4 sistema indic adores

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  • 7/23/2019 4 Sistema Indic Adores

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    Cincia e Sade Coletiva

    Associao Brasileira de Ps-Graduao em Sade Coletiva

    [email protected]

    ISSN (Versin impresa): 1413-8123

    BRASIL

    2007Dbora Cynamon Kligerman / Heliana Vilela / Telma Abdalla de Oliveira Cardoso /

    Simone Cynamon Cohen / Denise Sousa / Emilio La RovereSISTEMAS DE INDICADORES DE SADE E AMBIENTE EM INSTITUIES DE

    SADECincia e Sade Coletiva,janeiro-maro, ao/vol. 12, nmero 001

    Associao Brasileira de Ps-Graduao em Sade ColetivaRio de Janeiro, Brasil

    pp. 199-211

    Red de Revistas Cientficas de Amrica Latina y el Caribe, Espaa y Portugal

    Universidad Autnoma del Estado de Mxico

    http://redalyc.uaemex.mx

    mailto:[email protected]://redalyc.uaemex.mx/http://redalyc.uaemex.mx/http://redalyc.uaemex.mx/mailto:[email protected]
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    1Departamento deSaneamento, EscolaNacional de Sade Pblica,Fundao Oswaldo Cruz.Rua Leopoldo Bulhes1480, 50andar,Manguinhos. 21041-210Rio de Janeiro [email protected]/UFRJ.3Fundao Oswaldo Cruz.

    Sistemas de indicadoresde sade e ambiente em instituies de sade

    Health and environmental

    indicator systems in health institutions

    Resumo Neste artigo, reali zada uma revisoter ica sobre aspectos conceituai s e metodolgicosda construo de um sistema de indi cadores, vi -sando a gesto integrada em sade e ambiente nasinsti tuies de pesquisa, ensino e prestao de ser-vios em sade, que articule tambm a Bi ossegu-

    rana. Partiu- se do estudo de modelos internacio-nai s de indicadores, destacando-se o modelo daOrganizao Mundial de Sade, mais apropr ia-do para este trabalho, a part ir do qual foi feito oprocesso de coleta, organizao e sntese de infor-maes. Vi sa-se criar um instrumental de moni-toramento e aval iao destas aes, a f im de apoi-ar a tomada de decises.Palavras-chaveIndicador, Sade coleti va, Gestoambiental e biossegurana

    Abstract This article presents a discussion onconceptual and methodological aspects involvedin the establ ishment of a system of i ndi cators forHealth and Envi ronment, wi th the purpose of in-tegrat ing the management of research, educationand health services insti tutes whi le also taking Bio-

    safety into account. The ini ti al task was the studyof in ternati onal indicator models, paying specialattenti on to the World Health Organizati on mod-el, more apropriate to this art icle, which was usedin the process of collection, organization and syn-thesis of data. This work aims to create method-ological instr uments for the moni toring and eval-uat ion of t hese procedures and support the deci-sion making process.Key words

    Indicator, Publi c health , Environmen-tal management and biosafety

    Dbora Cynamon Kligerman 1

    Heliana Vilela 2

    Telma Abdalla de Oliveira Cardoso 3

    Simone Cynamon Cohen1

    Denise Sousa 2

    Emilio La Rovere 2

    TEMASLIVRE

    SFREETHEMES

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    Introduo

    A sustentabilidade associada ao desenvolvimen-to uma preocupao que vem se tornando metapresente no discurso e, de certa forma, nas aes

    que permeiam as decises dos gestores pblicose, tambm, privados. Existe uma clara demanda,especificada inclusive nos vrios documentosoriundos das conferncias internacionais de meioambiente, para incorporar a varivel ambientalno processo de tomada de deciso, com base nofortalecimento de um modelo de desenvolvimen-to que requer uma perspectiva de planejamentoa longo prazo, orientado por informaes confi-veis, atualizadas e de fcil compreenso.

    Para a realizao de polticas pblicas saud-veis, so necessrios mecanismos que tenhamcomo objetivo: a formulao e implementao

    integrada de polticas e intervenes; responsa-bilizao dos diferentes setores envolvidos nasconseqncias destas polticas sobre a sade;aes intersetoriais; empowermentda populaoem torno das polticas e construo de alianas.Atualmente, a idia sobre as polticas pblicassaudveis de compromisso poltico e tcnico.O compromisso poltico de situar a sade notopo da agenda pbl ica. O compromisso tcnico de enfatizar como foco de interveno os fato-res determinantes do processo sade-doena.

    Nesse contexto, dentro do paradigma da sus-tentabilidade, que emergiu na Conferncia dasNaes Unidas sobre o Meio Ambiente e Desen-volvimento, em 1992 (Rio 92), o conceito de pro-duo sustentvel pode ser entendido como: pro-duo e servios usando processos e sistemas queno poluam, conservando energia e recur sos natu-rais, sejam economicamente viveis, seguros e sau-dveis para os empregados, comuni dades e consu-mi dores, recompense socialmente os trabalhadorese estimule a sua cri ati vidade1

    Para a obteno de mecanismos de aferiodos progressos obtidos dentro desta produo,so utilizados indicadores, que simplificam e

    substituem dados muito extensos e textos des-critivos por medidas estabelecidas de comumacordo, alm de possibilitar a visualizao dastendncias atravs do tempo2. Os indicadores sopropostos como instrumentos de representaoda informao, que permitem organizar, sinteti-zar e utilizar informaes, teis ao planejamen-to, ao estabelecimento de metas e ao controle dodesempenho, viabilizando, assim, a anlise dedecises estratgicas e a tomada de deciso3.

    Este artigo tem como objetivo discuti r aspec-tos conceituais e metodolgicos da construo

    de um sistema de indicadores em sade ambien-tal, para serem aplicados na gesto de institui-es de sade. Inicialmente, sero abordados osaspectos conceituais sobre indicadores, seguidosde modelos de representao de informaes,

    chegando ao modelo da Organizao Mundial deSade (OMS) e relacionando-o gesto destasinstituies.

    Indicadores

    Os indicadores foram desenvolvidos devido necessidade de tratar a informao, na forma ori-ginal ou bruta, de modo a torn-la acessvel,permitindo entender fenmenos complexos, tor-nando-os quantificveis e compreensveis demaneira que possam ser analisados, utilizados etransmitidos aos diversos nveis da sociedade,

    contribuindo com uma adequada planificaodas polticas; e avanando na modernizao ins-titucional atravs da otimizao do manejo dasinformaes 2.

    A Figura 1 sintetiza a forma como se d oprocesso de elaborao das informaes, realiza-do de acordo com as diferentes etapas do proces-so de tomada de deciso, aliado a uma metodo-logia de seleo de indicadores determinada pelomodelo conceitual adotado. Verifica-se uma re-duo crescente dos dados. Na base da pirmideesto os dados brutos que sero analisados e in-terpretados pelos pesquisadores nos programasde gerenciamento especfico e de pesquisa. A se-guir, sero transformados em dados a fim de sub-sidiar os polticos e gestores na tomada de deci-ses estratgicas e operacionais e, por fim, sinte-tizados em indicadores, facilitando o processo desocializao das informaes.

    Os indicadores devem ser os mais especficospossveis questo tratada; sensveis a mudan-as especficas nas condies de interesse; cienti-ficamente confiveis, imparciais e representati-vos das condies de interesse, alm de propiciaro mximo de benefcio e uti lidade.

    Existem alguns critrios que devem ser con-siderados na seleo de indicadores, que tam-bm so aplicveis aos indicadores de sade am-biental:

    Existncia de dados base;Possibilidade de intercalibrao;Nmero total de indicadores selecionados;Tipo de informao transmitida, nomea-

    damente a natureza da informao (ex. social, f -sica, qumica ou biolgica), os processos funcio-nais que lhe esto associados no sistema e quetipo de pblico pode receber essa informao;

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    Possibilidade de comparao com critrioslegais ou outros padres/metas existentes;Custo de implementao; ePossibilidade de ser rapidamente atualizado.

    Principais modelospara construo de indicadores ambientais

    Nas dcadas de 70 e 80, os indicadores ambien-tais comearam a ser utilizados na elaborao edivulgao dos primeiros relatrios sobre o es-

    tado do ambiente. No final da dcada de 80, foisolicitada Organizao para Cooperao Eco-nmica e Desenvolvimento (OCDE)4a identifi-cao e aplicao de um conjunto bsico de in-dicadores ambientais. Esse processo evoluiu e, naRio 92, j constava da Agenda 21, em seu captu-lo 40, a seguinte recomendao:

    Indicadores do Desenvolvimento Sustentvelnecessitam ser desenvolvidos a fim de proporcio-nar uma base slida para a tomada de deciso emtodos os nveis e para contr ibui r para a sustentabi -li dade auto- regulada do sistema integrado meioambiente e desenvolvimento.

    Foi ento desenvolvido o modelo Presso-Estado-Resposta (PER), que se baseia num con-ceito de causalidade: as atividades humanas exer-cem presses sobre o ambiente, modificando suaqualidade e a quantidade de recursos naturais; asociedade, por sua vez, responde a estas mudan-as por intermdio de polticas ambientais, eco-nmicas e setoriais. Esta estrutura est sendoapresentada na Figura 2.

    Com o avano da degradao ambiental. hou-ve necessidade de incorporar no modelo um ele-mento que o caracterizasse. Foi, ento, introdu-

    zido o componente Impacto no modelo desen-volvido pelo Programa das Naes Unidas e MeioAmbiente (PNUMA) 5.

    O modelo Presso-Estado-Impacto-Respos-ta(PEIR) foi ut il izado, pelo PNUMA, no progra-ma Geo Cidades. A matriz PEIR define e relacio-na o conjunto de fatores que determinam as ca-ractersticas atuais do meio ambiente em qual-quer nvel de agregao territorial (local, regio-nal, nacional, global) , buscando estabelecer umavinculao lgica entre os seus componentes.Define os padres de relacionamento entre as

    aes antrpicas urbanas e o meio ambiente.Tentando, ento, caracterizar, de forma maisabrangente, quais fatores geram estes impactos,a Comisso das Naes Unidas para o Desenvol-vimento Sustentvel (UNCSD) substituiu o ele-mento Presso pela Fora Motriz.

    A OMS, pensando nos fatores de risco e nosefeitos sade humana, substituiu o elementoImpacto pelos elementos Exposio e Efei-to. Tambm, o elemento Resposta foi substi-tudo porAo, refletindo sobre as intervenesque devem ser realizadas a fim de minimizar osperigos sade.

    Com base no Environmental Health Indica-tors for Europe, a OMS props um modelo con-ceitual denominado DPSEEA (Figura 3): ForaMotriz Presso Estado Exposio Efei-tos Aes, que retrata um sistema de indica-dores de sade ambiental, para descrever e ana-lisar a ligao entre sade, meio ambiente e de-senvolvimento e tem sido usado na anlise dasituao global, como subsdi o tomada dedeciso.

    Este um modelo no qual foras motrizesgeram presses que modificam o estadono

    Indicadores para o pblico em geral

    Indicadores para polticos

    Indicadores para cienti stas

    Figura 1Pirmide de informao associada ao tipo de uti li zador.

    Indicadores

    Dados Analisados

    Dados Primrios

    Condensaoda informao

    Quantidade total de informao

    Fonte: Ramos2

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    PRESSES

    Atividades humanas

    Energia

    Transportes

    Indstria

    Agricultura

    Outros

    Figura 2Estrutura PER para organizao e apresentao de informao ambiental.

    Informao

    RESPOSTAS

    Agentes econmicose ambientais

    Administraes

    Empresas

    Organizaesinternacionais

    Cidados

    Informao

    Respostasambientais

    Recursos

    Poluio

    ESTADO

    Ambiente

    Ar

    gua

    Solo

    Recursos vivos

    Respostas setoriais

    Fonte: PNUMA5.

    Figura 3

    Exemplo de indicadores e sua associao ao modelo DPSEEA.

    Fonte: OMS28.

    Atividades humanas

    Impactos

    Meio ambiente

    Estado

    Exposio- exposio poluio Efeitos

    - mortalidade- anos de vidaperdidos

    AES

    Fora motriz- passageiros/km- uso decombustvelPresso

    - emissesno ar

    ramento

    Tecnologias

    *Legis

    Po

    lti

    ca

    taxa

    de

    Monito

    lao*

    o*

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    ambiente e a sade humana, por meio das diver-sas formas deexposioa riscos, ocasionadospor condies adversas, causando efeitos sa-de.

    Segundo Giraldo et al6, o Ministrio da Sade

    entende que atravs do modelo da OMS, DPSE-EA, ou em portugus FPEEEA, podem ser inte-gradas as anlises dos efeitos dos riscos ambien-tais ao desenvolvimento e implementao de pro-cessos decisrios, polticas pblicas e prticas degerenciamento de riscos.

    Pfaff7afirma que a definio do modelo desistema de indicadores uma opo paradigm-tica e, portanto, deve ser definido de forma maisampla como um modelo de controle, assumin-do assim uma funo estratgica, pois h umcomprometimento com mudanas reais e tam-bm articulado com a dinmica da produo da

    realidade.Os problemas ambientais atuais e seus con-seqentes efeitos sade necessitam ser discuti-dos pela sociedade a fim de gerar, adotar e imple-mentar uma gama de aes corretivas e preven-tivas. Estas aes devem ser tomadas com a fina-lidade de minimizar ou controlar os riscos e in-troduzindo medidas de controle e de monitora-mento. As aes de longo prazo mais efetivas,entretanto, so aquelas que abordam o tema demaneira preventiva, visando diminuir ou elimi-nar as foras motrizes.

    Borjaet al .8avaliam que a discusso sobre

    os indicadores serem qualitativos ou quantita-tivos repousa em olhares distintos mas, segun-do os autores, representam formas diferentes,complementares e no antagnicas, de estudarum fenmeno e concluem que deve haver inte-rao entre estas duas abordagens.

    Modelo Fora Motriz-Presso-Estado-Exposio-Efeito-Ao (FPEEEA) a seraplicado em instituies de sade

    De acordo com Delduque et al.9, a questo da

    qualidade ambiental abordada na Constitui-o Federal de 1988, artigo 225, quando se refereque todos tm direito ao meio ambiente ecolo-gicamente equilibrado, bem de uso comum dopovo e essencial sadia qualidade de vida, im-pondo-se ao poder pblico e coletividade o deverde defend-lo e preserv-lo para as presentes efuturas geraes. Segundo estes autores, a for-ma como expressa a qualidade ambiental notexto legislativo hbrida, pois coloca ao ladoda conservao e salvaguarda dos recursos na-turais a sade humana. Sob este ponto de vista,

    os indicadores que servem para monitorar a qua-lidade ambiental tambm atuam na proteo dasade humana.

    Segundo Borja et al.10, uma das primeirasaplicaes do modelo de sistema de indicadores

    FPEEEA na rea de sade foi observada em 1998,no texto da OMS intitulado Indi cadores para oEstabelecimento de Polticas e a Tomada de Deci-so em Sade Ambiental, com o objetivo de fun-damentar a rea de vigilncia ambiental.

    Dando continuidade a este trabalho, a Coor-denao Geral de Vigilncia Ambiental (CGVAM),da Secretaria de Vigilncia em Sade (SVS), doMinistrio da Sade11, com o apoio da Organi-zao Pan-americana de Sade, vem discutindoo modelo de sistema de indicadores da OMS,FPEEEA, para a definio de indicadores paramonitorar a gua de consumo humano. A parti r

    da, criou o VIGIGUA e o SISGUA, que so,respectivamente, programa de vigilncia e siste-ma de informaes da qualidade da gua de con-sumo humano, que vo ao encontro ao que Gi-raldoet al .6enfatizaram, ou seja, a necessidadede uma poltica de informao em sade ambi-ental capaz de monitorar as polticas pblicas,os processos produtivos e todas as atividadeseconmicas, bem como as aes de intervenoque visem melhorar as condies ambientais ede sade das populaes. Para isto, os gestorestm se esforado no estabelecimento de indica-dores que sirvam de base para as medidas nor-

    mativas e gerenciais. Borja et al.10do comoexemplos outras aplicaes em sistemas de in-formao em Saneamento. Neste trabalho, por-tanto, h o estabelecimento de um conjunto deindicadores e sua apresentao no formato domodelo FPEEEA para ser aplicado em institui-es de sade. Foram selecionados indicadoresem quatro temas: ar, gua, solo e sade do tra-balhador. Visa-se o monitoramento e avaliaodos impactos causados pelas atividades destasinstituies na sade ambiental. Para esta sele-o, tem-se que, primeiro, entender a organiza-o e a produo das instituies de sade.

    As insti tuies de sade so, portanto, ambi-entes singulares, di ferenciados de outros espaoslaborais, devido complexidade de suas aes,que vo desde a assistncia populao, veri fica-o da qualidade dos produtos expostos ao con-sumo da populao, at o diagnstico laborato-rial de amostras biolgicas de doenas de inte-resse para a sade coletiva. Alm disto, di ferentesfatores devem ser considerados nos estudos desade ambiental, que esto relacionados ao ma-nuseio de diferentes agentes de risco e ao prpriotrabalhador.

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    Somente um enfoque multidisciplinar comaes interdisciplinares poder centrar iniciati-vas que permitam conhecer e controlar os riscosque o trabalho cientfico destas instituies podeaportar ao ambiente e a vida. No que se refere,

    em especial, aplicao prtica da Biosseguran-a e suas interfaces com a Gesto Ambiental, essapreocupao est voltada instaurao de siste-mas de preveno e controle baseados na avalia-o de risco e nas respectivas normas para con-teno destes, permitindo, assim, que seja esta-belecido o nvel de conteno exigido para o tra-balho seguro. O fator risco um dos principaisargumentos que fundamentam os programas eas polticas de preveno.

    No Dicionrio de Epidemiologia12, o verbeterisco faz meno probabilidade de ocorrnciade um evento (mrbido ou fatal) . Para Conway13,

    risco definido como a medida da probabilida-de e da severidade de efeitos adversos. Esta defi-nio de risco est calada na abordagem dosfatores que os causam, isto , marcadores quelevam a alteraes antomo-patolgicas futu-ras14. Portanto, estes fatores, mesmo sendo men-surveis, podem estar explcitos ou evidentes; po-rm, h outros que so invisveis, ou seja, imper-ceptveis por sinais/sintomas. A medicina passaa incorporar como atr ibuio a localizao e iden-tificao dos indivduos (humanos ou animais)sadios e seus possveis riscos (oriundos de mo-dalidades de exposio ambiental e/ou de sus-

    ceptibilidades biolgicas, mediante tcnicas di-agnsticas cada vez mais refinadas). Surge umarede de riscos em que comportamentos, estilosde vida, consumo de substncias, sinais, sinto-mas e doenas podem confluir para se tornaremfatores de risco para um evento em sade.

    No contexto das insti tuies de sade, a ges-to de riscos deve ser uma das aes de umapoltica ou programa de proteo e recupera-o da sade15. Para esta gesto, a avaliao deri scos se torna uma ferramenta de impor tncia,na medida em que identifi ca os agentes de risco,possibilitando a determinao dos indicadores

    que sero utilizados na tomada de deciso e nasestratgias de aes preventivas, que fazem par-te da gesto da Biossegurana nas instituiesde sade.

    Deve-se destacar que este artigo utiliza o con-ceito ampliado de Biossegurana, utilizado peloMinistrio da Sade16, ou seja, a condio desegurana alcanada por um conjunto de aesdestinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eli-minar riscos inerentes s atividades que possamcomprometer a sade humana, animal e vegetale o meio ambiente.

    Essas aes contemplam vrias aspectos re-lativos a procedimentos (boas prticas labora-toriais: padres e especiais), infra-estrutura (de-senho, instalaes fsicas e equipamentos de pro-teo), qualificao das equipes, organizao

    do trabalho (atividades montonas, repetitivas,estressantes) e a aspectos ambientais (qualidadedo ar, gua, solo).

    Nas instituies de sade, durante o processode planejamento das edificaes, a arquitetura uti-liza o espao fsico como um instrumento de con-tribuio, tanto para a confiabil idade dos resulta-dos dos ensaios realizados, como para a proteoda sade humana, animal e do meio ambiente.

    Do ponto de vista histrico, pouca experinciaera demonstrada no desenho e qualidade ambi-ental destes locais de trabalho; entretanto, a buscapelo conforto e qualidade ambiental de uma ins-

    talao foi sendo introduzida e consolidada pornovas reas de conhecimento, incluindo a Biosse-gurana. Esta evoluo leva ao aparecimento denovas diretrizes nas reas de arquitetura, enge-nharia e desenho industrial, modificando concep-es de espaos, materiais de acabamento, mobi-lirio e de equipamentos, dentre outros aspectos,que contribuem para a minimizao dos eventu-ais riscos relacionados s atividades e/ou suas apli -caes nas instituies de sade.

    Exemplificando esta evoluo, pode-se citara experincia da Sndrome do Edifcio Doente,reconhecida pela Organizao Mundial de Sa-

    de17em 1982, quando se comprovou a contami-nao do ar interno de um hotel na Filadlfia,Estados Unidos. Este episdio importante, poisamplia a discusso da existncia de fatores rela-cionados ao ambiente nos agravos sade deseus ocupantes, anteriormente focada somentenos espaos laborais para outros espaos, comopor exemplo, os de moradia.

    A Sndrome do Edifcio Doente refere-se relao entre causa e efeito das condies ambi-entais observadas em reas internas, com redu-zida renovao de ar, e os vrios nveis de mani-festaes agudas de sade e de conforto ambien-

    tal de seus ocupantes atravs de fontes poluentesde origem fsica, qumica e/ou microbiolgica.So considerados edifcios doentes todos aque-les edifcios em que mais de vinte por cento dosocupantes revelariam sintomatologias transit-rias associados ao tempo de permanncia em seuinterior, que tenderiam a desaparecer aps cur-tos perodos de afastamento.

    Nesse contexto, a estrutura dos indicadoresaplicvel s instituies de sade deve ter uma vi-so de sade e ambiente; por este motivo, esco-lheu-se o modelo apresentado da OMS, o FPEE-

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    EA. A matriz de causa e efeito proposta pela OMS representada pela cadeia intitulada desenvolvi-mento-meio ambiente-sade, que revela o enten-dimento de que a sade o resultado da interaoentre desenvolvimento e meio ambiente.

    A Tabela 1 apresenta alguns indicadores deSade e Ambiente, subsidiados pela Biossegu-rana, que podero ser utilizados em instituiesde sade. Esta tabela uma adaptao de LaRovere et al.18e foi desenvolvida aps consulta Rede Interagencial de Informaes para a Sa-de19, Secretaria Nacional de Saneamento Ambi-ental20, Citi es Environment Reports on the Inter-net21, Instituto Brasileiro de Geografia e Estats-tica22,Organi zacin Panamericana de La Salud23,The World Bank24,Uni ted Nat ions Human Sett le-ments Programme25,World Health Organizati on26

    e aos indicadores apontados por Massei27.

    importante enfatizar que no se pretende es-gotar o tema e sim subsidiar a definio de um elen-co mnimo de indicadores comuns a todos os nveis.

    O modelo mostra que, para a construo dosindicadores, primordial a definio do proble-ma ou da questo a ser abordada, a partir douso destes indicadores e do interesse do pesqui-sador. Pode-se citar alguns aspectos que devemser considerados: o ri sco especfico, o local ondeocorre a exposio, o resultado especfico sa-de, a ao especfica ou a fora condutora adja-cente relacionada, principalmente ao trabalha-dor (como, por exemplo, as condies precrias

    de vida ou o comprometimento imunolgico). importante destacar que os indicadores spodero ser elaborados com a disponibilizaode informaes e estas devem expressar a reali-dade das aes nas unidades para que se possamanali sar os fatores que esto contribuindo ou ge-rando efeitos na sade dos profissionais destasinstituies e que merecem uma ao.

    A definio de procedimentos para a avalia-o de sade e ambiente muito importante nadeterminao das causas e na avaliao dos agra-vos em sade ligados s contaminaes, condi-es ambientais e de vida do trabalhador. Para

    tanto, o conhecimento das condies ambientaislocais e das atividades relevante para o estabele-cimento de medidas de preveno aos agravos ea eliminao dos riscos potenciais e existentes.

    Destaca-se a necessidade na definio e iden-tifi cao dos dados a serem levantados em rela-o a cada indicador, assim como a fonte dedados. Pode haver o surgimento de problemasde diversas naturezas, como por exemplo: a fal-ta de dados a nvel local; disponibili dade de da-dos em intervalos de tempo inadequados ou in-suficientes para determinar tendncias espaci-

    ais ou temporais; dificuldade de locali zar dadascondies do meio ambiente e de sade; dentreoutros; tornando difcil a criao de vnculosentre as condies ambientais e as condies desade, ou a identificao de grupos de risco.

    Alm disto, o componente subjetivo deve serincorporado, pois est relacionado percepode quem vivencia a realidade que se quer avali-ar, influenciada por aspectos culturais, econ-micos, fsicos e sociais.

    Por fim, importante enfatizar que a cons-truo de indicadores cumpre um objetivo es-pecfico da avaliao da relao sade e ambi-ente, mas no a nica maneira de avali-la. Osmesmos se constituem em instrumentos que fa-cilitam a leitura da realidade.

    Consideraes finais

    Os desafios trazidos pelo uso de novas tecnolo-gias, ocasionando efeitos sobre a sade e que sorelacionados ao meio ambiente, se transformamem uma preocupao cada vez mais complexa eabrangente, acarretando uma reflexo sobre anecessidade de mecanismos informacionais comqualidade, que subsidiem esta nova forma depensar e abordar os problemas. Este trabalho,em face da complexidade da questo, busca esti-mular a interdisciplinaridade para a obteno doentendimento e a compreenso das relaes en-

    tre a sade e ambiente, propiciando e garantindoo xito na definio dos indicadores pela integra-o das trs reas, Gesto Ambiental, Biossegu-rana e Sade do Trabalhador no sentido docompartilhamento de dados e de informaes.

    Neste trabalho, foram apresentados mode-los de construo de indicadores e identificou-secomo modelo ideal a ser a empregado em insti-tuies de sade o modelo da World Health Or-ganization28, com os elementos Fora Motriz-Presso-Estado-Exposio-Efeito-Ao, modeloque prope um conjunto de indicadores de sa-de e ambiente visando monitorar o desempenho

    destas instituies em relao a seus objetivos emetas, contribuindo para a melhoria contnuados seus processos organizacionais.

    A expectativa com relao a este trabalho ade que as instituies de sade possam imple-mentar um conjunto de indicadores compatvelcom sua funo social podendo, paralelamente,ser ponto focal para iniciativas semelhantes nombito do setor de Cincia e Tecnologia. Dessaforma, os indicadores conformariam polticaspblicas saudveis pr-ativas com o compro-misso polt ico e tcnico.

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    Tabela 1Indicadores de sade, biossegurana e ambiente para insti tuies de sade.

    Fora Motriz

    Fora detrabalho

    Ambienteconstrudo:- unidadesprodutivas- unidadesadministrativas- unidadesassistenciais- unidadeslaboratoriais

    de pesquisas- outrasunidades

    Presso

    Fontes mveis x viasde trfegoveculos transitampor dia/ms/ano

    Emisso poluentespor setor de gerao(fontes fixas)n. de fontes

    Emisso depoluentes gasosospelos equipamentos

    geradores (fontesfixas)capacidadeequipamentosn. processos/dia/ms/anoquantidadematerial processado

    Emisso depoluentes gasososaerolizados oupart iculados porsetor gerador e/ouequipamento decontrole de poluio,incluindo a ETE:tipo de materialpart iculado (MP)tipo de poluente

    o qumicoobiolgicooradioativoosonoroooutros

    Teor de umidade

    Emisso de calor

    pelos equipamentosgeradores (fontesfixas)capacidadeequipamentosn. processos/dia/ms/anoquantidadematerial processado

    Estado

    Qualidade doar por agentespoluidores:qumicosbiolgicosfsicoradioativo

    Violao dospadres dequalidade doar porelemento

    poluidor (S/N)

    Nvel de:rudoradiao nasunidadesgeradorasumidaderelativa do artemperaturaambientediferencial depresso

    iluminaonatural eartificial

    Taxa derenovao doar

    Manutenodo sistema de:(periodicidade/ano)climatizaoluminaoar

    Manutenodosequipamentosde proteo(periodicidade/ano)

    Exposio

    N. detrabalhadoresquemanuseiam:agentes derisco qumicoagentes derisco biolgicoradioistopos

    N.trabalhadoresexpostos a:

    temperaturaanormaisnveis derudo acima dopermitidotaxasinadequadas deumidaderadiao

    N. de pessoas(visitantes,alunos, etc)expostos a:agentes derisco qumicoagentes derisco biolgicoradiaotemperaturasanormaisnveisinadequados derudotaxasinadequadas deumidade

    Efeito

    Taxa de absentesmorelacionado :poluio do arpoluio sonorapor stress

    Taxa de incidncia dedoenas:doenasrespiratriasdoenas infecciosasdistrbios auditivosdistrbios visuais

    distrbiosneurolgicosdistrbiospsicolgicosincidncia detumoresdistrbiosdermatolgicosqueimaduras;outras doenas oudistrbios

    N. de licenasmdicas por doenas

    ocupacionaisrelacionadas

    Despesas com a sadedevido s doenasocupacionaisrelacionadas

    N. de acidentes comexposio a aerossis

    N. de acidentes comexposio a vaporesqumicos

    N. de reclamaessobre poluiodo ar

    N. reclamaes rudoem funo:rea de produoobrasoutras atividades

    Ao

    Monitoramento deemisses de fontesfixas

    Programa demanuteno predial ede equipamentos

    Investimento emmonitoramento daqualidade do ar

    Investimentos no

    controle da qualidadedo ar

    Investimentos emmonitoramento derudo nas reasgeradoras

    Investimentos nocontrole dos nveis derudos nas reasgeradoras

    Investimentos nocontrole dos nveis deradiao nas reasgeradoras

    Investimentos emprogramas depreveno deacidentes

    Programas deEducao Ambientalrelacionados a rudose qualidade do ar(indooreoutdoor)

    Programa deEducao continuadaem Biossegurana

    Consti tuio deComisses Internasde Biossegurana e deGesto Ambiental

    Investimentos emcampanhasinformacionais deconscientizao

    Tema: ar

    continua

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    207Cincia&SadeColetiva,12(1):199

    -211,2007

    Tabela 1continuao

    Fora Motriz

    Fora detrabalho

    Ambienteconstrudo:- unidadesprodutivas- unidadesadministrativas- unidadesassistenciais- unidadeslaboratoriais

    - outrasunidades

    Presso

    Volume de guaconsumida:n. dereservatrios;volume dosreservatriosconsumo de guapor prdioconsumo de guapor unidadeconsumo faturadopor setor/ prdioconsumo total

    faturado% perda fsica

    Volume efreqncia deabastecimento deguacoleta esgoto/efluentes:n. prdios semconexo reden. prdios semligao a ETEvolume total deesgoto (m3/ano)

    volume de esgotono tratado (m3/ano)

    Manuteno darede de esgoto(S/N)

    Existncia detratamento deefluentesdomsticos eindustriais (S/N)

    Disposio final deefluente (rio/rede)

    Descarga acidental/ilegal de efluentesnos recursoshdricosn. de descargasilegaisn. descargasacidentais

    Estado

    Quali dade da guados reservatrios:DBO, OD, pH,cor, turbidez,nitrognioamoniacal, nit ri to,nitrato e fosfato,coliformes fecais,e/ou outrospoluentesbiolgicos equmicos

    Qualidade dosmateri ais dosreservatrios

    Manuteno(periodicidade/ano):reservatriosETEs/ETDIssistema deabastecimento deguasistema deesgotamentosanitrio

    Exposio

    N. de trabalhadoresexpostos contaminao dagua

    N. trabalhadoresque trabalham naETE

    N. de pessoasexpostas acontaminao dagua

    Efeito

    Taxa de incidncia dedoenas deveiculao hdrica(hepatite, clera,leptospirose diarriaetc)

    Taxa de absentesmorelacionado adoenas deveiculao hdrica

    N. de licenas

    mdicas por doenasde veiculao hdrica

    N. de acidentes e/ouincidentes comderramamento desubstncias qumicas,biolgicas ouradioistopos noesgotamentosanitrio.

    Despesas com sadedevido a doenas deveiculao hdrica.

    N. reclamaes porcontaminao dagua

    N. de gales de guaadquiridos/ ms/unidade

    Ao

    N. unidades comlicenciamentoambiental

    Programa demanuteno predial(infra-estruturasanitria - gua, esgotoe reservatrios) e deequipamentos

    Reuso e combatedesperdcios e perdas/consumo faturado (m3/

    dia)Investimento nomonitoramento dequalidade da guadistribuda e do esgotolanado

    Programa de combate aperdas fsicas edesperdcio de gua

    Constituio deComisses Internas deGesto Ambiental eBiossegurana

    Investimentos emcampanhasinformacionais deconscientizao

    Programa de EducaoAmbiental em relao gua e esgoto

    Tipo de tratamentopr-tratamentoprimriosecundrio

    Estaes de Tratamentode Esgoto (ETE) eEstaes de Tratamentode Despejos Industriais(ETDIs):N. de ETEs/ETDIs% de prdios ligados ETE% de unidadesprodut ivas ligadas ETDIsCapacidade da ETE/ETDI (m3/dia) Volumetratado (m3/dia)

    Tema: gua

    continua

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    Tabela 1continuao

    Fora Motriz

    Fora detrabalho

    Ambienteconstrudo:- unidadesprodutivas- unidadesadministrativas- unidadesassistenciais- unidadeslaboratoriais

    - outrasunidades

    Presso

    Ocupaorea ocupada% de ocupao

    Quantidade deresduos gerados(ton, kg, litros, oum3/dia/semana/ms/ ano/prdio/unidadegeradora):qumico,radioativo,

    biolgico,perfurocortante ecomum

    Existncia detratamentointerno e externode resduos?(S/N)

    Percentual deresduos notratados (por tipode resduo)

    % de resduosincinerados (portipo de resduo)

    Nvel deadensamento(proximidades deunidades norespeitando aestruturahidrogeolgica dosolo)

    Estado

    Contaminaodo solo poragentespoluidores:qumicosbiolgicos eradioativos

    % rea verde/ambienteconstrudo

    Estado

    (condies) doambienteconstrudo

    Exposio

    N. de trabalhadoresque manuseiamresduos:qumicos,biolgicos,perfurocortantes eradioativos

    N. de pessoasexpostas a resduos

    Efeito

    Existncia ouprol iferao de insetose roedores

    N. reas contaminadospor armazenamentoirregular de resduos

    Alterao do uso dosolo estabelecido noPlano Diretor doCampus (S/N)

    N. reclamaes devidoa:armazenamentotemporrio de resduosproliferao devetores (insetos eroedores)descarte inadequadode resduos

    Taxa de incidncia dedoenas devido manipulao deresduos:doenas infecciosas

    doenas respiratriasdistrbiosdermatolgicosdistrbiosneurolgicosdistrbiospsicolgicosincidncia de tumoresoutras doenas oudistrbios

    Taxa de absentesmorelacionado s doenasrelacionadas

    N. de licenas mdicaspor doenasocupacionaisrelacionadasDespesas com sadedevido a doenasocupacionaisrelacionadasN. de acidentes e deincidentes devido manipulao deresduos

    Ao

    Reviso e atualizaodo Plano Diretor

    Investimento naconservao das reasverdes

    Programa demanuteno predial ede equipamentos

    Plano deGerenciamento deResduossistema detratamento de resduosmonitoramento dodescarte de resduosmonitoramento dotratamento interno dosresduoscoleta seletiva e nareciclagem dos resduosconstruo de umcentro decompostagem deresduos comunstipo de tratamentointerno e externo dado

    aos resduos gerados(por tipo de resduo)

    N. reas destinadas aoarmazenamentotemporrio de resduosInvestimentos emprogramas depreveno de acidentes

    Programas deEducao Ambiental ede Biossegurana

    Constituio de

    Comisses Internas deBiossegurana e deGesto Ambiental

    Investimentos emcampanhasinformacionais deconscientizao

    Tema: solo

    continua

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    209Cincia&SadeColetiva,12(1):199

    -211,2007

    Tabela 1continuao

    Fora Motriz

    Fora detrabalho

    Ambienteconstrudo:- unidadesprodutivas- unidadesadministrativas- unidadesassistenciais- unidadeslaboratoriais

    - outrasunidades

    Presso

    Total de recursoshumanos (prdio/Unidade)n. servidoresn. t rabalhadorescomissionadosn. terceirizadosn. cooperativadosn. seguranasn. registroprofissionalautnomon. bolsistas

    N. de alunos:n. de alunos 2graun. de alunos ps-graduao (latosensu/strictusensu)n. estagirios

    N. visitantes/dia/ms/ano/prdio/Unidade

    N. pacientes/dia/

    ms/ano/prdio/Unidade

    Estado

    Manutenodo sistema devigilncia emsade(periodicidade/ano/quantitativo)examemdicoperidicoimunizao

    Tipo de

    imunizaopor reapor atividade

    Manutenodo controlesorolgico daimunizao(S/N)

    Exposio

    N. de trabalhadoresexpostos violncia

    N. de trabalhadoressubmeti dos a:assdio moralassdio sexual

    N. de trabalhadoresrecebedores deadicional de:periculosidade

    i nsalubr idadeN. de trabalhadoresque executam

    jornadas noturnasde trabalho

    N. de trabalhadorescom regime deplanto

    Percentual detrabalhadoresexpostos a agentesde risco:

    biolgicoqumicoacidentesfsico

    o rudooradiaoo temperaturasanormais

    Efeito

    Taxa de incidncia depatologiasocupacionais:cardacas,dermatolgicas,oftalmolgicas,ginecolgicas,intoxicaes,mentais,outras

    N. de li cenas mdicaspor doenas

    ocupacionaisrelacionadas

    Despesas com sadedevido a doenasocupacionaisrelacionadas

    Taxa de absentesmo

    Taxa de acidentes eincidentes envolvendoagentes de risco:qumicobiolgico

    fsicoacidentes

    N. de trabalhadorescom seqelas por:acidentes de trabalhopatologiasocupacionais

    Taxa de aposentadoriapor invalidez

    N. de processos depedido de remoo

    Ao

    Investimentos em:programas devigilncia mdicacampanhasinformacionais deconscientizaosistemas desocializao deinformaesprogramas depreveno de acidentesprograma dequalificao

    profissionalprograma demanuteno deequipamentos

    Medidas de proteo econtrole ambiental

    Medidas de prevenode acidentes

    Elaborao de Plano deContingncia e deemergncia

    Consti tui o de CIPA

    Programas deEducao Ambiental,de Biossegurana e deSade do Trabalhador

    Constituio deComisses Internas deBiossegurana e deGesto Ambiental

    Programas especiaispara a populao doentorno

    Participao nasatividadescomunitrias

    N.de unidades deassistncia aotrabalhador

    Tema: sade do trabalhador

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    Kligerman,

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    Referncias

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    Colaboradores

    DC Kligerman, H Vilela, TA de O Cardoso, SCCohen trabalharam na concepo, redao e re-viso crtica. Todos os autores participaram da

    pesquisa, metodologia e processo de aprovaoda verso a ser publicada.

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    -211,2007

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    Artigo apresentado em 06/03/2006Aprovado em 31/05/2006Verso final apresentada em 31/05/2006

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