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ANO XVII Nº 127 OUTUBRO 2017 INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE BENTO GONÇALVES 4 0 NENHUM DIREITO A MENOS ASSEMBLEIA CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA E DISSÍDIO MOBILIÁRIO 2018 11 DE NOVEMBRO - CENTRO DE LAZER 40 ANOS DE LUTA RESISTÊNCIA Participação de todas as categorias da Família Sitracom BG. A maior assembleia em relação à Reforma Trabalhista. JUNTOS SOMOS FORTES. Haverá ônibus gratuito nos roteiros tradicionais, a partir das 8h30min. Também haverá transporte imediato para a volta. Após a assembleia haverá almoço de confraternização em comemoração ao ANO 40, com sorteio de brindes. O valor do ingresso é R$ 15,00. Reservas podem ser feitas até o dia 9 de novembro, na Secretaria do Sindicato ou com diretores sindicais.

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ANO XVIINº 127

OUTUBRO2017

INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE BENTO GONÇALVES

DespertaTrabalhador40

NENHUM DIREITO A MENOSASSEMBLEIA CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA

E DISSÍDIO MOBILIÁRIO 201811 DE NOVEMBRO - CENTRO DE LAZER

40 ANOS DE LUTA

RESISTÊNCIA

Participação de todas as categorias da Família Sitracom BG. A maior assembleia em relação à Reforma Trabalhista. JUNTOS SOMOS FORTES.Haverá ônibus gratuito nos roteiros tradicionais, a partir das 8h30min. Também haverá transporte imediato para a volta.

Após a assembleia haverá almoço de confraternização em comemoração ao ANO 40, com sorteio de brindes.O valor do ingresso é R$ 15,00. Reservas podem ser feitas até o dia 9 de novembro, na Secretaria do Sindicato ou com diretores sindicais.

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O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou, durante palestra no Sindicato dos Traba-lhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (Sitracom BG), que o Brasil enfrenta um estado de exceção. “Nessa si-tuação, as leis deixam de ser seguidas en-quanto uma cultura de ódio vai tomando conta da nação”, observa o parlamentar que propõe uma frente ampla para lutar contra as mazelas que estão tomando con-ta da sociedade.

Paim avalia que as reformas do gover-no Temer vão tornar o cenário para 2018 ainda mais nebuloso. “Vivemos um mo-mento em que cada projeto ruim criado por Temer é piorado pelo Congresso Nacio-nal que, na maioria, joga contra o traba-lhador”, denuncia. Até mesmo os grandes investidores internacionais estão abrindo mão do Brasil. “A coisa está tão ruim que empresários reunidos nos Estados Unidos avaliaram que não interessa investir no Brasil, tamanha a insegurança jurídica que se verifica. Isso só comprova que as leis foram atropeladas e que o Brasil vem no caminho do retrocesso”, analisa o senador.

Essa situação se intensifica com as re-formas que estão em jogo. A liberação ir-restrita da terceirização, conforme Paim, vai levar o trabalhador para o submundo. “Ele vai ficar desamparado, todos sabem como é a terceirização. No próprio Con-gresso Nacional, a casa da lei, muita gente trabalha terceirizada e o cenário normal é ver muito trabalhador abandonado depois que as empresas fecham suas portas. “Na prática ninguém é responsável por ele”, comenta.

PAULO PAIM NO SITRACOM BG“Tudo o que Temer faz de ruim é piorado pelo Congresso”

R$ 1 trilhão em sonegaçãoPaim também falou sobre a reforma da Previdência e lembrou que ela não saiu em

maio porque os movimentos sociais se mobilizaram. “Não podemos permitir que aca-

bem com a nossa Previdência. Já foi comprovado que ela é superavitária. O governo

tem que cobrar os grandes devedores e resgatar quase um R$ 1 trilhão que deixaram

de entrar nos cofres públicos. Para ele, a única forma de resgatar o País dessa situa-

ção é usando o voto. “Temos o Congresso mais indecente da história e não é possível

que não mudemos isso através das urnas. A população tem o dever de usar o voto

para mudar esse quadro”, finaliza.

O presidente do Sitracom BG, Itajiba Soares Lopes, destacou a importância do en-

contro com o senador Paim com os trabalhadores. “A vinda dele é uma forma de nos

aproximarmos de Brasília. As coisas vão acontecendo por lá e os trabalhadores vão

tendo que engolir as decisões. Por isso é importante esse contato com parlamentares

que realmente representam os interesses da classe trabalhadora”, concluiu.

O presiden-te da CPI da Pre-vidência, Paulo Paim (PT-RS), fez um balanço das atividades desen-volvidas pelo co-legiado durante seus seis meses de funcionamen-to. Paim lembrou que o relatório fi-nal, que tem 253 páginas, foi lido durante 11 horas no dia 23 de outubro.

Paim aponta erros na proposta de reforma apresentada pelo gover-no, sugere emendas à Constituição e projetos de lei, além de indicar uma série de providências a serem tomadas para o equilíbrio do sistema pre-videnciário brasileiro, como mecanismos de combate às fraudes, mais rigor na cobrança dos grandes devedores e o fim do desvio de recursos

CPI aponta erros na proposta de reforma da Previdênciapara outros seto-res.

O documento alega haver incon-sistência de dados e de informações anunciadas pelo Poder Executivo, que “desenham um futuro aterrori-zante e totalmente inverossímil”, com o intuito de acabar com a previdência pública e criar um

campo para atuação das empresas privadas. Segundo o relatório, os maiores sonegadores devem quase R$ 1 tri-

lhão à União. “Esse argumento de déficit está sendo utilizado pelo go-verno Temer para, com o apoio do empresariado, conseguir aprovar a reforma que eles querem e que só vai tirar mais direitos dos trabalhado-res”, afirmou Paim.

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Decorreram meses de negociações e de resistência para que o dissídio coletivo dos trabalhadores da indústria moveleira fosse estabelecido. De um lado, patrões aproveitando o momento de crise social e econômica para tentar retirar conquistas alcançadas. De outro, sindicalistas e tra-balhadores unidos para assegurar que a justiça fosse feita e nenhum direito fosse suprimido. O resultado deste embate foi a celebração de uma convenção coletiva que assegurou um reajuste salarial de 5,44% para a categoria que tem como data base o dia 1º de fevereiro.

O vice-presidente do Sitracom BG, Ivo Vailatti, coordenou os trabalhos da comis-

Convenção coletiva garante aumento de5,44% para trabalhadores do mobiliário

Mobiliário2017Data base 1º de fevereiro

Reajuste de 5,44%Fica estabelecido o aumento salarial no percentual de 5,44% a contar de 1º de fevereiro de 2017.

Salário normativol R$ 1.245,90 - Salário adicional (contrato de experiência 60 dias)

l R$ 1.279,28 - Salário intermediário (compreendido entre o término do contrato de experiência de 60 dias e o salário normativo)

l R$ 1.445,59 - Salário normativo (a partir de seis meses de empresa)

l Reposição e antecipação salarial l Quinquêniosl Sábados em dobro l Dias 31l Auxílio escolar l Auxílio funerall Estabilidade gestante l Abono ausêncial Consultas de filho até seis anos l Banco de horasl Férias até quarta-feira l Adicional noturno de 30%l Horas extras 100% l Pré-aposentadorias

são de negociações. “Foram dias muito di-fíceis, mas a equipe soube agir de forma equilibrada, avaliando todas as questões apresentadas pelo sindicato patronal. So-mos sabedores de que a situação econô-mica do País é bastante grave e evolui a passos largos com o governo golpista que se instalou no Brasil”, avalia. Mas, segundo ele, é preciso achar um ponto de equilíbrio para que os trabalhadores não tenham que pagar essa conta sozinhos. “Por certo não tivemos o reajuste que esperávamos que fosse o mais justo para quem produz as riquezas desta nação. Ainda não dá para comemorar mas, numa análise da atual conjuntura, podemos afirmar que não dei-

xamos haver retrocesso”, observa Vailatti.A dificuldade para chegar ao acor-

do foi grande. Tanto que as negociações se estenderam por meses. O presidente do Sitracom BG, Itajiba Soares Lopes, co-mentou que a preocupação com o tem-po era grande, mas que, no entanto, os trabalhadores não poderiam abrir mão de conquistas históricas. “Lutamos mui-to num passado recente para que nossos companheiros pudessem ter os melhores pisos salariais do Brasil e benefícios que nem mesmo estão previstos na legislação. Nossa união foi fundamental para que pu-déssemos assegurar isso na convenção co-letiva 2017/2018”, concluiu.

As empresas concederão,

no mês de janeiro de

2018, uma antecipação

salarial no percentual de

1,5%.

As diferenças salariais

devidas aos trabalhadores

deverão ser pagas com a

folha do mês de outubro de

2017.

AntecipaçãoSalarial

Conquistasque não estão na Lei

Sitracom BG: um dos únicos sindicatos do Brasil a conseguir uma antecipação salarial no atual quadro econômico

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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mo-

biliário de Bento Gonçalves (Sitracom BG) celebrou seus 40 anos de fundação com uma grande mobilização que reu-niu mais de 450 pessoas no Centro de Lazer da entidade. O evento, que serviu de palco para a inauguração do novo prédio do complexo de lazer e também de um almoço de confraternização com associados e seus familiares, foi marca-do também por diversas manifestações de resistência contra as reformas traba-lhista e previdenciária. “Como não pode-ria deixar de ser, nossa celebração tinha que ser marcada pela resistência e pela luta, agora para assegurar nossos direi-tos conquistados à custa, muitas vezes, do sangue dos trabalhadores”, enfatiza o sindicalista Arcelo Rossini.

Para ele, o Sitracom BG chega ao seu ano 40 com uma bagagem de inúme-ras conquistas para os trabalhadores e, por direito, teria que estar comemoran-do esse aniversário. “Mas, infelizmente, não podemos nos dar ao luxo de baixar a guarda para simplesmente comemorar. Estão tentando acabar com tudo o que conquistamos. Capital e trabalho, está comprovado, não andam juntos. Sen-tam em lados opostos da mesa. Capital não tem bandeira, não tem país ou cor, só números. De outro lado, lutamos por

SITRACOM BG 40 ANOSAto de resistência contra reformas marca celebração dos 40 anos da entidade

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dignidade, por humanidade e cidadania para cada trabalhador”, observa.

Numa época de extremas ameaças a tudo o que o trabalhador conquistou, o sindicalista destacou a importância da entidade na representatividade do coletivo. “Quem faz um sindicato forte é o trabalhador e, quando ele participa ativamente, as forças se equilibram, ga-rantindo o sagrado direito à cidadania”, concluiu.

As mais importantes conquistas do Sitracom BG somente foram alcançadas devido à união dos trabalhadores. O pre-sidente da entidade, Itajiba Soares Lo-pes, destacou que, devido à atuação de diretorias atuantes e comprometidas, a categoria moveleira tem os melhores pi-sos salariais do país e tem benefícios que nem mesmo estão previstos em lei. “É por isso que temos que fazer desta cele-bração mais um dia de intensa luta e le-var esclarecimentos que possibilitem aos trabalhadores discutir os temas e avaliá--los”, comentou Itajiba.

Ele lembrou que a palavra de ordem agora é resistência. “Não podemos acei-tar que nos tirem as conquistas. Nenhum direito a menos pode ser tolerado. Não há um único item nesta Reforma que be-neficie o trabalhador. Vamos resistir, não vamos permitir a volta aos tempos da barbárie”, denunciou o presidente.

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Ricardo Wagner: sindicato é o trabalhador e ambos não se separam

Arcelo Rossini: lutamos por dignidade, por humanidade e cidadania para cada trabalhador

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A relevância da trajetória de luta do Sitracom BG foi analisada pelo vice-presidente Ivo Vailatti, ao resgatar da-dos econômicos. “Em 1977 o piso da categoria moveleira era de U$ 82,00. Em 2017 chegou a U$ 465,00. Isso só aconteceu porque lutamos juntos e porque nunca abri-mos mão de nosso direito à cidadania e dignidade. E tem que continuar assim. Nenhum direito a menos”, protes-tou Vailatti.

O procurador do Ministério Público Federal do Traba-lho, Ricardo Wagner Garcia, destacou que não há direito conquistado em convenção coletiva que não tenha sido fruto da luta sindical. “Sindicato não é clube social ou associação civil comum. Ele é a categoria. Sindicato de-fende a categoria, se baseia na categoria, se volta para a categoria, vive a categoria e a categoria é que faz o sin-dicato viver. E é a categoria que sustenta o sindicato com total exclusividade. Não tem dinheiro do Estado, é só o trabalhador quem contribui. Então, o sindicato é o traba-lhador e ambos não se separam”, encerrou o procurador.

O ato também foi marcado por uma exposição foto-gráfica mostrando a trajetória de luta do Sitracom BG e por homenagens aos sócios mais antigos da entidade.

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Descerramento de placa alusiva ao Ano 40 fez parte da inauguração do novo prédio do Centro de Lazer

Atual diretoria celebra os 40 anos do Sitracom BG

Sócios mais antigos da entidade foram homenageados

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Governo golpista legaliza escravidão no Brasil

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governo de Michel Temer publicou um conjunto de novas regras que, na prática, dificultam o combate ao trabalho escravo

no país. Uma das principais mudanças diz, por exemplo, que para que haja a identificação de trabalho forçado, jornada exaustiva e condição degradante, é preciso ocorrer a privação do di-reito de ir e vir, o que no Código Penal não é obrigatório. A portaria deixa também nas mãos do Ministro do Trabalho - e não mais da equi-pe técnica - a inclusão de nomes na chamada “lista suja”, que reúne empresas flagradas com trabalho análogo à escravidão.

As mudanças atendem a uma demanda antiga da bancada ruralista no Congresso e ocorreram justamente na semana em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara analisou a segunda denúncia contra Temer no âmbito da Lava Jato. Em nota, o Ministério do Trabalho afirmou que a portaria “aprimora e dá seguran-ça jurídica à atuação do Estado Brasi-leiro” no combate ao trabalho escravo.

A medida, no entanto, recebeu uma chuva de críticas. O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) recomendaram a revo-gação da decisão do Ministério do Tra-

balho e afirmaram que a portaria é ilegal, ao condicionar a ca-racterização do trabalho escravo contemporâneo à restrição de

liberdade de locomoção da vítima. Em 17 Estados do Brasil, fiscais do trabalho decidiram, inclusive, parar suas ativida-des em protesto à portaria

A Organização Internacional do Tra-balho (OIT) também se manifestou e declarou que o Brasil deixa de ser refe-rência no combate ao trabalho escravo e vira exemplo negativo.

Do Blog do Esmael Morais

Depois da CCJ da Câmara livrar Michel Temer (PMDB) da investigação por organização criminosa e obstrução à justiça, os deputados se preparam para autorizar aumento no plano de saúde de idosos com mais de 60 anos. O parecer favorável é do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).

Atualmente, a lei proíbe que aumentos sejam aplicados nos planos de pessoas com até 59 anos.A ideia do relator é “parcelar” os reajustes para que não fira o Estatuto do Idoso. A proposta

atende ao lobby das empresas de plano de saúde.O texto de Marinho tramita em regime de urgência numa comissão especial da Câmara. Por

isso, se aprovado, o parecer vai à votação diretamente no plenário sem precisar passar pelas demais comissões da Casa.

Até agora, nem Michel Temer (PMDB) nem o ministro da Saúde Ricardo Barros (PP) se manifesta-ram contrários à proposta que ferra os idosos brasi-leiros.

Barros é um conhecido militante pela diminuição do Sistema Único de Saú-de para abrir espaço aos planos de saúde privados, que financiaram sua cam-panha de 2014 - conforme o TSE.

Como se vê, não há li-mites quando o assunto é desrespeito aos idosos e retirada de direitos - como o fim das aposentadorias na reforma previdenciária.

Aumento nos planos de saúde

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Eu acreditei piamente que as pessoas batiam panelas e se vestiam de verde--amarelo, enchendo parques e avenidas, contra a corrupção. Acreditei ingenu-amente que estavam acima de partidos e ideologias em luta pela justiça, pela transparência e pela punição aos saqueadores da Nação. Eu acreditei franca-mente que seriam coerentes e fariam o mesmo cada vez que uma situação equivalente se apresentasse. As decepções não tardaram. Apareceram denún-cias pesadas contra o presidente Michel Temer. Nenhuma panela bateu. Surgiu a mais impressionante série de provas gravada contra um senador, Aécio Ne-ves. Silêncio absoluto. Nenhuma camiseta da CBF nas ruas. Tudo vazio.

Dilma Rousseff foi derrubada pelos eleitores de Aécio Neves. Por que pa-nelas não bateram e não batem agora que a máscara do tucano caiu? Por que panelas não ecoam agora que Michel Temer será julgado, e salvo, pela segunda vez na Câmara de Deputados sob graves acusações de corrupção? Vale lembrar que Dilma não foi derrubada sob acusação direta de qualquer ato de corrup-ção, mas pelas pedaladas fiscais. O que é mais grave: pagar compromissos governamentais com adiamentos de bancos públicos sempre reembolsados ou receber propina de empresários? Os senadores que salvaram Aécio são os mesmos que afundaram Dilma em nome da moral. Por que as panelas não batem agora? Onde andam os jovens líderes de movimentos ditos apartidários em defesa de um Brasil limpo, novo, livre do cancro de políticos ladrões?

Eu acreditei realmente que a classe média brasileira não se deixaria nova-mente manipular, como acontecera em 1964, e que trataria todos da mesma maneira, com o mesmo rigor e a mesma convicção. O que tem feito Temer para merecer leniência? Tentou liberar uma reserva na Amazônia para a exploração total de minérios. Resolveu proteger o trabalho escravo. Não cobrou uma dívi-da de R$ 29 bilhões de ITR de ruralistas. Aprovou uma reforma trabalhista que precariza a vida de plebe. Vai insistir numa reforma da Previdência que levará muitos a morrer sem se aposentar. Corta verbas da pesquisa e da educação. Temer é o presidente dos sonhos do mercado. Que interessa a corrupção?

O STF prendeu Delcídio do Amaral e afastou Eduardo Cunha sem consultar o parlamento. Primeiro deixou Cunha derrubar Dilma. Era útil. Quando chegou no queridinho Aécio, devolveu a decisão para o senado, que tratou de salvar o parceiro tornando-se definitivamente a instituição mais desmoralizada do país e talvez do mundo. O STF provou que nossa Justiça tem lado. Quando convém, atropela a Carta Magna sem o menor constrangimento em nome de algum entendimento alternativo. O caso Aécio é o maior escândalo da história da Justiça e do parlamento dos brasileiros. O caso Temer vem a seguir. Sem contar o impeachment de Dilma, uma armação que levou ao poder um grupo crivado de comprometimentos judiciais. Vários do ministério inicial já estão na cadeia. A farra continua. As panelas cozinham. A fúria moral passou.

JUREMIR MACHADO DA SILVA

O grandeescândaloApareceram denúncias pesadas contra o presidente Michel Temer. Nenhuma panela bateu. Surgiu a mais impressionante série de provas gravada contra um senador, Aécio Neves. Silêncio absoluto.

ATENÇÃO EX-FUNCIONÁRIOS

DA DITÁLIA MÓVEIS

Este comunicado é dirigido aos ex-funcionários da Ditália Móveis, que foram dispensados a partir de abril de 2015 e que não receberam a integralidade das parcelas resci-sórias firmadas nos termos/acor-do de parcelamento. Esta Entidade Sindical vem infor-mar aos trabalhadores que, caso não tenham recebido a integrali-dade dos seus créditos, deverão imediatamente procurar o depar-tamento jurídico a fim de obter maiores esclarecimentos e decidir quanto a conveniência ou não de ingressar com respectiva ação judi-cial. Informa ainda que no respectivo processo de Recuperação Judicial não existe uma segunda listagem contemplando trabalhadores que não foram contemplados por valo-res liberados neste mês de outubro. Também não existe uma listagem complementar para pagamento de saldo de crédito remanescente para aqueles trabalhadores que recebe-ram parcialmente os seus créditos.

Por fim, este Sindicato informa aos trabalhadores que tiveram seus contratos de trabalho extintos no ano de 2015, mediante acordo de parcelamento, os quais foram des-cumpridos a contar de janeiro de 2016, que o prazo final para co-brança judical se esgota em dezem-bro de 2017.

DiretoriaSITRACOM-BG

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DIRETORIA 2014/2018 - PRESIDENTE: ITAJIBA SOARES LOPES | 1º VICE-PRESIDENTE: IVO VAILATTI | SECRETÁRIO GERAL: CARLOS LAERTE ARANGUIZ JOSENDE | 1ª SECRETÁRIA: FERNANDA CALZA | TESOUREIRO GERAL: ARCELO JOSÉ ROSSINI | 1º TESOUREIRO: JORCI GIURIATTI | DIRETOR DE EDUCAÇÃO: ALEXANDRO GIURIATTI DA SILVA | SUPLENTES DA DIRETORIA: Gisele Guzzo, Clademar Verdi, Leonardo Muller Bettin, Gilmar Burato, Jaime Zapalai, Valderes Aparecida dos Santos Bandeira| CONSELHO FISCAL - EFETIVOS: Lionina Salete Cabral Piegas, Jandir Rimoldi e Maria de Lourdes Fernandes de Oliveira | CONSELHO FISCAL - SUPLENTES: Oclides Lagunaz, Armindo Ormar Ritter, Adriana Machado de Assis Nascimento | DELEGADO JUNTO À FEDERAÇÃO: Efetivos: Ivo Vailatti | Suplentes: Ildo Sobirai e Luiz Paulo do Prado Lopes

Edição e Fotos: Giovani Nunes | Editoração: Vania M. Basso | Impressão: Pioneiro | Tiragem: 3.000 exemplares | Distribuição Gratuita

DESPERTA TRABALHADOR | INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE BENTO GONÇALVES

Rua Candelária, 235 | Bento Gonçalves (RS) | Fone: (54) 3452.2538 | E-mail: [email protected] | www.sitracombg.com.br

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O Sitracom BG e a Intersindical promoveram, no dia 30 de outu-bro, um debate sobre a reforma trabalhista e suas consequências para a classe trabalhadora. Para o evento, o movimento sindical trouxe a Bento Gonçalves a Dra. Zilmara Alencar, consultora jurídi-ca do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar de Bra-sília (DIAP). A advogada também é autora da obra CLT - Edição Atu-alizada, Comparada e Comentada para Dirigentes Sindicais (A Face Sindical da Reforma Trabalhista - Lei nº 13.467, 13 de julho de 2017). Outro painelista foi o Dr. André Luis dos Santos - assessor do DIAP.

A direção do Sitracom BG des-

Debate sobre a Reforma Trabalhista

ELEIÇÕES SINDICAISCOMUNICADO AOS ASSOCIADOS

DIA 08 DE DEZEMBRO DE 2017Mais informações na Secretaria do Sindicato.

tacou a importância do evento, realizado no auditório da entida-de. “Todos serão afetados com as reformas e a melhor maneira de enfrentá-las será através da informação. Por isso é muito im-portante que todos exercitem sua cidadania”, enfatizou o presiden-te Itajiba Soares Lopes.

O evento reuniu cerca de 200 pessoas numa plateia formada por sindicalistas, profissionais de RH e de contabilidade, além de advogados e outros profissinais.

André Luis dos Santos lem-brou que a reforma trabalhista recebeu, somente na Câmara dos Deputados, 1.340 emendas. Des-sas, mais de 1.000 visam exclusi-vamente a flexibilização da CLT.

No Senado Federal o projeto rece-beu outras 678 emendas, com os mesmos motivos. “Tudo tramitou muito rápido, a partir de março de 2017. Nunca houve qualquer estudo ou debate sobre o tema. Isso para que o movimento sin-dical seja rapidamente enfraque-cido e os mecanismos de defesa dos direitos dos trabalhadores se-jam anulados”, denuncia. Ele faz um alerta: “a sociedade vai sofrer muito com essas mudanças e a classe trabalhadora está parada, enquanto vai sendo desmantela-da.

Zilmara Alencar destacou que a reforma não será benéfica para o trabalhador sob nenhum ponto de vista. “Dúvidas e insegurança

por enquanto são o ponto co-mum. Teremos que esperar para saber se os contratos antigos se-rão atingidos ou só os novos. Mas temos uma certeza, o movimen-to sindical vai ter que mudar sua forma de atuação”, ponderou a advogada. Para ela, uma ditadura foi imposta pelo governo golpista e as reformas são impostas a reve-lia da sociedade. “Uma evidência disso é o projeto que o Congresso está elaborando para extinguir a Justiça do Trabalho e levar tudo para a Justiça comum. Aí sim é que nada mais andará para o tra-balhador. Há claramente um mo-vimento para tentar acabar com tudo o que ele conquistou”, con-cluiu.

- Insegurança jurídica -

André Luis dos Santos: nunca houve qualquer estudo ou debate sobre o tema Zilmara Alencar: a reforma não será benéfica sob nenhum ponto de vista