta (AID). A riqueza de espécies demonstra que a isca humana apresentou 52,17% de representatividade em ambas as estações, porém na estação chuvosa houve uma sobreposição de 100,0% destas técnicas de coletas (Figura 4.2.5.3-4).

Figura 4.2.5.3-4: Porcentagem da riqueza das espécies coletadas nas estações seca e

chuvosa da área de influência direta (AID).

Utilizando os parâmetros de riqueza e abundância para cada região de amostragem nas estações seca e chuvosa, foi calculado o índice de diversidade e equitabilidade de Shannon-Weaner para avaliar a variação da diversidade (Quadro 4.2.5.3-3 e Figura 4.2.5.3-5).

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V. III-300

Quadro 4.2.5.3-3

Índice de diversidade (H') e Equitabilidade (J') de Shannon-Weaner para os pontos amostrais da AID. R = região.

Índices R-03 R-05 R-06 R-09 H' 3,00 1,79 1,31 1,76

J' 0,90 0,60 0,38 0,48 De todas as regiões amostradas a que apresentou a maior diversidade foi a região 03 (3,00). Os resultados acima acompanham a riqueza observada, pois apesar de ser um índice ponderado, as equações são extremamente influenciadas por essa variável, o que explica o padrão observado acima. Entretanto, apesar das áreas citadas apresentarem os maiores valores de H', quando observados os valores de equitabilidade, nota-se que esses são bastante elevados. A situação descrita aponta para a existência de alguma espécie dominante, ou seja, a comunidade presente nesses ambientes encontra-se em um estágio de equilíbrio diferente das demais, corroborando a ideia de que a abundância pode estar associada à riqueza de espécies. As maiores diferenças entre os valores de diversidade e equitabilidade foi observada na área 3, enquanto os menores valores foram observados nas regiões 5 e 6 (Figura 4.2.5.3-5).

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

R-03 R-05 R-06 R-09

Índ

ice

H' e

J'

H'

J'

Figura 4.2.5.3-5: Representação gráfica do índice de diversidade (H') e Equitabilidade (J')

de Shannon-Weaner do regiões amostradas na AID. 4.2.5.4) Área Diretamente Afetada - ADA Nesta área foram coletados 54 espécimes na estação chuvosa e 23 na estação seca, distribuídos em 15 espécies e 9 famílias. Na estação chuvosa, tanto com a isca humana (26) como com a armadilha luminosa (28), o número de espécimes coletados foi bem similar. Já na estação seca, foram coletados 23 espécimes, dessas 19 com o uso de isca humana e apenas 4 com armadilha luminosa (Quadros 4.2.5.4-1 e 4.2.5.4-2).

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V. III-301

Quadro 4.2.5.4-1 Grupos taxonômicos de Diptera coletados durante a estação chuvosa na ADA (áreas 4 e

7) com o uso de armadilha luminosa (AL) e isca humana (IH).

Táxons AL 4 AL 7 IH 4 IH 7 Brachycera -- 1 -- --

Anisopodidae 6 -- -- -- Cecidomyiidae -- 1 2 -- Ceratopogonidae -- 2 -- -- Culicidae

Uranotaenia -- -- 1 -- Aedes aegypti -- -- -- 2 Anopheles sp.2 -- -- -- Culex quinquefasciatus -- -- -- 4 Culex sp.1 -- -- 1 4 Culex sp.2 -- -- 2 -- Culex sp.3 -- -- -- 2

Empididae 1 -- -- -- Sciaridae 12 1 -- -- Simuliidae -- 2 -- -- Tachinidae -- -- 1 -- Tipulidae 1 1 7 --

Quadro 4.2.5.4-2 Grupos taxonômicos de Diptera coletados durante a estação seca na ADA (áreas 4 e 7)

com o uso de armadilha luminosa (AL) e isca humana (IH).

AL 4 AL 7 IH 4 IH 7 Cecidomyiidae 2 -- -- --Culicidae

Culex sp.1 -- -- 10 4Culex sp.2 -- -- 5 --

Simuliidae 1 -- -- --Tipulidae 1 -- -- --

Na Área Diretamente Afetada a armadilha luminosa foi a mais abundante em ambas as estações com 58,44% (N=45) de representatividade e assim como as demais áreas de influência a estação chuvosa foi mais representativa (Figura 4.2.5.4-1). Esta estação apresentou 70,12% (N=54) de representatividade. Deste índice, nota-se que a armadilha luminosa foi a mais abundante com 33,76% de representatividade ao passo que a isca humana apresentou 36,36% (Figura 4.2.5.4-2).

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V. III-302

Figura 4.2.5.4-1: Abundância das espécies coletadas nas estações seca e chuvosa da área

diretamente afetada (ADA).

Figura 4.2.5.4-2: Porcentagem de abundância das espécies coletadas nas estações seca e

chuvosa da área diretamente afetada (ADA). Em relação à riqueza de espécies nota-se que isca humana apresentou 09 espécies (52,94%) contra 08 (oito) da armadilha luminosa (47,06%). Assim como na abundância a estação chuvosa foi a mais representativa (Figura 4.2.5.4-3).

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V. III-303

Figura 4.2.5.4-3: Riqueza das espécies coletadas nas estações seca e chuvosa da área

diretamente afetada (ADA).

A porcentagem da riqueza de espécies mostra um diferencial nas estações de coleta, onde na seca a armadilha luminosa apresentou 60,0% de representatividade, porém na estação chuvosa foi menos representativa, indicando um percentual de 40%. O mesmo ocorreu para a técnica de iscagem humana que na estação seca foi menos representativa (40,0%) e na estação chuvosa foi mais representativa (46,67%) (Figura 4.2.5.4-4).

Figura 4.2.5.4-4: Porcentagem da riqueza das espécies coletadas nas estações seca e

chuvosa da área diretamente afetada (ADA).

Foi observada grande diversidade nas regiões 4 (2.846) e 7 (2,918), comparada a outras regiões de estudo. Entretanto, apesar das áreas citadas apresentarem os altos valores de H', quando observados os valores de equitabilidade, nota-se que esses são bastante elevados (Quadro 4.2.5.4-3 e Figura 4.2.5.4-5).

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V. III-304

Quadro 4.2.5.4-3

Índice de diversidade (H') e Equitabilidade (J') de Shannon-Weaner para os pontos amostrais da ADA. R = região.

Índices R-04 R-07

H' 2,85 2,92

J' 0,86 0,88

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

R-04 R-07

Índ

ice

H' e

J'

H'

J'

Figura 4.2.5.4-5: Representação dos índices de diversidade (H') e Equitabilidade (J') de

Shannon-Weaner das regiões amostradas na ADA. 4.2.5.5) Epidemiologia No município de Alto Araguaia, foram procurados médicos e enfermeiras a fim de que se investigar a incidência de enfermidades relacionadas à fauna estudada, mas nenhuma sistematização de informação foi encontrada. Uma consulta feita ao site do Ministério da Saúde, DATASUS, dedicado às estatísticas relativas à saúde demonstrou que além do endemismo de dengue, que acomete todo o Brasil, a principal enfermidade que merece destaque na região é a leishmaniose tegumentar, (Quadro 4.2.5.5-1). O quadro apresenta os dados referentes aos municípios adjacentes empreendimento e os casos das enfermidades de dengue, febre amarela, malária e leishmanioses (tegumentar e visceral) entre os anos de 2005 a 2008.

Quadro 4.2.5.5-1 Casos prováveis de enfermidades associadas a invertebrados que acometem os

municípios vizinhos ao empreendimento. Casos coletados entre os anos de 2005 e 2008.

Febre Amarela Malária Doença de

Chagas LTM LV Dengue

Sª Rita do Araguaia -- 3 1 4 -- 1

Mineiros 2 6 -- 46 1 2

Alto Araguaia 1 -- -- 63 -- X

Alto Garças -- 1 -- 6 -- XLegenda: X = ausência de dados. LTM = Leishmaniose tegumentar americana e LV = Leishmaniose visceral. As informações presentes na tabela podem ser consultadas nos site: http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb

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V. III-305

Para a melhor compreensão da epidemiologia dessas doenças, pesquisas que mostrem as espécies potencialmente vetoras existentes em uma determinada região, bem como a frequência de cada uma e sua variação ao longo do ano, são de extrema relevância. A variação no número de casos está, além de outros fatores, relacionada às flutuações do número de seus vetores. No estudo foram observados vetores causadores de enfermidades relacionadas às populações humanas como dengue, febre amarela e malária (Quadro 4.2.5.5-2). Em relação a Leishmaniose tegumentar americana (LTA), popularmente conhecida como ferida brava ou úlcera de Bauru, é uma doença primariamente zoonótica, causada por diversos parasitas do gênero Leishmania, envolvendo uma grande variedade de mamíferos silvestres, reservatórios do parasito, onde o ser humano pode ser envolvido secundariamente, sendo transmitida por diferentes insetos vetores da família Psychodidae, subfamília Phlebotaminae. (Sucen, 2009).

Quadro 4.2.5.5-2 Grupo de vetores e sua respectiva abundância e doenças às quais estão associados.

Das enfermidades associadas a vetores, praticamente todos os vetores foram observados nas áreas de influência indireta, direta e diretamente afetada, ressalva feita apenas à região controle que, devido a um menor quantitativo de unidades amostrais apresentou um menor número de vetores (Tabela 4.2.5.5-1).

Tabela 4.2.5.5-1 Grupo de vetores encontrados e doenças às quais estão associados em cada uma das

áreas de influência do empreendimento.

Grupo Taxonômico

Moléstia Abundância

AII Abundância

AID Abundância

ADA Abundância

Controle

Aedes aegypti Dengue, Febre amarela -- 3 3 --

Aedes spp. Dengue, Febre amarela 6 1 -- 1

Anopheles spp. Malária 19 1 -- --

Culex spp. Filariose 44 61 50 7

Haemagogus spp. Febre amarela 1 1 1 11

Phlebotomus sp.1 Leishmanioses 3 1 1 --

Simuliidae sp.1 Oncocercose 2 3 3 --

TOTAL 75 71 58 19 Legenda: AII = área de influência indireta, AID, área de influência direta, ADA = área diretamente afetada.

Grupo Taxonômico Moléstia Abundância

Aedes aegypti Dengue, Febre amarela 03

Aedes spp. Dengue, Febre amarela 08

Anopheles spp. Malária 20

Haemagogus spp. Febre amarela 13

Culex spp. Filariose 84

Simuliidae Oncocercose 05

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V. III-306

4.2.5.6) Síntese dos Aspectos Relevantes Ao todo foram encontradas 31 espécies de Diptera distribuídas em 12 famílias em um total de 545 espécimes, das quais algumas possuem representantes de interesse médico sanitário. Da abundância total de insetos coletados, a estação seca apresentou menor valor (121), número bastante inferior aos indivíduos coletados durante a estação chuvosa (424), indicando que a estação chuvosa pode proporcionar a criação de mais microambientes favoráveis como poças e alagados para o desenvolvimento dos dípteras o que talvez explique o padrão observado. Entretanto, além dos padrões de abundância é necessário que se observe as variações de riqueza a fim de que se tenha um panorama geral da diversidade. Com relação à riqueza de espécies, observa-se, assim como para a abundância, que a estação chuvosa foi mais importante. Das 31 espécies coletadas apenas 17 foram observadas durante a estação seca (8 coletados pela armadilha luminosa e 10 coletados pela isca humana), enquanto 25 foram observadas durante a estação chuvosa (11 coletados pela armadilha luminosa e 19 coletados pela isca humana). Evidentemente esses valores não são absolutos, sendo que existe um grande número de espécies que ocorreram nas das duas estações, assim como aquelas que ocorreram exclusivamente em cada estação. Com relação à eficiência de cada metodologia em cada estação amostrada, nota-se que para critérios de abundância a armadilha luminosa se mostrou mais eficiente durante a estação chuvosa enquanto a isca humana se mostrou mais eficiente durante a estação seca. Durante a estação seca 42% dos indivíduos foram coletados pela armadilha luminosa, enquanto 58% dos indivíduos foram coletados pela isca humana. Já na estação chuvosa, as importâncias se inverteram, com 27% dos indivíduos coletados pela técnica isca humana e 73% dos indivíduos coletados pela armadilha luminosa. No contexto geral nota-se uma maior capacidade de coleta da armadilha luminosa, fato que é explicado pelo valor demasiadamente superior de indivíduos durante a época de chuva. Situação oposta à descrita anteriormente pode ser observada do ponto de vista da riqueza de espécies. A isca humana se mostrou muito mais eficiente para esse critério sendo que 55% das espécies foram coletadas exclusivamente por essa metodologia, enquanto 26% das espécies ocorreram exclusivamente na armadilha luminosa e 19% das espécies aconteceram simultaneamente em ambas. Do ponto de vista da eficiência seria complicado determinar algum método como mais eficiente. Embora, em termos, gerais a isca humana tenha mostrado maior capacidade de descrever a diversidade local, a associação com amostragem com a armadilha luminosa é fundamental, pois além de elevar o valor comparativo do trabalho, pois diminui a interferência humana, não se pode negligenciar que algumas espécies de interesse epidemiológico foram coletadas exclusivamente com a armadilha luminosa. Quando observada as áreas de influência do empreendimento, nota-se que a área de influência direta (AID) apresentou os maiores valores tanto para a porcentagem de riqueza observada, apresentando 74%, quanto para a porcentagem de abundância dos indivíduos coletados (58,8%). Após a AID, a área de influência indireta (AII) apresentou a segunda maior sequência de valores, seguida pela área diretamente afetada (ADA). Os valores aqui observados estão em concordância com o esperado, uma vez que a variação numérica das unidades amostrais pode influenciar diretamente o padrão observado. Como forma de complementar as informações de riqueza descritas nos gráficos anteriores, curvas de acúmulo de espécies associada ao estimador Jack-Knife 1 foram confeccionadas. As respostas das curvas de acúmulo de espécies e seus estimadores seguem o padrão esperado para trabalhos com fauna de elevada diversidade. Como esperado tanto as curvas médias

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V. III-307

quanto as curvas estimadas possuem baixo grau de inclinação e elevado coeficiente angular de ajuste linear, o que demonstra que novas espécies podem ser coletadas em novas campanhas (Figura 4.3.5.6-1 a Figura 4.3.5.6-3). Durante a estação chuvosa, nota-se que o valor do estimador em relação ao valor médio é muito elevado para a armadilha luminosa, o que demonstra certa instabilidade da curva. A mesma situação é observada durante a estação seca para ambas as metodologias utilizadas assim como quando contabilizadas as duas estações do ano ao mesmo tempo. Esse padrão provavelmente está relacionado à elevada diversidade da fauna em questão.

Figura 4.2.5.6-1: Curva de acúmulo de espécies e curva estimada pelo modelo de Jack-

Knife construída com os dados coletados no período chuvoso. AL = Armadilha Luminosa, IH = Isca Humana, ME = Média e JK = Jack-Knife do tipo 1.

Figura 4.2.5.6-2: Curva de acúmulo de espécies e curva estimada pelo modelo de Jack-Knife construída com os dados coletados no período seco. AL = Armadilha

Luminosa, IH = Isca Humana, ME = Média e JK = Jack-Knife do tipo 1.

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V. III-308

Figura 4.2.5.6-3: Curva de acúmulo de espécies e curva estimada pelo modelo de Jack-

Knife construída com os dados coletados em ambos os períodos. AL = Armadilha Luminosa, IH = Isca Humana, ME = Média e JK = Jack-Knife do tipo 1.

Em relação à curva de acúmulo de espécies observa-se que tais curvas variam em função direta da diversidade da fauna estudada e eficiência do esforço amostral, que em última análise pode ser refletido como o número de unidades amostrais em um dado estudo (Magurran, 1988). Uma das recomendações mais recorrentes na literatura é que a curva seja construída simultaneamente à execução do trabalho, pois assim se poderia ter uma ideia da eficiência do esforço amostral empregado. A estratégia sugerida é de difícil incorporação aos estudos de entomofauna, pois os indivíduos coletados não são identificados em campo, sendo levados à laboratório para que com o auxílio de instrumentos ópticos seja feita a identificação, processo esse demorado e laborioso. Dessa maneira, a melhor estratégia adotada para estudos com insetos é a maximização padronizada do esforço amostral. Desse modo, a diversidade das unidades amostrais similares é somada, geralmente, por regiões, e dessa maneira uma curva de acúmulo média é construída. Dessa maneira, tem-se a certeza que, dentro do estudo, o pressuposto da função matemática que norteia quantificações como a curva do coletor foi atendido, e que os resultados expressos são os mais coerentes dentro das possibilidades do trabalho. De acordo com a explanação anterior, optou-se por somar todas as áreas de influência (AII, AID e ADA) presentes no estudo, gerando curvas médias e estimativas que fossem mais representativas do ponto de vista analítico e sem prejudicar as análises de diversidade separadamente. O resultado demonstrado na análise de agrupamento demonstra na maioria dos casos uma elevada similaridade entre as regiões de estudo. As similaridades apresentadas parecem estar relacionadas às distancias geográficas associadas a fatores fisionômicos, uma vez que grande parte das similaridades foi observada entre ambientes de mesma formação. Já a dissimilaridade parece não obedecer ao mesmo padrão, estando fortemente associada à distância das regiões, haja vista que a menor similaridade foi observada entre as regiões 1 e 9 (7.5%) e 6 e 2 (9.18%) (Quadro 4.2.5.6-1 e Figura 4.2.5.6-4).

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V. III-309

Quadro 4.2.5.6-1 Matriz de similaridade entre as regiões. Bray-Curtis, UPGMA

R- 01 R-02 R-03 R-04 R-05 R-06 R-07 R-08 R-09

R-01 1 33,33 16,66 40,90 10,75 12,5 30,50 13,04 7,57

R-02 * 1 20 33,33 15,92 9,18 12,65 12,5 14,47

R-03 * * 1 20,51 40,96 13,25 36,73 24,39 18,03

R-04 * * * 1 36,03 29,89 31,16 29,09 25,33

R-05 * * * * 1 46,23 19,51 69,56 55,48

R-06 * * * * * 1 13,33 36,36 64,70

R-07 * * * * * * 1 29,62 11,57

R-08 * * * * * * * 1 46,75 R-09 * * * * * * * * 1

Das enfermidades associadas a vetores como a dengue, febre amarela, malária, filariose, leishmanioses e oncocercose, praticamente todos os vetores foram observados nas áreas de influência indireta, direta e diretamente afetada do empreendimento AHE Couto Magalhães.

Figura 4.2.5.6-4: Representação gráfica por meio de dendrograma da análise de

agrupamento - Bray-Curtis, UPGMA.

AID

AID

AID

AID

ADA

ADA

AII

AII

AII

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V. III-310

4.2.5.7) Inventário Fotográfico Regiões de amostragem

Foto 01: Ribeirão Zeca Novato (Região 1)

Foto 02: Ribeirão do Sapo (Região 2)

Foto 03: Ribeirão Claro (Região 3)

Foto 04: Região da foz do rio Babilônia

(Região 4)

Foto 05:Região 05

Foto 06- Região 06

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V. III-311

Foto 07: Rio Araguaia, trecho de vazão

reduzida (Região 07)

Foto 08: Rio Araguaia a jusante da área do

empreendimento (Região 08)

Foto 09: Rio Babilônia na área controle.

Métodos de coleta

Foto 10: Região de coleta de molusco. Diminuto curso d'água parcialmente

empoçado.

Foto 11: Armadilha luminosa montada em

área de Mata ciliar

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V. III-312

Foto 13: Armadilha luminosa sendo montada em área de Mata de galeria.

Foto 14: Coletor inserido detergente na

armadilha luminosa

Foto 15: Coletor inserido água na

armadilha luminosa

Foto 16: Instalação da armadilha luminosa.

Foto 17: Detalhe da armadilha luminosa

ligada.

Foto18: Detalhe da armadilha luminosa

com a entomofauna capturada.

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V. III-313

Foto 19: Coletor recolhendo os insetos

coletados.

Foto 20: Detalhe esquemático do aparato

utilizado pra coleta de dípteras

Foto 21: Coletor realizado a metodologia de

tubo de sucção em área antropizada.

Foto 22: Coletores realizado a metodologia

de tubo de sucção em Mata de Galeria.

Foto 23: Coletor realizado a metodologia de

tubo de sucção em Mata de Galeria.

Foto 24: Casa abandonada onde foi feito a

varredura de triatomíneos.

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V. III-314

Foto 25: Material utilizado para a coleta de

moluscos.

Foto 26: Coleta de moluscos em região de

remanso.

Foto 27: Coleta de moluscos.

Foto 28: Coleta de moluscos.

Foto29: Detalhe da coleta de moluscos.

Foto 30: Triagem moluscos.

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V. III-315

Foto 31:Triagem moluscos.

Foto 32: Triagem moluscos.

Foto 33: Entrevista com profissional da

área de saúde

Foto 34: Entrevista com morador da região.